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MORFOFUNCIONAL AULA 5
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ALOPÉCIA AREATA
Tipo I: perda de cabelo ao longo da margem frontal.
Etiologia: desconhecida. Associação a doenças autoimunes e imunofenótipo de infiltrado
Tipo II: aumento da perda dos cabelos na região frontal e início da perda na de linfócitos ao redor dos bulbos pilosos sugerem processo autoimune contra estas
região occipital (vértice ou coroa). estruturas; 10 a 20% dos indivíduos com alopecia areata (AA) têm história familiar de AA.
Tipos III, IV e V: perda crescente em ambas as regiões, finalizando com Idade de início: adultos jovens (< 25 anos); as crianças são afetadas com maior
confluência e calvície total da região superior do couro cabeludo, poupando frequência. Pode ocorrer em qualquer idade.
as regiões laterais.
Manifestações clínicas: perda de pelos que varia desde uma placa única à perda total dos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS pelos terminais.
Placas arredondadas de perda de cabelo. Única ou múltiplas. Podem coalescer. Dermatopatologia: proliferação in situ ou invasiva de melanócitos atípicos.
Alopecia frequentemente bem-demarcada com pele de aspecto normal com
presença de orifícios foliculares. Manifestações clínicas: localização subungueal ou periungueal, apresentando-se como
melanoníquia longitudinal e/ou distrofia da lâmina ungueal.
Pelos em "ponto de exclamação': pelos caracteristicamente curtos e quebradiços
(extremidade distal mais larga que a proximal); encontrados nos limites das áreas Sinal de Hutchinson: extensão periungueal de pigmentação marrom-enegrecida até as
com perda de cabelos. Áreas isoladas de alopecia, disseminadas ou confluentes pregas ungueais proximal e lateral.
com perda total dos pelos no couro cabeludo, ou perda generaliza da dos
pelos corporais (inclusive dos pelos velos). AA difusa no couro cabeludo (não 25% dos MALs são amelanóticos (pigmentação não é evidente ou não se destaca).
circunscri ta) tem aspecto de rarefação dos cabelos, o que pode ser difícil de Distribuição nos polegares, hálux.
diferenciar do eflúvio telógeno ou da perda dos cabelos causada por doença
tireoidiana. Diagnóstico diferencial: hemorragia subungueal. A dermatoscopia é útil.
Quando há repilação, os novos fios são finos e frequentemente brancos ou Indicação de biópsia: pigmentação periungueal, adultos, alteração na cor/largura da
grisalhos. faixa, linhas com hiperpigmentação dentro da faixa, segmento proximal da faixa mais largo
que o distal; envolvimento de polegar, de indicador ou de dedo do pé; limites mal definidos,
Locais de predileção: mais comum no couro cabe ludo. Qualquer região com história de trauma.
pelos. Barba, sobrance lha, cílios, região pubiana.
Ofíase: perda dos cabelos com padrão em faixa ao longo da periferia do couro
cabeludo.
Manifestações: estrias longitudinais marrons, castanhas ou Há doença sistêmica quando todas as 20 unhas estão envolvidas. O envolvimento
pretas no interior da lâmina ungueal. de uma única unha geralmente tem origem traumática ou compulsiva, ou o seu
arrancamento (onicotilomania).
Patogênese: (1) aumento da síntese de melanina por
melanócitos normalmente inativos na matriz, (2) aumento Etiologia: qualquer doença aguda intensa e súbita - febre alta, pós-natal,
no número total de melanócitos que sintetizam melanina, medicamentos citotóxicos, reação cutânea adversa grave a fármacos, doença
(3) nevo melanocítico (juncional) dermatológica (eczema, eritrodermia, paroníquia), infecção viral (doença mão-pé-
boca, sarampo), síndrome de Kawasaki, isquemia periférica. Decorre da lesão da
Início: congênita ou adquirida. A maioria com origem na matriz.
matriz distal.
Manifestações clínicas: depressões em
Diagnóstico diferencial: ativação focal da matriz da faixas transversais na unha (linhas
unha (p. ex., trauma), hiperplasia de melanócitos deprimidas), estendendo-se de uma
da matriz da unha, nevo melanocítico (juncional), borda lateral para a outra, afetando
induzida por fármaco (p. ex., zidovudina [AZT], todas as unhas nos níveis
hidroxicloroquina) ou melanoma da matriz da unha. correspondentes. Se a duração da
doença inibir completamente a
atividade da matriz por 7 a 14 dias, a
depressão transversal resulta em
HEMORRAGIA SALPICADA separação total da lâmina ungueal
(onicomadese). Nos casos de
quimioterapia, múltiplas linhas paralelas.
Distribuição: 20 unhas.
FIBROMA PERIUNGUEAL -
-
Início na puberdade.
.
ERITEMA PERIUNGUEAL:
Associação: lúpus eritematoso sistêmico
.
Crioglobulinas tipo III: Imunoglobulinas policlonais que formam Comprometimento sistêmico: cerca de 30 e 60% dos
crioprecipitados com IgG policlonal ou com um componente indivíduos com CG essencial mista (tipo II)
sérico diferente das imunoglobulinas, ocasionalmente misturado desenvolvem doença renal com hipertensão, edema
com complemento e lipoproteínas. Representa uma doença por ou insuficiência renal. O comprometimento neurológico
imunocomplexos. Associadas a doenças autoimunes, doenças do manifesta- se na forma de polineuropatia
tecido conectivo; ampla variedade de doenças infecciosas, sensorimotora periférica, que se apresenta como
isto é, hepatite B, hepatite C, infecção pelo vírus Epstein-Barr, parestesias ou pé caído. Artrite.
infecção por citomegalovírus, endocardite bacteriana Hepatoesplenomegalia.
subaguda, hanseníase, sífilis e infecções estreptocócicas.
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA
Exame clínico geral: Possibilidade de hemorragia do SNC e interna, anemia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Exames hematológicos: Trombocitopenia. Púrpura senil, púrpura do escorbuto, púrpura pigmentar progressiva (doença
de Schamberg), púrpura após manobra de Valsalva vigorosa (tosse, vômitos/
ânsia de vômito), púrpura traumática, púrpura factícia ou iatrogênica,
Sorologia: descartar doença pelo HIV; anticorpos contra ADAMTS 13 (uma protease).
vasculite.
Biópsia das lesões cutâneas (o sangramento geralmente pode ser controlado
suturando o local da biópsia). Realizada para excluir a possibilidade de vasculite. MANEJO
Identificar causa subjacente e proceder à sua correção, se possível.
DIAGNÓSTICO Glicocorticoides orais, imunoglobulinas IV em dose alta, ou transfusão de
plaquetas para a púrpura trombocitopênica idiopática crônica (a
.
Trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3) isolada, sem esplenectomia pode estar indicada).
alterações nas outras séries do hemograma e no esfregaço de sangue
periférico;