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Filosofia
Pesquisa de Filosofia:
Filosofia nos períodos Helenístico, Greco – Romano e Medieval
Manaus
2023
SUANE THAYARA FERNANDES LIRA
1º ano 02
Pesquisa de Filosofia:
Filosofia nos períodos Helenístico, Greco – Romano e Medieval
Manaus
2023
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo analisar e comparar a filosofia nos períodos
helenístico, greco-romano e medieval, abordando as principais correntes filosóficas,
ideias e debates que surgiram nesses contextos históricos. Serão explorados os
temas centrais de cada período, a fim de compreender as características distintas
dessas épocas e como influenciaram o desenvolvimento do pensamento filosófico.
No período helenístico, após a morte de Alexandre, o Grande, a filosofia
passou por transformações significativas, com escolas filosóficas emergindo para
lidar com questões práticas da vida cotidiana, ética e a busca pela felicidade. Serão
analisadas correntes como o epicurismo, o estoicismo e o ceticismo, destacando
suas visões sobre a natureza da existência humana e a busca pela virtude.
No período greco-romano, houve uma fusão entre a cultura grega e romana,
resultando em um rico diálogo filosófico. Serão abordados elementos do
neoplatonismo, que trouxeram uma perspectiva mais espiritual e mística da
realidade.
Na Idade Média, a filosofia esteve fortemente ligada à teologia cristã. Serão
discutidos os trabalhos de filósofos como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, que
buscaram reconciliar a fé cristã com a razão filosófica. Será explorada a abordagem
da escolástica, que procurava estabelecer uma fundamentação filosófica para os
ensinamentos teológicos, além de temas metafísicos e éticos relacionados à
existência humana.
O trabalho visa fornecer uma visão panorâmica desses períodos filosóficos
cruciais, destacando suas particularidades e influências, bem como promover uma
compreensão mais profunda das correntes filosóficas que surgiram nessas épocas.
Ao comparar e contrastar as ideias e debates desses períodos, busca-se traçar uma
linha evolutiva do pensamento filosófico, evidenciando sua relevância contínua para
a compreensão da condição humana e suas questões fundamentais.
Através da análise dos temas e correntes filosóficas desses períodos, espera-
se contribuir para um maior entendimento da história da filosofia e suas implicações
no pensamento contemporâneo.
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O Período Helenístico foi uma época marcada pela difusão da cultura grega
após a morte de Alexandre, o Grande, e a consequente fragmentação de seu vasto
império. Esse período abrange aproximadamente os séculos IV a.C. até o início do
século I a.C. e foi caracterizado por um intenso intercâmbio cultural entre os povos
conquistados e a cultura grega. No contexto da filosofia, o período helenístico
testemunhou o surgimento de várias escolas filosóficas que buscavam oferecer
respostas às questões existenciais e éticas que surgiam em um mundo em
constante transformação. Essas escolas filosóficas representaram diferentes
abordagens e perspectivas sobre a busca pela sabedoria e a arte de viver bem.
2.1. Epicurismo
2.2. Ceticismo
nossas crenças, podemos cultivar uma postura mais aberta, receptiva e tolerante em
relação às perspectivas dos outros. Além disso, os céticos empregam argumentos
chamados de "tropos" para desafiar a validade de qualquer afirmação. Esses tropos
são formas de raciocínio que questionam a capacidade humana de obter
conhecimento confiável. Por exemplo, o tropo da dissensão argumenta que
diferentes pessoas e culturas têm visões e opiniões divergentes sobre questões
fundamentais, o que indica a ausência de uma verdade universalmente aceita. Outro
tropo comumente utilizado é o tropo da regressão infinita, que destaca que qualquer
argumento ou justificação pode ser continuamente questionado, levando a um
processo infinito de justificativas sem um ponto final definitivo. Apesar de suas
críticas ao conhecimento dogmático, o Ceticismo não propõe uma negação completa
de toda a busca pela verdade. Os céticos reconhecem a necessidade prática de agir
e tomar decisões, mesmo na ausência de certezas. No entanto, eles enfatizam a
importância de estar consciente das limitações do conhecimento humano e da
constante possibilidade de erro. O Ceticismo teve um impacto significativo no
desenvolvimento do pensamento filosófico, especialmente nas correntes posteriores
que buscaram reconciliar o ceticismo com a busca pelo conhecimento. O Ceticismo
influenciou diretamente o surgimento da filosofia acadêmica e do Neoplatonismo,
entre outras correntes, ao desafiar as concepções dogmáticas e incentivar uma
atitude mais crítica e reflexiva em relação ao conhecimento. Em conclusão, o
Ceticismo representa uma importante corrente filosófica do período helenístico, que
questiona a possibilidade de alcançar um conhecimento absoluto e nos leva a refletir
sobre as limitações do entendimento humano. Sua ênfase na suspensão do juízo e
na conscientização da incerteza inerente a todas as nossas crenças desafia as
noções dogmáticas e promove uma postura mais aberta e crítica em relação ao
conhecimento. O estudo do Ceticismo nos convida a questionar nossas próprias
convicções e a considerar a importância da dúvida e da tolerância em nossa busca
pelo entendimento do mundo.
2.3. Estoicismo
Cítio no século III a.C., o Estoicismo propõe uma filosofia de vida baseada na busca
da sabedoria, da serenidade e da virtude. Os estoicos acreditavam que a virtude era
o bem supremo e que, através do cultivo das virtudes, os indivíduos poderiam
alcançar a Eudaimonia, que pode ser traduzida como "flourishing" ou "florescimento"
em português, ou seja, uma vida plena e realizada. Para eles, o caminho para a
Eudaimonia estava enraizado na aceitação serena da ordem natural do universo e
no desenvolvimento de uma atitude mental adequada em face das circunstâncias
externas. Uma das principais características do Estoicismo é a noção de que os
eventos externos estão além do nosso controle, mas podemos controlar nossas
reações e atitudes em relação a eles. Os estoicos enfatizam a importância de aceitar
com equanimidade as adversidades da vida e de buscar a tranquilidade interior,
mesmo diante das dificuldades. Para eles, a virtude reside na capacidade de se
adaptar às circunstâncias e de agir de acordo com a razão. Outro aspecto
fundamental do Estoicismo é o conceito de "amor fati" ou "amor ao destino". Os
estoicos acreditavam que, ao abraçar completamente o destino e aceitar tudo o que
a vida traz, poderíamos encontrar a paz interior e viver em harmonia com o mundo.
Eles encorajavam a prática da autossuficiência emocional e a busca pela sabedoria
como forma de enfrentar os desafios da existência humana. A ética estoica também
enfatiza a importância das relações humanas baseadas na justiça, na benevolência
e no respeito mútuo. Os estoicos argumentam que todos os seres humanos são
parte de uma comunidade universal e que devemos cultivar virtudes como a
compaixão e a empatia em nossas interações com os outros. A prática da virtude,
para os estoicos, não apenas beneficia o indivíduo, mas também contribui para o
bem-estar coletivo. O Estoicismo teve um impacto duradouro no pensamento
filosófico e ético, influenciando diversas tradições filosóficas posteriores, bem como
a própria cultura ocidental. Suas ideias ressoam em temas contemporâneos, como o
estoicismo moderno e a filosofia prática, oferecendo um guia para lidar com os
desafios da vida, encontrar equilíbrio emocional e cultivar um sentido de
propósito e significado.
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2.4. Cinismo
3. Período Greco-Romano
O período Greco-Romano foi uma época marcada pela fusão das culturas
grega e romana, ocorrida durante o domínio romano sobre o mundo helênico. Esse
período teve início no século II a.C. e se estendeu até o século V d.C. Durante esse
tempo, houve uma intensa troca de conhecimentos, ideias e influências entre as
duas civilizações, resultando em uma síntese cultural única.
A filosofia desempenhou um papel significativo nesse período, com a filosofia
grega exercendo grande influência sobre os romanos. As escolas filosóficas, como o
Estoicismo, o Epicurismo e o Neoplatonismo, floresceram nessa época, trazendo
ensinamentos sobre ética, virtude e a busca por uma vida significativa.
Além da filosofia, o período Greco-Romano testemunhou avanços
significativos em várias áreas do conhecimento, como a literatura, a arquitetura, a
engenharia, a medicina e as artes. Grandes obras literárias foram produzidas, como
as epopeias de Homero, os diálogos de Platão e as obras de poetas romanos, como
Virgílio e Ovídio.
Na arquitetura, o estilo greco-romano incorporou elementos da arquitetura
grega clássica, como as colunas dóricas, jônicas e coríntias, juntamente com a
grandiosidade e o luxo característicos da arquitetura romana. Isso pode ser
observado em estruturas impressionantes, como o Panteão em Roma e o Partenon
em Atenas.
O período Greco-Romano também foi marcado por grandes conquistas no
campo das leis e da governança. Os romanos adotaram muitos aspectos da filosofia
grega em sua forma de governo e desenvolveram um sistema jurídico complexo que
influenciou o direito ocidental.
Em resumo, o período Greco-Romano foi uma época de grande intercâmbio
cultural entre as civilizações grega e romana, resultando em avanços significativos
no conhecimento, na filosofia, na arte e na arquitetura. Esse período deixou um
legado duradouro e influente, que continua a moldar nossa compreensão e
apreciação da história e da cultura ocidental.
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3.1. Neoplatonismo
4.Filosofia Medieval
4.2. Escolástica
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS