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SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

Cidades sustentáveis - Responsabilidade


socioambiental: aspectos/pilares da
Educação Ambiental
Cidades sustentáveis -
responsabilidade Socioambiental
6h
SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE: CIDADES SUSTENTÁVEIS - RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
Copyright © 2021 Centro de Integração Empresa Escola – CIEE

Coordenação Geral do Projeto: Elaine de Souza Bancalá


Comitê Pedagógico do Projeto: Aline Angelica Mariano Alves, Adnora Rodrigues de Oliveira,
Cristiana Pinheiro Torquato do Rego, Danielle Bueno Rodenas P. Martins, Gabriela Tozeti
Velasques, Roseana da Silva A. Alburquerque, Lilian Catarina dos Santos, Sandra Vanessa
Rodrigues Boaro e Vanessa Mezzette da Costa Nobrega
Revisão: Ana Lídia Gonçalves Medeiros
Designer Gráfico: Francisco Levra
Diagramação: Priscila Cardoso
Designer Instrucional: Sabina Albuquerque da Costa
Projeto Gráfico: Francisco Levra
Identidade Visual: Equipe de Comunicação do CIEE/SP
Imagem de Capa: Hiraman/iStockphoto

C511c Centro de Integração Empresa Escola – CIEE.


Cidades sustentáveis: responsabilidade socioambiental [recurso eletrônico] /
Centro de Integração Empresa Escola. – São Paulo : CIEE, 2021.
60 p. : il. color. ; PDF ; 6,0 MB. – (Série Jovem Aprendiz CIEE ; 6 hs)
ISBN: 978-65-89812-16-6
1. Meio ambiente. 2. Sustentabilidade. 3. Qualidade de vida.
4. Sustentabilidade. I. Título. II. Série.
CDU 658:36

Índice para catálogo sistematizado: 1. Sustentabilidade. 2. Meio ambiente. 658:36


Catalogação elaborada por Rubia Cruz Barbosa CRB 8/4790

Este material foi desenvolvido pela equipe interna do CIEE, com o objetivo de oferecer
subsídios pedagógicos para o instrutor de aprendizagem, voltados ao fazer docente
no tocante à realização das oficinas de aprendizagem, antes, durante e depois das
capacitações teóricas. As atividades e textos foram pesquisados e, restando, nos casos
necessários, identificado cada autor para os fins desta divulgação. Solicitamos, a exemplo
de outros materiais produzidos pelo CIEE, encarecidamente, que se os criadores desses
conteúdos identificarem suas obras sem a correta identificação da fonte, favor nos
contatar para os devidos ajustes: conteudos.aprendizciee@ciee.ong.br

Direitos autorais reservados desta edição:


Centro de Integração Empresa Escola CIEE
Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi
04533-011 - São Paulo/SP
GRANDE TEMA SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

TEMÁTICA Cidades sustentáveis -


Responsabilidade socioambiental:
aspectos/pilares da Educação
Ambiental
OFICINA Cidades sustentáveis -
responsabilidade Socioambiental
DURAÇÃO 6h

2021
AGRADECIMENTOS

Agradecemos todos os colaboradores do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE ,


elencados abaixo, pela colaboração intelectual nas produções de conteúdos do Programa
Jovem Aprendiz CIEE, contribuindo de maneira imensurável com pesquisas, escritas,
compilações, validações, releituras e discussões para o resultado final, materializadanas
oficinas de capacitação do Ciclo Formativo Global São eles, em ordem alfabética:

Mínimo: Mínimo:

Alessandra C. P. Alves Euniceneia A. de S. Muniz Larissa A. Nunes


Alexandre da S. Melo Ezequiel de A. C. Silva Leticia C. Falbo
150 px 150 px
Aline M. Ribeiro Fabiana S. R. de Jesus Letícia D. de Lima
Amanda de O. Honigmann Fábio Ferro Ligia F. de Andrade
Amilton F. Borges Souza Fabrícia H. dos Santos Lorraine Fernandes
Ana Laura Miranda Fernanda dos S. Almeida Luciana A. de A. Pereira
Ana Luísa Bizelli Fernanda M. R. Teberges Luis F. A. P. de Barros
Ana T. M. Temoteo Santos Flávia Gomes da Silva Luis O. Mongelli
Anderson H. Gomes Francine T. R. Freire Marcelo M. Silva
Andrea S. A. de Oliveira Francisco J. do Nascimento Maria C. B. Z. Barbosa
Angelica de Sá Santos Gabriela C. Bastos Mariane N. de Souza
Beatriz Rodrigues Giovana F. P. da Silva Mirela H. Legramandi
Bianca A. de Moura Giovanna Z. A. Stelin Miriam A. da Silva
Bruna D. da Silva A. Borges Gislaine S. da Silva Miriam Cardoso
Bruno Leite Texeira Glaucia M. de Oliveira Mirian C. C. Donel
Carolina S. Nascimento Gleice F. Ramos Nagila R. Bottini
Cátia R. dos S. Ferreira Henrique W. de J. Silva Paula L. do N. Silva
Cláudia M. dos Santos Irakmaria da C. Vieira Priscila L. E Silva
Daniela do Canto Santos Jaciara A. Oliveira Rafael V. Santiago
Danielle N. Guimarães Jaiane F. de Souza Raphael S. de O. Lima
Danilo M. Oliveira Janaína A. de O. Matos Rayane de S. Barros
David W. N. Nepomuceno Jessica D. Rocha Renata A. Alves
Denise C. A. da Silva Jéssika de M. Ramos Rosane A. Bertsch
Druscila Barbosa Aguiar João L. P. Lins da Silva Sara C. Barbosa
Edilene Pereira Reis Josiane M. de Lima Sara J. dos S. C. Oliveira
Élen Tamires de Almeida Joyce F. S.a da Costa Suzicler P. Preto
Eliane da Silva A. Galvão Jozilene S. Marks Tatiana S. C. Yanaguita
Elisa de Oliveira Rodrigues Juliana A. de A. Oliveira Thais C. Rocha
Elizangela Felisardo Pinto Julianize de F. Myjnyk Viviane N. de C. Esteves
Eni Wenzel Karen C. P. dos Santos Vladmir F. Junior
Erik Klemmer G. Pantoja Kelly M. R. Souza Silva William A. Nogueira

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APRESENTAÇÃO

Este material, chamado de “Diário de Bordo", foi desenvolvido pela equipe pedagó-
gica do Programa Aprendiz CIEE com objetivo de orientar e guiar as atividades didáti-
cas nas salas de capacitação de aprendiz, instrumentalizar e orientar com diretrizes
relativas ao “fazer e saber docente”.
Mínimo: Mínimo:
A oficina a seguir foi criada com atividades planejadas e estruturadas para a
carga-horária da capacitação teórica, contemplando todas as fases da engrenagem
didática e ainda contando com nossa Caixa de Ferramentas.
Instrutor: é de suma importância seu planejamento prévio para a oficina que você
irá trabalhar com foco no desenvolvimento
150 px do aprendiz pertencente a esse Programa. 150 px
Fique atento que ao estudar as estratégias de ensinagem dispostas para esse tema,
você terá autonomia para adequar dentro dessa oficina, a melhor estratégia de en-
sinagem dentro da realidade da sua turma. Essa liberdade pedagógica lhe permitirá
a oferta das melhores possibilidades e que respeita as características do aprendiz,
da turma e do ritmo de aprendizagem deles.
Para essa oficina, fique à vontade para incrementar a Engrenagem Didática com a
diversidade de materiais que trouxemos para vocês, considerando sempre os princípios
pedagógicos deste Programa: estratégias de ensinagem, metodologias participativas,
modelo andragógico e a abordagem sociointeracionista.
Cada oficina reflete um trabalho realizado por várias mãos e você também tem a
liberdade de contribuir com novas estratégias de ensinagem que poderão ser envia-
das através do Repositório de Conteúdos e utilizadas após refinamento pedagógico.
Sendo assim, desejamos mais uma rica experiência entre ensinante e aprendente
e que seja construída com base no eixo construtor das relações que é o trabalho.
Trabalho este transformador, que muda vidas, altera positivamente realidades, traz
a concretização de um futuro melhor para o jovem por meio da educação.
E você instrutor, é peça fundamental nesse processo criativo, vivo, dinâmico, or-
questrado pelas suas habilidades e capacidades, tornando-o líder do processo de
ensinagem, em constante movimento.
Simbora para o rolê pedagógico de hoje?

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ARQUITETURA PEDAGÓGICA

Check List para seu Planejamento e sua Prática em Sala


Você está na oficina Cidades sustentáveis que aborda conceitos sobre importância
do meio ambiente em nossas vidas e quais atitudes devemos ter para transformar
e desenvolver as cidades para serem sustentáveis preservando os recursos naturais.
• Pense na turma para qual vai planejar essa oficina! Pensou? Quais as carac-
Mínimo:
terísticas dessa galera? Turma maior? Turma menor? E a sala de capacitação: Mínimo:
tamanho, disposição de cadeiras, ambiente? Excelente, com esse desenho em
sua mente, agora sim, vamos iniciar a construção depois desse desenho em sua
mente, vamos à personalização das estratégias e da sua condução junto à turma!
• Já leu o quadro
150síntese?
px Explorou o que essa tem para te oferecer? Percebeu as 150 px
palavras-chave, os objetivos, os nomes das estratégias de ensinagem?
• Antes de abrir a caixa de ferramentas, analise quais estratégias de ensinagem po-
dem ser levadas para sua oficina, como elas estão dispostas dentro da temática.
• Muito bom: agora abra sua caixa de ferramentas, investigue se será necessário
lançar mão de alguma dessas estratégias. Se sim, já idealize qual!
• Feito isso: parabéns! Você já arquitetou sua oficina, explorou as ferramentas
dispostas tanto aqui no Diário de Bordo e no Repositório de Conteúdos.
• Agora é separar tudo o que você precisa para cada fase, estudar cada detalhe,
buscar os insumos necessários.
Essa fase é fundamental para o exercício de sua autonomia com o uso deste
material e figura de suma importância nessa metodologia. Construir sua autoridade
docente e sua prática pedagógica, também se faz todo dia!
Boa capacitação teórica!

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SUMÁRIO

QUADRO SÍNTESE.........................................................7 O QUE ACHOU? .......................................................... 25


Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: NA PRÁTICA!............................................................... 27
Qual a manchete?...............................................................8 Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação:
Fundamentação.................................................................10 Aprenda, Reflita e Pratique!........................................27
Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: MAPA MENTAL...........................................................28
O que é fundamental?. Mínimo:
................................................... 10 MÃOS À OBRA!...........................................................29 Mínimo:
MÃOS À OBRA!............................................................12 Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação:
Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Projeto cidade sustentável......................................... 29
Café Mundial ........................................................................12 Fundamentação................................................................42
Fundamentação.................................................................14 Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação:
Estratégia de Ensinagem 2150 px
e Fundamentação: Empresa na Prática......................................................... 42 150 px
Conheça a Permacultura e os seus principais Fundamentação................................................................43
conceitos................................................................................. 14 Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação:
Fundamentação.................................................................18 Grafite......................................................................................43
Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: Fundamentação................................................................44
Responsabilidade social ............................................... 18 FAZ SENTIDO!.............................................................45
Fundamentação.................................................................19 Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação:
FAZ SENTIDO!..............................................................19 Passa ou repassa ............................................................ 45
Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Fundamentação................................................................46
Consequências do crescimento desordenado Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação:
das cidades ......................................................................... 20 Quiz Responsabilidade Socioambiental...............46
Fundamentação................................................................ 22 Fundamentação................................................................48
Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação:
TikTok /Reels na aprendizagem................................22 Revista sobre o Meio Ambiente...............................48
Fundamentação................................................................24 Fundamentação................................................................49
Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: MAPA DA OFICINA.....................................................50
Scrapbook Da Sustentabilidade e REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................51
Meio Ambiente................................................................... 24
Fundamentação................................................................25

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OFICINA DE APRENDIZAGEM -
CIDADES SUSTENTÁVEIS - RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL - 6h
Quadro Síntese
Grande Tema: Sustentabilidade e Meio Ambiente

Temática: Cidades sustentáveis - Responsabilidade socioambiental: aspectos/pilares da


Educação Ambiental
Mínimo: Mínimo:
Oficina: Cidades sustentáveis - responsabilidade Socioambiental

As 3 palavras- Expectativas de
Objetivos Conteúdos
-chave aprendizagem
150 px 150 px
Enfatizar a importância • Cidades • Cidades Ao final desta oficina
da preservação ambiental sustentáveis; sustentáveis; espera-se que o
e desenvolvimento
sustentável das cidades para
• Problemas do • Desenvolvimento aprendiz compreenda
sobre a importância do
crescimento sustentável;
manutenção dos recursos
do nosso planeta e para
desordenado das
cidades;
• Qualidade de desenvolvimento de cidades
que não causem prejuízos ao
vida.
promoção da qualidade de
vida para todos os seus
• Desenvolvimento meio ambiente. E que faça
a correlação dos conceitos
sustentável;
habitantes. apreendidos em sua vida
Suscitar ao aprendiz
• Permacultura. pessoal e profissional.Que
um ambiente de • Artigo 225 da ele possa ter capacidade
aprendizagem com a Constituição de reconhecimento, análise
promoção de mudanças de República e amplitude de visão sobre
comportamentos. Federativa - a importância de manter e
Parágrafos: 1o restabelecer o equilíbrio no
Articular discussões e
a 7o meio ambiente e fortalecendo
reflexões a respeito de
a responsabilidade social;
direitos e deveres vinculados
à responsabilidade social e Refinar sua percepção,
ao meio ambiente. escuta e opinião sobre os
princípios de ser sustentável
Fortalecer possíveis ações e
em consonância com as setes
decisões de soluções para
alíneas do art.255 da CF.
preservar o meio ambiente
por meio da responsabilidade
socioambiental.

Duração: 30 minutos.
Descrição
Com esta oficina, espera-se que o aprendiz compreenda os conceitos con-
templados nas temáticas que serão aqui difundidas: Cidades Sustentáveis e
Responsabilidade Socioambiental. Estimamos que esses sejam significativos para
a sua vida pessoal e profissional e, consequentemente, possamos estimulá-lo a
desenvolver atitudes em prol da vida no nosso planeta. Que compreenda sobre a

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importância do desenvolvimento de cidades que não causem prejuízos ao meio
ambiente, reconhecendo como o meio ambiente é de fundamental importância
para o nosso presente e futuro. Julgamos ser importante que ele possa ter capa-
cidade de reconhecimento, análise e amplitude de visão sobre manter e, se for o
caso, restabelecer o equilíbrio no meio ambiente proporcionando direito humano
e fortalecendo a responsabilidade social e refinar sua percepção, escuta e opinião
sobre os princípios de ser sustentável em consonância com o art.255 da CF.
Inicialmente receba os aprendizes, dando-lhes as boas-vindas, preparando-os
para as experiências que serão vividas neste dia. Os conceitos aqui discutidos
fazem parte do grande tema Sustentabilidade e Meio Ambiente. Você será res-
ponsável em conduzir as dinâmicas a seguir, as quais têm por intuito aproximar
os aprendizes com a temática de hoje, e assim começarmos o dia promovendo
um espaço rico de aprendizagens múltiplas.

Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Qual a manchete?

Instrutor, iniciaremos esta oficina levando os apren-


dizes a tentarem desvendar uma das nossas temáticas,
hoje. Baseados na leitura de um texto, unirão os conceitos
trazidos nele. Na sequência farão a especulação do seu
provável título.

Trazemos como sugestão o texto abaixo, e na atividade para o aprendiz, mencio-


namos que ele trata-se de uma notícia. Você pode através de um projetor promover
um momento de leitura compartilhada. Observe e incentive a participação de todos.
Aprendiz, partindo do texto abaixo, imagine-se fazendo a leitura de uma notí-
cia. Considere que houve um equívoco por parte da redação, e a manchete não
foi informada. Para que possamos identificar essa notícia, que manchete você
daria a ela?

Qual a manchete?
Fonte do texto/notícia: Cases de sucesso ambiental: as cidades que mudaram sua realidade.
BH Recicla, 04 jun. 2019. Disponível em: <https://bhrecicla.com.br/blog/cases-de-sucesso-am-
biental-as-cidades-que-mudaram-sua-realidade/>. Acesso em: ago. 2020. ( Adaptado por Joyce
Costa.)
“______________________________________________________________________________________”

1. Reykjavik
Essa cidade com nome difícil de pronunciar é a capital da Islândia, sendo o co-
ração da atividade econômica deste país nórdico. Isso não a impediu de ser 100%
abastecida por energia limpa. A rede de energia elétrica de Reykjavik tem fonte
geotérmica, aproveitando os vulcões existentes na região. Se você está pensando
“ah, legal, mas no Brasil não tem vulcão”, lembre-se de que nosso potencial eólico
é crescente e que, portanto, também temos fontes de energia limpa disponíveis.
Reykjavik é considerada a capital mais verde do mundo e a Islândia não se contenta
com isso. O país investe no uso de hidrogênio como fonte energética - que pode
abastecer carros - e inaugurou, em 2019, sua terceira estação de abastecimento.

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2. Copenhague
A capital Copenhague é a maior cidade da Dinamarca e possui um sistema de
transporte público de qualidade. Como você já sabe, reduzir o número de veículos
em circulação contribui também para a redução da poluição do ar e o planeta
agradece! Além disso, Copenhague também apostou no poder do uso de veícu-
los alternativos. Por isso, criou um programa de bicicletas urbanas gratuito para
incentivar a mudança de comportamentos por parte de seus cidadãos.
3. São Francisco
São Francisco é a 13a cidade mais populosa dos Estados Unidos e adotou uma
série de medidas importantes. Veja só:
• primeira cidade americana a banir o uso de sacolas de plástico;
• aposta nas bicicletas como transporte alternativo;
• transporte público de qualidade;
• uso de painéis de energia em prédios públicos e edificações seguindo padrões
energeticamente eficientes;
• conservação das áreas verdes;
4. Singapura
Tem 10% de suas terras destinadas para parques e reservas naturais. O inte-
ressante é que, ainda na década de 1960, Singapura era suja e poluída. Não tinha
nem mesmo um sistema de saneamento adequado. Além disso, passou por um
processo de industrialização que complicou ainda mais a situação, do ponto de
vista ambiental. Em 2015, foi lançado o Sustainable Singapore Blueprint que es-
tabeleceu objetivos de desenvolvimento sustentável a serem adotados até 2030.
E por estar colocando-os em prática, a cidade é um modelo para muitas outras.
Um dos exemplos de ações verdes está relacionado ao fato de que Singapura
tem a maior instalação para o processamento de resíduos alimentares da Ásia.
A matéria orgânica é composta e transformada em fertilizantes e em energia.
5. Curitiba
Por lá, a maioria da população utiliza o transporte público, o que faz com que
o índice de emissão de dióxido de carbono, per capita, seja baixo. Além disso, há
cerca de 64,5m2 de área verde por habitante, além de dezenas de espaços de
preservação. O investimento em educação ambiental feito em Curitiba também
pode servir de inspiração para as demais cidades de nosso país.
Após a leitura, baseados na dinâmica PENSE-PARE-COMPARTILHE*, os aprendizes
trabalharão juntos, em pares ou grupos, para responder qual seria a manchete
dessa notícia que traz como exemplo 5 cidades sustentáveis.
Para isso, divida este momento em três fases, sendo elas:
1a) PENSE: peça aos jovens que individualmente pensem na resposta à pergunta,
podendo fazer pequenas anotações no caderno;
2a) PARE: em seguida devem discutir, em pares ou pequenos grupos, rapidamen-
te, as respostas dadas individualmente e chegar a um consenso, estabelecendo
uma única resposta;
3a) COMPARTILHE: um aprendiz de cada par/grupo compartilha com a sala a
resposta à qual a chegaram a conclusão, faça os registros no quadro. Feito isso,

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agora é a hora de escolher apenas uma sugestão que resume a temática que mais
se aproxima de “cidades sustentáveis”. Para isso você será como uma espécie de
guia, fornecendo-lhes pistas para ajudá-los nesta identificação.
Fonte: Guia pedagógico de referência rápida coleção de estratégias/metodologias de ensino
coleção de avaliações formativas. Laureate International Universities. Disponível em: <https://
docplayer.com.br/83000633-Guia-pedagogico-de-referencia-rapida-colecao-de-estrategias-meto-
dologias-de-ensino-colecao-de-avaliacoes-formativas.html>. Acesso em: ago. 2020.
Na sequência apresente o conceito desse tema a partir dos slides disponíveis
no arquivo [SUST_CidadesSustentáveisSlides_Instrutor.pdf]:

Cidades sustentáveis

CIDADES SUSTENTÁVEIS Conceito


Uma cidade sustentável é uma cidade planejada considerando
os impactos socioambientais. Numa cidade sustentável o
modelo e a dinâmica de desenvolvimento, além dos padrões
de consumo, respeitam e cuidam dos recursos naturais e
das gerações futuras.
Hiraman/iStockphoto

Hiraman/iStockphoto

O principal objetivo de uma cidade sustentável é evitar o Uma cidade para ser considerada sustentável deve,por
esgotamento do meio ambiente e garantir sua permanência exemplo:
para gerações futuras. • Destinar corretamente e reaproveitar resíduos sólidos;
Como a maior parte da população mundial vive em zonas • Oferecer água de qualidade sem esgotar mananciais;
urbanas, as cidades se tornaram o centro de uma
• Reaproveitar a água da chuva;
série de problemas como, por exemplo, a poluição
e o desperdício de recursos naturais. • Criar e utilizar de fontes de energia renováveis;
Por esta razão, são os centros urbanos que • Ofertar transporte alternativo e de qualidade
devem se reinventar a fim de que o futuro das para a população;
próximas gerações esteja garantido e seja • Garantir opções de cultura e lazer.
melhor do que o mundo em que vivemos hoje.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/cidade-sustentavel/
adaptado por Joyce Costa Fonte: https://www.todamateria.com.br/cidade-sustentavel/
Hiraman/iStockphoto
Hiraman/iStockphoto

adaptado por Joyce Costa

Fundamentação
Através desta estratégia os aprendizes trabalharão de maneira colaborativa.
Com ela farão uso de habilidades como argumentação, capacidade de síntese,
pensamento crítico, espírito e trabalho em equipe para conhecer o conceito de
“Cidades Sustentáveis”.

Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: O que é


fundamental?
É muito importante a percepção de que, cada pessoa precisa ter condutas
cidadãs em prol do meio ambiente, pois a mesma percepção nos leva a repensar,
como empresa e como cidadão, qual é a nossa contribuição no que refere-se a
responsabilidade socioambiental hoje e quais consequências enfrentaremos no
nosso futuro.
Para essa reflexão é indispensável que uma auto análise trilhe e identifique
quais são as nossas escolhas tomadas diariamente, quais são nossos posiciona-
mentos diante de questões importantes e quais são as decisões que tomamos
hoje que influenciarão significativamente em nosso futuro.

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Para esse momento, objetivamos averiguar quais são os pensamentos dos
aprendizes, no que dificulta identificar e exercer a cidadania no meio em que se
vive alinhado à responsabilidade social e sustentabilidade nos dias atuais.

Instrutor, imprima e recorte previamente as letras do


alfabeto em anexo, e as coloque em um envelope ou em
uma caixa para sorteio e concretização da atividade.

Conforme o quantitativo de aprendizes em sua turma, organize alguns grupos.


Caso não seja possível, você pode realizar a atividade com a turma em círculo onde
individualmente cada um responde, ou em duplas, trios ou ainda grupos maiores.
Lance no quadro o seguinte questionamento:

O que é fundamental para que possamos exercer a cidadania ligada à


sustentabilidade nos dias atuais?

Todos os grupos deverão responder ao questionamento, porém antes de respon-


der, é necessário que seja retirada uma letra do envelope ou da caixa para iniciar
a atividade usando palavras com a letra sorteada. Em seguida solicite que seja
formada uma frase com esta mesma palavra respondendo ao questionamento.
Exemplo:
Letra R- Reciclar
Frase: “Reciclar é nos proteger de nossa própria devastação!”
Se ocorrer do grupo sortear uma letra e apresentar dificuldade na resposta,
flexibilize para que eles pensem em uma outra palavra que contenha essa letra
em qualquer ordem: no início, meio ou fim.
As mesmas frases devem ser utilizadas na promoção de reflexões sobre o tema.
Aproveite-as para corroborar e enriquecer o entendimento da turma por meio de
exemplos que devem ser levantados do cotidiano dos aprendizes na empresa e
em sua vida pessoal.
Fundamentação
Desenvolver atividades que alinham o lúdico à objetividades como respostas
advindas de uma determinada situação. Despertar no aprendiz duas habilidades
importantes e necessárias no mundo do trabalho e vida pessoal. A primeira é o de-
senvolvimento cognitivo preconizado pela interação divertida proposta. Brincando,
esse momento induz o aprendiz a desenvolver o raciocínio rápido e reflexões que
induzem aos atos. Segundo, de acordo com as respostas compartilhadas, nota-se
com precisão quais são os conhecimentos prévios e opiniões que cada um possui
sobre o tema. Por último e com total relevância, os resultados permitem pensar
de maneira metódica, como abordar o tema, adequando às características de
identidade da turma, contribuindo também para a construção de conhecimento.

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Duração: 140 minutos.
Descrição

Instrutor, nesta etapa da oficina objetiva-se que os


aprendizes atuem de maneira prática, como protagonis-
tas, proativos e criativos, para que assim, haja construção
coletiva de conhecimento. Você atuará como mediador
e facilitador, contribuindo para a efetivação do processo
de ensinagem. Aqui serão trabalhadas habilidades como:
relacionamento interpessoal, autonomia, gerenciamento
de tempo, planejamento, trabalho em equipe, tomada de
decisão, criatividade, liderança, comunicação, entre outros.

Com as temáticas de hoje, seus jovens conhecerão mais sobre conceitos rela-
cionados às práticas sustentáveis e de preservação.
Já trabalhamos com temas relacionados à cidadania, sustentabilidade e di-
versos assuntos que envolvem o meio ambiente, porém, não pontualmente com
uma ferramenta que além de ser muito presente no nosso cotidiano, também
possui critérios que regem orientações para todo o território nacional, a título de
informação, o artigo 255 da Constituição Federal, que prima, logo no seu preâmbulo
que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”
Nesse sentido, no contexto da Constituição Federal, a palavra que mais nos
chama atenção é “Direito”, que trabalharemos mais adiante. O artigo 255 é com-
posto por sete parágrafos, que asseguram a efetividade desse direito, incumbido
ao poder público. Para conhecimento, o artigo está em anexo.
Também trataremos de um assunto, que além de estar ligado diretamente ao
artigo mencionado, é um braço que auxilia na concretização do mesmo na concei-
tuação da responsabilidade social e ambiental, analisando dispositivos que tratam
do valor e relevância com efetividade no âmbito externo e interno das empresas.

Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Café Mundial


Esta é uma atividade muito utilizada para estimular a participação e criatividade
coletivamente. A dinâmica funciona da seguinte maneira:
Chamaremos de “mesa” cada agrupamento de aprendizes;
• Cada uma receberá uma temática, são elas:
• ÁGUAS NA CIDADE;
• ÁREAS VERDES URBANAS;
• PLANEJAMENTO DAS CIDADES;

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• QUALIDADE DO AR;
• RESÍDUOS SÓLIDOS;
• RESÍDUOS PERIGOSOS;
• URBANISMO SUSTENTÁVEL.
Essas temáticas são áreas a serem levadas em consideração, sugeridas pelo
Ministério do Meio Ambiente, como “partes” fundamentais para constituição de
Cidades Sustentáveis.
• Com isso, teremos a formação de 7 mesas que serão abastecidas com ma-
teriais como: flip chart, folha de papel A3 ou cartolina grande, canetinhas e
post its;
• Baseada no tema recebido, cada mesa vai responder ao seguinte questio-
namento: “Quais soluções relacionadas a este tema seriam possíveis para
tornar sua cidade uma cidade sustentável?”;
• Escolhe-se livremente um “anfitrião” para cada mesa, que permanecerá fixo
enquanto os outros irão trocar de grupo livremente. Cada rodada pode durar
em torno de 5 minutos para que os aprendizes se assentem, discutam e
registrem as ideias que surgirem;
• Este anfitrião terá o papel de atualizar os novos visitantes do grupo sobre
as ideias da rodada anterior, e para isso registar as informações é essencial.
• Como sugere esta dinâmica, a participação de todos é fundamental. Para que
isso aconteça, devemos ter o número de rodadas de acordo com a quantida-
de de mesas, para que seus aprendizes visitem e participem de todas elas;
• Todas as pessoas (não só o anfitrião) são incentivadas a escrever, desenhar
e rabiscar as ideias no decorrer das conversas;
• Com o término de cada rodada, o anfitrião permanece na mesa e os demais
são convidados a mudar aleatoriamente de mesa.
Observe se os jovens estarão realizando a troca de mesas e envolvendo-se;
• Ao chegarem os novos visitantes na mesa, o anfitrião relata brevemente
os principais assuntos tratados na rodada anterior e questiona sobre que
sugestões têm a fornecer neste novo ciclo;
• Ao final, todos formam um grande círculo, pois é chegada a hora da apresen-
tação das ideias encontradas em cada mesa. Essa apresentação será feita
pelos anfitriões, mas a participação de todos é fundamental;
• Além disso, é importante que os aprendizes relatem o que acharam da dinâ-
mica que acabaram de participar.
Fonte: SCRAMIN, Paula Manzotti. Como facilitar um World Café? Medium, 29 jan. 2017. Dispo-
nível em: <https://medium.com/@paulamanzottiscramin/como-facilitar-um-world-caf%C3%A9-
-b44a1a2ff336>. Acesso em: ago. 2020.( Adaptada por Joyce Costa)

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Instrutor, é importante relacionar o que realizaram nes-
te momento com o que acontece no mundo “lá fora”. Abra
um espaço de debate, para que seus aprendizes falem
sobre como acham que seria a vida em sociedade se fosse
permitida a participação de todos nas tomadas de decisão
na vida coletiva. Se a população fosse mais participativa e
tivesse mais espaços de atuação, como seria o mundo que
vivemos hoje?

Fundamentação
Com esse momento promovemos um espaço democrático de discussões, onde
todos trabalham habilidades como atitude reflexiva, capacidade de síntese, cria-
tividade, trabalho em equipe, dentre outras.

Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: Conheça a


Permacultura e os seus principais conceitos

Instrutor, nesta estratégia vamos conhecer a Perma-


cultura. Ela consiste em seguir um estilo de vida que se
mantenha em equilíbrio com a conservação e preservação
do meio ambiente, sem gerar impactos negativos à vida
do nosso planeta.

Propomos a distribuição do texto abaixo para seus aprendizes dispostos em


grupos. Na sequência, vamos pensar como atividade nesta estratégia.

Conheça a permacultura e os seus principais conceitos


Um sistema em que o habitante, a moradia e o meio ambiente estão integrados
em um mesmo organismo vivo
Vivemos em uma época em que o sistema de produção é a base da sociedade.
E nele, o consumo é o principal pilar. Esse sistema garante o crescimento eco-
nômico e a produção de bens para satisfazer necessidades de uma parcela dos
habitantes do planeta. No entanto, a maneira encontrada para alcançar esses
objetivos envolveu a utilização desenfreada dos recursos disponíveis na Terra.
Como esses recursos são finitos, o modo como os utilizamos está em crise, po-
dendo até resultar no esgotamento desses recursos.
A base do consumo são os alimentos que, de maneira geral, são produzidos com
fertilizantes e pesticidas que são muito prejudiciais não só aos que se alimentam
das safras, mas ao terreno e à biodiversidade, ou seja, todo e qualquer tipo de
ser vivo do entorno. Práticas como a captação de água da chuva, a reciclagem de
materiais, a manutenção do ciclo natural dos alimentos, o uso de energia oriunda
de fontes limpas e renováveis, e o reaproveitamento de tudo o que for possível
passam longe do modelo padrão de produção de alimentos, mas são a base da
permacultura.

14
O que é a permacultura?
Ela pode ser tanto um método, como uma filosofia de vida, em que as necessidades humanas
estão ligadas a soluções sustentáveis, sempre levando em consideração o equilíbrio entre os ecos-
sistemas e o respeito ao próximo.
O criador desse conceito é o australiano e professor universitário Bill Mollison, que teve auxílio do
então estudante David Holmgren. Na década de 70, percebendo que os recursos naturais da região
em que moravam estavam acabando, eles resolveram criar um modelo de trabalho e desenvolvi-
mento em que a agricultura, ligada às atividades humanas e sempre integrada ao meio ambiente,
produzisse recursos suficientes e de forma não predatória. Por isso, no início, o conceito era chamado
de agricultura permanente. Com o passar dos anos, o termo foi alterado para cultura permanente,
cuja abreviação é permacultura.
Essa é uma metodologia de trabalho que, de acordo com os idealizadores, estimula o desenvolvi-
mento sustentável aliado a um ambiente produtivo nas áreas rural e urbana. Trata-se de um sistema
em que o habitante, a moradia e o meio ambiente estão integrados em um mesmo organismo vivo.

Ecovila
A ecovila é o local de integração de todos os elementos citados anteriormente e tem a autossus-
tentação (capacidade de sustentar-se sozinha) como principal objetivo. A partir disso, entram em
cena certos pilares básicos, como o cuidado com a terra, para que ela seja saudável e os sistemas
de vida se multipliquem; cuidado com as pessoas, com o intuito de que todas possam ter acesso aos
recursos necessários para sua existência; e a partilha justa dos excedentes, como o dinheiro, tempo
e a energia para poder alcançar os objetivos das outras duas éticas.
Além dos pilares, a permacultura segue 12 princípios para se tornar uma filosofia de vida: observe
e interaja; capte e armazene a energia; obtenha um rendimento; pratique a autorregulação e aceite
retorno; use e valorize os serviços e recursos renováveis; produza e não desperdice; desenhe partindo
de padrões para chegar a detalhes, integre ao invés de segregar; use soluções pequenas e lentas;
use e valorize a diversidade; utilize caminhos paralelos e ideias criativas e responda à mudança com
criatividade.
A ideia deu certo, proporcionou alimentos mais saudáveis e uma relação mais justa com a natu-
reza. Como consequência, o modelo cresceu e se expandiu por vários países. No Brasil, foram criados
diversos institutos que aplicam esses princípios. Os mais conhecidos são o Instituto de Permacultura
e Ecovilas do Cerrado (IPEC) e o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica.
Fonte: Conheça a permacultura. Ecycle. Disponível em:<https://www.ecycle.com.br/1430-permacultura>. Acesso em:
ago. 2020.

Conceitos de bioconstrução
O conceito de Bioconstrução engloba diversas técnicas da arquitetura vernacular mundial, que
consiste em um tipo de arquitetura adequada ao ambiente. Algumas dessas técnicas possuem
centenas de anos de história e experiência, tendo como característica a preferência por materiais
do local, como a terra, diminuindo gastos com fabricação e transporte e construindo habitações com
custo reduzido e que oferecem excelente conforto térmico (SOARES, 1998).
São geralmente técnicas simples que qualquer pessoa é capaz de fazer, coordenada ou não por
profissionais, permitindo assim de serem chamadas técnicas de autoconstrução. Assim, elas incluem
grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de
soluções ecológicas pontuais adaptadas a cada caso.
As bioconstruções são um elemento importantíssimo da Permacultura, buscando a integração das
unidades construídas com o seu ambiente, segundo o design permacultural estabelecido na área.

15
Deste modo, a bioconstrução busca desde o planejamento, execução e utilização,
o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis com o mínimo impacto.
Algumas das técnicas de bioconstrução são:
• Terra: Pau-a-pique, Adobe, SuperAdobe, Cob, Taipa de pilão, Solocimento,
Ferrosolocimento;
• Fibras renováveis: Palha, Fardo Palha, Bambu;
• Coberturas vegetais;
• Ecossaneamento: Círculo de Bananeiras, Bacia de Evapotranspiração;
• Mosaicos: reutilizando materiais disponíveis.
Fonte: CJ, Cláudio. Conceitos de bioconstrução. Ipoema Instituto de Permacultura, 2018. Dispo-
nível em:< https://ipoema.org.br/conceitos-de-bioconstrucao/>. Acesso em: ago. 2020. ( Adaptado
por Joyce Costa)

8 dicas para uma arquitetura de baixo impacto:


1. Aproveitar a água de chuva;
2. Tratar o esgoto no próprio quintal;
3. Utilizar recursos de captação de energia solar;
4. Se integrar positivamente ao terreno e a paisagem;
5. Utilizar artifícios para aproveitamento da luminosidade natural;
6. Aproveitar circulação natural dos ventos;
7. Ter um ótimo conforto térmico;
8. Reciclar resíduos orgânicos no próprio terreno.
Fonte: CJ, Cláudio. 8 dicas para uma arquitetura de baixo impacto. Ipoema Instituto de Per-
macultura. Disponível em:<https://ipoema.org.br/8-dicas-para-uma-arquitetura-de-baixo-impacto-
-infografico/>. Acesso em: ago. 2020.

7 técnicas de bioconstrução para fazer uma casa ecológica


Por princípio, a bioconstrução se utiliza de recursos naturais presentes no local
da obra. No caso do Brasil, na maioria das regiões, com exceção de regiões ama-
zônicas, o recurso local mais abundante e tecnicamente propício para se construir
nesses territórios é a terra, o solo do próprio terreno ou proximidades.
As construções de barro ou terra crua, vem dos antepassados e estão presentes
em diversos lugares do mundo. Os dados variam entre 30 e 60% da população
mundial vivendo em casas de terra ainda nos dias de hoje. Conheça a seguir 7
técnicas de construção com terra crua:
1. Pau a pique ou casa de taipa
A tradicional técnica do norte e nordeste brasileiros usa uma terra argilosa
com pelo menos 40% de argila. A massa de terra bem molhada, mas não a ponto
de virar lama, é colocada manualmente numa espécie de estrado vertical, ou um
gradeado, feito com varas, galhos ou cipós grossos, encontrados nas redondezas
da obra, previamente armados na linha das paredes.
2. Cob
Usa uma terra com até 40 a 50% de argila, acima disso é necessário acrescentar
um pouco de areia. Consiste numa massa feita da mistura de terra com palha
seca. Sua aplicação é como se fosse uma massa de modelar, na qual você já vai

16
aplicando na linha da parede, diretamente sobre o chão, sem o gradeado do pau
a pique, nem qualquer outro tipo de forma ou escora. Quando está seca se torna
uma estrutura bastante resistente.
3. Adobe
O adobe é tradicional da região centro oeste e sudeste do Brasil, são os tijolos
feitos de terra. Usa o mesmo tipo de terra do pau a pique, porém são produzidos
os tijolos antes de serem usados nas paredes. A massa de terra é aplicada dentro
de uma forma retangular com o tamanho do tijolo desejado. Após preenchimento
da forma ela é imediatamente retirada e aquele tijolo mole fica secando por cerca
de 15 dias. Depois de seco, basta retirar o tijolo e usá-lo nas paredes. O assen-
tamento dos tijolos normalmente é feito com a mesma massa que foram feitos.
4. Superadobe
É uma técnica de terra ensacada, pode usar praticamente qualquer tipo de solo
que esteja disponível no terreno, inclusive solos cascalhentos, desde que contenha
uma parte de argila ou silte (fragmento de minerais menor que grãos de areia).
A massa é feita com a terra local umedecida até o ponto de parecer uma “fa-
rofa”, que é colocada dentro de sacos de ráfia (fibra têxtil de palmeira) que vão
sendo alinhados formando as paredes. É uma técnica com altíssima capacidade
estrutural, podendo ser usada como parede autoportante, isto é, receber o peso
de um telhado, por exemplo.
5. Hiperadobe
É uma variação do superadobe que utiliza um saco vazado, feito com material
plástico em forma de tela. Sua vantagem é que a espessura final da parede é
menor, economizando trabalho e terra, e que pelo saco ser vazado, a execução
do reboco é mais fácil do que no superadobe.
6. Taipa de Pilão
Outra técnica ancestral recorrente ao redor do mundo. Consiste na construção
das paredes utilizando-se de uma forma feita com tábuas, madeirites ou chapa
metálicas, dispostas paralelamente entre si e presas aos pilares da obra. Esta
espécie de caixa comprida vai sendo preenchida com a massa de terra pura ou
misturada com palha seca que depois é pilada com um pilão manual que com-
pacta a terra até virar um monolito. Após o preenchimento completo desta fiada,
move-se a forma para cima e repete-se o procedimento.
7. Tijolo de solo-cimento
A técnica do solo-cimento vem de uma mistura de 10 partes de terra para 1
parte de cimento. Essa quantidade de cimento, aliada ao procedimento de pren-
sagem, feito numa máquina semi manual na qual o operador adiciona a mistura
de terra e cimento e movimenta uma alavanca que propicia a compactação da
massa na forma dos tijolos. Após isso, basta secar por sete dias e obtém-se um
tijolo semelhante ao tijolinho maciço de cerâmica, muito utilizado em paredes de
tijolos aparentes.
Fonte: CJ, Cláudio. 7 técnicas de bioconstrução para fazer uma casa ecológica. Ipoema Insti-
tuto de Permacultura. Disponível em:<https://ipoema.org.br/7-tecnicas-de-bioconstrucao-para-
-fazer-uma-casa-ecologica/>. Acesso em: ago. 2020.

17
Instrutor, após a leitura desse material, proponha aos
seus aprendizes que planejem a construção de habitações
baseadas nos conceitos destes textos. Eles precisam fazer
os desenhos dessas construções, então para isso forneça-
-lhes material para essa produção. Ao final, apresentarão
estes projetos e, nesse momento, eles precisam justificar
a escolha das técnicas e modelos optados em suas pro-
postas de moradia.

Fundamentação
A criação destas construções exigirá que seus jovens coloquem em prática apti-
dões como criatividade, comunicação, objetividade, organização, atitude reflexiva,
imaginação, dentre outros.

Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: Responsabilidade


social
Algo sublime e necessário para manutenção e preservação do meio ambiente
está na responsabilidade socioambiental que envolve, de maneira ética, trans-
parente e responsável, ações estratégicas das empresas, que alcança, cuida e
beneficia o ambiente interno e externo à organização, envolvendo comunidade
e todos os demais autores envolvidos, usando recursos que abarcam atitudes,
práticas, políticas, projetos sociais e metodologias, todos ambicionando o bem
em comum e a inclusão social.
Para este momento é pertinente que os aprendizes se familiarizem com a
caracterização incorporada ao significado de responsabilidade socioambiental e
que eles possam também, a partir daqui, ter uma visão mais clara para identificar
e analisar o quanto a aplicação da responsabilidade para com o outro ajuda a
evoluir e beneficia a todos os envolvidos dentro de uma empresa.

Instrutor, disponibilizamos o texto [SUST_TextoRespon-


sabilidadeSocioAmbiental_Instrutor.pdf] completo para
você, os trechos de cada [SUST_BlocosResponsabilidade-
SocioAmbiental_Aprendiz.pdf] separado para os grupos e o
[SUST_SlideResponsabilidadeSocioAmbiental_Instrutor.pdf]
resumido para você e para o aprendiz.

Fica a seu critério como realizar o estudo do texto contido no slide. Você pode
projetar o slide e fazer a leitura com os aprendizes, mas para ganhar tempo,
você pode imprimir as folhas que estão separadas como blocos, reciclar os gru-
pos formados anteriormente e distribuir os fragmentos do texto, em forma de
blocos, para cada grupo intuindo que eles possam, de forma mais dinâmica e
menos cansativa, ler e discutir entre eles e apresentar as seguintes solicitações:
Do que se trata o tema recebido?
Exemplos verídicos, preferencialmente que ocorra na empresa da qual eles
fazem parte.

18
Os temas [SUST_BlocosResponsabilidadeSocioAmbiental_Aprendiz.pdf] a serem
discutidos são organizados em quatro blocos como descrito a seguir. Todos estão
em um único slide, em anexo para apresentação.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

EXEMPLOS DE RESPONSABILIDADE
TIPOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS

A
1- Os diferentes tipode de nomeclatura 1- Programas de voluntariados Empresarial
de Responsabilidade Social
2- Responsabilidade Social Corporativa
3- Responsabilidade Socioambiental
C 2- Criações de instututos ou fundações
empresariais
3- Leis de incentivo fiscal
4- Responsabilidade Social Empresarial 4- Consumo consciente
5- Código de ética

VANTAGENS AO ADOTAR UMA POSTURA


SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
FILANTROPIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
1- Selos e certificações de

B
1- A diferença para filantropia e

D
responsabilidade Social
assistência social 2- Selo municipal direitos humanos e
2- Responsabilidade Social: diversidade
A importância em número 3- Selo empresa amiga da criança
4- ABNT-ISO 26000
5- Social Accontability 8000

Fonte: MGN Consultoria. Responsabilidade social: tudo o que você precisa saber. 07/12/2018.
Disponível em: <https://mgnconsultoria.com.br/responsabilidade-social/#:~:text=O%20que%20
%C3%A9%20responsabilidade%20social,do%20p%C3%BAblico%20externo%20e%20interno.>
Acessado em 11 agosto de 2020.
A medida que as devidas colocações forem sendo feitas, interativamente, faça
explanações necessárias ao entendimentos dos aprendizes. Para que haja uma
compreensão básica para sanar possíveis dúvidas, leia previamente o texto.

Fundamentação
A leitura fortalece e proporciona a prática tanto do que se aprende cogniti-
vamente, quanto do desenvolvimento da habilidade da fala e postura. Também,
proporciona agregar para a construção de conhecimento ressignificar o conteúdo
atrelado ao contexto em que se vive.

Duração: 140 minutos.


Descrição
Nesta etapa a intenção será deixar marcas mais profundas, onde o aprendiz
tomará mais propriedade da temática. Para isto, as estratégias a seguir têm
o efeito de fazê-los compreender a relevância da temática, agregando sentido
a todo o aprendizado. As percepções serão mais concretas, e seu papel aqui é
mediar as ações dos aprendizes para a apreensão de conteúdo, mobilizando a
participação de todos os jovens, pois nesta etapa eles serão os protagonistas.

19
Liderança, comunicação, relacionamento interpessoal, capacidade de análise crítica
e reflexiva, resolução de problemas, dentre outras, serão habilidades colocadas
em prática nas estratégias desta fase.
Oportunizar apontamentos, resoluções e meios para a troca e construção de
conhecimento promove seguramente uma experiência marcante e vital para que
o aprendiz possa nutrir sua bagagem de conhecimento e com isso traçar um ca-
minho do qual ele queira seguir com maturidade, seguridade e assertividade em
todos os aspectos da sua vida, alinhando a sonhos e objetivos.
Na conjuntura atual é necessário que saibamos aprender a aprender sobre o
nosso meio ambiente e tudo o que está ligado a ele como, por exemplo, os temas
abordados nesta oficina. Responsabilidade Socioambiental está afeiçoada a quase
todos os aspectos que são fundamentais a existência da sociedade no cenário
em que vivemos, como política, cultura, economia e social, pois redesenham uma
nova forma de pensar e agir. Seguimos trilhando com as estratégias para que
prevaleça mudanças de atitudes e comportamentos.
Antes de iniciar as estratégias, sugerimos que seja feito um esclarecimento
sobre as partes que compõem um documento com algumas nomenclaturas
jurídicas, no âmbito do ‘Direito’ usadas na oficina, registradas no campo ‘para
conhecimento do instrutor’. Também deve ser compartilhado com os aprendizes,
para que compreendam melhor sobre as propostas das estratégias da oficina.

Para conhecimento do instrutor:


Alínea - Linha que abre um parágrafo. [Por Extensão] Cada uma das subdivisões
de um artigo, designadas por a), b), c), números e etc; parágrafo. Divisão menor
em alguns documentos jurídicos (leis, decretos etc.); cada parte de um artigo, que
inicia uma nova linha, normalmente assinalada por letras em ordem alfabética.
Artigo - Elemento estrutural básico da lei. Esta quando volumosa, divide-se
assim: Livros, Títulos, Capítulos, Seções, Subseções, e estas em artigos, que, por
sua vez, compreendem, conforme o caso, parágrafo, incisos e alíneas.
Direito - Reunião das regras e das leis que mantêm e regulam a vida em so-
ciedade. Ciência que estuda essas normas, leis e regras, em seu aspecto geral ou
particular: direito civil; direito penal. Reunião dessas leis e normas que vigoram
num país. Aquilo que é garantido ao indivíduo por razão da lei ou dos hábitos
sociais: direito de frequentar qualquer escola. Permissão legal: direito de pesca.
Prerrogativa legal para impor ou para obedecer uma medida a alguém. Que
expressa justiça; correto.
Lei - 1. Regra geral e permanente a que todos estão submetidos. 2. Preceito
escrito, formulado solenemente pela autoridade constituída, em função de um
poder, que lhe é delegado pela soberania popular, que nela reside a suprema
força do Estado.
Fontes: Aurélio - Dicio, Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.
br/aurelio-2/> Acesso em 18 ago. 2020. GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário Compacto
Jurídico. 9a ed. São Paulo: Rideel, 2006.

20
Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Consequências do
crescimento desordenado das cidades

Instrutor, nesta nova estratégia utilizaremos a metodo-


logia do Design Thinking, que é empregado na resolução
de problemas. Nesse modelo, o jovem participa como for-
mador de conhecimento e não apenas como mero recep-
tor da informação

Não existe uma forma de aplicar essa metodologia, na verdade, o que acontece
é o seguimento de etapas a serem exploradas como processo de resolução de
problemas. O cumprimento sequencial dessas etapas traz dinamismo, envolvi-
mento e desperta o sentimento de empoderamento dos jovens.
A metodologia é dividida em cinco grandes áreas, sendo elas: descoberta, in-
terpretação, ideação, experimentação e evolução; e é fundamental manter uma
sequência lógica para que os aprendizes consigam entender como se dá o processo
de planejamento e a busca por soluções. Sugerimos que sua turma seja dividida
em pequenos grupos de quatro a seis integrantes, se possível.
Os grupos poderão fazer pesquisas através do seu notebook, do próprio celular,
ou através de textos e materiais previamente preparados para este momento.
Através delas os jovens vão identificar quais são os problemas que surgem com
esse crescimento desordenado e com o apoio da tecnologia, vão criar um modelo
de aplicativo que ajuda na redução desses prejuízos para a natureza. Para que
eles tenham conhecimento das etapas, entregue a ficha para os aprendizes ou
faça a projeção: [SUST_EtapasDesignThinking_ Aprendiz.pdf]

Hiraman/iStockphoto

Aprendiz ______________________________________________________________________________________________ 4. Desenhar a solução: RELATÓRIO


Agora é hora de desenvolver o projeto de forma concreta. Para tornar tudo mais claro, faça um relatório
Empresa ____________________________________________________________________ Data _____ / ____ / ____ e um desenho que o represente.
Instrutor ____________________________________________________________________ Polo ___________________
Desenhe aqui:
Oficina ________________________________________________________________________________________________

Consequências do crescimento ATIVIDADE


INDIVIDUAL
desordenado das cidades
Você realizará essa atividade com o apoio de uma metodologia chamada Design Thinking, estruturada
nas etapas abaixo:
1. Descobrir um problema:
Realize uma pesquisa para descobrir quais os problemas relacionados aos impactos negativos do
desenvolvimento das cidades. Conhecendo quais são, escolha um para análise.
O problema escolhido foi: ________________________________________________________________________________
2. Interpretar o problema:
Em contato com fontes como textos, fotos, vídeos, este é o momento de conhecer bem aquilo que pre-
tende resolver. Ou seja, aqui você fará o aprofundamento na problemática, ou seja, um resumo explicando
o que é e como acontece a consequência escolhida.

3. Pensar em soluções:
Agora que você entende sobre o problema, reflita e encontre soluções possíveis para a situação. Cha-
mamos esta etapa de ideação, onde você fará o levantamento de ideias. Aqui entra um desafio: você
precisa usar a tecnologia e criar um aplicativo para solucionar essa problemática. Quais soluções seriam 5. Por fim, teremos a apresentação e um debate sobre as criações.
possíveis?

1 2 3

Seguindo o roteiro das etapas do Design Thinking:


1. Descobrir um problema:
Com apoio da pesquisa eles descobrirão os problemas relacionados aos impac-
tos negativos do desenvolvimento das cidades. Conhecendo quais são, eles vão
escolher um que gostariam de tratar.
2. São exemplos desses problemas:

21
• Efeito Estufa;
• Chuva Ácida;
• Enchentes;
• Desmatamento, etc.
3. Interpretar o problema:
Essa etapa é fundamental. Em contato com fontes como textos, fotos, vídeos,
este é o momento de conhecerem bem daquilo que pretendem resolver. Ou seja,
aqui farão o aprofundamento na problemática.
4. Pensar em soluções:
Agora que entendem sobre o problema, peça para que reflitam e encontrem
as soluções possíveis para a situação. Aqui entra um desafio: eles têm a missão
de usar a tecnologia e criar um aplicativo que seja utilizado na solução desta
problemática. Técnicas de brainstorming ou brainwriting podem ser um apoio
importante para os grupos, pois através delas farão a chamada ideação, que se
trata do levantamento de ideias. Estimule o não julgamento e o respeito mútuo,
para que valorizem as sugestões de todos os colegas.
5. Desenhar a solução:
Agora é hora de desenvolver o projeto de forma concreta. Eles devem encontrar
informações e recursos que viabilizem as ideias saírem do papel para se tornarem
uma solução. Para tornar tudo mais claro, peça para fazerem um relatório e um
desenho que o represente.
6. Analisar os projetos:
É interessante que essa fase de análise dos projetos seja feita por toda a sala.
Dessa maneira, cada grupo deve expor as soluções que encontrou, de modo que
todos tenham a oportunidade de participar.
Fonte: Design Thinking em sala de aula: como trabalhar com essa ferramenta? EducaEthos, 19
jan. 2020. Disponível em: < https://educaethos.com.br/design-thinking/>. Acesso em: ago. 2020.

Fundamentação
Com a ferramenta do Design Thinking, o aprendiz é ator do processo, analisando
o problema, expressando seu ponto de vista, propondo soluções. Com este recurso
ele conhecerá os problemas advindos do crescimento desenfreado e desordena-
do das cidades e colocará em prática valores fundamentais, como colaboração,
empatia e construção coletiva.

Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: TikTok /Reels na


aprendizagem
Umas das formas atuais e que mais favorecem a aproximação, envolvimento e
satisfação para nossos aprendizes e para os demais jovens em nossa atualidade,
certamente são as redes sociais! Não que seja uma regra para todos, mas as
redes sociais, no momento de pandemia e pós-pandemia, ganharam força e se
tornaram muito mais presentes do que nunca na vida do ser humano. Então, por
que não unir a tecnologia ao aprendizado de maneira lúdica, eficaz e divertida?
Para esse momento, vamos explorar esse mundo, protagonizando a cidadania em
consonância com o artigo 255 da CF já mencionado nesta oficina.

22
Para a realização da atividade proposta, a formação de grupo fica a seu crité-
rio. Sua organização precisa estar de acordo com a realidade da sua turma. Você
pode optar pela realização desta atividade em duplas, trios ou grupos maiores.
Você pode sortear ou deixar que os grupos escolham os parágrafos anexos, que
queiram usar como tema para nortear o que eles devem produzir.
Caso não seja possível realizar a atividade usando a rede social Tik Tok ou o
Reels do Instagram, solicite que seja encenado a atividade usando os mesmos
critérios de orientação.
Depois que cada grupo tiver seu [SUST_TiktokParagrafos_Aprendiz.pdf], oriente
para que eles façam a leitura do material e discutam sobre, levantando suas
opiniões de como o artigo recebido está sendo aplicado nos dias atuais. Em
seguida é necessário registrar a percepção discutida pelo grupo no mesmo do-
cumento: última folha, acrescendo exemplos em nossa atualidade, pertinentes e
congruentes ao tema. Informe que, para a realização dessa atividade, eles podem
consultar o celular e caso seja necessário, disponibilizar aos grupos a consulta
no seu computador.
Posteriormente a esse levantamento, que com certeza agregará ideias, solicite
então que, de modo criativo, o grupo crie um TikTok ou Reels que resuma os as-
pectos trabalhados pelo grupo no desenvolvimento de suas atividades.

Instrutor, seu papel é de fundamental importância nes-


se processo. Fundamente inicialmente ao aprendiz sobre
importância e do porquê dessa atividade, para que eles
compreendam que, apesar de ser algo que eles gostam
de fazer e parecer uma atividade de recreação, na verda-
de vai muito além de só se divertir, pois também avalia
planejamento, absorção, compreensão, compartilhamento
e aplicação de conhecimento sério e fundamental para a
nossa existência posterior, pois envolve nosso bem estar
e preservação do meio ambiente, elencando empresa,
cidadão e governos.

Esteja atento! Antes da gravação do TikTok ou Reels, verifique o que foi discutido
e o que vai ser produzido pelo grupo para que não ocorra nenhum imprevisto inde-
sejado como falar mal de autoridades ou leis, por exemplo. Não é esse o objetivo.
Para o Tik Tok o tempo para gravação vai de 15 a 60 segundos, com a opção
de Status - Criação de Vídeos com Textos ou MV - Music Video- Criação de vídeo
a partir da escolha de fotos pessoais. Para ambos o resultado de criação é uma
apresentação tipo slideshow.
Depois de gravado e antes da publicação, há a opção de privacidade, sobre quem
pode assistir com as opções de “público, amigos e privado”. Caso algum aprendiz
afirme que não quer sua imagem vinculada ao vídeo ou não autoriza a publica-
ção, fica a opção dele não aparecer no vídeo ou caso ele apareça, não seja feito o
compartilhamento com o público e sim no privado. Não é obrigatório a publicação.
Para o Reels o procedimento é mais simples. É possível gravar direto do
aplicativo, mas também pode ser gravado na câmera pessoal de um celular, e
posteriormente abrir o instagram, escolher a modalidade Reels e inserir o vídeo.

23
Dentre as opções existentes, que devem ser verificadas antes da publicação,
também há de salvar no dispositivo. Deixe marcado essa opção para que o grupo
possa transferir o vídeo para você, para ser projetado a apresentação da atividade.

Fundamentação
As redes geram combinações com muitos aspectos positivos como a oportuni-
dade de se expressar, criação e difusão de conteúdo, engajamento, inspirações,
informativos de cunho científico, entretenimento e dentre tantos, até de ensino
com vídeos, apresentações, projetos e meios de ganhar proventos. Arriscamos dizer
que, as redes sociais são o canal de comunicação mais assertivo e colaborativo na
atualidade, que proporciona um olhar amplo a outras vertentes cognitivas dentre
elas a criatividade e a verdade, além de haver a oportunidade de compartilhar um
aprendizado individual importante com seu ciclo de amigos.

Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: Scrapbook Da


Sustentabilidade e Meio Ambiente
Chegamos ao fim da oficina e também da temática. Para não passar em bran-
co, que tal um registro do que foi mais marcante para o aprendiz durante essa
trajetória? Existem várias formas de deixar algo importante registrado e vamos
finalizar esse ciclo confeccionando o registro do qual os aprendizes possam re-
lembrar e refletir os melhores momentos dessa jornada por meio do Scrapbook.
Scrapbook é uma palavra estrangeira que quer dizer página de lembranças.
Tem a finalidade de registrar as melhores memórias vividas, de forma criativa e
de um jeito especial. No Scrapbook nas páginas em branco podem ser preenchi-
das de maneira livre com recortes de textos, de revistas, com imagens ou fotos
e muitas cores temperadas com a criatividade relacionada a qualquer coisa que
se queira recordar no futuro. Por isso, é uma atividade muito linda e especial.
Para que as ideias fluam melhor, instrutor, prepare uma playlist aconchegante
de músicas que elevem a alma e aqueça o coração, em seguida, oriente como
deve ser constituído o scrapbook:

Scrapbook ASSUNTOS POR PÁGINAS


• 1º Página - Capa - Ácróstico do teria que
mais gostou da temática.
• 2º Página - Poema sobre o tema escolhido.
• 3º Página - É verdade esse bilhete: Como
estamos hoje e como queremos o amanhã.
apbook
Scr
• 4º Página - Uma música que envolva o tema.
• 5º Página - Mensagem sobre o tema para
futuros leitores.
• 6º Página- Descreva duas metas na sua vida
que contribua com a sustentabilidade do
nosso planeta,
• 7º Página- Uma imagem que represente o
tema escolhido.
Hiraman/iStockphoto
Hiraman/iStockphoto

• 8º Página- Recadinhos dos amigos!

Acróstico - Composição em verso cujas letras iniciais (às vezes as mediais ou


as finais), lidas no sentido vertical, formam uma ou mais palavras ou frases, que
são o tema, o nome do autor ou o da pessoa a quem foi dedicada a composição.
Fonte: Aurélio - Dicio, Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.
br/aurelio-2/> Acesso em 20 ago. 2020.

24
Forneça o material necessário e entregue folhas A4 e lápis de cores, e demais
materiais que possam contribuir para confeccionar o scrapbook para os aprendizes,
sobre as folhas, dobre ao meio e junte a quantidade necessária para o número de
página que se pede. Ao concluir a confecção do scrapbook, dê início às apresenta-
ções. Desta vez, pergunte quem deseja apresentar ao invés de cobrar que todos
apresentem. Faça as devidas considerações de recordações, mencionando, por
exemplo, sobre a experiência de determinada lembrança, o quanto deve ter sido
legal ou sobre o aprendizado que determinada oficina proporcionou. Findando, por
gentileza, arquive no dossiê do aprendiz o material produzido por eles.

Fundamentação
Por ser a última oficina da temática Meio Ambiente e Sustentabilidade, com o
scrapbook projetamos a importância de se ter um registro dessa caminhada, de
modo diferenciado, onde o aprendiz faça o que tem de ser feito interativamen-
te, expressando seus conhecimentos e sentimentos de uma maneira mais leve,
descontraída e o mesmo tempo dando significado à aprendizagem além de ser
uma forma de rever o conteúdo, em partes, com positividade.

Duração: 30 minutos.
Descrição
Caminhando para o fechamento da oficina com os aprendizes, comente sobre
Félix Émile Taunay, o segundo barão de Taunay, que foi um pintor francês que
nasceu em 01 de março de 1795, na comuna francesa, uma região administrativa
da ilha de França e faleceu em 10 de abril de 1881, com 89 anos, no RJ. Ele foi
uma figura muito importante na história do Brasil, tanto que foi professor de
língua grega e literatura na Academia Imperial de Belas Artes do Brasil. Dentre os
muitos trabalhos realizados por ele, um tornou-se diferencial que é o quadro cuja
identificação é “Vista de um Mato Virgem que está se Reduzindo a Carvão”(1843)".
Esta obra é a forma que ele encontrou, para demonstrar sua preocupação, par-
ticipação e envolvimento como artista, nas primeiras demonstrações de luta por
uma política ambiental no Brasil. A obra está [SUST_ObraFélixTaunay_Instrutor.
pdf] anexada para ser projetada para os aprendizes.

25
Fonte: Museu Nacional de Belas Artes. Google Arts & Culture
Disponível em: <https://g.co/kgs/Lgj55P> . Acesso em 17 ago. 2020.
Para a atualidade, você já deve ter ouvido falar na mais jovem ativista: Greta
Thunberg, de 17 anos que em 2019, por meio de sua fala, chamou a atenção de
autoridades e indivíduos do mundo inteiro, ao refletir sobre a promoção de ati-
tudes, intuindo a reversão do que tem contribuído para as tantas oscilações que
resultam no aquecimento global.
Trecho do discurso de Greta em manifesto ao aquecimento:
"Não se resolve uma crise sem a tratar como crise. E se as soluções dentro
do sistema são tão impossíveis de encontrar, talvez tenhamos de mudar o pró-
prio sistema. Não estamos aqui para implorar aos líderes mundiais que cuidem.
Ignoraram-nos no passado e voltarão a ignorar-nos. Esgotaram as desculpas e
ficamos sem tempo. Estamos aqui para vos dizer que a mudança está a chegar,
quer queiram quer não. O verdadeiro poder pertence às pessoas."
Fonte: Ideia Sustentável - O discurso de Greta Thunberg e a participação do Brasil na COP25.
Disponível em:<https://ideiasustentavel.com.br/cop25-o-discurso-de-greta-thunberg-e-a-partici-
pacao-do-brasil/>. Acesso em 18 ago. 2020.
Perceba que, desde os primórdios da história do país até os tempos atuais,
existe uma preocupação com o meio ambiente, e há pouco tempo em torno da
sustentabilidade. Consideremos esses exemplos de viver seus direitos e deveres
como cidadãos, em acordo com suas atribuições de maneiras e formas diferentes,
provando que nós também podemos e devemos fazer a nossa parte.
Compactando todo o assunto trabalhado até o momento, continuamos enten-
dendo e dando a devida importância ao tema, alinhado às diretrizes do artigo
255 da Constituição Federal.
No preâmbulo do artigo 255 da CF, alguns pontos permitem a reflexão de ações,
decisões e resultados como descrito no trecho:

26
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”
Converse com os aprendizes sobre os dois exemplos mencionados, posterior-
mente, tendo em vista essa afirmação, registre no quadro a seguinte frase:
‘Com referência ao artigo 255 da CF, qual o meu direito? Qual o meu dever
como cidadão?’
Você pode pedir para que cada aprendiz diga qual seu dever em forma de ação
diária e qual seu direito, em especial, que agregue positividade de ações futuras.
Como alternativa, você pode mudar a forma, pode solicitar a fala de duplas, trios
ou individualmente, contanto que suas respostas estejam ligadas aos parágrafos
do artigo 255 CF trabalhados na oficina.
Ao término da participação de todos presentes, faça com que os aprendizes
compreendam que todos os textos trabalhados, todos os exemplos citados, todos
os levantamentos discutidos durante a oficina mostram onde estão os nossos
direitos e nossos deveres. Como cidadãos, nosso compromisso precisa ter afinco,
ser diário e ser verdadeiro. Diga aos aprendizes para não se permitirem sair da
oficina, com um aprendizado tão rico e lá fora passar despercebido. Desafie-os a
colocar em prática e fazer a diferença no meio em que vivem.

Duração: 20 minutos.
Descrição

Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Aprenda, Reflita e


Pratique!
Alinhar a teoria à prática é o objetivo desse momento. Os aprendizes terão a
oportunidade de registrar, objetivamente, por meio da escrita, o que foi visto e
aplicado, com amplitude de olhar, percepções e aplicabilidade em seu dia a dia.
Faça a aplicação dessa ferramenta em anexo para que o aprendiz possa compar-
tilhar e registrar a eficácia e eficiência desta oficina.
arquivos:
APRENDAREFLITA-
PRATIQUE.pdf
Instrutor, esta etapa tem uma matriz impressa especí-
fica para este momento! Tenha sempre em seus arquivos!

27
Qualidade de Vida

Planejamento
Permacultura
Cidades

Preservação
Equilíbrio
Ambiental
Cidades
Sustentáveis /
Desenvolvimento Crescimento
Responsabilidade
Sustentável Socioambiental
Desordenado

Artigo 255
Responsabilidade
Constituição Federal

Cidadania Futuro

Direito
Fundamental

Fonte:Elaborado pelo autor (CIEE, 2021)

28
Duração: 140 minutos.
Descrição
Mobilizar conteúdos que estão ligados ou diretamente relacionados ao ecossis-
tema, como todo o conteúdo da temática estudada de sustentabilidade e meio
ambiente até aqui é um desafio indispensável e necessário aos nossos dias,
devemos ser impelidos a pensar antes de agir e cuidar daquilo que é nosso com
sabedoria e consciência. O futuro do planeta e o da nossa existência depende disso.
As estratégias da caixa de ferramentas somam ao aprendizado uma visão mais
ampla e desenvolvem indicadores avaliativos de habilidades desenvolvidas como a
liderança, atenção e dedução, poder de decisão, comprometimento e criatividade.

Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Projeto cidade


sustentável
Tomando como base as temáticas das mesas da dinâmica do café mundial,
sugerimos que separe sua turma em sete grupos, para que cada um novamente
receba um tema. Baseado neles, os grupos serão responsáveis em elaborar um
projeto para a criação de uma cidade sustentável. A ideia é que essa cidade seja
planejada por partes, ou seja, por setores, que podemos dizer que unidos forma-
rão a primeira cidade sustentável do Brasil. Forneça materiais necessários para
que apresentem o esboço desse projeto através de um desenho. Relembrando
as temáticas, são elas:
• ÁGUAS NA CIDADE;
• ÁREAS VERDES URBANAS;
• PLANEJAMENTO DAS CIDADES;
• QUALIDADE DO AR;
• RESÍDUOS SÓLIDOS;
• RESÍDUOS PERIGOSOS;
• URBANISMO SUSTENTÁVEL.
Como modelo, temos abaixo um roteiro para a criação do projeto:
• Tema (Como poderia se chamar essa parte do projeto?);
• Justificativa ( Por que é importante?);

29
• Objetivos ( O que se quer com este projeto?);
• Metodologia (Como será realizado?).
Para subsidiar estas produções, forneça-lhes textos, como os apresentados
como sugestões [SUST_TextosApoioProjetoCidadeSustentavel_Aprendiz.pdf], que
trazem os conceitos destas temáticas.
10 lições dos países líderes em gestão sustentável das águas
A cidade onde você mora pode ser a próxima a ficar sem água. Regiões do mundo
inteiro estão cada vez mais vulneráveis a um cenário de grave crise hídrica. Fatores
como crescimento populacional e aumento das demandas, poluição, problemas de
governança, perdas e desperdícios, mudanças climáticas e diminuição do volume
das chuvas estão entre os principais que contribuem para elevar o risco hídrico
das cidades. Várias cidades do mundo estão enfrentando secas cada vez mais
intensas, com altas temperaturas e drástica redução no volume dos reservatórios.
Em 2013, o estado da Califórnia enfrentou uma das maiores secas em 120 anos,
com severa redução no consumo, corte no fornecimento de água às cidades e à
produção agrícola. A Austrália enfrentou a seca do milênio (2000-2010), que exigiu
toda uma reestruturação da produção de água, envolvendo empresas e governos,
associada à reeducação para o consumo, por parte da população.
Crise hídrica no Brasil: por que devemos nos preocupar?
No Brasil, a água doce está mal distribuída. Há abundância em algumas re-
giões, enquanto falta em outras. Cerca de 80% da água superficial disponível no
País está concentrada nas bacias Amazonas e Tocantins/Araguaia, onde vivem
apenas 6,5% da sua população total. Além disso, uma situação bastante grave
é que cerca de 37% da água potável encanada é perdida com vazamentos nas
redes de distribuição e ligações clandestinas. Essa situação é inaceitável, diante
da importância e escassez desse recurso natural fundamental à manutenção da
vida. No País, ainda predomina a cultura da água como abundante, embora seja
um bem finito, cuja falta pode ameaçar a sobrevivência da população humana e
das demais espécies.
Em algumas cidades brasileiras, o colapso no abastecimento hídrico é iminente.
Problemas de seca, escassez hídrica e racionamento de água têm sido comuns
a todas as regiões do País. Brasília, a capital federal, atualmente enfrenta uma
crise hídrica sem precedentes em sua história. A cidade de São Paulo, metrópole
localizada na região mais próspera do País, com população crescente e redução
constante na disponibilidade de água, recentemente enfrentou uma severa crise
em seu abastecimento, quando seus reservatórios atingiram níveis críticos.
A Região Metropolitana de São Paulo é a mais populosa do Brasil, com mais
de 20 milhões de habitantes. Na Amazônia, as secas têm sido cada vez mais
recorrentes, afetando a navegação, a população e os ecossistemas. Em 2016, o
bioma enfrentou uma das secas mais intensas da sua história. O fenômeno é
preocupante por influenciar na falta de chuvas em outras regiões. Já o Semiárido
brasileiro vivenciou, recentemente, a “seca do século”, no período de 2010-2016,
tendo suas grandes cidades e capitais ficado por um fio para uma dolorosa fa-
lência no seu abastecimento. Falta planejamento na gestão das águas do Brasil,

30
priorizando-se, em geral, as ações emergenciais. Um dos casos mais críticos
da grande seca recentemente ocorrida no Semiárido brasileiro, foi o açude de
Boqueirão, na Paraíba. Desde dezembro de 2014, mais de 1 milhão de pessoas
de 19 municípios paraibanos, incluindo Campina Grande, segundo maior núcleo
populacional do estado, com mais de 400 mil habitantes, enfrentou um severo
programa de racionamento. Será que realmente estamos nos preparando para
evitar que falte água em nossas cidades? As políticas estão levando em conside-
ração iniciativas efetivas para a gestão do risco de colapso hídrico? As instituições
responsáveis pela governança das águas têm utilizado os mecanismos legais
existentes para promover o uso racional e democrático desse recurso natural?
Os investimentos em ciência e tecnologias eficientes têm sido suficientes para
definir e validar alternativas para a crise hídrica? Que lições podemos tirar para
o Brasil das iniciativas dos países líderes em gestão da água? É o que iremos
discutir ao longo deste post.

Soluções para a crise hídrica nas cidades


Países como Estados Unidos, Austrália e Cingapura têm adotado medidas de-
cisivas e sistemáticas para superar a crise hídrica. A seguir, serão apresentadas
as 10 principais lições que podemos aprender com esses países em relação à
conservação e uso sustentável das águas.
1. Eficiência hídrica e energética
Iniciativas de eficiência hídrica e energética são amplamente incentivadas
pelos governos nesses países desenvolvidos. As pessoas que economizam água
e energia, adotando equipamentos eficientes em suas residências, recebem prê-
mios e subsídios dos governos para pagamento dos custos desses dispositivos.
2. Educação ambiental
Em alguns países desenvolvidos, há uma enorme consciência da população,
empresas e governos em torno da importância da água. As crianças aprendem
na escola a usar racionalmente esse recurso natural. Busca-se mudar os hábitos
da população para se adaptar à escassez de água, visando reduzir o consumo.
3. Cuidado com as fontes naturais
Uma característica marcante de alguns países desenvolvidos é a proteção da
saúde das nascentes, rios e fontes naturais de água. Com esse intuito, parte da
água reciclada e tratada é utilizada para recuperar e manter essas reservas hídri-
cas. A proposta é conciliar os interesses econômicos com a conservação ambiental.
4. Redução da poluição da água
Alguns países desenvolvidos possuem experiências bem-sucedidas de tra-
tamento dos esgotos e reúso de água para diversas finalidades, a exemplo do
uso industrial, da recuperação de nascentes de rios e da utilização na limpeza
doméstica.
5. Combate ao desperdício
Desde 2010, a garantia do acesso à água potável e ao saneamento é considerada
um direito humano universal pela Organização das Nações Unidas (ONU). Todavia,

31
quase 900 milhões de pessoas, em todo o mundo, não têm acesso a fontes de
água limpa. Em muitos lugares, a procura por água excede a oferta sustentável,
com graves consequências nas grandes cidades, que enfrentam períodos de severa
escassez, afetando gravemente a população pobre.
6. Redução das enchentes
Cingapura, um dos maiores exemplos mundiais em gestão de água, implantou
um sistema de captação urbana da água da chuva, em grande escala, para utilizar
no abastecimento da população. Foi uma forma encontrada para aproveitar mais
uma fonte hídrica e diminuir a sobrecarga nos sistemas tradicionais de distribuição
de água para a população. Outro benefício é que acumular água da chuva contribui
para evitar enchentes e inundações durante os temporais.
7. Reciclagem da água
A reciclagem da água é uma das chaves para o abastecimento sustentável.
Em regiões secas dos Estados Unidos, tem sido uma alternativa bem mais barata
que dessalinizar água do mar ou importar água para cidades com déficit hídrico.
A capacidade de reciclagem de água aumenta a cada dia nos Estados Unidos,
por meio das usinas especiais de purificação, com uma indústria de produção de
milhões de litros de água de reúso por dia. O desenvolvimento de tecnologias
cada vez mais modernas para a reciclagem de água e a superação do estigma
em torno do reúso de água, por parte da população, pode ser um caminho mais
viável para a superação da atual crise hídrica.
8. Dessalinização
Para diversificar sua matriz hídrica, alguns países têm investido na dessaliniza-
ção de água do mar, sendo mais uma alternativa para a falta de água. A Austrália,
que recentemente enfrentou a “seca do milênio”, com duração de uma década
(2000-2010), aplicou cerca de US$ 13,2 bilhões em usinas de dessalinização, em um
dos maiores projetos de infraestrutura do país. A tecnologia tem capacidade para
transformar milhões de galões de água dos oceanos por dia, removendo o sal e
produzindo água potável. Em pouco tempo, cerca de 30% das demandas por água
potável das grandes cidades australianas estão vindo do mar. No Brasil, depois de
a região semiárida enfrentar a recente “seca do século”, com duração de seis anos
(2010-2016), o governo do Ceará decidiu instalar, no litoral de Fortaleza (CE), uma
unidade de dessalinização da água do mar, para complementar o atendimento
à população. A meta do governo é de que a água retirada do Oceano Atlântico
atenda a pelo menos 720 mil habitantes de Fortaleza. A dessalinização depende
de uma tecnologia e infraestrutura de alto custo para produzir água potável, sua
escala geográfica ainda é limitada, além de depender de uma boa gestão dos
rejeitos salinos dessa produção para não poluir o ambiente.
9. Cobrança pelo uso da água
No Brasil, a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei no 9.433/97) considera a
água como um recurso natural limitado, dotado de valor econômico. A cobrança
pela água bruta tem caráter educativo e busca incentivar a forma racional dos
padrões de consumo desse recurso natural. Além disso, também é importante
para captar recursos que serão aplicados à gestão das próprias bacias. Todavia,

32
a cobrança pelo uso da água ainda é muito incipiente no Brasil. O instrumento
econômico é empregado para gestão das águas nas bacias hidrográficas do rio
Paraíba do Sul, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, do rio São Francisco e do
rio Doce. O Ceará, um dos estados do Semiárido onde existem mais conflitos pelo
uso da água, foi pioneiro no País na aplicação da cobrança pelo uso da água. A
água é fundamental à produção nas indústrias, gera-se lucro através do seu uso,
sendo fundamental a valoração desse recurso natural, uma forma de promover
a eficiência hídrica. É importante, todavia, que a cobrança pelo uso da água res-
peite os padrões de justiça ambiental e de acesso à água como direito humano
fundamental a todas as pessoas, inclusive, a quem não pode pagar por ela.
10. Investimentos em ciência e tecnologia
A Cidade do Cabo, na África do Sul, pode ser a primeira metrópole do Planeta a
ficar sem água. Desde o ano 2000, a população tem sido submetida a um extremo
sistema de racionamento para evitar o aumento do consumo de água. A população
está desesperada e muitas pessoas têm deixado a cidade. O governo não estava
preparado para lidar com um problema tão complexo. Os resultados dependem
de vários fatores, como: limitação drástica no consumo; diminuição das perdas na
distribuição; e diversificação da matriz hídrica, com tecnologias já consolidadas,
a exemplo da dessalinização. O caso da Cidade do Cabo é um alerta para que
as cidades de todo o mundo, com risco hídrico, se preparem com antecedência e
planejamento, buscando alternativas para a crise. Quando se buscam soluções a
médio e longo prazo, os custos são bem menores e a adaptação é menos dolorosa
para a população. Assim, o caminho é investir em ciência e tecnologias avançadas,
seguindo o exemplo dos países citados ao longo deste texto, visando desenvolver
e validar mecanismos eficientes e ambientalmente sustentáveis para o suprimento
de água. Os prejuízos econômicos pela falta de água são bem maiores do que
investir hoje em ciência, tecnologia e infraestruturas hídricas. É necessário incen-
tivar a definição de alternativas eficientes para a falta de água. Não há segredo,
a saída é economizar, reciclar, captar água da chuva e dessalinizar água do mar.
A diversificação das opções disponíveis para produção de água é o caminho para
a segurança hídrica e todos os países e regiões deverão atentar para isso.
Fonte: 10 lições dos países líderes em gestão sustentável das águas. Letras Ambientais, 22
mar. 2018. Disponível em: <https://letrasambientais.org.br/posts/10-licoes-dos-paises-lideres-em-
-gestao-sustentavel-das-aguas>. Acesso em: ago. 2020.

Áreas Verdes Urbanas


As áreas verdes urbanas são espaços físicos urbanos com prevalência de
vegetação arbórea de grande importância no aumento da qualidade de vida da
população. Fazem parte destas áreas os jardins públicos, as praças, os parques,
complexos recreativos e esportivos, cemitérios, entre outros.
Quanto a sua classificação, as área verdes urbanas podem ser:
Urbanas privadas e semi-públicas: Fazem parte desta categoria os jardins
residenciais, hortos urbanos, verde semi-público.
Urbanas públicas: Estão incluídas nesta categoria os parques urbanos, as pra-

33
ças, complexos recreativos e esportivos, jardim botânico e zoológico, cemitérios,
entre outros.
Sub-Urbanas: Pode-se citar como exemplo nesta categoria o cinturão verde.
Esta é uma área verde de preservação, que está em torno da área habitada.
Abriga muitas vezes nascentes e rios que acabam cortando as cidades. Sua maior
contribuição é melhorar a qualidade do ar.
A arborização urbana, além da função paisagística, proporciona inúmeros be-
nefícios à população, tais como:
• Redução da poluição devido aos processos de oxigenação, neutralizando seus
efeitos na população;
• Diminuição da poluição sonora, reduzindo ruídos das grandes cidades;
• Diminui as temperaturas externas, absorvendo parte dos raios solares;
• Redução na velocidade dos ventos;
• Sombreamento;
• Abrigo à fauna existente;
• Influência no balanço hídrico;
• Valorização visual e ornamental do espaço urbano;
Para preservar as áreas verdes urbanas e manter um conjunto de árvores vitais
e com aspecto visual conservado é necessário manter alguns procedimentos como:
• Realizar podas em árvores que possuem galhos, secos, lascados ou podres;
• Fazer a extração de árvores que oferecem risco de queda ou problemas
fitossanitários que não podem ser reparados;
• Substituição das árvores extraídas por novas árvores;
• Poda de levantamento de copa;
• Evitar e cuidar das possíveis pragas e doenças;
• Manter o gramado capinado e fazer a poda das arbustivas;
• Diversificar as espécies para plantio e priorizar as espécies nativas;
O uso público das áreas verdes urbanas está relacionado com sua conservação,
manutenção e segurança que estes espaços recebem. É papel dos órgãos públicos
gerenciarem estas áreas e dever da população mantê-las conservadas. Ao planejar
uma área verde urbana, é de extrema importância analisar as espécies de árvores
a serem utilizadas, analisando fatores como adaptabilidade, sobrevivência e o
desenvolvimento no local de plantio.
Fonte: MARTINEZ, Marina. Áreas verdes urbanas. Info Escola. Disponível em: <https://www.
infoescola.com/meio-ambiente/areas-verdes-urbanas/>. Acesso em: ago. 2020.

Cidades Sustentáveis e Planejamento Urbano


O crescimento acelerado das cidades e a ausência de planejamento principal-
mente de meados do século passado para os dias de hoje, trouxe inúmeros efeitos
negativos para os moradores das grandes metrópoles. Aliada a uma ocupação
desordenada, com precariedade habitacional e informalidade urbana, o crescimento
acelerado das cidades torna o desafio ambiental urbano ainda mais prioritário.

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O que fica evidente é que toda essa expansão desordenada produziu regiões
com diferentes níveis de desigualdade, gerando também graves problemas de
infraestrutura urbana, sobretudo nas regiões periféricas das cidades. Poluição
das águas e deficiência no abastecimento, ausência de saneamento e drenagem,
acúmulo de resíduos sólidos e poluição do ar compõem os desafios ambientais
locais e tradicionais de áreas urbanas. Para tentar diminuir estes problemas, é
cada vez mais importante a criação de cidades planejadas que sigam um modelo
estratégico detalhado, para minimizar os problemas comuns de um processo de
urbanização desordenado e assegurar seu funcionamento de modo harmonioso e
sustentável. A arquiteta Nora Libertun – PhD em Desenvolvimento Urbano no MIT
e mestre em urbanismo na Universidade de Harvard – elaborou cinco princípios
para que a urbanização e seus desafios possam ser abordados através de um
enfoque sustentável, evitando, assim, a exagerada expansão urbana e o dese-
quilíbrio do meio ambiente.
5 princípios de planejamento urbano para tornar as cidades sustentáveis
1. Compreender que a sustentabilidade é inclusiva;
2. Incluir a sociedade civil na proteção do meio ambiente;
3. Serviços urbanos como partes de um sistema integrado;
4. Fomentar o intercâmbio de conhecimento entre as cidades;
5. Alinhar incentivos econômicos com os benefícios ambientais.
A eficiência de recursos (maximização do uso de insumos e minimização da
sua extração) é um dos fatores-chave para este sucesso, uma vez que as cidades
consomem 75% dos recursos naturais, produzem 50% dos resíduos globais e são
responsáveis por 60-80% das emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE),
conforme publicação da ONU Meio Ambiente.
Sabe-se que a aglomeração das cidades oferece benefícios que incentivam a
inovação, o desenvolvimento dos negócios e a geração de empregos. Em outras
palavras, o que importa é “como” as cidades são projetadas – sua densidade,
forma urbana de uso misto e sua infraestrutura.
O aproveitamento máximo da infraestrutura urbana também é essencial para
se alcançar a maior eficiência dos recursos. A maioria dos recursos da cidade flui
através de infraestruturas urbanas. A escolha de infraestruturas que conciliam
a prestação de serviços – como a remoção de resíduos, alimentos, eletricidade,
segurança energética e abastecimento de água, transporte e lazer – exige uma
análise cuidadosa.
Assim, se planejadas com atenção, as políticas para o aumento de eficiência
dos recursos podem ser rentáveis, estimular o crescimento e reduzir o impacto
ambiental das cidades. Mas para que estas estratégias de sustentabilidade sejam
implementadas com eficácia nas cidades, é fundamental que sejam acompanhadas
de forte governança e processos participativos.
Fonte: BORGES, Leonardo. Cidades sustentáveis e planejamento urbano. Autossustentável, 05
de mai 2018. Disponível em:< http://autossustentavel.com/2018/05/cidades-sustentaveis-planeja-
mento-urbano.html>. Acesso em: ago. 2020.

35
Qualidade do Ar
Os processos industriais e de geração de energia, os veículos automotores e as
queimadas são, dentre as atividades humanas, as maiores causas da introdução
de substâncias poluentes à atmosfera, muitas delas tóxicas à saúde e responsá-
veis por danos à flora e aos materiais. A poluição atmosférica pode ser definida
como qualquer forma de matéria ou energia com intensidade, concentração,
tempo ou características que possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo
à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à
flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de
vida da comunidade.
De uma forma geral, a qualidade do ar é produto da interação de um complexo
conjunto de fatores dentre os quais destacam-se a magnitude das emissões, a
topografia e as condições meteorológicas da região, favoráveis ou não à dispersão
dos poluentes.
Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis com-
parados a outros fatores mais fáceis de serem identificados. Contudo, os estudos
epidemiológicos têm demonstrado, correlações entre a exposição aos poluentes
atmosféricos e os efeitos de morbidade e mortalidade, causadas por problemas
respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e car-
diovasculares, mesmo quando as concentrações dos poluentes na atmosfera
não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As populações mais
vulneráveis são as crianças, os idosos e as pessoas que já apresentam doenças
respiratórias.
A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de
vida das pessoas, mas também acarreta maiores gastos do Estado, decorrentes
do aumento do número de atendimentos e internações hospitalares, além do
uso de medicamentos, custos esses que poderiam ser evitados com a melhoria
da qualidade do ar dos centros urbanos. A poluição de ar pode também afetar
ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do solo e das águas (chuvas ácidas),
além de afetar a visibilidade.
A gestão da qualidade do ar tem como objetivo garantir que o desenvolvimento
socioeconômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para tanto,
se fazem necessárias ações de prevenção, combate e redução das emissões de
poluentes e dos efeitos da degradação do ambiente atmosférico.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. Qualidade do ar. Disponível em: <https://www.mma.gov.br/
cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar#:~:text=A%20gest%C3%A3o%20da%20qualidade%20do,da%20
degrada%C3%A7%C3%A3o%20do%20ambiente%20atmosf%C3%A9rico>. Acesso em: ago. 2020.

Como funciona o tratamento de resíduos sólidos no Brasil?


Você sabe como é feito o tratamento de resíduos sólidos? Qual é o desdobra-
mento de tanto lixo produzido e como é conduzido? Nos acompanhe e saiba um
pouco mais.
Antes de iniciar de fato nosso texto vale a pena falar um pouco sobre o cenário
que incorpora o tratamento de resíduos sólidos. As políticas públicas no Brasil tra-
tam de forma específica as áreas do saneamento básico separando-as em quatro

36
componentes: Tratamento de água, Coleta de esgoto, Tratamento de resíduos
sólidos e Manejo de águas pluviais. Cada um dos componentes tem uma forma
de tratamento pertinente, com órgãos específicos, agências reguladoras e seus
respectivos operadores. A preocupação com as políticas públicas engloba vários
fatores como meio ambiente, a população a ser atendida, recursos humanos e
financeiros e por fim aspectos técnicos para prestação desses serviços.

O QUE SÃO RESÍDUOS SÓLIDOS?


Partimos das definições dos resíduos sólidos, que podem ser compreendidos
como resíduos resultantes de atividades humanas. Existem várias formas de
classificar os resíduos sólidos, por exemplo: Origem, Grau de Degradabilidade e
Periculosidade. Vamos detalhar um pouco como são classificados pela origem.

CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS PELA ORIGEM


Classificar os resíduos pela origem significa observar de onde eles vêm.
• Resíduos domésticos: Uma dessas origens é a urbana. Ela compreende o lixo
gerado por residências, comércios, varrição de feiras, poda e capina.
• Resíduos de construção civil: Já quando se fala de construção e demolição,
o lixo é gerado por entulho, solos descartados, madeiras, latas de tintas,
gesso entre outros.
• Resíduos industriais: Temos também a origem industrial, sendo a de rejeitos
de processos de fabricação e lodos dos tratamentos de efluentes fabris.
• Resíduos hospitalares: A lista segue passando pelos lixos originados nos
serviços de saúde como hospitais, clínicas médicas e veterinárias, centros de
saúde, consultórios odontológicos e farmácias. São conhecidos a grosso modo
como lixo hospitalar ou resíduos de serviço de saúde (RSS) e são divididos
em 5 grupos segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
potencialmente infectantes, químicos, rejeitos radioativos, resíduos comuns
e os perfurocortantes.
• Resíduos radioativos: Podem se considerar resíduos radioativos todos os de
origem atômica, que normalmente não têm mais propósito prático. Esses
resíduos podem ser gerados na produção de combustível para reatores, ar-
mamento ou medicina nuclear e radioterapia. É alarmante falar que alguns
compostos deste lixo podem demorar milênios para se decompor. Sendo
classificados por atividade baixa, média ou alta e por tempo de semi desin-
tegração.
• Resíduos agrícolas: Consideramos resíduos agrícolas aqueles que provêm
da produção de defensivos agrícolas e suas embalagens. São gerados pela
sobra da atividade agrícola, pecuária, restos de colheita, esterco, ração entre
outros. Esse é mais um tipo de resíduo que se deve ter cuidado no descarte,
pela ampla e crescente produção ao redor do mundo.
• Resíduos eletrônicos: Outra origem de resíduos é o descarte de material
eletrônico, um tipo de lixo que também tem aumentado em larga escala.
Portanto o descarte correto se torna muito importante para evitar problemas
ambientais. Alguns exemplos que podem ser citados são os monitores de
computador, celulares, baterias, televisores, câmeras fotográficas entre outros.

37
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL?
Cada um dos tipos de resíduos precisa de uma coleta e transporte corretos. E
isso começa com os Resíduos Sólidos Urbanos que não podem ultrapassar uma
semana no intervalo de geração e coleta. De cara já vemos que, devido a proporção
de produção de lixo, temos um grande desafio de logística.
A ordem a ser adotada visando prevenir a poluição deve seguir a seguinte escala:
Prevenção e Redução:
Os municípios e/ou responsáveis pelo tratamento do lixo da cidade devem
buscar a não geração ou redução da quantidade gerada. A população deve ser
incentivada a reduzir o lixo que coloca pra ser levado.
Reciclagem e Reuso:
Fomentar a reciclagem e o reuso também tem sido rotina dos municípios e
responsáveis pela coleta e tratamento do lixo. Um exemplo é o município de São
Carlos que tem coleta seletiva (coleta que diferencia resíduos separados previa-
mente por composição ou constituição), em 80% da cidade. Já o óleo de cozinha
pode ser deixado em escolas municipais, bem como móveis velhos e restos de
materiais de construção que podem ser levados para Ecopontos.
Coleta e Tratamento:
Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2016, quase 60% dos
municípios brasileiros destinam seus resíduos sólidos para locais inadequados.
Consta ainda no panorama que 76,5 milhões de pessoas sofrem as consequências
da falta de tratamento adequado desse lixo.
Comumente no Brasil são usados os seguintes tratamentos:
Tratamento Mecânico: Como o nome sugere, o tratamento é feito usando proces-
sos físicos em usinas de triagem para separar ou reduzir o tamanho dos resíduos.
Tratamento Bioquímico: No tratamento de resíduos sólidos bioquímicos, a de-
composição da matéria é feita normalmente por seres vivos (bactérias e fungos).
Nesse processo é feita a quebra de moléculas maiores, dependendo da tecnologia
utilizada.
Tratamento Térmico: No tratamento térmico, de acordo com a tecnologia, os
resíduos recebem determinado calor (temperatura de reação) por determinado
tempo (tempo de reação). O objetivo é a redução de volume com os processos
físico-químicos.
Disposição final: Para finalizar o processo, o resíduo sólido que não foi consu-
mido pelos processos de tratamento segue para alguma das disposições finais
que são: lixões, aterro controlado ou aterro sanitário.
Fonte: Como funciona o tratamento de resíduos sólidos no Brasil? EOS Organização e Siste-
mas, 19 set. 2018. Disponível em: <https://www.eosconsultores.com.br/tratamento-de-residuos-
-solidos-no-brasil> Acesso em: ago. 2020.

Resíduos perigosos: o que fazer?


Resíduo perigoso é todo aquele material resultante de ações do homem que
apresenta significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental devido a

38
certas características. Ele pode ser inflamável, corrosivo, reativo, tóxico, patogê-
nico, cancerígeno, teratogênico (pode interferir no embrião ou feto) e mutagênico
(pode causar mutações).
Pensando nas graves consequências do descarte incorreto de tais resíduos e no
potencial de reaproveitamento de alguns, a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), lei 12.305/10, estabeleceu que determinados resíduos sólidos perigosos,
após o consumo, devem retornar à indústria ou setor comercial para serem devi-
damente reciclados ou dispostos adequadamente em aterros.
Esse sistema é conhecido como logística reversa, pois o produto retorna do
consumidor para o produtor. As classes de resíduos considerados perigosos são:
• Agrotóxicos (incluindo resíduos e embalagens);
• Pilhas e baterias;
• Pneus;
• Óleos lubrificantes (incluindo resíduos e embalagens),
• Produtos eletroeletrônicos e seus componentes;
• Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.
O tratamento que os resíduos perigosos devem receber é diferente de orgânicos,
recicláveis e rejeitos, que separamos em casa ou no trabalho. Para que a logística
reversa aconteça, a PNRS tem por princípios a responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida do produto e a cooperação entre as diferentes esferas da sociedade.
Sendo assim, todos devem fazer sua parte para que os resíduos perigosos tenham
o destino correto. Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes “são
obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor” daquelas classes de resíduos
sólidos. Além delas, cuja logística reversa é obrigatória, a lei prevê que o sistema
seja estendido a produtos vendidos em embalagens plásticas, metálicas ou de
vidro e aos demais produtos e embalagens, considerando o grau e a extensão do
impacto da geração de resíduos à saúde pública e ao ambiente.
A logística reversa será implantada, conforme a lei, por meio de acordo setorial
ou de termo de compromisso. O acordo setorial é um contrato firmado entre o
poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes para
colocar em prática a responsabilidade compartilhada. A PNRS diz que os consu-
midores devem devolver os resíduos aos comerciantes ou distribuidores, que por
sua vez, vão encaminhá-los aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e
embalagens, os quais, por fim, devem dar a destinação ambientalmente adequada,
sendo o rejeito encaminhado para a disposição final em aterro.
Alguns resíduos já possuíam sistemas de logística reversa em suas cadeias
antes do surgimento da PNRS, por meio de outras tratativas legais: pneus,
embalagens de agrotóxicos, óleo lubrificante usado ou contaminado e pilhas e
baterias. Pela Resolução CONAMA 401/2008, por exemplo, os estabelecimentos
que vendem pilhas e baterias devem, obrigatoriamente, conter pontos de reco-
lhimento adequados.

39
Com a PNRS em 2010, que foi regulamentada pelo Decreto 7.404/2010, foram
criados cinco grupos técnicos temáticos (GTT) encarregados de discutir as bases
para implantação da logística reversa por acordos setoriais para as seguintes
cadeias: embalagens plásticas de óleo lubrificante, lâmpadas fluorescentes de
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, embalagens em geral, eletroeletrônicos
e seus componentes e medicamentos.
Até que todos os acordos setoriais previstos pelos GTT estejam completamente
vigentes e os sistemas totalmente implantados, as empresas que comercializam os
resíduos contemplados podem instituir a logística reversa por conta própria. Neste
caso, elas disponibilizam pontos de coleta em seus estabelecimentos e vendem
os resíduos a empresas recicladoras ou os encaminham a aterros industriais. Há
redes de farmácias, por exemplo, que já recolhem medicamentos vencidos e lojas
de materiais de construção, que recebem lâmpadas queimadas. Tem empresas
que reciclam equipamentos eletroeletrônicos, com as quais você, consumidor,
pode entrar em contato diretamente para viabilizar o recolhimento ou entrega.
Nós também podemos levar determinados resíduos direto às cooperativas (como
embalagens recicláveis). Além disso, é comum haver eventos, de cunhos diversos,
que disponibilizam pontos de entrega voluntária de alguns resíduos.
Quando praticamos a não geração, a redução, o reuso, a reciclagem e a com-
postagem, contribuímos para a manutenção e preservação da teia da vida que
integra todos os seres vivos e bens naturais. A logística reversa é prova de que
somos melhores quando unimos forças e de que cada um fazendo sua parte, em
rede, vai melhorando nosso mundo. A nossa lei escrita ainda é necessária para
assegurar os rumos da boa sociedade e o capitalismo ainda impera. Enquanto
isso, procuramos obedecer antes de tudo a lei da consciência e viver conforme a
compreensão de que cada ação em prol da sustentabilidade é um ato de valoriza-
ção da vida. Exercitamos nossa cidadania, colaboramos com setores econômicos
e a criação de empregos, além de cuidar da natureza que tanto cuida de nós,
oferecendo-nos tudo que precisamos.
Fonte: KLEIN,Letícia. Resíduos perigosos: o que fazer? Conexão planeta, 15 ago. 2017. Disponível
em:<https://conexaoplaneta.com.br/blog/residuos-perigosos-o-que-fazer/#fechar>. Acesso em: ago. 2020.

Urbanismo sustentável: entenda o conceito que estimula a criação de


espaços para o convívio humano
O grande desafio do urbanismo contemporâneo é sugerir novas configurações
e usos dos espaços públicos, melhorando a experiência cotidiana da população
Hoje, 50% das pessoas vivem nas cidades e a estimativa é que 80% da população
mundial esteja vivendo nos centros urbanos, a maior parte, nas metrópoles, até
2050. Isso significa em torno de sete bilhões de pessoas dividindo condomínios,
ruas, praças, centros comerciais e outros espaços urbanos. Possivelmente, se não
houver uma mudança na forma de ocupação e exploração das cidades, a vida
nesses ambientes ficará insustentável e sujeita a crises energéticas, hídricas e de
combustíveis fósseis. Segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), em 2050, 60% da população brasileira será adulta (terá em torno de
30 anos), e isso significa que a procura por moradias aumentará substancialmente.

40
Absorver o crescimento populacional, provocando o menor impacto ambiental
possível, e criar moradias, espaços privados e públicos que permitam e incentivem
o convívio humano e as relações interpessoais é o grande desafio do Urbanismo
Sustentável. Joan Clos, ex-diretor da ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas
para os Assentamentos Humanos) relata no site da instituição que “os espaços
públicos adequados melhoram a coesão da comunidade e promovem a saúde, a
felicidade e o bem-estar para todos os cidadãos, bem como incentiva o investi-
mento, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade do meio ambiente.”

Espaços pensados para beneficiar as pessoas sem impactar o meio am-


biente
Os ideais do Urbanismo Sustentável surgiram da urgência de minimizar os im-
pactos ambientais causados pela superpopulação e o crescimento desenfreado
das cidades. Referência mundial em Urbanismo Sustentável, o arquiteto e urba-
nista dinamarquês, Jan Gehl, é admirador dos lugares pensados pelas pessoas e
para as pessoas. No documentário The Human Scale (A Escalada Humana) sobre
a obra de Gehl, o arquiteto defende que o maior desafio atualmente é tornar as
cidades habitáveis, saudáveis, seguras e sustentáveis.
Alguns pontos determinantes do Urbanismo Sustentável são:
• Pautar o desenho urbano pela vida pública, propondo que as pessoas cami-
nhem mais, saiam dos espaços privados e passem mais tempo em espaços
públicos;
• Diversificar o uso dos espaços é uma forma de incentivar a ocupação, que,
por sua vez, torna esses espaços mais seguros, já que a simples presença
das pessoas desencoraja a criminalidade;
• Criar espaços que permitam experiências multissensoriais ( que envolvem
muitos estímulos sensoriais) . Para isso, é preciso adequar as construções
às pessoas, evitando as megaobras que desconsideram a escala humana e
desestimulam o contato e a experiência;
• Valorizar o transporte público e o transporte compartilhado, oferecendo al-
ternativas baratas e eficientes, como aluguel de bicicleta para quem precisa
se deslocar dentro desse perímetro e evitando a circulação de automóveis
nos centros;
• Fortalecer a economia e a identidade local, incentivando a criação e o acesso
a pequenos comércios, e criando locais próprios para a realização de eventos
artísticos e culturais;
• Cuidado e manutenção de áreas verdes, que ajudam a humanizar as cidades,
permitindo a realização de atividades ao ar livre, diminuindo o estresse e
contribuindo para o bem-estar da população.
Fonte: Urbanismo sustentável: entenda o conceito que estimula a criação de espaços para o
convívio humano. G1, 03 jan. 2019. Disponível em:

<https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/falando-de-sustentabilidade/no-
ticia/2019/01/03/urbanismo-sustentavel-entenda-o-conceito-que-estimula-a-criacao-de-espacos-
-para-o-convivio-humano.ghtml>. Acesso em: ago. 2020.

41
Instrutor, os aprendizes socializarão suas produções e
é importante que você faça suas considerações após cada
apresentação.

Fundamentação
Nesta estratégia praticamos habilidades como pensamento crítico, comunicação,
argumentação, responsabilidade, cidadania e tomada de decisões.

Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: Empresa na Prática

Instrutor, comprovadamente, quando se tem a possibi-


lidade de colocar em prática um aprendizado, decerto que
este se torna marcante na vida do indivíduo, em especial
pela experiência adquirida com a experiência proporcio-
nada. Temos exemplos reais no âmbito de faculdade, por
exemplo, as incubadoras, que oferecem auxílio e estrutura
para empresas de pequenos portes, partido de ideias e
ações das mentes universitárias.

Partindo dessa premissa, informe a turma que, nesse momento, hipotetica-


mente, nos tornamos uma empresa incubadora de Tecnologia Aprendiz SA Brasil,
cujo quantitativo de colaboradores é de 200 pessoas.
Nossa incubadora, tem atuação em Consultoria na esfera do e-Commerce/
Comércio Eletrônico e Comércio Exterior, e temos como
Objetivo criar um plano para desenvolvimento e implementação de Responsa-
bilidade Social para nossos clientes.
Para isso, cada setor da nossa empresa incubadora terá a missão de organi-
zar atividades/planejamento que devem ser desenvolvidas para atender nossas
demandas.
Você pode organizar a turma em 05 grupos da maneira que melhor atenda a
realidade do seu polo/unidade. Depois dos grupos organizados, entregue para
cada setor suas respectivas atividades a serem desenvolvidas.
Setor Administrativo: Campanha para minimizar o impacto ambiental
Setor de Logística: Promover 03 ações de voluntariado
Setor Bancário: Criar programas de capacitação para funcionários
Setor Gestão de Pessoas: Desenvolver ações de saúde
Setor Varejo: Campanha de doação para instituições.
Para o desenvolvimento das atividades segue os critérios a serem seguidos:
Qual a realidade atual?

42
• Qual a necessidade da mudança?
• Descreva uma missão para nortear as futuras ações.
• Precisamos de um planejamento
• Qual será o modo de aplicação da atividade e quais serão as adaptações
necessárias?
• Será necessário algum investimento, seja de valor financeiro ou humano?
(Respeito, Humildade, Empatia, Senso de Justiça, Educação, Solidariedade,
Ética e Honestidade)
• Quais são os prazos para implementação e concretização?
• Quais são os Resultados ?
Forma de Apresentação:
A apresentação pode ocorrer da maneira que for mais viável ao grupo e a sua
realidade. Você pode usar cartazes, apresentações ou planilhas da ferramenta do
google, por exemplo. Caso haja um laboratório de informática no seu polo/unidade
ou qualquer outra forma criativa que repasse todo o trabalho de maneira efetiva.
Como somos supostamente uma empresa incubadora, tratamos das demandas
fazendo uma reunião para apresentação das propostas dos setores.
Conclusão: Todos os grupos devem apresentar suas opiniões pessoais ao
término da apresentação.

observação: Apesar dos grupos com suas determinadas funções, a equipe


é uma só! Os setores precisam conversar para chegar ao objetivo comum
a todos

Fundamentação
Nesta atividade, como se pode perceber, trabalhamos uma única vertente
e ganhamos o aprendizado de duas competências necessárias e presentes no
mundo do trabalho. A primeira é colocar em prática a responsabilidade social, de
maneira que o aprendiz saia da zona de conforto, em que ele realize as atividades
que lhe são solicitadas e passe a ter a visão de empresa no âmbito de decisão,
planejamentos, equilíbrio e comprometimento. A segunda competência trabalhada,
que se apresenta entre linhas é o empreendedorismo, uma vez que, como visto
durante a oficina, percebe-se que ter responsabilidade social asseguradamente
dispara visibilidade e credibilidade no que tange a concorrência quando as insti-
tuições tomam para si o real propósito de ser e propagar ações que são benéficas
a ela e aos outros que a cercam.

Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: Grafite


Sabemos que a zona urbana tem sido cada vez mais procurada como forma de
moradia por oferecer oportunidades melhores de vida para a população.
Nelas as pessoas têm acesso com mais facilidade à prestação de serviços,
comércio e emprego, por exemplo. Mas em contrapartida, o crescimento desses

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ambientes, em sua maioria, acontece sem planejamento, crescendo junto a este
desenvolvimento moradias com infraestrutura deficiente, prestação de serviços
básicos inadequados, poluição, trabalhos subumanos, dentre outros. Sendo as-
sim, o maior desafio para estas cidades é crescer de maneira sustentável, sem
gerar prejuízos.
Para desenvolver esse assunto, vamos trabalhar com uma estratégia que
proporcionará aos seus jovens utilizar habilidades importantes. O grafite é um
tipo de arte muitas vezes utilizado como maneira de criticar diversas situações.
Nesse momento ele será utilizado para esta finalidade, comparando o estilo de
vida da maioria das cidades da zona urbana, que crescem desordenadamente,
às cidades sustentáveis.
Para a realização desta atividade, os jovens estarão organizados em grupos.
Forneça os materiais possíveis para a produção. Solicite que deem um nome às
produções, ou melhor, um tema para cada grafite. Para a apresentação, você pode
montar uma exposição para que os grupos visitem as explanações dos colegas.
Nessas visitas, os jovens utilizarão a ficha avaliativa, [SUST_FichaAvaliativaGrafi-
te_Aprendiz.pdf] como recurso de avaliação das produções dos colegas. Por isso é
importante que ao explicar a atividade, você também informe que eles avaliarão
uns aos outros.

FICHA AVALIATIVA
GRUPO COM O TEMA
NÃO CURTI CURTI SUPER CURTI!
CATEGORIAS

Tema escolhido

Cores e imagens
utilizadas

Mensagem
transmitida

Explanação da
produção

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É importante que sejam fomentados valores e princípios importantes para
este momento avaliativo, ou seja, lembrá-los que precisam ser justos, honestos,
sinceros e principalmente empáticos.
Ao final deste momento de apurações, todas as fichas serão entregues para
que os grupos comparem as análises recebidas e se auto avaliem, estabelecendo
um parâmetro de todas as análises.

Fundamentação
O grafite trabalha o raciocínio crítico e reflexivo, permite expressar sentimentos,
desenvolver o imaginário. Trabalhando em grupos, avaliando uns aos outros e a
si mesmos, aprendizagem colaborativa e o engajamento são estimulados. Além
disso, promovemos a oportunidade de exercitarem capacidades como: julgamento,
empatia, reflexão, motivação, lidar com diversidade de opiniões e críticas.

Duração: 140 minutos.


Descrição
Acreditamos que, se alcançamos todos os objetivos de todas as oficinas até
o presente momento, transformamos nossos aprendizes em pessoas melhores,
que conquistarão seus espaços sendo e fazendo a diferença, de maneira ética,
honesta e consciente. Já colhemos o retorno, quando eles se predispuseram a
vir para a capacitação, participar das oficinas da maneira dele, o esforço, a dedi-
cação, o comprometimento em cada detalhe, em cada posicionamento, em cada
exemplo citado. Deixamos claro que eles podem contar conosco para ampliar seus
horizontes e vislumbrar um futuro de tempo melhores.
Também, não podemos deixar de mencionar sobre você, que assim como o
aprendiz, de maneira insistente, lutou fortemente contra as dificuldades diárias,
acreditou, se transformou e ajudou a transformar com humildade e determina-
ção, com um rico conhecimento e o retorno diário do seu trabalho por meio dos
gestos dos aprendizes.
Plantamos no coração de cada jovem a semente da aprendizagem! Admira-
mos e somos gratos até aqui, por sua dedicação, seu esforço, seu ânimo e sua
compreensão. Seguimos para um novo ciclo que da mesma forma também nos
trará boas novas, percepções mais apuradas, significativas e muitos mais discer-
nimentos que nos farão lapidar as incertezas e acrescentar convicções do nosso
papel como mediadores.
Como diria o patrono da educação: "Educação não transforma o mundo. Edu-
cação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo."- Paulo Freire.
Fonte: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, Saberes necessários à prática educativa. 30
ed. São Paulo, Ed. Paz e Terra, 2004.

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Estratégia de Ensinagem 1 e Fundamentação: Passa ou repassa

Instrutor, agregando dinamicidade ao nosso encon-


tro, vamos usar nesta estratégia o jogo como recurso de
aprendizagem. Como sugestão, trazemos o “Passa ou
Repassa”.

Para início, em pequenos pedaços de papel, solicite que cada aprendiz crie uma
pergunta baseada no que aprendemos hoje e sinalize a resposta. Você recolherá
estas perguntas e analisará quais serão utilizadas no jogo.
Depois, a sala será dividida em dois grupos. Estipule quanto valerá cada per-
gunta. Acreditamos que 30 segundos seja tempo suficiente para a resposta, a
ser contado no seu comando, ao término da menção da pergunta. Você fará as
perguntas, mas antes disso, é preciso escolher quem vai começar respondendo.
Se o grupo não souber responder no tempo determinado ou errar, a questão
passa para o outro grupo, que tem a oportunidade de ganhar pontos em dobro.
É importante que a cada pergunta você faça observações sobre o conteúdo, uti-
lizando esta dinâmica como recurso de revisão. Converse com seus aprendizes
para que eles avaliem o desenvolvimento das equipes, falem sobre a experiência
vivenciada, dificuldades enfrentadas, dentre outras questões.
Fonte: Guia pedagógico de referência rápida coleção de estratégias/metodologias de ensino
coleção de avaliações formativas. Laureate International Universities. Disponível em: <https://
docplayer.com.br/83000633-Guia-pedagogico-de-referencia-rapida-colecao-de-estrategias-meto-
dologias-de-ensino-colecao-de-avaliacoes-formativas.html>. Acesso em: ago. 2020.

Fundamentação
Através da ludicidade dos jogos, exercitamos a aprendizagem dos aprendizes de
maneira divertida. O jogo será o exercício para a fixação do conteúdo e instrumento
de revisão. Outros aspectos também são exercitados aqui: trabalho em equipe,
controle de emoções, raciocínio lógico, comunicação, resiliência, dentre outros.

Estratégia de Ensinagem 2 e Fundamentação: Quiz


Responsabilidade Socioambiental
É notório lembrar que existem muitas instituições que se envolvem com a
Responsabilidade Socioambiental e assim o fazem firmando um compromisso
assíduo, ético e econômico. O resultado alcança a todos, pois os envolvidos co-
lhem bons frutos quando há o envolvimento, como a força de trabalho, devido os
colaboradores se sentirem felizes em suas atribuições, por saber que a empresa
se preocupa com eles, além da qualidade de vida que estende-se às famílias e a
comunidades de modo geral.
Para essa estratégia, trouxemos um quiz rápido e objetivo para medir qual é a
visão e percepção dos aprendizes quanto às empresas conhecidas que praticam
a Responsabilidade Socioambiental e ganham visibilidade na mídia.

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O quiz traz informações mínimas sobre seis empresas que são: Estrela, Faber
Castell, Nestlé, Volkswagen do Brasil, O Boticário e Natura do Brasil. Para a rea-
lização do quiz, você pode reaproveitar os grupos ou fazer com toda a turma de
uma só vez. Será um momento de descontração, porém de descobertas.

Quiz

QUIZ

VOCÊ CONHECE
EMPRESAS QUE
DESEMPENHAM A
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
COMO CASOS DE
SUCESSO?
Hiraman/iStockphoto

Fonte: UFPR- Universidade Federal do Paraná- Acervo Digital- Responsabilidade Social e Ca-
sos De Sucesso. Disponível em <https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/55546/
Adriana%20Guillaumon%20Teixeira%20Pinto.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.
Acesso em 19 ago. 2020.
Respostas:
1. Todas as alternativas estão corretas
2. Estrela – Suporte a doentes com câncer
3. Faber Castell- Planta árvores para a produção de lápis
4. Nestlé- Contribui com o programa Fome Zero
5. Volkswagen do Brasil- Faz investimentos para adquirir equipamentos
de ponta para preservar a saúde e a segurança dos seus trabalhadores.
6. O Boticário- Programa de Valorização da Diversidade, que objetiva a inclu-
são de diferentes profissionais na força de trabalho, considerando sexo e
orientação sexual, raça e etnia, crença, idade, portadores de deficiência.
7. Natura Brasil- Associa a sua imagem à responsabilidade social como
exemplo do programa “Cada pessoa importa!”
Após a realização do quiz, instigue os aprendizes a compartilharem quais são as
ações realizadas nas empresas nas quais trabalham. Entregue uma folha - Registro
Responsabilidade Socioambiental na sua Empresa, que está em anexa para que
façam o registro detalhado, que é a ação, como ocorre, se ele já participou, quais
são as percepções deles, lembrando que você deve realizar a atividade sempre
de acordo com a realidade e quantidade de aprendizes em cada turma. Caso eles
não consigam lembrar de alguma ação dentro da perspectiva de Responsabilidade
Socioambiental, solicite que pensem em uma ação que possa ser aplicada na
empresa na qual trabalham. Se for viável envie a ideia para a empresa ou solicite
que o aprendiz converse com seu gestor e compartilhe a ideia.

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Para a apresentação oriente o compartilhamento das ideias registradas.

Fundamentação
Quizzes e demais atividades lúdicas em sala, são ferramentas diferenciadas que
incorporam múltiplas abordagem do assunto trabalhado em sala, proporcionam
uma interatividade maior entre o grupo, assim como uma pré-avaliação do que
foi absorvido como aprendizagem, bem como informações necessárias sobre o
leque de conhecimento que o aprendiz traz de suas vivências.

Estratégia de Ensinagem 3 e Fundamentação: Revista sobre o Meio


Ambiente.
Algo de suma importância no mundo do trabalho a ser apontado é elaborar
uma visão macro dos aprendizes, da perspectiva do processo absorvido à sua apli-
cação e resultados. Para tal, a abordagem da teoria que interpela planejamento,
controle, direção e organização, certamente visa a prática como meio de fornecer
a experiência que gera noções, caso algo parecido surja na vida profissional dos
aprendizes no futuro.
Para esta atividade, será necessário que, de acordo com a realidade de com-
posição de sua turma, sejam formados 08 grupos. Para cada grupo, sorteie ou
distribua um parágrafo do Artigo 255 da CF. Um grupo será responsável pela capa
e editorial da revista.
Revele aos grupos que a missão da turma como todo, será criar uma única
revista que trate sobre o meio ambiente da qual a matéria principal é o artigo
mencionado.
O objetivo de cada grupo é fazer uma página, cujos critérios para desenvolvi-
mento da página são:
• Apresentar de maneira criativa o artigo recebido.
• O que é, para que serve e como é aplicado?
• Apresentar dois exemplos verídicos no contexto brasileiro de aplicação do
artigo.
• Criar um símbolo com significado que represente o artigo.
Para o grupo editorial sugerimos que o título da revista seja “Revista sobre o
Meio Ambiente”, mas caso o grupo ou você mesmo(a) tenha outra sugestão para
a composição do trabalho, você pode fazer as alterações necessárias.
Revele ao grupo editorial que, todos os grupos são importantes, mas eles têm
a notável missão de apurar/revisar o conteúdo da produção dos grupos, definir as
políticas editoriais como layout, estilo, criação da capa, identificação dos autores
envolvidos na criação da revista, notas importantes e texto inicial que contextualize
o leitor ao que vai ser tratado na revista e depoimentos.
O modo de criação também é definido de acordo com os ajustes da sua uni-
dade/polo. Você pode solicitar que seja feito em uma folha de papel pardo para
cada grupo, pode-se colar folhas brancas, usar folhas de flipchart ou bloco de
cavalete, se houver um laboratório de informática, você pode usá-lo aproveitando

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as ferramentas do Google ou da Microsoft como apresentação no PowerPoint ou
Word mais junção do Excel caso tenha que apresentar alguma planilha.

Instrutor, a sua visão de orientação para cada grupo


sobre essa demanda concedida, deve ser crucial para que
a atividade ocorra de forma efetiva, com eficácia e eficiên-
cia, pois a mesma tem por objetivo fazer com o que haja
interação entre todos que compõem a turma, além de
induzi-los a serem os autores principais na apreensão de
conhecimento, prática e poder de decisão e criatividade.

Ao término, organize as apresentações, onde cada grupo tenha a oportunidade


de apresentar o que fez, esclarecendo suas notícias e exemplos. Faça comentários
positivos e assertivos sobre as apresentações, também questione aos que estão
assistindo, quais são as considerações sobre o trabalho do outro, o que agregou
e o que mudou em seu olhar sobre o que foi visto e apresentado até aqui.
Se possível, convide outras turmas ou outras pessoas para apreciação da ati-
vidade. Também, se houver a possibilidade, verifique com antecedência, no local
em que você mora, lugares para visitação que trate sobre o tema da oficina e
organize para ser visto na prática como ocorre questões socioambientais.

Fundamentação
A incrementação da criação de uma revista nos proporciona trabalhar com
amplitude habilidades e competências essenciais para a vida acadêmica e ao
mundo do trabalho nos aprendizes, como a produção escrita, visão de mundo,
formação cognitiva e intelectual, integrar conhecimentos da escrita, interpretação,
pluralidade de opiniões priorizando a realidade em que se vive.

49
Mínimo: - Responsabilidade socioambiental: aspectos/pilares da
Oficina: Cidades sustentáveis Mínimo:
Educação Ambiental

Trilha Temática Oficina Conteúdos EEs

Sustenta- Cidades 150 px


Cidades • Enfatizar a Aquecimento 150 px
bilidade e susten- susten- importância • EE1 - Qual a manchete?
Meio Am-
biente
táveis
- Respon-
táveis
- respon-
da preservação
ambiental e
• EE2 - O que é fundamental?
sabilidade sabilidade desenvolvimento Mãos à Obra
socioam- Socioam- sustentável das • EE1 - Café Mundial
biental:
aspectos/
biental cidades para
manutenção
• EE2 - Conheça a Permacultura e os
seus principais conceitos
pilares da
Educação
dos recursos do
nosso planeta e
• EE3 - Responsabilidade social
Ambiental para promoção da Faz Sentido
qualidade de vida • EE1 - Consequências do
para todos os seus crescimento desordenado das
habitantes. cidades
• Suscitar ao aprendiz • EE2 - TikTok /Reels na
um ambiente de aprendizagem
aprendizagem
com a promoção
• EE3 - Scrapbook Da
Sustentabilidade e Meio Ambiente
de mudanças de
comportamentos. O que achou
• Articular discussões • EE1 - Escutatória.
e reflexões a Na prática
respeito de • EE1 - Aprenda, Reflita e Pratique!
direitos e deveres
vinculados à
• Caixa de Ferramentas
responsabilidade Mãos à Obra
social e ao meio • EE1 - Projeto cidade sustentável
ambiente. • EE2 -Empresa na Prática
• Fortalecer possíveis • EE3 - Grafite
ações e decisões
de soluções
• Faz Sentido
para preservar o • EE1 - Passa ou repassa
meio ambiente • EE2 - Quiz Responsabilidade
por meio da Socioambiental
responsabilidade • EE3 - Revista sobre o Meio
socioambiental. Ambiente.

50
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