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DERMATOLOGIA 3

MORFOFUNCIONAL AULA 5

TRICOMOSE DERMATÓFICA QUÉRION


As crianças pré-escolares e de idade escolar (seis a 10 Massa inflamatória na qual os cabelos
anos) são mais comumente acometidas. As infecções podem remanescentes são frouxos. Caracteriza-se por
se tornar epidêmicas nas escolas, particularmente quando nódulos e placas inflamados, purulentos e pastosos.
há aglomeração excessiva. Comumente doloroso; drena pus a partir de múltiplos
orifícios, lembrando favos de mel. Os cabelos não
Transmissão: Entre pessoas, de animais para pessoas, quebram, mas caem e podem ser retirados sem dor.
através de objetos contaminados. Os esporos estão Os folículos podem drenar pus; formação de fístulas;
presentes em portadores assintomáticos, animais ou objetos. grânulos semelhantes ao micetoma. Crosta espessa
Os cabelos retêm os fungos presentes no ambiente ou em com emaranhamento de cabelos adjacentes. Em
objetos contaminados. A colonização assintomática é geral, há uma placa única, porém, podem ocorrer
comum. lesões múltiplas com acometimento de couro
cabeludo. Com frequência, há linfadenopatia
O traumatismo facilita a inoculação. Inicialmente, os associada. Geralmente causada por espécies
dermatófitos invadem o estrato córneo do couro cabeludo zoofílicas (T. verrucosum, T. mentagro phytes var.
mentagrophytes) ou geofílicas. Regride com
e, em seguida, pode haver a infecção da haste do pelo. Em TINHA DO COURO CABELO EM PONTOS NEGROS alopecia cicatricial.
seguida, ocorre disseminação para outros folículos pilosos.
Tinha do couro cabeludo com "pontos negros". Os cabelos
sofrem ruptura rente ao couro cabeludo, produzindo a
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS aparência de "pontos" (hastes edemaciadas) em pacientes
de cabelos escuros. Esses pontos aparecem a medida que
TINHA DO COURO CABELUDO EM PLACA os cabelos acometidos quebram na superfície do couro
cabeludo. Tende a ser difusa e pouco delimitada. Pode-se
CINZENTA verificar a presença de foliculite branda. Assemelha-se à
dermatite seborreica. Em geral, causada por T. tonsurans, T.
Alopecia parcial, frequentemente de formato circular, violaceum.
apresentando numerosos cabelos quebrados, cinza-escuro em
consequência de seu revestimento por artróporos. Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, psoríase,
Descamação fina com margens bem-demarcadas. A haste do dermatite atópica, líquen simples crônico lupús eritematoso
cabelo torna-se quebradiça, desprendendo-se ao nível do cutâneo crônico, alopecia areata.
couro cabeludo ou ligeiramente acima. As placas pequenas
coalescem, formando placas maiores. A resposta inflamatória
é mínima, porém, a descamação é maciça. Pode haver várias
ou numerosas placas, de disposição aleatório. As espécies de
Microsporum podem exibir fluorescência verde ao exame com
lâmpada de Wood.

Dignóstico diferencial: dermatite seborreica, psoríase,


dermatite atópica, líquen simples crônico e alopecia areata.
ALOPÉCIA ANDRONGENÉTCA

Combinação de efeitos de androgênios sobre folículos pilosos geneticamente


predispostos. Genética: (1) autossômica dominante e/ou poligênica; (2) herdada de
um ou ambos os pais.

Homens: pode iniciar a qualquer momento após a puberdade, até a segunda


década da vida; frequentemente totalmente expressa aos 40 anos.

Mulheres: mais tarde - em cerca de 40%, ocorre na sexta década.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Alopecia difusa não cicatricial. Padrão difuso de


perda dos cabelos e na alopecia areata, deflúvio
telógeno, sífilis secundária, lúpus eritematoso
sistêmico (LES), deficiência de ferro,
hipotireoidismo, hipertireoidismo, tricotilomania
(compulsão por arrancar os cabelos), dermatite
seborreica.

ALOPÉCIA AREATA
Tipo I: perda de cabelo ao longo da margem frontal.
Etiologia: desconhecida. Associação a doenças autoimunes e imunofenótipo de infiltrado
Tipo II: aumento da perda dos cabelos na região frontal e início da perda na de linfócitos ao redor dos bulbos pilosos sugerem processo autoimune contra estas
região occipital (vértice ou coroa). estruturas; 10 a 20% dos indivíduos com alopecia areata (AA) têm história familiar de AA.

Tipos III, IV e V: perda crescente em ambas as regiões, finalizando com Idade de início: adultos jovens (< 25 anos); as crianças são afetadas com maior
confluência e calvície total da região superior do couro cabeludo, poupando frequência. Pode ocorrer em qualquer idade.
as regiões laterais.
Manifestações clínicas: perda de pelos que varia desde uma placa única à perda total dos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS pelos terminais.

Sintomas cutâneos: a maioria dos pacientes apresentam-se com queixa de


rarefação gradual dos cabelos ou de calvície.

Manifestações cutâneas: pele do couro cabeludo é normal. Em mulheres


jovens, procurar sinais de virilização (acne, excesso de pelos na face ou no
tronco, padrão masculino de distribuição de pelos). Nos casos de alopecia
androgenética avançada, o couro cabeludo encontra-se liso e brilhante; os
orifícios dos folículos são pouco perceptiveis a olho nu.

Cabelos: os pelos nas regiões com alopecia androgenética tornam-se mais


finos (mais curtos e com diâmetros menores). Com o tempo, o pelo torna-se
veloso e, por fim, atrofia-se completamente.
Duração da perda dos cabelos: gradual ao longo de semanas a meses. As
placas de AA podem se estabilizar, e frequentemente ocorre repilação espontâ- MELANOMA ACROLENTIGINOSO - MAL
nea ao longo de vários meses; novas placas podem surgir enquanto outras se
resolvem.
Média de idade de 55 a 60 anos. Incidência: 2 a 3% dos melanomas nos indivíduos
Manifestações associadas: tireoidite autoimune. Síndrome de Down. Síndrome de brancos; 15 a 20% nos negros, asiáticos e indígenas nativos norte-americanos. Geralmente
poliendocrinopatia autoimune com candidíase e displasia ectoérmica. assintomático; a maioria dos pacientes observa lesão pigmentada, geralmente após trauma.

Placas arredondadas de perda de cabelo. Única ou múltiplas. Podem coalescer. Dermatopatologia: proliferação in situ ou invasiva de melanócitos atípicos.
Alopecia frequentemente bem-demarcada com pele de aspecto normal com
presença de orifícios foliculares. Manifestações clínicas: localização subungueal ou periungueal, apresentando-se como
melanoníquia longitudinal e/ou distrofia da lâmina ungueal.
Pelos em "ponto de exclamação': pelos caracteristicamente curtos e quebradiços
(extremidade distal mais larga que a proximal); encontrados nos limites das áreas Sinal de Hutchinson: extensão periungueal de pigmentação marrom-enegrecida até as
com perda de cabelos. Áreas isoladas de alopecia, disseminadas ou confluentes pregas ungueais proximal e lateral.
com perda total dos pelos no couro cabeludo, ou perda generaliza da dos
pelos corporais (inclusive dos pelos velos). AA difusa no couro cabeludo (não 25% dos MALs são amelanóticos (pigmentação não é evidente ou não se destaca).
circunscri ta) tem aspecto de rarefação dos cabelos, o que pode ser difícil de Distribuição nos polegares, hálux.
diferenciar do eflúvio telógeno ou da perda dos cabelos causada por doença
tireoidiana. Diagnóstico diferencial: hemorragia subungueal. A dermatoscopia é útil.

Quando há repilação, os novos fios são finos e frequentemente brancos ou Indicação de biópsia: pigmentação periungueal, adultos, alteração na cor/largura da
grisalhos. faixa, linhas com hiperpigmentação dentro da faixa, segmento proximal da faixa mais largo
que o distal; envolvimento de polegar, de indicador ou de dedo do pé; limites mal definidos,
Locais de predileção: mais comum no couro cabe ludo. Qualquer região com história de trauma.
pelos. Barba, sobrance lha, cílios, região pubiana.

Alopecia areata (AA): uma ou várias áreas de perda de cabelos.


.

AA total (AAT): perda total dos pelos terminais do couro cabeludo.


.

AA universal (AAU): perda total de todos os pelos terminais do corpo e couro


cabeludo.

Ofíase: perda dos cabelos com padrão em faixa ao longo da periferia do couro
cabeludo.

Unhas: pequenas depressões ("metal martelado") na lâmina dorsal da unha.


Além disso: lúnula mosqueada, traquioníquia (unhas rugosas), onicomadese
(separação da unha de sua matriz).
MELANONÍQUIA LONGITUDINAL LINHAS DE BEAU

Manifestações: estrias longitudinais marrons, castanhas ou Há doença sistêmica quando todas as 20 unhas estão envolvidas. O envolvimento
pretas no interior da lâmina ungueal. de uma única unha geralmente tem origem traumática ou compulsiva, ou o seu
arrancamento (onicotilomania).
Patogênese: (1) aumento da síntese de melanina por
melanócitos normalmente inativos na matriz, (2) aumento Etiologia: qualquer doença aguda intensa e súbita - febre alta, pós-natal,
no número total de melanócitos que sintetizam melanina, medicamentos citotóxicos, reação cutânea adversa grave a fármacos, doença
(3) nevo melanocítico (juncional) dermatológica (eczema, eritrodermia, paroníquia), infecção viral (doença mão-pé-
boca, sarampo), síndrome de Kawasaki, isquemia periférica. Decorre da lesão da
Início: congênita ou adquirida. A maioria com origem na matriz.
matriz distal.
Manifestações clínicas: depressões em
Diagnóstico diferencial: ativação focal da matriz da faixas transversais na unha (linhas
unha (p. ex., trauma), hiperplasia de melanócitos deprimidas), estendendo-se de uma
da matriz da unha, nevo melanocítico (juncional), borda lateral para a outra, afetando
induzida por fármaco (p. ex., zidovudina [AZT], todas as unhas nos níveis
hidroxicloroquina) ou melanoma da matriz da unha. correspondentes. Se a duração da
doença inibir completamente a
atividade da matriz por 7 a 14 dias, a
depressão transversal resulta em
HEMORRAGIA SALPICADA separação total da lâmina ungueal
(onicomadese). Nos casos de
quimioterapia, múltiplas linhas paralelas.

As hemorragias em estilhaço distais são


encontradas nos traumatismos leves (causa
mais comum, ocorrendo em até 20% da SÍNDROME DA UNHA AMARELADA
população normal); psoríase, dermatite
atópica.

Hemorragia em estilhaço proximal:


Sintomas: as unhas param de
traumatismo, anemia ferropriva,
crescer.
endocardite bacteriana, triquinose,
síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, mal
Associação: linfedema,
das montanhas.
doença do trato respiratório
(bronquiectasia, bronquite
Manifestações clínicas: estruturas lineares
crônica, neoplasia maligna),
minúsculas, geralmente com 2 a 3 mm de
artrite reumatoide, neoplasias
comprimento, distribuídas no eixo
malignas internas.
longitudinal da unha; movem-se superficial
e distalmente com o crescimento da unha.

Manifestações clínicas: unhas rígidas, excessivamente curvadas de lado a lado;


coloração difusa amarelo-pálida a amarelo-escuro/ esverdeada. Cutículas ausentes.
É comum haver onicólise secundária.

Distribuição: 20 unhas.
FIBROMA PERIUNGUEAL -

Betabloqueadores: isquemia digital.

Bleomicina: isquemia digital.


Sinônimo: Tumor de Koenen.
S

PUVA: Foto-onicólise, melanoníquia.


Associação: esclerose tuberosa (procurar fibroma em
SNC); ocorre em 50% dos indivíduos. Retinoides: fragilidade ungueal, granuloma piogênico, paroníquia.

-
Início na puberdade.
.

Compostos com prata: Coloração azul-acinzentada da lúnula.

Manifestações clínicas: geralmente múltiplos tumores


nodulares a alongados, pequenos a grandes;
produzem sulco longitudinal na lâmina ungueal em
razão de compressão da matriz.

ERITEMA E TELEANGIECTASIA PERIUNGUEAL

Associado à doença do tecido conectivo


(colágeno-vascular).

ERITEMA PERIUNGUEAL:
Associação: lúpus eritematoso sistêmico
.

(LES), dermatomiosite (DM). Infecção pelo


HIV/Aids ou pelo vírus da hepatite C,
esclerodermia, osteodistrofia hipertrófica
pulmonar, doença de Kawasaki, síndrome
da mão-pé, microvasculite.
Manifestações clínicas: eritema
CRIOGLOBULINEMIA
l

periungueal, edema, alterações da


cutícula, alterações secundárias das unhas.

TELANGIECTASIA Presença de imunoglobulinas no soro (que se


Associação: esclerodermia, LES, DM; artrite reumatoide. precipitam em temperatura baixa e se
-
-
Manifestações clínicas: vasos lineares perpendiculares à base da unha sobrepostos às
.

dissolvem novamente a 37°C), formando


pregas ungueais proximais; geralmente vermelho-brilhantes; podem ser negros quando há complexos com outras imunoglobulinas ou
trombose. LES e DM: surgem no interior da área de eritema. proteínas.

Crioglobulinas tipo I: Imunoglobulinas


ALTERAÇÕES POR FÁRMACOS monoclonais (IgM, IgG, IgA, cadeias leves) -
associadas a discrasias de plasmócitos,
como mieloma múltiplo, macroglobulinemia
Antimaláricos: alteração na cor.
-

de Waldenström, distúrbios linfoproliferativos,


como linfoma de células B.
j

Quimioterapia: linhas de Beau, onicomadese, linhas de Muehrcke, onicólise, hemorrágica,


granulomas piogênicos, melanoníquia

Antirretrovirais: melanoníquia (zidovudina [AZT]); granuloma piogênico (indinavir).


Crioglobulinas tipo II: Crioglobulinas mistas - dois componentes MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
de imunoglobulina, dos quais um é monoclonal (comumente IgG PÚRPURA DE HENOCH-SCHONLEIN
e, com menos frequência, IgM), enquanto o outro é policlonal. Púrpura nas áreas expostas ao frio, fenômeno de
Associadas a mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Raynaud, urticária ao frio, necrose hemorrágica acral, Subtipo específico de vasculite por hipersensibilidade,
Waldenström, leucemia linfocítica crônica; artrite reumatoide, distúrbios hemorrágicos, vasculite, artralgia, que ocorre principalmente em crianças, mas que
lúpus eritematoso sistêmico e síndrome de Sjögren. manifestações neurológicas, hepatoesplenomegalia e também acomete adultos. Obtém-se história de
glomerulonefrite. A precipitação das crioglobulinas infecção das vias respiratórias superiores (75%) por
(quando presentes em grandes quantidades) causa estreptococos do grupo A.
oclusão dos vasos e também está associada à
hiperviscosidade. A agregação das plaquetas e o O distúrbio consiste em púrpura palpável,
consumo dos fatores da coagulação por acompanhada de angina intestinal (dor abdominal
crioglobulinas causam distúrbio da coagulação. difusa que se agrava após as refeições), isquemia
Depósito de imunocomplexos seguido de ativação do intestinal, incluindo geralmente diarreia sanguinolenta,
complemento e vasculite. comprometimento renal (hematúria e cilindros
hemáticos) e artrite.
Sensibilidade ao frio em < 50% dos casos. Podem
ocorrer calafrios, febre, dispneia e diarreia após Ao exame histopatológico, observa-se a presença de
exposição ao frio. Púrpura pode surgir após longos vasculite necrosante, e os imunorreagentes de
períodos sentado ou em pé. Em consequência do positados na pele são lgA. A morbidade de longo
comprometimento de outros órgãos sistêmicos, prazo pode resultar da doença renal progressiva.
artralgias, sintomas renais, sintomas neurológicos, dor
abdominal e trombose arterial.

Púrpura não inflamatória (geralmente, tipo I), que


ocorre nas áreas expostas ao frio; por exemplo, hélice
da orelha, ponta do nariz.

Acrocianose e fenômeno de Raynaud, com ou sem


gangrena grave subsequente das pontas dos dedos
das mãos e dos pés ou outras áreas dos braços ou
das pernas (geralmente, tipo I ou II).

Púrpura palpável com bolhas e necroses


(normalmente, tipos II e III), devido à vasculite de
hipersensibilidade, ocorrendo em grupos nos membros
inferiores, com disseminação para as coxas e o
abdome; desencadeada por permanecer em pé,
menos comumente pelo frio.

Urticária induzida pelo frio, associada à púrpura.

Crioglobulinas tipo III: Imunoglobulinas policlonais que formam Comprometimento sistêmico: cerca de 30 e 60% dos
crioprecipitados com IgG policlonal ou com um componente indivíduos com CG essencial mista (tipo II)
sérico diferente das imunoglobulinas, ocasionalmente misturado desenvolvem doença renal com hipertensão, edema
com complemento e lipoproteínas. Representa uma doença por ou insuficiência renal. O comprometimento neurológico
imunocomplexos. Associadas a doenças autoimunes, doenças do manifesta- se na forma de polineuropatia
tecido conectivo; ampla variedade de doenças infecciosas, sensorimotora periférica, que se apresenta como
isto é, hepatite B, hepatite C, infecção pelo vírus Epstein-Barr, parestesias ou pé caído. Artrite.
infecção por citomegalovírus, endocardite bacteriana Hepatoesplenomegalia.
subaguda, hanseníase, sífilis e infecções estreptocócicas.
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA

Caracteriza-se por hemorragias cutâneas que ocorrem em associação a uma redução da


contagem de plaquetas. As hemorragias ocorrem em locais de pequenos traumatismos/pressão
(contagem de plaquetas < 40.000/μL) ou espontaneamente (contagem de plaquetas <
10.000/μL). A PT é causada por diminuição da produção de plaquetas, sequestro esplênico ou
aumento na destruição das plaquetas. Diminuição da produção de plaquetas. Lesão direta da
medula óssea, fármacos, substituição da medula óssea, anemia aplástica, deficiência de
vitaminas, síndrome de Wiskott-Aldrich.

DESTRUIÇÃO AUMENTADA DAS PLAQUETAS


J

Imunológica: PT autoimune, hipersensibilidade a fármacos (sulfonamidas, quinina, quinidina,


carbamazepina, digitoxina, metildopa), após transfusão.
Não imunológica: infecção, válvulas cardíacas protéticas, coagulação intravascular
.

disseminada e PT trombótica (anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia,


anormalidades neurológicas, febre e doença renal).

Lesões cutâneas: petéquias – máculas pequenas (puntiformes ou do tamanho da cabeça de


um alfinete), vermelhas, que não empalidecem sob pressão, não são palpáveis e tornam-se
acastanhadas à medida que envelhecem; posteriormente, adquirem tonalidade verde-
amarelada.

Equimoses: manchas negras e azuladas; áreas mais extensas de hemorragia. Víbices –


hemorragias lineares, produzidas por traumatismo ou pressão. São mais comuns nas pernas e na
parte superior do tronco, mas podem ocorrer em qualquer local.

Mucosas: Petéquias – mais frequentemente no palato, sangramento gengival.

Exame clínico geral: Possibilidade de hemorragia do SNC e interna, anemia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Exames hematológicos: Trombocitopenia. Púrpura senil, púrpura do escorbuto, púrpura pigmentar progressiva (doença
de Schamberg), púrpura após manobra de Valsalva vigorosa (tosse, vômitos/
ânsia de vômito), púrpura traumática, púrpura factícia ou iatrogênica,
Sorologia: descartar doença pelo HIV; anticorpos contra ADAMTS 13 (uma protease).
vasculite.
Biópsia das lesões cutâneas (o sangramento geralmente pode ser controlado
suturando o local da biópsia). Realizada para excluir a possibilidade de vasculite. MANEJO
Identificar causa subjacente e proceder à sua correção, se possível.
DIAGNÓSTICO Glicocorticoides orais, imunoglobulinas IV em dose alta, ou transfusão de
plaquetas para a púrpura trombocitopênica idiopática crônica (a
.

Trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3) isolada, sem esplenectomia pode estar indicada).
alterações nas outras séries do hemograma e no esfregaço de sangue
periférico;

Ausência de outras condições clínicas que cursam com


trombocitopenia, como infecções, doenças autoimunes, neoplasias,
efeitos adversos de medicamentos, entre outras.

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