Você está na página 1de 21

Máquinas Térmicas

Laura Angélica Ardila Rodriguez


Carlos Alberto Souto

Professor Eudes
Pós-graduação em Engenharia e Ciência de Materiais
Termodinâmica - Seminário 1
Laura Angélica Ardila Rodriguez
Carlos Alberto Souto

Sumário
Resumo Esquemático: ................................................................................................. 1
Máquinas Térmicas: Definições ...................................................................................... 1
• Enunciado de Kelvin-Planck ................................................................................. 1
• Reservatório Térmico......................................................................................... 2
• Fluido de Trabalho ............................................................................................ 2
Ciclos Termodinâmicos................................................................................................ 3
Ciclo de Otto de Quatro Tempos .................................................................................... 5
Ciclo de Diesel ......................................................................................................... 7
Ciclo de Brayton ....................................................................................................... 8
Ciclo de Rankine ....................................................................................................... 9
Volumes de Controle ................................................................................................. 10
• Primeira Lei para Volumes de Controle ................................................................... 12
• Entalpia ....................................................................................................... 12
Cálculo da Eficiência dos Dispositivos do Ciclo de Rankine ..................................................... 14
Exercício: Ciclo de Rankine ......................................................................................... 17
Referencias ............................................................................................................ 18

2
2º Seminário Termodinâmica - 1º Semestre de 2016
Pós-graduação em Engenharia e Ciência de Materiais
Termodinâmica - Seminário 1
Laura Angélica Ardila Rodriguez
Carlos Alberto Souto

Seminário 02: Máquinas Térmicas

Resumo Esquemático:

Máquinas Térmicas: Ciclos, Dispositivos e Eficiência

Ciclo Otto Volume de


Controle
Definições Diagramas
e Conceitos Ciclo Ciclo e
Braiton Rankine Dispositivos
Básicos
Eficiencia
dos
Ciclo Diesel Dispositivos

Ciclos Termodinâmicos
Máquina Térmica Ciclo de Rankine
Ideais

Máquinas Térmicas: Definições


Uma máquina térmica se define como um dispositivo que transforma parcialmente calor ou energia
térmica em trabalho, e depende de um ciclo termodinâmico para operar. Para efetuar tal tarefa, ela
deve operar entre dois reservatórios térmicos para atender o enunciado de Kelvin-Planck(Cengel &
Boles, 2011):

• Enunciado de Kelvin-Planck

“É impossível construir um dispositivo que opere em um ciclo cujo único efeito é levar energia de uma
fonte de calor e convertê-la em trabalho” (Erro! Fonte de referência não encontrada.(a)).
Logo, toda máquina térmica retira energia térmica de um reservatório a altas temperaturas e transfere
parte desta energia para um reservatório a baixas temperaturas. Neste balanço energético, a diferença
de energia é convertida em trabalho pelo ciclo envolvido (Erro! Fonte de referência não
encontrada.(b)).

1
Figura 1. Máquina Térmica (a) Impossível de construir. (b) Real

• Reservatório Térmico

Trata-se de um sistema grande o bastante capaz de manter constante a temperatura enquanto recebe
ou cede calor.
Exemplos de Fornecedores de calor:
• Fornos em centrais de carvão e outros combustíveis fósseis,
• Reatores nucleares,
• Câmaras de Combustão de motores automotivos
Exemplos de Absorvedores de calor:
• Grandes reservatórios de água: Oceanos, lagos, rios, grandes tanques
• A atmosfera terrestre
Portanto, os reservatórios térmicos são sistemas com capacidade térmica CV elevada, onde se pode
remover ou adicionar calor sem que a sua temperatura se altere significativamente.

• Fluido de Trabalho

As máquinas térmicas operam segundo a um ciclo termodinâmico, conforme já dito anteriormente,


porém para este ciclo ocorrer deverá haver uma substância capaz de absorver o calor da fonte quente
e transportar esta energia, dentro de processos termodinâmicos, para a fonte fria com a finalidade de
converter parte desta energia absorvida em trabalho (Figura 2).
Ou seja, as máquinas térmicas utilizam-se de fluidos de trabalho, sendo os principais:
• A água
• A gasolina, álcool, diesel entre outros combustíveis.

2
Nestes processos cíclicos a substância de trabalho efetua os
seguintes papeis:
• Absorve calor (QH) de um Reservatório Quente à
temperatura (TH)
• Parte do calor absorvido é convertido em Trabalho (W)
pela máquina térmica

Figura 2. Representação dos papeis da substância de trabalho.

Ciclos Termodinâmicos
Todos os ciclos termodinâmicos operam através de transformações do fluido de trabalho, em que ao
final do ciclo este volta ao seu estado inicial.
Estas transformações incluem mudanças de temperatura, pressão, volume e também transformações de
fases. (Young, Freedman, & Ford, 2012)
Entre elas, temos:
Transformações Isotérmicas
 A temperatura constante (T4=Ta).

Transformações Isobáricas (T3>Ta)


 A pressão constante.

Transformações Isocóricas, ou isométrica, ou ainda


isovolumétrica (T2<Ta)
 A volume constante.

Transformações Adiabáticas (T1<Ta)


 Não há troca de calor com a vizinhança

No diagrama P = f(V), temos que a área abaixo de cada curva (Figura 3), representa o Trabalho
realizado pela transformação do fluido de trabalho, onde este trabalho pode ser:
 Positivo (quando realizado pelo sistema) ou
 Negativo (quando realizado sobre o sistema), ou seja:

Figura 3. Trabalho realizado pela transformação do fluido de trabalho

3
Agora, se efetuarmos todas estas transformações do fluido de trabalho dentro de processos, onde o
término de uma transformação é o inicio de uma segunda transformação e ao final este fluido volta ao
estado inicial, temos aí um ciclo termodinâmico (Figura 4).

Temos que o trabalho útil é dado por Wútil = W1-2 + W2-3 + W3-4 + W4-1,
porém:
 a transformação 1 – 2 expansão isotérmica (W1-2 > 0)
 a transformação 2 - 3 isocórica (W2-3 = 0)
 a transformação 3 – 4 compressão isotérmica (W3-4 < 0)
 a transformação 4 – isocórica (W4-1 = 0)
Logo Wútil = W1-2 - W3-4

Figura 4. Representação de um ciclo termodinâmico.

Portanto, uma máquina térmica é constituída de diversos processos termodinâmicos dentro de um ciclo,
onde cada ciclo possui uma característica que o diferencia pelo:
- Fluido de Trabalho
- Tipos de transformações termodinâmicas adotadas (Figura 5)
Dentre os ciclos principais, temos:

Figura 5. Principais ciclos termodinâmicos.

4
Ciclo de Otto de Quatro Tempos
O ciclo Otto de quatro tempos, desenvolvido por Nikolaus Otto, é um motor de ignição por centelha ou
vela (Figura 6).
Quatro tempos significa que o motor completa o ciclo com 4 cursos completos do pistão, que implica
em 2 voltas do eixo de manivelas.

Figura 6. Motor de ignição por centelha.

Este ciclo opera conforme os processos descritos na Figura 7 e a Tabela 1:

Figura 7. Processo do Ciclo Otto

5
Tabela 1. Processos do Ciclo Otto
Primeiro Tempo: Admissão – Uma rotação completa de virabrequim move
o pistão de PMS para PMI, ponto morto superior e inferior
respectivamente, forçando a mistura ar-combustível entrar pela abertura
do canal de admissão, graças à válvula desta estar aberta;

Segundo Tempo: Compressão – As válvulas das câmaras de admissão e


escape agora estão fechadas e o pistão se move do PMI para o PMS,
comprimindo a mistura ar x combustível. Neste processo, tanto a pressão
quanto a temperatura aumentam – (diminuição do volume na ordem de
10:1 e aumento da temperatura par 450ºC);

Terceiro Tempo: Combustão seguida de Expansão – Ainda fechadas às


válvulas de admissão e escape e com o pistão no PMS, agora a vela sofre
um centelhamento e inicia-se a combustão do fluido de trabalho. Neste
processo o fluido de trabalho recebe calor em um processo instantâneo,
com um aumento simultâneo da pressão e da temperatura, ocorrendo
então a expansão da mistura. Neste o fluido a alta pressão, devido à
combustão, força o pistão do PMS para o PMI, transferindo trabalho para a
biela, que por sua transfere energia para o virabrequim.

Quarto Tempo: Escape – Agora os produtos da combustão da mistura


deverão ser expelidos pelo sistema, ou seja, este calor e produtos
remanescentes da combustão deverão ser jogados à fonte fria, que é o
ambiente. Neste processo, quando o pistão chega ao PMI, a válvula da
câmara de escape se abre, permitindo que os gases provenientes desta
combustão saiam quando da subida deste pistão.

6
Ciclo de Diesel
O ciclo Diesel, desenvolvido por Rudolph Diesel nos anos de 1890, é muito semelhante ao Ciclo Otto de
quatro tempos, com duas diferenças:
• O combustível é injetado no PMS, após o estágio de compressão, onde acontece a explosão da
mistura de forma espontânea, pois neste ponto o ar encontra-se a altas temperaturas;
• O processo de Combustão ocorre à pressão constante ao invés de sofrer a combustão à volume
constante como no ciclo Otto.
Logo, os motores à Diesel são motores de ignição por compressão no qual não existe vela de ignição
para inflamar a mistura “ar x combustível”.
Este ciclo opera através de quatro tempos conforme os processos abaixo:

Figura 8. Processos do Ciclo Diesel


- Primeiro Tempo: Admissão – Neste processo, a válvula de admissão se abre, já com o pistão no PMS,
onde em sua descida até o PMI, admite apenas ar na câmara;
- Segundo Tempo: Compressão – Com as válvulas de admissão e escape fechadas, o pistão se move do
PMI para o PMS, comprimindo o ar na câmara. Neste processo, a pressão e a temperatura sobem muito
(cerca de 40 Kgf/cm2 e 800ºC com a diminuição do volume em 18:1)
- Terceiro Tempo: Combustão à pressão Constante seguido de Expansão – Após a compressão do ar, em
que o pistão encontra-se no PMS, ocorre a injeção do combustível Diesel através do bico injetor e,
como a temperatura está muito alta (800ºC), inicia-se a combustão espontânea do combustível,
recebendo calor neste processo e ocorrendo então a expansão da mistura. Como no ciclo Otto, há a
transferência de trabalho para a biela, que por sua transfere energia para o virabrequim.
- Quarto Tempo: Escape – Idêntico ao ciclo Otto, todos os produtos da combustão da mistura deverão
ser expelidos pelo sistema, onde a válvula de escape se abre, e o pistão o expele.

7
Ciclo de Brayton
O ciclo de Brayton é um ciclo o qual utiliza um gás como fluido de trabalho, geralmente o ar, e é
utilizado em motores a jato (turbinas, Figura 10). Também são encontrados em grandes caminhões e
em tanques de guerra.
Este ciclo também é composto por quatro dispositivos (Figura 9):
• Um compressor: Comprime o ar em até 30 vezes a pressão inicial (isentrópica);
• Uma Câmara de Combustão: Adiciona calor ao ar sob alta pressão (pressão constante);
• Uma turbina: Recebe o ar sob alta pressão e alta temperatura (expansão isentrópica), e produz
energia em forma de trabalho. Parte desta energia de trabalho é consumida pelo próprio
compressor da máquina;
• Trocador de Calor: Recebe o ar que sai da turbina, agora sob pressão (constante) mais baixa, e
troca calor com o ambiente.

Figura 9. Ciclo Brayton e Dispositivos

Figura 10. Representação do Ciclo Brayton.

8
Ciclo de Rankine
O ciclo de Rankine é um ciclo utilizado em termoelétricas, onde a fonte de energia pode ser nuclear,
carvão mineral ou vegetal e até mesmo o lixo.
Este ciclo é composto por quatro dispositivos:
• Uma Bomba: Comprime a água em seu estado líquido saturado, à alta pressão;
• Uma Caldeira: Adiciona calor à água sob alta pressão, criando vapor superaquecido;
• Uma Turbina: Recebe o vapor sob alta pressão e alta Temperatura, e converte parte desta
energia em trabalho;
• Um Condensador: Recebe o vapor que sai da turbina, agora sob pressão mais baixa, é troca
calor com um reservatório frio, que podem ser torres de resfriamento ou até mesmo mares e
rios.

Figura 11. Representação Ciclo Rankine

Sistema A – Máquina Térmica que opera


segundo o Ciclo de Rankine.

Sistema B – Fonte de Calor com a queima


de combustíveis, com sistema de exaustão
natural por chaminé.

Sistema C – Torre de resfriamento do


fluido de trabalho do Ciclo de Rankine.

Sistema D – Gerador elétrico, responsável


por transformar a energia mecânica do
ciclo de Rankine em energia elétrica.

Figura 12. Representação de Termoelétrica

9
Volumes de Controle
Objetivos:
• Selecionar volumes de controles apropriados que permitam os cálculos de quantidades de
interesse
• Aplicar a primeira lei da termodinâmica aos volumes de controle
• Calcular o desempenho dos dispositivos de máquinas térmicas
Diferentemente dos processos termodinâmicos efetuados em recipientes fechados, onde a massa do
elemento utilizado no processo termodinâmico era contida dentro dos limites (fronteira) do sistema,
como mostra a Figura 13(a).

(a) (b)
Figura 13. (a) Massa nos limites do sistema. (b) Superfície de Controle
Agora em máquinas térmicas temos o fluido de trabalho cruzando a fronteira de dispositivos que
constituem esta máquina, ou seja, o fluido é transportado para dentro e para fora dos dispositivos.
Esses dispositivos são chamados de Volume de Controle ou Sistemas Abertos. A superfície que envolve
o volume de controle é a Superfície de Controle (Figura 13(b)). (Kroos & Potter, 2015)
O fluido e a energia podem atravessar superfície de controle do dispositivo (volume de controle), tal
como os dispositivos da Dispositivos típicos de fluxo contínuo, onde temos:

Dispositivos Ativos, que envolve trabalho Dispositivos Passivos


ou troca de calor
- válvulas
- bombas
- bocais convergentes e divergentes
- turbinas
- redutores de pressão
- condensadores
- reduções, curvas e tubos em geral
- caldeiras

10
Tabela 2. Dispositivos típicos de fluxo contínuo (Sonntag, Borgnakke, & Van Wylen, 2009)

11
• Primeira Lei para Volumes de Controle

A diferença da primeira lei da termodinâmica para a lei aplicada para volumes de controle é que agora
a equação será uma taxa de transferência de calor e taxa de transferência de trabalho através da
fronteira do volume de controle, ou seja, todos os termos da equação agora terão unidades de energia
por unidade de tempo, ou melhor, potência.

Exemplo: KJ/s  KW

Pelo princípio da conservação da energia, temos:



          
       
  í
 
    
    


Para obter a equação da energia desejada, devemos considerar a taxa de transferência de:
- calor (),
Energias que cruzam a superfície de controle (meio externo ao dispositivo)
- trabalho (),
- variação da energia cinética,
- variação de energia potencial,
Energias que cruzam o volume de controle (interno ao dispositivo)
- variação da energia de pressão,
Variação de entalpia (∆H)
- variação de energia interna

• Entalpia

A entalpia (H) nada mais é do que a energia necessária para se expandir certo volume (V) a uma dada
pressão (P) uma substância fluida que possui certa quantidade de energia interna (U).
Logo temos que dH = dU + PdV.
 A entalpia é uma propriedade termodinâmica e é aplicada em sistemas onde há a troca de
massa e de energia através de volumes de controle.
Voltando à equação da energia para volumes de controle, em especial a variação da energia de pressão
e da energia interna, temos então que:
Como H = U + PV, dividindo toda a equação pela unidade de massa, teremos as entalpias e energias
!
internas específicas h = H/m, u = U/m e também V/m, ou seja, h = u + ;
"

12
Mas V/m é o inverso da densidade do fluido (ρ = m/V), ou seja:

h=u+

Portanto, a equação da energia para um volume de controle ficará da seguinte forma:

ܳሶ − ܹሶ = ݉ሶ ൤ℎ௦௔íௗ௔ − ℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ + (‫ ݒ‬ଶ ௦௔íௗ௔ − ‫ ݒ‬ଶ ௘௡௧௥௔ௗ௔ ) + ݃(‫ݖ‬௦௔íௗ௔ − ‫ݖ‬௘௡௧௥௔ௗ௔ )൨


1
2

Energias internas Energias Energias


e de pressões cinéticas Potenciais

- Entalpias -

A equação anterior pode ser simplificada se considerarmos alguns parâmetros, como:


1) Se o fluido for compressível ou se as cotas de alturas forem pequenas, temos que as
variações de energia cinética e potencial são desprezíveis, logo:

ܳሶ − ܹሶ = ݉ሶሾℎ௦௔íௗ௔ − ℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ ሿ

2) Para trocadores de calor e caldeiras, onde não há a realização nem o consumo de trabalho,
temos que ܹሶ = 0, logo:

ܳሶ = ݉ሶሾℎ௦௔íௗ௔ − ℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ ሿ

3) Para Bombas, onde não há troca de calor, temos que ܳሶ = 0, logo:


ܹሶ ௕௢௠௕௔ = ݉ሶሾℎ௦௔íௗ௔ − ℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ ሿ

4) Para Turbinas, onde também não há troca de calor, temos que ܳሶ = 0, logo:
ܹሶ ௧௨௥௕௜௡௔ = − ݉ሶሾℎ௦௔íௗ௔ − ℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ ሿ
‫ݑ݋‬
ܹሶ ௧௨௥௕௜௡௔ = ݉ሶሾℎ௘௡௧௥௔ௗ௔ − ℎ௦௔íௗ௔ ሿ

13
Cálculo da Eficiência dos Dispositivos do Ciclo de Rankine
Todos os dispositivos, ou seja, os volumes de controle podem ser combinados em várias máquinas
térmicas. Um destes arranjos de dispositivos é o utilizado para o ciclo de Rankine, que é um ciclo
básico utilizado em usinas termoelétricas já vistas anteriormente.
Abaixo temos um fluxograma que esquematiza este ciclo e facilita o entendimento e os cálculos
necessários.

Ciclo teórico:
Processo isentrópico 1-2: Bombeamento da água
saturada;
Processo isobárico 2-3: Vaporização da água;
Processo isentrópico 3-4: Produção de trabalho
pela turbina;
Processo isobárico 4-1: Condensação do vapor para
água saturada.

Para o cálculo das eficiências de cada dispositivo do ciclo, primeiramente é necessário calcular as
respectivas potencias ideais (isentrópicas) e as potências reais de cada. Sendo:

Ciclo Teórico Ciclo Real

aumento da entropia

Cálculo da Potência da Bomba (ideal): Cálculo da Potência da Bomba (Real):


    #$ % $ &  ´   #$´ % $ &

Eficiência Isentrópica da Bomba:

*  " #+ , + & #+ , + &


 '("')  ⟹  '("')  #+ 
* ´

" #+´ , + & ´ , + &

Cálculo da Potência na Turbina (ideal): Cálculo da Potência na Turbina (Real):

    #$ % $ &  ´   #$ % $´ &

Eficiência Isentrópica da Turbina:

* ´ " #+ , +´ & #+ , +´ &


 -./'01)  ⟹  -./'01)  #+
* 

" #+ , + &  , + &
14
Os dados das entropias e entalpias são conseguidos através de tabelas ou diagramas do respectivo
fluido de trabalho, que são em função da pressão, temperatura e do estado físico da substância.

Abaixo temos um exemplo destas tabelas, onde hf e hg são as entalpias específicas da agua saturada e
do vapor saturado respectivamente e hfg é a entalpia específica da mistura água vapor na mudança de
fase. Analogamente estes índices valem para a entropia específica. (Sonntag et al., 2009)

15
Tem também a possibilidade de encontrarmos as potências ideais isentrópicas e potências ideais
através de diagramas h x s, os quais são denominados Diagramas de Mollier:

Nestes diagramas podemos encontrar a diferença entre o trabalho real e o trabalho ideal de cada
dispositivo através da diferença entrópica encontrada entre os pontos de saída deste dispositivo, nas
condições de trabalho em que ele se encontra.

Exemplo: Determinação da Eficiência da Turbina:

Wreal
Wideal

     

  ´     ´

  ´
  
 

16
Exercício: Ciclo de Rankine
(Potter, Merle C. 1ª Ed., pág. 155 Ex. 4.14 - adaptado) - O ciclo Rankine opera com fluxo de massa
de 2 Kg/s, como mostrado na figura abaixo.

40 bar
500ºC Tubo com diâmetro
40 cm

Determinar:
a) A energia requerida pela bomba;
b) A energia requerida pela caldeira;
1 bar c) A velocidade do vapor na entrada da
120ºC turbina;
d) A energia produzida pela turbina;
e) A eficiência da turbina;
f) A eficiência do ciclo.
40 bar

X=0
Desprezar as perdas na
bomba

Respostas:

T(ºC)
  ,  m/s 40
  , 


3
500 1 bar
 

 2Kg/s   %
(água)
1 bar 120 2
99,9 4’
120ºC 99, 4
1 4

40 bar 1,303 7,09 7,47


   s (KJ/kg.k)

X=0 િࢉ ൌ 25%
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 (isentrópico) Ponto 4’ (real)
(Entr. da Bomba) (Entr. da Caldeira) (Entr. da Turbina) (Entr. do Condens.) (Entr. do Condens.)
T1= 99,6 ºC T2= 99,9 ºC T3= 500 ºC T4= 99,6 ºC T4’= 120 ºC
h1= 417,46 KJ/Kg h2= 421,52 KJ/Kg h3= 3445,2 KJ/Kg h4= 2575,0 KJ/Kg h4'= 2716,6 KJ/Kg
17
s1= 1,303 KJ/kg.K s2= s1=1,303 KJ/Kg.K s3= 7,09 KJ/Kg.k s4= 7,09 KJ/Kg.K s4'= 7,47 KJ/Kg.k
v1= 1,04 L/Kg v2= 1,04 L/Kg v3= 8,65 L/kg v4= 1,62 m3/kg v4'= 1,79 m3/kg
Referencias
Cengel, Y. a., & Boles, M. E. (2011). Termodinamica. Termodinamica (7 th). Retrieved from
http://www.mediafire.com/download/7a3idxrs2gxjbpu/Termodinamica+-+Cengel+7th.pdf
Kroos, K. A., & Potter, M. C. (2015). Thermodynamics for Engineers. (Cengage Learning, Ed.) (Primera).
Stamford: Timothy Anderson.
Sonntag, R. E., Borgnakke, C., & Van Wylen, G. J. (2009). Fundamentals of thermodynamics. Order A
Journal On The Theory Of Ordered Sets And Its Applications. http://doi.org/10.1007/978-3-540-
74648-5
Young, H. D., Freedman, R. A., & Ford, A. L. (2012). Sears and Zemansky’s University Physics: With
Modern Physics. (A. L. Ford, Ed.) (13th ed.). Addison-Wesley.

18

Você também pode gostar