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Acredita-se que a maioria dos depósitos IOCG tenha se formado em ambientes submarinos pro-
fundos, onde fluidos hidrotermais ricos em metais são liberados em falhas ou zonas de cisalhamento
(fluidos metamórficos e ígneo). Os depósitos tipo IOCG envolve a atuação de fluidos hidrotermais
sódicos (capaz de atrair mais Ca e K) ricos em metais, que são liberados a partir de corpos magmáti-
cos intrusivos ou exsudados (Granitóides do tipo A – Anorogênicos) por meio de fontes mantélicas
e/ou por fluidos bacinais sedimentares e metamórficos. Por essa razão, a temperatura dos fluídos
variam entre 300ºC a 500ºC. Esses fluidos ascendem em fraturas e falhas presentes nas rochas hos-
pedeiras, onde ocorre a precipitação dos minerais de óxido de ferro, cobre e ouro. A formação des-
ses depósitos pode ser influenciada por vários fatores, como a temperatura, pressão, composição
química dos fluidos e das rochas hospedeiras (que sãos os VMS), além da presença de estruturas
geológicas favoráveis.
Os depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide Copper-Gold) são um tipo de depósito mineral que con-
tém quantidades significativas de minerais de ferro, cobre e ouro (Fe-Cu-Au) e pode conter elemen-
tos terras-raras (ETR’s). Esses depósitos são caracterizados por apresentarem minerais de óxido de
ferro, como a magnetita (Fe3O4) e a hematita (Fe2O3), associados a minerais de sulfeto de cobre, co-
mo a calcopirita (CuFeS2), bornita (Cu5FeS4) e covelita (CuS), além do ouro. Além desses elementos,
pode conter Urânio (U), Molibênio (Mo), Zinco (Zn), Chumbo (Pb) e Níquel (Ni).
A formação dos depósitos tipo IOCG ocorre em várias etapas: Intrusão; Liberação e Circulação de
Fluídos; Interação com as Rochas encaixantes; Precipitação Mineral; Enriquecimento e Deposição e
por fim, a Preservação.
1. Intrusão Magmática: A mineralização dos depósitos tipo IOCG geralmente começa com
a intrusão de um corpo magmático, como um plutão ou uma intrusão menor, na crosta
terrestre. Essas intrusões magmáticas fornecem fontes de calor, fluidos hidrotermais e
elementos metálicos necessários para a mineralização. Geralmente, essa intrusão são
granitóides do tipo A (anorogênicos) enriquecida silicatos máficos de Ferro e Silicatos Al-
calinos Peraluminosos (Qtz e Feldspato alcalino e minerais máficos como piroxênios e
anfibólios alcalinos) de fonte mantélica e/ou crosta inferior, e associados a processos
tafrogenéticos e rifteamento.
2. Liberação de Fluidos Hidrotermais: A intrusão magmática aquece as rochas circundan-
tes, causando a liberação de fluidos hidrotermais ricos em metais, como ferro, cobre,
ouro e outros elementos.
5. Precipitação dos Minerais: À medida que os fluidos hidrotermais perdem calor e pres-
são durante sua ascensão, ocorre a precipitação dos minerais de ferro, cobre e ouro,
bem como de outros minerais associados, como calcopirita (sulfeto de cobre) e minerais
de ouro.
Uma vez a formação do depósito realizada e sua preservação instaurada, esse depósito estará sujei-
to a vários processos geológicos atuantes ao longo do tempo, como eventos tectônicos, alteração,
intemperismo, etc. Nesse sentido, alguns minerais alteram-se, principalmente, devido a variação da
oxigenação da atmosfera desde o Paleoproterozóico (GOE - Global Oxygenium Event - em 2.5-2.4 Ga)
gerando auréolas ou bandas de alteração. Portanto, os depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide Copper-
Gold) estão associados a uma variedade de alterações hidrotermais que ocorrem nas rochas hospe-
deiras próximas à mineralização. Essas alterações são principalmente atribuídas a alteração sódica.
A alteração regional sódica é caracterizada pela substituição de minerais pré-existentes por mine-
rais ricos em sódio, como feldspatos sódicos e anfibólios sódicos. Essa alteração ocorre em uma esca-
la mais ampla do que as alterações hidrotermais localizadas diretamente associadas aos depósitos
IOCG. Essa alteração regional sódica pode ser observada em áreas extensas ao redor dos depósitos
IOCG e é frequentemente utilizada como um indicador geológico para identificar a presença desses
depósitos. A presença de feldspatos sódicos e outros minerais ricos em sódio em uma região pode
indicar a ocorrência de atividade hidrotermal e a possível presença de depósitos IOCG onde ocorre-
rão as alterações de silicificação e sericitização.
Silicificação: A silicificação ocorre quando os fluidos hidrotermais ricos em sílica interagem com as
rochas hospedeiras, resultando na precipitação de sílica na forma de quartzo. Essa alteração pode
ocorrer em veios de quartzo, onde a sílica preenche as fraturas e fissuras das rochas, ou pode levar à
substituição de minerais pré-existentes por quartzo. A silicificação é comum em depósitos do tipo
IOCG, na formação dos óxidos de ferro, e ouro epitermal.
Os depósitos IOCG podem variar em tamanho, desde pequenos depósitos de escala local até gran-
des sistemas minerais com extensas áreas de mineralização. Existem vários tipos de depósitos do
tipo IOCG’s, sendo eles:
IOCG Clássico: Esses depósitos são caracterizados pela presença de minerais de óxido de ferro, co-
mo magnetita e hematita, associados a minerais de cobre, como calcopirita e bornita, além de ouro e
outros metais. Esses depósitos geralmente ocorrem em ambientes submarinos profundos. Um
exemplo bem conhecido é o depósito Olympic Dam, localizado na Austrália do Sul.
IOCG Alcalino: Esses depósitos têm uma associação de minerais ricos em álcalis, como feldspato
potássico, com minerais de óxido de ferro, cobre e ouro. Eles ocorrem em ambientes associados a
magmas alcalinos, como complexos intrusivos ou vulcões. O depósito Candelaria, localizado no Chile,
é um exemplo de depósito IOCG alcalino.
IOCG Carbonatito: Esses depósitos estão associados a intrusões de carbonatitos, que são rochas ri-
cas em carbonato. Eles geralmente contêm minerais de óxido de ferro, cobre, ouro e outros elemen-
tos, que são enriquecidos nas zonas de contato entre o carbonatito e as rochas circundantes. O de-
pósito Olympic Dam, mencionado anteriormente, também possui características de depósito IOCG
carbonatito.
IOCG Sedimentar: Esses depósitos estão associados a sequências sedimentares e são formados pe-
la precipitação de minerais de óxido de ferro, cobre e ouro em ambientes sedimentares marinhos.
Esses depósitos podem ocorrer em bacias sedimentares e são frequentemente encontrados perto de
falhas ou zonas de cisalhamento. O depósito Ernest Henry, localizado na Austrália, é um exemplo de
depósito IOCG sedimentar.
Os depósitos tipo IOCG são encontrados em várias regiões do mundo, com algumas ocorrências no-
táveis na região de Carajás, no Brasil, Olympic Dam, na Austrália, e Norrbotten, na Suécia. Esses de-
pósitos possuem um valor econômico significativo devido à presença de minerais valiosos, sendo
alvos importantes para a indústria de mineração. As principais ocorrências mundiais de depósitos
tipo IOCG estão distribuídas em várias regiões do mundo. Alguns exemplos notáveis incluem:
1. Região de Carajás, Brasil: A província mineral de Carajás, localizada no estado do Pará, é uma
das maiores produtoras de minério de ferro e também abriga depósitos de cobre e ouro do ti-
po IOCG. Regionalmente, predominam os gnaisses e migmatitos formados a 2.8 Ga. A minera-
lização de minério de ferro em Carajás está associada a corpos de minério de ferro ricos em
hematita e itabirito. Esses corpos de minério de ferro foram formados pela precipitação de
óxidos de ferro a partir de fluidos hidrotermais em rochas sedimentares pré-existentes. A mi-
neralização de Cobre ocorre em estruturas de falha e fraturas relacionadas ao Complexo Intru-
sivo de Carajás. Os fluidos hidrotermais ricos em cobre interagiram com as rochas hospedeiras
e depositaram minerais de cobre, como calcopirita. A mineralização de Ouro está associado
principalmente a depósitos de ouro aluvionar e a depósitos de ouro associados a estruturas e
alterações hidrotermais. Esses depósitos de ouro são resultado da erosão e transporte de par-
tículas de ouro provenientes dos depósitos primários e posterior na deposição em ambientes
fluviais. As alterações hidrotermais desempenharam um papel fundamental na formação e
preservação dos minerais em Carajás. A interação dos fluidos hidrotermais com as rochas hos-
pedeiras resultou em uma variedade de alterações, como silicificação, sericitização e carbona-
tação.
2. Região de Olympic Dam, Austrália: O depósito de Olympic Dam, localizado na Austrália Me-
ridional, é uma das maiores reservas conhecidas de minério de urânio, cobre e ouro do mun-
do, e é considerado um exemplo clássico de depósito IOCG. Enriquecido em Cu-U-Au-Ag-
ETR’s em brechas oxidadas mineralizadas com hematita e magnetita. Essas brechas formam
geradas por fraturamento hidráulico em grábens formados próximos a margens continentais,
sob lâmina d’água rasa onde apresenta alteração hidrotermais sódica, potássica e filíti-
ca/sericítica bem desenvolvida.
Os depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide Copper-Gold) são um tipo de depósito mineral que
contém quantidades significativas de minerais de ferro, cobre e ouro (Fe-Cu-Au) e pode conter ele-
mentos terras-raras (ETR’s). Esses depósitos são caracterizados por apresentarem minerais de óxido
de ferro, como a magnetita (Fe3O4) e a hematita (Fe2O3), associados a minerais de sulfeto de cobre,
como a calcopirita (CuFeS2), bornita (Cu5FeS4) e covelita (CuS), além do ouro. Além desses elementos,
pode conter Urânio (U), Molibênio (Mo), Zinco (Zn), Chumbo (Pb) e Níquel (Ni).
A gênese mineral dos depósitos tipo IOCG está associada à atividade magmática e hidroter-
mal em regiões de crosta continental, principalmente nas bacias de back-arc. Acredita-se que esses
depósitos se formem em ambientes tectonicamente ativos, como processos tafrogenéticos, riftes
continentais ou zonas de distensão de placas. Acredita-se que a maioria dos depósitos IOCG tenha se
formado em ambientes submarinos profundos, onde fluidos hidrotermais ricos em metais são libera-
dos em falhas ou zonas de cisalhamento (fluidos metamórficos e ígneo). Os depósitos tipo IOCG en-
volve a atuação de fluidos hidrotermais sódicos (capaz de atrair mais Ca e K) ricos em metais, que são
liberados a partir de corpos magmáticos intrusivos ou exsudados (Granitóides do tipo A – Anorogêni-
cos) por meio de fontes mantélicas e/ou por fluidos bacinais sedimentares e metamórficos. Por essa
razão, a temperatura dos fluídos variam entre 300ºC a 500ºC. Esses fluidos ascendem em fraturas e
falhas presentes nas rochas hospedeiras, onde ocorre a precipitação dos minerais de óxido de ferro,
cobre e ouro.
Uma vez a formação do depósito realizada e sua preservação instaurada, esse depósito esta-
rá sujeito a vários processos geológicos atuantes ao longo do tempo, como eventos tectônicos, alte-
ração, intemperismo, etc. Nesse sentido, alguns minerais alteram-se, principalmente, devido a varia-
ção da oxigenação da atmosfera desde o Paleoproterozóico (GOE - Global Oxygenium Event - em 2.5-
2.4 Ga) gerando auréolas ou bandas de alteração. Portanto, os depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide
Copper-Gold) estão associados a uma variedade de alterações hidrotermais que ocorrem nas rochas
hospedeiras próximas à mineralização. Essas alterações são principalmente atribuídas a alteração
sódica.
2) Existem outros tipos de depósitos com geologia semelhante ou que se encontram na mes-
ma família dos IOCGs? Descreva e cite exemplos.
IOCG Clássico: Esses depósitos são caracterizados pela presença de minerais de óxido de fer-
ro, como magnetita e hematita, associados a minerais de cobre, como calcopirita e bornita, além de
ouro e outros metais. Esses depósitos geralmente ocorrem em ambientes submarinos profundos.
Um exemplo bem conhecido é o depósito Olympic Dam, localizado na Austrália do Sul.
IOCG Alcalino: Esses depósitos têm uma associação de minerais ricos em álcalis, como fel-
dspato potássico, com minerais de óxido de ferro, cobre e ouro. Eles ocorrem em ambientes associa-
dos a magmas alcalinos, como complexos intrusivos ou vulcões. O depósito Candelaria, localizado no
Chile, é um exemplo de depósito IOCG alcalino.
IOCG Carbonatito: Esses depósitos estão associados a intrusões de carbonatitos, que são ro-
chas ricas em carbonato. Eles geralmente contêm minerais de óxido de ferro, cobre, ouro e outros
elementos, que são enriquecidos nas zonas de contato entre o carbonatito e as rochas circundantes.
O depósito Olympic Dam, mencionado anteriormente, também possui características de depósito
IOCG carbonatito.
IOCG Sedimentar: Esses depósitos estão associados a sequências sedimentares e são forma-
dos pela precipitação de minerais de óxido de ferro, cobre e ouro em ambientes sedimentares mari-
nhos. Esses depósitos podem ocorrer em bacias sedimentares e são frequentemente encontrados
perto de falhas ou zonas de cisalhamento. O depósito Ernest Henry, localizado na Austrália, é um
exemplo de depósito IOCG sedimentar.
Minerais de Óxido de Ferro: Os depósitos IOCG contêm minerais de óxido de ferro, como
magnetita (Fe3O4) e hematita (Fe2O3). Esses minerais geralmente ocorrem em veios, disseminações
ou como enriquecimentos nas rochas hospedeiras.
Minerais de Ouro: Os minerais de ouro, como aurostibita (AuSb2), são encontrados em de-
pósitos IOCG, embora a quantidade de ouro possa variar consideravelmente entre os depósitos.
Zona de Alteração Potássica: A zona de alteração potássica é uma das características distin-
tivas dos depósitos IOCG. Ela é caracterizada pela presença de minerais de potássio, como feldspato
potássico (ortoclásio), que se formam devido à alteração hidrotermal das rochas.
Zona de Alteração de Sericita-Clorita: A sericita e a clorita são minerais de argila que ocor-
rem como produtos de alteração hidrotermal nas rochas hospedeiras dos depósitos IOCG. Essa zona
de alteração é frequentemente encontrada nas proximidades dos minerais de minério e é uma con-
sequência da interação dos fluidos hidrotermais com as rochas.
Zona de Alteração de Carbonato: Alguns depósitos IOCG podem apresentar uma zona de al-
teração de carbonato, onde ocorre a substituição de minerais por carbonatos, como calcita (CaCO3) e
dolomita (CaMg(CO3)2).
4) Cite ao menos 1 mineral que é típico deste tipo de depósito.
Esses depósitos são caracterizados por apresentarem minerais de óxido de ferro, como a
magnetita (Fe3O4) e a hematita (Fe2O3), associados a minerais de sulfeto de cobre, como a calcopirita
(CuFeS2), bornita (Cu5FeS4) e covelita (CuS), além do ouro.
Dentro da Província Mineral de Carajás, são encontrados vários depósitos IOCG, incluindo o
depósito de Salobo, Sossego e Cristalino. Esses depósitos são caracterizados pela associação de mi-
nerais de óxido de ferro, como magnetita e hematita, com minerais de cobre, como calcopirita e
bornita, além de ouro e outros elementos metálicos.
Os depósitos do tipo IOCG (Iron Oxide Copper Gold) foram definidos com base em caracterís-
ticas mineralógicas, geoquímicas, tectônicas e estruturais observadas em vários depósitos em todo o
mundo. A definição desses depósitos evoluiu ao longo do tempo à medida que mais estudos foram
realizados e novas descobertas foram feitas. As principais bases para a definição dos depósitos IOCG
incluem:
Os BIF’s são uma importante fonte de minério de ferro, além de conterem outros minerais
valiosos, como manganês, cobre, ouro e fosfatos (Fe Mn-Cu-Au-P). Os principais minerais encontra-
dos nesse depósito são a hematita, magnetita, chert (rocha sedimentar silicosa – note: silicosa é ≠
que Silicática ou Siliciclástica), carbonatos e sulfetos. A gênese das formações ferríferas bandadas
envolve uma combinação de processos sedimentares e hidrotermais. As etapas principais incluem:
Ciclos de Sedimentação: Os ciclos de sedimentação são característicos dos BIF’s, onde cama-
das de minério de ferro e sílica são depositadas em sequência. Esses ciclos podem ser influenciados
por variações na disponibilidade de ferro e sílica na água, bem como por mudanças nas condições
ambientais, como níveis de oxigênio, salinidade e temperatura.
Os BIF’s correm nas fácies de óxido-hidróxido, silicato, carbonato e sulfeto conforme as espé-
cies minerais que concentram o ferro. Nas fácies de óxido, os minerais de minérios são a Hematita e
Magnetita, além de serem as mais importantes economicamente. Nas fácies de carbonatos, o ferro
ocorre nos minerais de Siderita e Ankerita e nas fácies de sulfeto ocorre sobretudo como pirita.
Quando metamorfizada, a fácies óxido transformam-se em Itabirito, e as carbonáticas em Mármores
Sideríticos e as fácies de sulfeto muda sua paragênese, transformando a pirita para a Pirrotita. As
fácies silicáticas são raras e difíceis (geralemente, formadas por turbiditos), os minerais associados
são a greenalita (argilomineral semelhante a serpetinitas) e stilpnomelano).
Existem três variedades de BIF’s quanto a sua formação, sendo eles os Superiores, Algoma e
Rapitan. Os BIF’s tipo Algoma, predominaram até o Mesoarqueano (3.2 a 2.8) Ga, associados direta-
mente a rochas vulcânicas e em menores quantidades (principalmente nos terrenos e rochas forma-
dos por Greenstone Belts). Os BIF’s tipo Superior predominam rochas sedimentares químicas consti-
tuída pela alternância de Fe-Mg e Sílica do Mesoarqueano ao Paleoproterozóico (2.8 a 2.5) Ga pela
influência de terrenos metamórficos em maiores quantidades. Os BIF’s tipo Rapitan são uma classe
especial encontradas em rochas de idade Paleoproterozoica (2,45 Ga) no noroeste do Canadá, na
região de Great Slave Lake, Territórios do Noroeste. São caracterizados por bandas estreitas e rítmi-
cas de óxidos de ferro intercalada com quartzo e carbonato férrico (comum em depósitos periglaci-
ais).
As formações ferríferas bandadas são encontradas em várias partes do mundo, com desta-
que para as seguintes ocorrências:
1. Bacia Superior do Lago Superior (América do Norte): A região dos Grandes Lagos, nos
Estados Unidos e no Canadá, abriga um dos maiores depósitos de BIF’s do mundo. A área
de Mesabi Range, em Minnesota, nos EUA, é particularmente importante e é considera-
da uma das maiores fontes de minério de ferro nos EUA.
Além dessas, existem outras ocorrências de formações ferríferas bandadas em várias partes
do mundo, incluindo África do Sul, Índia, Rússia, Canadá e Suécia. Esses depósitos desempenham um
papel crucial no suprimento global de minério de ferro e são alvos de intensa atividade de exploração
e mineração.
1) O que são depósitos do tipo BIF’s? Escreva tudo o que sabe sobre estes depósitos.
Os Depósitos do tipo BIF’s são formações sedimentares distintas que consistem em bandas
alternadas de minerais de ferro e sílica. Esses depósitos são compostos principalmente por óxidos de
ferro, como hematita (Fe2O3) e magnetita (Fe3O4), geralmente intercalados com camadas de quartzo
(SiO2) e, ocasionalmente, outros minerais, como carbonatos e sulfetos.
A característica bandada dos BIF's é resultado de ciclos rítmicos de precipitação química e
sedimentação. Cada camada representa um evento de deposição que ocorreu ao longo de períodos
geológicos significativos. A espessura das camadas pode variar de milímetros a metros, e a sequência
de bandas pode se repetir várias vezes. Os depósitos de BIF's são encontrados em diferentes ambien-
tes sedimentares, incluindo mares rasos e bacias oceânicas antigas. A formação desses depósitos
está associada a uma combinação de fatores, incluindo disponibilidade de ferro, fontes hidrotermais,
variações no nível do mar e atividade vulcânica. Acredita-se que as condições geoquímicas, como
mudanças na concentração de oxigênio na água, desempenharam um papel fundamental na precipi-
tação dos minerais de ferro.
Existem três variedades de BIF’s quanto a sua formação, sendo eles os Superiores, Algoma e
Rapitan. Os BIF’s tipo Algoma, predominaram até o Mesoarqueano (3.2 a 2.8) Ga, associados direta-
mente a rochas vulcânicas e em menores quantidades (principalmente nos terrenos e rochas forma-
dos por Greenstone Belts). Os BIF’s tipo Superior predominam rochas sedimentares químicas consti-
tuída pela alternância de Fe-Mg e Sílica do Mesoarqueano ao Paleoproterozóico (2.8 a 2.5) Ga pela
influência de terrenos metamórficos em maiores quantidades. Os BIF’s tipo Rapitan são uma classe
especial encontradas em rochas de idade Paleoproterozoica (2,45 Ga) no noroeste do Canadá, na
região de Great Slave Lake, Territórios do Noroeste. São caracterizados por bandas estreitas e rítmi-
cas de óxidos de ferro intercalada com quartzo e carbonato férrico (comum em depósitos glaciais).
Os depósitos de BIF's são significativos em termos econômicos, pois contêm grandes quanti-
dades de minério de ferro. Eles desempenharam um papel crucial na formação de recursos de miné-
rio de ferro utilizados na indústria siderúrgica global. Grandes depósitos de BIF's são encontrados em
várias partes do mundo, incluindo as regiões de Pilbara na Austrália, Quadrilátero Ferrífero no Brasil,
Hamersley na Austrália Ocidental e região do lago Superior na América do Norte. Além de seu valor
econômico, os depósitos de BIF's também são de interesse científico, pois fornecem informações
importantes sobre as condições ambientais e a evolução da Terra no passado. Eles são considerados
registros geológicos valiosos que ajudam a entender a história da Terra, incluindo mudanças na com-
posição atmosférica e o desenvolvimento da vida.
A gênese dos depósitos de BIF's envolve uma combinação de processos sedimentares, geoquími-
cos e tectônicos. Aqui estão os principais aspectos envolvidos na gênese dos depósitos de BIF's:
Sedimentação Química: A sedimentação química ocorre quando os minerais de ferro são trans-
portados e depositados em ambientes sedimentares. Os óxidos de ferro podem se precipitar e se
acumular em camadas ou faixas alternadas com outros materiais sedimentares, como sílica (quartzo)
e carbonatos. Essa sedimentação rítmica é responsável pela característica bandagem dos depósitos
de BIF's.
Interação Água-Mineral: A água interage com minerais ricos em ferro, liberando íons ferroso
(Fe ) ou férrico (Fe3+). Sob condições geoquímicas adequadas, esses íons podem se combinar e for-
2+
Ciclos Redox: A variação das condições de oxidação e redução (redox) desempenha um papel
crucial na formação dos depósitos de BIF's. A disponibilidade de oxigênio influencia a oxidação do
ferro, levando à precipitação dos óxidos de ferro. Durante os ciclos redox, podem ocorrer variações
na concentração de oxigênio e, consequentemente, influenciar a formação de camadas de minerais
de ferro.
Hematita (Fe2O3): A hematita é um dos minerais de minério de ferro mais comuns e importantes
encontrados nos depósitos de BIF's. É um óxido de ferro vermelho ou cinza que possui alto teor de
ferro e é amplamente utilizado na indústria siderúrgica.
Magnetita (Fe3O4): A magnetita é outro mineral de minério de ferro comum encontrado em de-
pósitos de BIF's. É um óxido de ferro magnético de cor preta e alto teor de ferro. A magnetita tem
propriedades magnéticas distintas e é utilizada como fonte de ferro e como material em aplicações
industriais e tecnológicas.
Vale ressaltar que a composição mineral dos depósitos de BIF's pode variar em diferentes locali-
dades e formações geológicas. Além dos minerais de minério de ferro, os depósitos de BIF's também
podem conter outros minerais, como quartzo (SiO2), carbonatos, sílica amorfa, minerais de argila e
outros minerais acessórios. No entanto, é a presença dominante de hematita, magnetita e, em al-
guns casos, goethita que confere aos BIF's seu valor econômico como fonte de minério de ferro.
Os depósitos do tipo BIF’s foram definidos com base em características geológicas, estruturais e
mineralógicas. Esses depósitos são compostos principalmente por camadas alternadas de minerais
de ferro e chert (uma forma de sílica). A caracterização dos depósitos do tipo BIF são baseadas em:
Estrutura bandada: Uma característica distintiva dos depósitos BIF é a presença de camadas al-
ternadas ou bandas de minerais de ferro e chert. Essas bandas podem variar em espessura, mas ge-
ralmente exibem repetição regular e podem ser visualmente distintas.
Idade geológica: Os depósitos BIF são geralmente associados a períodos geológicos específicos,
como os períodos Arqueano e Proterozoico. A maioria dos depósitos BIF conhecidos possui uma ida-
de geológica entre 2,5 e 1,8 bilhões de anos.
Contexto tectônico: Os depósitos BIF são frequentemente encontrados em associação com cin-
turões greenstone (sequências de rochas ígneas e metamórficas) e outras formações geológicas ca-
racterísticas de ambientes tectonicamente ativos (principalmente com os IOCG’s).
Esses critérios são usados para definir e identificar os depósitos BIF, que são importantes fontes
de minério de ferro em todo o mundo. No entanto, é importante ressaltar que os depósitos BIF po-
dem variar em termos de características e contextos geológicos específicos, e a pesquisa contínua
pode levar a refinamentos adicionais na definição desses depósitos.