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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ VARA FEDERAL (OU

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL) DA CIDADE DE XXX – SEÇÃO


JUDICIÁRIA DO (ESTADO)

AUTOR, brasileiro, estado civil, profissão, portador do


documento de identidade RG n° XXXXX, inscrito no CPF/MF sob o nº
XXX.XXX.XXX- XX, e-mail (ou sem endereço eletrônico), residente e
domiciliado à Rua ______, nº __, Bairro ___, CEP: ____, na cidade de
XXXX–Estado, vem, por meio de seu advogado e procurador que ao final
subscrevem, com escritório profissional localizado à Rua _____, nº __,
Bairro ___, na cidade de XXXX–Estado, local onde recebe intimações,
avisos e notificações, à presença de Vossa Excelência ajuizar:

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA APOSENTADORIA ESPECIAL

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –


INSS, Autarquia Federal, com Procuradora Seccional Federal localizada à
Rua _______, nº __, Bairro ___, CEP: ____, na cidade de XXXX–Estado, e-
mail, conforme fatos e fundamentos jurídicos abaixo descritos:
DOS FATOS

A parte autora requereu na data de xx/xx/xxxx (DER), junto à


Autarquia Previdenciária a concessão do benefício de aposentadoria especial,
que tramitou sob o número de benefício (NB) xxx.xxx.xxx-x, tendo em vista as
atividades especiais exercidas com eletricidade.

Em que pese a documentação apresentada comprovando os


períodos especiais laborados pela parte autora, o pedido foi indeferido sob
entendimento de que não foi atingido o tempo mínimo de contribuição exigido
(ou descrever o motivo de indeferimento que consta na carta do INSS).

Diante da negativa do pedido administrativo, a parte autora


ingressa com a presente ação previdenciária, requerendo, desde já a
concessão da aposentadoria especial.

DA FUNÇÃO DESEMPENHADA PELA PARTE AUTORA

Inicialmente, insta salientar que a parte autora, durante todo o


seu período de trabalho, desempenhou suas atividades em local insalubre,
exercendo atividades de _____ (ex: eletricista), exposta frequentemente a
eletricidade.

Independentemente da exigência de qualquer prova da


exposição, as atividades da parte autora, inerentes à própria função
desempenhada, já são consideradas periculosas.

A Lei nº 9.771/98 e o Regulamento Geral da Previdência


Social aprovado pelo Decreto 3.048/99, protegem o Segurado que tenha
trabalhado em Tempo de Serviço Especial, ainda que posterior a 28/05/1998,
observada, para fins de enquadramento, deverá ser utilizada a Lei vigente à
época da prestação de serviço.

Comprovado o exercício de atividade especial, faz jus a parte


autora, considerando o tempo de serviço prestado, a aposentadoria especial.

Nesse sentido, tendo em vista que os Decretos nº 53.831/94 e


83.080/79, que consideram como atividades especiais: eletricista, frentista e
entre outros serviços periculosos, resta demonstrado que a parte autora em
sua função de xxxx possui o direito de aposentar de maneira especial, sendo
desnecessária a prova de exposição a agentes nocivos para o
reconhecimento desta condição.

DO DIREITO

O benefício da aposentadoria especial visa garantir ao


segurado do Regime Geral da Previdência Social, uma compensação devida
ao labor prestado em condições prejudiciais à saúde ou integridade física.

DA APOSENTADORIA ESPECIAL

O art. 57 da Lei nº 8.213/91 prescreve:

Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a


carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e
cinco) anos, conforme dispuser a lei.

Portanto, de acordo com a norma supramencionada, aqueles


que trabalharam durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos em
determinadas funções consideradas prejudiciais à saúde ou integridade física
terão direito a concessão do benefício.

Insta salientar que, sempre que formos falar acerca de Direito


Previdenciário, prevalece o princípio tempus regit actum, impondo que o
tempo de serviço/contribuição seja sempre computado na forma da legislação
vigente ao tempo do exercício da atividade.

No caso em comento, restou devidamente comprovado que,


durante os anos de xx/xx/xxx, xx/xx/xxxx (colocar os períodos laborados em
atividade especial), a parte autora exerceu atividade especial, posto que
encontrava-se permanentemente exposta a eletricidade, totalizando, assim,
mais de 25 anos de atividade especial.

Quanto à comprovação da exposição aos agentes


periculosos, o entendimento jurisprudencial pacificado é no sentido de que
para as atividades exercidas em período anterior a vigência a Lei no.
9.032/95, de 28/04/95 basta que essa seja enquadrada no rol dos Decretos nº
53.831/64 ou 83.080/79 ou se comprove, por qualquer meio de prova, a
exposição aos agentes nocivos previstos nos aludidos decretos, não sendo
necessária assim a apresentação de laudo pericial.

Já para as atividades periculosas exercidas após a vigência a


Lei nº 9.032/95, de 28/04/1995 se faz necessária a comprovação da
exposição aos agentes nocivos por meio de laudo técnico.

Nesse contexto, até 28/04/1995, as atividades exercidas pela


parte autora são classificadas como periculosas pelo código 1.1.8 do
Quadro Anexo do Decreto nº 53.831/64, que dispõe sobre os trabalhos
permanentes em instalações ou equipamentos elétricos com risco de
acidentes - Eletricistas, cabistas, montadores, e outros., merecendo,
portanto, até tal marco, o reconhecimento como especial, tendo em vista o
enquadramento no decreto vigente à época.

Para posterior período ao advento da Lei no 9.032/95, o laudo


PPP, LTCAT e PPRA anexos comprovam que a parte autora, no exercício da
função de (ex: eletricista) realizava diversas atividades em (ex: poste de
iluminação de rua), sendo ineficazes os equipamentos de proteção individual.

Desta feita, resta devidamente comprovado o exercício de


atividade especial pela parte autora em virtude de seu enquadramento
profissional no código 1.1.8 do Quadro Anexo do Decreto no 53.831/64,
merecendo o reconhecimento dos respectivos serviços como especiais.

Assim, os períodos de xx/xx/xxxx a xx/xx/xxxx (DER), os quais


a parte autora exerceu atividades insalubres, sendo ineficazes os EPIs
utilizados, merecem ser reconhecidos como especiais com a concessão do
benefício de aposentadoria especial.

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por meios de todas as provas


admitidas no direito, a fim de corroborar com as provas documentais juntadas
a esta exordial, sobretudo que seja marcado Audiência de Instrução e
Julgamento, para comprovação da atividade especial em comento.

DOS PEDIDOS

Ante o posto, requer que sejam julgados procedentes os


pedidos para condenar o INSS a:

a) Reconhecer e averbar o período averbar a atividade


especial exercida durante os períodos de xx/xx/xxxx a xx/xx/xxxx;

b) Requer a concessão do benefício de Aposentadoria


Especial, tendo em vista os 25 anos exercidos em período especial, com o
pagamento das parcelas vencidas e vincendas, devidamente acrescidas de
juros moratórios de 1% ao mês e correção monetária pelo IPCA-E, desde a
DER (xx/xx/xxxx);

c) Em caso de não cumprimento da determinação judicial de


implantação do benefício no prazo assinalado, a autora requer seja cominada
multa diária no valor de 1/10 (um décimo) do salário de benefício a que tem
direito a parte segurada;

d) A concessão da justiça gratuita por ser a parte autora


hipossuficiente na acepção legal do termo, conforme dispõe a Lei 1.060/50 e
artigo 98 do CPC, não dispondo de condições financeiras de arcar com as
despesas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento;

e) A citação da Autarquia-Ré, no endereço declinado na


qualificação para, querendo, apresentar defesa dentro do prazo legal, sob
pena de revelia e consequente confissão fática, bem como cópia do processo
administrativo;

f) Pagar as custas e despesas processuais, bem como


honorários advocatícios sucumbenciais na base de 20% sobre o total da
condenação;
g) Não tem interesse na audiência de conciliação, conforme
previsto no Código de Processo Civil.

h) Protesta provar o alegado por meio de todas as provas


admitidas em Direito, a fim de corroborar com as provas documentais juntadas
a esta exordial, sobretudo a prova pericial com médico especialista.

Atribui-se ao valor da causa a importância de R$ _____

Nestes termos,
Pede deferimento.

Cidade, Data.

ADVOGADO
OAB Nº ___

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