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de
mochila
Guia prático de como viajar
sem glúten de maneira
econômica sendo celíaca(o)
Andrezza Conde
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO.............................................................................. 3
DESAPEGOS NECESSÁRIOS............................................................... 5
PLANEJAMENTO E PREPARO.............................................................. 7
ALIMENTAR-SE NA RUA.................................................................. 12
FICHA TÉCNICA............................................................................ 20
Belo Horizonte
fevereiro . 2021
APRESENTAÇÃO
Prazer, sou Andrezza Conde, celíaca de Belo Horizonte! Há alguns
anos publico no Instagram @recantodaceliaca, no qual compartilho
minhas experiências da vida sem glúten. E é por meio dele que lhe
escrevo este guia!
Com o tempo aprendi que ser celíaca não significa estar 100% do
tempo pendente de alimentação e deixar que isso me consuma. Medo e
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insegurança todo mundo tem, mas é importante saber driblá-los. A
vida social vale mais que isso! Viajar, passear e estar com os amigos
devem ser prioridade. A vida sem glúten pode ser adaptada a essas
circunstâncias; para isso, existe o planejamento! Ao pensar minha
condição sob esta ótica também aprendi a me adaptar para seguir
viajando. Romper o medo de sair da zona de conforto nem sempre é
tarefa fácil, porém necessária.
Com base em tudo que já vivi como mochileira, decidi elaborar este
guia prático com a intenção de compartilhar minha forma de
mochilar com quem tem o mesmo perfil viajante que o meu, sem apegos
ao luxo e ao conforto e que topa grandes aventuras, seja por gosto
e/ou por questões econômicas. Desejo mostrar que é possível, sim,
realizar uma viagem neste estilo com qualidade e de forma segura e
agradável sendo celíaca(o)!
Boa leitura!
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DESAPEGOS
NECESSÁRIOS
Viajar é um privilégio e, quando há
esta possibilidade, deve-se
agradecê-la! Conhecer novas
cidades, novas culturas e
tradições é uma oportunidade de
abertura e de conhecimento do
mundo e de suas mais diversas
formas de manifestação!
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Esta mesma lógica se aplica à organização da alimentação, porque
tampouco é possível carregar toda uma cozinha nas costas, muito
menos todo um supermercado. Esta ideia de “uma mala para roupa e
outra para comida e utensílios”, esqueça!
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PLANEJAMENTO E PREPARO
Qual é o melhor destino para uma pessoa celíaca? Esta pergunta é
retórica! Na minha opinião, o melhor destino é aquele que a pessoa
quer muito conhecer, independente do que ele oferece em termos de
alimentação. Se oferece opções sem glúten seguras, bem; pois se não,
eu, por exemplo, adapto-me às circunstâncias.
Vamos lá!
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1) ESCOLHA SEU DESTINO COM O
CORAÇÃO, NÃO PELA COMIDA
Cada viagem tem um tempo de duração e um número X
de destinos. Há mochileiras(os) que antes de
partirem já têm tudo organizado, mas há aquelas(os)
que decidem os destinos ao longo da viagem,
improvisando-a. Quando se tem os destinos em mente
é mais fácil pesquisar com antecedência as opções
sem glúten disponíveis, e isso facilita a vida.
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2) GOOGLE, O MELHOR AMIGO
DA(O) MOCHILEIRA(O) CELÍACA(O)
O Google sempre será a maior – e a melhor –
solução! É por meio dele que se conecta à grande
parte das informações necessárias. Anos atrás,
quando eu estava começando a me planejar para
meu primeiro mochilão, ainda inexperiente sem
saber por onde começar, pedi conselhos a um
amigo que na época já era fera na arte de
mochilar. Ele prontamente me disse: "o melhor
amigo do viajante é o Google, ele é a base do
nosso planejamento". E esta lógica se aplica,
também, à rotina sem glúten!
Usar e abusar do Google, este é o lema! Vale perguntar mil vezes onde
há estabelecimentos sem glúten nos destinos, pois sempre há um blog
que escreveu a respeito, ou o site de alguma associação de celíacos,
ou um perfil de rede social dedicado ao tema, ou um mapa, etc. E se
não houver referências, o Google pode avisar qual o supermercado
mais próximo, nem que seja para comprar frutas e batata chips!
Também, em muitos países, existem aplicativos que indicam onde
encontrar restaurantes sem glúten, o que torna a busca mais fácil.
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3) NOS DESLOCAMENTOS, ATENÇÃO
Quando os deslocamentos entre os destinos são em
ônibus, em trem ou em carro, administrar a
alimentação se torna mais fácil, porque,
geralmente, não há restrições quanto ao volume e ao
tipo de alimento a ser levado. Nestes casos, para
além da mochila, levo uma bolsa avulsa com alguns
lanches, o suficiente para o tempo do deslocamento
e talvez o primeiro dia.
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4) HOSPEDAGENS ECONÔMICAS E
COMO SE ADAPTAR A ELAS
Os tipos de hospedagens definem o perfil da viagem.
Existem várias possibilidades de hospedagens
econômicas e a maioria permite compartilhar
cozinha. Geralmente, campings, albergues, casas de
Couchsurfing e casas de Airbnb têm cozinha à
disposição dos hóspedes. E é verdade que cozinhar
durante a viagem, em vez de apenas comer na rua,
contribui para economizar os gastos.
Vale ir ao supermercado para comprar uma bucha nova e não ter que
utilizar a da cozinha, que provavelmente está contaminada. Para
secar os utensílios, na ausência de um pano limpo, vale usar papel
toalha. Assim, é possível reutilizar pratos, copos, talheres,
frigideiras e panelas caso todos estes, lembrando, não sejam de
material poroso e apresentem boas condições de uso.
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5) ALIMENTAR-SE NA RUA
Alimentar-se na rua depende de muitos fatores, e o
principal deles é encontrar um estabelecimento que
atenda ao público celíaco. Se o local é 100% sem
glúten, maravilha! Mas se não, é importante bater um
papo ou com o garçom ou outro responsável para
perguntar sobre as opções sem glúten e o preparo.
Para o caso de estabelecimentos que não são 100% sem glúten, mas
adaptam pratos, o que é comum em muitos países, e também no Brasil,
convém optar por carnes grelhadas e saladas, desde que a chapa seja
de uso exclusivo e as carnes temperadas preferencialmente com alho
e sal. É melhor evitar frituras, pois o óleo muitas vezes é
compartilhado - a não ser que a fritadeira, por exemplo, seja de uso
exclusivo de batatas -, ou alimentos acompanhados de
caldos/molhos, já que muitos costumam estar espessados com farinha
de trigo, como o feijão.
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6) COMIDA DE SUPERMERCADO, A
SALVAÇÃO DA(O) MOCHILEIRA(O)
Os supermercados são um grande aliado da(o)
mochileira(o) celíaca(o), principalmente daquela(e) que
viaja em modo super econômico! O segredo é sempre ter
algo de lanche na mochila. E comida de supermercado
quebra o galho, porque é uma alternativa mais barata e
ajuda a controlar o orçamento da viagem.
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COMO EU ME VIRO
NO MEU DIA-A-
DIA SEM GLÚTEN
Se você leu tudo até aqui deve ter
observado que meu perfil
mochileira é bem simples e
econômico! E isso também impacta
na organização da minha
alimentação. Eu não costumo seguir
nenhum padrão, até porque
funciono melhor no improviso,
cofesso. Porém, estabeleci algumas
“condições” às quais me adaptei ao
longo de minhas experiências.
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necessário aos primeiros dias, e depois realizo pequenas
manutenções. O que é perecível sempre guardo na geladeira dos
lugares onde me hospedo. Os demais alimentos deixo dentro da
mochila, que fica no quarto.
Para o café da manhã, prefiro comer pão com queijo, ou torrada com
queijo, suco de laranja e uma fruta, geralmente banana, porque esta
me sustenta - se não posso tostar o pão, não me importo. Na ausência
do pão, salva a tapioca. Opto por preparar meu café da manhã porque
nem sempre é fácil encontrar uma cafeteria que sirva café da manhã
sem glúten, especialmente em cidades pequenas. Quando saio para
passear logo cedo, levo algumas coisinhas na bolsa, como frutos
secos, barra de cereal ou biscoitinhos. E água, sempre!
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abobrinha, ou sardinha - para quem gosta - ou que for. Adoro
marmitar esses lanches em locais públicos, com vistas bonitas, como
sentada numa praça ou na praia!
Uma dica para quem se preocupa com esta questão é, antes de iniciar
a viagem, procurar uma nutricionista(o) para ajudar a pensar num
plano alimentar voltado para esta finalidade! Eu nunca o fiz, mas é
uma proposta curiosa para as futuras viagens!
Bom, esta é a minha experiência! Quero lembrar que cada pessoa tem
uma forma diferente de se preparar e de se organizar de acordo com
as suas necessidade, hábitos e costumes. O que serve para mim nem
sempre servirá ao outro, e vice-versa. Por isso, tudo deve ser
avaliado e ponderado. Minha intenção é compartilhar minhas
vivências como forma de contribuir e ajudar aquelas(os) celíacas(os)
que, assim como eu, são mochileiras(o) ou têm intenção de sê-lo um
dia! Acredito que o compartilhamento de informação gera
conhecimento, que gera uma rede de apoio e auxílio, que gera
inclusão e empatia!
Viajemos, sempre que possível, seja perto ou longe! Mas não deixemos
que a Doença Celíaca nos impeça de viver!
Abraço grande,
Andrezza Conde
@recantodaceliaca
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MINHAS VIAGENS GLUTEN FREE
Quem me segue há mais tempo no Instagram (@recantodaceliaca) pôde
acompanhar as viagens que realizei ao longo dos últimos anos, pois
costumo publicar as dicas sem glúten daquilo que vou conhecendo
pelo caminho.
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COMER FORA É ÓTIMO...
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...E MARMITAR TAMBÉM!
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FICHA TÉCNICA
Viagens de Mochila. Guia prático de como viajar sem glúten de
maneira econômica sendo celíaca(o)
Layout: Canva
@recantodaceliaca
Blog: http://recantodaceliaca.blogspot.com
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