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PROVA 2 – Indhirha Deckmann

1 - O coefficiente de arrasto para esta situação será composto por duas parcelas, o
arrasto de fricção e pelo arrasto de pressão. O primeiro termo está relacionada com a
área que a esfera está em contato com o fluido e o segundo relaciona-se com a esteria
que está a jusante que acaba por gerar o gradiente adverso no escoamento. Com o
aumento no número de Reynolds, o arrasto de fricção aumenta e o arrasto aumenta a
medida que a rugosidade superficial de um corpo aumenta, isso ocorre em razão da
transição para o regime turbulento. Mas, neste caso, a esfera que possui mais rugosidade
chegará antes ao regime permante. A queda de valor neste coeficiente de arrasto é
consequência da transição da camada limite. Esta transição faz com que o ponto de
separação se mova a jusante, o que acaba por diminuir a largura da onda. Já o aumento
na rugosidade pode fazer com que a camada limite se torne turbulenta para valores
pequenos de número de Reynolds e, assim, chegar a um arrasto menor. O regime
turbulento acaba por reduzir a região da esfera e como consequência, diminuir o arrasto
de pressão. Quando se está em regime laminar, o coeficiente de arrasto na esfera 1 será
menor do que na esfera 2 em função da rugosidade. Mas, quando o regime se altera para
turbulento, o coeficente de arrasto na esfera 1 será maior do que na esfera 2, visto que a
redução do coef. De arrasto de pressão será maior do que o aumento do coef. De arrasto
de fricção.

Tive um equívoco referente ao escoamento laminar e faltou o esquema.


2 - Transição é a passagem do escoamento laminar para o escoamento turbulento, este
processo pode ser definido a partir da instabilidade em função da rugosidade e do número
de Reynolds, alterando a espessura da camada limite e o comportamento do fluido. E
separação é o afastamento da camada limite do contorno, neste caso tem – se uma
condição de no-slip do escoamento principal não está mais na superfície do corpo, e
quando se tem uma mudança no sentido da elevação da velocidade devido a um gradiente
de pressão adverso, como consequência essa região aumenta, criando uma esteura de alta
pressão.
Correta
3 - Teorema 1: Teorema do ponto de inflexão, este teorema diz que todos os escoamentos
com pontos de inflexão são instáveis. E esta condição de instabilidade amplifica a
perturbação.
Teorema 2: Este teorema diz que a velocidade de propagação das perturbações neutras na
camada limite (Ci=0) é menor que a velocidade máxima do escoamento. No interior do
escoamento existe uma camada onde, em que as perturbações são nulas, neste caso temos:
𝑈 − 𝐶 = 0. A distância onde U = C é chamada de camada crítica do escoamento principal.
Este gráfico relaciona a perturbação ao Re. Demonstra quando um escoamento é afetado
por uma perturbação ou um ponto de inflexão. A curva B descreve um escoamento sem
perturbações. E a curva A indica que ao mesmo escoamento foi adicionado um ponto de
inflexão, o que “adiantou” o Re crítico. Acima de A temos a estabilidade. Abaixo de B
temos a instabilidade.
Neste gráfico, mesmo o número de Reynolds tendendo ao infinito, existe um faixa onde
haverá instabilidade. Se os efeitos viscosos são desprezíveis (Re → ∞), a eq. de Orr-
Sommerfeld é nomeada de Equação de Rayleigh:
(𝑈 − 𝑐) (𝜙′′ − 𝛼²𝜙) − 𝑈′′𝜙 = 0
Correta.
4 - No experimento realizado no filme instabilidades em escoamentos, um tanque
composto por água e glicerina é colocando próximo a um túnel de vento, em que o ar é
assoprado em uma entrada e é sugado por um aspirador na outra entrada do tanque. Esse
aparato é utilizado para estudar a formação de ondas de superfície a partir dos efeitos do
vento. Ainda, tem-se um gerador de ondas posicionado perto do tanque e um amortecedor
de ondas no outro lado do tanque. O gerador de ondas é utilizado para provocar a geração
de uma onda, causando uma perturbação no movimento, e a partir disso, observar como
será o comportamento do escoamento em diferentes faixas de velocidade do vento. As
ondas que são formadas no tanque exibem comportamentos diferentes para diferentes
faixas de velocidade, mesmo quando o experimento é mantido a uma mesma frequência.
Essas faixas de velocidades são separadas por uma velocidade crítica, que determina se a
onda gerada será amortecida ou amplificada. Vale ressaltar que no experimento, as ondas
foram geradas com o crescimento constante da velocidade do vento no túnel considerando
uma frequência fixa e a amplitude das ondas foi medida. Então o experimento foi repetido
para mesma amplitude de onda, mas variando as frequências. Quando plotados em gráfico
de frequência por velocidade, os resultados configuram um mesmo padrão que é dado
pela curva de estabilidade, mostrada na Figura abaixo.

Do lado esquerdo da curva o escoamento é estável, e do lado direito o escoamento é


instável, e as regiões de instabilidade e estabilidade são separadas por um ponto de
velocidade crítica. E a curva do exercício anterior foi gerada a partir da Equação de Orr-
Sommerfeld. Ao analisar a curva de estabilidade obtida pelo experimento do filme pode
se observar que ela se aproxima do comportamento obtido pela Equação de Orr-
Sommerfeld, onde também há regiões de instabilidade e estabilidade sendo separadas por
um ponto crítico, neste caso o número de Reynolds.
Correta.
5 – As características do escoamento turbulento são:
1- Irregularidade: não há um padrão para análise do escoamento
2 - Dissipação: dissipação de calor pelo movimento do escoamento
3 - Escoamento: turbulência é uma característica do escoamento não do fluido
4 - Meio continuo: o que ocorre com vórtices ocorre a nível molecular
5 - Tridimensionalidade: escoamentos turbulentos não em 3D
6 - Altos Re: não há escoamento turbulentos com Re baixo.
A esteira de Von Karman são vórtices que se formam junto à superfície devido a um
gradiente dv de pressão. Esses vórtices são levados pelo escoamento e outros se formam
em seu lugar. A esteira não pode ser considerada um escoamento turbulento pois não é
irregular e ocorre basicamente em 2 dimensões.
Correta
6 - Na decomposição de Reynolds temos que a velocidade e a pressão podem ser
representadas por duas componentes (velocidade média temporal e a flutuação da
velocidade) e (pressão média temporal e flutuação da pressão).
Com isso temos:
𝑢 = 𝑢̅ + 𝑢′
Utilizando a equação de balanço de massa (lei da continuidade) temos:
Ə𝑢 Ə𝑣 Ə𝑤
+ + =0
Əx Ə𝑦 Ə𝑧
Substituindo a primeira equação na segunda temos:

Ə𝑢̅ Ə𝑢′ Ə𝑣̅ Ə𝑣′ Ə𝑤 ̅ Ə𝑤′


+ + + + + =0
Əx Əx Əy Ə𝑦 Əz Ə𝑧
Podemos considerar as seguintes expressões como sendo 0.

Ə𝑢̅ Ə𝑣̅ Ə𝑤 ̅ Ə𝑢′ Ə𝑣′ Ə𝑤′


+ + =0𝑒 + + =0
Əx Əy Əz Əx Ə𝑦 Ə𝑧
̅ = 𝟎 𝒆 𝛁. 𝐯′ = 𝟎
Neste caso: 𝛁. 𝒗
Para que a condição de balanço de massa seja atendida estas duas condições devem ser
atendidas, devido a tridimensionalidade do escoamento. As duas condições satisfazem a
equação da continuidade.
Correta
7-
CORRETA

8-

Faltou o termo do atrito viscoso

9- O problema de fechamento ocorre devido ao fato de com a decomposição de Reynolds são


introduzidas novas incógnitas e, portanto, o sistema não é mais fechado no sentido de possuir
o mesmo número de equações e o de incógnitas. Portanto, para aplicarmos as equações de
escoamentos turbulentos, é necessário fazer algumas hipóteses em relação as tensões de
Reynolds, e estes são os chamados problemas de fechamento.

Correta

10-
Correta

11-

Correta
12- Quando se tem uma placa plana e esta forma uma camada limite turbulenta, e
considerando que esta camada limite é turbulenta desde o bordo de ataque com
rugosidade constante, a rugosidade hidrodinâmica tende a reduzir ao longo da placa
plana, devido ao fato de a espessura da camada limite aumentar. Se a placa plana for
suficientemente longa, o regime do fluido pode até se tornar hidraulicamente liso. Como
o coeficiente de rugosidade hidrodinâmico diminui ao logo da placa plana, o mesmo
processo ocorre com a tensão nas paredes.
Correta
13-

As condições de contorno não são iguais as da correção

14-

Correta

15-
As condições de contorno divergiram das da correção.

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