Você está na página 1de 2

Algumas definições para Caricatura, charge e cartum.

RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de


Comunicação. 2 ed, ver. e atualizada. Rio de Janeiro: Campus, 2001, pp. 106-107.

CARICATURA
Representação da fisionomia humana com características grotescas, cômicas ou
humorísticas. A forma caricatural não precisa estar ligada apenas ao ser humano (pode-
se fazer a caricatura de qualquer coisa), mas a referência humana é sempre necessária
para que a caricatura se realize. Entre as outras formas de arte, a caricatura apresenta a
peculiaridade de ter um objeto específico: o artista estará realizando uma caricatura
sempre que sua intenção principal for representar qualquer figura de maneira não
convencional, exagerando ou simplificando os seus traços, acentuando de maneira
despropositada um ou outro detalhe característico, procurando revelar um ponto não
percebido, apresentar uma má qualidade escondida, apresentar uma visão crítica e quase
sempre impiedosa do seu modelo, provocando com isso o riso, a mofa ou um momento de
reflexão no espectador.

RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de


Comunicação. 2 ed, ver. e atualizada. Rio de Janeiro: Campus, 2001, p. 112.

CARTUM
Narrativa humorística, expressa através da caricatura. O cartum é uma anedota
gráfica; seu objetivo é provocar o riso do espectador. E como uma das manifestações da
caricatura, ele chega ao riso através da crítica mordaz, satírica, irônica e principalmente
humorística, do comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos seus hábitos e
costumes.

RABAÇA, Carlos Alberto & BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de


Comunicação. 2 ed, ver. e atualizada. Rio de Janeiro: Campus, 2001, pp. 126-127.

CHARGE
Cartum cujo objetivo é a crítica humorística imediata de um fato ou acontecimento
específico, em geral de natureza política. O conhecimento prévio, por parte do leitor, do
assunto de uma charge é, quase sempre, fator essencial para sua compreensão. A
mensagem contida numa charge é eminentemente interpretativa e crítica, e, pelo seu poder
de síntese, pode ter às vezes o peso de um editorial.
MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo. 3 ed. ver. e ampl. Campos do Jordão:
Mantiqueira, 2003, pp. 167-168.

1) Caricatura (propriamente dita). Retrato humano ou objetivo que exagera ou


simplifica traços, acentuando detalhes ou ressaltando defeitos. Sua finalidade é
suscitar risos, ironia. Trata-se de um retrato isolado.

2) Charge. Crítica humorística de um fato ou acontecimento específico. Reprodução


gráfica de uma notícia já conhecida do público, segundo a ótica do desenhista.
Tanto pode se apresentar somente através de imagens quanto combinando imagem
e texto (título, diálogos).

3) Cartum. Anedota gráfica. Crítica mordaz. Geralmente não insere personagens


reais ou fatos verídicos, mas representa uma expressão criativa do caricaturista,
que penetra no domínio da fantasia. Mantém-se, contudo, vinculado ao espírito do
momento, incorporando eventualmente fatos e personagens.

4) Comic. História em quadrinhos. Narrativa composta por imagens que se sucedem,


complementadas por textos (balões). No jornal, aparece de forma seriada. Na
revista, publica-se integralmente.

Dessas espécies da caricatura, duas não pertencem ao universo jornalístico. São


exatamente aquelas que ultrapassam a fronteira do real e se fundem ao imaginário.
Por mais que estejam sintonizados com o momento vivido, com fatos e personagens da
atualidade, seu referencial não é verídico. O cartum e o comic não possuem limites de
tempo e espaço. São criações da livre imaginação do desenhista.
O mesmo não ocorre com a caricatura e a charge. Sua validade humorística advém
do real, da apreensão de facetas ou de instantes que traduzem o ritmo de vida da
sociedade, que flagram as expressões hilariantes do cotidiano.

Você também pode gostar