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Plano de Formação FY21

Estruturas de investimento
Renato Carreira | 25 de Novembro de 2020

Deloitte & Touche – Auditores, Lda.


Agenda

1. Overview do regime de investimento privado

2. Overview de temas cambiais

3. Overview de temas legais

4. Overview de potenciais implicações fiscais

5. Exemplos de estruturas de investimento


1.Overview do regime de
investimento privado

3
Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigo 3.º

Principais conceitos
01
Base legal Investimento privado
02
Lei n.º 10/18, de 26 de Junho (LIP). Utilização de recursos por empresas de direito privado,
nacionais ou estrangeiras, mediante alocação de capital
tecnologia e conhecimento, bens de equipamentos e
03
outros, destinadas à manutenção ou ao aumento do
stock de capital. 04

05

Investimento externo Investimento interno


Realização de projectos de investimento por via de Realização de projecto de investimento por via da
utilização de capitais titulados por não residentes utilização de capitais titulados por residentes
cambiais, podendo estes, para além de meios cambiais, podendo estes, para além de meios
monetários, adoptar, igualmente, a forma de tecnologia monetários, adoptar, igualmente, a forma de tecnologia e
e conhecimento ou de bens de equipamentos e outros. conhecimento ou bens de equipamentos e outros,
através de financiamentos, ainda que contratados no
exterior.

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Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigo 3.º

Principais conceitos
01

02
Investimento directo
Todo o investimento privado, interno ou externo, que 03
consista na utilização no território nacional de capital,
tecnologia e conhecimento, bens de equipamento e
outros em projectos económicos ou na utilização 04
de fundos destinados à criação de novas empresas,
agrupamentos de empresas, nacionais ou 05
estrangeiras, bem como à aquisição total ou parcial
de empresas de direito angolano já existentes, com
vista à criação ou continuação de determinada actividade
económica e participação directa na sua gestão, de
acordo com o respectivo objecto social.

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Lei do Investimento Privado
1.Overview do regime de investimento privado Artigos 3.º e 12.º

Principais conceitos
01
Investimento Indirecto
02
Todo o investimento, interno ou externo, realizado por Limite do investimento
empresas de direito privado que, não constituindo indirecto 03
investimento directo, compreenda, isolada ou
cumulativamente, movimentação de capital e outros Sempre que o investidor interno
instrumentos financeiros, tais como aquisição de 04
ou externo pretender realizar
acções, títulos de dívida pública, empréstimos,
operações qualificadas como
suprimentos, prestações suplementar de capital, 05
investimento indirecto, nos
tecnologia patenteada, processos técnicos,
termos da LIP, estas não devem
segredos e modelos industriais, franquias, marcas
registadas e outras formas de acesso à sua exceder o valor
utilização em regime, seja de exclusividade, seja de correspondente a 50% do
licenciamento restrito por zonas geográficas ou domínios valor total do investimento.
da actividade industrial e ou comercial, dentre outros.

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Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigo 9.º

Investimento estrangeiro
01
Sociedade-Veículo O que é investimento estrangeiro?
02
Sociedade por via da qual é implementado o Projecto de A lei angolana considera investimento a introdução e
Investimento Privado. utilização no território nacional de capitais, bens de
equipamento e tecnologia ou ainda a utilização de fundos
03
possíveis de serem transferidos para o exterior ao abrigo
da lei cambial. 04

05

Que operações são investimento estrangeiro? Formas de realização


A criação e ampliação de sucursais, ou de outras formas Os investimentos estrangeiros são realizados através da
de representação social de empresas estrangeiras, ou de transferência de fundos do estrangeiro, aplicação de
novas empresas exclusivamente pertencentes ao disponibilidade em contas bancárias, em moeda externa,
investidor. A participação, ou aquisição de participação, constituídas em Angola por não residentes, importação
no capital social de empresas, a tomada total ou parcial, de equipamentos, acessórios e materiais de incorporação
de estabelecimentos comerciais e industriais por de créditos e outras disponibilidades do investidor
aquisição de activos, ou através de contratos de susceptíveis de serem transferidos para o exterior de
arrendamento são operações de investimento acordo com a lei cambial. A incorporação de tecnologias
estrangeiro. também é uma forma de realização e investimento
A lei considera ainda neste domínio a aquisição de estrangeiro em Angola.
imóveis, em território nacional, quando essa aquisição se
integrem em projectos de investimento estrangeiro.

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Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigo 9.º

Investimento estrangeiro
01

02
• Introdução no território nacional de moeda livremente convertível;
03
• Introdução de tecnologia e conhecimento, desde que representem uma mais-valia ao investimento e
sejam susceptíveis de avaliação; 04
• Introdução de máquinas, equipamentos e outros meios fixos corpóreos;
05
• Conversão de créditos decorrentes da execução de contratos de fornecimento de máquinas,
equipamentos e mercadorias, desde que, comprovadamente, sejam passíveis de pagamentos ao
exterior;
Exemplos de
operações de • Aquisição de participações em sociedades de direito angolano existentes ou criação de novas
investimento sociedades;
estrangeiro
• Aquisição de estabelecimentos comerciais ou industriais;

• Exploração de complexos imobiliários, turísticos ou não, independentemente da natureza jurídica que


assumam;

• Realização de prestações suplementares de capital, adiantamentos aos sócios e, em geral,


empréstimos ligados à participação nos lucros;

• Aquisição de bens imóveis situados em território nacional, quando essa aquisição se integre em
projectos de investimento privado, bem como a criação de filias, sucursais ou outras formas de
representação social de empresas estrangeiras.
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Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigos 34.º, 35.º e 36.º

Regimes de investimento
01
Regimes processuais Benefícios fiscais e aduaneiros 02
Encontram-se previstos dois regimes processuais: Os beneficios fiscais e aduaneiros são concedidos aos
regime de declaração prévia e regime especial. projectos de investimento privado em função do regime 03
de investimento em que estão enquadrados.
04

05

Regime de declaração prévia Regime especial


O regime de declaração prévia permite a constituição Aplica-se aos investimentos realizados nos sectores de
prévia da sociedade-veículo, sendo posteriormente actividade prioritários e os benefícios fiscais são
apresentada a proposta de investimento para efeitos de atribuídos em função da zona de desenvolvimento em
registo e atribuição de benefícios. O investidor não que estão inseridos.
poderá, contudo, optar por este regime nos
investimentos em sectores considerados prioritários.

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Lei do Investimento Privado

1.Overview do regime de investimento privado Artigos 38.º e 39.º

Benefícios fiscais e aduaneiros


01
Como investir Regime especial
02
O processo começa com o pedido de registro da Proposta Zona A Zona B Zona C Zona D
de Investimento, que pode ser feito através do Sistema Outros
03
Electrónico de Tramitação de Investimento Privado Prazo
Benefícios
2 Anos 4 Anos 8 Anos 8 Anos Zonas B,C e D
(SETIP) ou através do contacto directo com os serviços
da Agência de Investimento Privado e Promoção das 04
Exportações (“AIPEX”). Impostos Redução Percentual
Industrial 20% 60% 80% 40%
05
Aplicação
Regime de declaração prévia de 25% 60% 80% 40% Redução em
Prazo 2 Anos Capitais 50% por 1
período de 4
Impostos Redução percentual anos das taxas
de
Industrial 20%
Predial Amortizações e
N/A 50% 75% 37,5%
Selo 50% Urbano Reintegrações.
Aplicação de Capitais 25%

Imposto
50% 75% 85% 42,5%
de Sisa

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Lei do Investimento Privado
1.Overview do regime de investimento privado Artigos 11.º e 19.º

Limites ao repatriamento de capitais


01

02
Serviços de comunicações electrónicas
Suprimentos para operações de investimento externo 03
Serviço oferecido, em geral, mediante remuneração, que consiste, total ou principalmente, no envio de
Os suprimentos
sinais dosde
através de redes accionistas ou sócios
comunicações realizados
electrónicas, para
incluindo osfins de investimento
serviços externo, e
de telecomunicações não podem
ser
os de valor
serviços superior a 30%
de transmissão do valor
em redes do investimento
utilizadas realizado pela sociedade constituída, sendo
para a radiodifusão.
04
apenas reembolsáveis passados 3 (três) anos a contar da data de registo nas contas da
sociedade. 05

Transferência para o exterior


Após a execução completa do Projecto de Investimento Privado, devidamente comprovada pelas
autoridades competentes e, após o pagamento dos tributos devidos e da constituição das reservas
obrigatórias, os investidores externos têm direito a transferir para o exterior:

 Valores correspondentes aos dividendos;


 Valores correspondentes ao produto da liquidação dos seus empreendimentos;
 Valores correspondentes a indemnizações que lhe sejam devidas;
 Valores correspondentes a royalties ou a outros rendimentos de remuneração de investimentos
indirectos, associados a cedência de tecnologia.

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2.Overview de temas
cambiais

12
2.Overview de temas cambiais Regime cambial

Artigo 5.º

Principais conceitos - (Lei n.º 5/97, de 27 de Junho)


01

02
• Aquisição ou alienação de ouro amoedado, em barra ou em qualquer forma não trabalhada; 03
• Aquisição ou alienação de moeda estrangeira;
04
Operações
• Abertura e movimentação em Angola, por residentes ou por não residentes, de contas em moeda
cambiais
estrangeira; 05
• Abertura e movimentação em Angola, por não residentes, de contas em moeda nacional;

• Liquidação de quaisquer transacções de mercadorias, de invisíveis correntes ou de capitais.

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Regime cambial

2.Overview de temas cambiais Artigo 4.º

Principais conceitos - (Lei n.º 5/97, de 27 de Junho)


Residentes cambiais Não residentes cambiais
01
 As pessoas singulares que tiverem residência  Pessoas singulares com residência habitual no estrangeiro;
habitual em Angola;
02
 As pessoas colectivas com sede no estrangeiro;
 As pessoas colectivas com sede em Angola; 03
 As filiais, sucursais, agências ou quaisquer  As pessoas singulares que emigrarem;
04
formas de representação em Angola de pessoas
colectivas com sede no estrangeiro;  As pessoas singulares que se ausentarem de Angola por período
superior a um ano; 05
 Os fundos, institutos e organismos públicos
dotados de autonomia administrativa e  As filiais, sucursais, agências ou quaisquer formas de representação em
financeira, com sede em Angola; território estrangeiro de pessoas colectivas com sede em Angola;

 Os cidadãos nacionais diplomatas,  Os diplomatas, representantes consulares ou equiparados, agindo em


representantes consulares ou equiparados , em território angolano, bem como os membros das respectivas famílias.
exercício de funções no estrangeiro, bem como
os membros das respectivas famílias;

 As pessoas singulares cuja ausência no


estrangeiro, por período superior a 90 dias e
inferior a um ano, tiver origem em motivo de
estudos ou for determinada pelo exercício de
funções públicas.

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Instrutivo n.º 01/03

2.Overview de temas cambiais N.º 1, 2, B2, 5

Operações de capitais – Instrutivo n.º01/03, de 7 de Fevereiro


01
Consideram-se operações de capitais, os contratos e outros actos jurídicos, mediante os quais se constituam ou transmitam
direitos ou obrigações entre residentes e não residentes, abrangendo operações de crédito de prazo superior a um ano, operações 02
de investimento estrangeiro e os movimentos de capitais de carácter pessoal.
03
Operações Descrição
04
As operações de capitais estão sujeitas ao licenciamento prévio por parte do BNA, para efeitos
de emissão da Licenças de Importação de capitais (LIC) e de exportação de capitais (LEC). 05
Licenciamento prévio As LIC e LEC são emitidas pelo BNA.
Nas operações de investimento estrangeiro, a LIC comprova que o investidor deu entrada dos
fundos em território nacional, o que lhe dá o direito a exportar o produto do investimento,
mediante a obtenção da LEC.
Os fundos correspondentes a realização do investimento deverão dar entrada numa instituição
de crédito domiciliada no território nacional, creditada numa conta em moeda externa, aberta
especificamente para o acompanhamento da realização do investimento. Esta conta não deve
ter outros movimentos que não os previstos no documento de aprovação do investimento
Operações de investimento emitido pela entidade competente, devendo ser saldada logo que o investimento tenha sido
estrangeiro totalmente realizado.
No caso das operações associadas ao investimento estrangeiro nomeadamente suprimentos,
prestação de garantias internas, créditos internos, aceitação de garantias externas, alienação
total ou parcial e dissolução de sociedades deverá ser presente o documento de autorização
emitida pela entidade competente.

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2.Overview de temas cambiais Aviso n.º 2/2020

Artigos 5.º, 9.º, 10.º

Operações cambiais de invisíveis correntes por pessoas


colectivas 01

02
São operações de invisíveis correntes quaisquer transacções correntes que não sejam de
mercadorias, nomeadamente as relativas a viagens e transferências de natureza corrente, 03
pagamentos e recebimentos de serviços e rendimentos (eg. serviços de transportes, comunicações,
de construção, de seguros, financeiros; de informática e de informação, empresariais, direitos de marcas 04
e patentes, propriedade intelectual e industrial), quando se efectuarem entre o território nacional e o
estrangeiro ou entre residentes e não residentes, cujo prazo de vencimento não seja superior a 360 dias. 05
Com as alterações introduzidas pelo Aviso n.º 2/20, de 9 de Janeiro:

Operações de • Estão dispensados de licenciamento prévio a generalidade dos contratos/serviços, independentemente


invisíveis correntes do seu montante. Entretanto, mantém-se a obrigatoriedade de registo das mesmas no Sistema
(alterações Integrado de Operações Cambiais (SINOC);
recentes) • Deixa de existir limite percentual para os pagamentos antecipados (antes o limite era de 15%),
devendo os contratos incluir termos e condições de reembolso dos adiantamentos, no caso dos serviços
não serem prestados ou os contratos serem suspensos;

• Obrigatoriedade de contrato apenas no caso das operações de invisíveis correntes que envolvam a
prestação de serviço de valor superior a USD 25.000. O limite em causa não é aplicável para a
prestação de serviços de transporte na importação de mercadorias, transferências para fins
educacionais, científicos e culturais.

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2.Overview de temas cambiais Carta circular n.º 002/20

N.º 2, 3, 4 e 5

Validação e execução de contratos de invisíveis correntes


01

Principais medidas introduzidas na validação e execução de contratos de invisíveis correntes: 02

03
Área de análise Procedimento (medida)
04
Contratos de prestação de serviços técnicos e especializados realizados por entidades não residentes.
Aplicação da Circular Excluem-se as operações cambiais ligadas aos contratos de aluguer de meios de transporte, de 05
resseguros e outros similares
Contratação exclusiva de serviços específicos (i.e. serviços de assistência técnica ou especializados),
Serviços admitidos
não disponíveis em Angola;
Devem ter natureza, dimensão, complexidade e actividade que justifique a contratação de
assistência técnica ou serviços especializados no estrangeiro;
Empresas contratantes
Empresas do comércio de produtos alimentares ou outros produtos que não requeiram assistência
técnica ou serviços profissionais especializados, são desencorajadas a contratar serviços no exterior.
Deve ter capacidades técnicas comprovadas no sector de especialidade em que é contratada e
Empresa contratada
estrutura de pessoal adequada para a prestação dos serviços.
Comprovação de que estão a ser praticados preços de mercado, através da apresentação do relatório
de PT à AGT;
Entidades do mesmo grupo Apresentação, para os que não qualificam como grandes contribuintes, de orçamentos obtidos de
outras empresas reconhecidas na mesma geografia da empresa contratada e que fornecem os
mesmos serviços

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2.Overview de temas cambiais Aviso n.º 15/19

Artigos 4.º e 6.º

Investimento externo realizado por não residentes cambiais


01
Operação Diploma legal Descrição (regime actual) 02
Passam a estar livres de licenciamento prévio, a exportação de rendimentos
associados aos investimentos directos externos, mas sujeita a determinadas 03
obrigações (contas auditadas, CRIP, cumprimento das obrigações fiscais, etc).
Transferência de Aviso n.º 15/19, de 30 de
dividendos Dezembro
04
Necessário evidência da execução completa do projecto, comprovada pelas
autoridades competentes, pagamento dos impostos devidos e constituição das 05
reservas obrigatórias
Estão dispensadas de licenciamento as transferências para o exterior relacionadas
com o reembolso de suprimentos.
Aviso n.º 15/19, de 30 de A instituição financeira deverá verificar se os reembolsos são feitos nos termos do
Suprimentos
Dezembro contrato de suprimentos e se os mesmos estão registados nas demonstrações
financeiras – que deverão ser auditadas – da entidade ordenante. Atenção ao
limite de 30% nos suprimentos realizados ao abrigo da LIP.

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2.Overview de temas cambiais Aviso n.º 15/19

Artigos 4.º e 6.º

Investimento externo realizado por não residentes cambiais


01
Operação Diploma legal Descrição (regime actual) 02
Dispensa do licenciamento prévio nos seguintes casos:
a) venda de valores mobiliários; 03
b) venda do investimento directo externo, quando:
i. a entidade não se encontra cotada em bolsa; 04
ii. o investidor adquirente é também uma entidade não residente; e
iii. o valor a exportar pelo investidor vendedor é o valor a importar pelo 05
investidor adquirente em moeda estrangeira. A entrada de fundos em moeda
estrangeira em nome do investidor adquirente, deverá ser exclusivamente
Aviso n.º 15/19, de 30 de
Compra e venda utilizada para a transferência do produto de venda para o exterior.
Dezembro
de participações
Qualquer desinvestimento em Angola (transmissão, dissolução, reduções de capital)
que exija a compra de moeda estrangeira para a realização da operação fica sujeito
a licenciamento prévio. Após o licenciamento, os bancos podem livremente vender a
moeda estrangeira equivalente ao valor passível de exportação.

Os pagamentos a residentes cambiais, com excepção dos títulos em moeda


estrangeira transaccionados em mercado regulamentado, apenas podem ser
executados em moeda nacional.

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3.Overview de aspectos
legais

20
Lei das Sociedades Comerciais

3.Overview de aspectos legais ---

As principais formas de estabelecimento em Angola


01
• Regra geral, a escolha de um determinado modelo societário para investir em Angola deve ter em
consideração várias questões, tais como os montantes a serem investidos, os parceiros locais (se existirem),
operações e investimentos a serem realizados no futuro, cenários de desinvestimento, etc. 02
Modelos de presença • Os veículos utilizados por investidores poderão ser consubstanciados na (i) criação de uma sociedade de 03
local direito angolano (subsidiária) ou (ii) na constituição de uma sucursal de uma sociedade de direito estrangeiro.

• Em princípio, qualquer uma das modalidades de sociedades previstas na LSC, nomeadamente sociedades por 04
quotas e sociedades anónimas, sendo possível a constituição de sociedades unipessoais (existem
determinados impedimentos legais) 05

Sociedades vs Sucursais – Principais temas e diferenças num cenário de investimento estrangeiro

Vertente Sociedade Sucursal

Personalidade Personalidade jurídica e tributária distinta da casa mãe Sem personalidade jurídica distinta da sede, mas
jurídica e tributária com personalidade tributária. Regra geral,
equiparadas em direitos e obrigações às sociedades
Abertura e Sujeito à LIP Procedimento idêntico
constituição
Responsabilidade Em princípio, responsáveis até ao montante do seu Sede responde pelas dívidas e obrigações da
investimento sucursal em Angola
Auditoria às contas Obrigatória Obrigatória

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Lei das Sociedades Comerciais

3.Overview de aspectos legais ---

As principais formas de estabelecimento em Angola


Sociedades vs Sucursais – Principais temas diferenças num cenário de investimento estrangeiro (cont.) 01

Vertente Sociedade Sucursal 02


Integração de Não incorporados na esfera da sociedade sede Incorporados na esfera da sociedade sede. Potencial 03
resultados impacto fiscal em caso de apuramento de PF que
possam ser relevantes 04
Tributação dos Imposto Industrial incide sobre os “Lucros mundiais” Sujeita somente aos lucros imputados à operação
lucros (obtidos dentro e fora de Angola). em Angola. 05

Dividendos e Dividendos sujeitos a IAC à taxa de 10% Repatriamento de lucros sujeito a IAC à taxa de
repatriamento de 10%
capitais
Desinvestimento Maior flexibilidade em cenário de desinvestimento. Menor flexibilidade em cenário de desinvestimento
Possibilidade alineação com protecção da +valia na
esfera do sócio (se estrangeiro), e sem controlo por
parte do BNA+AIPIEX (se adquirente não residente em
Angola)

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Lei das Sociedades Comerciais

3.Overview de aspectos legais ---

A constituição de sociedades de direito angolano


O que é o Guichê Único da Empresa?
01

02
• O Guichê Único da Empresa é um serviço público cujo objectivo é facilitar o processo de constituição, alteração ou extinção de
empresas e actos afins. 03

04
• O Guichê Único da Empresa em associação aos Serviços Públicos Electrónicos de Angola ('SEPE') criou o GUE.gov.ao, um portal no
quadro da modernização administrativa do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e do Governo.
05

O que é o Guichê Único da Empresa Online?

• No Guichê Único da Empresa Online é possível realizar a constituição de sociedades por quotas pluripessoais, a forma jurídica mais
frequentemente constituída através do GUE.

• Encontra-se previsto que o GUE.gov.ao venha a ser atualizado actualizado para incluir progressivamente outras formas de
sociedades e serviços conexos ao ciclo de vida das mesmas tais como alterações ao pacto social, alteração de sócios ou gerentes
entre outras.

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Lei das Sociedades Comerciais

3.Overview de aspectos legais ---

A constituição de sociedades de direito angolano


Quem pode constituir uma empresa online no GUE.gov.ao?
01

02
• São elegíveis à constituição de uma sociedade online no GUE.gov.ao os cidadãos nacionais com bilhete de identidade válido e número
de identificação fiscal e que são sócios das empresas constituendas. 03

04

05

Um estrangeiro ou uma pessoa jurídica pode constituir uma empresa online no GUE.gov.ao?

• Actualmente, ainda têm de se deslocar a um dos balcões físicos do GUE para proceder ao seu registo. Encontra-se prevista que os
estrangeiros e as pessoas jurídicas possam vir a realizar esse registo online em GUE.gov.ao constituindo seu mandatário um
advogado com cédula da Ordem dos Advogados de Angola.

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Lei das Sociedades Comerciais

3.Overview de aspectos legais Artigos 102.º e 118.º

Principais formas jurídicas de reorganização societária


Fusão Cisão
01

02
 Cisão simples – alocação de parte do património de uma
 Reunião numa só de duas ou mais sociedades, ainda que sociedade, para com ela constituir outra sociedade
de tipo diverso. (participações sociais ou bens que formem um unidade 03
económica).
A fusão pode ter lugar: 04
 Por incorporação, mediante a transferência global do  Cisão-dissolução – divisão do património de uma sociedade
património de uma ou mais sociedades para outra dissolvida, sendo cada uma das partes resultantes destinada a 05
sociedade e a atribuição aos sócios daquelas de parte, constituir nova sociedade.
acções ou quotas desta.
 Cisão-fusão – alocação de parte do património de uma
 Por fusão simples, mediante a constituição de uma nova sociedade, ou sua dissolução dividindo o seu património em
sociedade para a qual se transferem globalmente os duas ou mais partes, para as fundir com sociedades já
patrimónios das sociedades fundidas, sendo aos sócios existentes ou com partes do património de outras sociedades,
destas atribuídas partes, acções, ou quotas da nova separadas por idênticos processos e com igual finalidade.
sociedade.

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Código de Imposto Industrial

3.Overview de aspectos legais Artigo 65.º

Regime de neutralidade fiscal


01
A fusão ou cisão é fiscalmente neutra, desde que:
02
a) Os elementos patrimoniais objecto de transferência sejam registados na contabilidade da sociedade beneficiária, ou da
nova sociedade, pelos mesmos valores que tinham na contabilidade das sociedades fundidas ou cindidas, mantendo- 03
se os respectivos valores;
04
b) Os valores relativos a elementos patrimoniais transferidos respeitem as disposições da legislação de carácter fiscal;

c) As amortizações e reintegrações dos activos transferidos mantenham o regime que Vinha a ser seguido nas 05
sociedades fundidas ou cindidas;

d) As provisões que foram transferidas tenham para efeitos fiscais o mesmo tratamento que era aplicado nas sociedades
fundidas ou cindidas.

Benefícios fiscais:

• Em sede de Imposto Industrial, podem ser concedidos benefícios fiscais à reestruturação empresarial na
modalidade de dedução de prejuízos fiscais das sociedades fundidas e cindidas (eventualmente faseados) – necessário
demonstrar que a operação foi realizada por razões económicas válidas:

• Em sede de IS, transmissão de imóveis em processos de fusão, cisão ou incorporação, desde que aprovados pela AGT.

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4. Overview de potenciais
implicações fiscais

27
4.Overview de potenciais implicações fiscais
Principais variáveis a considerar
01

• Definição da estrutura societária


02

• Modelo de financiamento (v.g. dívida bancária, suprimentos, prestações 03


suplementares)
04
• Possibilidade de obtenção de incentivos fiscais e/ou aduaneiros
05
• Registro da Proposta de Investimento
Variáveis Investimento
a privado
considerar • Repatriamento de capitais ao investidor (v.g. dividendos, juros e royalties)

• As operações intra-grupo e cumprimento das regras de preços de


transferência

• Restrições cambias (v.g. avisos do Banco Nacional de Angola (“BNA”)

• Desinvestimento total ou parcial (v.g. resultado da liquidação, redução de


capital, restituição de prestações suplementares, mais-valias)

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4.Overview de potenciais implicações fiscais
Potenciais impactos fiscais
01
Imposto Potenciais implicações fiscais
02
Benefícios fiscais e isenções Acesso a benefícios fiscais (eg. LIP) e isenções fiscais (suprimentos em IS, transmissão de imóveis
em IS, IAC sobre dividendos, etc) 03
Imposto Industrial Retenções na fonte (nacionais e estrangeiros), dedutibilidade de perdas e tributação dos ganhos
(eg. mais-valias) 04
Regime da neutralidade e isenções Elegibilidade para beneficiar do regime de neutralidade em sede de II nas cisões e fusões
05
IAC Tributação dos juros (reais e presumidos), dividendos, royalties

Imposto de Selo Aumentos de capital, operações de financiamento e garantias, aquisição de imóveis e locação de
bens imóveis e móveis
Imposto Predial Detenção e arrendamento de prédios urbanos (e também doações)

IVA Avaliar neutralidade do imposto e recuperabilidade do IVA suportado

Risco de EE Risco de EE de entidades não residentes (área de risco em muitas operações)

Preços de transferência Risco de correcções caso as operações não sejam praticadas a preços e condições de mercado

Aplicação de ADTs Possibilidade de beneficiar da aplicação de taxas reduzidas ou dispensa de tributação em Angola no
pagamento de rendimentos (eg. ADT AO-PT, AO-EAU, AO-China [em vias de aprovação])

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5.Exemplos de
estruturas de
investimento

30
5.Exemplos de estruturas de investimento
5.1.Estruturação de investimento em Angola por sociedades não
residentes – Dupla estrutura 01

02

03
TBC (eg. PT)
Co 1 04

100% 05
Situação:
Co 2
Co1 pretende investir em AO. Ao invés de investir directamente no SPV AO, poderá
investir indirectamente através de uma sociedade por si detida/a constituir (Co2).
Desta forma, Co1 poderá alienar no futuro o SPV AO através da alineação da
100%
participação detida na Co2.
Angola

SPV AO

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.1.Estruturação de investimento em Angola por sociedades não
residentes – Dupla estrutura 01

02
Situação:
03
Co1 pretende investir em AO. Ao invés de investir directamente no SPV AO, poderá
TBC (eg. PT)
investir indirectamente através de uma sociedade por si detida/a constituir (Co2). 04
Co 1
Desta forma, Co1 poderá alienar no futuro o SPV AO através da alineação da
participação detida na Co2.
100% 05

Vantagens
Co 2

• Maior flexibilidade num cenário de desinvestimento.

100% • Permite obviar à tributação de mais-valias na esfera do Co1 num cenário de


Angola alienação da participação em Co2 sem qualquer tributação em AO (depende do
regime de tributação na esfera do Co1).
SPV AO
• Possibilidade de existir tributação nos dividendos apenas do SPV AO para Co2
(IAC 10%).

• Não existe obrigatoriedade de se proceder a um novo investimento privado


(reduzem-se custos de transacção e “tempo”) e obviam-se questões cambiais
cambiais (transferência dos montantes da venda para os bancos comerciais e/ou
aprovação prévia por parte do BNA).

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.2.Joint ventures nas operações a realizar em Angola
01

02

03
TBC - não residente Angola
04
CO 1 CO2 AO Situação:
05
Oil & Gas CO pretende contratar adquirir um equipamento para ser usado na
operação petrolífera em AO, o qual pressupõe um conjunto de serviços associados
Conteúdo (testing, assemblagem, manutenção, etc).
local
Angola Ao invés de Co2 AO adquirir os bens a fornecedores estrangeiros (normalmente do
Grupo) e facturar todas as operações à Oil&Gas Co, poderá equacionar-se estruturar
Oil & Gas CO a operação por via de um consórcio/JV entre a entidade não residente (CO1) e a
entidade residente (CO2 AO).

Neste cenário, CO2 AO assegura a prestação dos serviços prestados localmente e


CO 1 o fornecimento de bens e/ou serviços prestados offshore.

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.2.Joint ventures nas operações a realizar em Angola
01
Situação: 02
Oil & Gas CO pretende contratar adquirir um equipamento para ser usado na
operação petrolífera em AO, o qual pressupõe um conjunto de serviços associados 03
TBC - não residente Angola (testing, assemblagem, manutenção, etc).
04
CO 1 CO2 AO Ao invés de Co2 AO adquirir os bens a fornecedores estrangeiros (normalmente do
Grupo) e facturar todas as operações à Oil&Gas Co, poderá equacionar-se estruturar 05
a operação por via de um consórcio/JV entre a entidade não residente (CO1) e a
entidade residente (CO2 AO).
Conteúdo
local Neste cenário, CO2 AO assegura a prestação dos serviços prestados localmente e
Angola CO 1 o fornecimento de bens e/ou serviços prestados offshore.

Oil & Gas CO Vantagens

• Fornecimento de bens sem RF de II pela entidade não residente. Se serviços


foram igualmente prestados, incide RF de II à taxa de 15% (com o OE 21 <6,5%
em 2021).

• Diminui-se a exposição cambial, por via do pagamento em divisas à CO 1.

• Risco de limitações nos pagamentos de serviços à CO1 (se aplicável), se os


mesmos pudessem ser prestados por entidades em AO – Regulação cambial – e
na obrigatoriedade de determinados serviços terem que ser prestados por
residentes cambiais (Decreto Presidencial 271/20, de 20 de Outubro).

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.3.Cenários de dotação financeira a Empresas AO
01

02
Holding AO
03
100%
04

05
Co AO 1 Co AO 2
Situação:

Holding AO decide conceder suprimentos à CO AO 1 e prestações suplementares ao


Co AO 2.

Deverá ser equacionada a melhor estrutura de financiamento em função do caso


Suprimentos
concreto. Outras operações podem ser equacionadas (aumentos de capital, etc).
Prestações suplementares

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.3.Cenários de dotação financeira a Empresas AO
01

02
Situação:
Holding AO
Holding AO decide conceder suprimentos à CO AO 1 e prestações suplementares ao 03
Co AO 2.
100%
04
Deverá ser equacionada a melhor estrutura de financiamento em função do caso
concreto. Outras operações podem ser equacionadas (aumentos de capital, etc). 05
Co AO 1 Co AO 2
Vantagens e diferenças:

• Suprimentos, natureza de empréstimo que permite criar um canal de


remuneração ao accionista (juro). Custo aceite na esfera da Co AO 1 (até ao
limite das taxas previstas pelo BNA). Isento de IS, se capital não reembolsado no
prazo de 1 ano. IAC à taxa de 10% sobre o valor do juro ou sobre juro presumido
Suprimentos (AGT aplica, regra geral, juro presumido de 6%). Operação fiscalmente eficiente
(custo aceite a 25% e proveito a 10%). Não estão previstas regras de
Prestações suplementares
subcapitalização e limites à dedutibilidade de gastos de financiamento.

Vs.

• Prestações suplementares, operação registada em capital próprio na sociedade


beneficiária e que não vence juros por impedimento legal. Não estão sujeitas a IS
e entendemos não serem também sujeitas a IAC. Risco de a AGT qualificar as
Prestações suplementares como uma VPP sujeita a Imposto Industrial.

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.4.Cisão prévia à aquisição de operação de participações numa empresa
01
Holding
02

03
Co AO

04

Cisão Situação: 05
Holding AO
Holding detém uma participação em CO AO, a qual desenvolve duas actividades
100% distintas (eg. produção de enchidos e trading de bens alimentares).
X
A Sociedade X pretende adquirir somente uma das unidades de negócio (eg.
produção de enchidos). Equacionar cisão da entidade CO AO em momento prévio.
Co AO i) Co AO ii)

Holding Sociedade X

Co AO i) Co AO ii)

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5.Exemplos de estruturas de investimento
5.4.Cisão prévia à aquisição de operação de participações numa empresa
01
Holding
Situação: 02
Holding detém uma participação em CO AO, a qual desenvolve duas actividades
03
distintas (eg. produção de enchidos e trading de bens alimentares).
Co AO

A Sociedade X pretende adquirir somente uma das unidades de negócio (eg. 04


produção de enchidos). Equacionar cisão da entidade CO AO em momento prévio.
Cisão
05
Vantagens
Holding AO

• Segregação dos dois “negócios” em duas entidades jurídicas distintas (CO AO i) e


100% CO AO ii), possibilitando a aquisição pela entidade X unicamente do negócio
X associado à produção de bens;

• Operação pode beneficiar do regime de neutralidade fiscal em sede de II, não


Co AO i) Co AO ii) sendo apurados ganhos com esta operação na esfera dos sócios e na esfera da
sociedade cindida, mediante observância de certos requisitos.

• Potenciais benefícios fiscais (reporte de PF’s) e isenções (IS se houver transmissão


de imóveis) podem ser aplicadas.
Holding Sociedade X

Co AO i) Co AO ii)

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DLP n.º 1/14, 13 de Outubro

5. Exemplos de estruturas de investimento -----------

5.5.Tributação de rendimentos e desinvestimento (imobiliário)


01

02
Cenário 1 Cenário 2
03
IMO Co AO IMO FUND AO
04

100%
100%
05
Situação:
PROJ Imob PROJ Imob
IMO Co AO pretende investir directamente num projecto
imobiliário (PROJ Imob). No entanto, encontra-se também a
equacionar realizar o investimento via fundo imobiliário (IMO
FUND AO), o qual passará a deter o PROJ Imob.

Diplomas relevantes: Regime Fiscal dos Organismos de Investimento


Colectivo – DLP 1/14, de 13 de Outubro e Código de Imposto Predial

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DLP n.º 1/14, 13 de Outubro

5. Exemplos de estruturas de investimento -----------

5.5.Tributação de rendimentos e desinvestimento (imobiliário)


01
Situação:

IMO Co AO pretende investir directamente num projecto 02


Cenário 1 Cenário 2
imobiliário (PROJ Imob). No entanto, encontra-se também a
equacionar realizar o investimento via fundo imobiliário (IMO 03
FUND AO), o qual passará a deter o PROJ Imob.
IMO Co AO IMO FUND AO
Implicações
04

100%
100%
Cenário 1 (estrutura regular): 05
• Imposto Predial de 15% (60% x 25%), IS sobre a aquisição de
imóveis e eventuais aumentos de capitais, IAC nos lucros e
PROJ Imob PROJ Imob
nas + valias de venda de participações.

Cenário 2 (Fundo de investimento imobiliário):

• Imposto Industrial à taxa de 15%, com possibilidade de


dedução dos prejuízos fiscais dos últimos 3 exercícios;

• Isenção de IAC e IP, dedução das menos-valias, isenção de


selo sobre os aumentos de capital e sobre as comissões de
gestão;

• Participantes de OIC’s isentos de IAC e II sobre os


Diplomas relevantes: Regime Fiscal dos Organismos de Investimento rendimentos recebidos ou postos à sua disposição (i.e.
Colectivo – DLP 1/14, de 13 de Outubro e Código de Imposto Predial resgates, distribuições de rendimentos, +/- valias apuradas na
alienação de unidades de participação (desinvestimento).

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5. Exemplos de estruturas de investimento
5.5.Fluxograma de um fundo de investimento imobiliário (OIC)
01

Investidores 02

03
2 Legenda 04
1
5
1. Subscrição e realização do capital;
05
2. Participações sociais (quotas);
Fundo de Investimento
imobiliário (OIC) 3. Aplicação dos recursos do fundo;

4. Rendimentos gerados pelos empreendimentos imobiliários;

5. Distribuição de rendimentos (lucros)


3 4

Empreendimentos
imobiliários

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Questões?

42
“Deloitte” refere-se a Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada de responsabilidade limitada do Reino Unido (DTTL), ou a uma ou
mais entidades da sua rede de firmas membro e respetivas entidades relacionadas. A DTTL e cada uma das firmas membro da sua rede são
entidades legais separadas e independentes. A DTTL (também referida como "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Para aceder à
descrição detalhada da estrutura legal da DTTL e suas firmas membro consulte www.deloitte.com/pt/about

A Deloitte presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, consultoria de negócios e de gestão, financial advisory, gestão de risco e serviços
relacionados a clientes nos mais diversos setores de atividade. Com uma rede globalmente ligada de firmas membro em mais de 150 países e
territórios, a Deloitte combina competências de elevado nível com oferta de serviços qualificados conferindo aos clientes o conhecimento que lhes
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