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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS

GERAIS - IFSULDEMINAS - CAMPUS MACHADO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Disciplina: Currículo Escolar na Perspectiva da Educação Inclusiva
Professores: Ana Maria Landim e Renato Alexandre Oliveira Candido
Aluno: Sandro Alves de Azevedo
Data: 30/04/2023
PLANO DE AULA
Tema Espaço e forma
Turma 6º ano
Conteúdos Figuras geométricas planas
Objetivos Apresentar os nomes e classificações das figuras geométricas planas.
Procedimentos / - Organizar os alunos em grupos a partir dos interesses apresentados na
estratégias roda de conversa;

- Realizar um passeio com os alunos para identificação de formas


geométricas no espaço escolar (ou nas ruas da cidade);

- Propor um jogo em que as peças são formas geométricas e que eles


precisam descrever as características de uma forma escolhida;

- Apresentar algumas figuras especiais (cubo, pirâmide...) para a


verificação das diferenças existentes entre uma figura plana e espacial.
Recursos /materiais - papéis coloridos, ou E.V.A (para o jogo);

- celular para tirar fotos das formas geométricas encontradas no passeio;

- formas geométricas de papelão (usar as da escola).


Cronograma - 01 aula para o passeio;

- 02 aulas para o jogo;

- 02 aulas para classificação e nomeação das figuras.


Avaliação Autoavaliação (registro diário do professor e dos alunos).

ANEXO III
REGISTRO DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR

IDENTIFICAÇÃO
Nome: E. E. Manoel Byrro – GV-MG Série/Ano: 6º Ano EF
Professor: Sandro Alves de Azevedo Disciplina: Matemática
PLANO DE AULA
Cronograma: De 08/05/2023 a 12/05/2023.
Quantidade de aulas previstas: 05 Quantidade de aulas necessárias: 05

Expectativa de aprendizagem a ser trabalhada na aula:


Ao contrário do que muitas pessoas ainda acreditam, incluir não é um “bicho de sete cabeças”. Basta
pensarmos que cada estudante tem o direito de aprender segundo as suas capacidades e que,
portanto, não há razões para desejarmos que o desenvolvimento dos alunos de uma turma seja o
mesmo. O interessante é criar um ambiente de aula no qual a diferença flua, no qual os alunos não são
comparados e categorizados entre si e essa é a proposta dessas aulas.
O dever de ensinar a turma toda nos impõe a exigência de repensar constantemente o modo como
ensinamos. É preciso rever nossas práticas, para que nosso fazer pedagógico se movimente conforme
as diferenças dos alunos e a partir dos nossos objetivos.
Expectativa de aprendizagem para o aluno com Deficiência intelectual:
Cada aluno faz uma associação diferente a partir do que vê. A aprendizagem está relacionada à
subjetividade, está além do que é ensinado, pois tem a ver com os nossos interesses, com as nossas
curiosidades. Ao idealizar isso, a ideia é propor uma aula que inclui a todos, em que o professor orienta
seus alunos e permite que cada um deles explore o meio ambiente a partir do que lhe interessa. Com
isso, permite a cada um aprender a partir das suas capacidades, construindo conhecimentos que
podem ser apresentados aos demais colegas. Isso é fazer ciência!
Estratégia/atividade:
Gosto muito de iniciar a aula com uma roda de conversa. Assim, consigo identificar, a partir da fala dos
meus alunos, o que eles conhecem sobre um determinado conteúdo. Às vezes eles preferem escrever
e ler, ou escrevem e um colega lê e eu sempre permito que eles escolham de que modo vão apresentar
o que pensam, o que conhecem e, sobretudo, o que querem aprender. Com essa abordagem, não há
razões para individualizar o ensino a alguns alunos, afinal, todos eles sabem alguma coisa, tendo ou não
alguma deficiência. Basta que, nós professores, saibamos valorizar esse conhecimento, essa
multiplicidade de saberes que compõe uma turma.
Estratégia/atividade para o aluno com Deficiência/TEA:
Essas acima são algumas estratégias que desenvolvo para realizar um ensino de Matemática a todos os
meus alunos, sem diferenciar o ensino para alguns. A deficiência, a meu ver, está sempre no meio, não
no sujeito. Assim sendo, prefiro pensar que os meus alunos podem estar em uma condição de
deficiência e que a escola deve reparar no ambiente quais são os impedimentos encontrados por eles
para se desenvolverem, aprenderem. Esses impedimentos podem estar relacionados à comunicação,
aos espaços físicos ou às atitudes das pessoas. Uma aula que favorece aos alunos se exporem da
maneira que escolhem, que não os compara, que não estipula rigorosamente o que deve ser aprendido
e, portanto, valoriza a criação do aluno é, de fato, uma aula inclusiva.
Definitivamente, adaptar/individualizar o ensino não diz respeito à inclusão. Incluir está além da divisão
dos alunos em "com deficiência" e "sem deficiência". Não há dois grupos de alunos, cada um deles é
único!
Data: ............../.............../..........
____________________ _________________________________
Professor Professor Coordenador

Considerações sobre o plano de aula


Em uma perspectiva inclusiva, o plano de aula ajuda o professor a repensar o seu modo de
ensinar a todos os alunos, sem adaptar/diferenciar os conteúdos a alguns deles - pois essa é
uma forma de discriminação que parte da consideração de um modelo preconcebido de
aluno. Observe que, no plano apresentado, o objetivo não é direcionado aos alunos, mas ao
professor.
Um dos elementos do plano de aula é o conteúdo, mas ele não é mais amplo do que o tema.
O tema é um assunto geral, tipo, espaço e forma. Já o conteúdo, a partir de cada tema, tipo,
figuras geométricas planas.
Observar que não é o professor quem define o tema e o conteúdo a serem ensinados para a
sua turma, eles são definidos pelo professor e seus alunos, a partir da curiosidade e interesse
de toda a turma.
A pior maneira de planejar uma aula para a turma toda é oferecer atividades diferenciadas
para alguns alunos que não acompanham os demais colegas. Em uma perspectiva inclusiva, o
professor propõe atividades diversificadas e não diferenciadas. Atividades diversificadas são
variadas, diferentes umas das outras e de livre escolha – os alunos podem decidir o que
querem fazer segundo suas escolhas, interesses e possibilidades.
Portanto, os alunos com deficiência, em uma escola para todos, não precisam de atividades
diferenciadas para melhor aprender, estas estão em desacordo com os pressupostos de uma
educação para todos, porque, para diferenciar, partimos da idealização de um aluno,
comparamos o seu desempenho com o de seus colegas, preconcebemos a sua capacidade.
Planejar uma aula é uma prática colaborativa que envolve, de um lado, o conteúdo curricular
a ser ensinado pelo professor e, de outro, o envolvimento (curiosidades, indagações e
conhecimentos anteriores dos alunos de sua turma). Assim, o planejamento de uma aula com
um dado conteúdo deve resultar do que precisa ser estudado como conteúdo curricular e o
que os alunos já sabem sobre o assunto, o que desejam saber mais, indagações e
curiosidades. Assim sendo, o planejamento não pode ser imposto (nem copiado), mas ser
negociado entre professor e aluno para que a aula seja produtiva e que o assunto tenha
sentido para a turma.
A inclusão escolar acontece quando ressignificamos o que entendemos por ensinar, aprender
e avaliar.

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