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V CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA

V NATIONAL CONGRESS OF MECHANICAL ENGINEERING


25 a 28 de agosto de 2008 – Salvador – Bahia - Brasil
August 25 – 28, 2008 - Salvador – Bahia – Brazil

UTILIZAÇÃO DE UM APLICATIVO EXECUTÁVEL PARA


DETERMINAÇÃO DOS TRENS DE ENGRENAGENS NECESSÁRIOS
PARA FABRICAÇÃO DE PEÇAS HELICOIDAIS

Rolim, Tiago Leite - Universidade Federal de Pernam (tlr@ufpe.br)


Lima, Diego Bruno Alves Fernandes de - Universidade Federal de Pernam (tlr@hotlink.com.br)

Resumo: Pequenas e médias empresas do ramo metal mecânico que trabalham com usinagem convencional fazem
uso do processo de fresamento, em máquinas de fresar universais, para fabricação de peças helicoidais atendendo
demanda de mercado com pequenos lotes ou, de manutenção no caso de reposição. Estas peças podem ser engrenagens
cilíndricas de dentes inclinados (usadas em aplicações de média e baixa exatidão), fusos de acionamento, rasgos
helicoidais em rolos revestidos de borracha, entre outras. De modo geral a qualidade das peças helicoidais é afetada
devido às aproximações feitas nos cálculos dos trens de engrenagens responsáveis pela rotação da peça para obtenção
da hélice desejada. No caso da fabricação de engrenagens helicoidais que trabalharão em pares, as aproximações
individuais aplicadas em cada engrenagem, implicam no surgimento de diferenças entre os valores dos ângulos das
hélices de projeto e do fabricado, comprometendo o bom funcionamento de rodas dentadas conseqüentemente
reduzindo o tempo de vida útil das mesmas. Neste trabalho é apresentada uma sistemática capaz de calcular o trem de
engrenagens necessário para fabricação de peças com helicoidais indicando o erro final de fabricação do ângulo da
hélice construída, assim como também um procedimento de cálculo que garante o mesmo erro de inclinação do ângulo
de hélice deixado na fabricação de duas rodas dentadas que trabalharão engrazadas. Toda a sistemática foi
transformada em um aplicativo computacional, de fácil e rápida execução, tendo como dados de entrada as
características da fresadora a ser utilizada e os parâmetros das peças a serem fabricadas.

Palavras-chave: helicoidal, fresamento, transmisão, trem de engrenagens

1. INTRODUÇÃO

As formas helicoidais aparecem em peças mecânicas com aplicações diversas como molas e roscas dos mais
variados tipos conforme necessidades de usos. Estas peças, além de molas, podem ser engrenagens cilíndricas de dentes
inclinados (usadas em aplicações de média e baixa exatidão), fusos de acionamento, rasgos helicoidais em rolos
revestidos de borracha, entre outras. A forma helicoidal é uma característica definida pela varredura de uma seção
transversal ao longo de uma trajetória em forma de hélice. Portanto, dois dados importantes do objeto na forma
helicoidal são a trajetória e seção transversal da forma desejada. A trajetória em si pode ser definida por duas entidades:
um perfil, que define, hipoteticamente, uma superfície de revolução e o chamado passo da hélice.
A fabricação das peças helicoidais geralmente acontece em processos de usinagem com ferramentas de geometria
conhecida tais como o fresamento e torneamento. Processos de usinagem com ferramenta de geometria desconhecida,
no caso rebolos abrasivos, são utilizados para obtenção de perfis helicoidais com rugosidade especificada ou, em
situações que necessitem de pura recuperação das partes danificadas superficialmente. Fabricar peças helicoidais
através do processo de torneamento ou fresamento é uma opção que está ligada a disponibilidade de um torno ou de
uma fresadora, capaz de atender as características específicas da peça a ser confeccionada no tocante ao diâmetro da
peça onde será executada a hélice (podendo ser externa ou interna), comprimento da peça, tamanho do passo e número e
tipo de rasgos helicoidais que serão abertos. Esta indicação deverá levar em consideração, além dos aspectos técnicos de
capacidade da máquina, o fator custo de fabricação da peça em epígrafe.
A fabricação da peça com característica helicoidal tendo passes abaixo de 50 mm e até seis hélices pode ser
facilmente realizada em tornos mecânicos horizontais do tipo convencional, os quais dispõem de mecanismo capaz de
produzir o avanço da ferramenta de corte conforme passo solicitado. Peças com passo de hélice acima de 50 mm e
com mais de seis entradas, necessitam de torno especial, ou com montagem de trem de engrenagem capaz de realizar
deslocamento da ferramenta gerando o passo referido. Peças que trabalham aos pares, como as engrenagens helicoidais,
ou peças com rasgos em hélice para acionamento automatizado, são casos típicos de fabricação em fresadora
universal, tanto pelo atendimento possível da confecção de passos curtos ou longos, como pela possibilidade de uso do
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aparelho divisor, o qual oferece uma gama de possibilidades de divisão de peças em partes iguais, assim como também
a fixação, no eixo da máquina de ferramenta multicortante no caso a fresa com perfil adequado para denteamento, ou
abertura de rasgos com geometria indicada. Nas duas situações acima apresentadas em relação aos processos de
fabricação de peças helicoidais com hélices de passo grande (acima de 50 mm), é necessário proceder ao cálculo e
montagem do trem de engrenagem capaz realizar o avanço da ferramenta, no caso do torneamento onde a peça gira e a
ferramenta tem movimento de translação, ou, o avanço e rotação da peça no caso do fresamento onde a ferramenta tem
somente o movimento de rotação. Nas pequenas e médias empresas do ramo o cálculo do trem de engrenagens acima
citado é feito com uso de tabelas e calculadoras eletrônicas, onde, as aproximações individuais aplicadas em cada
engrenagem, implicam no surgimento de diferenças entre os valores dos ângulos das hélices de projeto e do fabricado,
comprometendo o bom funcionamento de rodas dentadas conseqüentemente reduzindo o tempo de vida útil das
mesmas. Neste trabalho é apresentada uma sistemática capaz de calcular o trem de engrenagens necessário para
fabricação de peças com helicoidais, em fresadora do tipo universal, indicando o erro final de fabricação do ângulo da
hélice construída, assim como também um procedimento de cálculo que garante o mesmo erro de inclinação do ângulo
de hélice deixado na fabricação de duas rodas dentadas que trabalharão engrazadas. Toda a sistemática foi transformada
em um aplicativo computacional, de fácil e rápida execução, tendo como dados de entrada as características da
fresadora a ser utilizada e os parâmetros das peças a serem fabricadas.

2. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS CARACTERÍSTICOS DE UMA PEÇA HELICOIDAL

De um modo geral os elementos geométricos de uma peça helicoidal são o passo da hélice, Ph, o diâmetro do
Cilindro, d, onde a hélice se desenvolve e o ângulo que a hélice faz com o eixo da peça, que chamado de ângulo de
inclinação da hélice, β, cujo complementar é dito ângulo de inclinação da hélice com a circunferência da base.
Fazendo-se o desenvolvimento da circunferência com diâmetro da base a hélice também desenvolvida formará um
triângulo do qual poderá ser obtido o valor do passo da hélice como mostrado na Eq. (1). Na Fig. (1) está apresentada a
configuração dos elementos geométricos característicos de uma peça helicoidal.

Figura 1. Elementos Geométricos de uma peça Helicoidal

 
(1)

3. FRESAGEM HELICOIDAL

No caso da fabricação dos rasgos ou dentes de uma engrenagem helicoidal os elementos geométricos específicos
estão apresentados na Fig. (2) com nomenclatura designada na seqüência.
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Figura 2. Elementos Geométricos numa Engrenagem Helicoidal


Onde:
pn - passo normal, mm;
pf- passo frontal ou passo circunferencial (medido na circunferência da base), mm;
dp - diâmetro primitivo , mm
ph - passo da hélice, mm
β - ângulo de inclinação da hélice com eixo da peça.

Para abertura dos rasgos helicoidais na fresadora universal, é preciso que a mesa gire no valor de um ângulo
correspondente ao ângulo de inclinação da hélice com eixo da peça. É necessário também que haja uma combinação de
movimentos de rotação e de avanço da peça, de modo que a ferramenta ao cortar o material produza a hélice desejada.
Para tanto, é necessário o cálculo de um trem de engrenagens, o qual recebe movimento de rotação do fuso da fresadora,
fazendo o acionamento do cabeçote divisor, onde está fixada a peça a ser usinada. A Fig. (3) mostra uma configuração
necessária para transmissão de movimento conforme descrito.

Figura 3. Configuração da Montagem para Abertura de Rasgos Helicoidais em uma Fresadora Universal

3.1 Procedimento de Cálculo do Trem de Engrenagens

O trem de engrenagens necessário para fabricação dos rasgos helicoidais é calculado a partir da relação de
transmissão, i, obtida entre o passo da hélice (Ph) a ser confeccionada e o passo do fuso da fresadora (Pf), levando-se
também em consideração a relação de transmissão do aparelho divisor utilizado. A Eq. (2) expressa a relação entre as
variáveis citadas.

(2)

Onde:
e – número de entradas no parafuso sem-fim do aparelho divisor;
G – número de dentes da coroa no aparelho divisor.

O passo da hélice, Ph, indicado na Eq. (2) é calculado através da Eq. (1) sendo que, no caso da fabricação de
engrenagens, o diâmetro a ser usado é o diâmetro primitivo da engrenagem que será fabricada. Para peças apenas com
rasgos helicoidais com seção retangular, quadrada, circular, entre outros, geralmente é utilizado valor do diâmetro
médio. Assim a relação de transmissão i passa a forma mostrada na Eq. (3) para o caso de engrenagens e a forma da
Eq.(4) para o caso de peças com um ou vários rasgos helicoidais..
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(3)

Sendo:
dp – diâmetro primitivo da engrenagem, mm

(4)

Sendo:
dm – diâmetro médio, entre diâmetro externo e diâmetro no fundo do rasgo, da peça, mm

As engrenagens z1, z2, z3, z4 ....zn que comporão o trem a ser montado entre o fuso e aparelho divisor, fazem parte do
jogo de engrenagens disponíveis para montagem do trem capaz de atende a relação de transmissão i. Sendo inteiro o
número de dentes de cada engrenagem e, a relação de transmissão um número irracional, o resultado da multiplicação
entre estas duas variáveis será um número irracional, o qual deverá ser aproximado para um valor inteiro, ficando assim
então designadas as engrenagens para a montagem. Assim, o trem de engrenagens realmente montado proporcionará
uma relação de transmissão i’, a qual está mostrada na Eq.(5). Deste modo haverá sempre uma diferença entre a relação
de transmissão ideal i e aquela que será realmente montada, relação de transmissão real, i’, devido à aproximação do
numerador da Eq. (4) para um número inteiro, o qual representa o número de dentes da engrenagem a ser montada no
cabeçote divisor, ficando a engrenagem z1 para ser montada no fuso da mesa da fresadora.
 
(5)

Uma vez que as variáveis: diâmetro primitivo, passo do fuso da fresadora e relação de transmissão do aparelho
divisor apresentadas na Eq. (4), não são alteradas pela aproximação aplicada na determinação da relação de transmissão
i’, fica o comprometimento de variação no valor do ângulo de inclinação da hélice a ser fabricada. Assim o novo valor
do ângulo de inclinação da hélice será designado β’ e poderá ser calculado pela Eq.(6) .

(6)

O valor absoluto da diferença entre o valor do ângulo β (especificado no projeto da peça) e o valor do ângulo β’
(obtido na confecção da peça), Eq.(7), representa o erro sistemático, expresso em segundos, do ângulo da hélice ora
fabricada. Valores admissíveis para erro do ângulo de hélice para peças de uso comum devem ser iguais ou menores
que 0,5 s.

(7)

Caso a relação de transmissão obtida com a engrenagem de z1 dentes apresente erro de ângulo da hélice acima de
meio segundo, o procedimento deve ser repetido agora aplicando valor de número de dentes da engrenagem z2 na
Eq.(5). Assim, o processo é repetido n vezes até que seja encontrada a relação que satisfaça a condição de erro
admissível. Em algumas situações, dependendo do estoque de engrenagens disponíveis, é necessário utilização de dois
ou até três trens de engrenagens para montagem entre fuso da fresadora e aparelho divisor.

4. SISTEMÁTICA COMPUTACIONAL

O fluxograma mostrado na Fig.(4) apresenta as etapas necessárias para implantação do processamento


computacional necessário para cálculo do trem de engrenagens a partir dos dados da peça a ser fabricada, das
características da fresadora e do aparelho divisor disponível, assim como também das engrenagens possíveis de uso no
atendimento da relação de transmissão que possibilite execução da peça com menor erro de ângulo da hélice.
Uma vez encontrado o par de engrenagens que satisfaça a condição de que a diferença, em valor absoluto, entre o
ângulo efetivo da hélice a ser fabricada e o ângulo especificado no projeto seja menor que meio minuto, então este par
de rodas dentadas, deverá ser montado na grade ou viola da fresadora, obedecendo à seguinte seqüência de montagem: a
roda de menor número de dentes montada no fuso e a roda dentada com maior número de dentes montada no aparelho
divisor.
A implementação do fluxograma acima referido feita em linguagem pascal, resultou num aplicativo executável de
fácil execução o qual funciona através do preenchimento seqüencial, em telas, das características da fresadora, da peça a
ser feita do aparelho divisor e também das rodas dentadas disponibilizadas para montagem do trem de engrenagens
entre fuso e aparelho divisor. Caso não exista engrenagem disponível para atender a necessidade de fabricação da peça
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em epígrafe, a sistemática oferece ao usuário a opção de calcular as rodas dentadas necessárias para resolver o
problema, sendo resultado final apresentado para montagem de trens de engrenagens simples, duplo ou triplo.

Figura 4. Fluxograma mostrando as etapas processadas na execução da sistemática computacional desenvolvida.

Resultados obtidos na execução da sistemática para fabricação de uma engrenagem helicoidal com 27 dentes,
módulo normal 2,0 mm, ângulo de inclinação da hélice com 150 Estão mostrados na Fig. (5). A fresadora utilizada tem
passo do fuso de 5,0 mm e aparelho divisor com relação de transmissão de 1/40.

Figura 5. Tela de apresentação dos resultados para cálculo de trens de engrenagens simples, Fig (5a), duplo Fig.(5b) e
triplo Fig.(5c), fornecidos pela sistemática para fabricação de engrenagem helicoidal.
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A validação da sistemática foi comprovada pela comparação dos resultados por ela apresentados em diversos casos
da fabricação de engrenagens e peças helicoidais, com os resultados obtidos em cálculos feitos manualmente com todo
rigor na questão dos truncamentos. Em todas as situações os resultados obtidos foram praticamente iguais com
variações a partir da quarta ou quinta casas decimais, para o erro no ângulo de inclinação real, em relação ao valor de
projeto.

5. CONCLUSÕES

A sistemática proposta é fácil execução, possível de ser executada em computador comum de configuração
elementar. Assim, pequenas e médias oficinas poderão dispor de uma ferramenta confiável capaz da executar de modo
rápido e eficiente os cálculos que muitos fresadores levam vários minutos mesmo assim, correndo risco de perdas da
peça, uma vez que a grande maioria ainda faz uso de tabelas. Outro aspecto de importância é a indicação da seqüência
da montagem, que não deixa dúvida quanto à posição das engrenagens na grade da fresadora.

6. REFERÊNCIAS

Freire, J. M., 1982,Fundamentos de Tecnologia Mecânica, Fresadora, Livro Técnico e Científicos Editora Ltda, São
Paulo, Brasil 173 p.
Witte, H., 1990, Máquinas Ferramentas, Elementos Básicos de Máquinas e Técnicas de Construção, Hemus, Editora,
Rio de Janeiro, Brasil, 374 p.
Faires, V.M., 1990,Elementos Orgânicos de Máquinas, Vol 2, Livro Técnico e Científico Editora Ltda, São
Paulo,Brasil, 650p.
Weck, M., Bibring, H., Handbook of Machine Tools, Vol. 4, Types of Machine, Form of Construction and
Applications, JOHN WILEY & SONS, New York, 1998, 889p.

7. DIREITOS AUTORAIS

O direito de uso deste material é inteira exclusividade dos autores. Seu uso sem autorização prévia está sujeito as
penalidades da lei dos direitos autorais vigentes no país.

USE OF AN EXECUTABLE APPLICATION FOR DETERMINATION OF THE NECESSARY TRAINS OF


GEARS FOR PRODUCTION OF HELICAL PIECES

Rolim, Tiago Leite - Universidade Federal de Pernam (tlr@ufpe.br)

Lima, Diego Bruno Alves Fernandes de - Universidade Federal de Pernam (tlr@hotlink.com.br)

Summary: Small and averages companies of the branch mechanical metal that work with conventional process
of cutting make use of the milling process, in machine tool of universal, for production of helical pieces assisting
market demand with small lots or, of maintenance in the case of replacement. These pieces can be cylindrical
gears of sloping teeth (used in average applications and low accuracy), rotate spindles and helical tears in
covered rolls of eraser, among others. In general the quality of the helical pieces is affected due to the approaches
done in the calculations of the trains of responsible gears by the rotation of the piece for obtaining of the wanted
helix. In the case of the production of helical gears that you/they will work in pairs, the applied individual
approaches in each gear, implicate in the appearance of differences among the values of the angles of the project
helixes and of the manufactured, committing the good operation of wheels bitten reducing the time of useful life
of the same ones consequently. In this work a systematic one is presented capable to calculate the necessary train
of gears for production of pieces with helical indicating the final mistake of production of the angle of the built
helix, as well as also a calculation procedure that guarantees the same mistake of inclination of the helix angle
left in the production of two wheels bites that you/they will work gearing. All the systematic one was transformed
in an software, of easy and fast execution, tends as entrance data the characteristics of the machine tool to be
used and the parameters of the pieces the they be manufactured.

Word-key: helical, milling, train of gears


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