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Traduzido do original em Inglês

The Absurdity of Unbelief:


A Worldview Apologetic of the Christian Faith
Por Jeffrey D. Johnson

O texto deste eBook é o capítulo 26 do livro supracitado

Publicado originalmente por Free Grace Press


1455 Champions Rd.
Conway, AR, 72034. United States.
freegracepress.com

Publicado em português pela editora


O Estandarte de Cristo

Tradução: William e Camila Rebeca Teixeira


Revisão: William Teixeira

1ª Edição: Maio de 2020

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão
Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica
Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a li-


cença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International
Public License.

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formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o(s) tradutor(es), e que tam-
bém não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
Iluminação Espiritual
Como o Espírito Santo
nos Leva a Cristo

(O texto deste eBook é o capítulo 26 do livro, O Absurdo da Incredulidade).

Por causa da nossa condição de espiritualmente mortos, continuaremos a rejei-


tar Cristo até que o Espírito Santo vivifique os nossos corações e mentes. Não
correremos para Cristo até que as trevas sejam removidas e possamos ver clara-
mente. É por isso que a iluminação espiritual é necessária.

A Luz Divina
A iluminação espiritual é o poder influenciador do Espírito Santo agindo
nas e através das Escrituras para dar luz e entendimento espiritual às mentes e
corações do povo de Deus, o que os capacita a crer, receber e obedecer volunta-
riamente à verdade da Palavra de Deus. Assim, o testemunho do Espírito Santo
não é uma nova revelação (independente da Escritura), mas o Espírito Santo
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falando nas palavras da Escritura. 1 A iluminação espiritual nunca vai além da


verdade apresentada no texto. É a Palavra escrita que o Espírito usa para abrir
os corações do nosso entendimento. Quando isso ocorre, os crentes sabem com
certeza que estão ouvindo Deus pessoalmente falar com eles a partir das páginas
da Escritura (Lucas 24:45, 1 Tessalonicenses 2:13-14). 2 Por causa do testemu-
nho do Espírito que nos fala nas reivindicações da verdade das Escrituras, as
Escrituras são autoautenticantes. Como Calvino explicou:
Aqueles a quem o Espírito Santo ensinou interiormente confiam de ver-
dade na Escritura, e a Escritura realmente autentica a si mesma; portanto,
não é correto sujeitá-la à prova e a arrazoamentos… Pois mesmo que ela
admita reverência para si mesma por sua própria majestade, ela somente
nos afeta seriamente quando é selada sobre nossos corações pelo Espírito…

1
Edward Young afirmou que a Iluminação “não é a comunicação para nós de
informações além do que está contido na Bíblia”. Não é a transmissão de novos co-
nhecimentos. Não é uma nova revelação de Deus ao homem. Antes, é aquele aspecto
da obra sobrenatural do novo nascimento, na qual os olhos do nosso entendimento
foram abertos para que nós, que antes estávamos na escuridão e na escravidão do pe-
cado, passemos a ver aquilo para o que antes estávamos cegos” (Thy Word is Truth.
Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1963., 34).
2
John Owen escreveu o seguinte: “Uma vez que a mente de Deus foi reduzida
à escrita, cada homem mortal e individual, que tiverem acesso às Escrituras, ouve a
voz de Deus falando com ele não menos diretamente do que se ele estivesse ouvindo
próprio Deus falando audivelmente com ele... Até mesmo a voz falada não pode al-
cançar os ouvidos dos homens senão através de um meio de comunicação, isto é, o ar
do qual ela é formada; assim também não pode ser negado que a Escritura é a voz de
Deus falando aos homens, embora ela seja transmitida por meio de comunicação es-
crita. A Palavra de Deus não é diminuída de modo algum pelo simples fato de ter sido
reduzida à escrita” (Biblical Theology. 374-75).

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Não buscamos provas, nem marcas de autenticidade sobre as quais nosso


julgamento possa se basear; mas submetemos nosso julgamento e compre-
ensão a ela como a algo que está muito além de qualquer especulação! 3
Mas não nos confundamos, a iluminação espiritual não é o Espírito forta-
lecendo as Escrituras (como se fossem meras palavras mortas), mas o Espírito
iluminando as mentes e os corações dos crentes pelas palavras da Escritura. O
problema não está em nenhuma deficiência da Palavra escrita, mas nas trevas e
rebelião de nossos corações (Efésios 4:18). Neste sentido, a iluminação é o Es-
pírito de Deus falando em, por e através das Escrituras para trazer luz às mentes
cegas e aos corações mortos para que eles possam receber e entender correta-
mente as Escrituras. É por isso que Edwards entendeu que a iluminação do co-
ração não ocorre sem a iluminação da mente: “As santas afeições não são calor
sem luz; mas sempre surgem da informação do entendimento, alguma instrução
espiritual que a mente recebe, alguma luz ou conhecimento real”. 4
Por essa razão, abraçamos as reivindicações da verdade da Bíblia não com
base em evidências externas, argumentos racionais ou mesmo na apresentação
coerente da cosmovisão cristã, mas no Espírito Santo iluminando a verdade da
Palavra de Deus para nós. Como foi esclarecido por Calvino:
Que se considere, portanto, como estabelecido, que aqueles que são ensi-
nados interiormente pelo Espírito Santo concordam implicitamente com
a Escritura; que a Escritura, ao levar consigo a sua própria evidência, não
pretende se submeter a provas e argumentos, mas deve ao testemunho do
Espírito a plena convicção com que a devemos receber. Iluminados por
Ele, já não acreditamos nem por nosso próprio julgamento nem pelos dos
outros, que as Escrituras provém de Deus; mas, de uma forma superior ao

3
Institutes, trans. Henry Beveridge (Grand Rapids: Eerdmans, 1989), 1.7.5.
4
Ibid.,192.

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julgamento humano, sentimo-nos perfeitamente seguros — tanto quanto


se víssemos a imagem divina visivelmente impressa nela — de que ela veio
até nós, pela instrumentalidade dos homens, a partir da própria boca de
Deus. Não pedimos provas sobre as quais o nosso julgamento possa des-
cansar, mas submetemos nosso intelecto e julgamento à Escritura como
mais transcendente do que possamos estimar. 5

A Fé Divina
A iluminação espiritual traz à luz o novo nascimento e a fé. Uma vez que
os olhos de nossos corações possam ver claramente, nós nascemos de novo. E,
uma vez que temos nova vida em Cristo, não podemos deixar de crer. O novo
nascimento não nos força a crer contra a nossa vontade, mas transforma a nossa
natureza ao renovar a Imago Dei com a infusão do amor de Deus, para que nos
tornemos dispostos.
A fé salvífica não é uma mera concordância intelectual com as reivindica-
ções da verdade da Bíblia. Os demônios reconhecem que Cristo é o Filho de
Deus, mas lhes falta um relacionamento pessoal com Ele. Muitos cristãos pro-
fessos também têm apenas uma compreensão intelectual do Evangelho. Embora
eles não neguem a verdade, eles não amam a verdade. Eles podem professar crer,
mas não morreriam pela verdade. Da mesma forma que as pessoas acreditam em
triângulos e quadrados, os cristãos nominais acreditam na Bíblia. Mas esse co-
nhecimento especulativo, que pode até levá-los a frequentar a igreja e realizar
algumas boas obras, não é mais fé salvífica do que o temor e tremor é evidência
de fé salvífica nos demônios (Tiago 2:19). Os demônios conhecem a Deus, mas

5
Ibid.

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eles não amam a Deus. Temo que muitos, se não a maioria, dos cristãos profes-
sos só possuam essa forma superficial de fé — uma fé que opera sem amor.
A fé salvífica, porém, estabelece uma relação pessoal e experiencial com
Cristo porque é motivada e derivada de um amor sincero por ele. A fé sozinha
nos salva, mas é a fé que opera pelo amor (Gálatas 5:6). Esse amor é o fruto do
novo nascimento, onde a velha natureza pecadora e egoísta é recriada à seme-
lhança de Cristo. A imagem de Deus que foi desfigurada pela queda é, então,
restaurada em Cristo (Colossenses 3:10). A mente de Cristo nos foi dada, a qual
nos concede um discernimento adequado e amor à verdade (1 Coríntios 2:16).
O diapasão que foi encurvado pelo pecado é, então, renovado pelo amor. Com
um coração novo, o Evangelho agora ressoa dentro de nossas novas naturezas, e
isso de modo totalmente glorioso. Nós de boa vontade nos prostramos diante
do nosso Salvador porque, pela graça salvífica de Deus, nós agora amamos o
Senhor Jesus acima de todas as coisas. Embora a Sua santidade e o seu senhorio
uma vez tenham sido repulsivos, agora nós vemos esses atributos como total-
mente gloriosos e dignos de toda a nossa adoração e louvor.
Plantinga estava certo quando disse: “O dom da fé e, consequentemente a
regeneração, não é apenas uma questão de restaurar o intelecto a uma condição
imaculada na qual podemos mais uma vez perceber Deus e as suas glórias e be-
lezas; requer também, e essencialmente, curar essa loucura da vontade”.6 Após a
iluminação espiritual e o novo nascimento, nossas afeições e nossa vontade, por
causa de nossa nova natureza, foram transportadas do egoísmo para um amor
sincero por Deus. Como Plantinga continuou a explicar: “A regeneração con-
siste em curar a vontade para que finalmente comecemos a amar e a odiar as
coisas certas; inclui também a renovação cognitiva, para que venhamos a perce-
ber a beleza, a santidade e o encanto do Senhor e do esquema de salvação que

6
Warranted Christian Belief, 303.

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ele concebeu”. 7 Agora, o pecado agora é odiado e Deus é glorioso. Mas não é
como se a realidade tivesse mudado, é simplesmente que as trevas que uma vez
cobriam os nossos olhos foram removidas.

O Amor Divino
Neste sentido, o conhecimento salvífico de Cristo não vem por meio de
argumentos apologéticos, mas pela iluminação e regeneração espiritual e por
nossas mentes serem iluminadas para a verdade de Deus, para que os nossos
corações sejam inflamados de amor a Deus. Devemos amar a verdade antes de
podermos recebê-la (2 Tessalonicenses 2:10). Plantinga continuou dizendo:
Quando as fontes da afeição funcionarem corretamente, amaremos o que
é amável, nos deleitaremos com o que é deleitável e desejaremos o que é
desejável. Amaremos a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mes-
mos; nos deleitaremos com a sua beleza e glória, e com os reflexos criados
dessa beleza e glória; e desejaremos o que de fato é bom para nós.8
Calvino também percebeu que nunca nos comprometeremos com Deus
até que O vejamos como totalmente digno de nossa devoção e serviço:
Pois, até que os homens reconheçam que devem tudo a Deus, que são nu-
tridos pelo seu cuidado paternal, que ele é o Autor de todo o seu bem, que
não devem procurar nada além dele — nunca lhe prestarão um serviço
voluntário. Não, a menos que o estabeleçam como a sua completa felici-
dade, jamais se entregarão verdadeira e sinceramente a ele. 9

7
Ibid., 304.
8
Ibid., 309.
9
Institutes, 1.2.1.

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O Conhecimento Divino
É esse amor, que vem do novo nascimento, que nos proporciona um co-
nhecimento experiencial e pessoal de Deus. Paulo resume tudo isso em Efésios
3:14-19:
Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que,
segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com
poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé
nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a lar-
gura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de
Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a
plenitude de Deus.
Primeiro, observamos que o conhecimento experiencial de Deus é sobre-
natural e soberanamente concedido a nós por Ele: “Por causa disto me ponho
de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família
nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória,
vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem
interior” (vv. 14-16). Paulo roga a Deus que nos dê ou nos conceda esse conhe-
cimento espiritual, fortalecendo o nosso homem interior. Pois Paulo sabia que,
em nossas próprias capacidades naturais, somos insuficientemente preparados e
incapazes de lidar com verdades tão pesadas e gloriosas. Para suportarmos tal
peso, precisamos ser fortalecidos (κραταιωθῆναι, krataiōthēnai) com o poder
de Deus (δυνάμει, duvámei) através da obra do Espírito Santo. “Como está
escrito”:
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas

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Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as
coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim tam-
bém ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós
não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus,
para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus
(1 Coríntios 2:9-12).
Essa iluminação e fortalecimento do homem interior é o que dá origem à
fé, como Paulo passou a dizer aos Efésios: “Para que Cristo habite pela fé nos
vossos corações” (v. 17a). E a fé nos salva porque nos une legal e experimental-
mente à vida de Cristo. Porque por essa fé, que vem pela iluminação espiritual,
Cristo habita (κατοικῆσαι, katoikēsai — mora permanentemente) em nossos
corações. Com Cristo unido aos nossos corações pela fé, somos providos não
apenas de um conhecimento intelectual, mas de um conhecimento vivo e pes-
soal dele.
Cristo é amor. Consequentemente, a razão pela qual precisamos que Cristo
habite em nossos corações é para que possamos estar “arraigados e fundados em
amor” (v. 17b). Estar arraigados e fundados em amor é o fortalecimento do
nosso homem interior que nos capacita a alcançar um verdadeiro conhecimento
de Deus. Em outras palavras, o poder de Deus que era necessário para nos for-
talecer é o amor de Deus que está escrito em nossos corações.
O poder que Deus usa para quebrantar os nossos corações rebeldes é o Seu
amor sendo derramado em nossos corações. É o que gera a nova natureza. Como
resultado, o amor de Deus dentro de nós não apenas nos concede um amor por
ele, mas também nos capacita a conhecer a Deus pessoalmente. O amor de Deus
remove as nossas antigas naturezas egoístas que nos escravizavam às nossas pró-
prias paixões egoístas da carne e nos dá um coração para conhecer e receber a
Deus de boa vontade.

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Por que precisamos ser fortalecidos com o amor de Deus? Segundo Paulo,
precisamos estar arraigados e fundados em amor para que possamos “compre-
ender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento”
(vv. 18-19a). Para conhecermos o amor de Deus, precisamos ser cheios desse
amor. Isso porque Deus é amor, e a plenitude do Seu amor em toda a sua pro-
fundidade, largura, comprimento e altura, é demasiado grande para que possa-
mos compreender sem que antes tenhamos o amor de Deus habitando em nós,
na pessoa de Cristo. O Seu amor é inexprimível e inescrutável. Precisamos ser
fortalecidos no homem interior. Precisamos estar arraigados e fundados em
amor antes de podermos compreender o amor de Deus.
Isso explica mais plenamente como o amor de Deus estabelece um conhe-
cimento pessoal e experiencial de Deus. Como Deus é amor, quando experi-
mentamos o amor de Deus, nós experimentamos Deus. Embora não possamos
vê-lo de forma visível, isso não significa que não possamos conhecê-lo emocional
e experiencialmente. Como o apóstolo João diz, se “O amamos, Deus perma-
nece em nós” (1 João 4:12). E esse amor que permanece em nós é o ingrediente
que precisamos para amá-lo e conhecê-lo em resposta, pois “Deus é amor, e
quem permanece em amor permanece em Deus, e Deus nele” (1 João 4:16).
“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aquele
que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4:7). Como a visão nos
conecta com o mundo ao nosso redor, a fé, que opera pelo amor, nos conecta
com Deus.
Esse amor, além disso, não é apenas uma mera experiência subjetiva e emo-
cional, mas é uma experiência emocional que está firmemente arraigada no co-
nhecimento objetivo de Deus que nos foi revelado sobrenaturalmente na Pala-
vra de Deus escrita. Com o amor sendo derramado em nossos corações pela

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divina iluminação da objetiva Palavra de Deus, nós somos renovados à seme-


lhança de Deus para que possamos amá-lo.
Por isso, Paulo conclui a sua oração por nós acrescentando: “para que sejais
cheios de toda a plenitude de Deus” (v. 19b). Assim, ser fortalecidos e arraigados
no amor de Deus não somente nos dá um conhecimento experiencial do amor
de Cristo, como nos capacita (ἐξισχύσητε, exischúsēte, v. 18a) a sermos cheios
de toda a plenitude do próprio Deus.

Conclusão
Mas isso, a necessidade do amor, nos traz de volta ao problema básico do
homem — o homem está separado do amor de Deus. A separação e rejeição de
Deus pelo homem está enraizada na dureza do seu coração (Efésios 4:18). O
homem pode conhecer o certo e o errado e a diferença entre o amor e o egoísmo,
mas ele não tem o amor (motivo e poder) para valorizar e cumprir esse padrão
moral. Mais importante ainda, o homem não tem à disposição interior para
amar a Deus. O conhecimento inerente de Deus pelo homem não é suficiente
para proporcionar um conhecimento pessoal de Deus. Você deve amar Cristo
para conhecer verdadeiramente a Cristo, e isto requer iluminação espiritual.
Consequentemente, os ateus intelectuais e práticos não carecem de evidên-
cias para crerem em Deus, mas o que lhes falta é o amor necessário para se sub-
meterem a Deus. Não importa se você é um cristão nominal ou um ateu, o que
controla as suas crenças e comportamento é seu profundo amor por si mesmo.
Você está arraigado em um amor por si mesmo. Porque você se ama demais,
não deseja se submeter ao conhecimento de Deus. Você pode fazer uma profis-
são de fé vazia ou inventar algum sistema filosófico complexo que negue a exis-
tência de Deus, mas de qualquer forma você procura abrandar uma consciência

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culpada sem confessar os seus pecados e dobrar os seus joelhos ao senhorio de


Cristo.

ORE para que O ESPÍRITO SANTO use este eBook para trazer muitos ao
Conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para glória de DEUS PAI.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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O Estandarte de Cristo

2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho
4
está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
5
da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos,
6
mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nos-
sos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
7
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
8
Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
9 10
desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que
11
a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos,
estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se mani-
12
feste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós
13
a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós
14
cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor
15
Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto
é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação
16
de graças para glória de Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
17
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
18
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem
são temporais, e as que se não veem são eternas.

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