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i?
CAPITULO li - HIPERESTATICA - O METODO DAS FORCAS Hipc&6tica -O d t o d 0 das forps g' ' 105
C.
Fip 11-1
Fig. 11.2
1.2 - Hiperestaticidade interna
Seja, agora, a estrutura da Fig Ib2, cujas reações de apoio
são de imediata obtenção a partir das equações universais da Estática.
Isto não significa, entretanto. que a estrutura esteja resolvida pois que
o simples conhecimento das reações de apoio, não nos habilita a traçar
seus diagramas solicitantes pelo fato de ser uma estrutura fechada e não
sabermos quais são as forças da esquerda e quais as da direita. Seria
necessário "abrir" a estrutura, isto é, romper-lhe uma seção; para tal,
necessitaríamos conhecer os esforços simples atuantes nesta seção para
podermos aplicá-los, após rompê-la, na estrutura assim obtida, preservan-
do, desta forma. a igualdade estática da nova estrutura "aberta" com a
primitiva
I
Para a determinação desses esforços não possuímos equaçw
suplementares da Estática e, sendo assim, a estrutura em questão tem
um grau hiperestático interno igual a 3.
Portanto, grau hiperesiátim interno de uma estrutura é o nú-
mero de esforços simples cujo conhecimento nos possibilita traçar os d i a 6 tirante
gramas solicitantes para a estrutura, conhecidas suas reações de apoio. O O
I
1.3 -Hiperesiatiadade total a = ggxt + gint '1 + 1 = 2
Evidentemente, como resdver uma estrutura é conhecer suas
Fip. 11-9
Fia. 11-10 g = 5 x 3 x 3 = 45
106 Curso de anáiise estrutuml Hiperrststica - .cmétodo das f o r p s 107
C) Grelhas:
Fig. 11-13 Fip. 11-14 Fip. 11.15
equação dizendo que o deslocamento na direção de Xi é nulo. O pro- Assim, devemos ter, indexando as deformaç6es indicadas na
blema está, então, resolvido e podemos afirniar que a resolução de uma es- Fig. 11-18 eom dois índices. o primeiro d o qual se refere ao local e o
trutura n vezes hipcrestática recairá na resoluçáo de um sistema n x ,,, segundo à causa da deformação3, temos:
em que cada equação exprimirá a condição de ser nulo o deslocamento
na direção de cada um dos hipcrestáticos. RotaçãoemA=O ...
. . . . . . . 6~0+611XI+61ZX2+613X3=0
Poderíamos, é claro, impor estas condiçaes diretamente sobre RotaçãoemB= O . .. . . . .. . . 620 + 6 2 1 X I + S22X2 + 623X3=0
a Fig. 11-17, mas será mais simples. para a manipulação algébrica d o
problema, empregar o princípio da superposição de efeitos da forma in- ~ ~ s l o c a m e nhorizontal
to emB= O .[ 630 + 631XI + 632X2 + 833x3 = O
dicada na Fig. 11-18, em que separamos o efeito do carregamento exter-
no e 0 de cada um dos hiperestáticos; no desconhecimento dos valores A solução d o sistema anterior, que 6 o sistema de equações
corretos destes. arbitramos um valor qualquer para cada um deles (no caso, de compatibilidade elástica do sistema principal com a estrutura hiperes-
por simplicidade. arbitramos valores unitários, embora pudessem ser valores tática, nos fornece os valores dos hiperestáticos, a partir dos quais pode-
quaisquer) e esses valores devem ser multiplicados pelos fatores-escala mos obter os esforços atuantes na estrutura.
X 1, X 2. X, 3 tais que façam que os deslocamentos finais nas direçaes dos
hiperestat~cossejam nulos. 2.2 - Observações
a) Vejamos qual a forma de o b t e n d o dos coeficientes 6 do
sistema de equaçoes que conduz 20 cálculo dos Iuperestiticm:
Sistema principal com Seja, por exemplo. obter 623 que, sabemos, é a deformação
carregamento externo e
I .
hiperestáticos X,. . . Xn
na direçáo do hiperestático X2 (ou seja, rotação da tangente à elástica.
no sistema principal, em B) devida à aplicação de X3 = 1. Como se trata
d o cá!culo de uma deformação numa estrutura isostática, temos:
Estado de carregamento: dado pela aplicaçáo de X, = I
sistema principal.
-
no
=[ Sistema principal
com
]
carregamento externo +
"
2 Chi,c0
Sistema principal
i].
Nota:
0 s diagramas a combinar São, evidentemente, aqueles que influenciam no
d c u l o da deformaçáo 6 de~ejada,confomeestudado no cap I deste volume.
C,
.
te, no caso da Fig. 11.18, o carregamento externo) pelos Sit 6* ou
(deformações, no sistema principal, na direção dos hiperestaticos
Xi, devidas a atuação do agente extemo deformante, no caso, variaçáo de Sob forma mais compacta, vem:
temperatura, recalques de apoio ou modificações de comprimentoimpostas
durante a montagem).
Os valores de 6it, 6y ou 6,. em se tratando de deforma- Ao vetor { 6 O 1 , onde a influencia d o carregamento externo
ções em estrutura isosthtica, são de imediata obtenção a partir d o que se faz sentir, chamamos vetor dos termos de carga.
se estudou no cap. I, sendo dados por:
à matriz [ 6 1, quadrada, simétrica ( &i. = 6.., li a partir
do teorema de Maxwell). chamamos niatriz de flexibifidade da estrutura
Esta denominação foi dada levando-se em conta que a matriz 1 6 ] é
aquela que transforma os hiperestáticos (esforços) { X } nas deformações
que eles provocam 1 6 1 { X }.
Note-se bem, que a matriz [ E ] independecomplet?mente da
6i,,, = 2 ( Ni x modificações de comprimento correspondentes.) solicitação externa, sendo função apenas d o sistema principal adotado.
(114) Ao vetor {X} chamamos vetor dos hiperestáticos.
(Os esforços e reaçóes com índice i são, evidentemente aque- A solução da equação matricial é, evidentemente, dada pela
les obtidos quando aplicamos o hiperestático Xi , no sistema principal, com equação 11-6, em que [ P ] é a matriz inversa da matriz de flexibilidade.
o valor arbitrado inicialmente.') e é chamada matriz de rigidez da estrutura, sendo também quadrada e
simétrica.
C) Como, quando combinamos diagramas de momentos fleto- v
res, obtemos os EJc6 ao invés dos 6 , temos: 1x1 = - [si-'{ao} = - [PI (11-6)
- no caso de resoluçáo de estruturas hiperestiticas para atua- Notas:
ção de carregamento externo, podemos substituir os 6i0 e 6~ pelos 1) Se, em vez de termos carregamento externo, tivermos variação de tem-
Wc6i0 e EJ, 6ii (pois que um sistema de equações não se altera se
peratura, recalques ou modificações de montagem, basta substituir o
multiplicamos ambos os membros por H,,e o segundo membro é nulo) ; vetor \
- no caso de resolução de estruturas hiperestáticas para ama-
ção de variação de temperatura, recalques de apoio ou modificações de {60) por {6t} . {Sr} ou {6,}em(11.6).
comprimento durante a montagem, podemos substituir os S . . pelos 2) Se estivermos resolvendo uma estrutura hiperestática para um único
11
carregamento, será indiferente obter os valores dos hiperestáticos por
EJ, Bii, desde que multipliquemos os 6il, OU 6im por E&. resolução direta d o sistema de equações ou a partir da inversão da
matriz de flexibilidade. Se, entretanto, tivermos vários CarIegamentOSa
d) Escrevendo o sistema de equações que resolve v problema, considerar, o procedimento matricial ( { X = - [P I { 6 0 } ) será
sob forma matricial, temos: muito mais vantajoso.
e) (h esforços finais na estrutura hiperestática são obtidos em-
pregando-se o principio da superposição de efeitos (V. Fig. 1-18), da ex+
ptessáo:
-
-
qual os diagramas a combinar sejam simples, acarretando uma obtcnqão
não trabalhosa dos 6 . Para isto. recomendamos, no caso dos quadros
lanos, para a obtenção de uin bom sistema principal. que sejam ccilwa
&ulos nus nSs da estrutura, em número adequado. Isto conduzira.
certainente, aos sistemas principais ideais. Apenas nos casos de existencia
de simetria e anti-sinietna pode-se chegar a iiielliores sistemas princiliais.
+Sm
agindo-se de outra maneira (v. aplicações n.0s11-5 a 11-7). Para os outros Pii. ii-19.1
tipos de estruturas, os sistemas principais ideais estáo indicados lias apli-
caçóes correspondentcs. -. a) carregamento indicado;
b) diminuição unifome de 30 OC ;
g) Queremos voltar a chamar a atenqãopard o fato de que,
c) recalques em A indicadas abaixo.
quando arbitraiiios valores para os hiperestiticos, eles não precisam ser
unitirios; podem ser quaisquer, pois os valores que eiicontrxeinos para
os hiperestiticos seráo os fatores-escala t a s que corrijam os ii~icialnientc
arbitrados para eles, de modo a satisfazer a compatibilidade de deforma-
çóes da estrutura dada com seu sistema principd.
h) Verifique o leitor a facilidade com que podemos escrever
as equações de compatibilidade elástica sem precisamos recorrer, eni ca-
da caso, a uma análise detalhada como a que fazemos na Fig. 11-18. pois
uma equação genérica (a iésima, por exemplo), do sistema de equafces
de compatibilidade (supondo a estrutura n vezes hiperestática) se escre-
veri: Dados: EJc = 104 tm2
6i0 + 6 11
- X1 + .... tiiiXi +. . .+ 6,X, = O (11.8)
1
a = lO"/OC
a) Carregamento indicado
I
serão os indicados na Fig. 11-19.2, preservando a wmpatibilidade estitica
da estrutura dada w m seu sistema principal.
Obtemos:
F i i 11-20
3. Cálculo dos Hc 6
Em se tratando de um quadro, consideraremos apenas seu
trabalho H flexão, obtendo:
F i i 11.21
mm
*larnos
Os
- m e r { X }= -[EJc6r' {I?Jc6o } ,já que não e n m o í imbaihuido
V--r&eiro% ma% sim. com reus d o r e s multiplicados por &Jc Como
tcn;im desta forma, pan não complicar n nota~Ho.ewreveremor sirnpksmcnte:
@o 1, embora estejamos u m d o os me&
(biso de anáiise estrutural
'carr.
4.15 t
Fig. 11-22
Fio 11-24
JF~ + 0.731
Ntamp. F'm.11-25
' C) Recaloues de a w i o
Fip. 11-26
Fio 11-23
Os hiperestáticos devidos ao recalque são, então:
b) Variação de iemperatura
Basta substituirmos o vetor { 60 1 pelo vetor { 6 t 1. Devemos c
tomar o cuidado de multiplicar por W,os valores dos 6 ir dados pela
expressão 11-2, em função da observação 22.c deste capitulo, já que es- ,
= .7,3EI -22,4E2, obtemos os dia
A partir da expressão E,,,
tam- trabalhando com os EJc 8" ao invés dos 6". Obtemos, então:
gramas solicitantes indicados nas Figs. 11-27 a 11-29.
Fim. 11-27
12.521 Fie. 11-28
+ 7.47, 1
Os e~forçosdevidos à varlação de temperatura serZo, po,iS:
.Etemp = - 0,55E, -2,18E2, estando os diagramas solicitantes indica
dos nas Figs 11-24 a 11-26,
I wpmdtjtia - o métodod a foqz%3
Obsenuçõeí: a) MO b) M l
I ) Note o leitor a simplicidade com que traçamos os diagramas no sistema
principal e calculamos OS valores dos Uc6 necessários à obtenção dos
hiperestáticos. Isto mostra a vantagem do sistema principal escolhido
obedecendese & observação 2.2.f. deste capitulo.
2) Igual simplicidade encontraríamos. no caso deste exemplo, se, ao invés
de nós C e D, houvéssemos rotulado os n6s A e C ou A e D.
I
C
lando, por exemplo ,os nós A e C esq, obtemos o sistema principal in-
dicado na Fig. 11-31, onde estzo também indicados os comprimentos
elásticos das diversas banas, necessários para o cálculo dos EJ, 6.
4. Equações de compatibilidadf:
I 4XI + 2X2 = 44
I S. Hiperestátims: \ XI = 8,s
I 6. Diagrama final
1 A partir de (11-7). sabemos que. M = Mo + 8,5M1 + 5M2.
t obtendese, então, o diagrama de momentos fletores .ia Fig. 11-33,
6. Diagrama final
r:;
I' = 6m I'= 3m
2. Diagramas no sistema principal
I' = 3m Fig. 11-35
4. Equações de compatibilidade:
104
64
36
Temos:
2. Diagramas no sistema principal
1t: 1 1 1
x3
=
11,3
20-7
19.3
lmt
x lml t
1/12 I
*l
- o método das f o q
124 CUM de anáiir estrutural
ObservaçtTo:
'125
I
Só empregar uma estnitura de substituiçEo do sistema prùidp&
nos calcular o vetor { h t ),cujos termos sit = a r & ~ ~ representam as no caso de variaçxo uniforme de temperatura, para o cálculo dos 6,t;
deformaçóes, no sistema principal, na direção de cada um dos hiperestá- o c&ulo dos 6~ (que dependem de trabalho à flexão), temos que
ticos, devidas i variação uniforme de temperatura, sendo, pois, deforma- respeitar o sistema pnncipal verdadeiro.
ções numa estrutura isosfatica devidas a uma wriaçüo uniforme de tem-
peratura Para seu cálculo, podemos então trabalhar com unia estrutura Ex. 11-5 - Resolver a estrutura da Fig. I 1 4 4 para o c s n e g ~
de substituiçáo (que contenha os vinculos e pontos de aplicação de car- mento indicado. Todas as banas tèmmpsmainercia
ga da estrutura dada), obtendo, a partir dos diagramas da Fig. 11-42:
41/61
t
-1t181
O
111161
g-ph $1
.L ,
"'
1116i
Fip. 11-42
-X!IZ,
Fip. 1146