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UNIVERSIDADE PÚNGUÉ

Faculdade de Ciências Agrárias e Biológicas

Descriminação contra pessoas que vivem com o HIV/SIDA na cidade de Tete


(Bairro Sansão Mutemba)

Curso de Ensino de Biologia Com Habilitações em Química

Projecto de Pesquisa

Agostinho Eduardo Jeremias

Tete

Junho, 2023
Agostinho Eduardo Jeremias

Descriminação contra pessoas que vivem com o HIV/SIDA na cidade de Tete


(Bairro Sansão Mutemba)

Projecto de Pesquisa a ser entregue na


Faculdade de Ciências Agrárias e
Biológicas, na cadeira de MEIC, como
requisito avaliação parcial.

Docente: Catarina

Tete

Junho, 2023
Índice
CAPITULO I - INTRODUÇÃO.......................................................................................1
1.1. Delimitação tema................................................................................................2
1.3. Problematização..................................................................................................2
1.4. Hipótese..............................................................................................................3
1.5. Justificativa.........................................................................................................3
1.6. Objectivos...........................................................................................................4
1.6.1. Objectivo Geral:..........................................................................................4
1.6.2. Objectivos Específicos:...............................................................................4
CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................5
2.1. A descriminação contra pessoas que vivem com o hiv/sida e outras doenças.......5
2.1.1. O assédio Moral...............................................................................................5
2.1.2. Exclusão Social................................................................................................5
2.1.3. Agressão verbal ou Psicológicas......................................................................6
2.2. Leis relativamente ao hiv/sida e outras doenças e sua aplicação no local de
trabalho..........................................................................................................................6
2.2.1. Princípios da não descriminação......................................................................6
2.2.2. Direito e deveres da pessoa vivendo com HIV e SIDA...................................6
2.2.3. Direito de preservação do estado serológico....................................................7
2.2.4. Mulher vivendo com HIV e SIDA em estado de vulnerabilidade...................7
2.2.5. Pessoa idosa vivendo com HIV e SIDA em estado de Vulnerabilidade..........7
2.2.7. Discriminação em estabelecimentos de Ensino...............................................8
2.2.8. Integração na Comunidade...............................................................................8
2.3. Listas dos métodos preventivos e as alternativas para o tratamento de infecções
de transmissão sexual de hiv/sida..................................................................................8
2.3.1. As principais IST´s...........................................................................................8
2.3.2. Tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST´s)........................9
2.3.3. Prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST´s).........................9
2.4. Atitudes solidaria na defesa dos direitos das pessoas que vivem com hiv/sida e
outras doenças................................................................................................................9
2.5. Estigma e Preconceito Relacionados ao HIV/AIDS.............................................10
CAPITULO III – METODOLOGIA...............................................................................12
3.2. Tipo de pesquisa...................................................................................................12
3.2 Método de pesquisa...............................................................................................12
3.2.1 Método indutivo..............................................................................................12
3.3 Técnicas e instrumentos de Colecta de Dados.......................................................13
3.3.1 Pesquisa bibliográfica.....................................................................................13
3.3.2. Questionário.......................................................................................................13
3.3.3. Observação direta...........................................................................................13
3.3.4. Entrevista........................................................................................................13
3.3.5. Universo e amostra.........................................................................................13
3.4. Resultados Esperados...........................................................................................14
3.5. Cronograma..........................................................................................................14
3.6. Orçamento.............................................................................................................14
Referencias Bibliográficas...............................................................................................15
CAPITULO I - INTRODUÇÃO

O presente projecto de pesquisa com cujo tema é discriminação contra pessoas que
vivem com o HIV/SIDA no bairro Mateus Sansão Mutemba tem como objectivos
conhecer a descriminação contra pessoas que vivem com o HIV/SIDA mais afetadas no
bairro Mateus sansão Mutemba. Abordar-se que á de forma sequencialmente que onde
convém explicar que, A Sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença
causada pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e está relacionada com a
degradação progressiva do sistema imunitário, podendo ter vários anos de evolução.
Uma vez instalado, o vírus invade e destrói um certo tipo de células do sangue, que são
responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as infeções. Uma pessoa infetada
pelo VIH revela-se progressivamente débil e frágil, podendo contrair ou desenvolver
infeções muito variadas e/ou mesmo certos tipos de cancro. Este vírus pode permanecer
“adormecido” no organismo durante muito tempo, sem manifestar sinais e sintomas.
Durante este período, a pessoa portadora do VIH é designada de soropositiva e pode
infetar outras pessoas se tiver comportamentos de risco.

Para o presente projecto irei usar a pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo de


caso, pois busca-se compreender a percepção dos moradores do bairro Mateus Sansão
Mutemba em relação a descriminação contra pessoas que vivem com o HIV/SIDA neste
bairro. Conforme explicam Guerra (2006) e Freitas (2013) que a pesquisa qualitativa
busca produzir resultados que são socialmente construídos, ou seja, compreender um
dado fenômeno em um espaço social.

O projecto apresenta a seguinte estrutura: Capitulo I- Introdução, Delimitação do Tema,


Enquadramento do tema, Problematização, Hipóteses. Justificativa e Objectivos da
pesquisa; Capítulo II- Fundamentação teórica; Capitulo III- Metodologias, resultados
esperados, cronograma e orçamento, e for fim, Referências Bibliográficas.

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1.1. Delimitação tema
O projecto de pesquisa delimita-se nos aspectos sobre a descriminação contra pessoas
portadoras do HIV/SIDA na sociedade. Para a pesquisa científica, o estudo do caso será
realizado na província de Tete, no Distrito de Tete no bairro Mateus Sansão Mutemba,
A pesquisa compreenderá o período temporal entre maio á junho de 2023.

1.2. Enquadramento do tema


O presente trabalho de pesquisa enquadra-se no Curso de ensino de Biologia com
habitações ao ensino de Química, na cadeira de Genética Geral e das Populações, O
vírus HIV é transmitido geneticamente de uma geração para a outra, então a genética
desempenha um papel na suscetibilidade e resposta ao vírus e, a genética das
populações pode ajudar a entender como factores genéticos podem influenciar a
prevalência e distribuição do HIV em diferentes grupos populacionais, visto que o
problema é bastante discutido na actualidade, neste caso a descriminação contra pessoas
que vivem com HIV/SIDA, neste caso na cidade de Tete, concretamente no bairro
Mateus Sansão Mutemba.

1.3. Problematização
A descriminação contra pessoas que vivem com HIV/SIDA continua a ser uma
realidade preocupante em muitas sociedades. Alem dos desafios médicos e emocionais
associados ao diagnóstico e tratamento do HIV/SIDA, essas pessoas enfrentam
obstáculos adicionais devido ao estigma e a descriminação social, pois afeta
negativamente o acesso a serviços de saúde adequados, o medo do julgamento e da
rejeição pode impedir que as pessoas procurem o atendimento médico necessário,
adquirindo ao tratamento e realizando exames regulares. Isso não apenas prejudica sua
saúde individual, mais também contribui para a propagação do vírus.
No contexto do bairro Mateus Sansão Mutemba, a descriminação contra pessoas que
vivem com HIV/SIDA tem a ver com a falta de conscientização sobre o HIV, resultando
assim em preconceito e estigmatização. A falta de informações concretas também
contribui para a descriminação. Muitas vezes as pessoas tem medo do desconhecido e
podem agir com base em estereótipos ou equívocos sobre como o vírus é transmitido.
Isto leva a marginalização das pessoas com HIV/SIDA, afectando negativamente sua

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qualidade de vida e bem-estar emocional. Alem disso, questões estruturais podem
desempenhar um papel importante na discriminação. Por exemplo, a falta de serviços de
saúde especializados ou a ausência de programas educacionais eficazes podem limitar o
acesso ao tratamento adequado e a informação precisa deste bairro. De acordo com as
causas acima citadas surge a seguinte questão:

 Quais estratégias podem ser implementadas para promover a inclusão, reduzir


o estigma e garantir igualdade de directos das pessoas que vivem com
HIV/SIDA no bairro Mateus Sansão Mutemba?

1.4. Hipótese
 A implementação de programa de educação e conscientização sobre HIV/SIDA
reduzira o estigma e a discriminação social deste bairro.
 A promoção de campanhas de sensibilização e testagem regular do HIV
resultará em uma maior aceitação e normalizar status sorológico positivo.
 A criação de redes de apoio e grupos de suporte no bairro Mateus Sansão
Mutemba para pessoas afectadas pelo HIV/SIDA contribuirá para a redução do
isolamento social e o fortalecimento emocional.

1.5. Justificativa
A escolha do presente tema deve-se ao depararmos com muitos casos em que as pessoas
sofrem o estigma ou descriminação pelo facto de serem portadores do HIV/SIDA, esses
são os principais obstáculos para a prevenção̦ e tratamentoș em relação ao HIṾ/SIDA.
Visto que o estigma ou a descriminação prejudicam os esforços no enfrentamento a
epidemia do HIV/SIDA, fazendo com que as pessoas tenham medo de procurar por
informações, serviços e métodos que reduzam o risco de infecção e de adotar
comportamentos mais seguros com receio de que sejam levantadas suspeitas em relação
ao seu estado sorológico. Por exemplo para adolescentes vivendo com HIV/SIDA, actos
de discriminação infligidos por outros estudantes ou professores influenciam
negativamente a sua capacidade de levar medicamentos e gerir um horário de
medicação na escola. Na reverência cientifica a discriminação contra pessoas que
vivem com HIV/SIDA é injustificada porque o vírus não é transmitido por toque,
compartilhamento de objectos, beijos, abraços ou convívio social. A transmissão ocorre

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principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de
seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
Na reverência social a discriminação prejudica o acesso a serviços de saúde e apoio,
aumentando o estigma e o medo em torno do HIV/SIDA. Isto pode levar a exclusão
social, isolamento emocional e impactos negativos na saúde mental e das pessoas
afectadas. É importante promover a educação, empatia e respeito para combater a
discriminação e garantir igualdade de directos a todas pessoas, independentemente do
seu status sorológico para o HIV.

1.6. Objectivos

1.6.1. Objectivo Geral:


 Compreender sobre o estigma contra pessoas que vivem com HIV no Bairro
Mateus Sansão Mutemba.

1.6.2. Objectivos Específicos:


 Identificar as leis relativamente ao HIV/SIDA para minimizar o acto da
discriminação de pessoas com HIV.
 Apresentar os métodos preventivos no combate da descriminação contra pessoas
que vivem com o HIV e;
 Descrever atitudes solidárias na defesa dos direitos das pessoas que vivem com
HIV/SIDA no Bairro Mateus Sansão Mutemba.

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CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. A descriminação contra pessoas que vivem com o hiv/sida e outras doenças
“O estigma é uma barreira impedindo que as pessoas com HIV revelem sua condição e
consigam os serviços de apoio e assistência disponíveis, e prejudicando também a
prevenção do HIV, que estimula as pessoas a adotarem um comportamento mais seguro.
A associação do HIV com o 'mau' comportamento e a morte faz com que as pessoas
desistam de descobrir se são soropositivas ou de revelar sua condição quando sabem
que são. O estigma lembra constantemente aos membros de grupos discriminados que
são socialmente marginalizados. Se as pessoas são escarnecidas ou tratadas com
hostilidade, podem sentir-se negligenciadas e portanto ter menos probabilidade de
adotar as medidas necessárias para proteger-se” (RACHID et.all, 2005 p.20).
As diversas formas de estigma e discriminação que afectam pessoas vivendo com HIV e
vivendo com AIDS incluem, entre suas consequências mais frequentes:

 O assédio Moral;
 A exclusão Social;
 A agressão verbal ou Psicológicas;
 Dentre outras.

2.1.1. O assédio Moral


De acordo com Silva (2020) diz que o assédio moral é um termo utilizado toda ação que
tenha por consequências o constrangimento psicológico ou físico a pessoa. Nas
comunidades alguns portadores do HIV e SIDA sofrem o assédio moral, sendo eles
submetidos a situações humilhantes e constrangedora, casualmente e por um período
extenso, durante a sua jornada cotidiana.

2.1.2. Exclusão Social


“É um processo caracterizado pelo afastamento de pessoas de todas as instâncias da
vida social. Em alguns casos os portadores do HIV e SIDA passam por processo de
desigualdade e comportamentos intolerantes na comunidade, fazendo com que o
portador se distancie de certas pessoas” (OMS, 2017).

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2.1.3. Agressão verbal ou Psicológicas
“É um comportamento agressivo, caracterizado por palavras danosas, que tem a
intenção de ridicularizar, humilhar, manipular ou ameaçar. Os portadores do HIV e
SIDA em certas ocasiões passam por estes processos da agressão verbal e psicológicas,
criando neles a baixa autoestima. Desafiar o estigma e a discriminação pode levar a uma
melhora imediata na maneira pela qual as pessoas vivendo com HIV/AIDS cuidam de si
mesmas, o apoio disponível a elas e o seu acesso a serviços de saúde e outros. Melhora
também a vida daqueles que cuidam de pessoas com HIV, e existem evidências de que
onde se fala abertamente sobre o HIV/AIDS, sem estigma, os programas de prevenção
são mais eficazes” (RACHID et.all, 2005 p.20).

2.2. Leis relativamente ao hiv/sida e outras doenças e sua aplicação no local de


trabalho
2.2.1. Princípios da não descriminação
 A pessoa vivendo com HIV e SIDA goza dos mesmos direitos e tratamento de
qualquer outra pessoa.
 A pessoa vivendo com HIV e SIDA não deve ser discriminada ou estigmatizada
em razão do seu estado de seropositividade (OMS, 2017).

2.2.2. Direito e deveres da pessoa vivendo com HIV e SIDA


A pessoa que vive com HIV e SIDA tem os seguintes direitos:
 Assistência médica e medicamentosa;
 Assistência social;
 Coabitação e educação;
 Participação na tomada de decisões e em outros actos familiares;
 Candidatarse a emprego, e a cargos públicos ou privados;
 Trabalho e formação profissional;
 Preservação e respeito da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, das
ideias e crenças e da integridade sexual, moral e psíquica (OMS, 2017).

Os cidadãos tem direitos a devida indemnização em virtude de contaminação dolosa por


terceiro ou resultante de erro, negligencia ou incúria medica ou de terceiros.

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2.2.3. Direito de preservação do estado serológico
“Constitui direito da pessoa vivendo com HIV e SIDA não ser obrigada a revelar o seu
estado serológico, salvos nos casos previstos na Lei e demais legislação pertinente. A
pessoa vivendo com HIV e SIDA não pode ser submetida, sem o seu prévio
conhecimento e consentimento, a exames médicos de HIV e SIDA. Ninguém deve
informar, publicar ou divulgar, por qualquer meio que seja, o estado serológico de
qualquer vivendo com HIV e SIDA a terceiros, sem o consentimento desta” (COSTA,
2007, p.23).

2.2.4. Mulher vivendo com HIV e SIDA em estado de vulnerabilidade


De acordo com a UNAIDS (2018), a mulher vivendo com HIV e SIDA, para além dos
direitos gerais consagrados na lei, goza ainda dos seguintes direitos:
 Assistência em casos de ser vitima de abuso sexual;
 Prioridade no acesso ao aconselhamento e testagem;
 Prioridade no acesso ao tratamento, nos programa de proteção social e nos
programas de subsídios de alimentos ou acção social produtiva.

2.2.5. Pessoa idosa vivendo com HIV e SIDA em estado de Vulnerabilidade


“A pessoa idosa vivendo com HIV e SIDA em estado de vulnerabilidade, para além dos
direitos consagrados na constituição, nas convenções internacionais e nas demais leis,
tem direito a ser acolhida na família e, excepcionalmente, em famílias substituídas ou
em centros de acolhimentos” (RACHID et.all, 2005, p.20).

2.2.6. Pessoa com deficiência vivendo com HIV e SIDA em estado de


Vulnerabilidade
“A pessoa com deficiência vivendo com HIV e SIDA em estado de vulnerabilidade tem
direito a assistência social, cuidados médicos, acesso a informação, comunicação e
educação cívica sobre a prevenção, mitigação e combate ao HIV e SIDA, ser atendida
na família e, excepcionalmente, em famílias substituídas” (COSTA, 2007, p.23).
Em função da tipologia da sua deficiência, tem também direito a informação,
comunicação e educação cívica, na linguagem apropriada.

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2.2.7. Discriminação em estabelecimentos de Ensino
 É proibida a constituição de escolas, turmas e grupos especiais para pessoas
vivendo com HIV e SIDA.
 É, igualmente, proibida a recusa de acesso aos serviços de ensino em instituições
públicas ou privadas do estudante vivendo com HIV e SIDA.

2.2.8. Integração na Comunidade


No processo de integração social, a pessoa vivendo com o HIV e SIDA deve ser aceite
na comunidade, sem estigmatização nem discriminação.

2.3. Listas dos métodos preventivos e as alternativas para o tratamento de


infecções de transmissão sexual de hiv/sida
“As infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) são doenças infectocontagiosas que se
transmitem através do contacto sexual, mas não só. Também é possível a sua
transmissão por via sanguínea, pelo contacto com sangue ou derivados infectados, ou
por via maternofetal durante a gravidez ou no momento do parto” (RACHID et.all,
2005, p.20).

Mas a via mais frequente é por contacto sexual com esperma ou secreções vaginais
infectadas, manifestandose pelo aparecimento de feridas, corrimentos, bolhas ou
verrugas.

2.3.1. As principais IST´s


As infecções sexualmente transmissíveis são provocadas por uma quantidade de vírus,
bactérias, parasitas unicelulares e fungos. Há mais de 20 doenças diferentes, incluindo:
 Infecção por HIV e SIDA
 Vírus do papiloma humano (HPV)
 Clamídia
 Gonorreia
 Hepatite B
 Sífilis
 Herpes genital
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 Tricomoníase
2.3.2. Tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST´s)
De acordo com Silva (2020) diz que Cada infecção de transmissão sexual tem um
tratamento especifico e só um médico poderá avaliar cada situação em particular, e
indicar a terapêutica mais apropriada. Fazer o tratamento certo é:
 Utilizar apenas medicação prescrita pelo serviço de saúde;
 Tomar a medicação a tempo e nas quantidades recomendadas ate o fim, mesmo
que os sintomas e sinais tenham desaparecido;
 Evitar as relações sexuais durante o tratamento;
 Em alguns casos, poderá ter de regressar ao serviço de saúde para que haja uma
reavaliação depois do tratamento, como por exemplo, o rastreio do HIV nas
mulheres.

2.3.3. Prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST´s)


O aconselhamento sobre comportamentos sexuais pode reduzir a tendência de um
individuo de adquirir uma infecção sexualmente transmissível. Este aconselhamento
pode ser efectuado por profissionais de saúde ou consultores treinados para o efeito. As
abordagens com mais sucesso são:
 As que providenciam informações básicas sobre as ist ou a sua transmissão, tais
como o risco de transmissão;
 As que treinam habilidades pertinentes, tais como o uso correcto do preservativo
e comunicação relativa a sexo seguro.

2.4. Atitudes solidaria na defesa dos direitos das pessoas que vivem com hiv/sida e
outras doenças
Atitude solidária é o acto de bondade e compreensão com o próximo ou um sentimento,
uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo. Deste
modo, podemos solidarizar as pessoas que vivem de HIV e SIDA e outras doenças da
seguinte forma:
 Acompanhamento clinico: O paciente é submetido em uma avaliação medica
associada a alguns exames clínicos e laboratoriais que é o profissional de saúde que
solicita. Os exames e o foco da consulta levam em consideração factores como
9
idade, gênero, hábitos, e históricos individual e familiar do paciente (COSTA, 2007,
p.23).

 Ação voluntaria: Consiste em prestar serviços não remunerados em benefício da


comunidade. Neste caso o voluntário pode prestar serviços destinados a melhoria da
qualidade de vida dos pacientes. Pode também proporcionar uma melhor interação
entre ele e os pacientes de modo que se sintam a vontade com doença e elevando a
sua autoestima.
 Apoio a causas sociais: As causas sociais são todas aquelas que, de alguma forma,
podem contribuir para melhorar uma determinada comunidade, bairro, cidade país e
o mundo. Neste processo os cidadãos envolvemse nas ongs, para a luta contra o HIV
e SIDA e outras doenças, como formar de partilhar as informações relevantes sobre
a doença e como evita lá (SILVA, 2020).

2.5. Estigma e Preconceito Relacionados ao HIV/AIDS


O estigma e o preconceito relacionados ao HIV/SIDA são questões complexas e
preocupantes que continuam a afetar as pessoas vivendo com o vírus em todo o mundo.
Essas atitudes negativas se baseiam em mitos, medos infundados, falta de conhecimento
e discriminação enraizada na sociedade. O estigma pode ser definido como a
desaprovação social, o preconceito e a discriminação direcionados às pessoas vivendo
com o HIV/SIDA. Ele pode assumir várias formas, desde a exclusão social e a rejeição
até a violência física e verbal. Esse estigma pode ser tão prejudicial quanto a própria
doença, afetando profundamente a qualidade de vida das pessoas afetadas (OMS, 2017).

Uma das principais razões para o estigma em relação ao HIV/SIDA é o medo do


contágio. Muitas pessoas têm uma compreensão limitada sobre como o vírus é
transmitido, levando a equívocos e estereótipos prejudiciais. Isso leva à discriminação
em diversas esferas da vida das pessoas vivendo com HIV/SIDA, como no trabalho, na
educação, nos cuidados de saúde e nos relacionamentos pessoais. Além disso, o estigma
também está enraizado em atitudes morais e culturais que culpabilizam as pessoas
afetadas pelo vírus. Há uma tendência de associar o HIV/SIDA a comportamentos

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considerados "imorais" ou "indesejáveis", como uso de drogas injetáveis, práticas
sexuais consideradas tabu ou fora das normas sociais. Esses estereótipos reforçam o
estigma e dificultam o apoio e a empatia das comunidades.

O estigma e o preconceito têm consequências significativas para a saúde e o bem-estar


das pessoas vivendo com HIV/SIDA. A discriminação pode levar à negação de serviços
de saúde adequados, dificultando o acesso ao tratamento antirretroviral e aos cuidados
médicos necessários. Além disso, o estigma pode ter um impacto negativo na saúde
mental, levando ao isolamento, à depressão e à baixa autoestima. É fundamental
combater o estigma e o preconceito relacionados ao HIV/SIDA através da educação, da
conscientização e da promoção da compaixão e empatia. É importante disseminar
informações precisas sobre como o vírus é transmitido e desafiar os mitos e estereótipos
prejudiciais. Também é essencial promover a igualdade de direitos e oportunidades para
as pessoas vivendo com HIV/SIDA, garantindo que elas sejam tratadas com dignidade e
respeito (UNAIDS, 2018).

A luta contra o estigma e o preconceito relacionados ao HIV/SIDA é um esforço


coletivo que envolve governos, organizações da sociedade civil, profissionais de saúde,
pessoas vivendo com o vírus e a sociedade como um todo. Somente através do trabalho
conjunto podemos criar uma sociedade mais inclusiva, justa e livre de estigma para
todas as pessoas afetadas pelo HIV/SIDA.

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CAPITULO III – METODOLOGIA
3.1. Localização Geográfica da área do estudo
A cidade de Tete é a capital da província de Tete e está situada às margens do rio
Zambeze. É uma cidade histórica, com uma população diversificada e uma economia
baseada principalmente na indústria mineira e na agricultura, a cidade tem uma rica
cultura e está rodeada por belas paisagens naturais como montanhas e planícies. Esta
cidade, está estruturada em 9 Bairros com as seguintes denominações: Josina Machel,
Mateus S. Mutemba, Francisco Manyanga, Matundo, M’padue, Filipe Samuel Magaia,
Chingodzi, Degue e Samora Moises Machel. Neste caso, O presente projecto visa
Descriminação contra pessoas que vivem com o HIV/SIDA na cidade de Tete
concretamente no Bairro Sansão Mutemba, que é um bairro com maio indice de
discriminação.

3.2. Tipo de pesquisa


Para produção desta monografia irá se basear na pesquisa qualitativa, que de acordo
com LAKATOS e MARKONI (2005: 98) é aquela que tem como fim de registar,
analisar fenómenos e buscar identificar as causas assim como procurar melhores
soluções seja através da aplicação do método experimental, ou seja, através de
interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos. Nesta óptica de ideias, na base
desta pesquisa, ira se fazer um registo e análise dos conhecimentos diversos da
população do bairro Sansão Mutemba.

3.2 Método de pesquisa


3.2.1 Método indutivo
De acordo com Carvalho (2009), o método indutivo considera que o conhecimento é
fundamentado na experiência, não levando em conta os princípios pré-estabelecidos. No
raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos de realidade
concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
Com base neste método, ira permitir generalizar todos dados colectados no bairro
Sansão Mutemba, referentes a nossa pesquisa.

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3.3 Técnicas e instrumentos de Colecta de Dados
3.3.1 Pesquisa bibliográfica
Na base desta técnica, irei consultar as obras e outros documentos importantes com os
aspectos ligados com o tema em estudo para garantir a sustentabilidade da monografia.

3.3.2. Questionário
Com base no questionário elaborarei perguntas abertas e fechadas e será aplicada aos
dirigentes do mesmo bairro, algumas pessoas vivendo nesse bairro infectadas pelo HIV.
A escolha deste instrumento, ajudará na interpretação dos dados referentes ao tema em
estudo, a fim de facilitar o trabalho do pesquisador.

3.3.3. Observação direta


Esta técnica será usada na presença do pesquisador observando a intervenção dos
dirigentes do mesmo bairro, algumas pessoas vivendo nesse bairro infectadas pelo HIV.
Blocos de nota. Recolha de dados com base na observação da realidade.

3.3.4. Entrevista
No que se refere a entrevista, afirmam Marconi & Lakatos (2011, p.108), que trata-se de
uma conversa oral entre duas pessoas das quais uma delas é o entrevistador e a outra é o
entrevistado. A entrevista tem como objectivo principal a obtenção de informações do
entrevistado, sobre determinado assunto ou problema.

A entrevista é seguramente a mais flexível de todas as técnicas de coleta de dados de


que dispõem as ciências sociais. Portanto, para esta pesquisa, serão aplicadas entrevistas
do tipo semiestruturadas ao grupo selecionado para fazer parte da amostra da população
do distrito de Tete concretamente no bairro Sansão Mutemba para obter a realidade no
que tange o conhecimento da descriminação contra pessoas que vivem com o
HIV/SIDA.

3.3.5. Universo e amostra


Neste caso, para a realização da pesquisa o autor vai usar uma amostra simples, que vai
obedecer por número correspondente de 10 pessoas pertencentes ao bairro Sansão

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Mutenba e os responsaveis se for possível onde eles poderão facultar o pesquisador em
responder as questões alocadas.

3.4. Resultados Esperados


Durante a realização da minha pesquisa espero que as evidências de que programas de
educação e conscientização sobre o HIV/AIDS reduzem o estigma e a discriminação
social, com base em mudanças positivas de atitudes e comportamentos observados na
população-alvo. Informações sobre o impacto da disponibilidade de serviços de saúde
acessíveis e confidenciais no acesso ao tratamento e cuidado para pessoas que vivem
com HIV/AIDS, incluindo dados sobre a adesão ao tratamento e a melhoria dos
resultados de saúde. Indicações de que campanhas de sensibilização e testagem regular
do HIV levam a uma maior aceitação e normalização do status sorológico positivo,
através da análise de mudanças nas atitudes em relação à testagem e na taxa de
testagem. Evidências do impacto positivo das redes de apoio e grupos de suporte na
redução do isolamento social e no fortalecimento emocional das pessoas afetadas pelo
HIV/AIDS, com base em relatos pessoais, entrevistas ou questionários.

3.5. Cronograma
Ordem Actividade Mês Ano
1 Escrita do projecto Abril 2023
2 Colecta de dados Junho 2023
3 Digitação da monografia Setembro 2023
4 Revisão Outubro 2023
5 Entrega do trabalho final Novembro 2023
Fonte: original

3.6. Orçamento
Ordem Despesas Preço unitário Quantidad Total
e
1 Fotocópia 2.5 Mt 19 págs. 47,5.00
2 Digitação 30 Mt 19 págs.x3 1710.00

14
3 Impressão 3,5 Mt 19 págs.x3 199,5.00
4 Encadernação 40 Mt 3 120.00
5 Total 2477.00

Fonte: original

Referencias Bibliográficas
1. CARVALHO, José Eduardo. Metodologia do trabalho Cientifico. 4ªed. Lisboa,
2009.
2. COSTA-COUTO, M. H. A Vulnerabilidade da Vida com HIV/AIDS. Tese de
Doutorado. IMS, Departamento de Saúde Coletiva, Rio de janeiro, 2007.
3. Joint United Nations Programme on HIV/AIDS. Ending AIDS: progress towards the
90-90-90 targets. Genebra, 2018.
4. LAKATOS, E.M; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 5 Ed.
São Paulo: Atlas, 2005.
5. LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade 7ªed. Metodologia
Científica. São Paulo: Atlas S.A; 2011.
6. Organização Mundial da Saúde. Discriminação: enfrentando desafios. Genebra,
2017.
7. RACHID, Márcia & SCHECHTER, Mauro. Manual de HIV/AIDS. 8 ed. Rio de
Janeiro. Revinter, 2005.
8. SILVA, João. Discriminação e HIV/AIDS: Impactos sociais e estratégias de
enfrentamento. São Paulo: Editora X, 2020.

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