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CONTRATO RURAL DE PARCERIA AGRÍCOLA

Contrato rural de parceria agrícola que fazem RUTE SANTOS GUNDIM com
JOSÉ DOS SANTOS, na forma abaixo:

De um lado como PARCEIRO CONTRATANTE a Srª RUTE SANTOS


GUNDIM, brasileira, maior, viúva, agricultora, residente e domiciliado na Rua
Anteógenes Teixeira Gundim, 42 bairro Emília Costa, nesta cidade, portadora
do CPF nº 669928265-49 e RG nº 1.346.767 SSP-Ba
e do outro lado, como PARCEIRO CONTRATADO o Sr. JOSÉ DOS SANTOS
FILHO, brasileiro, maior, solteiro, lavrador, residente na Fazenda Shekinah,
município de Wenceslau Guimarães-Ba, portador do CPF ,
RG nº SSP-Ba, a PARCEIRA CONTRATANTE é
senhora e possuidora da propriedade agrícola denominada FAZENDA
SHEKINAH, objeto deste contrato, localizada no município de Wenceslau
Guimarães, registrada no INCRA sob o nº 22860240, da qual se destacou uma
área de aproximadamente 80 hectares de terra, que serão exploradas pelo
parceiro contratado, tendo ainda o imóvel limites definidos e inconfundíveis
onde existem as seguintes plantações: cacaueiros híbridos e comuns, árvores
adultas e em produção, centenas de bananeiras nativas e implantadas para o
sombreamento dos cacaueiros. Pelo presente instrumento, pelo interessado,
foi-me dito que por este público instrumento e na melhor forma de direito, têm
justo e contratado da propriedade acima referida, mediante o exposto, o
parceiro contratante entrega ao parceiro contratado a área do imóvel acima
descrito e caracterizado, para ser explorado, cujo contrato será regido com as
cláusulas e condições seguintes:

PRIMEIRA CLÁUSULA – O parceiro contratado explorará as atividades e


produção agrícola de cacau existentes na referida área, através de tratos
culturais, por sua conta e risco.

SEGUNDA CLÁUSULA – O parceiro contratado poderá contratar pessoas


para ajudá-lo na execução dos serviços, as quais, porém, não terão nenhuma
relação com o parceiro contratante (nenhum vínculo empregatício), ou com o
imóvel, objeto da parceria. Cabendo ao parceiro contratado, contratá-las pagar-
lhes os salários, encargos sociais e trabalhistas, bem como anotações na
CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). Cabendo também ao
parceiro contratado a dispensa dos mesmos e as conseqüências advindas de
um reconhecimento de um vínculo empregatício e etc.
TERCEIRA CLÁUSULA – O parceiro contratado terá autonomia para conduzir
as atividades e práticas culturais, dentro do cronograma estabelecido, para
lavoura e plano de ação de todo o pacote tecnológico estabelecido pela
CEPLAC.

QUARTA CLÁUSULA - O parceiro contratante poderá em qualquer tempo,


acompanhar a manutenção do patrimônio e as atividades nas áreas (objeto
deste contrato), sem comunicação prévia ao parceiro contratado.

QUINTA CLÁUSULA – A direção dos trabalhos ou serviços ficará sob a


exclusiva responsabilidade do parceiro contratado, o qual fica apenas obrigado

a sujeitar-se à orientação do órgão técnico governamental (CEPLAC), no


sentido de conduzir e executar todas as práticas e atividades de rotina,
obedecendo as medidas de proteção ao solo e recursos naturais, estatuídos
em lei específica.

SEXTA CLÁUSULA – O prazo do presente contrato será de 02 (dois) anos


contando de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2015.

SÉTIMA CLÁUSULA – Findando o prazo contratual, o parceiro contratado, se


compromete a devolver o imóvel com as plantações pertencentes à
propriedade acima descritos, no mesmo estado em que as recebeu.

OITAVA CLÁUSULA – O parceiro contratado terá preferência para a


renovação deste contrato, em igualdade de condições com outro interessado,
devendo o parceiro contratante, até 06 (seis) meses antes do vencimento do
contrato, enviar competente notificação das propostas existentes.

NONA CLÁUSULA – Caso o parceiro contratado não tenha mais interesse em


renovar o presente contrato, deverá notificar o parceiro contratante 01 (um)
mês de antecedência do vencimento do contrato. OBS:. Fica combinado entre
as partes interessantes que, durante a vigência deste contrato, o imóvel,
plantações, etc., poderão ser vendidos a quaisquer pessoas que manifestarem
interesse em comprá-lo, ficando a critério do parceiro contratante o interesse
na concretização da venda do imóvel, objeto deste contrato.

DÉCIMA CLÁUSULA – Das obrigações do parceiro contratante:

1- O parceiro contratante obriga-se a fornecer casa de moradia para


residência do parceiro contratado e seus familiares, durante a vigência
do presente contrato.
2- Fornecer instalações adequadas para processar a secagem e
armazenamento do cacau.
3- Fornecer instalações para guardar as máquinas, motores e
equipamentos. OBS:. Fica determinado que durante o período de
entre safra, o parceiro contratado se obriga a realizar a manutenção dos
equipamentos de beneficiamento do cacau. (secador, cocho, etc)

DÉCIMA PRIMEIRA CLÁUSULA – Da partilha:

1- A produção Serpa dividida entre as partes (contratante e contratado),


cabendo a cada uma das partes 50% (cinqüenta por cento) da produção.
2- A parte que cabe ao parceiro contratado será comercializada na mesma
firma onde também comercializa o parceiro contratante.
3- Dos 50% (cinqüenta por cento) do parceiro contratado, será depositado
10% (dez por cento) na referida firma, para garantir as despesas com a
manutenção das roças durante o período da entre-safra que é de janeiro
a abril.
4- Os fertilizantes corretivos serão custeados por ambas as partes nas
mesmas proporções observadas para a partilha de produção.

DÉCIMA SEGUNDA CLÁUSULA – Das obrigações do parceiro contratado:

1- O parceiro contratado obriga-se a assumir o comando da parceria, não


delegando as atividades das áreas parceiradas, aos cuidados de
terceiros.
2- Praticar todos os tratos culturais (roçagem, capina, retirar os galhos e
folhas infectados por pragas, principalmente a vassoura de bruxa)
3- Utilizar ferramentas, máquinas, equipamentos, motores e materiais de
insumos, recebidos unicamente em benefício da área explorada e dar
tratamento e assistência à cultura nela existente.
4- Guardar todos os equipamentos, máquinas, motores e acessórios
exclusivamente no depósito pré-estabelecido.
5- Conservar em bom estado o imóvel rural, suas benfeitorias, casas de
moradia, tais como: os receberam, sob pena de responder pelos danos
causados.
6- Desocupar o imóvel com seus familiares, tão logo se extinga, por razões
justas o presente contrato.
7- Manter e devolver ao final do contrato a área explorada, desenvolvida e
tratada, de modo a evitar o acúmulo de matérias nocivas as plantas.
8- Providenciar nos momentos necessários os insumos de sua
responsabilidade, conforme cláusula décima segunda, item 4.

DÉCIMA TERCEIRA CLÁUSULA: Das proibições: É expressamente proibido:

1- Sub-parceirar, arrendar, ceder ou emprestar a área objeto deste a


parceria, sem o expresso consentimento por escrito do parceiro
contratante.
2- Emprestar ou utilizar máquinas, motores e equipamentos exclusivos da
parceria em benefícios de terceiros.
3- Adquirir para si ou para membro da sua família, imóvel rural ou área de
terra durante a vigência deste contrato.
4- Prestação de serviços gratuitos pelo parceiro contratado, seus familiares
ou preposto ou parceiros contratante obrigatoriedade de aquisição de
adubos e ferramentas e outros insumos, como: gêneros alimentícios,
utilidades em armazém ou barracões determinados pelo parceiro
contratante.
5- A aceitação, pelo parceiro contratado, do pagamento do preço de sua
parte da produção e ordens ou bônus, ou qualquer outra forma de
substitutiva da moeda.

DÉCIMA QUARTA CLÁUSULA – Da rescisão do contrato:

1- O não cumprimento das recomendações técnicas para a lavoura,


estabelecidas na área explorada, orientadas pela CEPLAC, nos casos
previstos nos artigos 26 e 32 do Decreto Lei nº 59.566 de 14.11.1966.
2- Se o parceiro contratado demonstrar pouco interesse pela área, objeto
deste contrato, dando pouca assistência ou delegando as atividades da
parceria aos cuidados de terceiros.
3- Se o parceiro contratado ou seus familiares se embriagarem dentro do
imóvel, provocarem ou empenharem-se em brigas, ofenderem física ou
moralmente o parceiro contratante ou de sua família, enfim, praticarem
qualquer ato ilícito que crie ambiente de séria desarmonia na
propriedade.
4- Criação de animais prejudiciais as culturas existentes.
5- A não observação dos recursos naturais existentes nos imóveis.
6- O descumprimento por uma das partes, de qualquer cláusula regida
neste contrato, independente de qualquer providência judicial.

DÉCIMA QUINTA CLÁUSULA – Fica designada a CEPLAC, através do seu


escritório local, para a avaliação e emissão de laudos técnicos sobre a
condução e execução deste contrato de parceria, sempre que for solicitada por
uma das partes.

DÉCIMA SEXTA CLÁUSULA – Do foro:

1- Fica nomeado o Fórum de Gandu, para dirimir quaisquer dúvidas a


respeito deste contrato.

Gandu, 01de janeiro de 2013

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ESPÓLIO DE WILSON COSTA GUNDIM

RUTE SANTOS GUNDIM (inventariante)

EDILSON DOS SANTOS

Parceiro contratado

TESTEMUNHAS:

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