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nº 00
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EM1
Nome:
Não se esqueça de inserir seu RA e o Código da Prova no seu cartão-resposta.
01) Considere o texto a seguir, que define o conceito de Antropoceno.
A palavra Antropoceno aparece hoje no título de centenas de livros e artigos científicos, em milhares de citações, e
seu uso continua a crescer nos meios de comunicação. Referindo-se à época em que as ações humanas começaram
a provocar alterações biofísicas em escala planetária, ela foi criada nos anos 1980 pelo biólogo norte-americano
Eugene Stoermer e popularizada na década de 2000 por Paul Crutzen, o cientista atmosférico holandês e vencedor
do Prêmio Nobel de Química de 1995. [...] Para marcar o início dessa nova era, eles propuseram simbolicamente o
ano de 1784, o ano em que o inventor escocês James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor.
(Disponível em: https://pt.unesco.org/courier/2018-2/antropoceno-os-desafios-essenciais-um-debate-cientifico. Acesso em: 26 ago. 2022.)
A partir da definição acima, pode-se associar o Antropoceno ao momento histórico conhecido como
a) Revolução Científica
b) Grandes Navegações
c) Tráfico Atlântico
d) Revolução Industrial
e) Reforma Protestante
02) O mundo que hoje conhecemos é filho da Revolução Industrial. Ela abre um período na história humana em que, pela
primeira vez, os limites para a produção de riquezas pelos homens foram implodidos e nunca mais deixaram de ser
superados e expandidos. Pode-se dizer, sem medo de exagero, que ela virou o mundo de ponta cabeça, fazendo com
que hoje pensemos, vivamos, trabalhemos e produzamos de uma forma que está relacionada, direta ou indiretamente,
à Revolução Industrial.
(MORAES, Luís Edmundo. História Contemporânea. Da Revolução Francesa à Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Editora Contexto, 2017. p. 47.)
a) a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização. No século XVIII, os ingleses iniciaram a mecanização da
produção pela indústria têxtil de algodão.
b) ela teve início no século XVIII e a mecanização começou pela indústria de bens de produção, visando a atender o
mercado interno alemão.
c) as primeiras máquinas, criadas no século XVII, eram movidas a energia elétrica, isso proporcionou um inaudito
ganho de produtividade na indústria têxtil de lã.
d) as relações de trabalho, na Inglaterra, durante o século XIX, eram fortemente reguladas pelo Estado, garantindo
condições de trabalho dignas e direitos previdenciários para os operários, a exemplo das indenizações em razão
de acidentes de trabalho.
e) tendo em vista as condições insalubres do trabalho industrial, no século XIX, apenas homens adultos trabalhavam
nas indústrias têxteis inglesas.
“Suas mais sérias consequências foram sociais: a transição da nova economia criou a miséria e o descontentamento,
os ingredientes da revolução social”.
(Eric J. Hobsbawm. ‘A Era das Revoluções - 1789-1848’. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000, p.55)
03) Assinale a alternativa correta sobre os movimentos de trabalhadores, na Inglaterra, que manifestaram seu
descontentamento com os efeitos da revolução industrial no século XIX.
a) O ludismo foi uma organização que visava reunir os trabalhadores em sociedades de socorro mútuo.
b) O socialismo utópico propunha a destruição das máquinas e fábricas e o retorno a uma economia rural.
c) Os niveladores defendiam a instalação de uma república que garantisse a existência de direitos iguais para todos.
d) O cartismo foi um movimento importante na década de 1830 e reivindicava o direito de voto para os trabalhadores.
e) O jacobinismo propunha uma aliança de classes e a colaboração entre o proletariado e a burguesia como forma
de solução para os problemas.
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EM1
Com todas as suas deficiências, as primeiras Leis Fabris [Grã-Bretanha, 1802 e 1819] foram os primeiros direitos
sociais legalmente conquistados na era do capitalismo industrial. A limitação da idade para o trabalho infantil e da jornada
de trabalho para crianças e adolescentes são intervenções significativas do Estado no funcionamento [...] do mercado
de trabalho. Essas leis declaram que a liberdade de contratar não é ilimitada e que o limite é a pessoa humana, cuja
integridade física e mental tem de ser preservada.
(SINGER, Paul. “A cidadania para todos”. In: PINSKY, J. (org.). História da Cidadania. SP: Contexto, 2010. p. 222.)
a) Interessados na integridade e bem-estar dos trabalhadores, os industriais e o Estado britânico, desde cedo,
favoreceram uma ampla legislação trabalhista.
b) Desde a Revolução Industrial, os capitães de indústrias se preocupam com a implantação de uma legislação
trabalhista estabelecida pelo Estado, pois só assim se concretizam os ideais do liberalismo.
c) As leis que asseguram limites às relações de trabalho são importantes para o movimento operário, porém,
historicamente, não garantiram a sua efetivação, exigindo a mobilização dos trabalhadores.
d) Do ponto de vista do movimento operário, desde o início da Revolução Industrial, era importante defender a livre
contratação dos empregados pelos patrões, assim como a não intermediação do Estado nas negociações salariais.
e) Os interesses do Capital e os do Trabalho foram harmonizados pelo Estado britânico, tendo em vista os preceitos
liberais quanto à intervenção estatal na esfera das relações trabalhistas.
Estou tentando resgatar o pobre tecelão de malhas, o meeiro luddita, o tecelão do “obsoleto” tear manual, o artesão
“utópico” e mesmo o iludido seguidor de Joanna Southcott, dos imensos ares superiores de condescendência da
posteridade. Seus ofícios e tradições podiam estar desaparecendo. Sua hostilidade frente ao novo industrialismo podia ser
retrógrada. Seus ideais comunitários podiam ser fantasiosos. Suas conspirações insurrecionais podiam ser temerárias.
Mas eles viveram nesses tempos de aguda perturbação social, e nós não. Suas aspirações eram válidas nos termos de
sua própria experiência.
(E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa. V.1(4. ed.). São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 13.)
a) O novo industrialismo substituiu as técnicas tradicionais de trabalho e os modos de vida dos camponeses,
evidenciando o progresso das técnicas da manufatura fabril.
b) Os trabalhadores ingleses já estavam agrupados em partidos políticos antes mesmo do surgimento da industrialização,
demonstrando uma organização que seguia cada ofício de trabalho, como o alfaiate, o artesão e o tecelão.
c) Os trabalhadores que viveram antes da era da industrialização tiveram sua memória utilizada como símbolo de
resistência dos movimentos operários posteriores.
d) A história que a classe operária inglesa contou sobre a industrialização não leva em consideração o crescimento
econômico do período, nem o papel de liderança assumido pelos empresários industriais.
e) As hostilidades dos trabalhadores ingleses às novas técnicas industriais informam o modo como os indivíduos foram
afetados pelo surgimento da industrialização.
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Filosofia
nº 16
EM1
Nome:
Para concluir, podemos dizer que, desse modo, o sentido do ser fica plenamente determinado. Em seu significado
mais forte, o ser é a substância; a substância, em um sentido (impróprio), é matéria, em um segundo sentido (mais próprio)
é "sinolo" (indivíduo material concreto) e em um terceiro sentido (e por excelência) é forma; o ser, portanto, é a matéria;
em um grau mais elevado, o ser é sinolo; e, no sentido mais forte, o ser é a forma. Desse modo, pode-se compreender
por que Aristóteles chegou a chamar a forma até mesmo de "causa primeira do ser" (precisamente porque ela "enforma"
a matéria e funda o sinolo).
(REALI, Giovanni. Introdução à filosofia)
07) De acordo com a filosofia de Aristóteles, qual é a diferença entre essência e acidente?
a) A essência é algo intrínseco e fundamental de um objeto, enquanto o acidente é algo secundário e contingente.
b) A essência é algo temporário e variável, enquanto o acidente é algo permanente e estável.
c) A essência se refere à aparência superficial de um objeto, enquanto o acidente se refere à sua natureza interna.
d) A essência é determinada pela relação de causa e efeito, enquanto o acidente é determinado por fatores externos.
e) A essência é algo material e constitui o ser, enquanto o acidente é algo que afeta apenas o mundo suprassensível.
Podemos dizer que, de certo modo, tanto a teoria aristotélica do ser quanto a da causalidade visam resolver o
impasse, até certo ponto ainda presente em Platão, entre o monismo de Parmênides e as teorias pré-socráticas do fluxo
e do movimento, como o atomismo. Contra o monismo de Parmênides, Aristóteles defende a concepção de uma natureza
plural, na medida em que composta de indivíduos; porém, isso não deve ser visto como problemático, desde que algumas
distinções básicas sejam feitas acerca da noção de ser.
(MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia - Dos pré-socráticos a Wittgenstein)
08) Qual foi uma a principal crítica de Aristóteles à teoria das Ideias de Platão?
a) Aristóteles criticou a ideia de que as Ideias existem juntamente das coisas materiais, argumentando que a essência
está separada da existência concreta dos objetos.
b) Aristóteles criticou a ideia de que a justiça e a moralidade são conceitos relativos, afirmando que há uma natureza
universalmente válida para esses conceitos.
c) Aristóteles criticou a ideia de que o conhecimento verdadeiro é alcançado apenas através da contemplação das
Ideias, defendendo que o conhecimento é adquirido através da experiência sensorial e do raciocínio lógico.
d) Aristóteles criticou a ideia de que os filósofos-reis deveriam governar, argumentando que o poder político não deveria
existir para haver uma sociedade justa.
e) A ristóteles criticou a ideia de que haja uma separação entre os indivíduos devido oseu tipo de
alma, afirmando que a distinção deve ser com base naquele que mais adquiriu dinheiro em vida.
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Filosofia
nº 16
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09) A partir dos seus conhecimentos sobre a teoria da causalidade, marque a alternativa que apresenta as quatro causas
do ser para Aristóteles:
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Sociologia
nº 16
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Nome:
Em uma primeira aproximação, parece ser fácil definir "identidade". A identidade é simplesmente aquilo que se é: "sou
brasileiro", "sou negro", "sou heterossexual", "sou jovem", "sou homem". A identidade assim concebida parece ser uma
positividade ("aquilo que sou"), uma característica independente, um "fato" autônomo. Nessa perspectiva, a identidade só
tem como referência a si própria: ela é autocontida e auto-suficiente. Na mesma linha de raciocínio, também a diferença
é concebida como uma entidade independente. Apenas, neste caso, em oposição à identidade, a diferença é aquilo
que o outro é: "ela é italiana", "ela é branca", "ela é homossexual", "ela é velha", "ela é mulher". Da mesma forma que
a identidade, a diferença é, nesta perspectiva, concebida como autoreferenciada, como algo que remete a si própria. A
diferença, tal como a identidade, simplesmente existe. É fácil compreender, entretanto, que identidade e diferença estão
em uma relação de estreita dependência. A forma afirmativa como expressamos a identidade tende a esconder essa
relação. Quando digo "sou brasileiro" parece que estou fazendo referência a uma identidade que se esgota em si mesma.
"Sou brasileiro" - ponto. Entretanto, eu só preciso fazer essa afirmação porque existem outros seres humanos que não são
brasileiros. Em um mundo imaginário totalmente homogêneo, no qual todas as pessoas partilhassem a mesma identidade,
as afirmações de identidade não fariam sentido. De certa forma, é exatamente isto que ocorre com nossa identidade de
"humanos". É apenas em circunstâncias muito raras e especiais que precisamos afirmar que "somos humanos". A afirmação
"sou brasileiro", na verdade, é parte de uma extensa cadeia de "negações", de expressões negativas de identidade, de
diferenças. Por trás da afirmação "sou brasileiro" deve-ser ler: "não sou argentino", "não sou chinês", "não sou japonês"
e assim por diante, numa cadeia, neste caso, quase interminável. Admitamos: ficaria muito complicado pronunciar todas
essas frases negativas cada vez que eu quisesse fazer uma declaração sobre minha identidade. A gramática nos permite
a simplificação de simplesmente dizer "sou brasileiro". Como ocorre em outros casos, a gramática ajuda, mas também
esconde. Da mesma forma, as afirmações sobre diferença só fazem sentido se compreendidas em sua relação com as
afirmações sobre a identidade. Dizer que "ela é chinesa' significa dizer que "ela não é argentina', "ela não é japonesa'
etc., incluindo a afim1ação de que "ela não é brasileira", isto é, que ela não é o que eu sou. As afirmações sobre diferença
também dependem de uma cadeia, em geral oculta, de declarações negativas sobre (outras) identidades. Assim como a
identidade depende da diferença, a diferença depende da identidade. Identidade e diferença são, pois, inseparáveis.
(Tomaz Tadeu da Silva. A produção social da identidade e da diferença)
a) Inexistentes
b) excludentes
c) Complementares
d) Independentes
e) Inconciliáveis
a) A noções fixadas ao indivíduo que os permite ser entendido e se entender de uma determinada forma.
b) Exclusivamente a características físicas que definem a forma como o indivíduo será visto e avaliado por outros
indivíduos.
c) A filiação familiar e religiosa do indivíduo fazendo com que, dependendo de sua religião, tenha acesso a mais
oportunidades e reconhecimento.
d) A nacionalidade e em como essa nacionalidade é reconhecida mundialmente, promovendo consequências positivas
ou negativas para o indivíduo.
e) Exclusivamente a forma como o indivíduo se enxerga e se autonomeia, não tendo nenhuma relação com a imagem
que outros indivíduos possuam dele.
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Sociologia
nº 16
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a) Dimensão psicológica
b) Dimensão econômica
c) Dimensão simbólica
d) Dimensão biológica
e) Dimensão política
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Geografia
nº 16
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Nome:
17) A classificação das indústrias baseada no que produzem tem como uma de suas categorias aquelas indústrias que
produzem diretamente para o consumidor produtos que serão utilizados diversas vezes durante longos períodos,
como por exemplo: geladeira, fogão, máquina de levar, entre outros. Essas indústrias são conhecidas como:
a) De bens de capital
b) De bens de consumo não duráveis
c) De máquinas
d) De bens de consumo semiduráveis
e) De bens de consumo duráveis
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Geografia
nº 16
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18) “As indústrias de bens de capital e de consumo duráveis tiveram as maiores altas em setembro em relação a agosto,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A primeira cresceu 1,9%, e a segunda registrou expansão de 8%.
As duas, no entanto, cresceram a partir de um patamar mais baixo, pois acumulam as maiores quedas em 12 meses
e durante 2014, além de registrar quedas expressivas na comparação com o mesmo mês de 2013.”
(Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/industrias-de-bens-de-capital-e-de-consumo-duraveis-crescem/)
A reportagem aponta o crescimento dos setores de bens de capital e de bens de consumo duráveis, são exemplos
desses tipos de indústrias, respectivamente:
19) A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se industrializar, ainda no século XVIII o país iniciou a utilização de
máquinas a vapor que tinham o carvão mineral como fonte de energia para acelerar a produção. Ao longo dos séculos
a industrialização ocorreu de forma gradual no país europeu que atualmente abriga setores de alta tecnologia e tem
boa parte de sua economia voltada para o setor terciário.
De acordo com seus conhecimentos sobre os modelos de industrialização, a Inglaterra encontra-se na classificação:
20) A charge abaixo faz uma crítica a um problema cada vez mais presente no um do atual que é consequência de um
processo que se intensificou nos últimos cinquenta anos e vem tornando-se cada vez mais intenso.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o problema que a charge critica e suas possíveis causas.
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Química
nº 16
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Nome: .............................................................................................................................................
21) Compostos contendo enxofre estão presentes, em certo grau, em atmosferas naturais não poluídas, cuja origem pode
ser: decomposição de matéria orgânica por bactérias, incêndio de florestas, gases vulcânicos etc. No entanto, em
ambientes urbanos e industriais, como resultado da atividade humana, as concentrações desses compostos são altas.
Dentre os compostos de enxofre, o dióxido de enxofre (SO2) é considerado o mais prejudicial à saúde, especialmente
para pessoas com dificuldade respiratória.
(BROWN, T.L. et al, Química: a Ciência Central. 9ª ed, Ed. Pearson, São Paulo, 2007. Adaptado)
Em relação ao composto SO2 e sua estrutura molecular, pode-se afirmar que se trata de um composto que apresenta
a) ligações covalentes polares e estrutura com geometria espacial angular.
b) ligações covalentes apolares e estrutura com geometria espacial linear.
c) ligações iônicas polares e estrutura com geometria espacial trigonal plana.
d) ligações covalentes apolares e estrutura com geometria espacial piramidal.
e) ligações iônicas polares e estrutura com geometria espacial linear.
22) Em estações de tratamento de água, é feita a adição de compostos de flúor para prevenir a formação de cáries. Dentre
os compostos mais utilizados, destaca-se o ácido fluossilícico, cuja fórmula molecular corresponde a H2SiF6 .
23) Assinale a opção relativa aos números de oxidação corretos do átomo de cloro nos compostos KClO2, Ca(ClO)2,
Mg(CO3)2 e Ba(CO4)2, respectivamente:
a) –1, –1, –1 e –1
b) +3, +1, +2 e +3
c) +3, +1, +5 e +7
d) +3, +1, +5 e +6
e) +3, +2, +4 e +6
24) O ácido fosfórico apresenta fórmula molecular H3PO4 . Nesse composto, o elemento fósforo apresenta qual número
de oxidação?
a) + 5
b) – 5
c) + 4
d) – 4
e) 0
25) Efetue o balanceamento das equações abaixo e assinale a opção que apresenta os coeficientes X, Y, Z e W,
respectivamente
6 Mg + X HC → 6 MgC 2 + 6 H2
A 2O3 + Y HC → Z AC 3 + W H2O
a) 6, 6, 2 e 3
b) 12, 6, 2 e 6
c) 12, 6, 1 e 6
d) 6, 6, 2 e 1
e) 12, 6, 2 e 3
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Física
nº 16
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Nome: .............................................................................................................................................
26) (Fatec 2020) O tether consiste em dois objetos fixos nas duas extremidades de um cabo. A pesquisadora brasileira
Alessandra F. S. Ferreira, da Unesp de Guaratinguetá (SP), foi agraciada com o prêmio Mario Grossi no evento
internacional Tether in Space 2019 (em Madrid). Em seu estudo, ela propôs a aplicação de um cabo fino e rígido de
100 km de comprimento com uma ponta ancorada na superfície de um corpo celeste, como um asteroide por exemplo.
A outra ponta estará ancorada em um veículo espacial, conforme apresentado na figura. Assim, a técnica poderá ser
utilizada para economizar energia e aumentar o impulso em viagens espaciais mais longas.
Uma espaçonave de 100 toneladas, navegando a uma velocidade tangencial aproximada de 28,8 mil km/h acopla-se
ao cabo citado de 100 kmde extensão ancorado em um asteroide (considerado aqui como um ponto material em
repouso).
Assumindo que a massa do cabo seja desprezível em relação ao sistema, podemos afirmar, corretamente, que a força
centrípeta aplicada na extremidade do cabo ligada ao veículo espacial, em newtons, é
V2
Lembre-se de que ac =
R
a) 6,4 × 107
b) 6,4 × 105
c) 6,4 × 103
d) 8,3 × 104
e) 8,3 × 106
27) (Ufjf-pism 1 2020) Um malabarista de circo faz uma pequena bola incandescente girar em uma trajetória circular em
um plano vertical. A bola está presa à mão do malabarista por um fio inextensível. Sejam P o módulo da força peso
da bola e T o módulo da tração no fio que atuam na bola. Considere três posições diferentes na trajetória: (i) o ponto
mais alto da trajetória, (ii) o ponto mais baixo e (iii) um dos pontos à mesma altura do centro do círculo descrito pela
bola. Qual é o módulo da força centrípeta FC em cada uma dessas posições, respectivamente?
28) (Eear 2019) Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com massa igual a 40gpresa em uma corda, produzindo
um Movimento Circular Uniforme. A pedra descreve uma trajetória circular, de raio igual a 72 cm,sob a ação de uma
força resultante centrípeta de módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade, em m/s, com que a
pedra se afastará da criança?
Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará da criança com uma velocidade constante.
a) 6
b) 12
c) 18
d) 36
e) 72
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Física
nº 16
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29) (Enem (Libras) 2017) Em dias de chuva ocorrem muitos acidentes no trânsito, e uma das causas é a aquaplanagem,
ou seja, a perda de contato do veículo com o solo pela existência de uma camada de água entre o pneu e o solo,
deixando o veículo incontrolável.
Nesta situação, a perda do controle do carro está relacionada com redução de qual força?
a) Atrito.
b) Tração.
c) Normal.
d) Centrípeta.
e) Gravitacional.
30) (Unesp 2013) A figura representa, de forma simplificada, o autódromo de Tarumã, localizado na cidade de Viamão,
na Grande Porto Alegre. Em um evento comemorativo, três veículos de diferentes categorias do automobilismo, um
kart (K), um fórmula 1 (F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do circuito, com velocidades escalares
iguais e constantes.
As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma comparativa, as massas de cada veículo e os raios de curvatura
das curvas representadas na figura, nas posições onde se encontram os veículos.
TABELA 1 TABELA 2
Veículo Massa Curva Raio
kart M Tala Larga 2R
fórmula 1 3M do Laço R
stock-car 6M Um 3R
Sendo FK, FF e FS os módulos das forças resultantes centrípetas que atuam em cada um dos veículos nas posições
em que eles se encontram na figura, é correto afirmar que
a) FS < FK < FF.
b) FK < FS < FF.
c) FK < FF < FS.
d) FF < FS < FK.
e) FS < FF < FK.
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Biologia
nº 16
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Nome:
31) Na espécie humana, o sistema nervoso tem importante atuação na comunicação e no controle do organismo,
exercendo funções em diversos processos fisiológicos.
I. O sistema nervoso central é composto pelo cérebro, tronco encefálico e gânglios nervosos, que processam as
informações importantes para a coordenação e o controle do corpo.
II. Após uma situação de estresse, como um susto, a regularização das batidas do coração e o restabelecimento da
calma são controlados pelo sistema nervoso parassimpático.
III. A medula espinhal faz parte do encéfalo, e é responsável pelo acompanhamento do cérebro na função de equilíbrio,
postura e ajustes dos movimentos corporais.
a) II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I apenas.
e) III apenas.
32) A propagação do impulso elétrico pelos neurônios que formam os sistemas nervosos central e periférico ocorre em
função da geração de uma diferença de potencial entre os meios intra e extracelular. Tendo em vista os estímulos
ambientais que são captados pelas estruturas sensoriais, o início da propagação do impulso nervoso ocorre
33) Todos os animais possuem a capacidade de detectar e responder a mudanças no seu hábitat. Mesmo organismos
unicelulares, como o Paramecium, têm a capacidade de realizar tarefas básicas da vida: achar comida, evitar tornar-se
comida e encontrar um parceiro. No entanto, esses organismos unicelulares não possuem um encéfalo ou um centro
de integração evidente. Eles utilizam o potencial de membrana em repouso existente em células vivas e muitos dos
mesmos canais iônicos de animais mais complexos para coordenar as suas atividades diárias.
(SILVERTHORN, DEE UNGLAUB. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada/ p. 275, 7ª ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017.)
Sobre a estrutura, funcionamento e evolução do sistema nervoso nos cérebro espinhal marque a alternativa CORRETA.
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Biologia
nº 16
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34) (UFPA 2016) Um arco reflexo simples, como o reflexo patelar, representa a rota seguida por impulsos nervosos a fim
de produzir uma ação reflexa, desde a periferia, passando por um centro reflexo no sistema nervoso central e de volta
até um órgão efetor. Sobre o assunto, considere as seguintes afirmações:
I. O receptor sensorial é uma estrutura anatômica responsável pelo processo de transdução, ou seja, a transformação
do estímulo em um sinal elétrico, denominado potencial do receptor ou potencial gerador.
II. O receptor sensorial está associado a um neurônio sensorial (aferente), cujo axônio conduz um sinal elétrico do
tipo “tudo ou nada”, denominado potencial de ação.
III. Na substância branca da medula espinhal ocorrem sinapses, nas quais o sinal elétrico passa diretamente dos
axônios sensoriais para os interneurônios e neurônios motores (eferentes).
IV. A chegada do potencial de ação ao final do axônio motor desencadeia uma sinapse em uma região denominada
“placa motora”, no músculo extensor esquelético, que resulta em contração do músculo e extensão da perna em
resposta ao estímulo mecânico.
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
35) (UFG 2007) Em uma experiência laboratorial, o nervo vago que inerva o coração de uma rã foi estimulado eletricamente,
liberando acetilcolina, que provoca
a) sístole ventricular.
b) diminuição da frequência cardíaca.
c) aumento da força de contração cardíaca.
d) hipertrofia ventricular.
e) hipertensão arterial.
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Estudos Linguísticos
nº 16
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Nome:
Oficina irritada
Eu quero compor um soneto duro
como poeta algum ousara escrever.
Eu quero pintar um soneto escuro,
seco, abafado, difícil de ler.
36) Os gêneros literários possibilitam a classificação dos textos de acordo com suas funções e especificidades. Pode-se
dizer que Oficina irritada, de Carlos Drummond de Andrade, pertence ao gênero lírico, porque
a) há um eu lírico que fala sobre suas intenções de compor um soneto e quais efeitos ele vai provocar.
b) o eu lírico narra e descreve minuciosamente seu processo de criação poética e o quanto ela é trabalhosa.
c) o poema dramatiza uma situação em que o poeta enfrenta dificuldades para compor seu soneto com personagens
complexos.
d) o poema está todo em discurso direto e discurso indireto livre, mesclando a voz do narrador com a voz das
personagens.
e) o poema disserta sobre a importância de se compor um soneto difícil de ler, o que faz dele mais argumentativo.
Profundamente
Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
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Estudos Linguísticos
nº 16
EM1
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
37) Observando as sequências textuais e sabendo que os gêneros literários podem combinar suas características, é
correto afirmar que esse poema é marcado por uma estrutura fortemente
Apaixonei-me da Aurora
No meu quarto de marfim
Todo dia à mesma hora
Amava-a só para mim
Palavras que me dizia
Transfiguravam-se em neve
Era-lhe o peso tão leve
Era-lhe a mão tão macia.
(Vinicius de Moraes. O Sacrifício da Aurora.)
38) O trecho acima é do poema O Sacrifício da Aurora, de Vinicius de Moraes. Do ponto de vista da construção poética,
pode-se afirmar que a estrofe
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Estudos Linguísticos
nº 16
EM1
Releia, a seguir, o trecho da obra “Ilíada”. Creditada a Homero, narra a Guerra entre Troia e Esparta, após o príncipe da
primeira, Páris, fugir com Helena, esposa do rei espartano, o que desencadeia o conflito. Nessa parte, Heitor retorna ao
palácio, em meio a perdas sofridas com os ataques dos gregos, e encontra sua esposa Andrômaca e seu filho.
Quando Heitor não encontrou a esposa irrepreensível, foi até a soleira e assim falou no meio das servas: “Agora, ó
servas, dizei-me a verdade: em que direção saiu Andrômaca de alvos braços do palácio? Será que foi à casa das minhas
irmãs ou das minhas cunhadas de belas vestes?
Ou terá ido ao templo de Atena, onde as outras Troianas de belas tranças propiciam a deusa terrível?”
A ele deu resposta a atarefada governanta:
“Heitor, uma vez que ordenas que se diga a verdade, não foi à casa das tuas irmãs nem cunhadas de belas vestes,
nem foi ao templo de Atena, onde as outras Troianas de belas tranças propiciam a deusa terrível; mas foi para a grande
muralha de Ílion, porque ouviu dizer estarem os Troianos acabrunhados, sendo grande a força dos Aqueus. Ela dirigiu-se
logo à muralha, muito apressada e igual a uma tresloucada. Com ela foi a ama com a criança.”
Assim falou a mulher governanta. Heitor saiu às pressas de casa, e percorreu o mesmo caminho pelas ruas bem
construídas.
Quando, tendo atravessado a grande cidadela, chegou às Portas Esqueias, através das quais ia a sair para a planície,
eis que correu ao seu encontro a esposa generosa, Andrômaca, filha do magnânimo Eécion – Eécion, que habitava sob a
arborizada Placo, em Tebas Hipoplácia, onde regia os Cilícios: e era a sua filha que desposara Heitor armado de bronze.
(HOMERO. “Ilíada”. Tradução de Frederico Lourenço. Rio de Janeiro: Companhia das Letras/Penguin, 2013.)
Dentro de um abraço
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado
restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo
europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um
filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue
superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião
de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo,
para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não
se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-
contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente
em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante
esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária,
está tudo dito.
Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio
lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira-mar,
deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?
Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram
como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora
de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar
manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e
naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.
(MEDEIROS, Martha. “Feliz por nada”. Porto Alegre: L&PM, 2011)
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Estudos Linguísticos
nº 16
EM1
4
Inglês
nº 16
EM1
Nome:
Text:
a) Kellly was left by someone, and she thinks he has part of her and that needs to come back.
b) Kelly believes this person had the last laugh and is better now that everything is over.
c) Kelly believes this person will come running back to her after some time.
d) Kelly believes she’s better now that the person is gone because she learned a lesson.
e) Kelly believes this person will mess with her now that the relationship is over.
“Think that I'll come running back. Baby, you don't know me, 'cause you're dead wrong”.
43) Choose the option that best completes these verses in the comparative form.
1
Inglês
nº 16
EM1
44) Choose the option that best completes the sentence with the comparative form.
a) the lighter
b) lightest
c) the lightest
d) lighter
e) the lightest than
45) Choose the option that presents the correct superlative form for the adjectives: “strong”, “tall” and “light”.
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Matemática
nº 16
EM1
Nome: .............................................................................................................................................
46) Um balão partirá perpendicularmente do chão, em trajetória retilínea, deslocando-se constantemente 2 metros a cada
segundo.
Sabendo disso, Fábio, que está a 4 3 m do ponto de onde o balão partirá, posicionou seu estilingue a uma altura de
2 metros do chão e o armou, apontando uma pedra a ser disparada pelo estilingue, a 60°, no mesmo plano que contém
a trajetória do balão, como indica a figura. Admita que:
47) Em um exercício militar, uma Companhia de Engenharia deve construir uma ponte para ligar as margens paralelas de
um rio. Para isso, o Cap Delta, engenheiro militar responsável pela missão, fixou um ponto A na margem do rio em
que estava, e um ponto B na margem oposta, de forma que AB fosse perpendicular às margens do rio. Para
determinar o comprimento da ponte a partir do ponto A, o Cap Delta caminhou 50 metros paralelamente à margem
até o ponto C e mediu o ângulo ACB, obtendo 60°. Considerando 3 = 1,7. Marque a alternativa que apresenta o
comprimento da ponte que deverá ser construída para o exercício.
a) 25 metros
b) 42,5 metros
c) 50 metros
d) 85 metros
e) 100 metros
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Matemática
nº 16
EM1
48) Em um trapézio retângulo ABCD, o lado AD mede 6 cm e o ângulo BÂD mede 60°, conforme mostra a figura.
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Matemática
nº 16
EM1
50) Para medir a altura aproximada (h) de um prédio (PQ) em relação a um plano de referência, um professor fez, com
seus alunos, as medições com o teodolito, ilustradas na figura abaixo.
Dados:
20° 40°
seno 0,342 0,643
cos seno 0,940 0,766
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Produção Textual
nº 16
EM1
Nome:
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O combate à
intolerância religiosa no país”, apresentando, se desejar, proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Seu
texto deve ter em torno de 25 linhas.
Texto I:
No Rio, traficantes proíbem moradores de usar branco por 'remeter a candomblé e umbanda'
A escalada do racismo religioso no Rio
Quem vive em Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, não pode andar de branco pelas ruas do bairro. É que os
comandantes do tráfico na região — todos evangélicos — proíbem a cor por, na visão deles, remeter a religiões de matriz
africana e ao espiritismo.
Boa parte dos casos – em franca expansão – de terrorismo contra terreiros de candomblé e umbanda do Rio, como
se sabe, também tem ligação com traficantes evangélicos.
Em 14 de agosto, por exemplo, a 62ª DP, da Polícia Civil, prendeu oito suspeitos de integrar uma quadrilha que
ordenou a destruição de um terreiro de candomblé no Parque Paulista, em Duque de Caxias (RJ). Em julho, eles obrigaram
uma mãe de santo de 84 anos a quebrar ela mesma todos os assentamentos sagrados dos orixás.
Só entre janeiro e agosto deste ano, houve 150 ataques a terreiros no estado do Rio - a grande maioria, 92, na
Baixada Fluminense -, um aumento de 120% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Agen Afro, da
Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
(Nelson Lima e Thiago Rogero. Ancelmo Gois. O Globo, 22 ago. 2019. Extraído de <https://tinyurl.com/27v4bypj>. Acesso em 20 abr. 2023.)
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Produção Textual
nº 16
EM1
Texto II:
Terreiro de candomblé atacado por bandidos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ataques são frequentes desde 2017 - Sandro
Vox / Agência O Dia
RIO De janeiro a março deste ano, os casos de intolerância religiosa cresceram mais de 56% no estado do Rio de
Janeiro em comparação ao primeiro trimestre de 2017. De 2017 até 20 de abril, foram registradas 112 denúncias e mais
de 900 ações de atendimento. O número subiu de 16 para 25 denúncias no período, segundo a Secretaria de Estado de
Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI).
A capital concentra 55% das denúncias, seguida por Nova Iguaçu e Duque de Caxias, ambos na Baixada Fluminense,
com 12,5% e 5,3%, respectivamente. O tipo de violência mais praticado é a discriminação (32%). Depois, aparecem
depredação de lugares ou imagens (20%) e difamação (10,8%). As religiões de matrizes africanas são os principais alvos:
candomblé (30%) e, umbanda (22%).
Para o titular da Coordenadoria de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa da secretaria, Márcio de Jagum, o
aumento dos casos pode ter três motivações. A conscientização da sociedade, que já não banaliza mais os casos de
intolerância. Outro fator é a credibilidade do órgão em lidar com essas situações. O terceiro fator é o efetivo aumento dos
casos, disse Márcio de Jagum, que é babalorixá e atual presidente do Conselho de Promoção da Liberdade Religiosa do
Estado do Rio de Janeiro.
Para o babalorixá, o Brasil vive o mito da tolerância religiosa. "Tolerância nunca houve. Sempre houve o preconceito.
As pessoas se encolhiam no que diz respeito a revelarem suas crenças. As pessoas não se diziam candomblecistas,
umbandistas, muçulmanas, ciganas. Se escondiam, porque havia o preconceito no tocante a isso”.
“A gente precisa mapear a intolerância a partir das denúncias, para levar às autoridades de segurança e mobilizar a
sociedade com dados científicos, concretos, efetivos que, lamentavelmente, essa triste estatística acaba nos referendando”,
disse.
Para combater a intolerância religiosa, a secretaria trabalha com estratégias para promoção da liberdade religiosa e
a inibição dos crimes. A própria criação do Conselho de Promoção da Liberdade Religiosa é um exemplo dessas ações,
informou Jagum. A secretaria também articula com outros órgãos públicos a inclusão do debate da intolerância religiosa no
currículo escolar do estado e a criação de cursos sobre a temática.
A coordenadoria trabalha com o acolhimento das vítimas por uma equipe multidisciplinar formada por técnicos,
psicólogos, assistentes sociais e advogados. Um acordo fechado com universidades privadas de direito prevê que
atendam, gratuitamente, as vítimas de intolerância e cuidem da questão judicial. Até o momento, aderiram ao projeto as
universidades Estácio de Sá, UNIG (Universidade Iguaçu) e IBMEC.
Outra ação emergencial é a criação de uma delegacia especializada, já aprovada pelos órgãos competentes, mas que
ainda não foi implantada.
As denúncias de intolerância religiosa podem ser feitas pelo Disque Preconceito, pelo número (21) 2334 9550.
(Agência Brasil, 18 mai. 2019. Extraído de <https://tinyurl.com/yuyeffwr>. Acesso em 20 abr. 2023.)
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Produção Textual
nº 16
EM1
Texto III:
“Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro): É preciso combater a intolerância religiosa na educação básica”
Alguns levantamentos têm apontado para o aumento dos casos de intolerância religiosa no Brasil. A própria instituição
do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), em 2007, faz menção à Mãe Gilda que faleceu de
um infarto fulminante em decorrência de ataques de intolerância religiosa. Diversos antropólogos e pesquisadores das
religiões chamam a atenção para a relação direta entre a intolerância religiosa e o racismo (...).
A relação entre a intolerância religiosa e o racismo é constatada pelo fato das religiões afro-brasileiras e seus adeptos
serem aqueles que mais sofrem ataques discriminatórios. As religiões afro-brasileiras (ou religiões brasileiras de matrizes
africanas) carregam a herança africana em diversos aspectos; por exemplo, mantiveram o culto às divindades da natureza
e aos ancestrais através da tradição oral, algo que é considerado por muitas pessoas como “primitivo”, atrasado, sujo,
repulsivo, “coisa de preto”. As religiões afro-brasileiras historicamente também têm sofrido com desqualificações e com
criminalizações por parte do poder público, sendo continuamente acusadas de charlatanismo e curandeirismo. Nos
últimos anos, o racismo volta-se contra os rituais dos candomblés que são considerados repulsivos e cruéis por conta dos
sacrifícios de animais, há inclusive novas tentativas de criminalização destes rituais. (...)
Os levantamentos também apontam para o aumento dos casos de intolerância religiosa no âmbito da educação
básica. O balanço das denúncias de intolerância religiosa do Disque 100, telefone da Ouvidoria Nacional de Direitos
Humanos, que apresenta dados das denúncias recebidas entre 2011 e o primeiro semestre de 2018, apontou que algumas
denúncias são relativas a casos de intolerância religiosa ocorridos nas escolas e com atos cometidos por professores
e diretores de escolas. Conforme estes dados, pode-se supor que o aumento é tímido e ainda são poucos casos de
intolerância religiosa na educação básica. No entanto, não há levantamentos mais detalhados sobre os casos específicos
de intolerância religiosa ocorridos no âmbito da educação básica.
Para enfrentar essa intolerância que possui motivação religiosa, não basta propor alguma medida supostamente
laicista como a exclusão de qualquer abordagem das religiões da educação básica. Isto por si só não garante a efetivação
de qualquer laicidade nas escolas ou nos processos de ensino-aprendizagem, nem mesmo garante a convivência pacífica
entre estudantes e profissionais da educação adeptos de diferentes crenças. É preciso garantir que pessoas adeptas de
diferentes crenças ou descrenças possam assumir publicamente suas identidades religiosas ou arreligiosas e possam
conviver pacificamente nas escolas. Nenhum estudante pode ser levado a negar sua identidade religiosa por conta de atos
intolerantes, de estigmas e de preconceitos, inclusive de cunho racista. Neste sentido, não há como combater o racismo e
a intolerância religiosa nas escolas sem abordar, com muito respeito e admiração, a história do negro no Brasil, a cultura
afro-brasileira e as religiões afro-brasileiras. (...)
Silas Fiorotti é evangélico, cientista social, doutor em Antropologia Social (USP) e coordenador do projeto Diversidade
Religiosa em Sala de Aula do Coletivo por uma Espiritualidade Libertária.
(Silas Fiorotti. Observatório da imprensa, 22 jan. 2019. Extraído de <https://tinyurl.com/2p9c7y73>. Acesso em 20 abr. 2023. Adaptado.)
3
Redação
Aluno: _________________________________________________ Turma: _____________
Marque a sua matrícula:
Marque o tipo da redação: pH Prova Redação em sala
0 0
1 1 Núm. Dezena Unidade Corretor Nota
2 2 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3 3
4 4
CRITÉRIOS GERAIS 0 0,5 1,0 1,5 2,0 CRITÉRIOS ENEM 0 40 60 120 160 200
5 5
Adequação ao tema Norma culta
6 6
Tipologia textual Tema e Tipo de texto
7 7 Arg. e Coerência Arg. e Coerência
8 8 Coesão Coesão
9 9 Modalidade escrita Proposta intervenção
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05
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30
Assinatura: 7131425373
Só serão aceitas as redações com identificação completa do aluno e com os campos “Tipo de redação”,
“Número da redação” e “Matrícula” devidamente marcados.
RASCUNHO
ADEQUAÇÃO AO TEMA: A avaliação do item considera o atendimento à proposta do tema, o projeto de desenvolvimento do texto, as
marcas de autoria e a defesa consistente de ponto de vista.
TIPOLOGIA TEXTUAL: Avalia-se a construção efetiva de texto argumentativo, com recursos pertinentes ao tipo textual e atendimento à
estrutura própria da dissertação, sem reprodução de clichês.
ARGUMENTAÇÃO E COERÊNCIA: A argumentação presente no texto é avaliada quanto à pertinência, suficiência e eficácia dos
argumentos. Além disso, avalia-se a coerência na explanação e na articulação das ideias.
COESÃO: Observam-se, neste item, aspectos relativos à coesão textual e à estruturação sintática dos períodos, com uso adequado e
produtivo de variados recursos linguísticos.
MODALIDADE ESCRITA: São avaliados aspectos que, apresentados no texto, demonstram domínio da variedade padrão da língua, sem
marcas de oralidade ou informalidade.
*No Enem, a ADEQUAÇÃO AO TEMA e a TIPOLOGIA TEXTUAL fundem-se num só item de avaliação, que exige, ainda, um repertório
sociocultural produtivo. No critério PROPOSTA DE INTERVENÇÃO, avalia-se se o candidato a apresentou de forma detalhada,
relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.