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Este livro é um guia prático que apresenta de maneira

simples e objetiva as principais orientações com relação à



constituição de empresa e lançamentos contábeis.
Ajudará estudantes e pequenos empresários a desenvolver
seu conhecimento com os passos a serem seguidos no
decorrer de seus estudos e sua vida profissional.

















Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser


reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios
em nome de terceiros, porém a impressão é livre e serve para auxiliar
profissionais da área, discentes e empresários.

Revisão: Valquiria Ribeiro de Queiróz – Professora de


educação infantil e ensino fundamental I, formação técnica em
secretariado e administração de empresas pela Escola Técnica
Estadual Professor Camargo Aranha e Pedagoga graduada pela
Universidade Cruzeiro do Sul.

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Às minhas irmãs, meus sócios e meus amigos
de profissão, principalmente a minha mãe que
sempre esteve ao meu lado, inclusive nos
momentos mais difíceis.
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AGRADECIMENTOS

À minha irmã Valquíria Ribeiro de Queiróz que revisou este


livro com tanto carinho, minha irmã Karen Aparecida Antonio e
principalmente minha mãe Maria Penha da Silva Antonio que esteve
ao meu lado em todo momento. À Família Crippa que sempre me
ajudou e me apresentou para essa ciência linda que é a
contabilidade, e aos meus sócios Anderson Luiz Neves e Shyrley
Alves de Almeida.

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“Você pode encarar um erro como uma
besteira a ser esquecida, ou como um
resultado que aponta uma nova direção”.

Steve Jobs 5
INTRODUÇÃO

O período mercantilista configurou-se no século XVI e


meados do século XVII, voltado para o processo de
desenvolvimento da indústria, crescimento do comércio e das
atividades terciárias (ligadas à prestação de serviços).

Todos os processos de desenvolvimento e crescimento


das empresas deram inicio por meio da transição do
feudalismo ao capitalismo, onde o Mercantilismo e a
Revolução Industrial são os acontecimentos mais importantes
que representaram o aparecimento de uma nova maneira de
organizar (ou dividir) as empresas em determinados setores:

- Comércio: é o ato de comprar e vender mercadorias/insumos


para o consumidor final, podendo ser Pessoa Física ou
Pessoa Jurídica;
- Indústria: é a produção de mercadorias/insumos que abrange
a extração de produtos naturais até a sua transformação de
bens de consumo ou de produção;
- Prestação de Serviços: é a atividade de produzir bens de
acordo com o exercício de uma profissão, fornece e oferece
adequadamente sua prestação à Pessoa Física ou Pessoa
Jurídica.

Para constituir uma empresa deve-se elaborar um


planejamento da atividade antes de iniciá-la, um instrumento
bastante simples e muito efetivo é o plano de negócio, uma
espécie de estudo de viabilidade que lhe responderá questões
fundamentais como:

- Identificação de oportunidades no mercado;


- Análise dos riscos envolvidos;
- Definição das características do negócio;
- Quais as necessidades e desejos de seu futuro cliente, como
fazer para chega até ele?
- Como a concorrência está operando hoje?
- Qual o volume de investimento necessário para montar uma
empresa bem estruturada?
- Como conseguir o capital necessário para o investimento?
- Em quanto tempo o capital investido na empresa será
recuperado?
- Esta atividade poder ser enquadrada em quais regime de
tributação?

6
Além disso, é preciso conhecer quais são as habilidades
e características empreendedoras que você já tem ou precisa
desenvolver para estar à frente de seu negócio.

A principal figura neste contexto é o grande surgimento


na forma de constituir uma empresa, onde o sistema
tecnológico e informatizado prevalece, e o direcionamento
adequado do trabalho é fundamental para evitar dispersão e
desperdícios dos recursos. Assim, planejar é uma
necessidade da empresa não importando seu ramo de
atividade, e sim um conceito na forma de serviços que será
fornecido para seus clientes.

Em nossa economia atual a cada 100 negócios abertos,


36 fecham as portas no primeiro ano e 34 vão a falência no
segundo. Depois do quinto ano, apenas quatro sobrevivem.
Embora esses números assustem, o dono de uma idéia bem
elaborada não precisa temê-los. O mais importante na hora de
montar um negócio próprio é saber em que terreno se está
pisando e a melhor maneira de fazer isso é elaborar um plano
de negócio. Gostar de lidar com pessoas, ser bem organizado
e dedicado ao trabalho, são características imprescindíveis.

Para constituir uma empresa, ou seja, uma pessoa


jurídica é necessário o registro do contrato social na Junta
Comercial ou no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas,
para registrar o contrato deverão ser apresentados os
documentos já previstos na legislação atual. Ressaltamos
que, além desse registro, a empresa deverá ser registrada em
outros órgãos, de acordo com a sua atividade para estar
legalmente constituída.

Os Conselhos Regionais de Regulamentação e Fiscais do


Exercício Profissional são responsáveis pela administração
das atividades profissionais dos sócios, administradores e
empregados, por meio da inscrição do profissional ou da
sociedade nos respectivos conselho ou ordem, tais como:
CRC, OAB, CRM, CRO, CREA, CRECI, CORE, CREMESP,
etc., indispensáveis para o início definitivo das operações,
principalmente para aquelas sociedades que exercem
atividades na natureza científica ou intelectual.

Após seu registro na Junta Comercial ou no Cartório de


Registro de Títulos e Documentos é necessário entrar com o
pedido do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (C.N.P.J.)
é o registro fiscal de maior abrangência no território nacional,

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imprescindível para dar seguimento ao processo de
organização de qualquer atividade, empresarial.

É preciso dar muita atenção nesta fase, é nela que a


empresa opta pelo seu regime de tributação, pois a opção no
ato constitutivo obriga a tributação por todo ano calendário da
constituição da empresa.

As inscrições municipais de contribuintes são


indispensáveis para aquelas empresas ou empresários que
venham a promover a circulação de serviços sujeitos à
incidência de I.S.S.Q.N. (Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza).

A inscrição municipal do contribuinte regulamente


inscrita é elemento indispensável para que a administração
tributária municipal autorize a impressão e utilização de
documentos fiscais. Sem esta providência não é possível às
empresas e as sociedades simples realizarem qualquer tipo
de atividade, exceto se no município de atuação da empresa
houver alguma provisão de dispensa de utilização de
documentos fiscais (como para o caso do I.S.S.Q.N. fixo).

As agências Municipais de Controle Urbano são


responsáveis pela administração das atividades econômicas
dos municípios, por meio da expedição de licenças e alvarás
de funcionamento obrigatórios para inícios das operações.

As Secretarias de Estado de Fazendas Públicas são


responsáveis pela administração das Inscrições Estaduais de
Contribuintes e são indispensáveis para aquelas empresas ou
empresários que venham a promover a circulação de
mercadorias e serviços sujeitos a incidência de I.C.M.S.

Observa-se que o pedido da Inscrição Estadual é feito


via on-line e à atenção deve ser dada no Regime de
Enquadramento nesse âmbito. A Inscrição Estadual do
contribuinte regularmente inscrito, é um elemento importante
para que as administrações tributárias estaduais autorizem a
impressão e utilização de documentos fiscais. Sem esta
providência não é possível às empresas comerciais e
industriais realizarem qualquer atividade.

Após constituir uma empresa, em um dos seguintes


ramos: industrial, comercial ou prestação de serviços é
primordial o empresário possuir uma noção básica de
contabilidade ou administração.

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Por fim, a contabilidade e a administração são
instrumentos fundamentais na gestão de qualquer empresa,
afinal, são elas o espelho da própria empresa.

Este livro, além de passar algumas informações básicas


na constituição de uma empresa ajudará estudantes e
pequenos empresários a gerir e desenvolver o seu negócio.

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C A P ÍT U L O 1
D A C O N S T IT U IÇ Ã O D E E M P R E S A

1. PLANEJAMENTO
Para constituir uma empresa deve-se elaborar um
planejamento da atividade antes de iniciá-la. Um instrumento
bastante recomendado, simples e muito efetivo é o plano de
negócio.

É uma espécie de estudo de viabilidade que lhe


responderá questões fundamentais como:

-Identificação de oportunidades no mercado;


-Análise dos riscos envolvidos;
-Definição das características do negócio;
-Quais as necessidades e desejos de seu futuro cliente, como
fazer para chegar até ele?
-Como a concorrência está operando hoje?
-Qual o volume de montante necessário para o investimento?
-Em quanto tempo o capital investido na empresa será
recuperado?
-Esta atividade pode ser enquadrada em qual regime de
tributação?

Além disso, também é preciso conhecer quais são as


habilidades e características empreendedoras que você tem
ou precisa desenvolver para poder estar à frente de seu
negócio.

A principal figura neste contexto concentra-se na forma


de constituir uma empresa onde o sistema tecnológico e
informatizado prevalece, e o direcionamento adequado do
trabalho é fundamental evitando dispersão e desperdícios dos
recursos. Assim, planejar é uma necessidade da empresa não
importando seu ramo de atividade.

Primeiramente, conhecer, analisar e definir o mercado e


o ramo de atuação:
- comércio;
- indústria;
- ou prestação de serviços.

O planejamento é essencial antes de sair atrás do


dinheiro e do ponto comercial. Colocar às idéias no papel é
um dos primeiros passos. Só assim você terá uma visão real

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das necessidades e da própria viabilidade do negócio. Saber
em detalhes como você vai gastar e ganhar dinheiro com a
constituição da empresa. Para isso é preciso montar um plano
de negócio.

2. PLANO DE NEGÓCIO
Para montar uma empresa, antes de começar a colocar
em prática os passos necessários para a sua legalização, é
preciso que o futuro empresário tenha uma série de
conhecimentos fundamentais, como: conhecer o ramo de
atividade onde vai atuar, o mercado, fazer um planejamento
do que vai ser colocado em prática na nova empresa,
estabelecer os objetivos que se pretende atingir, entre outros.

Para isso é preciso fazer um levantamento de dados e


informações em uma série de órgãos (IBGE, Sindicatos,
Associações, SEBRAE, etc.) para saber como se encontra
este mercado, quando o futuro empresário terá que vender por
mês para não vir a fracassar, quanto poderá retirar por mês
de pró-labore sem prejudicar o bom funcionamento da
empresa, quais os impostos a pagar e suas alíquotas e
quando guardar de recursos financeiros para fazer frente aos
compromissos nos primeiros meses. Enfim, é preciso fazer o
planejamento financeiro e da estrutura da nova empresa.

Entre esses três setores (comércio, indústria ou


prestação de serviços) existem muitas atividades a serem
exploradas, mas atenção! Há uma série de fatores que
influenciam e limitam a escolha do seu ramo de negócio.

O plano de negócio é um documento escrito que tem o


objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o
empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da
empresa a ser criada. Também é utilizado para a previsão de
valores de empréstimos e financiamento, quando necessário,
junto a instituições financeiras, bem como para expansão de
sua empresa.

Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as


seguintes funções:

-Avaliar o novo empreendimento do ponto de vista


mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional;
-Avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua
implantação: para cada um dos aspectos definidos no plano
de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com
o realizado;

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-Facilitar ao empreendedor, a obtenção de capital de terceiros
quando o seu capital próprio não é suficiente para cobrir os
investimentos iniciais.

Segundo fontes do SEBRAE, ao planejar, o futuro


empreendedor deve ter em mente alguns conceitos, como:

1. Conhecer o ramo de atividade – É preciso conhecer


alguns dados elementares sobre o ramo em que pretende
atuar, possibilidades de atuação dentro do segmento
(ex.: confecção é o ramo; pode-se atuar com jeans,
malha, linho... para público infantil, adulto, feminino...).

2. Conhecer o mercado consumidor – O estudo do mercado


consumidor é um dado importante para o
empreendimento, pois abrange as informações
necessárias à identificação dos prováveis compradores.
O que produzir, de que forma vender, qual o local
adequado para a venda, qual a demanda potencial para
o produto. Essas são algumas indagações que podem ter
respostas mais adequadas quando se conhece o
mercado consumidor.

3. Conhecer o mercado fornecedor – Para iniciar e manter


qualquer atividade empresarial, a empresa depende de
seus fornecedores – o mercado fornecedor. O
conhecimento desse mercado vai refletir nos resultados
pretendidos pela empresa. Mercado fornecedor é aquele
que fornece à empresa os equipamentos, máquinas,
matéria-prima, mercadorias e outros materiais
necessários ao seu funcionamento.

4. Conhecer o mercado concorrente – O mercado


concorrente é composto pelas pessoas ou empresas que
oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes
aos que você pretende oferecer. Este mercado deve ser
analisado criteriosamente, de maneira que sejam
identificados: quem são meus concorrentes? Que
mercadorias ou serviços oferecem? Quais são as vendas
efetuadas pelo concorrente? Quais os pontos fortes e
fracos da minha concorrência? Os seus clientes lhes são
fiéis?

5. Definir produtos a serem fabricados, mercadorias a


serem vendidas ou serviços a serem prestados – É
preciso conhecer detalhes do seu produto/serviço.
Ofereça produtos e serviços que atendam as
necessidades de seu mercado. Defina qual a utilização

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do seu produto/serviço, qual a embalagem a ser usada,
tamanhos oferecidos, cores, sabores...

6. Analisar bem a localização de sua empresa – Onde


montar o seu negócio? A resposta certa a essa pergunta
pode significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso
de um empreendimento. Tudo é importante para esta
escolha e deve ser observado e registrado.

7. Conhecer Marketing – Marketing, como muitos pensam,


não é só propaganda. Marketing é um conjunto de
atividades desenvolvidas pela empresa, para que esta
atenda desejos e necessidades de seus clientes. As
atividades de marketing podem ser classificadas em
áreas básicas, que são traduzidas nos 4P’s do
marketing. São eles: Produto, Pontos de Venda,
Promoção (comunicação) e Preço.

8. Processo operacional – Este item trata do como fazer.


Devem ser abordadas tais questões: que trabalho será
feito e quais as fases de fabricação/venda/prestação de
serviços; quem fará; com que material; com que
equipamento; e quando fará. É preciso verificar quem
tem conhecimento e experiência no ramo: você? Um
futuro sócio? Ou um profissional contratado?

9. Projeção do volume de produção de vendas ou de


serviços – É prudente que o empreendedor ou
empresário considere: a necessidade e a procura do
mercado consumidor; os tipos de mercadorias ou
serviços a serem colocados no mercado; a
disponibilidade de pessoal; a capacidade de recursos
materiais – máquinas, instalações; a disponibilidade de
recursos financeiros; a disponibilidade de matéria-prima,
mercadorias, embalagens e outros materiais
necessários.

10. Projeção da necessidade de pessoal – Identifique o


número de pessoas necessárias para o tipo de trabalho e
qual a qualificação que deverão ter, referente ao serviço
de escritório.

11. Análise financeira – É necessário fazer uma


estimativa do resultado da empresa, a partir de dados
projetados, bem como, uma projeção do capital
necessário para começar o negócio, pois terá que fazer
investimento em local, equipamentos, materiais e

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despesas diversas, para instalação e funcionamento
inicial da empresa.

Para abrir uma empresa, deve-se levar em conta que o


sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom
planejamento. Embora qualquer negócio ofereça riscos, é
possível prevenir-se contra eles.

Este planejamento, denominado Plano de Negócio, deve


ser escrito e, a cada passo, o empreendedor deve fazer o
máximo de anotações possíveis para ajudá-lo a tomar a
decisão de iniciar a empresa. Com a elaboração do plano, o
empreendedor deverá ter uma noção prévia do funcionamento
do seu negócio do ponto de vista financeiro, dos clientes,
fornecedores, concorrentes (mercado) e da organização
necessária ao seu bom funcionamento.

Este Plano de Negócio foi extraído do SEBRAE para


orientar o futuro empreendedor na constituição de sua
empresa:

2.1 Introdução ao Plano de Negócio

É um instrumento que visa estruturar as principais


concepções e alternativas para uma análise correta de
viabilidade do negócio pretendido, proporcionando uma
avaliação antes de colocar em prática a nova idéia, reduzindo
assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos e
esforços em um negócio inviável. Também é utilizado para a
solicitação de empréstimos e financiamento junto a
instituições financeiras, bem como, para expansão de sua
empresa.

Pessoa Física:
C.P.F.(MF):
Razão Social:
C.N.P.J. (MF):
Data de:
Endereço:
Telefone:

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CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A questão visa conhecer a finalidade do plano de


negócios: criando um negócio (implantação), expandido um
negócio já existente ou modificando a localização de sua
empresa (relocalização).

( ) Implantação
( ) Expansão / Modernização
( ) Relocalização

Faça uma síntese do tipo de empreendimento que você


pretende implementar. A pergunta pretende identificar de
forma clara e objetiva, o ramo em que pretende atuar e os
motivos que o levaram a tomar esta decisão. É interessante
oferecer detalhes sobre o empreendimento. Por exemplo: se
deseja montar um restaurante, qual é a proposta? Self-service
(a kg ou preço único) ou a la carte?; se é um comércio,
atacadista ou varejista? E assim por diante.

ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE

Descreva quais são as oportunidades que você percebe


em seu empreendimento.
Muitas oportunidades são encontradas pela identificação
de tendências. Estas tendências merecem rigorosa atenção
por parte das empresas para se detectar uma nova
oportunidade.

Quais são as principais ameaças ao seu negócio?


As ameaças também são uma constante e surgem de
todas as esferas: do desinteresse do mercado consumidor por
seu produto à entrada de novos concorrentes com importantes
diferenciais competitivos, passando pela carência de insumos
e matérias-primas. Por isso, sua atenção às mudanças,
chamadas sinais de mercado, deve ser total e contínua, de
modo a lhe permitir interagir com previsibilidade e
consistência.

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LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO

Faça uma análise dos diversos pontos potenciais


existentes para tomar uma decisão sobre o local a ser
instalada sua empresa. Abaixo é apresentado um modelo com
vários fatores para que se possa fazer uma classificação pelo
grau de importância. A escala é de um a cinco em ordem
crescente, com 5 sendo o valor mais favorável para sua
empresa.
Por meio do preenchimento do quadro, você poderá ter
um melhor direcionamento quanto às vantagens e
desvantagens do local a ser escolhido.
Fatores 1 2 3 4 5
Área comercial movimentada
Área para vitrines
Bom acesso rodoviário
Concorrente mais próximo
Entrada de serviço para entregas
Estado do imóvel
Facilidade de entrada e saída
Facilidade de estacionamento
Fluxo de tráfego
Histórico do local
Localização da rua
Melhorias exigidas na locação
Passagem de pedestres
Preço do aluguel
Serviços urbanos
Taxa de ocupação do local
Tempo de contrato do aluguel
Transporte público
Zoneamento adequado

O quadro acima poderá ser aplicado em diversos locais e


após a definição. Você pode justificar abaixo os motivos que o
levaram a esta decisão.

A escolha do local e o espaço físico onde você pretende


instalar seu negócio são decisões importantes para o sucesso
do empreendimento. O local deve oferecer uma infra-estrutura
necessária ao seu negócio, ter acesso facilitado aos clientes
e fornecedores, enfim, propiciar o seu crescimento.

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Defina um layout para suas instalações.
A alocação e distribuição de seus diversos recursos
(mercadorias, estantes, gôndolas, vitrines, prateleiras,
depósitos e outros) em suas instalações também são
importantes para a integração das atividades a serem
executadas para a conquista de níveis de produtividade
satisfatórios ao seu negócio. O benefício que um bom arranjo
físico (layout) pode trazer é, por exemplo: uma maior
facilidade de localização dos itens por parte do cliente, um
fluxo mais ágil dos materiais, uma disposição mais adequada,
etc.

CONSUMIDOR

Qual o seu mercado potencial?


Mercado potencial significa identificar seu público
principal – para quem você pretende produzir, vender, prestar
serviços, etc. (região, sexo, costumes, estilo de vida, renda).
Esta análise pode ser estendida para que tipo de empresa
(porte, ramo de atuação, nível de faturamento, comércio,
indústria), pode ser atendida pelo produto/serviço. Deve-se
priorizar os mercados identificados.

Dimensione seu mercado principal.


As informações quanto ao raio de atuação da empresa,
tamanho de mercado, número de clientes/clientes potenciais
dentre outras variáveis, podem ser obtidas por meio da
consulta em bancos de dados, censos econômicos e
demográficos, publicações especializadas do setor,
associações comerciais e de classes, sindicatos, órgãos do
governo federal, estadual e municipal, com os concorrentes
ou ainda em pesquisas de mercado junto ao mercado-alvo.

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O setor possui sazonalidade no consumo?
A sazonalidade está ligada diretamente a variação da
demanda dos produtos/serviços da empresa. Por exemplo:
uma sorveteria tem como pico de vendas no período de verão
e uma queda acentuada no consumo desse produto em meses
de climas mais frios. Ao conhecer as oscilações que seus
produtos/serviços possam sofrer em determinadas épocas do
ano, o empresário deve pensar em alternativas para resolver
o problema (Exemplo: inserção de novos produtos, promoção,
etc.).

FORNECEDOR

Indique seus fornecedores considerando sua localização,


preço, forma e prazos de pagamento, disponibilidade de
fornecimento, lote mínimo de compra, etc.
Todos os fatores acima mencionados devem ser
levantados para que a empresa possa avaliar a melhor opção
para suas necessidades.

6 5 4 3 2 1
Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

Seu Fornecedor Fornecedor Fornecedor


Item Fornecedor “A” “B” “C”
Atual
Atendimento
Capacidade de
Condições de
Facilidade de
Garantias dos
Localização
Lote Mínimo de
Pontualidade de
Preço
Qualidade do

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Relacionamento

O setor possui sazonalidade no fornecimento de


matérias-primas para produção?
Deve ser observado que a disponibilidade de matéria-
prima durante os diversos períodos do ano podem sofrer
alterações. Logo, é fundamental que a empresa analise a
possibilidade de insumos substitutos para que não
comprometa a sua cadeia de produção.

CONCORRENTE

Identifique quais são seus concorrentes e seus pontos


fortes e fracos, canais de distribuição, custos e preços de
venda praticados, políticas de crédito e formas de divulgação.
O conhecimento sobre a concorrência é importante para
que a empresa esteja atenta a todos os conhecimentos que
estão em torno de seu mercado. Pode também auxiliá-lo na
definição de estratégias de atuação junto aos concorrentes.

6 5 4 3 2 1
Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim Muito Ruim

Item Sua Concorrente Concorrente Concorrente


Empresa “A” “B” “C”
Atendiment
o
Atendiment
oPós
Canais de
Distribuição
Divulgação
Garantias
Oferecidas
Localização
Política de
Crédito
Preços
Qualidade
dos

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Reputação

PESSOAL

Dimensione sua equipe de trabalho, relacionando número


de empregados, cargos, salários e encargos sociais
esperados.
Nesta etapa deve ser feito um resumo das
responsabilidades e qualificações de cada pessoa.
Inicialmente você deve fazer um organograma de sua empresa
definindo claramente as funções e linhas hierárquicas, isso
com certeza o ajudará a definir o perfil das pessoas que irá
contratar. Defina o número de pessoas, quais serão seus
cargos, funções e responsabilidades e principalmente a
qualificação exigida para realizar o trabalho a contento. Com
estas informações, você terá condições de procurar no
mercado o profissional adequado às necessidades de sua
empresa aliado aos recursos disponíveis.

Cargo Quantidade Salário Encargo Social Total R$


R$ R$

Total:

PRODUTOS E SERVIÇOS

Relacione os produtos/serviços que serão oferecidos


pela empresa e suas características.
Ao descrever o seu produto ou serviço, deverá deixar
bem claro suas vantagens e benefícios. Citar aspectos que
levarão o consumidor a escolher o seu produto/serviço, em
vez de outros disponíveis no mercado. Deve-se aqui,
estabelecer áreas de diferenciação. Listar as vantagens de
seu produto em relação aos concorrentes, tais como patente,
registro de marca, exclusividade, etc. Se no final, chegar a
conclusão que a vantagem está do outro lado, registre
modificações que serão feitas para reverter este quadro.
Lembre-se: o seu produto/serviço deve ser melhor em relação
aos outros.

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Estime a capacidade instalada para o primeiro ano de
atividade.
Para evitar ociosidade ou até mesmo desperdício de
recursos, é importante que a empresa faça um
dimensionamento de suas instalações, volume de
atendimento, número de funcionários, dentre outras variáveis
que poderão fazer parte desta análise.

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

Defina uma estratégia competitiva com base nas


variáveis: liderança no custo e diferenciação.

Após todo o planejamento estratégico antes de constituir


uma empresa, precisaremos destacar alguns tópicos
importantes para obter o registro no próprio órgão público, de
acordo com a Lei 10.406/02 conforme o Código Civil
Brasileiro.

3. ESCOLHA DA RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA E


VERIFICAÇÃO DE INEXISTÊNCIA NA PRAÇA

Deve-se escolher um nome (razão social) para a


empresa de acordo com a Lei 10.406/02 artigos 1.155 à 1.168.
Esse nome deverá lembrar o que a empresa comercializará,
industrializará ou o serviço que irá prestar.

Se tratando de uma Sociedade Simples Limitada onde o


empresário é quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, à denominação social deverá
ser pesquisada nos 10 (dez) Cartórios de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas de São Paulo, enviando a razão social
escolhida no CEDETE, não há necessidade de preenchimento
de formulário para a devida pesquisa somente à taxa que
deverá ser paga no próprio Cartório, a denominação social do
cartório deve ser no seguinte exemplo:

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- Trade Consultoria Econômica Ltda ou Trade Consultoria
Econômica S/S Ltda (pode ser acrescido na denominação
social os caracteres S/S – Sociedade Simples).

Se tratando de uma Sociedade Empresária Limitada


(comércio, indústria ou outros tipos de prestação de serviços
que não sejam atividades intelectuais, de natureza científica,
literária ou artística), feita a escolha, verifica se o nome está
ou não registrado na Junta Comercial do Estado de origem.

3.1 Definição do Objeto Social da Sociedade

O objeto da sociedade deve reproduzir fielmente a


atividade desenvolvida por ela. Antes da elaboração do
contrato social tanto de Sociedade Simples Limitada ou de
Sociedade Empresária Limitada, deve-se analisar a tabela da
Prefeitura do Município da Jurisdição e a tabela de CNAE
(Código Nacional de Atividade Econômica) que se encontra na
página da Internet do IBGE www.cnae.ibge.gov.br no ícone da
pesquisa CNAE FISCAL, a tabela desses códigos servirão de
apoio para a verificação da atividade que a empresa irá
desenvolver, para não haver erro na descrição no objetivo
social no contrato. Caso houver dúvida quanto à atividade
basta enviar um e-mail para o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística): cnae@ibge.gov.br, pedindo a
classificação correta do objeto social escolhido para exercer a
atividade da empresa.

3.2 Elaboração do Contrato Social


Serão demonstrados a seguir dois modelos de contrato
social de constituição, onde o empresário e a Sociedade
Empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas
Mercantis a cargo da Juntas Comerciais, e a Sociedade
Simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual
deverá obedecer às normas fixadas para o registro, conforme
a Lei 10.406/02, onde o contrato poderá ser adaptado às
particularidades de cada sociedade.

Modelo de Contrato Social de Constituição de Sociedade


Empresária Limitada

“MICRON INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA”

Pelo presente instrumento particular de contrato social


de sociedade empresária limitada, JOÃO ALBERTO DA

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SILVA, brasileiro, solteiro, maior, empresário, portador da
cédula de identidade R.G.: 30.741.910-1 SSP/SP e
C.P.F.(MF): 142.539.628-31, residente e domiciliado nesta
capital do estado de São Paulo à Rua Odorico Mendes, 253 –
Apto. 81 – Mooca – C.E.P.: 03127-070, e FERNANDO
ALBERTO DA SILVA, brasileiro, casado sob o regime de
comunhão parcial de bens, empresário, portador da cédula de
identidade RG: 19.841.759-7 SSP/SP e C.P.F.(MF):
126.101.368-97, residente e domiciliado nesta Capital do
Estado de São Paulo, à Rua Padre Adelino, 1609 – Campo
Belo – C.E.P.: 04608-003, resolvem neste ato constituírem
uma sociedade empresária limitada, de acordo com o Novo
Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/02) consoante às seguintes
cláusulas e condições:

1ª. – DA DENOMINAÇÃO SOCIAL: A sociedade empresária


limitada gira sob a denominação social de “MICRON
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA”.

2ª. – DA SEDE SOCIAL: A sociedade empresária limitada tem


sua sede e foro sito a RUA DO CANAL, 123 – VILA
GUILHERME – C.E.P.: 04547-005, nesta capital do estado
de São Paulo.

3ª. – DO OBJETO SOCIAL: A sociedade empresária limitada


tem por objeto social:
A FABRICAÇÃO E O COMÉRCIO ATACADISTA DE
ARTEFATOS DE MATERIAL PLÁSTICO PARA USO PESSOAL
E DOMÉSTICO, REFORÇADO OU NÃO COM FIBRA DE
VIDRO.

4ª. – DO CAPITAL SOCIAL: O capital social da sociedade


empresária limitada é de R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais)
divididos em 20.000 (Vinte Mil) quotas de R$ 1,00 (Um Real)
cada uma, totalmente subscrito e integralizado pelos sócios
em moeda corrente do País, ficando assim distribuídos:

JOÃO ALBERTO DA SILVA 10.000 quotas R$ 10.000,00


FERNANDO ALBERTO DA SILVA 10.000 quotas R$ 10.000,00
TOTAL 20.000 quotas R$ 20.000,00

Parágrafo Único: De conformidade com o artigo 1.052 da Lei


10.406/02, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do Capital Social.

5ª. – DO PRAZO DE DURAÇÃO: A sociedade empresária


limitada iniciará suas atividades em 08 de Setembro de 2005,

23
e seu prazo de duração é por tempo indeterminado, conforme
artigo 997, II, C.C. 2002.

6ª. – DA CESSÃO OU TRANSFERÊNCIA DE QUOTAS: As


quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou
transferidas a terceiros, sem o consentimento do outro sócio,
a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço
direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda,
formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração
contratual pertinente, conforme os artigos 1.056 e 1.057, C.C.
2002.

7ª. – DA ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA: A administração da


sociedade empresária limitada será exercida por ambos os
sócios, com os poderes e atribuições de administradores, com
assinatura em conjunto, autorizado o uso do nome
empresarial, vedado, no entanto, em atividade estranhas ao
interesse social ou assumir obrigações seja em favor de
qualquer dos quotista ou de terceiros, bem como onerar ou
alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro
sócio, conforme artigos 997, VI; 1.013, 1.015, 1.064, C.C.
2002.

8ª. – DO EXERCÍCIO SOCIAL: Ao término de cada exercício


social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas
justificada de sua administração, precedendo à elaboração do
inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado
econômico, cabendo ao sócio, na proporção de suas quotas,
os lucros ou perdas apurados, conforme artigo 1.065, C.C.
2002.

9ª. – Nos 4 (quatro) meses seguintes ao término do exercício


social, os sócios deliberam sobre as contas e designaram
administrador (es) quando for o caso, conforme artigos 1.071
e 1.072 § 2º e artigo 1.078, C.C. 2002.

10ª. – A sociedade empresária limitada poderá a qualquer


tempo, abrir ou fechar filial, ou outra dependência, mediante
alteração contratual, assinada por todos os sócios.

11ª. – DA REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS: Os sócios poderão


de comum acordo, fixar uma retirada mensal a título de pró-
labore, observadas disposições regulares pertinentes.

12ª. – DO FALECIMENTO: Falecendo ou interditado qualquer


sócio, a sociedade continuará suas atividades com os
herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou
inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s) remanescente

24
(s), o valor de suas haveres será apurado e liquidado com
base na situação patrimonial da sociedade, à data da
resolução, verificada em balanço especialmente levantado.

Parágrafo único: O mesmo procedimento será adotado em


outros casos em que a sociedade se resolva em relação ao
seu sócio, conforme artigos 1.028 e 1.031 C.C. 2002.

13ª. – Os administradores declaram, sob as penas de Lei que


não estão impedidos de exercer a administração da
sociedade, por Lei especial, ou em virtude de condenação
criminal, ou por estarem sob os efeitos dela, a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou
por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,
concussão, peculato, ou contra economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da
concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a
propriedade, conforme artigo 1.011, § 1°, C.C. 2002.

14ª. – Fica eleito o foro da Comarca de São Paulo, no estado


de São Paulo para o exercício e o cumprimento dos direitos e
obrigações resultantes deste contrato.

E, por estarem assim justos e contratados, assinam o


presente instrumento particular de Contrato Social de
Constituição de Sociedade Empresária Limitada, em 03 (Três)
vias de igual e inteiro teor, na presença de duas testemunhas
maiores e capazes que também assinam.

São Paulo, XX de XXXXXXXX de XXXX.

TESTEMUNHAS:

JOAQUIM DE OLIVIERA JOÃO ALBERTO DA SILVA


R.G.: 3.546.416 SSP/SP

JOSÉ DE OLIVIERA FERNANDO ALBERTO DA SILVA


R.G.: 12.141.414 SSP/SP

JOÃO CARLOS MENESES


OAB sob n° 125.987 SP

25
3.3 Da Classificação e Objetivos das Sociedades

No Contrato Social de Constituição de Sociedade


Empresária limitada, podem-se agregar várias atividades de
prestação de serviços, exceto as atividades intelectuais, de
naturezas científicas, literárias ou artísticas conforme Lei
10.406/02, já essas atividades estão classificadas perante o
Código Civil como Sociedades Simples.
Conforme a descrição no objetivo do contrato social, que
tem o comércio atacadista como atividade, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, Delegacia da Receita
Federal do Brasil e Secretaria da Fazenda do Estado o
atacado e varejo tem as seguintes definições:

Comércio Atacadista: É a empresa que vende seus produtos


fabricados e comercializados a outras pessoas jurídicas,
podendo ou não ser vários itens, voltado totalmente à venda
entre empresas.

Comércio Varejista: É a empresa que vende seus produtos


fabricados e comercializados a pessoas físicas, está voltado
apenas à família.

Modelo de Contrato Social de Constituição de Sociedade


Simples Limitada

“CLÍNICA MÉDICA HELP LTDA”

Pelo presente instrumento particular de contrato social


de constituição de sociedade simples limitada, RICARDO DE
ARAÚJO, brasileiro, casado sob o regime de comunhão
parcial de bens, médico CRM n° 50.289, portador da cédula
de identidade R.G.: 10.962.441 SSP/SP e C.P.F.(MF):
082.398.178-90, e CÁSSIA APARECIDA DE ARAÚJO,
brasileira, casada sob o regime de comunhão parcial de bens,
médica CRM n° 50.341 portadora da cédula de identidade
R.G.: 8.566.943-X SSP/SP e C.P.F.(MF): 086.097.348-46,
ambos residentes e domiciliados nesta capital do estado de
São Paulo, à Rua Sincora, 134 – Vila Alpina – C.E.P.: 04650-
000, resolvem neste ato constituírem uma sociedade simples
limitada, de acordo com o Novo Código Civil Brasileiro (Lei n°
10.406/02) consoante às seguintes cláusulas e condições:

26
1ª. – DA DENOMINAÇÃO SOCIAL: A sociedade simples
limitada gira sob a denominação social de “CLÍNICA MÉDICA
HELP LTDA”.

2ª. – DA SEDE SOCIAL: A sociedade simples limitada tem sua


sede e foro sito à RUA SINCORA, 431 – Vila Alpina – C.E.P.:
04650-000, nesta capital do estado de São Paulo.

3ª. – DO OBJETO SOCIAL: A sociedade simples limitada tem


por objeto social:

A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS EM GERAL.

4ª. – DO CAPITAL SOCIAL: O capital social é de R$ 4.000,00


(Quatro Mil Reais) divididos em 4.000 (Quatro Mil) quotas de
R$ 1,00 (Hum Real) cada uma, totalmente subscrito e
integralizado em moeda corrente do País, neste ato pelos
sócios, ficando assim distribuídos:

RICARDO DE ARAÚJO 2.000 quotas R$ 2.000,00


CÁSSIA APARECIDA DE ARAÚJO 2.000 quotas R$ 2.000,00
TOTAL 4.000 quotas R$ 4.000,00

Parágrafo Único: De conformidade com o artigo 1.052 da Lei


10.406/02, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do Capital Social.

5ª. – DO PRAZO DE DURAÇÃO: A sociedade simples limitada


iniciará suas atividades em 08 de Setembro de 2005, e seu
prazo de duração é por tempo indeterminado, conforme artigo
997, II, C.C. 2002.

6ª. – DA CESSÃO OU TRANSFERÊNCIA DE QUOTAS: As


quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou
transferidas a terceiros, sem o consentimento do outro sócio,
a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço
direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda,
formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração
contratual pertinente, conforme os artigos 1.056 e 1.057, C.C.
2002.

7ª. – DA ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA: A administração da


sociedade simples limitada será exercida por ambos os
sócios, com os poderes e atribuições de administradores, com
assinatura em conjunto, autorizado o uso do nome

27
empresarial, vedado, no entanto, em atividade estranhas ao
interesse social ou assumir obrigações seja em favor de
qualquer dos quotista ou de terceiros, bem como onerar ou
alienar bens imóveis da sociedade, sem autorização do outro
sócio, conforme artigos 997, VI; 1.013, 1.015, 1.064, C.C.
2002.

8ª. – DO EXERCÍCIO SOCIAL: Ao término de cada exercício


social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas
justificada de sua administração, precedendo à elaboração do
inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado
econômico, cabendo ao sócio, na proporção de suas quotas,
os lucros ou perdas apurados, conforme artigo 1.065, C.C.
2002.

9ª. – Nos 4 (quatro) meses seguintes ao término do exercício


social, os sócios deliberam sobre as contas e designaram
administrador (es) quando for o caso, conforme artigos 1.071
e 1.072 § 2º e artigo 1.078, C.C. 2002.

10ª. – A sociedade simples limitada poderá a qualquer tempo,


abrir ou fechar filial, ou outra dependência, mediante
alteração contratual, assinada por todos os sócios.

11ª. – DA REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS: Os sócios poderão


de comum acordo, fixar uma retirada mensal a título de pró-
labore, observadas disposições regulares pertinentes.

12ª. – DO FALECIMENTO: Falecendo ou interditado qualquer


sócio, a sociedade continuará suas atividades com os
herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou
inexistindo interesse destes ou dos sócios remanescente (s),
o valor de suas haveres será apurado e liquidado com base na
situação patrimonial da sociedade, à data da resolução,
verificada em balanço especialmente levantado.

Parágrafo único: O mesmo procedimento será adotado em


outros casos em que a sociedade se resolva em relação ao
seu sócio, conforme artigos 1.028 e 1.031 C.C. 2002.

13ª. – Os administradores declaram, sob as penas de Lei que


não estão impedidos de exercer a administração da
sociedade, por Lei especial, ou em virtude de condenação
criminal, ou por estarem sob os efeitos dela, a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou
por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,

28
concussão, peculato, ou contra economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da
concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a
propriedade, conforme artigo 1.011, § 1°, C.C. 2002.

14ª. – Fica eleito o foro da Comarca de São Paulo, no estado


de São Paulo para o exercício e o cumprimento dos direitos e
obrigações resultantes deste contrato.

E, por estarem assim justos e contratados, assinam o


presente instrumento particular de Contrato Social de
Constituição de Sociedade Simples Limitada, em 03 (Três)
vias de igual e inteiro teor, na presença de duas testemunhas
maiores e capazes que também assinam.

São Paulo, XX de XXXXXXXX de XXXX.

TESTEMUNHAS:

JOAQUIM DE OLIVIERA RICARDO DE ARAÚJO


R.G.: 3.546.416 SSP/SP

JOSÉ DE OLIVIERA CÁSSIA APARECIDA DE ARAÚJO


R.G.: 12.141.414 SSP/SP

JOÃO CARLOS MENESES


OAB sob n° 125.987 SP

29
4. REGISTRO NO CONSELHO DE CLASSE

O modelo de Contrato de Constituição de Sociedade


Simples Limitada acima trata-se de uma prestação de serviços
intelectual, ou seja, os próprios sócios administradores vão
exercer a atividade médica, este contrato deve ser registrado
primeiramente no Conselho de Classe, ou seja, no Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) só
então no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.

4.1 Exigência no Registro dos Contratos


Algumas formalidades devem ser cumpridas para registro
do Contrato de Constituição na Junta Comercial do Estado de
origem, as páginas do contrato deverão estar rubricadas e
assinadas ao final pelos sócios ou seus procuradores, e duas
testemunhas, no Cartório de Registro de Títulos e
Documentos o contrato tem as mesmas formalidades da Junta
Comercial, porém as assinaturas devem estar com as firmas
devidamente reconhecidas conforme normas da Corregedoria
Geral de Justiça, e vistado por um advogado (Lei nº 8.906/94
visto dispensado quando se tratar de Microempresa e
Empresa de Pequeno Porte, Lei 9.841/99).

5. DO ENQUADRAMENTO NO REGISTRO DE
MICROEMPRESA (ME) OU EMPRESA DE PEQUENO
PORTE (EPP)

A empresa devidamente registrada no Cartório de Títulos e


Documentos ou na Junta Comercial como microempresa ou
empresa de pequeno porte precisa agregar em sua
denominação social os itens “ME” ou “EPP”, visto que através
desse registro à empresa tem alguns benefícios perante
algumas exigências solicitadas por fornecedores ou órgãos de
registros.

Um exemplo de grande importância são as taxas de


cadastro cobrado pela CETESB, onde a empresa enquadrada
como microempresa ou empresa de pequeno porte tem
redução em seu pagamento para cadastramento inicial. A
ANVISA também possui essa sistemática, que para adquirir
um produto ou serviço é solicitado o enquadramento de
Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte no órgão

30
competente para ter o desconto ou até mesmo a isenção,
porém, antes o empresário deverá verificar no órgão
competente de sua jurisdição.

Algumas Observações:

O Capital Social que está mencionado no contrato é o


valor que os sócios estão investindo na empresa, podendo ser
colocado também por meio de bens móveis e imóveis, este
valor que será empregado nada mais é que a obrigação que a
empresa tem com os sócios que em troca visam o LUCRO.
Veremos como funciona no decorrer desse livro.

6. CADASTRO NACIONAL DE PESSOAS JURÍDICAS


(C.N.P.J.) – SINCRONIZADO

O Cadastro Sincronizado Nacional de Pessoas Jurídicas,


onde consiste na integração dos procedimentos de
cadastramento tributário entre Junta Comercial, Receita
Federal do Brasil (RFB) e as Secretarias de Fazenda dos
Estados, onde o CNPJ passará a representar a inscrição
federal e a estadual.

O processo de sincronia entre os cadastros federal e


estadual envolve:

- Entrada de dados única por meio do Programa Gerador de


Dados (PGD) Web do CNPJ;
- Operações de inscrição, alteração e baixa cadastral conjunta
entre os fiscos federal e estadual;
- Algumas operações de inscrição na Prefeitura do Município,
onde a Receita Federal do Brasil tem o cadastro sincronizado
com este órgão.

Para o Cadastro Sincronizado, o PGD do CNPJ e os


sistemas da Receita Federal do Brasil, das Secretarias de
Fazenda e algumas Prefeituras envolvidas foram alterados.
Para o contribuinte, os procedimentos habituais junto ao
CNPJ não estão significativamente alterados, mas os efeitos
da sincronia serão sentidos de imediato, pois haverá a
eliminação de algumas etapas dos procedimentos cadastrais.

Algumas prefeituras assinaram o contrato do Cadastro


Sincronizado, com isso são integralizados todos os dados em
nível federal, estadual e municipal.

31
Quando ao Cadastro Sincronizado Nacional estiver
implementado em sua plenitude, todos os órgãos do governo
estarão trabalhando em sincronia, de forma que o cidadão
empreendedor poderá acessar, por caminho único, todas as
esferas de governo e seus múltiplos órgãos, um dos exemplos
é a constituição do Micro Empreendedor Individual (M.E.I.):
CNPJ – ÓRGÃOS
PÚBLICOS DAS TRÊS
ESFERAS DE GOVERNO

Preenche Junta Comercial


dados e envia Secretaria da Receita
pela internet Federal
Secretaria da Fazenda
Estadual
Prefeitura
Consulta Vigilância Sanitária
resultado Meio Ambiente
pela internet Corpo de Bombeiros

Os procedimentos atualmente estão simplificados e


abrangem três etapas bem claras:

Etapa 1 – Consultas Prévias: O cidadão, ao definir seu


futuro negócio, preencherá formulário unificado em aplicativo
informatizado com o objetivo de verificar se suas intenções
poderão se tornar realidade ante as exigências
governamentais. As informações de interesse, armazenadas e
processadas nessa etapa serão automaticamente repassadas
para os órgãos responsáveis pelas licenças setoriais e alvará
de funcionamento. Se tudo estiver certo, ao final do
processamento, o cidadão receberá eletronicamente
autorização para a utilização da razão social escolhida e do
endereço pretendido.

Etapa 2 – Registro Público e Inscrição Tributária: O


cidadão, de posse das informações da 1ª etapa, finalizará o
ato constitutivo e solicitará o registro do negócio no órgão
apropriado (Junta Comercial, Cartório ou OAB). Se tudo
estiver correto, ao fim desta etapa, o cidadão receberá o

32
registro do ato constitutivo, a inscrição no CNPJ e o alvará de
funcionamento.

Etapa 3 – Instalação: O cidadão providenciará os livros e, se


necessário, a impressão de documentos fiscais, quando então
poderá “abrir as portas”, estando legalizado para iniciar suas
atividades.

6.1 Vantagens para os Contribuintes:

- Simplificação e padronização de obrigações acessórias;


- Agilização dos procedimentos;
- Menor necessidade de deslocamento;
- Maior transparência no processo;
- Tratamento mais simples para microempresas;
- Tratamento Uniforme;
- Melhor atendimento;

6.2 Vantagens para o Fisco:

- Maior integração administrativa;


- Padronização e melhor qualidade das informações;
- Racionalização de custos e da carga de trabalho operacional
no atendimento;
- Maior eficácia da fiscalização;
- Maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais
entre as diversas esferas governamentais;
- Cruzamento de dados, padronizados, em larga escala;
- Uniformização de procedimentos;
- Melhoria da imagem junto à sociedade.

6.3 Da sincronização das inscrições

Atualmente AS TRÊS VIAS do contrato social são


entregues na Junta Comercial do Estado devidamente
assinadas, documentos emitidos pelo programa da JUNTA
COMERCIAL, documentos pessoais dos sócios e o Documento
Básico de Entrada no CNPJ feito pelo CNPJ WEB devidamente
assinado com isso o registro inicial é feito nas três esferas
públicas, Junta Comercial do Estado, CNPJ e Inscrição
Estadual. Após deferimento do contrato as três inscrições
serão emitidas em uma única vez.

7. INSCRIÇÃO NA SECRETARIA DE ESTADO DOS


NEGÓCIOS DA FAZENDA PARA OBTENÇÃO DA
INSCRIÇÃO ESTADUAL

33
Na constituição de uma empresa, a inscrição na
Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, é necessário
para obtenção da Inscrição no Cadastro de Contribuinte, vale
ressaltar que a sincronização, portanto, o pedido da Inscrição
Estadual por meio eletrônico deve ser efetuado normalmente.

A Inscrição Estadual deverá ser feita juntamente com o


CNPJ, portanto o procedimento adotado é pelo programa do
CNPJ. A solicitação da Inscrição Estadual é feita pelas
empresas que industrializam e comercializam produtos,
apenas algumas prestadoras de serviços utilizam-se da
Inscrição, pois para executar a prestação de serviço ela
precisa comprar material, por exemplo as empresas de
construção civil.

7.1 O MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (M.E.I.)


O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por
conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.
Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no
máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em
outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado
contratado que receba o salário mínimo ou o piso da
categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou
condições especiais para que o trabalhador conhecido como
informal possa se tornar um Empreendedor Individual
legalizado. Não é necessário a contabilidade dessa empresa,
porém, o livro caixa é essencial para a administração dessa
atividade.

8. INSCRIÇÃO NA RECEITA FEDERAL DO BRASIL


PARA OBTENÇÃO DO CADASTRO NACIONAL DE
PESSOAS JURÍDICAS - CNPJ

Com o envio do contrato social de constituição de


Sociedade Empresária Limitada à Junta Comercial do Estado
as inscrições sairão automaticamente conforme item 6.3,
porém os contratos registrados como Sociedade Simples
Limitada no Cartório de Títulos e Documentos, será feita a
inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas junto à
Secretaria da Receita Federal do Brasil via CNPJ WEB e
encaminhado os documentos registrados para a Receita
Federal.

34
Para o preenchimento da solicitação do CNPJ Web, o
empresário deverá verificar a descrição de sua natureza
jurídica da Sociedade Empresária Limitada ou Sociedade
Simples Limitada, para não haver erro no preenchimento:

DESCRIÇÃO NATUREZA JURÍDICA


Sociedade Empresária Limitada 206-2
Sociedade Simples Limitada 224-0

Ressalto que existe outros códigos de natureza jurídica,


ou seja, para Associação, Sindicato, Sociedade Anônima,
Sociedade Simples Pura, entre outros.

9. INSCRIÇÃO NA PREFEITURA DO MUNICÍPIO PARA


OBTENÇÃO DO CADASTRO DE CONTRIBUINTES
MOBILIÁRIOS.
Com o Contrato Social registrado e a inscrição do CNPJ
na Secretaria da Receita Federal do Brasil, pode-se proceder
à inscrição na Prefeitura no Município de origem da empresa
para a obtenção do Cadastro de Contribuintes Mobiliários.

A Inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários


caso a prefeitura não tenha o cadastro sincronizado passa a
ser feita pelo contribuinte no próprio órgão ou por meio da
Internet. Após o preenchimento e envio dos requerimentos, o
"Protocolo de Inscrição" deverá ser impresso e assinado pelo
contribuinte, representante legal ou procurador e
apresentado, no prazo de 30 (trinta) dias da data nele
impressa no próprio órgão público municipal, juntamente com
os documentos nele relacionados, para que a inscrição seja
efetivada de imediato.

Na atividade de prestação de serviços, é necessário


incluir o código do serviço efetuado pelo profissional ou
empresa, o código diferencia-se para cada Prefeitura, por
este motivo que o Objeto Social da empresa deve ser descrito
de maneira minuciosa.

Caso haja algum anúncio na empresa, algumas


Prefeituras exigem que é necessária a inclusão do código que
é feito através da metragem do anúncio ou até mesmo o
pagamento dessa taxa.

Consideram-se anúncios quaisquer instrumentos ou


veículos de comunicação visual, audiovisual ou sonora de
mensagens, inclusive aqueles que contiverem apenas dizeres,

35
desenhos, siglas, dísticos ou logotipos indicativos ou
representativos de nomes, produtos, locais ou atividades de
pessoas físicas, jurídicas ou outras unidades econômicas ou
profissionais, mesmo aqueles fixados em veículos de
transporte de qualquer natureza.

A taxa de Fiscalização de Estabelecimento é devida em


razão da atuação dos órgãos competentes Executivo que
exercem o poder de polícia, desenvolvendo atividades
permanentes de controle, vigilância ou fiscalização do
cumprimento da legislação municipal disciplinadora de uso e
ocupação do solo urbano, da higiene, saúde, segurança,
transportes, ordem ou tranqüilidade públicas, relativamente
aos estabelecimentos situados no Município, bem como as
atividades de vigilância sanitária.

A ocorrência do fato gerador da taxa se dá com a


prática, pelos órgãos municipais competentes, de atos
administrativos, vinculados ou discriminatórios, de prevenção,
observação ou repressão, necessários à verificação do
cumprimento das normas supramencionadas.

10. PEDIDO DE ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO


Em certos Municípios exige-se o chamado “Termo de
Consulta de Funcionamento”, medida anterior ao pedido
formal do Alvará de Funcionamento, permitindo ao titular
conhecer previamente se seria possível instalar-se em
determinado local com determinada atividade, nos termos da
legislação local.

Para a concessão do Termo de Consulta de


funcionamento alguns documentos são requeridos pela
Prefeitura ou Sub Prefeitura da jurisdição da empresa:

1- Requerimentos devidamente preenchidos e assinados


pelo interessado ou seu representante legal;
2- Cópia da cédula de identidade do requerente;
3- Cópia da notificação recibo do IPTU;
4- Documento comprobatório da regularidade da
edificação e do uso pretendido:
- Planta aprovada com o respectivo “Habite-se”, ou Auto
de Vistoria, ou de Conclusão, ou Certificado de Conclusão;
- Planta conservada com Alvará de Conservação
correspondente;
- Planta regularizada com o Alvará de Regularização
correspondente;

36
- Certificado de Mudança de uso e peça gráfica
correspondente;
- Peça gráfica aceita para os efeitos de pequenas
reformas;
5- Termo de Anuência ou Permissão assinado pelo
proprietário ou responsável pelo imóvel, ou documento
equivalente em se tratando de imóvel de posse ou
propriedade da administração direta ou indireta da União, do
Estado ou do Município, incluídas as concessionárias ou
serviços públicos e quaisquer outras empresas a elas
equiparadas.

11. PEDIDO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA


O Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária é o
conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse a saúde,
abrangendo:

I - Controle de bens de Consumo que se relacionem direta ou


indiretamente com a saúde, compreendidas todas as etapas e
processos, da produção ao consumo;
II - Controle da prestação de serviços que se relacionam
direta ou indiretamente com a saúde;
III - Promover ações que se relacionem a saúde do
trabalhador.

Competência:

Eliminar, diminuir ou prevenir riscos e agravos à saúde


do indivíduo e da coletividade;

Intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio


ambiente, da produção, distribuição, comercialização e uso de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde;
Exercer a fiscalização e controle sobre o meio ambiente
e os fatores que interferem na sua qualidade, abrangendo os
processos e os ambientes de trabalho, a habitação e o lazer;

Apurar infrações sanitárias e aplicar penalidades,


quando esgotada a eficácia das ações orientadoras,
preventivas e persuasivas.

12. APROVAÇÃO DE EDIFICAÇÕES NO CORPO DE


BOMBEIROS

37
Todas as edificações e áreas de risco por ocasião da
construção, da reforma ou ampliação, regularização e
mudança de ocupação de uma empresa, necessitam de
aprovação no Corpo de Bombeiros, com exceção das
“Residências Unifamiliares”.

No município onde não existe Posto de Bombeiros, nem


convênio entre Estado e Município a aprovação das
edificações dependerá de iniciativa do interessado ou por
determinação das autoridades competentes (Executivo e
Judiciário). Neste caso, deverá ser procurado o Posto de
Bombeiros do município mais próximo para as devidas
orientações.

Para a execução e implantação das medidas de


segurança contra incêndio deverão ser atendidas as
Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, que são 38, a
saber:

01- Procedimentos administrativos;


02- Conceitos Básicos de Proteção Contra Incêndio;
03- Terminologia de proteção contra incêndios;
04- Símbolos gráficos para projetos de segurança contra
incêndio;
05- Segurança contra incêndios – Urbanística;
06- Acesso de viatura na edificação e área de risco;
07- Separação entre edificações;
08- Segurança estrutural nas edificações;
09- Compartimentação horizontal e compartimentação vertical;
10- Controle de materiais de acabamento e revestimento;
11- Saídas de emergência em edificações;
12- Dimensionamento de lotação e saídas de emergência em
recintos esportivos e de espetáculos artístico-culturais;
13- Pressurização de escada de segurança;
14- Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco;
15- Controle de fumaça;
16- Plano de intervenção de incêndio;
17- Brigada de incêndio;
18- Iluminação de emergência;

19- Sistemas de detecção e alarme de incêndio;


20- Sinalização de emergência;
21- Sistema de proteção por extintores de incêndio;
22- Sistema de hidrantes e mangotinhos para combate a
incêndio;
23- Sistema de chuveiros automáticos;

38
24- Sistema de resfriamento para líquidos e gases inflamáveis
e combustíveis;
25- Sistema de proteção por espuma;
26- Sistema fixo de gases para combater o incêndio;
27- Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis;
28- Manipulação, armazenamento, comercialização e
utilização de GLP;
29- Comercialização, distribuição e utilização de gás natural
(GNC);
30- Fogos de artifícios;
31- Heliponto e heliporto;
32- Medidas de segurança para produtos perigosos;
33- Cobertura de sapé, piaçava e similares;
34- Hidrante de coluna;
35- Túnel Rodoviário;
36- Pátios de contêineres;
37- Subestações elétricas;
38- Proteção contra incêndio em cozinhas profissionais.

Além das instruções técnicas a mais duas medidas de


segurança a ser respeitada como as Normas Técnicas Oficiais
da Associação Brasileira de Normas Técnicas e Normas do
Ministério do Trabalho, ANP, Leis e Decretos estaduais e
municipais.

Os objetivos da Legislação de Segurança são:

I- Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de


risco, em caso de incêndio;
II- Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao
meio ambiente e ao patrimônio;
III- Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
IV- Dar condições de acesso para as operações do Corpo de
Bombeiros.

A solicitação da aprovação do corpo de bombeiros será


efetuada pelas indústrias que possuem edificações e áreas de
risco existentes, para a empresa possuir a aprovação será
solicitado o projeto técnico, elaborado por um engenheiro
responsável.

13. LICENCIAMENTO AMBIENTAL – CETESB

O Licenciamento Ambiental é um procedimento pelo qual


o órgão ambiental competente permite a localização,
instalação, ampliação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, e que possam
ser consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

39
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental.

Com este instrumento busca-se garantir que as medidas


preventivas e de controle adotadas nos empreendimentos
sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável.

Enquanto instrumento de caráter preventivo, o


Licenciamento é essencial para garantir a preservação da
qualidade ambiental, conceito amplo que abrange aspectos
que vão desde questões de saúde pública até, por exemplo, a
preservação da biodiversidade, com o desenvolvimento
econômico. Neste início de século, são cada vez mais
importantes o debate e a busca por um desenvolvimento que
coexista harmoniosamente com o meio ambiente - um
desenvolvimento sustentável, baseado em três princípios
básicos: eficiência econômica, eqüidade social e qualidade
ambiental. Portanto, o Licenciamento atua numa perspectiva
que pode contribuir para uma melhor qualidade de vida.

Existe uma preocupação crescente em conciliar um


desenvolvimento adequado com questões relacionadas à
saúde pública, de tal forma a promover condições ambientais
básicas que não agridam a comunidade e o local onde os
empreendimentos serão instalados. Assim, os esforços feitos
para promover a melhoria dos níveis de poluição, seja em
termos do ar, água, solo, ruído, etc. tornam-se fundamentais.
Os empreendedores, cada vez mais, devem ter consciência
das necessidades locais e responder às suas prioridades e
preocupações.

A preocupação com a saúde pública deve ser de todos, e


tem de evoluir no sentido de lidar com novos desafios e com
circunstâncias que mudam rapidamente. Para tanto é
necessário que os empreendedores estejam a par das
novidades tecnológicas envolvidas em seus empreendimentos,
que visam à prevenção da poluição, e que não
necessariamente envolvam custos elevados para a indústria.

Assim, o Licenciamento Ambiental é uma ferramenta de


fundamental importância, pois permite ao empreendedor
identificar os efeitos ambientais do seu negócio, e de que
forma esses efeitos podem ser gerenciados. A Política
Nacional de Meio Ambiente, que foi instituída por meio da Lei
Federal nº 6.938/81 estabeleceu mecanismos de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente
visando assegurar em nosso país o desenvolvimento

40
socioeconômico e o respeito à dignidade humana. O
Licenciamento é um desses mecanismos; ele promove a
interface entre o empreendedor, cuja atividade pode vir a
interferir na estrutura do meio ambiente, e o Estado, que
garante a conformidade com os objetivos dispostos na política
estabelecida.

O licenciamento ambiental da CETESB está dividido em:

- Licença Prévia
O planejamento preliminar de um empreendimento ou
atividade dependerá de licença prévia, que deverá conter os
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de
localização, instalação e operação;

- Licença de Instalação
Permite a instalação de uma determinada fonte de
poluição em um local específico, quando esta atende às
disposições legais. Por meio da Licença de Instalação, a
CETESB analisa a adequação ambiental do empreendimento
ao local escolhido pelo empreendedor. Caso haja alguma
exigência técnica a ser cumprida antes do início das
operações do empreendimento, ela estará especificada na
Licença de Instalação. As exigências devem ser cumpridas
pelo empreendedor para que então, ele possa dar seqüência
ao processo do Licenciamento Ambiental;

- Licença de Operação
Deve ser requerida após a obtenção da Licença de
Instalação autorizando a implantação do empreendimento para
que a empresa possa dar início às suas atividades.

13.1 Como Solicitar a Licença

O Licenciamento Ambiental é obrigatório e a sua falta


constitui Crime Ambiental previsto na Lei 9605/98, Artigo 60
com Pena de Detenção de um a seis meses, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.

O Licenciamento Ambiental é obrigatório para obtenção


da Inscrição Estadual – ICMS de algumas atividades. Para
solicitar o pedido de CETESB o empresário deve contratar
uma empresa de engenharia especializada em pedidos de
Licenças de Instalação, Licenças de Funcionamento,
Pareceres Técnico de Viabilidade, Zoneamento Industrial,
Dispensa de Licenciamento e Mananciais.

41
No caso de empresas com atividades econômicas que se
enquadram na obtenção da Licença da CETESB, porém não
possuindo maquinários ou sendo fonte de poluição, podem
solicitar o Certificado de Dispensa e apresentá-lo junto a
Secretaria da Fazenda Estadual para obtenção da Inscrição.

14. INSCRIÇÃO NA PREVIDÊNCIA SOCIAL E NA


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Para inscrever a empresa junto a Previdência Social e a


Caixa Econômica Federal é necessário encaminhar cópias do
contrato social de constituição e CNPJ, o cadastro é efetuado
no mesmo dia, emitindo a certidão via Internet nas páginas
www.caixa.gov.br (Caixa Econômica Federal) e
www.receita.fazenda.gov.br (Previdência Social), após
emissão certifique-se que os dados e o endereço estão
corretos. Pois se houver divergências a documentação deverá
ser apresentada novamente. Atualmente a inscrição da
Previdência Social já está sendo efetuada juntamente com a
inscrição no CNPJ, portanto, não há necessidade de envio dos
documentos no órgão competente.

42
C A P ÍT U L O 2
D A C O N T A B IL ID A D E
Neste capítulo mostraremos como contabilizar e
gerenciar a empresa por meio das demonstrações contábeis,
utilizando os princípios básicos da contabilidade.

A contabilidade tem por finalidade registrar, captar,


acumular e informar as operações que afetam a situação do
patrimônio das empresas.

Um dos primeiros princípios da contabilidade que


estudaremos é o Princípio da Entidade. Este princípio focaliza
uma entidade (empresa, organização, instituição, etc.) onde
seus bens não se misturam ou confundem com as pessoas ou
outras organizações que as relacionam com a mesma, ou
seja, o patrimônio, bens e direitos da empresa não se
misturam com os dos sócios.

“O que é da Empresa É DA EMPRESA!!!”


“O que é do Sócio É DO SÓCIO!!!”

No capítulo 1, foi mostrado como se elabora o contrato


social, onde contém a cláusula do Capital Social no respectivo
instrumento, este valor investido pode ser em dinheiro ou
espécies. Portanto, este Capital Social nada mais é a
obrigação que a empresa tem para com os sócios. Os sócios
investem este dinheiro visando somente o LUCRO! Portanto, a
empresa tem essa “obrigação” com os sócios.

Portanto, este valor que foi investido agora faz parte da


entidade, não podendo ser misturado com os bens dos sócios.

Uma das primeiras contas que iremos estudar é a


integralização desse dinheiro investido, ou seja, a
integralização do Capital Social da empresa. Porém antes
veremos algumas noções preliminares ao contabilizar essas
contas.

O Balanço Patrimonial é composto pelos Ativos e


Passivos, conforme o exemplo abaixo:

43
Ativo Passivo
Bens e Direitos Obrigações

Ativo: correspondem à parte desejável do patrimônio da


entidade, formada por bens e direitos.
Bens – correspondem a quaisquer coisas passíveis de
avaliação em dinheiro, que tenham a capacidade de satisfazer
a uma necessidade. Podem ser tangíveis (que possuem
existência física (podem ser tocados), por exemplo: dinheiro,
mercadorias, veículos, imóveis, entre outros) e intangíveis
(que não possuem existência física (não podem ser tocados),
como o nome comercial, uma marca e/ou direitos autorais).
Direitos – correspondem a valores a serem recebidos de
terceiros, por vendas a prazo ou valores de propriedade da
empresa que estão em posse de terceiros.

Passivo: correspondem às obrigações da entidade, ou seja,


dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza,
assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que
estejam em posse da empresa. Exemplos: aluguéis a pagar,
duplicatas à pagar, impostos à recolher, fornecedores à
pagar, etc.

Após um pequeno conceito sobre Ativo e Passivo e do


que são compostos, começaremos com alguns pequenos
conceitos que ajudarão muito antes de efetuar os
lançamentos:

1. MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

Débito e Crédito são convenções contábeis, O Débito


fica ao lado esquerdo do razonete (famoso “t” que estarão nos
próximos exemplos) onde trabalharemos muito por meio das
contas, e o Crédito fica do lado direito do razonete. A
diferença entre os dois lados demonstra o saldo, ou saldo da
conta que ele representa, portanto, se temos saldo do lado
esquerdo, teremos saldo DEVEDOR, se o saldo estiver do
lado direito, teremos saldo CREDOR.

CONTA
Débito Crédito

44
O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS consiste em que
para um débito posso ter um ou mais créditos ou para um
Crédito posso ter um ou mais Débitos.

OBS.: A soma dos créditos devem ser iguais a soma dos


débitos. Não há débito sem crédito, nem crédito sem débito!!!

2. DIÁRIO

Lançamentos que são efetuados diariamente por meio


das movimentações ocorridas na empresa. Ex.: Compra de
materiais, mercadorias, recebimentos, financiamentos,
papelaria, despesas, receitas, custos, entre outras contas
(Acompanha data e histórico).

Recomendo que as contabilizações sejam efetuadas


da seguinte forma:

Um lançamento por vez Diário Razonete

O primeiro exemplo será a integralização do Capital


Social no valor de R$ 20.000,00, conforme modelo do contrato
social que está no capítulo 1:

- Exemplo do lançamento em diário:

data: XX/XX/XXXX
D- Caixa Administrativo/Banco Conta Movimento
C- Capital Social.............................................R$ 20.000,00
Histórico: Constituição de empresa conforme registro na Junta
Comercial sob nº ............. em XX/XX/XXXX.

- Exemplo do lançamento em razonetes:

Caixa Administrativo ou Capital Social


Banco Conta Movimento
R$ 20.000,00 R$ 20.000,00

45
Agora uma pequena questão: - Onde encontro a
nomenclatura de cada conta?
Resposta: PLANO DE CONTAS, inclusive cada empresa
trabalha com seu próprio plano de contas, ou seja, este plano
deve atender as necessidades e características da empresa,
no próximo tópico possui um exemplo de Plano de Contas que
iremos utilizar.

2.1 Plano de Contas

É chamado Plano de Contas o conjunto de contas criado


pelo contador, para atender às necessidades de registro dos
fatos administrativos, de forma à possibilitar a construção dos
principais relatórios contábeis e atender à todos os usuários
da informação contábil.
Esse conjunto de Contas é chamado de Plano de
Contas, porque, na realidade, ele é criado antecipadamente
ao uso das tais contas. Sendo assim, o contador tem de
planejar a estruturação do Plano de Contas de acordo com a
atividade da entidade, de forma bem específico, de maneira
que a sua principal ferramenta seja criada para lhe
possibilitar o melhor do resultado possível.

MODELO DE UM PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS COMERCIAIS

1 – ATIVO
1.1 - CIRCULANTE
1.1.1 - Disponível
1.1.1.001 - Caixa Administrativo
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento

1.1.2 - Realizações
1.1.2.001 – Clientes
1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas
1.1.2.003 - Aplicações Financeiras
1.1.2.004 - Impostos a Recuperar
1.1.2.005 - Despesas do Exercício Seguinte
1.1.2.006 - ( - ) Provisão para Devedores Duvidosos

1.1.3 – Estoques
1.1.3.001 - Estoque de Mercadorias
1.1.3.002 - (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

1.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE


1.2.1 – Realizações
1.2.1.001 - Títulos a Receber

1.3. ATIVO PERMANENTE

46
1.3.1 – Investimentos
1.3.1.001 - Participações em Outras Cias
1.3.1.002 - Imóveis para Renda

1.3.2 – Imobilizado
1.3.2.001 - Equipamentos de Informática
1.3.2.002 – Imóveis
1.3.2.003 – Instalações
1.3.2.004 - Máquinas e Equipamentos
1.3.2.005 - Móveis e Utensílios
1.3.2.006 – Veículos
1.3.2.007 - (-) Depreciação Acumulada

2- PASSIVO

2.1 – CIRCULANTE
2.1.1 – Obrigações
2.1.1.001 - Fornecedores a Pagar
2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar
2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar
2.1.1.004 - ICMS a Recolher
2.1.1.005 - Imposto de Renda a Pagar
2.1.1.006 - IR Fonte a Recolher
2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias a Recolher
2.1.1.008 - FGTS a Recolher
2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar
2.1.1.010 - Salários a Pagar
2.1.1.011 - Dividendos a pagar
2.1.1.012 - ISS a Recolher
2.1.1.013 - Duplicatas a Pagar
2.1.1.014 - DAS a Recolher
2.1.1.015 - Cofins a Recolher
2.1.1.016 - Pis a Recolher

2.2 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE


2.2.1 – Obrigações
2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar
2.2.1.002 - Duplicatas a Pagar
2.2.1.003 - Fornecedores a Pagar

2.4 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.4.1 – Capital
2.4.1.001 - Capital Subscrito
2.4.1.002 - ( - ) Capital a Realizar / Integralizar

2.4.2 - Reservas de Capital


2.4.2.001 - Reserva de Lucro
2.4.2.002 - Reserva Legal

47
2.4.2.003 - Reserva de Contigências

2.4.5 - Lucros ou Prejuízos Acumulados


2.4.5.001 - Resultado do Exercício em Curso
2.4.5.002 - ( - ) Prejuízos Acumulados

3 - DESPESAS

3.3 - DESPESAS OPERACIONAIS


3.3.1 - Despesas com Vendas
3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas
3.3.1.006 - Fretes e Carretos
3.3.1.007 - Material de Embalagem
3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade
3.3.1.009 - Despesas c/ Devedores Duvidosos

3.3.2 - Despesas Administrativas


3.3.2.001 – Aluguel
3.3.2.002 - Energia Elétrica
3.3.2.003 – Água
3.3.2.004 – Correios
3.3.2.005 – Depreciações
3.3.2.006 – Amortizações
3.3.2.007 - Fretes e Carretos
3.3.2.008 - Material de Expediente
3.3.2.009 - Prêmios de Seguro
3.3.2.010 – Comunicações
3.3.2.011 - Serviços de Terceiros
3.3.2.012 – Salários
3.3.2.013 - Honorários da Diretoria
3.3.2.014 - Décimo Terceiro Salário
3.3.2.015 - Encargos Sociais
3.3.2.016 - Férias

3.3.3 - Despesas Financeiras


3.3.3.001 - Despesas Bancárias
3.3.3.002 - Juros Passivos
3.3.3.003 - Descontos Concedidos

3.3.4 - Outras Despesas Operacionais


3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em outras Cias
3.3.4.002 - Despesas Eventuais

3.3.5 - Despesas Tributárias


3.3.5.001 - Impostos e Taxas
3.3.5.002 - Contribuições e Sindicatos
3.3.5.003 - Multas com Impostos

3.4. DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

48
3.4.1 - Perdas não Operacionais
3.4.1.001 - Perdas na Alienação de Bens

4 - RECEITAS

4.1 - RECEITAS OPERACIONAIS


4.1.1 - Receitas de Vendas / Prestação de Serviços
4.1.1.001 - Venda de Mercadorias /Prestação de Serviços
4.1.1.002 - ( - ) Vendas Anuladas
4.1.1.003 - ( - ) ICMS sobre Vendas
4.1.1.004 - ( - ) PIS sobre Faturamento
4.1.1.005 - ( - ) Cofins sobre Faturamento
4.1.1.006 - ( - ) ISS sobre Serviços

4.1.2 - Receitas Financeiras


4.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras
4.1.2.002 - Descontos Obtidos
4.1.2.003 - Juros Ativos

4.1.3 - Outras Receitas Operacionais


4.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias
4.1.3.002 - Reversão de Provisão Para Devedores Duvidosos
4.1.3.003 - Receitas Eventuais

4.2 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS


4.2.1 - Ganhos não Operacionais
4.2.1.001 - Ganho na Alienação de Bens

5 - CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS

5.1 - APURAÇÃO DE RESULTADO


5.1.1 - Apuração de Resultado
5.1.1.001 - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
5.1.1.003 - Apuração do Resultado do Exercício (ARE)

Obs.: Já sabemos o que são bens, direitos e obrigações,


também sabemos que precisamos de um plano de contas para
efetuar os lançamentos contábeis, onde podemos incluir ou
excluir contas conforme atividade/objeto da empresa.

49
Regra básica de auxílio: Iremos seguir uma pequena regra
para facilitar os lançamentos conforme os quadros abaixo:

Todo aumento do Ativo, ou seja, aumento de meus bens e


direitos vamos “Debitar” e todo aumento do meu Passivo, ou
seja, aumento de minhas obrigações, vamos “Creditar”.

Caso haja diminuição do Ativo, ou seja, bens e direitos,


vamos “Creditar” e na diminuição de meu Passivo, ou seja,
diminuir minhas obrigações, vamos “Debitar”.

2.2 Aquisição de Ativos

Na aquisição de “bens” destinados ao ativo imobilizado,


os gastos incorridos nesta operação são lançados em conta
do “Ativo Não Circulante” na parte Imobilizado, tendo como
contrapartida a conta de disponibilidades (caixa ou banco) no
caso de pagamento à vista, ou no Passivo Circulante quando
a operação for à prazo ou mesmo mediante financiamento.

Exemplo: Admita-se que uma empresa comprou uma máquina


no valor de R$ 100.000,00 com pagamento à vista:

data: XX/XX/XXXX
D- Máquinas e Equipamentos
C- Caixa Administrativo/Banco Conta Movimento......R$ 100.000,00
Histórico: Compra de máquina conforme nota fiscal nº......do
fornecedor XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX

50
Exemplo do lançamento em razonetes:

Caixa Administrativo ou Banco Máquinas e Equipamentos


Conta Movimento
R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Da compra à prazo:

data: XX/XX/XXXX
D- Máquinas e Equipamentos
C- Fornecedores..................................................R$ 100.000,00
Histórico: Compra de máquina conforme nota fiscal nº......do
fornecedor XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX

Exemplo do lançamento em razonetes:

Máquinas e Equipamentos
Fornecedores
R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Exercícios:

Fazer os seguintes lançamentos abaixo em Diário e


Razonetes:

01/02/20XX Abertura de uma empresa com Capital no valor de R$


100.000,00, registro na JUCESP sob n° 35.000.000.000;
02/02/20XX Compra de um veículo à vista no valor de R$
25.000,00 do fornecedor “Y LTDA”, conforme Nota Fiscal nº 01;
03/02/20XX Compra a vista de Máquinas e Equipamentos no valor
de R$ 10.000,00 do fornecedor “X LTDA” conforme Nota Fiscal n°
02;
04/02/20XX Compra de computadores à prazo no valor de R$
25.000,00 do fornecedor “Z LTDA” conforme Nota Fiscal n° 03;
05/02/20XX Compra de Máquinas e Equipamentos no valor de R$
50.000,00 à prazo, do fornecedor “W LTDA” conforme nota fiscal
n° 05.

51
OBS.: Nos próximos exercícios faremos os lançamentos
com a Data, Diário e Razonetes, sem o histórico,
lembrando que é de suma importância e de cunho
obrigatório o preenchimento do Histórico no Sistema
Contábil da Empresa.

SALDOS EM RAZONETES:

Conforme notamos nas explicações, abriremos um


“razonete” para cada conta, onde será utilizado o mesmo
quando surgir várias contas iguais, ou seja, não precisamos
abrir vários razonetes toda vez que utilizamos a mesma conta.
Ficou meio confuso né!!!! Vamos para a prática conforme o
exemplo abaixo:

XX/XX/XXXX compra de máquinas e equipamentos no valor de


R$ 100.000,00 à prazo do fornecedor XXXXXXXXXX,
CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX;

XX/XX/XXXX compra de computadores e periféricos à prazo


no valor de R$ 50.000,00 por conforme prazo do fornecedor
XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX;

data: XX/XX/XXXX
D- Máquinas e Equipamentos
C- Fornecedores..................................................R$ 100.000,00
Histórico: Compra de máquina conforme nota fiscal nº......do
fornecedor XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX

data: XX/XX/XXXX
D- Equipamentos de Informática
C- Fornecedores..................................................R$ 50.000,00
Histórico: Compra de máquina conforme nota fiscal nº......do
fornecedor XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-XX

Exemplo do lançamento em razonetes com saldo na conta de


“Fornecedores”:
Máquinas e Equipamentos
Fornecedores
R$ 100.000,00 R$ 100.000,00
R$ 50.000,00
Total: R$ 150.000,00

52
Equipamentos de Informática
R$ 50.000,00

2.3 Ativo

O “Ativo” está caracterizado basicamente pelos bens e


direitos da empresa, como por exemplo o dinheiro em caixa,
banco, aplicações financeiras, entre outros. Podemos
distinguir também na seguinte forma:

- Ativo Circulante: constitui aquele grupo de contas que


representam bens e direitos, suscetíveis de serem convertidos
em dinheiro ou de serem consumidos no próximo ciclo normal
de operações normais da empresa (geralmente tem-se como
base um ano). Os ativos circulantes são dinheiro em caixa,
conta movimento em bancos, mercadorias, depósitos
bancários, matéria primas e títulos;
- Bens Tangíveis: tem existência física, por exemplo um
computador, uma máquina, um veículo, entre outros;
- Bens Intangíveis: Não possui existência física, mais tem um
valor de mercado, temos como exemplos uma marca “Coca
Cola”, “Mc Donald’s”, entre outras;
- Direitos: Valores a receber de terceiros, por exemplo:
clientes, aluguéis (quando o imóvel é da empresa), entre
outros;
- Diferido: classificam-se no ativo diferido as aplicações de
recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de mais de um exercício social. Estão
compreendidas nesta classificação, entre outras, as despesas
da organização, custos de estudos e projetos, despesas pré-
operacionais, despesa com investigação científica e
tecnológica para desenvolvimento de produtos ou processos
de produção e encargos incorridos com a reorganização ou
reestruturação da entidade;
- Ativo não circulante: são títulos, bônus, ações,
investimentos etc., os quais representam literalmente por
investimentos adquiridos de outras empresas ou do Estado
(Governo), não com a intenção de vendê-los a curto prazo,
mas de preservá-los para obter renda, na medida em que o
tempo passa. Dentro deste grupo podem ser incluídos
terrenos quando for com fins especulativos. Estão

53
representados pelos direitos que possui uma entidade
econômica, os quais serão recuperáveis ou exigíveis num
prazo maior a um ano. Exemplo disto são os impostos a
recuperar e contratos de mútuo valor.

3. Passivo
Quanto ao passivo, podemos ressaltar que representam
todas as obrigações, ou seja, as dívidas contraídas pela
entidade econômica com pessoas físicas ou jurídicas e
também os serviços que devem ser prestados por já ter
recebido pra isso. Os passivos são classificados em:

- Passivo Circulante: inclui todas aquelas contas que refletem


dívidas ou obrigações que a entidade econômica deve
eliminar no próximo ano, contas a pagar e impostos a pagar,
por exemplo;

- Passivo não circulante: são as obrigações ou dívidas que a


entidade econômica contraiu e que deverão ser pagas num
prazo maior, dentre este grupo podemos citar empréstimos e
financiamentos, por exemplo;

- Outros Passivos – são aqueles que não se encaixam nas


descrições anteriores, aqui podemos citar como exemplo as
contribuições sociais que ainda serão pagas.

Exercícios:

01.02 – Constituição de empresa com capital integralizado em


dinheiro no valor de R$ 150.000,00;
02.02 – Compra de computadores à prazo no valor de R$
50.000,00;
03.02 – Compra de Máquinas e Equipamentos no valor de R$
20.000,00 com pagamento à vista;
04.02 – Abertura de conta bancária com depósito inicial no
valor de R$ 10.000,00;
05.02 – Compra de veículo no valor de R$ 50.000,00 à prazo;
06.02 – Compra de móveis e utensílios no valor de R$
1.500,00 em cheque;
07.02 – Compra de computadores à prazo no valor de R$
7.000,00 em cheque;
08.02 – Compra de móveis e utensílios no valor de R$
10.000,00 totalmente à prazo;
09.02 – Compra de mercadorias no valor de R$ 2.500,00,
sendo o pagamento à prazo;

54
10.02 – Compra de mercadorias no valor de R$ 3.000,00,
sendo o pagamento à vista;
18.02 – Colocação das instalações na empresa no valor de R$
4.000,00 com pagamento à vista.

4. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O Balancete de Verificação é um relatório bastante


utilizado pelos responsáveis pela contabilidade para verificar
se os lançamentos contábeis realizados no período estão
corretos, este documento demonstra todas movimentações
ocorridas na empresa e seus respectivos saldos, tal
demonstrativo deve ser iniciado pelo Ativo, preenchendo
assim em ordem decrescente do grau de liquidez e seguido do
passivo em ordem decrescente de exigibilidade e por fim as
contas de resultado que estudaremos mais à frente.

55
Exercícios:

Fazer os lançamentos em Diário, Razonetes e Balancete de


Verificação:

01/05- Abertura de empresa no valor de R$ 5.000,00 mais


integralização de computadores no valor de R$ 5.000,00,
totalizando um capital social de R$ 10.000,00, registrado na
JUCESP;
02/05- Compra de Máquinas à prazo no valor de R$ 50.000,00
do fornecedor ALFA LTDA conforme nota fiscal;
03/05- Compra De Móveis e Utensílios a vista no valor de R$
500,00 da empresa BETA LTDA;
04/05- Abertura de conta corrente no Banco Robauto S.A. no
valor de R$ 2.000,00;
05/05- Pagamento em Cheque do Fornecedor ALFA LTDA,
conforme compra realizada em 02/05 no valor de R$ 1.000,00;
06/05- Compra de equipamentos de informática do fornecedor
GAMA LTDA conforme nota fiscal, no valor de R$ 10.000,00
que será pago a prazo;
07/05- Compra a prazo de um veículo FORD no valor de R$
25.000,00, conforme nota fiscal da empresa OMEGA LTDA;
08/05- Pagamento em dinheiro no valor de R$ 1.000,00
referente ao fornecedor GAMA LTDA, conforme boleto.

5. ESTOQUES – MERCADORIAS PARA REVENDA

Inicialmente não trabalharemos com os impostos sobre


as mercadorias adquiridas e nem com o controle efetivo do
estoque na respectiva “Ficha de Controle do Estoque”,
matérias que estudaremos posteriormente. Vamos conceituar
e fazer apenas alguns exemplos para contabilização dessas
mercadorias.

O que é estoque?
Estoques são ativos, mantidos para venda no curso
normal dos negócios; no processo de produção para venda; ou
na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no
processo de produção ou na prestação de serviços.
Quanto ao registro contábil dessas compras de
mercadorias para revenda:
Vamos considerar que uma empresa adquiriu
mercadorias para venda no valor de R$ 100.000,00, à prazo.
Temos o seguinte lançamento contábil:

56
data: XX/XX/XXXX
D- Estoque de Mercadorias ou Mercadorias para revenda
C- Fornecedores..................................................R$ 100.000,00
Histórico: Compra de Mercadorias conforme nota fiscal
nº......do fornecedor XXXXXXXXXX, CNPJ:XX.XXX.XXX/0001-
XX

Exemplo do lançamento em razonetes:

Estoque/Mercadorias
Fornecedores
R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

Exercícios:

Fazer os lançamentos em Diário, Razonetes e Balancete de


Verificação:

01/06- Abertura de empresa no valor de R$ 50.000,00 em


dinheiro registrado na JUCESP;
02/06- Compra de Máquinas à prazo no valor de R$ 10.000,00
conforme nota fiscal;
03/06- Compra De Móveis e Utensílios à vista no valor de R$
1.000,00;
04/06- Abertura de conta corrente no Banco no valor de R$
20.000,00;
05/06- Pagamento em Cheque da compra realizada em 02/06
no valor de R$ 1.000,00;
06/06- Compra de equipamentos de informática conforme nota
fiscal, no valor de R$ 15.000,00 que será pago à prazo;
07/06- Compra à prazo de um veículo no valor de R$
30.000,00, conforme nota fiscal;
08/06- Pagamento em dinheiro no valor de R$ 2.000,00
referente a fornecedores;
09/06- Compra de mercadorias para revenda no valor de R$
5.000,00 à prazo;
10/06- Compra de mercadorias para revenda no valor de R$
5.000,00 à vista.
11/06- Compra de mercadorias para revenda no valor de R$
10.000,00 sendo 50% pago à vista e o restante à prazo.

57
6. ALGUNS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE

Quando iniciamos nossos estudos vimos apenas um


princípio da contabilidade, ou seja, “Princípio da Entidade”,
no decorrer de nossos estudos vamos conhecer outros
princípios:

Princípio do Registro pelo Valor Original: as variações do


patrimônio devem ser registradas pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos em valor
presente e na moeda do país. Esses valores serão mantidos
na avaliação das variações patrimoniais posteriores, quando
configurarem agregações ou decomposições no interior da
empresa, ou seja, registro pelo valor original em moeda
corrente do país “R$ - Real”.

Princípio da Continuidade: a continuidade ou não de uma


Entidade (empresa), bem como a sua vida estabelecida ou
provável, devem ser consideradas quando da classificação e
avaliação das variações patrimoniais. Essa continuidade
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o
valor e o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da sociedade tem prazo determinado, previsto ou
previsível. Notamos que há uma continuidade conforme o
desenvolvimento de uma entidade, porém, a mesma poderá ter
um fim com o “prazo determinado” ou “indeterminado” quando
ocorrem prejuízos subsequentes, quando o valor investido não
retorna mais aos sócios ocorrendo assim sua dissolução.

7. RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS

7.1 Receitas

Receita é a entrada monetária que ocorre em uma


entidade (contabilidade) ou patrimônio (economia), em geral
sob a forma de dinheiro ou de créditos representativos de
direitos (Direitos). Nas empresas privadas a Receita
corresponde normalmente ao produto de venda de bens ou
serviços (chamado no Brasil de faturamento).
Pergunta: No Brasil, muitos impostos são calculados pelo
lucro ou pelo faturamento?
Resposta: Atualmente muitas empresas pagam os impostos
sobre seu faturamento, inclusive se tratando de Micro
Empresas e Empresas de Pequeno Porte, somente algumas
empresas com regime tributário diferenciado que permite o
pagamento dos impostos em cima do lucro, porém, a carga

58
tributária de nosso país é altíssima, onde quase todas
empresas pagam em cima de seu faturamento, mesmo que as
mesmas não obtenham o lucro previsto ou estimado.

“As palavras “Receita” e “Despesa” são enganosamente


simples: - todos pensam que sabe o que significam: O
dinheiro que recebo são receitas, o dinheiro que gasto são
despesas, certo?”
Errado! No entanto, existem subtilezas. O momento em que
realiza a sua receita é muitas vezes diferente do momento em
que realmente recebe o dinheiro: para facilitar o registro
deste tipo de transações, o conceito de “contas a receber /
clientes” no ativo e “contas a pagar / fornecedores” no
passivo.

7.2 Custos

São gastos que a entidade realiza com o objetivo de por


o seu produto pronto para ser comercializado, fabricando-o ou
apenas revendendo-o, ou o de cumprir com o seu serviço
contratado. Uma diferença básica para despesa é que o
“custo” traz um retorno financeiro e pertence a atividade fim,
pela qual a entidade foi criada (determinada no seu contrato
social, na cláusula do objeto social, conforme vimos no início
de nossos estudos).

Alguns conceitos:

- Custos formará um estoque (na produção de um bem) e, na


realização (venda), serão finalmente levados ao resultado, o
que poderá levar meses ou até anos.

- Custos industriais geralmente são: matéria prima, energia


consumida (eletricidade e/ou combustíveis), água consumida,
materiais industriais diversos, mão de obra, depreciação dos
itens imobilizados de produção, entre outros.

Em nossos estudos, iremos utilizar somente o custo


médio ponderado onde trabalharemos com a ficha de controle
de estoque conforme veremos adiante.

7.3 Despesas

As despesas estão relacionadas aos valores gastos com


a estrutura administrativa e comercial da empresa.

Exemplo: Aluguel, salários, encargos, pró-labore, telefone,


propaganda, impostos, comissões de vendedores, etc.

59
8. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Após o conceito de Receitas, Custos e Despesas, segue
mais um importantíssimo princípio da contabilidade para ser
obedecido:

Princípio da Competência: Obrigatoriamente deve reconhecer


as receitas e despesas nos períodos a que competirem para a
formação do resultado, ou seja, reconhecer a receita ou a
despesa mesmo antes de receber o valor no caso das receitas
ou pagar algum valor no caso das despesas.

Exemplo 01:

Compra de material para o escritório no valor de R$ 1.000,00


com pagamento à prazo conforme nota fiscal

D- Materiais de escritório
C- Fornecedores..................................................R$ 1.000,00

Exemplo do lançamento em razonetes:

Materiais de escritório
Fornecedores
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

Exemplo 02:

Venda de mercadorias no valor de R$ 10.000,00 com


recebimento à prazo conforme notas fiscais:

D- Clientes
C- Venda de Mercadorias....................................R$ 10.000,00

Exemplo do lançamento em razonetes:


Clientes
Venda de Mercadorias
R$ 10.000,00 R$ 10.000,00

60
Um conceito básico e prático para lançar as Receitas,
Custos e Despesas:

- Para toda Receita iremos “Creditar”;


- Para toda Despesa iremos “Debitar”;
- Para todo Custo iremos “Debitar”.

Exercícios:

Fazer os lançamentos abaixo em Diário, Razonetes e


Balancete de Verificação:

01/01- Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 25.000,00;


02/01- Compra de um veículo à prazo, conforme nota fiscal no valor de R$
30.000,00;
03/01- Compra de Móveis para o escritório, pagamento à vista no valor de R$
4.500,00;
04/01- Abertura em conta em Banco, com depósito inicial em dinheiro no valor
de R$ 2.000,00;
05/01- Compra de mercadorias à prazo conforme nota fiscal no valor de R$
2.000,00;
06/01- Pagamento em cheque da conta de Telefone no valor de R$ 250,00;
07/01- Pagamento em dinheiro da conta de Energia Elétrica no valor de R$
150,00;
08/01- Pagamento de despesas com internet em dinheiro no valor de R$
150,00;
09/01- Venda de mercadorias à vista no valor de R$ 5.000,00;
10/01- Pagamento de despesas em dinheiro com materiais de higiene no valor
de R$ 100,00;
11/01- Pagamento em cheque de despesas com água no valor de R$ 70,00.

9. Ficha controle de “Estoque” e Apuração do Custo

Na aquisição de mercadoria para venda e de insumos a


serem utilizados na produção ou na prestação de serviços, a
empresa compradora reconhecerá o custo das mercadorias ou
insumos no ativo circulante.
Ao ocorrerem as vendas, a empresa reconhecerá o custo
das mercadorias vendidas (CMV) no resultado do exercício.
Valores estes que estarão diretamente relacionados à
respectiva receita apurada.
No quadro abaixo segue um exemplo de apuração do
custo com o controle de estoque

61
ENTRADA SAÍDA SALDO
TOTAL TOTAL TOTAL
DATA QTDE UN. R$ R$ QTDE UN. R$ R$ QTDE UN. R$ R$

30/11/2014 1.000 5,000 5.000,00

01/12/2014 150 6,00 900,00 1.150 5,130 5.900,00

03/12/2014 300 5,130 1.539,13 850 5,130 4.360,87

05/12/2014 200 8,00 1.600,00 1.050 5,677 5.960,87

08/12/2014 500 5,677 2.838,51 550 5,677 3.122,36

10/12/2014 50 9,00 450,00 600 5,954 3.572,36

15/12/2014 200 5,954 1.190,79 400 5,954 2.381,57

20/12/2014 100 7,00 700,00 500 6,163 3.081,57

26/12/2014 250 6,163 1.540,79 250 6,163 1.540,79

28/12/2014 150 5,00 750,00 400 5,727 2.290,79

31/12/2014 100 5,727 572,70 300 5,727 1.718,09

Nota-se que em 30/11/2014 meu estoque inicial é de 1.000 quantidades, com o


valor de R$ 5,00 cada, totalizando o valor de meu estoque em R$ 5.000,00. E,
em 01/12/2014 adquirimos mais 150 quantidades, porém agora por R$ 6,00,
totalizando R$ 900,00 nesta compra.
Na Compra:
Somando as 1.000 quantidades “mais” as 150 adquiridas, terei um total de
1.150 mercadorias em meu estoque, em valores:
R$ 5.000,00 que tinha em valor em meu estoque “mais” R$ 900,00, terei um
total de R$ 5.900,00.
E como fica o valor médio de cada unidade?
Pega-se o valor de R$ 5.900,00 divididos pelo total das quantidades que é de
1.150, onde cada unidade simboliza o valor de R$ 5,13.
E o meu CUSTO?
Será calculado e efetivado na venda, ou seja, no quadro acima, em 03/12/2014
efetuou-se uma venda de 300 quantidades, saindo de meu estoque no valor
unitário de R$ 5,13, totalizando R$ 1.539,13. Este é o valor de meu custo!

REGRA BÁSICA: Não confunda valor da venda com o valor de custo na ficha
controle de estoque! A venda, conforme estudamos é o faturamento da
empresa onde apuram-se os impostos, atividade esta que a empresa obtém o

62
lucro! Nota-se que utilizamos apenas a “quantidade” na venda, ou seja, sai do
meu estoque pelo “valor médio” calculado por meio das compras. Complicado
né?

Vamos pensar:
- Na compra utilizamos a quantidade e o valor do produto adquirido, ou seja,
comprei 1.000 mercadorias no valor de R$ 1,00 cada, ou seja, hoje meu
estoque está com R$ 1.000,00. Porém, se não houver nenhuma compra por
exemplo, porém, vendi 300 mercadorias, qual foi meu custo?
Fato R$ 300,00!!! Porquê foi o valor que saiu de meu estoque, a diferença
continua no meu ativo que é de R$ 700,00, valor este pertencente a minha
empresa. Vamos supor que essas 300 unidades foram vendidas por R$ 3,00
cada:

R$ 900,00 – Faturamento (valor este não entra na ficha de estoque)


( - ) R$ 300,00 – Custo das Mercadorias Vendidas
( = ) R$ 600,00 – Valor do lucro que minha empresa obteve com a venda
tirando o custo.

Ficou mais fácil agora? Vimos que o valor de venda é o “faturamento” da


empresa, onde precisamos apenas da quantidade para colocar na ficha
controle de estoque e apurar meu custo.

Porque muitas empresas colocam em promoção os seguintes dizeres:


- Promoção “a preço de estoque”;
- Até as últimas unidades;
- Até os estoques acabarem entre outros anúncios.

Entende-se que, haverá reajuste nas mercadorias na próxima compra


em que à empresa efetuar e por este motivo está trabalhando com o estoque /
mercadorias “antigas” acontece muito com empresas no ramo de artigos do
vestuário, automotiva, inclusive supermercados, neste último quando o produto
está próximo de sua data de validade.

Exercícios:

01- Fazer os lançamentos em Diário, Razonetes, apurar o Custo das


Mercadorias Vendidas – CMV / ficha controle de estoque e Balancete de
verificação:

01/04 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$


100.000,00;
04/04 – Despesas com energia elétrica com pagamento à vista no valor de R$
700,00;
05/04 – Despesas com água com pagamento à vista no valor de R$ 750,00;
06/04 – Despesas com telefone no valor de R$ 50,00 com pagamento à vista;
07/04 – Compra de um veículo financiado no valor de R$ 50.000,00;

63
08/04 – Abertura de conta em banco com depósito inicial no valor de R$
5.000,00;
09/04 – Compra de móveis para o escritório com pagamento em cheque no
valor de R$ 500,00.
10/04 – Despesas com Materiais de Higiene, com pagamento à vista no valor
de R$ 700,00.
12/04 – Compra à vista de 10 mercadorias no valor de R$ 10.000,00;
13/04 – Venda à vista de 08 mercadorias no valor de R$ 50.000,00;
15/04 – Receita com prestação de serviços no valor de R$ 10.000,00 com
recebimento à vista;

02- Fazer os lançamentos em Diário, Razonetes, apurar o Custo das


Mercadorias Vendidas – CMV / ficha controle de estoque e Balancete de
verificação:

01/06 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$


150.000,00;
04/06 – Despesas com energia elétrica com pagamento à vista no valor de R$
500,00;
05/06 – Despesas com água com pagamento à vista no valor de R$ 1.050,00;
06/06 – Despesas com telefone no valor de R$ 700,00 com pagamento à vista;
07/06 – Compra de um veículo financiado no valor de R$ 25.000,00;
08/06 – Abertura de conta em banco com depósito inicial no valor de R$
1.000,00;
09/06 – Compra de móveis para o escritório com pagamento em cheque no
valor de R$ 1.000,00;
10/06 – Receita com prestação de serviços no valor de R$ 5.000,00;
10/06 – Despesas com Materiais de Higiene, com pagamento à vista no valor
de R$ 70,00;
12/06 – Compra a vista de 10 mercadorias no valor de R$ 10.000,00;
13/06 – Venda de 08 mercadorias no valor de R$ 50.000,00, sendo 50% à vista
e 50% à prazo;
14/06 – Despesas com internet no valor de R$ 200,00 com pagamento à vista;
15/06 – Venda de 02 mercadorias à vista no valor de R$ 25.000,00;
16/06 – Compra à prazo de 10 mercadorias no valor de R$ 13.000,00;
17/06 – Venda a vista de 03 mercadorias no valor de R$ 30.000,00.

Capítulo 3
IMPOSTOS
Imposto é uma quantia em dinheiro paga para o Estado brasileiro e aos
Estados e Municípios por pessoas físicas e jurídicas. É um tributo que serve
para custear parte das despesas de administração e dos investimentos do
governo em obras de infraestrutura como estradas, portos, aeroportos, entre
outros e serviços essenciais à população, como saúde, segurança e educação.
Neste livro iremos trabalhar com um único imposto, “o simples nacional”
conforme está previsto na Lei Complementar 123/06, alterada pela Lei

64
Complementar 147/14 estabelecendo normas gerais relativas ao tratamento
diferenciado e favorecido as microempresas e empresas de pequeno porte.
Não iremos aprofundar nossos estudos em todas as tabelas da referida Lei
Complementar, porém, utilizaremos apenas alguns exemplos práticos para
algumas empresas, sendo ela, prestadora de serviços, comércio ou indústria. É
de ressaltar que as alíquotas das empresas prestadoras de serviços variam
conforme suas atividades, portanto, sugerimos que façam a leitura completa da
referida Lei Complementar em caso de dúvida. Outro aspecto importante neste
regime de tributação é a faixa de cálculo conforme a receita bruta dos últimos
12 (doze) meses, não se trata de faturamento de Janeiro a Dezembro,
porém, tratam-se dos 12 (doze) últimos faturamentos.

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação,


cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis as Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte, abrangendo a participação de todos os entes federados,
como os Municípios, Estados, Distrito Federal e União.

Abaixo seguem as tabelas para melhor entendimento, com a


porcentagem aplicada sobre a “Receita” da empresa, ou seja, a porcentagem
sobre seu faturamento:

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio – Anexo I

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota


Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61%

65
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria – Anexo II

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota


Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11%

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de Locação de Bens Móveis e de


Prestação de Serviços - – Anexo III

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota


Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 8,21%
De 360.000,01 a 540.000,00 10,26%
De 540.000,01 a 720.000,00 11,31%
De 720.000,01 a 900.000,00 11,40 %
De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42%

66
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços –
Anexo IV

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota


Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 6,54%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,70%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,49%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,97%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85%

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços –


Anexo V

1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)

Receita Bruta (em 12 meses)

2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde "<"
significa menor que, ">" significa maior que, "=<" significa igual ou menor que e ">=" significa
maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP corresponderão ao seguinte:

TABELA V-A

Receita (r)<0,10 0,10=< 0,15=< 0,20=< 0,25=< 0,30=< 0,35=< (r)>=


Bruta em 12 (r) e (r) (r) e (r) (r) e (r) (r) e (r) (r) e (r) (r) e (r) 0,40
meses (em < 0,15 < 0,20 < 0,25 < 0,30 < 0,35 < 0,40
R$)
Até 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%
180.000,00
De 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%
180.000,01 a
360.000,00
De 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

67
360.000,01 a
540.000,00
De 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%
540.000,01 a
720.000,00
De 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%
720.000,01 a
900.000,00
De 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%
900.000,01 a
1.080.000,00
De 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%
1.080.000,01
a
1.260.000,00
De 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%
1.260.000,01
a
1.440.000,00
De 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%
1.440.000,01
a
1.620.000,00
De 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
1.620.000,01
a
1.800.000,00
De 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
1.800.000,01
a
1.980.000,00
De 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
1.980.000,01
a
2.160.000,00
De 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
2.160.000,01
a
2.340.000,00
De 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
2.340.000,01
a
2.520.000,00
De 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
2.520.000,01
a
2.700.000,00
De 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
2.700.000,01
a
2.880.000,00
De 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
2.880.000,01
a
3.060.000,00
De 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
3.060.000,01

68
a
3.240.000,00
De 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
3.240.000,01
a
3.420.000,00
De 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
3.420.000,01
a
3.600.000,00

3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e


CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV.

4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na
forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B, onde:

(I) = pontos percentuais da partilha destinada à CPP;

(J) = pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados após o resultado do fator (I);

(K) = pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após o resultado dos fatores
(I) e (J);

(L) = pontos percentuais da partilha destinada à Cofins, calculados após o resultado dos fatores
(I), (J) e (K);

(M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o PIS/Pasep, calculados


após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);

(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100

(N) = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;

(P) = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.

TABELA V-B

Receita Bruta em 12 CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep


meses (em R$)
I J K L M
Até 180.000,00 N x0,9 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 180.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
360.000,00 x0,875 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 360.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
540.000,00 x0,85 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 540.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
720.000,00 x0,825 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 720.000,01 a N x0,8 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J

69
900.000,00 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 900.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.080.000,00 x0,775 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.080.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.260.000,00 x0,75 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.260.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.440.000,00 x0,725 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.440.000,01 a N x0,7 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.620.000,00 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.620.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.800.000,00 x0,675 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.800.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
1.980.000,00 x0,65 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 1.980.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
2.160.000,00 x0,625 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 2.160.000,01 a N x0,6 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
2.340.000,00 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 2.340.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
2.520.000,00 x0,575 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 2.520.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
2.700.000,00 x0,55 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 2.700.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
2.880.000,00 x0,525 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 2.880.000,01 a N x0,5 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
3.060.000,00 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 3.060.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
3.240.000,00 x0,475 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 3.240.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
3.420.000,00 x0,45 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)
De 3.420.000,01 a N 0,75 X(100 - 0,25 X(100 - 0,75 100 - I - J
3.600.000,00 x0,425 I)X P I)X P X(100 - -K-L
I - J - K)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços


profissionais – Anexo VI

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota

Até 180.000,00 16,93%

70
De 180.000,01 a 360.000,00 17,72%

De 360.000,01 a 540.000,00 18,43%

De 540.000,01 a 720.000,00 18,77%

De 720.000,01 a 900.000,00 19,04%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45%

Conforme tabelas do simples nacional, notamos que são 06 (seis)


anexos que devemos utilizar para cálculo desse imposto, caso uma empresa
tenha várias atividades, a empresa deverá utilizar às tabelas correspondes a
cada prestação, podendo ter atividades concomitantes do Anexo I, II, III, IV, V
ou VI.

Vamos para alguns exemplos:

A Empresa Comércio Exemplo Ltda vendeu R$ 5.000,00 de mercadorias


à vista, lembrando que a “venda” é uma receita, então estarei creditando e o
recebimento à vista, trata-se de um aumento do ativo, onde estarei debitando:

D- Caixa Administrativo /Banco Conta Movimento


C- Venda de Mercadorias....................................R$ 5.000,00

Exemplo do lançamento em razonetes:

71
Caixa Administrativo ou Banco
Venda de Mercadorias Conta Movimento
R$ 5.000,00 R$ 5.000,00

Contabilização do Imposto:
- Utilizaremos o Anexo I por tratar-se de um Comércio, com a faixa de
faturamento de até R$ 180.000,00, caso seja ultrapassado tal valor nos últimos
12 meses a empresa pagará uma alíquota de 5,47% com a Receita Bruta de
até 360.000,00 e assim sucessivamente até alcançar o faturamento de R$
3.600.000,00 nos últimos 12 meses, caso seja ultrapassado tal limite a
empresa será excluída do simples nacional. Ressaltamos ainda que há
algumas particularidades para exclusão do simples, portanto salientamos que
seja efetuada a leitura da respectiva Lei do Simples com atenção:

D- DAS – Simples Nacional


C- DAS a Recolher.........................................R$ 200,00

Das – Simples Nacional


Das a Recolher
R$ 200,00 R$ 200,00

Neste outro exemplo utilizaremos atividades concomitantes, comércio


(Anexo I) e prestação de serviços (Anexo III):

A empresa Exemplo Comércio e Serviços Ltda, vendeu R$ 10.000,00 de


mercadorias e prestou serviços no valor de R$ 5.000,00, com recebimento à
vista:

Da Venda de Mercadoria e Prestação de Serviços:

D- Caixa Administrativo /Banco Conta Movimento..R$ 15.000,00


C- Venda de Mercadorias....................................R$ 10.000,00
C- Receita de Serviços.......................................R$ 5.000,00

72
Exemplo do lançamento em razonetes:

Caixa Administrativo ou Banco


Venda de Mercadorias Conta Movimento
R$ 10.000,00 R$ 15.000,00

Receita de Serviços
R$ 5.000,00

Cálculo e contabilização do Imposto:

- Utilizaremos o Anexo I por tratar-se de um Comércio, com a faixa de


faturamento de até R$ 180.000,00, aplicando-se uma alíquota de 4% e o Anexo
III por tratar-se de prestação de serviços, aplicando-se uma alíquota de 6%.

Comércio (Venda de Mercadorias) R$ 10.000,00 x 4% = R$ 400,00


Prestação de Serviços (Anexo III) R$ 5.000,00 x 6% = R$ 300,00
Total do imposto R$ 400,00 + R$ 300,00 = R$ 700,00

D- DAS – Simples Nacional


C- DAS a Recolher.........................................R$ 700,00

Das – Simples Nacional


Das a Recolher
R$ 700,00 R$ 700,00

73
Exercícios:

01- Fazer os lançamentos em Diário, Razonetes, apurar o Custo das


Mercadorias Vendidas – CMV / ficha controle de estoque, Imposto e Balancete
de verificação:

01/07 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$


200.000,00;
04/07 – Despesas com energia elétrica com pagamento à vista no valor de R$
800,00;
05/07 – Despesas com água com pagamento à vista no valor de R$ 1.000,00;
06/07 – Despesas com telefone no valor de R$ 1.200,00 com pagamento à
vista;
07/07 – Compra de um veículo financiado no valor de R$ 50.000,00;
08/07 – Abertura de conta em banco com depósito inicial no valor de R$
10.000,00;
09/07 – Compra de móveis para o escritório com pagamento em cheque no
valor de R$ 5.000,00;
10/07 – Receita com prestação de serviços (Anexo III) no valor de R$ 5.000,00;
11/07 – Despesas com Materiais de Higiene, com pagamento à vista no valor
de R$ 100,00;
12/07 – Compra a vista de 10 mercadorias no valor de R$ 10.000,00;
13/07 – Venda de 08 mercadorias no valor de R$ 50.000,00, sendo 50% à vista
e 50% à prazo (Anexo I);
14/07 – Despesas com internet no valor de R$ 200,00 com pagamento a vista;
15/07 – Venda de 02 mercadorias à vista no valor de R$ 15.000,00 (Anexo I);
16/07 – Compra a prazo de 10 mercadorias no valor de R$ 13.000,00;
17/07 – Venda a vista de 03 mercadorias no valor de R$ 50.000,00 (Anexo I).

Capítulo 4
Folha de Pagamento

A folha de pagamento nada mais é que o documento elaborado pela


empresa, no qual relaciona a remuneração paga aos trabalhadores de uma
instituição, ou seja, montante pago aos empregados pelos serviços prestados
durante um determinado período, incluindo seus descontos e respectivos
abatimentos.

Além da remuneração paga mensalmente ao empregado,


precisamos provisionar alguns itens de suma importância para
compor nossa contabilidade, como férias, décimo terceiro,
contingências entre outras. Por haver estas provisões, temos
um outro Princípio, denominado de Princípio da
Oportunidade: Refere-se ao momento em que devem ser
registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas
imediatamente e de forma integral, independentemente das
causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e

74
monetários. Quando se tratar de um fato futuro, o registro
deverá ser feito desde que tecnicamente estimável mesmo
existindo razoável certeza de sua ocorrência. São os casos de
Provisões para Férias, para Contingências, etc.

Vamos citar um exemplo com cálculo da remuneração


juntamente com as provisões, para dirimir quaisquer dúvidas
sobre a contabilização:

Contratação de um funcionário em 01/01/20XX com salário de


R$ 1.000,00:

1º Lançamento em 20/01 com 40% (quarenta por cento) de


adiantamento salarial (data e porcentagem são padronizadas
para adiantamento salarial, ressalto que devemos efetuar a
leitura da convenção coletiva da empresa, pois algumas datas
e porcentagem podem ser diferentes);

R$ 1.000,00 X 40% = R$ 400,00

D- Adiantamento de Salários (Conta de Ativo)


C-Caixa Administrativo / Banco conta Movimento..........R$ 400,00

Em 31/01 (Final de cada mês) deve-se contabilizar a folha,


incluindo este adiantamento salarial que foi pago no dia 20:

D- Despesas com salários....................R$ 1.000,00


C- Adiantamento de salários.................R$ 400,00
C- INSS à recolher (alíquota 8%)...........R$ 80,00
C- Salários à pagar..............................R$ 520,00

A alíquota do INSS foi calculada conforme tabela vigente do


ano de 2015, porém, tal tabela é atualizada anualmente ou de
acordo com alteração na Portaria Interministerial MPS/MF:

Salário de Contribuição Alíquotas (%)

até 1.399,12 8,00

de 1.399,13 até 2.331,88 9,00

de 2.331,89 até 4.663,75 11,00


Atenção: O valor máximo do INSS do segurado empregado é R$ 513,01

Segue apenas um exemplo do Princípio da Oportunidade,


“a provisão das férias”, pois provisionaremos este um mês de
férias juntamente com um terço, conforme previsto em CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas):

75
Cálculo sobre R$ 1.000,00:
R$ 1.000,00 / 12 = R$ 83,33
R$ 83,33 / 3 = R$ 27,78
Total da provisão: R$ 83,33 + 27,78 = R$ 111,11

D- Despesas com férias (01 mês mais 1/3)...................R$ 111,11


C- Provisão com férias (01 mês mais 1/3)....................R$ 111,11

Nota-se que: Após 12 meses trabalhados obtivemos um passivo de


R$ 1.333,33, valor este das férias correspondente a um mês de
salário mais 1/3 conforme prevê a C.L.T.

DO PAGAMENTO NO MÊS SUBSEQUENTE (PAGAMENTO AO


EMPREGADO)

Como exemplo colocaremos o 5º dia útil do mês subsequente


para pagar a remuneração do empregado, conforme segue:

D- Salários a pagar................................................R$ 520,00


C- Caixa Administrativo / Banco Conta Movimento.....R$ 520,00

DA APURAÇÃO DO FGTS (Último dia do mês - 8%):

D- Despesas com FGTS .........................................R$ 80,00


C- FGTS a Recolher...............................................R$ 80,00

Caixa Administrativo ou Banco


Adiantamento de Salários Conta Movimento
R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 520,00
R$ 400,00

Inss a Recolher
Despesas com Salários
R$ 1.000,00 R$ 80,00

76
Despesas com F
Salários a Pagar érias
R$ 520,00 R$ 520,00 R$ 111,11

Despesas com FGTS


Provisão com Férias
R$ 111,11 R$ 80,00

Das – Simples Nacional


FGTS a Recolher
R$ 80,00 R$ 700,00

E x e rc íc io s :
1- Contratação de um funcionário em 01/04 com salário de
R$ 1.250,00, fazer os cálculos, lançamentos e provisão
de férias;
2- Contratação de um funcionário em 01/05 com salário de
R$ 788,00 fazer os cálculos, lançamentos e provisão de
férias.

OBS.: Nota-se que utilizamos apenas um resumo para cálculo


de folha de pagamento, não incluímos os benefícios da
convenção coletiva e nem CLT, como vale transporte, vale
refeição, alimentação, assistência médica entre outros. É
apenas um conceito básico para você discente avançar seus
estudos.

Ressaltamos que há mais um princípio da contabilidade


à ser estudado o “Princípio da Prudência”, coloquei este
princípio ao término deste capítulo da folha de pagamento
para ficar mais fácil o entendimento, tal Principio determina a

77
adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do
maior valor para o componentes do Passivo, sempre que se
apresentarem alternativas igualmente válidas para
quantificação das variações patrimoniais que alterem o PL.
Este Princípio baseia-se na premissa de nunca antecipar
lucros e sempre prever possíveis prejuízos, um exemplo
válido é uma dívida trabalhista onde a empresa prevê pagar
uma ação no valor de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) a R$
10.000,00 (Dez Mil Reais), então registra-se na contabilidade
o valor maior, mesmo que exista um pouco mais chance de
pagar um valor menor da ação.

C A P ÍT U L O 5
D A S D E M O N S T R A Ç Õ E S C O N T Á B E IS

Nos capítulos anteriores, estudamos as contas de


resultados que trata-se de Despesas, Custos e Receitas, para
apurar se uma empresa teve lucro ou prejuízo, precisamos
encerrar estas contas com uma única conta denominada
“RESULTADO DO EXERCÍCIO”, tal conta de resultado tem a
função de receber as receitas, despesas e custos do período
que serão encerrados, para apuração do respectivo resultado,
onde tal resultado, sendo lucros, serão destinados para os
sócios, empresários, funcionários, reservas entre outras
contas como veremos a seguir.

Algumas Regras:

Nas Despesas:
- Credita-se todas as contas de despesas como água, luz,
telefone, internet entre outras e debita-se a conta de
resultado:

C- Despesas
D- Resultado do Exercício

Nos Custos:
- Credita-se todos os custos com mercadorias, serviços
prestados, entre outros e debita-se a conta de resultado:

D- Custo com mercadorias e serviços


C- Resultado do Exercício

78
Nas Receitas:

- Debita-se todas as receitas com venda de mercadorias e


serviços e credita-se a conta de resultado:

D- Receita com (Venda de Mercadorias ou Serviços)


C- Resultado do Exercício

Segue um exemplo completo para acompanhamento dos


estudos, com apuração dos impostos, folha de pagamento,
custos, encerramento das contas de resultados e as devidas
explicações das Demonstrações Contábeis:

01/08 – Integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 10.000,00;


01/08 - C o n t r a t a ç ã o d e u m f u n c i o n á r i o c o m s a l á r i o d e R $
1.000,00, adiantamento pago em dinheiro em 20/08;
04/08 – Despesas com energia elétrica com pagamento à vista no valor de R$
100,00;
05/08 – Despesas com água com pagamento à vista no valor de R$ 50,00;
06/08 – Despesas com telefone no valor de R$ 150,00 com pagamento à vista;
07/08 – Compra de um veículo financiado no valor de R$ 20.000,00;
08/08 – Abertura de conta em banco com depósito inicial no valor de R$
500,00;
09/08 – Compra de móveis para o escritório com pagamento em cheque no
valor de R$ 250,00;
10/08 – Receita com prestação de serviços (Anexo III) no valor de R$ 5.000,00,
recebimento a vista;
11/08 – Despesas com Materiais de Higiene, com pagamento à vista no valor
de R$ 50,00;
12/08 – Compra a vista de 10 mercadorias no valor de R$ 1.000,00;
13/08 – Venda de 08 mercadorias no valor de R$ 2.000,00, sendo 50% à vista
e 50% à prazo (Anexo I);
14/08 – Despesas com internet no valor de R$ 50,00 com pagamento a vista;
15/08 – Venda de 02 mercadorias à vista no valor de R$ 1.000,00 (Anexo I);
16/08 – Compra a prazo de 10 mercadorias no valor de R$ 1.000,00;
17/08 – Venda a vista de 03 mercadorias no valor de R$ 1.500,00 (Anexo I).

Lançamentos em Diário:

01/08
D- Caixa Administrativo............. R$ 10.000,00
C- Capital Social...................... R$ 10.000,00

04/08
D- Energia Elétrica.................... R$ 100,00
C- Caixa Administrativo...............R$ 100,00

79
05/08
D- Água................................... R$ 50,00
C- Caixa Administrativo...............R$ 50,00

06/08
D- Telefone............................... R$ 150,00
C- Caixa Administrativo................R$ 150,00

07/08
D- Veículos.............................. R$ 20.000,00
C- Financiamentos.....................R$ 20.000,00

08/08
D- Banco conta Movimento......... R$ 500,00
C- Caixa Administrativo...............R$ 500,00

09/08
D- Móveis e Utensílios............... R$ 250,00
C- Banco conta Movimento..........R$ 250,00

10/08
D- Caixa Administrativo............. R$ 5.000,00
C- Receita com Serviços.............R$ 5.000,00

10/08
D- DAS Simples Nacional........... R$ 300,00
C- DAS a Recolher......................R$ 300,00

11/08
D- Materiais de Higiene.............. R$ 50,00
C- Caixa Administrativo...............R$ 50,00

12/08
D- Mercadorias para revenda...... R$ 1.000,00
C- Caixa Administrativo...............R$ 1.000,00

13/08
D- Clientes................................ R$ 1.000,00
D- Caixa Administrativo............... R$ 1.000,00
C- Venda de Mercadorias............. R$ 2.000,00

13/08
D- DAS Simples Nacional........... R$ 80,00
C- DAS a Recolher......................R$ 80,00

13/08
D- Custo das Mercadorias Vendidas...R$ 800,00

80
C- Mercadorias para Revenda............R$ 800,00
14/08
D- Internet.......................................... R$ 50,00
C- Caixa Administrativo........................ R$ 50,00

15/08
D- Caixa Administrativo............... R$ 1.000,00
C- Venda de Mercadorias............. R$ 1.000,00

15/08
D- DAS Simples Nacional........... R$ 40,00
C- DAS a Recolher......................R$ 40,00

15/08
D- Custo das Mercadorias Vendidas...R$ 200,00
C- Mercadorias para Revenda............R$ 200,00

16/08
D- Mercadorias para Revenda....................R$ 1.000,00
C- Fornecedores......................................R$ 1.000,00

17/08
D- Caixa Administrativo............... R$ 1.500,00
C- Venda de Mercadorias............. R$ 1.500,00

17/08
D- DAS Simples Nacional........... R$ 60,00
C- DAS a Recolher......................R$ 60,00

17/08
D- Custo das Mercadorias Vendidas...R$ 300,00
C- Mercadorias para Revenda............R$ 300,00

20/08
D- Adiantamento de Salário.......................................R$ 400,00
C-Caixa Administrativo / Banco conta Movimento.........R$ 400,00

31/08
D- Despesas com salários....................R$ 1.000,00
C- Adiantamento de salários.................R$ 400,00
C- INSS a recolher (alíquota 8%)...........R$ 80,00
C- Salários a pagar..............................R$ 520,00

31/08
D- Despesas com FGTS......................R$ 80,00
C- FGTS a Recolher...........................R$ 80,00

31/08
D- Despesas com Férias....................R$ 111,00

81
C- Provisão de Férias........................R$ 111,00
31/08
D- Despesas com 13º.........................R$ 83,33
C- 13º a pagar...................................R$ 83,33

31/08
D- Resultado do Exercício....................R$ 2.154,44
C- Energia Elétrica..............................R$ 100,00
C- Água.............................................R$ 50,00
C- Telefone........................................R$ 150,00
C- DAS Simples Nacional.....................R$ 480,00
C- Materiais de Higiene.......................R$ 50,00
C- Internet.........................................R$ 50,00
C- Despesas Salários.........................R$ 1.000,00
C- Despesas FGTS..............................R$ 80,00
C- Despesas com Férias.......................R$ 111,11
C- Despesas com 13º ..........................R$ 83,33

31/08
D- Resultado do Exercício....................R$ 1.300,00
C- Custo com Mercadorias Vendidas......R$ 1.300,00

31/08
D- Receita de Serviços.........................R$ 5.000,00
D- Venda de Mercadorias......................R$ 4.500,00
C- Resultado do Exercício.....................R$ 9.500,00

Lançamentos em Razonetes:

Caixa Administrativo Capital Social Energia Elétrica


R$ 10.000,00 R$ 100,00 R$ 10.000,00 R$ 100,00 R$ 100,00
R$ 5.000,00 R$ 50,00
R$ 1.000,00 R$ 150,00
R$ 1.000,00 R$ 500,00
R$ 1.500,00 R$ 50,00
R$ 1.000,00
R$ 50,00
R$ 400,00
R$ 18.500,00 R$ 2.300,00
R$ 16.200,00







82
Água Telefone Veículos

R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 20.000,00











Financiamentos Banco Conta Movimento

Móveis e Utensílios
R$ 20.000,00 R$ 500,00 R$ 250,00 R$ 250,00
R$ 250,00










Receita de Serviços DAS - Simples Nacional

DAS a Recolher
R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 300,00 R$ 480,00 R$ 300,00
R$ 80,00 R$ 80,00
R$ 40,00 R$ 40,00

R$ 60,00 R$ 480,00 R$ 60,00
R$ 480,00 R$ 480,00















83
Materiais de Higiene Mercadorias para Revenda Clientes
R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 1.000,00 R$ 800,00 R$ 1.000,00
R$ 1.000,00 R$ 200,00
R$ 300,00

R$ 2.000,00 R$ 1.300,00
R$ 700,00






Venda de Mercadorias

C.M.V.
Internet
R$ 4.500,00 R$ 2.000,00 R$ 800,00 R$ 1.300,00 R$ 50,00 R$ 50,00
R$ 1.000,00 R$ 200,00
R$ 1.500,00 R$ 300,00
R$ 4.500,00 R$ 1.300,00








Fornecedores Adiantamento de Salários
Despesas com salários

R$ 1.000,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00



















84
INSS a Recolher Salários a Pagar Despesas com FGTS
R$ 80,00 R$ 520,00 R$ 80,00 R$ 80,00











FGTS a Recolher Despesas com Férias

Provisão de Férias
R$ 80,00 R$ 111,11 R$ 111,11 R$ 111,00











Despesas com 13º Provisão 13º Salário
Resultado do Exercício

R$ 83,33 R$ 83,33 R$ 83,33 R$ 100,00 R$ 5.000,00
R$ 50,00 R$ 4.500,00
R$ 150,00
R$ 480,00
R$ 50,00
R$ 1.300,00
R$ 50,00
R$ 1.000,00
R$ 80,00
R$ 111,11
R$ 83,33
R$ 3.454,44 R$ 9.500,00
R$ 6.045,56

Obs.: Nota-se que há um saldo de crédito na conta “Resultado


do Exercício”, este saldo nada mais é que: com todas as
vendas e prestação de serviços ocorridas no período na
empresa, subtraindo as despesas e custos, ocorreu um lucro,

85
tal lucro pode ser distribuído entre os sócios conforme
porcentagem de participação na sociedade, bem como
destinar a alguma reserva ou até mesmo distribuir parte aos
funcionários, segue abaixo a transferência dos saldos para a
conta de “lucro do exercício”, onde deixaremos mencionado
no balanço, porém lembramos que este valor deve ser
destinado para uma outra conta, ficando à critério da
administração da administração da empresa efetuar tal
procedimento:

Despesas com 13º Lucro do Exercício Resultado do Exercício


R$ 83,33 R$ 83,33 R$ 6.045,56 R$ 100,00 R$ 5.000,00
R$ 50,00 R$ 4.500,00
R$ 150,00
R$ 480,00
R$ 50,00
R$ 1.300,00
R$ 50,00
R$ 1.000,00
R$ 80,00
R$ 111,11
R$ 83,33
R$ 3.454,44 R$ 9.500,00
R$ 6.045,56 R$ 6.045,56

Da Ficha Controle de Estoque e apuração do C.M.V. –


Custo das Mercadorias Vendidas:

Compras Vendas Saldo


Data Histórico Quantidade Unitário Valor Quantidade Unitário Valor Quantidade Unitário Valor
12/ago Compra 10 R$ 100,00 R$ 1.000,00 0 10 R$ 100,00 R$ 1.000,00
13/ago Venda 0 8
R$ 100,00 R$ 800,00 2 R$ 100,00 R$ 200,00
15/ago Venda 0 2 R$ 100,00 R$ 200,00 0
16/ago Compra 10
R$ 100,00
R$ 1.000,00 0 10
R$ 100,00
R$ 1.000,00
17/ago Venda 0 3
R$ 100,00
R$ 300,00 7 R$ 100,00 R$ 700,00
R$ 1.300,00
C.M.V.

86
Do Balancete de Verificação:

Conta Valor Débito Valor Crédito Saldo Débito Saldo Crédito


Caixa Administrativo R$ 18.500,00 R$ 2.300,00 R$ 16.200,00
Banco Conta Movimento R$ 500,00 R$ 250,00 R$ 250,00
Clientes R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Mercadorias Para Revenda R$ 2.000,00 R$ 1.300,00 R$ 700,00
Veículos R$ 20.000,00 R$ 20.000,00
Móveis e Utensílios R$ 250,00 R$ 250,00
Adiantamento Salários R$ 400,00 R$ 400,00
Fornecedores R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Salários a Pagar R$ 520,00 R$ 520,00
Provisão Férias R$ 111,11 R$ 111,11
Provisão 13º R$ 83,33 R$ 83,33
Das a Recolher R$ 480,00 R$ 480,00
Inss a Recolher R$ 80,00 R$ 80,00
FGTS a Recolher R$ 80,00 R$ 80,00
Financiamentos R$ 20.000,00 R$ 20.000,00
Capital Social R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
Lucro do Exercício R$ 6.045,56 R$ 6.045,56
Venda de Mercadorias R$ 4.500,00 R$ 4.500,00
Receita de Serviços R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
C.M.V. R$ 1.300,00 R$ 1.300,00
DAS - Simples Nacional R$ 480,00 R$ 480,00
Despesas FGTS R$ 80,00 R$ 80,00
Despesas Salários R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Despesas Férias R$ 111,11 R$ 111,11
Despesas 13º R$ 83,33 R$ 83,33
Materiais de Higiene R$ 50,00 R$ 50,00
Internet R$ 50,00 R$ 50,00
Energia Elétrica R$ 100,00 R$ 100,00
Água R$ 50,00 R$ 50,00
Telefone R$ 150,00 R$ 150,00
TOTAL R$ 55.604,44 R$ 55.604,44 R$ 38.400,00 R$ 38.400,00

Da Demonstração do Resultado do Exercício

Todas as empresas, exceto o M.E.I. – Micro


Empreendedor Individual devem adotar a escrituração contábil
simplificada e elaborar suas demonstrações contábeis, sendo
facultada a confecção das demais demonstrações previstas na
legislação societária. As demonstrações contábeis
(Demonstração de Resultado do Exercício e Balanço
Patrimonial) devem ser assinadas por um contabilista

87
devidamente habilitado conjuntamente com o empresário e
transcritas no livro “DIÁRIO” que deve ser registrado na Junta
Comercial do Estado ou no Cartório de Títulos e Documentos
(CEDETE) , de acordo com a legislação vigente.

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal


apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao
conjunto de operações realizadas num determinado período, podendo ser
encerrada a qualquer tempo, porém, normalmente, encerra-se tal
demonstrativo ao término do ano, onde é apurado o lucro ou prejuízo do
exercício, conforme segue:

Receita Operacional
Venda de Mercadorias R$ 4.500,00
Receita de Serviços R$ 5.000,00
( - ) Deduções
DAS – Simples Nacional (R$ 480,00)
( = ) Receita Líquida R$ 9.020,00
( - ) Custos
Custo com Mercadorias Vendidas – CMV (R$ 1.300,00)
( = ) Lucro Bruto R$ 7.720,00
( - ) Despesas Operacionais
Trabalhistas
Despesas FGTS (R$ 80,00)
Despesas com Salários (R$ 1.000,00)
Despesas com Férias (R$ 111,11)
Despesas com 13º (R$ 83,33)
Administrativas
Materiais de Higiene (R$ 50,00)
Internet (R$ 50,00)
Energia Elétrica (R$ 100,00)
Água (R$ 50,00)
Telefone (R$ 150,00)
Lucro Líquido do Exercício R$ 6.045,56

Do Balanço Patrimonial:

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a


evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição
patrimonial e financeira da Entidade.

No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os


elementos do patrimônio, com os saldos do respectivo balancete e que
registrem a movimentação de forma agrupada e por ordem de liquidez, de
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

88
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa Administrativo R$ 16.200,00 Fornecedores: R$ 1.000,00
Banco conta Movimento R$ 250,00 Salários a Pagar: R$ 520,00
Clientes: R$ 1.000,00 Provisão Férias: R$ 111,11
Mercadorias para revenda: R$ 700,00 Provisão 13º: R$ 83,33
Veículos: R$ 20.000,00 DAS a Recolher: R$ 480,00
Móveis e Utensílios: R$ 250,00 INSS a Recolher: R$ 80,00
FGTS a Recolher: R$ 80,00
Não Circulante Não Circulante:
Financiamentos: R$ 20.000,00
Patrimônio Líquido:
Capital Social: R$ 10.000,00
Lucros: R$ 6.045,56
Total do Ativo: R$ 38.400,00 Total do Passivo: R$ 38.400,00

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Willian Rogério Antonio, profissional atuando no mercado há mais de
15 anos, sócio administrador da empresa IRWINS CONSULTING, com
formação em Técnico em Contabilidade pelo SENAC, graduado em
Ciências Contábeis pela Unicapital e pós graduado em Contabilidade
e Planejamento Tributário pela Universidade São Judas Tadeu,
consultor de empresa especializado em constituição, alteração,
transformação, incorporação, cisão e fusão de empresas e
planejamento tributário.


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