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EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR – NUMA PERSPECTIVA

TRANSDISCIPLINAR:
 
Ascêncio Franco dos Santos
Rosângela Antonini
Para ver o mundo num grão de areia 
E um céu numa flor silvestre
Segure o infinito na palma da mão
E a eternidade numa hora.
Willian Blake – séc. XVIII
A civilização Ocidental nos ensinou a perceber e conceber a natureza como algo separado de
nós. Colocou de um lado os fatos, a natureza separado de nós. Colocou de um lados os fatos, os
fenômenos, a existência, que se apresentam de forma fragmentada e multifacetada, em caixas,
não havendo conexão e como resultado o que pré-existe é uma enorme crise existencial, que
envolve o conjunto de engrenagens que fazem funcionar o sistema ou este micro sistema
(sistema educacional). Monstro que nos devora a todo instante, enquanto micro é um
componente, produto ou subproduto da sobre-produção do corpo sem órgãos que nos alerta o
pensador francês Gilles Deleuze.
No Sistema Educacional nós não somos; nós estamos no sistema educacional como pilhas,
algumas são alcalinas outras são produtos vindos do Paraguai, ou do já ultrapassado, tigres
(gatinhos) asiáticos, dependendo de com qual nos identificamos, o nosso prazo de validade é
determinado por interesses momentâneos do mercado; estamos descartáveis nesse imenso
corpo chamado globalização para não usar a tão temida pós-modernidade.
Revirando os modelos educacionais do mundo antigo, no século VI a.C., o universo criado pelos
gregos, percebia-se na formação do homem certa unidade, a ciência, a arte, a religião e a
filosofia compunham a tão chamada gnósis (conhecimento). Um estava para o outro e esses
quatro pilares compunham a perspectiva da totalidade sobre o ente, que os gregos
denominavam Physis. O ente, que se traduz em tudo aquilo que simplesmente é, logo o homem,
as coisas, os acontecimentos, as idéias, o nada enquanto nada, são entes.
Abandonando a chamada visão holística universal e superficial, e ao mesmo tempo propor uma
visão intra holística ou trans holística, perceber o todo num grão de areia, num homem ver o
universo, ou mesmo o momento de orgasmo como uma eternidade; sentir-se fora da atmosfera
terrestre como uma fenda no tempo, preso por seu termo de garantia, seguro no seu porto
disciplinar, tentando evidenciar o seu diploma ou os certificados de pós formação.
A procura por uma educação interdisciplinar nos obriga a utilizar os sentidos dos surdos, sentir o
pulsar da terra intermediado por um pedaço de madeira, escalar a montanha com passos firmes
e frios, com a alma em chamas, sentir-se um andrógeno que prepara a casa ou a “ponte” para o
“além do homem”; perceber-se como algo que morre a cada instante e essa morte das
hipocrisias e o nascimento das atitudes; por isso, este novo homem por onde passa promove a
vida e põe medo as tarântulas que se encontram alojadas nos sistemas administrativos da
educação brasileira.
A palavra Physis, significa física, hoje traduzida por natureza; designador da ciência; a
interdisciplinaridade traz para mesa redonda a discussão do termo Physis, partindo de uma
possibilidade de que esta palavra tenha sido corrompida. Procura lançar sobre ela um olhar em
perspectiva, com recorte arqueológico analisando as camadas, e procurando a profundeza de seu
valor semântico.
O próprio fato da existência pode ser traduzido em physis, o cosmo, as aves, as quimeras
humanas, as galáxias inteiras, as flores no momento que desabrocha, esta é uma ação de Plysis
em potencia presente em todo existente, é a própria casa do homem que prepara a casa para a
vinda do Homem-Deus, homem enquanto totalidade inexata, imperfeita, um vir a ser uma ponte
para o baile do outro, só uma passagem entre o homem e o vivo.
Como os gregos investigaram o ente, foi uma luta de forma brutal a experiência do ser na
afirmação de sua existência, o resultado dessa luta foi outra forma de homem, outro sujeito
diferente de tudo que é ou podia vir a ser. Com identidade subjetiva, individual, mesmo assim,
acreditava-se universal.
Para os gregos a palavra Physis, significava: a vida, o eu que por si só não existe enquanto
unidade pura cristalizada, iluminada, este eu, apresenta-se multifacetado, porque na sua relação
com o mundo produz um terceiro outrem, estabelecendo um estado de alegria pelo fato de
existir; esta palavra também se refere aos seres vivos e inanimados, vai além da matéria, com o
mesmo fogo que abraça o humano e suas quimeras, abraça o anímico também, o vivente, o
psíquico.
Para os romanos, observamos que houve certa ruptura na utilização da palavra Physis,
encontramos neles, como tradução para esta palavra a natureza, o nascer, o nascimento;
mudança que não pode ser considerada inocente ou inofensiva, estamos diante de um novo
paradigma divisão do cosmo; aqui, percebemos o começo de uma fragmentação que será chave
mestra da sociedade ocidental. Por isto, foi necessário fazer uma investigação para além do
significado do termo nascimento ou natureza.
O latino tem uma visão fragmentada do mundo, logo, o cosmo, a existência também é vista
esfareladamente pelo latino ocidental. Há uma separação entre o elo que ligava o humano a
natureza; esta prática, pode ser percebida com o desenvolvimento das ciências do século XX e
XXI.
Este paradigma cientificista nos apresenta a ciência em fragmentos, compartimentalizada,
multifacetada, em reinos minerais, vegetais, animais e hoje as ciências sociais. A filosofia, a
religião, a arte e a ciência; cada uma nega á outra, estão no desencontro, são agora paradoxos
retalhados; neste sentido, como resultado da veleidade do homem, o humano também se
desumaniza, se estabelece uma luta que prima pelo rompimento, onde o existir imprime e
precisa de uma verdade; todavia, há “os inocentes”, que querem que o aluno entenda os
discursos dos historiadores, biólogos, dos religiosos, socialistas, do renovador carismático, e dos
recentes pós-modernos; é possível produzir conhecimentos com tanto conflito sobre as formas
de abordagens na construção de conhecimentos?
Esta luta discursiva entre os fragmentos do conhecimento ocidental, tido como cientifico, (chamo
de cientifico também o religioso), justifico: a ciência pragmática é assim como a religião a nova
fé; produz em alguns homens a necessidade de rever, de rediscutir, para por a eternidade num
segundo e problematizar a tida ciência oficial, seus métodos fossilizados, suas práticas
metodológicas cristalizadas, as abordagens embrulhos e presentes de gregos decorados com
ácaros; é neste conflito que a discussão interdisciplinar tenta se alocar.
O paradigma interdisciplinar propõe uma troca, um jogo de reciprocidade entre os promovedores
de educação logo, que estejam discutindo currículos, ensinos, instrução cientifica, podendo ainda
neste paradigma discutir-se como uma mudança de prática uma atitude de reciprocidade entre
as inúmeras áreas do conhecimento; neste sentido, interdisciplinaridade, pode ser vista numa
perspectiva dialetal entre as inúmeras áreas do conhecimento que necessariamente nos levaria a
uma pratica diferente; a interdisciplinaridade tem alguns problemas apesar da discussão da troca
da reciprocidade, cada macaco ainda permanece no seu galho; o historiador não abandona seu
barco, o literato, o matemático, o físico, o artista, defende com unhas e dentes o seu porto
seguro. Esta conversa, esta luta entre as disciplinas pode ser resolvida com um novo paradigma
que exigirá dos educadores uma nova postura, uma nova atitude perante a vida; nesta
perspectiva vos apresentamos um novo conceito paradigmático, a trans-disciplinaridade.
No sistema educacional os conceitos inter ou trans, devem ser encarados pelos docentes como
um compromisso e com uma mudança de atitudes, somos filhos de um tempo construído em
caixas, educados em plena ditadura militar, logo, a nossa veleidade era construir um mundo só
nosso, a nossa crise é que nosso mundo, nosso universo, esta desmoronando e a nossa
formação modernista não são competentes para responder a estes conflitos; neste sentido o que
percebemos é que também há uma crise de identidade do professor; podemos relacioná-la as
transformações tecnológicas, ao elevado custo de vida, as novas exigências da formação, que
colocam este fazer em xeque.
O humano se vela, desvela e revela aos nossos olhos; é possível perceber o mundo que não tem
leis que o regem, o mundo é caótico, no entanto, tentamos produzir conhecimentos em caixa de
fósforos, elevadores automáticos; olhamos pelas janelas dos vidros esfumaçados, o universo esta
numa eterna metamorfose; eis o que é o homem, transformação em potencia, mudança
frenética e avassaladora; mesmo assim, insistimos em separar o humano da natureza e submetê-
los a regras metódicas cartesianas de conhecimentos, onde atitudes precisam ser vistas como
sento cientificas e verdadeiras; queremos convidá-los para refletir nesta afirmação: o
conhecimento de fato não existe.
Como fica a educação nesta pós-modernidade?
Considerando que o eu já é múltiplo e sua existência só é possível a partir do outro- que na luta,
na guerra, no combate produz um terceiro-outrem. Imaginemos um monstro, do qual, nós só
reproduzimos o que já esta, onde, a esfinge nos apresenta um desafio, “o sistema educacional” e
como não sabemos decifrá-los estamos sendo devorados por ela; desta forma, podemos declarar
que nós não somos, ou melhor, somos imorais, não existimos. Por que no processo educativo,
ser devorado pelo monstro é passar a fazer parte do sistema educacional em vigor, é tornar mais
uma engrenagem uma pilha paraguaia com prazo de validade, códigos de barra, no conjunto
dessa máquina social que lhe daremos o nome de corpo sem órgãos, roubando Deleuze, que
para sobreviver cria, recria órgãos para alimentar o monstro.
O papel do docente neste sistema, é colocar lenha nas fornalhas da locomotiva, reproduzindo a
todo instante em nossos fazeres cotidianos a doentia e sôfrega máquina social da qual faz parte
o sistema educacional. Podereis ter problemas educadores, quem decifra os enigmas que se
apresentam na educação consegue superar esse instante, passando logo a deixar de ser apenas
uma engrenagem da maquina social.
O que há de errado nessa sociedade pós-industrial? Utilizemos pós-industrial ou pós-
modernidade, a terminologia semântica pouco importa, no entanto, é deste território que
falaremos; acreditamos que há uma crise conceitual; acreditamos que são os paradigmas que
você utiliza que não prestam; é preciso que você leia a epistemologia que permeia a sua área de
conhecimento; é preciso que você seja frenético, eclético e navegue entre a religião e a filosofia,
entre a matemática e literatura ou sereis mais um produto com código de barra; não devemos
colocar culpa nas nossas datas de validade; é preciso que mudemos nossos conceitos e que
reinventemos nossas práticas.
Educadores, o que devemos esclarece é que o mundo da certeza, dos métodos apropriados
propostos pelos iluministas, positivistas, marxistas, darwinistas e kantianos, não respondem aos
nossos conflitos e a nossa realidade. Esses paradigmas estão ultrapassados; perceber isto, não é
fácil, nem simples, e muito menos cômodo; devemos lançar ao mar, abandonar nosso porto
seguro; neste conflito é preciso lembrar ou perceber que nossa vinda para a escola não é só para
instruir, vir para a escola, é também fornecer ou oferecer de forma integral uma possibilidade de
leitura do mundo para esses universos que esperam de nós algo novo.
Podemos afirmar que a educação e instrução se complementam e são dissociáveis; assim como a
educação vem de casa, a instrução vai para casa; devemos entender que é papel da escolar dar
formação intelectual e social ao aluno. Damos instruções com a matemática, a linguagem,
historia, sociologia, religião e etc. estes são atos de instrumentalizar o aluno para que ele possa
inserir-se na sociedade; acreditamos que a escola deve fornecer aos alunos conhecimentos
básicos sobre o mundo e sobre a sociedade para que nela possa se defender enquanto sujeito.
Ainda, procura se dar uma formação cosmológica, plena, para que o sujeito seja um sujeito do
conhecimento e que leia minimamente o mundo no qual esta inserido.
Os paradigmas nos ajudam a ver com liberdade e ao mesmo tempo nos assinalam novas
possibilidades; o que vemos e falamos sobre o mundo é falso, porque o nosso olhar é sempre e
sempre em perspectivas, não é um olhar totalizador; o homem com instrução “está” preparado
para ser um ser no mundo?
Anteriormente aludimos sobre o papel do educador, que deve preparar o homem para que este
seja um vir a ser, uma ponte que prepare a casa para o nascimento do alem do homem. O com
conhecimento não se adquiri discursivamente, a prática discursiva, no entanto impera sobre
metodologia lúdica e construtiva; é necessário salientar que o educador é uma instituição, logo,
precisa minimamente ter postura, personalidade, moral, ética, minimamente aceitas pelo
coletivo; sabemos também, que isto não se adquire somente na escola, muito menos,
estabelecendo uma relação de imposição entre o professor e aluno, ou, entre, os responsáveis
pela gestão e equipe de educadores.
No processo de formação, que acreditamos ser uma atitude eterna, se adquirem práticas sociais,
seja no convívio micro social ou cosmo social; na luta entre os diversos fazeres, percebemos que
modelos sobrepõem a outros, paradigmas vencem outros, entendemos que o cotidiano do aluno
e professor, como parte do fazer educacional, deve ser permeado por um ambiente de liberdade,
de respeito, responsabilidade; isto deve ocorrer porque neste micro cosmo, é que entrarão em
ação práticas sociais individuais e coletivas, identidades múltiplas mas, que no momento da
construção do conhecimento constitui um conjunto. No entanto, somos seres individuais, plurais,
somos um infinito, apesar de sermos uma solidão, somos múltilplos, isto é possível se
retomarmos o conceito de physis.
Nós, os seres no mundo, construímos nossos cotidianos, inventamos um labirinto de práticas que
resultam em crise de paradigmas. O que é preciso fazer? Devemos re-inventar outros
paradigmas? Ler e reler novamente o mundo? Isso será possível entre nós que não somos
animais livres?
Devemos perceber que a aula não representa muita coisa na vida das pessoas, a educação para
o homem não é um fim, educação é apenas um meio para o bem estar, melhoria de salário, bom
empregos, elementos que contribuam para a felicidade. No mundo ocidental, capitalista a partir
do século Xv, conhecimento deve ser coisa útil, por isso a necessidade de colocar cada “macaco
no seu galho”.
Diante destes conflitos, devemos tomar novas posturas, novos posicionamentos e a partir disto,
que o aluno será convidado a assumir necessariamente novas atitudes de sujeito, de individuo,
de responsável pela sua historicidade; é o conjunto do sistema educacional, nos referimos a uma
escola, que são responsáveis por alguns processos:
• Dar instrumentalização ao sujeito:
• Dar formação intelectual;
• Dar formação social;
• Dar leitura parcial do micro e do macro cosmo;
• Dar postura individual e múltipla no coletivo social;
• Esclarecer que o ambiente escolar é uma prática cotidiano/social para a vida;
• Possibilitar uma filosofia que ofereça ao educando uma leitura mínima do mundo;
Devemos oferecer na nossa escola, uma possibilidade de que os nossos educandos respondam a
seguinte questão: que estamos ajudando a fazer de nós mesmos? Devemos parafrasear Luiz
Bacelar Orlandi, e confessar a nossa ignorância, de não saber o que estamos fazendo ou
ajudando a fazer de nós mesmos. Só não queremos que a entidade chamada “eu” se sobreponha
a nossas múltiplas identidades e destrua as outras possibilidades, principalmente aquela da
incerteza, ou mesmo aquela da certeza, que no mundo do humano, tudo ao invés de ser um
caos assim como a natureza, procura estabelecer regras que chegam à verdade.
Salientamos ainda, que no mundo antigo, no caso os gregos, a leitura sobre o cosmo, era uma
imposição discursiva e quem o fazia exercia o poder; e como resultado da leitura que estamos
fazendo, mesmo que de forma sub-repticiamente, sobre o conhecimento e os atos de conhecer,
nos apoiamos em pensadores como Nietsche, Deleuze, Foucault e Guatarri, nos levam a concluir
que toda a forma de leitura de mundo é um ato de dominação, a arte literária é sinônimo de
poder, a arte de representação de mundo é sinônimo de poder, a música, a filosofia, etc, enfim,
o conhecimento foi inventado para que alguns exercessem poder sobre outros.
O que existia no mundo antigo, conhecido como conhecimento envolvia quatro pilares; filosofia,
ciência, arte e religião; estas eram as armas que contribuíam para que o homem lesse o mundo;
os resultados não importavam, salientamos ainda, que o conhecimento para os gregos só era
possível para a aristocracia, logo, conhecimento resulta em poder.
Saímos de uma leitura cosmológica do universo, para uma pratica cada vez mais especializada de
ler o mundo; o médico não pode ser filósofo o historiador não pode ser matemático, o físico cada
vez deixa de ser matemático, o sociólogo não pode ler o social com olhos do literato e assim
sucessivamente; no sistema educacional, a cada inicio de aula, o aluno abre uma nova gaveta,
pois para ele as disciplinas não se relacionam e não faz parte do seu cotidiano, razão do
insucesso do sistema educacional.
No mundo capitalista pós-moderno a especialização é benéfica e cada qual se encontra na
totalidade da vida, nenhuma forma de conhecimento se realiza nela mesma, há uma inter-
relação entre as áreas do conhecimento, na formação do homem. Quando damos instrução com
química, matemática, física, arte, literatura, história, sociologia, educação física, filosofia, o
homem deixa de obedecer ao sentido da terra, alguns negam a si mesmo, negam seu corpo,
parafraseando aqui Octávio Paz, quando afirmamos que todo homem que nega seu corpo é um
corrupto; desta forma, não existe, pois a escola também lhe diz que no mundo precisamos fazer
isto e aquilo que existe uma verdade e uma mentira, que é preciso ter uma formação para viver.
Se observarmos o sistema educacional, perceberemos que todas as áreas do conhecimento estão
em gavetas, cada professor identificado com sua área do conhecimento, a equipe de professor
identificado numa área maior, neste caso, as ciências humanas e suas tecnologias, a linguagem e
as ciências exatas e biológicas; o aluno percebe que, o processo de aquisição de conhecimento
se apresenta de forma separada, são distintas, se procura fazer uma relação com seu cotidiano,
não encontra a inter relação, percebe que a vida da escola, não serve para o cotidiano de sua
vida, por isso, às vezes a descarta.
Qual é a nossa veleidade? Nossa intenção fugaz? Nosso capricho? Saímos de um pensamento
tido como mitológico, depois teológico, filosófico e agora tido como cientifico que se opõe a um
conhecimento vulgar; tido como senso comum; assim como os inocentes dizem que há uma
cultura popular e uma erudita, os mesmos, que esquadrilham os espaços, são perceptíveis
quando se lê o escrito, na prática ou em sala de aula, a postura do educador é do exercício de
poder; percebemos que há um desejo em separar; há um anseio para decidir sobre as vidas das
pessoas, neste sentido, somos assassinos. Respondendo a questão de nossa veleidade,
gostaríamos de convidar aos colegas da prática educativa, para que enquanto atitude de
educadores, busquemos uma formação heterogênea, sejamos ecléticos em nossas leituras para
possibilitarmos uma leitura mais competente do mundo.

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