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Índice
Ficha – Tema Página Programa AE
grafia e paronímia
Ficha 24 – Classes de palavras: abertas e fechadas 60 ✓ ✓
Ficha 25 – Constituintes da frase 65 ✓ ✓
Ficha 26 – Funções sintáticas 67 ✓ ✓
Ficha 27 – Orações coordenadas e subordinadas 69 ✓ ✓
Ficha 28 – Frase ativa e frase passiva 73 ✓
Ficha 29 – Pronome pessoal em adjacência verbal 75 ✓ ✓
Ficha 30 – Discurso direto e discurso indireto 77 ✓
Ficha 31 – Conectores discursivos, coerência e coesão 79 ✓ ✓
Ficha 32 – Página de diário 81 ✓ ✓
Ficha 33 – Carta de apresentação 83 ✓ ✓
Ficha 34 – Comentário de cartoon 86 ✓ ✓
Ficha 35 – Resumo 88 ✓
ESCRITA
2 I S B N 9 7 8 - 9 8 9 - 76 7- 4 1 2 - 9
FICHA 1 Oralidade
Data da morte:
1
O programa original está disponível em: https://www.rtp.pt/play/p2850/e307881/os-dias-da-historia
3
FICHA 12 Texto narrativo I
Leitura / Educação Liter
ária
© AREAL EDITORES
Lê, com atenção, o excerto de uma das obras de José Gomes Ferreira. Consulta o vocabulário,
se necessário.
Vídeo
• Narrador
participante
O Mundo dos Outros
e não parti-
cipante A mim foi um professor de Matemática quem me estragou a infância.
Era um senhor alto, ventrudo, glabro1, de lunetas cínicas e feições gelidamente irónicas
que olhava para nós como para feras de bibe e calção capazes de, ao mínimo descuido do
domesticador, saltarem para o estrado, comerem-no vivo, roubarem-lhe a caderneta,
5 partirem-lhe o ponteiro na calva e escreverem no quadro, a giz, a divisa2 libertadora:
«Abaixo as equações! Viva o jogo da barra!»
Para nos conter em respeito, todos os dias marcava zeros à classe em peso. E quando
algum aluno mais palidamente resoluto lhe respondia com assanho, não se enxofrava nem
se enfurecia. Pelo contrário, as lunetas luziam-lhe mais cínicas. E, pingante de tranquili-
10 dade cruel, pegava no ponteiro e entretinha-se a vergastar3 o pobre rapaz nos dedos, nos
braços, na cabeça, ao mesmo tempo que o supliciava com a sua voz fria, gota a gota,
como a prova da água na Inquisição.
Foi esse senhor quem me estragou a infância, repito, impedindo-me de saborear os
14 anos possíveis de paraíso na Terra. As suas lunetas, a sua voz cortante, o seu riso
15 agreste, não me permitiam respirar em liberdade a alegria de possuir pulmões.
A Matemática, em vez de dar ordem e harmonia à minha pequena alma dócil, enegre-
cia-a de raiva e de indisciplina sem aurora.
Vivia aflito, humilhado, com uma pedra no peito; olhava para o sol como se fosse uma
chaga; a água parecia que alguém tinha batido na terra para a fazer chorar.
20 E, ao invés das crianças de todo mundo que folgam pelo menos uma hora por dia ao ar
livre nos pátios de recreio, a admirarem o sol, as árvores, as nuvens, como brinquedos
maravilhosos, eu e os meus camaradas do colégio sofríamos a nossa hora diária de
penumbra magoada, as nossas férias de tortura, naquela saleta negra, bafienta, com as
carteiras riscadas a canivete e um senhor cínico, de ponteiro em punho, a domesticar a
25 nossa palidez de haver Matemática! […]
Todos tivemos um professor assim! […]
E todos passámos a infância a imaginar como seria bom residir num mundo à parte,
feito à nossa imagem e semelhança, num planeta próprio, pequenino, miniatural, com
outra natureza, outras cidades, outras árvores, outros professores de Matemática – muito
30 distante da Terra, esse asilo de pessoas ridiculamente crescidas!
José Gomes Ferreira, O Mundo dos Outros, 6.ª edição.
Lisboa: Moraes Editores, 1978 (texto com supressões).
Vocabulário
1
glabro: sem barba.
2
divisa: mote, frase ou ideia que todos seguem.
3
vergastar: açoitar, bater com vergasta.
28
Leitura / Educação Liter
ária
1. No excerto, o narrador relembra uma determinada época e personagem. Identifica essa época
e a personagem, sintetizando a ação em causa.
4. Explica o sentido das palavras do narrador: «[…] impedindo-me de saborear os 14 anos possí-
veis de paraíso na Terra» (ll. 13-14).
5. Identifica o recurso expressivo presente em «Vivia aflito, humilhado, com uma pedra no peito;
[…]» (l. 18) e justifica o seu valor.
6. Relaciona (por semelhança ou contraste) o estado de espírito do narrador com o ambiente es-
pacial que o rodeava.
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29
FICHA 24 Classes de palavras: abertas e fechadas
Gramática
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1. Estabelece a correspondência entre os elementos da coluna A e os da coluna B, de modo a
identificares a classe e a subclasse das palavras destacadas. Usa cada letra e cada número
apenas uma vez.
Vídeo
• Classes de
palavras COLUNA A COLUNA B
a) Todos os poetas que glorificaram a nossa 1. Conjunção subordinativa final
História são merecedores de louvor.
2. Conjunção subordinativa temporal
b) A minha mochila é esta.
3. Advérbio de tempo
a) ; b) ; c) ; d) ; e) ;
f) ; g) ; h) ; i) ; j)
2. Seleciona, para cada item (2.1. a 2.7.), a única opção que apresenta a resposta correta.
60
Gramática
2.4. Em que frase se encontra um adjetivo qualificativo no grau superlativo absoluto analítico?
(A) Para a maior parte dos alunos, a disciplina de Matemática é bastante difícil…
(B) Esse problema não tem a menor importância para mim.
(C) O José Miguel é o rapaz mais simpático da escola.
(D) Sou tão organizada como a minha melhor amiga.
61
PROVA-MODELO 2
GRUPO IV – ESCRITA
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21. Lê o parágrafo da obra As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino, e escreve a continuação da nar-
rativa por ele iniciada. O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 260 palavras.
FIM
116
PROPOSTAS
DE RESOLUÇÃO
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