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ENGENHARIA Douglas Roberto Zaions, M. Eng.

2020-EM-2

Z virtual
ENGENHARIA
CORRENTES

Douglas Roberto Zaions


ZVIRTUAL ENGENHARIA – JOAÇABA - SANTA CATARINA
Treinamentos e consultorias técnicas

RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar os conceitos
relacionados com correntes de modo a possibilitar o
conhecimento básico sobre o assunto. z1 z2
INFORMAÇÕES DE CONTATO

c
Figura 2.1 – Corrente
As correntes para transmissão foram padronizadas
com respeito às suas dimensões pela ANSI (American
National Standards Institute) A Figura 2.2 mostra a
nomenclatura utilizada (SHIGLEY, 1984):
p - passo, distância linear entre os centros dos
roletes [mm];
b - largura, distância entre as chapas dos elos, pode
ser interna ou externa, para tanto é acrescida dos
Douglas Roberto Zaions, M. Eng. respectivos sub índices[mm].
Fone: (49) 3522 – 2314 Algumas correntes são fabricadas em fileiras
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2706824781414778 simples, duplas, triplas ou quadruplas.
Linkedin: https://br.linkedin.com/in/douglas-roberto-
zaions-1819452 Diâmetro
douglas.zaions@gmail.com do rolete
zvirtualengenharia@gmail.com

Espaçamento
entre as
1 INTRODUÇÃO fileiras
Largura
As correntes são elementos de transmissão com
relação de velocidade constante, pois mantém a mesma
relação de velocidade entre o sistema motor e o sistema Passo
movido. p

2 DIMENSIONAMENTO
Figura 2.2 – Nomenclatura das correntes. Fonte: Shigley
As características básicas de uma transmissão por (1984)
corrente são: (i) relação de transmissão constante; (ii) Tomando-se uma roda dentada, acionando uma
possibilidade de acionar vários eixos a partir de uma única corrente no sentido anti-horário, conforme Figura 2.3,
fonte de potência; e, (iii) longa vida. onde, o ângulo formado entre dois roletes consecutivos é
A Figura 2.1 ilustra uma corrente dupla usada para
denominado de  e o diâmetro primitivo da roda dentada
transmissões.
de D, tem-se (SHIGLEY, 1984):
p
sen  2 = 2
p
D=
sen  2
D
2
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3600 90
Como  = onde z é o número de dentes da

Ângulo de articulação
z
60
p
D=

/2
roda teremos que 180 30
sen( )
z
0 10 20 30 40
p Número de dentes, z
(a)

Variação da Velocidade
20

Ação polizonal
e /2

Variável

%
10

0 10 20 30 40
D Número de dentes, z
(b)
Figura 2.4 – Ângulo de articulação e ação polizonal
A velocidade da corrente, é:
 .D.n z. p.n  m 
v= = (2.1)
1000 1000  min 
Figura 2.3 – Nomenclatura de uma corrente
O ângulo  que é função do número de dentes da onde:
roda, é denominado de ângulo de articulação. A rotação dos z - número de dentes da roda;
elos segundo este ângulo, causa impacto entre os roletes e a p - passo da corrente [mm];
roda, além do desgaste das junções da corrente. Como a n - velocidade de rotação da roda [rpm].
vida útil da transmissão é função do desgaste e da Pode-se ver que para que se tenha uma pequena
resistência a fadiga superficial dos roletes, é importante influência do ângulo de articulação e da variação da
reduzir-se o ângulo de articulação tanto quanto possível. Os velocidade, seria desejável um grande número de dentes
valores deste ângulo, são relacionados ao número de para a roda acionadora, mas em geral, é vantajoso trabalhar
dentes, na Figura 2.4. com o menor número possível, o que leva a um pequeno
O número de dentes, também influencia, na variação número de dentes (SHIGLEY, 1984).
de velocidade da corrente, devido a ação polizonal, já que
ao analisarmos os roletes e os elos da corrente, veremos
que o raio de giro da corrente em contato com a roda
dentada, varia até uma quantidade “e”. Isto significa dizer,
que a corrente está se movendo para cima e para baixo a
medida que a roda gira.
Também a variação de velocidades, é representada
em função do número de dentes no Figura 2.4.

Figura 2.5 - Efeito Polizonal


Para funcionamento suave em velocidades altas ou
moderadas, é aconselhável o uso de uma roda com no
mínimo 17 dentes; números maiores como 19 ou 21 dentes,
obviamente, fornecem uma melhor expectativa de vida e
maior suavidade de ação. Quando as limitações de espaço
são predominantes ou quando a velocidade é muito baixa,
pode-se usar um número de dentes menor com
consequente sacrifício da vida da corrente.
Rodas conduzidas não devem ter normalmente mais
de 120 dentes, devido ao desgaste do passo da corrente, A
maioria dos acionamentos aplicados com sucesso, têm
razões de velocidade de até 6:1, podendo-se usar valores

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mais elevados com consequente sacrifício da vida útil da


corrente (SHIGLEY, 1984).
Normalmente, a falha de uma corrente, se dá devido
ao desgaste dos roletes ou pinos ou por fadiga superficial,
função de um número de horas de trabalho muito grande.
Os dados fornecidos pelos fabricantes, sobre
capacidade de transmitir potência, são para vida de 15.000
horas, roda motora com 17 dentes e rotações
determinadas. Para número de dentes diferentes estes
valores devem ser corrigidos (SHIGLEY, 1984).
As característica da carga, são considerações
importantes na seleção de uma corrente. Em geral, uma
capacidade adicional é necessária para qualquer das Tabela 2.2 - Capacidade de Potência para Correntes de Fileira Simples*
seguintes condições: (i) a roda menor possui menos de 9 (KW)
dentes para velocidade baixa de acionamento ou menos de (As capacidades tabeladas são para rodas de 17 dentes. Para outros
16 dentes para velocidade alta; (ii) as rodas dentadas são valores de número de dentes usar os fatores de correção da tabela 3)
rpm Número da corrente ANSI
exageradamente grandes; (iii) ocorrem cargas de choque, 25 35 41 40 50 60 80 100 120 140 160 200
ou há frequentemente reversão de carga; (iv) há três ou 50 0,06 0,104 0,144 0,24 0,463 0,78 1,82 3,48 5,90 9,17 13,43 25,51
0
mais rodas no conjunto; e (v) a corrente deve trabalhar em 100 0,07 0,197 0,274 0,45 0,865 1,47 3,37 6,38 10,74 16,56 24,17 44,91
presença de sujeira e poeira. 6
Estes fatores são levados em consideração 150 0,09 0,283 0,390 0,64 1,23 2,10 4,77 8,95 14,85 22,83 32,97 60,65
9
multiplicando-se a potência pelo fator de serviço 200 0,10 0,368 0,506 0,84 1,59 2,68 6,04 11,26 20,07 28,35 40,66 73,70
correspondente. 300 0,15 0,526 0,712 1,18 2,23 3,72 8,95 15,14 24,77 37,23 52,59
O comprimento da corrente é determinado em 400 0,10 0,67 0,90 1,51 2,81 4,64 11,26 18,65 29,62 43,86
500 0,25 0,80 1,07 1,80 3,33 5,46 15,14 21,04 33,27
números de passos. É sempre desejável um número par de 600 0,30 0,93 1,24 2,06 3,80 6,18 18,65 23,05
passos, para que não seja necessário um elo adicional de 800 0,19 1,16 1,52 2,54 4,60 7,39 21,04
ligação. O comprimento pode ser obtido pela equação: 1000 0,46 1,36 1,77 2,95 5,26 8,28 23,27
1200 0,52 1,16 1,98 3,29 5,78 9,03
L 2.C z1 + z2 ( z2 − z1 ) 2 1400 0,59 1,71 2,15 3,58 6,20 9,47
= + + 1600 0,65 1,85 2,28 3,81 6,49
p p 2 C 1800 0,70 1,98 - 4,01 6,70
4. 2 ( ) 2000 0,75 2,08 - 4,16 6,81
p * rpm da roda condutora
onde:
L - Comprimento da corrente[mm]; Tabela 2.3 - Fator de Serviço KS para correntes**
p - Passo da corrente[mm]; Tipo de Solicitação Condições de 10h/dia 24h/dia
C - Distância entre centros[mm]; operação
z1-Número de dentes da roda menor; Carga uniforme normal 1,0 1,2
Choque moderado anormal 1,2 1,4
z2-Número de dentes da roda maior.
Choque severo anormal 1,4 1,7
No caso de transmissão com número de rodas Cargas reversas anormal 1,5 1,9
superior a dois, pode-se obter o comprimento da corrente
**Multiplicar a potência por KS para achar a
por meio de um desenho preciso, em escala, e da medição
capacidade necessária da corrente
do respectivo comprimento (SHIGLEY, 1984)
A lubrificação das correntes, é essencial, a fim de se
obter uma vida útil longa e livre de problemas. Ainda que
uma lubrificação por respingo ou por banho parcial no
lubrificante, sejam eficientes, deve-se usar óleo mineral
Tabela 2.4 - Fator de correção para o Número de dentes*
leve ou médio, sem aditivos. Os óleos pesados ou graxos
Número de Fator de Número de Fator de
não são recomendados, exceto para casos especiais, porque dentes da roda correção do dentes da roda correção do
são muito viscosos para penetrarem nos pequenos espaços motora dente, KT motora dente, KT
das peças de uma corrente (SHIGLEY, 1984). 11 0,53 22 1,29
12 0,62 23 1,35
Tabela 2.1 - Dimensões da Padronização Americana para Correntes de 13 0,70 24 1,41
Transmissão (Fileira Simples). 14 0,78 25 1,46
15 0,85 30 1,73
16 0,92 35 1,95
17 1,00 40 2,15
18 1,05 45 2,37
19 1,11 50 2,51
20 1,18 55 2,66
21 1,26 60 2,80
* Multiplicar a capacidade de potência pelo fator de
correção KT

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3 SISTEMA TRIBOLÓGICO DA
CORRENTE
Conforme a norma DIN 50320 o sistema tribológico
associado as correntes, serve de base para a seleção
sistemática do lubrificante.
De forma simplificada, o sistema tribológico é
formado basicamente dos seguintes elementos conforme
Figura 3.1: 1 - Pino; 2 - Bucha; 3 - Rolo; 4 - Elo interior; 5 -
Elo exterior; 6 - Dente da roda dentada; 7 - Líquido
intermediário; e 8 - Meio Circundante;

Figura 3.2 – Transmissão por Corrente


A substância intermediária pode ser formada pelo
lubrificante, por fiapos, pós ou fragmentos dependendo de
onde a corrente esta sendo empregada. Estas substâncias
estranhas dificultam a lubrificação, acelerando o desgaste.
O último componente importante é o meio
circundante que pode conter umidade, vapores de
solventes ou qualquer outra substância. O meio circundante
pode dificultar a função de um lubrificante inadequado e
ainda provocar a corrosão naquelas correntes que não são
protegidas.
Figura 3.1 – Sistema Tribológico
Os pares de atrito das correntes são: 4 FORÇAS TRANSMITIDAS
- Rolo 1 e Bucha 2
- Bucha 2 e Rolo 3; O movimento dos corpos em atrito consta do
- Rolo 3 e Elo interno 4; deslizamento em ambos os corpos, como também de uma
- Elo interno 4 e Elo externo 5; série de choques de um corpo contra o outro. Estes choques
- Rolo 3 e Dente da roda dentada 6; são típicos das correntes e é necessário então utilizar-se um
- Dente da roda dentada 6 e Elo interno 4 lubrificante com grande capacidade para absorver
A forma cilíndrica dos pinos, buchas e rolos provoca pressões. O motivo da aparição dos choques é devido: (i) ao
um contato linear entre eles o que permite pressões efeito polizonal; e (ii) do engrenamento dos dentes da roda
superficiais muito elevadas. dentada;
Conforme ilustrado na Figura 3.2, os pinos e buchas, O movimento oscilante e uma velocidade
são submetidos a esforços muito importantes ao produzir- relativamente baixa dos corpos em atrito impede a
se o contato sempre na mesma zona. Por isso, na maioria formação de uma película total ou espessa. Os corpos estão
das vezes devem ser temperados e cementados para submetidos a um atrito misto. O desgaste é muito superior
aumentar a resistência ao desgaste. Entretanto, o caso dos neste tipo de atrito ao desgaste devido a lubrificação
rolos é diferente uma vez que a zona de contato varia hidrodinâmica.
sempre. Se durante o giro for empregado um lubrificante
especial, pode-se elevar a resistência ao desgaste da 5 AVARIAS NAS CORRENTES
corrente.
DEVIDO A FALHA NA LUBRIFICAÇÃO
Na maioria das vezes, a falha prematura de uma
corrente tem sua origem na lubrificação incorreta e na
escolha de um lubrificante inadequado. Ambos os
problemas são causa de uma lubrificação insuficiente e de
um elevado desgaste, que pode causar a destruição da
corrente. Devido ao contato intenso entre as superfícies
(lubrificação limite), o lubrificante não separa os corpos. As
rugosidades são cisalhadas, rompem-se e aumentam desta
maneira o desgaste, devido ao efeito abrasivo destas
partículas. A Figura 5.1 ilustra este desgaste.

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Entretanto, se a região de atrito for alimentada com 6.5 Resistência ao meio


um óleo adequado às condições de funcionamento, a
lubrificação limite e a tribocorrosão podem ser evitadas. Esta propriedade é importante para as correntes que
operam em indústrias alimentícias e texteis, onde há meios
ácidos, solventes ou mesmo a própria água.

6.6 Carbonização

Esta propriedade é importante para evitar resíduos


que favoreçam ao desgaste.

6.7 Poder humectante

Esta propriedade é importante para permitir que o


lubrificante seja introduzido com facilidade nas folgas das
articulações.
Figura 5.1 - Lubrificação Limite
6.8 Poder Lubrificante
6 PROPRIEDADES DOS Esta propriedade é importante para reduzir ou
LUBRIFICANTES PARA CORRENTES eliminar o desgaste das peças da corrente.

Os lubrificantes utilizados nas correntes devem 7 SELEÇÃO DO LUBRIFICANTE E


possuir elevado rendimento de modo a preservá-las,
reduzindo o tempo de paradas e gastos de manutenção, MÉTODO DE LUBRIFICAÇÃO
incluindo em condições difíceis como por exemplo em
temperaturas muito elevadas e muito baixas, e na presença Normalmente, o óleo é empregado na lubrificação
de umidade ou substâncias químicas agressivas. contínua, uma vez que pode fluir até o local a ser
lubrificado da corrente e além do mais refrigerá-la. O óleo é
o lubrificante de correntes mais utilizado.
6.1 Aderência
As graxas são utilizadas em uma primeira
lubrificação ou em uma lubrificação intermitente. Quando o
É uma propriedade importante para o lubrificante de
ar possui pós (talco, cal, farinha) dá-se preferência as
transmissões por corrente porque há muita oscilação da
graxas ao invés do óleo uma vez que o pó depositado na
corrente. O lubrificante deve ter uma elevada adesividade.
corrente tem um efeito capilar e pode expulsar o óleo da
zona de atrito.
6.2 Detergência Para a refrigeração das correntes em trabalho, pode-
se utilizar óleos aplicado com métodos convenientes,
Deve possuir boa capacidade de detergência para mostrados que seguem. A temperatura superior não deve
dissolver e limpar as zonas de contato. ultrapassar a temperatura máxima de operação do
lubrificante.
6.3 Estabilidade a elevadas temperaturas
7.1 Viscosidade
O lubrificante deve possuir esta propriedade para
evitar a formação de resíduos nas articulações das O lubrificante para correntes deve ter uma
correntes a temperaturas acima de 140 oC. Esta viscosidade suficiente a fim de proteger as peças (apesar
propriedade é muito importante pois as correntes dos movimentos oscilantes, choque, desgaste). A
geralmente trabalham a temperaturas elevadas e os locais viscosidade necessária depende da pressão superficial nas
de lubrificação são de difícil acesso. articulações e da velocidade da corrente. A tabela abaixo,
recomenda os valores da viscosidade, observando a norma
6.4 Proteção anticorrosiva DIN 8195. Para o caso de graxas, a recomendação serve
para o óleo base.
Esta propriedade é importante para a conservação O óleo lubrificante utilizado deve possuir uma boa
da corrente, tanto as novas como as usadas, especialmente capacidade de fluência a pesar de viscosidade elevada. Para
para aquelas que trabalham ao ar livre e ambientes melhorar a resistência a pressão, o óleo pode ser aditivado
corrosivos. com agente EP (Extrema Pressão) ou lubrificantes sólidos
adequados.

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Tabela 7.1 – Valores guias para a viscosidade dos óleos para


correntes
Pressão Velocidade da corrente [m/s]
superficial na 1 1 até 5 >5 <5 >5
articulação
[N/mm2]
<10 32 46 68 32 46
10 até 20 46 68 100 46 68
20 até 30 68 100 150 68 100
Lubrificação manual ou por Lubrificação por
gotejamento imersão

Figura 7.1 – Lubrificação por gotejamento

Figura 7.3 – Procedimento de lubrificação para correntes


de rolos segundo o passo da corrente e sua velocidade

7.2.1 Lubrificação manual

Figura 7.2 - Lubrificação por imersão

7.2 Método de Lubrificação

O método de lubrificação depende na maioria das


vezes, da velocidade e do passo da corrente. Quando a
velocidade e a pressão superficial na articulação são
elevadas, o lubrificante deve arrastar partículas
desgastadas e proporcionar efeito refrigerante.
Conforme a Klüber Lubrification, o gráfico mostrado
na figura 8 é usado para selecionar o procedimento de
lubrificação para correntes de rolos segundo a DIN 8195.

Figura 7.4 – Lubrificação Manual

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7.2.2 Lubrificação contínua por graxa 7.2.4 Lubrificação por circulação sob
ou óleo pressão
Para que o óleo possa chegar a nas zonas de atrito, o
tubo gotejador deve se colocado na parte superior do elo.

Figura 7.5 – Lubrificação por gotejamento

7.2.3 Lubrificação por disco de Figura 7.7 – Lubrificação com circulação de óleo sob
respingo pressão

8 ESPECIFICAÇÕES DE
TRANSMISSÕES POR CORRENTES DE
ROLOS
Para uma boa eficiência (até 99%) e durabilidade
(aproximadamente 15000 horas), deve-se tomar os
seguintes cuidados:
1 – O ângulo de abraçamento da roda motriz não
deve ser menor do que 1200;
2 – O número máximo de dentes de qualquer das
rodas não deve exceder a 150;
3 – A quantidade de dentes do pinhão nas
transmissões comuns não deve ser menor do que 19 nos
passos médios e 17 nos passos pequenos. Nas transmissões
com vibrações, paradas freqüentes e velocidades maiores
deve haver 23 dentes. A soma dos dentes das duas rodas
Figura 7.6 – Lubrificação por disco de respingo não deve ser menor do que 50;
4 – As rodas dentadas devem ser perfeitamente
alinhadas, e os eixos nivelados;
5 – Para velocidades altas deve existir um tensor;
6 – O tensor deve estar do lado sem carga, ter
engrenamento de 3 dentes no mínimo, não deve estar mais
perto do que a 4 elos da roda mais próxima e deve ter no
mínimo, 19 dentes;
7 – A tensão deve ser ajustada. Nas transmissões
horizontais e inclinadas a flexão deve ser de
aproximadamente 20,83 mm por metro, medindo-se no
centro entre eixos. Nas transmissões verticais e nas sujeitas
a choque ou inversão de rotações a flexão deve ser quase
nula;
8 – Para partidas com carga convém usar esticador
com mola;
9 – O esticador deve permitir um jogo de dois passos
e 2 % do comprimento total da corrente;

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10 – A velocidade máxima linear da corrente não


deve exceder os limites das especificações. Alguns
fabricantes recomendam velocidade de corrente até 305
m/minuto para correntes de roletes;
11 – A melhor distância entre centros é de 30 a 80
passos da corrente, não devendo ser maior que 2,5 metros.
Para transmissão horizontal deve ser a menor possível;

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, Allen S., HOLOWENKO, Alfred R., LAUGHLIN, Herman
G. – Elementos Orgânicos de Máquinas - Schaum's
Outline Series. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S. A. 1961.
588p.

JUVINALL, Robert C. - Fundamentals of Machine


Component Design - John Wiley & Sons – New New York

NORTON, Robert L. – Projeto de Máquinas. São Paulo - SP:


Artmed Editora S.A., 2004. 931 p.

SHIGLEY Joseph E., MISCHKE Charles R., BUDYNAS Richard


G. – Projeto de Engenharia Mecânica. Porto Alegre:
Bookman, 2005. 960 p.

SHIGLEY, Joseph E. - Elementos de Máquinas 1 - Livros


Técnicos e Científicos Editora S.A. - São Paulo - SP, 1981.

SHIGLEY, Joseph E. - Elementos de Máquinas 1. São Paulo


– SP: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. -, 1984.

KLÜBER - La Lubrificación de cadenas - Buenos Aires –


Argentina: Klüber Lubrificacions Argentina S.A., 1992.

KLÜBER - Lubrification of Gear Systems – Germany:


Klüber Lubrification München KG, 1996

KLÜBER – Reducción de costes mediante una


lubrification inteligente, Guia de Productos – Buenos
Aires – Argentina: Klüber Lubrificacions Argentina S.A.,
1995

MOBIL – Fundamentos da Lubrificação – São Paulo – SP:


Editado pela Mobil Oil do Brasil (Indústria e Comércio)
Ltda.

MOLIKOTE – Lubrificantes Especiais – Apostila de


Treinamento – Barueri – SP: Lubrobras Importação,
Comércio e Indústria Ltda., 1997.

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