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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA


DOCENTE: SILVIA LORENA
DISCENTES: ADENILSON SANTOS, EDUARDO AMORIM, GEOVANA
MERGULHÃO, IVALDO SIQUEIRA, MAYSA CARVALHO

ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA
GRUPO-4 (SILVESTRES)

GARANHUNS
FEVEREIRO DE 2023
Caso Clínico:

Um Sagui, macho, adulto, pesando 340 gramas, tinha sido encontrado


machucado havia 13 dias sem conseguir se sustentar nos galhos por meio do
membro anterior direito, segundo relato da responsável. No exame físico, o animal
apresentava-se em alerta, agitado, vocalizando e ofegante, o que foi observado
através dos movimentos respiratórios. Na região de úmero, havia crepitação,
sugestivo de fratura, sendo indicada a realização de exame radiográfico, no qual
constatou-se fratura cominutiva no terço proximal do úmero. Sendo assim, o
animal foi encaminhado para cirurgia de osteossíntese umeral direita. Avaliação
Pré-Anestésica: (FC) de 200 bpm, (𝒇) de 104 (mpm) e temperatura corporal (TC)
de 39,7 ºC.

Instruções:

a. Após a leitura do caso clínico elaborar o protocolo justificando a escolha de


cada fármaco (utilizar referências bibliográficas).

Para elaborar um protocolo eficaz, a identificação geral, exame físico (que


envolve a inspeção à distância e avaliação sob contenção), posterior anamnese
(abordando indivíduo, ambiente e informações referentes ao histórico do paciente), e
complementares (abrangendo exames laboratoriais, de imagem, etc.) do sagui são
necessários. Em seguida, o exame físico com palpação, ausculta e percussão e por
último os exames complementares, bem como hemograma e raio-X (ORDONES, 2022).

Nessa linha de raciocínio, após o exame radiográfico (que indica alterações de


densidade, tamanho, forma, posição, fraturas e luxações), realizado na região anterior do
animal, queixa principal de deficiência na locomoção informada pela responsável, e
identificação da fratura cominutiva no terço proximal do úmero direito, é possível
identificar, com os dados da avaliação pré-anestésica, através da comparação com os
valores padrão médio da avaliação de anamnese da espécie do Sagui, que o paciente
apresentou baixa frequência cardíaca (que apresenta média de 240-350 bpm), alta
frequência respiratória (com média de 20-50 mpm), peso e temperatura corpórea na
média (média de 340-450 g e 37-39 ºC, respectivamente) (WERTHER, 2008).

Pela especificidade da cirurgia de osteossíntese umeral, a implantação de placas


ou pinos, a analgesia será multimodal, facilitando o manejo e posterior cirurgia do
animal. Existem poucos estudos que avaliem criticamente a segurança cardiopulmonar
de medicamentos e dosagens em primatas, no entanto, para a sedação, na maioria das
combinações, faz-se necessário um anestésico dissociativo + agonista alfa-2 adrenérgico
+ opioides ou benzodiazepínicos (MASSONE, 2017; ARAÚJO, 2021), sendo assim:

RX.:

MPA

Fármaco (Concentração mg/mL) ……….………… (Volume administrado em mL)

Dexmedetomidina (0,5 mg/mL) ……….………………….………………… 0,0272 mL

Morfina (0,5 mg/mL) ……….……….……….……….……….……….………0,068 mL

Midazolam (0,5mg/mL) ……….……….……….……….……….……….……. 0,34 mL

Cetamina (100 mg/mL) ……….……….……….……….……….……….…… 0,034 mL

Dessa maneira, devem ser administradas na mesma seringa pela via


intramuscular, no músculo semimembranoso, podendo ter como alternativa para
substituir a Dexmedetomidina, o Propofol (10 mg/mL). A Dexmedetomidina é um
agonista alfa-2 adrenérgico relativamente seletivo que promove sedação, ansiólise e
analgesia e que não induz depressão respiratória, dessa maneira, foi escolhido para ser
usado como componente do MPA para este caso. A Cetamina é uma substância
dissociativa usada como anestésico e foi administrada juntamente com
Dexmedetomidina, visto que o seu uso isolado induz efeitos psicomotores (como
salivação, lacrimejamento, aumento do tônus muscular, etc), o que se quer evitar e
mesmo assim usar a Cetamina (BANDEIRA, 2019).

Ademais, o paciente apresentava-se em alerta, agitado, vocalizando, ofegante,


com bradicardia e taquipneia, sendo assim, a administração de Dexmedetomidina, que
apesar de apresentar reações adversas, como redução da pressão arterial e a frequência
cardíaca e depressão respiratória, também causa relaxamento muscular. Por outro lado, a
Cetamina causa elevação de taquicardia, aumento da pressão arterial e débito cardíaco.
Portanto, leva a interação medicamentosa de dois fármacos, consequentemente a
primeira pode reduzir o efeito de um deles levando ao balanceamento e ao resultado
desejado, tendo em vista que a interação desses dois medicamentos leva a redução do
cortisol, conhecido como “hormônio do estresse” (MARTINS et al., 2016; MASSONE,
2017; ANDRADE, 2017).

Como citado anteriormente, existem poucos estudos que avaliem criticamente a


segurança cardiopulmonar de medicamentos e dosagens em primatas, no entanto, para a
sedação, na maioria das combinações, faz-se necessário um anestésico dissociativo +
agonista alfa-2 adrenérgico + opióides ou benzodiazepínicos. Sendo assim, a utilização
de Morfina, que é um agonista opióide e hipnoanalgésico, apresenta também alta
afinidade por receptores m (um m agonista puro), levando a uma analgesia adequada
para dores graves e moderadas, como é o caso desta cirurgia de osteossíntese.
Considerando que a Morfina pode causar liberação de histamina, como também
estimular vômitos, náuseas, salivação e hipotensão quando administrada por via
intravenosa em bolus, esse foi um dos fármacos escolhidos para o protocolo, juntamente
com o Midazolam, que é benzodiazepínico com um efeito muito mais forte comparado
a outros da classe, como o Diazepam. Além disso, o Midazolam tem ação ansiolítica,
hipnótica e relaxante muscular, adicionando efeitos ausentes na Morfina, ocasionando
ligeira redução da pressão arterial, sem alterar significativamente a frequência cardíaca
e a temperatura retal, elevando apenas a frequência respiratória, mas de modo discreto
(MASSONE, 2017; ARAÚJO, 2021).

RX.:

INDUÇÃO E MANUTENÇÃO ANESTÉSICA

Fármaco (Concentração)................................……….………….. (Dose administrada)

Isoflurano (5%) ……………..……….………….………………….………….... (0,03%)

Para manter o plano anestésico, o Isoflurano, anestésico geral utilizado para


indução e manutenção anestésica que promove um adequado plano anestésico nos
procedimentos, deve ser administrado pelo vaporizador de Isoflurano pela via inalatória,
que passam pela corrente circulatória e atinge o sistema nervoso central. Para isso, deve
ser realizada, uma pré-oxigenação a 100%, para evitar hipóxia após a introdução da
máscara de indução, e mensuração constante de frequência cardíaca. Com o auxílio de
um laringoscópio, uma intubação orotraqueal com cânula de número 2 (sem cuff) com
anterior dessensibilização laríngea com instilação tópica de 1mg/kg de Lidocaína sem
vasoconstritor a 2% mediada por uma seringa, deve ser feita, já que estamos tratando de
um pequeno primata. O Isoflurano inalatório foi utilizado no protocolo pois a
associação da anestesia inalatória com bloqueios regionais, administrados
posteriormente, reduz o requerimento anestésico, e ainda minimiza os estímulos
dolorosos. Com a indução realizada, há uma maior facilidade da adição de fluidoterapia
à base de NaCl a 0,9%, 3mL/kg/hora, sendo uma medida que pode facilitar também a
adição de bolus intravenoso do mesmo fármaco no equipo, se necessário. Com esse
processo realizado, pode ser feita a tricotomia e assepsia da região da cirurgia,
facilitando também a administração do bloqueio local anestésico, próximo passo a ser
tomado (CARRERA, 2021; ARAÚJO, 2021).

Como alternativa de substituição para o Isoflurano, pode ser administrado o


Sevoflurano (2% - 5%), que apresenta também uma boa margem de segurança, odor
agradável e promove a indução e recuperação rápidas, sendo interessante para filhotes e
pequenos animais. No entanto, foi escolhido o Isoflurano por sua alta frequência de
administração e resultado pós-cirúrgico usualmente utilizados, além de ser mais em
conta em relação ao seu custo e promover uma maior estabilidade cardiovascular
(CUBAS; SILVA; CATÃO-DIAS, 2014; SILVA, 2020).

RX.:

BLOQUEIO ANESTÉSICO LOCAL (TRANS ANESTÉSICO)

Fármaco (Concentração mg/mL) ……….………… (Volume administrado em mL)

Lidocaína (1%) com Vasoconstritor (20 mg/mL) ............................................. 0,085 mL

Midazolam (5mg/mL) ..................................................................................... 0,0068 mL

A técnica utilizada deve ser a supraclavicular, fazendo um bloqueio


locorregional do plexo braquial pela região supraclavicular pela técnica locorregional
Splash Block. A Lidocaína tem tempo de latência de 3 a 5 minutos, sendo que sua
concentração de 1% tem meia-vida de aproximadamente 65 a 150 minutos, sendo
assim, uma escolha adequada para a cirurgia de osteossíntese umeral, já que a mesma
dura em média 90 minutos. A Lidocaína deve ser administrada no músculo
semimembranoso, considerando também os riscos neurotóxicos que a mesma oferece.
Em um possível protocolo alternativo, a Lidocaína pode ser substituída pela
Bupivacaína (5 mg/mL) caso a cirurgia dure mais, levando em consideração que a
duração do fármaco é de 4-6 horas, dependendo da dose a ser utilizada e que apresenta
riscos cardiotóxicos. Aplicada simultaneamente à Lidocaína é importante, pelo quadro
de dor causada pela fratura, a administração de um Benzodiazepínico para diminuir a
excitação e dor no trans e pós-cirúrgico, sendo escolhido o Midazolam, pois ele possui
efeitos de analgesia, hipnótico e ansiolítico, além de atuar rapidamente no relaxamento
muscular, característica que a Lidocaína não apresenta no seu uso isolado (MARTINS et
al., 2016; MASSONE, 2017).

Para introduzir o fármaco no paciente, é importante saber que o plexo braquial


do sagui se origina na C5 e termina na T1, abrangendo nervos supraescapular,
subescapular, músculo cutâneo, axilar, radial, mediano, ulnar e toracodorsal. É
necessário ainda, sabendo dessas informações, efetuar medidas do animal entre a face
cranial, com um paquímero analógico, para mensurar a profundidade do plexo do
paciente no antímero torácico. Nesse caso, pode ser utilizada uma agulha hipodérmica
(13x4,5 mm ou 15x5 mm), apesar de poder lesionar artérias e veias subclávias que
ocupam a área central da região. O animal deve estar em decúbito dorsal, com o
membro torácico levemente abduzido do lado a ser bloqueado e a cabeça rotacionada
para o lado oposto do bloqueio (BANDEIRA, 2019).

A agulha hipodérmica deve ser posicionada em um ângulo de 95º no ponto


médio da clavícula, entre a margem posterior no músculo esternocleidomastoideo e a
clavícula. Nesse processo, o fármaco do protocolo abrange os músculos
esternocleidomastóideo, trapézio e omohioideo, que ficam próximos da artéria
subclávia, próxima ao plexo de nervos. Como um possível perigo no processo, na região
axilar, a presença da artéria axilar aumenta o risco da perfuração pelas agulhas
hipodérmicas, mas é uma área de fácil posicionamento do animal em relação à agulha,
proporcionando conforto também ao anestesista que irá aplicar (ALMEIDA et al., 2020;
MARTINS et al., 2016).

RX.:

PÓS-OPERATÓRIO

Fármaco (Concentração mg/mL) ……….………… (Volume administrado em mL)

Maxicam (2mg/mL) ……….………………….………………….………….0,085 mL

Tramadol (2%) ……….………………….………………….……………….0,034 mL

Propofol (10mg/mL) ……………………………………………………….. 0,102 mL


Cetamina (100mg/mL) ……………………………………………………...0,034 mL

Tanto o Maxicam como o Tramadol, são anti-inflamatórios não esteroidais e


devem ser administrados por via intramuscular, no músculo semimembranoso. Para o
protocolo, o Maxicam foi utilizado por ser um inibidor preferencial de COX-2 e
inibidor de COX-1, sendo um potente inibidor de prostaglandina e tromboxanos,
utilizado como analgésico, anti-inflamatório e antiexsudativo, além de ser indicado para
procedimentos cirúrgicos e outros processos dolorosos, como foi o caso. Já o Tramadol,
foi utilizado neste protocolo por ser um dos opióides analgésicos de ação sobre o SNC,
que se liga a receptores do cérebro bloqueando a transmissão de estímulos de dor e
assim auxiliando na recuperação do paciente, principalmente por sua potência de
atuação sobre dores intensas e moderadas (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2017).

Em sequência, o Propofol é utilizado em procedimentos cirúrgicos de curta


duração. Ele induz ao sono, tem propriedades hipnóticas e sedativas, isso por meio da
ativação do ácido gama-aminobutírico (GABA) por meio de uma ligação que resulta na
abertura do canal de cloreto, ocasionando a hiperpolarização da membrana celular
inibição funcional do neurônio pós-sináptico. Tem como efeito adverso hipotensão,
apneia, salivação e vômito. Ademais, a Cetamina é um anestésico geral dissociativo
cujo mecanismo de ação é ser antagonista do receptor NMDA. Esse último é o receptor
dos aminoácidos excitatórios rápidos do SNC, glutamato e aspartato, e seu antagonismo
provoca dissociação do ambiente e analgesia. No entanto, seus efeitos adversos causam
elevação de taquicardia, aumento da pressão arterial e débito cardíaco. A associação
desses dois fármacos causa um balanceamento, ou seja, através da ação
simpaticomimética da Cetamina, vai ocorrer a redução da hipotensão causada pelo
Propofol, do mesmo jeito que o Propofol reduz a incidência de agitação pós-cirurgia,
que é observado na Cetamina se administrado isoladamente, sendo o motivo para a
escolha da administração simultânea dos fármacos (SPINOSA; GÓRNIAK;
BERNARDI, 2017).

b. Descrever os principais cuidados com esse paciente.

Os cuidados com o paciente envolvem desde os procedimentos pré-anestésicos,


como a anamnese, exames físico e complementares e utilização de MPA, até o
pós-anestésico. Diante disso, em relação ao pré-anestésico, o jejum alimentar e hídrico
de 3 horas, indicado para pacientes com menos de 2kg para evitar hipoglicemia, é
fundamental antes da intervenção cirúrgica, neste caso, também a contenção física e
química, com a utilização de medicação pré-anestésica já realizada. Os Saguis
costumam ser contidos sem problemas por meio de puçás e manuseados com luvas de
couro. Por serem pequenos e mais delicados, é importante sempre transferir para um
operador com as mãos nuas para maior conforto do animal. A avaliação pré-anestésica
deve ser realizada com base no estado geral do paciente de acordo com a classificação
ASA (que neste, é ASA III), a avaliação antes da anestesia do paciente, além de evitar
riscos de agressão aos médicos veterinários e técnicos presentes garante uma melhor ao
procedimento. Além disso, considerando a necessidade de realização de bloqueio
locorregional do plexo braquial, é necessário ainda, que seja realizado o monitoramento
motor e sensitivo dos parâmetros vitais, durante o período pré, trans e pós-anestésico
(MASSONE, 2017).

Não obstante, é recomendado a análise dos medicamentos, aparelhos e


acessórios que serão utilizados no procedimento, a utilização de monitor
multiparamédico, e saber qual o plano de profundidade anestésica (sendo necessário,
para esse paciente, o plano 3, por se tratar de uma anestesia para cirurgia), bem como da
temperatura ambiente da sala cirúrgica e a presença de colchão térmico, com intuito de
evitar qualquer incidente térmico inesperado que possa comprometer o sucesso no
prognóstico do paciente. Deve ser realizada uma pré-oxigenação a 100%, para evitar
hipóxia após o posicionamento da máscara inalatória, entrando em ação, de fato, a
mensuração dos parâmetros vitais. Como a anestesia inalatória costuma causar efeitos
deletérios, como o ressecamento de mucosas, é recomendado deixar nos olhos do
animal uma pequena gaze que possa ser hidratada com soro fisiológico para auxiliar
contra o ressecamento (ARAÚJO, 2021).

Por se tratar de um animal selvagem, o fluxo de pessoas no local deve ser


considerado, já que isso influencia também nos parâmetros vitais do paciente, apesar do
animal ser cativo. Na recuperação anestésica, é necessário um lugar com pouca
luminosidade, ambiente silencioso, sem odores e sem visitas muito recorrentes. Para o
pós-operatório, após a extubação, são requeridos cuidados com o paciente de acordo
com o quadro, que nesse caso, por se tratar de uma cirurgia de osteossíntese, os
cuidados devem ser em média de 30 a 45 dias, sendo administrados analgésicos e
anti-inflamatórios, pensando na diminuição da dor e bem-estar do paciente (CUBAS;
SILVA; CATÃO-DIAS, 2014; MASSONE, 2017).
c. Realizar os cálculos dos medicamentos.

𝐷𝑜𝑠𝑒 𝑚𝑔/𝑘𝑔 × 𝑝𝑒𝑠𝑜 (𝑘𝑔)


𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑔/𝑚𝐿

MPA

0,04 × 0,34 0,0136


𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝐷𝑒𝑥𝑚𝑒𝑑𝑒𝑡𝑜𝑚𝑖𝑑𝑖𝑛𝑎) = 0,5
= 0,5
= 0, 0272 𝑚𝐿

10 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝐶𝑒𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎) = 100
= 0, 034 𝑚𝐿

0,1 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑀𝑜𝑟𝑓𝑖𝑛𝑎) = 0,5
= 0, 068 𝑚𝐿

BLOQUEIO ANESTÉSICO LOCAL (TRANS ANESTÉSICO)

5 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝐿𝑖𝑑𝑜𝑐𝑎í𝑛𝑎 + 𝑣𝑎𝑠𝑜𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜𝑟) = 20
= 0, 085 𝑚𝐿

0.1 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑀𝑖𝑑𝑎𝑧𝑜𝑙𝑎𝑚) = 5
= 0, 0068 𝑚𝐿

PÓS - OPERATÓRIO

0,5 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑀𝑎𝑥𝑖𝑐𝑎𝑚) = 2
= 0, 085 𝑚𝐿

2 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑇𝑟𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑙) = 20
= 0, 034 𝑚𝐿

3 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑓𝑜𝑙) = 10
= 0, 102 𝑚𝐿

10 × 0,34
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝐶𝑒𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎) = 100
= 0, 034 𝑚𝐿

Responda as questões abaixo:

1. Levando em conta a taxa de biotransformação dos anestésicos inalatórios


listados a seguir, assinale o anestésico mais indicado para ser empregado em um
paciente idoso hepatopata.

a) Halotano;

b) Isofluorano;
c) Sevofluorano;

d) Desfluorano;

e) Enfluorano.

2. A modalidade de analgesia na qual o analgésico é administrado antes no início


do estímulo cirúrgico, visando-se evitar a sensibilização dos neurônios da medula
espinhal, é conhecida como:

a) Terapêutica;

b) Preemptiva;

c) Espinhal;

d) Eletiva;

e) Medular.

3. Um cão Boxer, de 4 anos e com 28 kg, foi atropelado e sofreu fratura oblíqua
completa no terço médio do rádio direito. O cirurgião optou pelo tratamento
cirúrgico, com imobilização interna da fratura com placa e parafusos, e solicitou
que, além da anestesia geral inalatória, fosse realizado um bloqueio perineural
para dessensibilizar a área a ser operada. Para este caso, assinale o procedimento a
ser utilizado.

a) Bloqueio de Thomas;

b) Bloqueio carpo-radial;

c) Anestesia peridural cranial;

d) Bloqueio do plexo braquial;

e) Anestesia interpleural.

4. Os fármacos opióides e opiáceos são muito utilizados na rotina anestesiológica


veterinária, com o objetivo de obtenção de analgesia. Dentre as alternativas
listadas a seguir, assinale a que apresenta os fármacos em ordem crescente de
potência analgésica.

a) Meperidina (petidina), butorfanol, morfina, fentanil;


b) Meperidina (petidina), morfina, butorfanol, fentanil;

c) Butorfanol, fentanil, meperidina (petidina), morfina;

d) Fentanil, butorfanol, meperidina (petidina), morfina;

e) Morfina, meperidina (petidina), butorfanol, fentanil.

1(B); 2(D); 3(D); 4(B).

REFERÊNCIAS

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