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Mestre Cobra

Mestre Cobra pratica capoeira desde 1981. Atualmente reside e ministra aulas no Rio de Janeiro e coordena as
atividades da Abadá-capoeira na Região Sul.
Antonio Marcelo Rodrigues Trinade nasceu em Amparo, cidade próxima a Campinas no interior de São Paulo, no dia
18 de novembro de 1963. O seu primeiro contato com a capoeira foi na adolescência, aos 15 anos, quando junto a
amigos costumava assistir às rodas da cidade. Notando o seu interesse, convidaram-no para freqüentar os treinos
numa academia local onde conheceu o Mestre Carlão.
Irmão mais velho de uma família de quatro filhos, aos 16 anos Cobra já trabalhava para ajudar no sustento da
casa. Ao fim do dia na tecelagem, ia direto para os treinos. Treinava diariamente e se tornou um dos alunos mais
dedicados de Carlão.
Foi a capoeira que o ajudou a superar um dos momentos mais tristes da sua vida: a morte prematura de sua mãe,
quando ele tinha 16 anos. A família passou por momentos difíceis, com a separação dos irmãos, enquanto o pai, que
era caixeiro-viajante, reorganizava a estrutura familiar.
Treinou durante seis anos em Amparo, sempre ouvindo as histórias dos grandes capoeiristas e da capoeira do Rio de
Janeiro. Mestre Carlão sempre falava de Mestre Camisa, não só pelo seu jogo, que era lendário em todo o Brasil, mas
também da sua personalidade, do seu trabalho e da sua preocupação com o rumo da capoeira. Essas conversas
despertaram o interesse de Cobra em ir ao Rio de Janeiro conhecê-lo.
Entretanto, numa viagem ao Acre, para o Batizado de Mestre Rodolfo, que era Mestre de Mestre Carlão, Cobra
conheceu Mestre Camisa e lhe perguntou se poderia ir ao Rio fazer um treino. Camisa qualificada. Nesta altura,
Cobra, que já ensinava capoeira em Amparo, mesmo com dificuldades financeiras, começou a economizar para a
viagem ao Rio.
Em dezembro de 1984, Cobra chegou ao Rio com dinheiro contado, apenas para a viagem, para assistir a uma aula de
Mestre Camisa e voltar no dia seguinte para Amparo. Chegando à Associação, foi informado que Mestre Camisa
estava no Circo Voador, organizando o I Encontro Nacional de Capoeira. Indo ao Circo, encontrou Mestre Rodolfo
que lhe disse ser muito importante ele participar daquele evento.
Após isso, Cobra passou a treinar no Rio todos os meses, de 1985 a 1986. Ficava uma semana na Associação, em
Botafogo, onde treinava diariamente das 16h às 18h, com Mestre Camisa, e das 19h às 22h, com Mestre Caio, e
depois voltava para São Paulo. Em 1987, decidiu mudar-se definitivamente para o Rio.
Comunicou a sua decisão a Mestre Carlão e escreveu a Camisa. Numa conversa ao telefone, Carlão pediu a Camisa
que acolhesse e ajudasse aquele rapaz, que ele seria uma boa pessoa para se ter ao lado. Assim foi feito. Camisa
ofereceu-lhe um quartinho na associação onde o Mestre dava aulas.
Cobra iniciou o seu caminho e aprimoramento técnico e profissional. Começou a trabalhar em projetos sociais
elaborados por Mestre Camisa e se manteve ao seu lado ao longo do processo de desenvolvimento da Abadá-
Capoeira, em 1988. Assim como a associação cresceu ao longo dos anos, também aumentou a popularidade de
Mestre Cobra, passando a ser reconhecido como um dos capoeiristas mais técnicos no Rio.
Cobra passou a viajar para ministrar workshops e seminários em todo o mundo e em 1993 recebeu a corda vermelha
de Mestrando da Abadá-Capoeira. Em 2005, Cobra foi reconhecido Mestre da Abadá-Capoeira.
Mestre Cobra tem ensinado capoeira a centenas de alunos e é uma figura essencial no crescimento da Abadá-
capoeira.”
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Mestre Cobra pratica capoeira desde 1981. Atualmente reside e dá aulas no Rio de
Janeiro, coordenando as atividades da Abada-Capoeira na Zona Sul.
Antonio Marcelo Rodrigues Trinade nasceu em Amparo, município paulista próximo a Campinas, no dia 18 de
novembro de 1963. Seu primeiro contato com a capoeira foi aos 15 anos, quando junto com amigos assistia às rodas
da cidade. Notando o interesse, convidaram-no a frequentar o treino num ginásio local onde conheceu o Mestre
Carlão.
Irmão mais velho de uma família de quatro pessoas, aos 16 anos Cobra já trabalhava para ajudar no sustento da
casa. No final do dia na fábrica têxtil, ele ia direto para o treino. Treinava todos os dias e se tornou um dos alunos
mais dedicados do mestre Carlão.
Foi a capoeira que o ajudou a superar um dos momentos mais tristes de sua vida: a morte precoce da mãe, aos 16
anos. A família passou por momentos difíceis, com a separação dos irmãos, enquanto o pai, caixeiro-viajante , estava
reorganizando a estrutura familiar.
Treinou por seis anos em Amparo, sempre ouvindo histórias dos grandes capoeiristas e capoeiristas do Rio de
Janeiro. Mestre Carlão sempre falava de Mestre Camisa, não só por seu jogo, que era lendário no Brasil, mas também
por sua personalidade, seu trabalho e sua preocupação com os rumos da capoeira. Essas conversas despertaram o
interesse de Cobra em ir ao Rio de Janeiro conhecê-lo.
Enquanto isso, durante uma viagem ao Acre, para o batizado do Mestre Rodolfo, que era Mestre do Mestre Carlão,
Cobra conheceu o Mestre Camisa e lhe pediu a possibilidade de ir ao Rio fazer um treino. Camisa concordou. A essa
altura, Cobra, que dava aulas de capoeira em Amparo, mesmo com dificuldades financeiras, começou a juntar
dinheiro para a viagem ao Rio.
Em dezembro de 1984, Cobra chegou ao Rio com o dinheiro contado, apenas para a passagem de volta, para assistir a
uma aula do Mestre Camisa e voltar para casa em Amparo no dia seguinte. Chegando na Associação foi informado
que Mestre Camisa estava no Circo Voador organizando o I Encontro Nacional de Capoeira. Indo para o Circo,
conheceu Mestre Rodolfo que lhe disse que participar daquele evento teria sido muito importante.
A partir daí, Cobra passou a treinar no Rio todos os meses de 1985 a 1986. Costumava ficar uma semana na
Associação, em Botafogo, onde treinava diariamente das 16h às 18h com Mestre Camisa, e das 19h às 22h com
Mestre Billy, e depois voltava para São Paulo. Em 1987, decidiu se mudar definitivamente para o Rio.
Anunciou sua decisão a Mestre Carlão e escreveu a Camisa. Numa conversa telefónica, Carlão pediu a Camisa que
apoiasse e ajudasse aquele rapaz, pois teria sido uma boa pessoa para se trabalhar. E ele fez. Camisa ofereceu-lhe uma
pequena sala na Associação onde o Mestre lecionava.
Cobra iniciou sua trajetória e aprimorou suas habilidades técnicas e profissionais. Começou a trabalhar em projetos
sociais desenvolvidos por Mestre Camisa e permaneceu ao seu lado durante todo o processo de desenvolvimento da
Abada-Capoeira em 1988. Com o crescimento da associação ao longo dos anos, também aumentou a popularidade de
Mestre Cobra, reconhecido como um dos capoeiristas mais técnicos no Rio.
Cobra começou a viajar para dar aulas em workshops e seminários pelo mundo e em 1993 recebeu o cordão vermelho
do Mestrando da Abada-Capoeira. Em 2005, Cobra foi reconhecido Mestre de Abada-Capoeira.
Mestre Cobra tem ensinado capoeira para centenas de alunos. Hoje em dia é uma figura essencial no crescimento da
Abadá-Capoeira.
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