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APIMEC 2021 - Preparatório para a

Prova de Conteúdo Técnico CNPI-T


Fundamentos da Análise Técnica
Principais Premissas

 Os Preços Descontam Tudo

o Toda informação relevante está incluída no preço.


o O grafista se importa com o "como" e não o "porquê" os preços se
movimentam.

 Os Preços se Movem em Tendências


o Seguem uma determinada direção (positiva, negativa e neutra)

 A História se repete
o As ações comportamentais são vistas no gráfico.

Análise Técnica X Análise Fundamentalista

AT – Não há “preço intrínseco” pois o preço de um ativo é determinado pela lei de


oferta e Demanda

AF – Há “preço intrínseco” e é calculado através de formulações matemáticas e


estatísticas. O fundamentalista estima o preço que a ação “deve estar”

Tipos de Gráficos

 Linhas
Utiliza apenas o preço de fechamento

 Barras
 Candlestick

Criado no Japão e difundido por Steve Nison nos anos 1980.


Melhor para visualizar tendencias e padrões

 Ponta e Figura

A cronologia não é importante


X= alta
O = baixa
Para que se mude de coluna, deve haver um rompimento do preço correspondente a
3 (três) “boxes”

Tipos de escalas
Aritmética – As barras são plotadas de forma nominal em termos absolutos e não
é indicado para análises de longo prazo ou com grande amplitude de preços
Logarítmica – Reflete a rentabilidade dos investimentos. A distância entre um
ponto e outro corresponde a variação percentual.
Indexação, Gráficos perpétuos e Continuidade

 Indexação: divisão de uma grandeza qualquer por outra.


Ex: gráfico do Ibovespa dolarizado,

É utilizada na comparação de ações com commodities, moedas e títulos de dívida,


como também na verificação da relação de preços entre ações, de ações com
setores, entre setores, de setores com índices e assim por diante.

indexação por algum índice de inflação, como o IGP-M ou o IPCA.

Entretanto, o resultado de tal análise é conflitante com a premissa da Análise


Técnica de que os preços descontam tudo, inclusive a correção inflacionária.

 Gráficos Perpétuos e Continuidade


Aplicado aos contratos futuros têm prazo de validade. Assim, Robert Pelletier,
sugeriu a definição de “emendas” ligando o gráfico de um contrato que está
vencendo a outro no início de sua vigência.

Teoria de Dow

Ideias Básicas e Tendências

Charles Dow e Edward Jones criaram e divulgaram em 1884 o primeiro índice de


mercado, denominado Dow Jones, com a finalidade de servir como sinalizador da
tendência geral dos negócios.

Setor de transportes ferroviário e setor industrial.


Charles Dow divulgou uma forma de seguir e interpretar os movimentos de
mercado, por meio da utilização de médias em gráficos de preços.

Princípio 1: os índices descontam tudo


Até mesmo eventos fortuitos, como a ocorrência de acidentes naturais
imprevisíveis, são rapidamente avaliados e os preços impactados em função de
seus efeitos.

Princípio 2: o mercado tem três tendências


 Primária: importante, dura mais de um ano e indica a direção do mercado
(MARÉS).
 Secundária: médio prazo, que dura em geral de um mês a um ano
(ONDAS)
 Terciária: dura menos de um mês (MAROLAS)

Princípio 3.a: a tendência primária de alta tem três fases

 Acumulação: caracterizada por poucos compradores, preponderam os


sentimentos de desânimo e pessimismo, aprofundados pela profusão de
notícias desanimadoras. Investidores bem informados começam a comprar.
 Alta sensível: entrada de investidores atentos à acumulação. É a fase mais
longa da tendência primária de alta, aumento de investidores e dos volumes
 Euforia: preços excessivamente altos, há um ambiente de grande excitação
e otimismo, alimentado pela confiança adquirida com os ganhos

Princípio 3.b: a tendência primária de baixa tem três fases

 Distribuição: marca o início da tendência primária de baixa; saída dos


investidores mais bem informados.
 Baixa sensível: aumenta o número de investidores que estão encerrando
suas posições; os grandes investidores não mais se preocupam em ocultar
seu movimento de saída.
 Pânico: Os investidores que relutavam em se desfazer de suas posições,
acreditando numa suposta recuperação, decidem realizar seus prejuízos.
Investidores profissionais passam a precificar uma reversão nas
expectativas, abrindo novas compras e dando início a um novo ciclo de
acumulação.

Princípio 4: o volume deve confirmar a tendência

Volume é quantidade de ações que foram transacionadas por todos os participantes


do mercado durante o pregão. O volume costuma ser plotado como um histograma
na parte inferior do gráfico.
Princípio 5: a tendência precisa ser confirmada por dois índices
Dow visava fornecer ao investidor maior segurança na interpretação do movimento
dos preços.

 Conceito de Tendências (refere-se ao princípio 5)

Definição, Direção e Força

A direção adotada pelo mercado dentro desta dinâmica de oscilação de preços é


denominada tendência.

 Tendência de alta: cada topo formado é mais alto que o topo anterior,
enquanto que cada fundo formado é mais alto que o fundo anterior.
 Tendência de baixa: Há uma sucessão de topos e fundos descendentes,
 Tendência lateral, também   conhecida   como   indefinida   ou em linha; é
conhecida como consolidação.

Uma tendência de alta é resultado de uma força compradora maior que a


vendedora, enquanto que, em uma tendência de baixa, a força dos vendedores é
que predomina. Na lateral há um equilíbrio.

Suporte e Resistência

Suporte é uma determinada região do gráfico onde os preços param de cair e


revertem em sentido contrário, desde que tal movimento tenha se repetido mais de
uma vez.

Resistência: a pressão vendedora supera a compradora a ponto de resultar na


interrupção, ou até mesmo na reversão, do movimento de alta.

São três os tipos de linhas que delimitam as regiões de suportes e resistências:


  Linhas Horizontais: traçadas a partir de fundos ou topos anteriores
ocorridos em um mesmo nível de preços;
 Linhas de Tendências: resultantes da ligação de topos descendentes ou da
união de fundos ascendentes; Serão detalhadas no próximo tópico;
 Linhas de Médias Móveis: representação gráfica de médias de preços que se
deslocam no tempo; serão abordadas no capítulo sobre Indicadores.

Princípio 6 de Dow: o mercado pode se desenvolver em linha


“Em linha” significa que o mercado também pode se desenvolver em movimentos
laterais.
 Linha de Tendência de Alta – LTA: ligação de dois fundos sucessivamente
ascendentes. Uma LTA é considerada confirmada quando os preços, em um
terceiro fundo, iniciam novo movimento de alta após alcançarem o traçado
da linha.
 Linha de Tendência de Baixa – LTB: ligação de dois topos sucessivamente
descendentes. Considerada confirmada quando os preços, em um terceiro
topo, inicia um novo movimento de baixa

Canal de LTA é formado a partir do traçado da linha do canal de alta,


paralelamente à LTA, unindo os topos ascendentes.

Canal de LTB é formado a partir do traçado da linha do canal de baixa,


paralelamente à LTB, unindo os fundos descendentes.

Canal de Tendência Lateral é resultante de duas linhas horizontais e paralelas,


traçadas a partir de topos e fundos ocorridos numa mesma região de preços.

Consolidação, Correção e Bipolaridade

 Consolidação de Suporte e Resistência: é uma área de congestão onde os


limites de preços foram respeitados diversas vezes.
o A força da consolidação é função de três fatores:
 I.   Comprimento: quanto mais longa mais forte será a
consolidação;
 II.   Altura: quanto maior for a amplitude mais forte será a
consolidação;
 III. Volume: quanto maior o volume, mais forte a
consolidação.
 Correção: é um movimento de retração que corrige parte do caminho
percorrido pelos preços na direção da tendência principal.
 Bipolaridade: na possibilidade que um suporte rompido tem de se
transformar numa resistência e que uma resistência rompida tem de se
transformar em suporte.

Rompimentos

Princípio 7 de Dow: a tendência está valendo até que haja sinais definitivos de
reversão

 Reversão de Tendência: ocorre quando há uma inversão na sequência-


padrão de topos e fundos da tendência. A reversão de uma tendência de alta
se caracteriza quando há uma falha na tentativa de ultrapassar o topo
precedente, seguida de uma penetração do fundo anterior. Por sua vez, a
reversão de uma tendência de baixa ocorre quando há uma falha na tentativa
de ultrapassar o fundo anterior, seguida de uma penetração do topo
precedente.

 Pivô de Alta e Pivô de Baixa :O sinal indicativo da reversão de uma


tendência é denominado pivô. Um pivô de baixa é formado numa tendência
de alta, quando o preço do ativo forma um topo que não supera o topo
anterior e, em seguida, rompe o último fundo anterior.

Um pivô de alta é formado numa tendência de baixa, quando o preço do ativo


forma um fundo que não ultrapassa o fundo anterior e, em seguida, supera o último
topo anterior.
Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Padrões de continuidade e de reversão

As Figuras Gráficas são formações resultantes do traçado das linhas de tendência,


de suporte e de resistência.
Determinados padrões sinalizam a continuidade ou a reversão da tendência
vigente.

Objetivo do padrão gráfico

Os padrões sugerem um objetivo, isto é, um nível presumivelmente alcançável


pelos preços no movimento que se segue imediatamente ao padrão.

Importância do volume e dos contratos em aberto

O volume costuma diminuir durante os períodos iniciais do desenvolvimento do


padrão e aumentar nos momentos finais, ou seja, naqueles mais próximos à sua
definição.
O volume é tradicionalmente plotado como um histograma.
Se o mercado sobe com um volume muito alto, provavelmente os preços testarão
nova alta.
Quando o mercado sobe com um volume muito baixo, a alta provavelmente não
será sustentável, o que remete o analista técnico a buscar oportunidades de venda.
Muitos analistas técnicos incluem uma média móvel do volume no histograma,
visando estabelecer um parâmetro para avaliar, com menor subjetividade, se o
volume está alto ou baixo.
Padrões de continuidade ou consolidação

Segundo o princípio 6 de Dow, o mercado pode se desenvolver em movimentos


laterais que não invalidam a tendência principal vigente.
Um padrão de continuidade ou consolidação é uma área de congestão que
representa uma interrupção no movimento da tendência principal, em que os
preços, ao final da congestão, presumivelmente reassumirão a direção anterior à
interrupção.

 Padrões de continuidade

o Triângulos simétricos, ascendentes e descendentes: triângulos são


áreas de congestão. Os topos e fundos, ao se apresentarem em
amplitudes cada vez menores, convergem à direita.
 Triângulo simétrico: resulta do traçado de duas linhas de
tendência, uma de alta – LTA e a outra de baixa – LTB, que
convergem em um mesmo ângulo de inclinação. Resulta mais
frequentemente na continuação da tendência anterior.

 Triângulo ascendente: resultante de uma linha de tendência alta


– LTA e de uma linha horizontal de resistência. Presume-se
que os preços romperão o triângulo na direção ascendente.
 Triângulo descendente: traçado de uma linha de tendência
baixa – LTB e de uma linha horizontal de suporte. Aparece em
mercados de baixa. Presume-se que os preços romperão
triângulo na direção descendente.

o Flâmulas de alta e de baixa: As flâmulas são figuras gráficas


surgidas a partir de uma zona de congestão formada após um forte
movimento direcional. É um canal seguido de triangulo. Quando
aparecem em mercados de alta, assemelham-se a uma flâmula presa
ao mastro, daí seu nome. Numa flâmula, a congestão aparece na
forma de um triângulo normalmente inclinado contra a tendência e
seu rompimento ocorre na mesma direção em que os preços
percorreram para formação do mastro.

o Bandeiras de alta e de baixa: As bandeiras são figuras gráficas


surgidas a partir de uma zona de congestão formada após um forte
movimento direcional. Numa bandeira, a congestão aparece na forma
de um canal normalmente inclinado contra a tendência e seu
rompimento ocorre na mesma direção em que os preços percorreram
para formação do mastro.

o Retângulos de alta e de baixa: Os retângulos são formações laterais


em que os preços oscilam respeitando uma linha de suporte e outra de
resistência. Apesar de horizontais, nem sempre tais linhas se
apresentam perfeitamente paralelas entre si. Se apresentam,
frequentemente, como figuras de continuação, tanto de alta como de
baixa, mas também podem representar um padrão de reversão, tanto
em topos, quanto em fundos.

o Cunhas ascendentes e descendentes: As cunhas são formações que,


assim como os triângulos, são resultantes de duas linhas que
convergem em direção ao vértice. Entretanto, diferenciam-se dos
triângulos pelo fato de que suas linhas são inclinadas
simultaneamente na mesma direção. As definições de uma cunha
têm um sentido oposto à sua conotação. Cunha descendente ocorre
com rompimento para cima na tendencia de alta. A ascendente ocorre
com o rompimento pra baixo. A ideia tem conotação inversa. Ou seja,
como se tratam de figuras de continuação, numa tendência de alta, as
duas linhas serão descendentes e se presume que o rompimento
ocorrerá para cima, a favor da tendência anterior.

 Objetivos em padrões de continuidade: As figuras de continuidade são


padrões confiáveis, para projeções de medida. Esses objetivos são
geralmente definidos a partir da projeção no gráfico da altura da figura, a
partir de seu rompimento. Para triângulos e retângulos, essa altura se
constitui na maior distância aproximada entre os topos e fundos observada
durante sua formação. **Objetivo nos triângulos e retângulos = altura da
base. No caso das bandeiras e flâmulas, o objetivo = altura do mastro. O
gráfico a seguir exemplifica projeções de medida com um retângulo de
baixa, um triângulo simétrico e, se rompida, de uma possível bandeira de
baixa.
Nas cunhas, a definição de objetivo é mais específica. O objetivo é projetado a
partir da altura medida entre o ponto mais alto e seu vértice. Para cunhas
ascendentes e baixistas, essa medida é entre o seu ponto mais baixo e seu vértice.

 Padrões de reversão

Uma tendência está valendo até que haja sinais definitivos de reversão.
O primeiro sinal é o rompimento da linha por meio da confirmação de um pivô.
Entretanto, este primeiro sinal é muitas vezes precedido por formações gráficas

o Ombro-Cabeça-Ombro – OCO: mais confiável pelos analistas


técnicos. Ocorre quando o mercado se encontra em tendência de alta,
numa sequência de topos fundos ascendentes, até que o mercado falha
em alcançar o topo anterior e rompe para baixo a linha de suporte dos
últimos dois fundos, também conhecida como linha do pescoço. A
reversão da tendência se configura pela confirmação do pivô de baixa
no rompimento da linha do pescoço.
o Ombro-Cabeça-Ombro Invertido – OCO Invertido: diferencia-se
do OCO por ser um padrão de reversão altista.

o Topo duplo e fundo duplo: o topo duplo - após uma correção do


mercado, um novo topo alcança o mesmo nível do topo anterior e, na
sequência, o mercado rompe para baixo a linha de suporte
representada pelo fundo anterior.

Um movimento inverso ocorre no fundo duplo, que é um padrão de


reversão altista que se desenvolve ao final da tendência de baixa.
Padrões bastante confiáveis, mas com incidência não muito comum.
Se ocorrerem apenas dois topos ou dois fundos em um mesmo nível,
em curto intervalo de tempo e com uma correção superficial entre
eles, provavelmente se tratará apenas de uma consolidação, e tais
movimentos não se configurarão, portanto, nos padrões topo duplo ou
fundo duplo.

o Topo triplo e fundo triplo: topo triplo é um padrão de reversão


baixista que se desenvolve ao final de uma tendência de alta.
Um movimento inverso ocorre no fundo triplo, que é um padrão de
reversão altista que se desenvolve ao final da tendência de baixa.

 Objetivos em padrões de reversão: Nos topos e fundos, duplos e triplos,


essa altura é a distância aproximada entre os topos e fundos, observada
durante sua formação, sendo projetada a partir do ponto de rompimento da
figura. Em OCO e OCO INVER o objetivo é definido pela altura entre a
cabeça até a linha de rompimento do pescoço

Gaps e ilha de reversão

Gap é um movimento de salto ou queda nos preços comuns nos gráficos diários. É
importante distinguir o gap de corpo, em que somente os corpos dos candles estão
separados, dos gaps de sombra ou completos, aqueles que efetivamente formam
uma faixa de preço sem gaps geralmente traduzem os sentimentos de euforia ou
pânico dos investidores.

 Gap de área ou comum: gap de área ou comum é o mais comum. Sempre


incidente em áreas de congestão, como triângulos e retângulos.
 Gap de fuga ou de corte: gap de fuga, também conhecido como de corte,
ocorre em áreas de congestão de preços, assim como o gap da área.
Entretanto, sinaliza a conclusão da formação, por meio de um movimento
que leva os preços para fora da área de congestão.
 Gap de medida ou de continuação: gap de medida ou de continuação se
diferencia do gap de fuga por se localizar em tendências já vigentes,
confirmando assim a força do movimento de preços. É possível a definição
de objetivos com o aparecimento de um gap de medida, por meio da
projeção, a partir da ocorrência do gap, da amplitude gráfica do movimento
que o antecedeu.
 Gap exaustão: gap de exaustão evidencia o enfraquecimento da tendência,
sinalizando seu fim.
 Ilha de reversão: É uma pequena área de congestão separada por dois gaps,
sendo um de exaustão e outro de fuga. Ocorre quando, após um gap de
exaustão, os preços entram numa pequena consolidação e revertem
bruscamente, saltando novamente a zona sem negociação no sentido
contrário, por meio de um gap de fuga.

Teoria das Ondas de Elliott


 Princípio das ondas de Elliott: Elliott compara o ciclo das marés e o ritmo
das ondas à flutuação de preços no mercado de ações. Elliott defende que
todas as atividades humanas são regidas sob a égide de três aspectos
distintos: o padrão, a proporção e o tempo.
 O padrão das ondas: abrange cinco ondas de avanço a favor da tendência
principal, seguidas por três ondas de declínio, corrigindo a tendência
principal. Ciclo completo = oito ondas (12345 abc)

 Tendência principal de alta e Tendência principal de baixa: as cinco


ondas de avanço na tendência principal são denominadas de onda 1 a onda
5. As ondas 1, 3 e 5 são de impulso, enquanto que as ondas 2 e 4 são de
correção. As três ondas de declínio, ou de correção da tendência. As ondas
“a” e “c” impulsionam a correção da tendência principal, enquanto que a
onda “b” corrige.

A extensão de cada onda, ou comprimento, é medida em preço ou pontos,


por meio da distância vertical, ou amplitude, entre os níveis que demarcam o
início e o final da onda.

 Regras básicas de padrão de ondas:


o A onda 2 nunca retrocede 100% ou mais da onda 1.
o A extensão da 3 onda jamais poderá ser a menor dentre as ondas 1 e
5.
o Isto é, a onda 3 não poderá ser a mais curta quando comparada às
ondas 1 e 5, sendo frequentemente a mais extensa delas. Quando a
onda 3 for menor que a onda 1 e a onda 5, a contagem deverá ser
reiniciada.
o A onda 4 não alcança o nível de preços da onda 1 (o fundo da onda 4
não poderá ultrapassar o topo da onda 1). Entretanto, deve-se
considerar somente a base de fechamento dos preços para aplicação
desta regra.

 A proporção das ondas: A base matemática da teoria das ondas de Elliott


foi extraída do livro “Liber Abaci”, ou Livro do Ábaco. Seu autor, o
matemático Leonardo Fibonacci, “partindo-se de um casal de coelhos
colocados dentro de uma área fechada, quantos pares de coelhos teremos em
um ano, sabendo-se que cada par gera um novo par a cada mês, a partir do
segundo mês?” 1, 1, 2, 3, 5, 8, 12, 21, 34, 55, 89, 144... e assim por diante.
Após os quatro primeiros números, o resultado da divisão entre os números
consecutivos da sequência se aproxima de 1,618, ou de seu inverso, 0,618.
A divisão entre números alternados da sequência se aproxima de 2,618, ou
de seu inverso, 0,382. Quanto mais alto, mais se aproxima de 1,618 (número
Phi, ou razão dourada). Elliott foi pioneiro na aplicação da sequência de
Fibonacci no mercado financeiro. As razões de Fibonacci também se
manifestam na relação entre as ondas, sendo frequentemente observadas
razões de 2,618, 1,618, 1, 0,618, 0,382, o que permite ao analista técnico
projetar objetivos de preço que sejam compatíveis com tais relações. Vamos
a um exemplo:

Onda 2 = subida de 61% do início da onda 1


Onda 3 = subida de 161% do início da mesma onda 1

 Influência de Dow sobre Elliott: A fase inicial de um ciclo de alta,


denominado por Dow como fase de acumulação, diz respeito à formação das
ondas 1 e 2 de Elliot. A fase de alta sensível, que Dow considera a mais
duradoura, reflete a onda 3, que também é vista por Elliott como a provável
onda mais extensa do ciclo. O final de movimento de alta é caracterizado
pela fase de euforia, que guarda forte correspondência com o
comportamento dos preços durante a onda 5 de Elliott. O comportamento
dos preços no gráfico a seguir pode ser interpretado em face da relação entre
Fibonacci, Dow e Elliott.

 O tempo das ondas: Elliott concebeu o ciclo do tempo com flutuações


muito extensas, entre 4 e 40 anos, para a ocorrência de mudanças
importantes no comportamento dos preços. O tempo é considerado pelos
estudiosos de Elliott como o menos importante dos três aspectos que
envolvem sua teoria.

Padrões candlestick
Munehisa Homma
Os padrões candlesticks foram difundidos no Ocidente no início dos anos 80 por
Steve Nison, um operador do mercado de ações em Wall Street.
A própria denominação de candlesticks ou “candelabros”, alusiva a um conjunto de
candles ou de “velas”, é inspirada pelo formato desses objetos, semelhante ao que
os preços são dispostos no gráfico.

 Nomenclatura: necessita de preços mínimo, máximo, de abertura e de


fechamento para que seja traçada uma “vela”. Um candle evidencia os
preços de abertura e fechamento por meio da interligação entre eles, que
forma um “corpo” usualmente retangular. Preços máximos e mínimos são
“sombras”, Se o preço de fechamento do período foi superior ao da abertura,
o candle terá um corpo representado na cor branca. Caso o preço de
fechamento tenha sido inferior ao da abertura, a cor do candle será preta.
Essa convenção se origina da tradição religiosa oriental Yin-yang. Apesar de
ter as mesmas informações de um gráfico de barras, é possível extrair de um
gráfico de candles uma amplitude maior de significados. Permite a
identificação de padrões de continuação e reversão dos movimentos, tanto
por meio do surgimento de um único candle, quanto a partir de combinações
entre eles.

Figuras básicas

Figuras pode representar padrões de continuidade ou de reversão do movimento


em curso.

 Dia Longo ou Long Day demonstra um período com grande amplitude de


preços, com grande variação desde a abertura até o fechamento.

 Dia Curto ou Short Day é um período sem grande movimentação

 Marubozu: Praticamente inexistem sombras, o que denota completo


domínio dos compradores ou dos vendedores.
 A Estrela, ou Star é um candle de corpo pequeno, similar ao Dias Curtos,
mas em gap com um candle de corpo grande, como o Dias Longos. O gap
deve ser de corpo e as sombras, quando existentes, devem ser curtas.

 Spinning Top demonstra grande oscilação de preços, evidenciada pela


grande amplitude entre os preços máximo e mínimo, mas com prevalência
de relativo equilíbrio face a pouca variação entre os preços de abertura e
fechamento.

 Os Dojis: abertura e fechamento iguais ou muito próximos. O Doji Estrela


(1) tem ambas as sombras com mesma altura. O Doji Libélula (2), ou
Dragonfly, tem sombra superior menor ou inexistente. o Doji Tumba (3),
ou Gravestone, tem sombra inferior menor ou inexistente.

Padrões de reversão

O aparecimento de um desses padrões no gráfico sinaliza apenas uma mudança na


direção do último movimento de preços. Tais padrões não significam
necessariamente que uma reversão de tendência irá ocorrer, podendo apenas
servirem de alerta que uma correção é iminente e que, em seguida, os preços
poderão voltar a se movimentar na direção anterior.
 Padrões de reversão altistas
o Martelo ou Hamme: um único candle, com corpo pequeno e uma
sombra inferior de pelo menos duas vezes o tamanho do corpo. É uma
das figuras de reversão mais confiáveis e, quanto maior o tamanho da
sombra inferior em relação ao do corpo, mais significante é o seu
sinal. Para ser caracterizada como Martelo, a figura deve aparecer ao
final de movimentos de baixa. Caso uma figura com o mesmo
formato surja após um movimento de alta, ou mesmo durante uma
congestão, ela não deve ser definida como Martelo.

o Martelo Invertido ou Inverted Hammer: se diferencia do Martelo


comum apenas por aparentar estar com a cabeça para baixo. Não tem
tanta confiabilidade quanto o Martelo comum, mas seu sinal de
reversão se torna mais relevante à medida que sua sombra, ao se
tornar mais pronunciada, penetra com maior profundidade o candle
anterior.

o Engolfo de Alta, ou Bullish Engulfing: é formado por dois candles


sucessivos, com sombras relativamente pequenas, sendo que o corpo
do segundo envolve completamente o corpo do primeiro. É
necessário que o corpo do primeiro candle seja escuro e menor que o
corpo obrigatoriamente claro do segundo.

o Linha Penetrante, também conhecido como Linha de Perfuração, ou


Piercing Line Patern, assim como o Engolfo de Alta, por dois candles
consecutivos, sendo o primeiro de corpo escuro e o segundo de corpo
claro. O segundo candle abra abaixo do último fechamento e feche
percorrendo pelo menos a metade do corpo do candle anterior, mas
sem envolvê-lo completamente.

o Harami de Alta ou de Fundo também conhecido como Mulher


Grávida de Alta ou de Fundo, ou Bullish Harami, dois candles
sucessivos, sendo o primeiro com um longo corpo de baixa e o
segundo com um pequeno corpo de alta. É necessário que o corpo do
segundo seja menor e abrangido completamente pelo corpo do
primeiro, daí a alusão a um bebê na barriga da mãe.

o Bebê Abandonado e Alta ou de Fundo, ou Bullish Abandoned


Baby, muito raro e de grande relevância. Formado por três candles,
sendo que o segundo está em gap não só de corpo, mas também de
sombras, com os candles anterior e posterior. O segundo candle,
similar ao de uma Estrela fica completamente isolado dos demais. Se
pelo menos um dos gaps da formação não for de sombras, mas apenas
de corpo, o padrão se caracteriza com uma Estrela e, ao surgir em
movimentos de baixa, recebe a denominação altista de Estrela da
Manhã ou Morning Star.

 Padrões de reversão baixistas

o Estrela Cadente, ou Shooting Star, um único candle, com corpo


pequeno e uma sombra superior de pelo menos duas vezes o tamanho
do corpo. Com forma semelhante ao Martelo Invertido, diferencia-se
deste por obrigatoriamente se situar após uma tendência de alta. É um
dos padrões de reversão baixista mais confiáveis e quanto maior o
tamanho da sombra superior em relação ao do corpo, mais relevante é
o seu sinal.

o Enforcado, ou Hanging Man, é uma figura formada por um único


candle, com sombra superior de pelo menos duas vezes o tamanho do
seu corpo. A mesma forma do padrão Martelo, mas, ao contrário
deste, constitui-se em padrão de reversão baixista. Não tem tanta
confiabilidade quanto a Estrela Cadente, mas o seu sinal de reversão
se torna mais relevante à medida que sua sombra penetra com maior
profundidade o candle anterior.
o Engolfo de Baixa, ou Bearish Engulfing, corpo do segundo envolve
completamente o corpo do primeiro. É necessário que o corpo do
primeiro candle seja claro e menor que o corpo indispensavelmente
escuro do segundo.

o Nuvem Negra ou Dark Cloud Cover: É necessário que o segundo


candle abra acima do último fechamento e feche percorrendo pelo
menos a metade do corpo do candle anterior, mas sem envolvê-lo
completamente.

o Harami de Baixa ou de Topo, também conhecido como Mulher


Grávida de Baixa ou de Topo, ou Bullish Harami, é formado por dois
candles sucessivos, sendo o primeiro com um longo corpo de alta e o
segundo com pequeno corpo de baixa. É necessário que o corpo do
segundo seja menor e abrangido completamente pelo corpo do
primeiro, daí a referência a uma gravidez.

o Bebê Abandonado de Baixa ou de Topo, ou Bearish Abandoned


Baby, assim como seu congênere altista, é um sinal de reversão
incomum e de grande importância. Formado por três candles, sendo
que o segundo está em gap não só de corpo, mas também de sombras,
com os candles anterior e posterior. Se pelo menos um dos gaps da
formação não for de sombras, mas apenas de corpo, o padrão se
caracterizará com uma Estrela e, surgindo após movimentos de alta,
recebe a denominação baixista de Estrela da Tarde ou Evening Star.
Padrões de continuação

Sinalizam a continuação de um movimento direcional

 Padrões de continuação altistas


o Método de Alta em Três, também conhecido como Três Métodos de
Alta, ou Rising Three Methods, é um padrão de cinco candles, sendo
o primeiro claro e de corpo grande. É seguido por três candles escuros
e de corpo pequeno e finalizado por um candle de corpo claro,
suficientemente longo para fechar acima do corpo do primeiro.

o Gap de Alta Tasuki ou Upside Tasuki Gap é composto três


candles, os dois primeiros de corpo claro separados em gap e o
terceiro de corpo escuro, mas não suficientemente lono para fechar o
gap.

o Padrão Linhas Brancas Lado a Lado de Alta ou Bullish Side-By-


Side White Lines três candles de alta, sendo que o segundo se separa
em gap do primeiro e o terceiro tem uma forma semelhante à do
segundo.

 Padrões de continuação baixistas

o O Método de Baixa em Três, ou Métodos de Queda, ou Falling


Three Methods, é um padrão de cinco candles, primeiro de baixa e de
corpo grande, seguido por três candles claros e de corpo pequeno e
finalizado por um candle de corpo escuro, suficientemente longo para
fechar abaixo do corpo do primeiro.

o Gap de Baixa Tasuki ou Downside Tasuki Gap composto por três


candles, sendo os dois primeiros de corpo escuro separados em gap e
o terceiro de corpo claro, mas não suficientemente longo para fechar
o gap.

o O Padrão Linhas Brancas Lado a Lado de Baixa, ou Bearish Side-


By-Side White Lines, um candle de baixa e dois candles de alta,
segundo se separa em gap do primeiro e o terceiro tem uma forma
semelhante à do segundo. Quanto maior a semelhança entre o
segundo e o terceiro candles, mais reforçado é o seu sinal de
continuidade.

 RESUMO: Alguns dos principais padrões com combinações de candles,


tanto de reversão como de continuidade, dentre os acima apresentados,
podem ser identificados a partir do seguinte gráfico:
Importância e psicologia dos candlesticks

É fundamental interpretar o comportamento denotado pelos candles, ou seja, os


fatores psicológicos que resultam em sua formação.
 Candles com sombras inferiores pronunciadas, surgidos após movimentos
de baixa, denotam acumulação, ou seja, a abertura de posições compradas
por parte de investidores que apostam numa reversão próxima da tendência
vigente. O inverso é válido no caso de candles com sombras superiores
significativas em movimentos de alta.
 Candles com corpos de tamanhos inferiores em relação ao contexto indicam
o equilíbrio entre as forças compradoras e vendedoras ou, simplesmente,
desinteresse momentâneo de ambos. Uma sucessão de candles com corpos
cada vez menores denota enfraquecimento do movimento direcional.
 O surgimento de candle de corpo significativamente longo, como o
Marubozu ou o Dia Longo, após períodos de indefinição, ou de baixa
volatilidade, sinaliza a provável direção da tendência futura.
 O surgimento de um candle de corpos longos na direção contrária à da
tendência sinaliza força na direção do seu fechamento. Ou seja, o
aparecimento de um candle de alta e com corpo longo no decorrer de uma
baixa denota o ressurgimento da força compradora, o que pode ensejar em
um relativamente longo movimento direcional de alta.
 Por outro lado, o surgimento de um candle de corpo comparativamente
longo, em relação e na mesma direção dos anteriores, pode sinalizar uma
exaustão da tendência vigente.

Indicadores e Riscos
Visam auxiliar a identificação de tendências e a mensuração da força de mercado.
Os indicadores são classificados em rastreadores e osciladores.

 Rastreadores: Seguem o comportamento dos preços, são considerados


atrasados, notadamente em reversões de tendências. Servem como
ferramentas de confirmação, mas de pouca serventia quando os preços
estão andando de lado.

o Médias móveis: é um indicador que reflete o comportamento das


médias de preços se deslocando no tempo. Extraída dos seus preços
de fechamento,
 MM Aritmética e Exponencial: A Exponencial atribui peso
maior aos períodos mais recentes.
As MM identificam, com maior facilidade, a direção da tendência em
curso. Uma inclinação ascendente da linha de uma média móvel indica uma
tendência de alta, enquanto que uma inclinação descendente sinaliza uma
tendência de baixa. Ocorre que, como se trata de um rastreador, as MMs
reagem de forma defasada às mudanças na direção dos preços,
Então reduzir o período da MM, torna o indicador menos suscetível a
esses atrasos. Por outro lado, tal opção por MMs com menores períodos, ou
mais rápidas, pode resultar em frequentes e irrelevantes mudanças de
direção, o que fornece falsos sinais de reversão de tendência.

 Cruzamentos de médias: em tendências de alta, os preços


predominantemente se situam acima das MMs. em tendências
de baixa, tendem a permanecer abaixo delas. A dinâmica de
comprar em cruzamentos de baixo para cima e vender em
cruzamentos de cima para baixo é muito comum na Análise
Técnica. Nesse caso específico, dá-se o nome de Cruzamento
Média x Preço que consiste em comprar quando os preços
cruzam a MM de baixo para cima e vender quando os preços
cruzam as MM de cima para baixo. Regra de cruzamento
Média x Média é mais confiável do que o cruzamento média x
preço ao se utilizar uma média lenta e outra rápida.

 Bandas de bollinger: são constituídas por três linhas, sendo a principal uma
Média Móvel Aritmética de 20 períodos – MMA20. Partindo dessa linha
principal, são estabelecidas as outras duas linhas, que formam uma banda
superior e outra inferior, ambas situadas a uma distância respectiva de mais
e menos 2 desvios- padrão – DP da MMA20. As definições de 20 períodos
para a MM e da distância de 2 DP para as bandas são sugestões do autor,
que se amparam, respectivamente, na quantidade média de dias úteis em um
mês e na abrangência estatística de 95% do conjunto de preços. A MM 20
diz respeito ao número de dias úteis no mês e o Desvio Padrão de 2 para a
banda inferior e superior, significa o nível de significancia de 95%. As BBs
pertencem a uma família de indicadores denominada Envelopes, cujos
integrantes têm como característica comum a utilização de bandas móveis
definidas a partir de uma Média Móvel – MM. Apenas as BBs utilizam o
desvio-padrão – DP como medida de cálculo, enquanto que os demais
integrantes utilizam bandas que se movem em percentuais fixos a partir de
uma MM. Tal diferenciação é que torna as BBs um dos indicadores mais
utilizados pelos analistas técnicos, pois, como o desvio-padrão – DP é uma
medida de dispersão, quanto maior a variância dos dados, ou mais
especificamente, quanto maior a volatilidade dos preços, mais larga a banda.
Como o DP mede a volatilidade, pode-se concluir que as bandas de
Bollinger, que estão situadas a 2 DP da MMA20, se afastam da MMA20
quando a volatilidade aumenta e se aproximam da MMA20 quando a
volatilidade diminui. O sinal de reversão do movimento em curso ocorre
quando os preços passam a se comportar fora das bandas. Destaque para os
sinais de compra e de venda resultantes dos cruzamentos Média x Média,
especificamente da MMA50 x MMA20. Essa última coincidente com a
linha principal da BB, assim como para falsos sinais gerados a partir dos
cruzamentos Média x Preço.

 Osciladores: Quando o mercado caminha sem uma direção definida, entram


em cena os indicadores classificados como osciladores. Os osciladores
foram concebidos para funcionar bem quando o mercado está em tendência
lateral. Para isso, eles foram construídos de forma a obedecer a limites
preestabelecidos, como entre 0 e 100%, ou entre - 1 e +1. Eles também são
úteis em mercados com tendência definida, tanto na geração de sinais de
compra e venda, como no alerta em relação ao enfraquecimento ou final da
tendência em curso.

o Sobrecompra e sobrevenda: As regiões de sobrecompra e


sobrevenda são níveis de preços próximos, respectivamente, aos
limites superiores e inferiores dos osciladores. Os níveis de
sobrecompra e sobrevenda são demarcados por linhas horizontais e
podem ser calibrados de forma que o oscilador permaneça em tais
regiões por um relativamente breve lapso de tempo. Entretanto,
quando em movimentos direcionais, ou seja, em tendências de alta ou
de baixa definidas, um oscilador pode permanecer sobrecomprado ou
sobrevendido durante períodos mais duradouros e gerar sinais
inconsistentes de compra e venda.

Veja quais são os mais utilizados.


o Momento: é um dos indicadores mais versáteis da análise técnica,
pois funciona não só como oscilador, ao evidenciar regiões de
sobrecompra e sobrevenda, mas também como rastreador, ao mostrar
a direção da tendência em curso. Simples, consiste em subtrair do
preço de fechamento atual o preço de fechamento de n dias atrás. O
resultado, positivo ou negativo, é plotado em forma de uma linha em
torno de um eixo horizontal de valor zero.
Fórmula de cálculo do MOMENTO: Preço - Preço de n dias atrás.

Rate of Changes é essencialmente igual ao Momento, alterando


apenas sua forma de representação, em que o eixo zero é substituído
por 100, tão somente a fim de evitar notações em números negativos.
ROC analisa a diferença percentual, o Momento a diferença
nominal. O Momento possui uma série de propriedades que o torna
um dos indicadores preferidos dos analistas técnicos. Tem a
capacidade de medir a velocidade de um movimento direcional.
Quanto mais rápido for um movimento de alta, maior será a
progressão do indicador e mais inclinada para cima será sua linha. À
medida que o mercado vai se aproximando do topo, os preços de
fechamento vão ficando cada vez menos distantes uns dos outros, o
que remete a linha do Momento a se nivelar ou até mesmo a se
inclinar na direção contrária ao movimento de preços, sinalizando
uma desaceleração da tendência em curso. Em suma, o MOMENTO
mede a aceleração dos movimentos de preço. Quando o mercado de
alta está próximo a um topo, a direção do indicador deixa de
acompanhar a dos preços, podendo nivelar ou até mesmo apontar para
baixo antes da queda dos preços. No caso de movimentos de baixa, o
raciocínio inverso é válido. Sua aplicabilidade consiste em não iniciar
operações contrárias à direção do indicador. A fim de minimizar a
ocorrência de falsos sinais, os analistas calibram o n, isto é, o número
de dias do indicador, aumentando-o no caso de frequência excessiva
de cruzamentos.

o Estocástico: Sua concepção se ampara na constatação de que, quando


em movimentos de alta, o preço de fechamento tende a ser mais
próximo do preço máximo. Ele foi desenvolvido para oscilar entre o
intervalo de 0 a 100, em que são traçadas duas linhas laterais nos
níveis 80 e 20, ou 70 e 30, a depender da opção do analista, a fim de
delimitar, respectivamente, as regiões de sobrecompra ou sobrevenda.
A dinâmica do Estocástico se utiliza de duas linhas, denominadas %K
e %D, para demonstrar a posição do preço em relação à máxima e à
mínima de determinado período. A linha %K é calculada de forma a
tender a 100 quando os fechamentos se aproximam da máxima e a
zero quando se aproximam da mínima, enquanto que a linha %D é
uma média móvel aritmética de 3 períodos de %K. Outra regra
operacional que se mostra útil é não comprar quando o Estocástico
estiver na região de sobrecompra e não vender quando ele estiver na
região de sobrevenda. A figura abaixo que mostra os sinais de compra
e venda:

O Momento está calibrado de forma a delimitar as regiões de sobrecompra e


sobrevenda a partir dos primeiros topos e fundos abrangidos pelo gráfico, enquanto
que o Estocástico está delimitando tais regiões a partir dos seus níveis 80 e 20.

o Índice de força relativa – IFR :juntamente com as Médias Móveis,


o indicador mais utilizado pelos analistas técnicos. Diferentemente
das MMs, o IFR tem a propriedade de ser um indicador antecedente
ou coincidente, mas nunca atrasado. Ele representa, em termos
percentuais, o valor médio das variações de alta do fechamento em
relação ao somatório do valor médio das variações de alta e de baixa
do fechamento. IFR = 100-(100/(1+ Valor médio das variações de
alta / Valor médio das variações de baixa)) O valor dá entre 0 e 100.
Entre 70 e100 = força compradora Entre 30 e 0 = Força vendedora.
IFR resulta da divisão entre as médias de variações dos períodos que
fecharam em alta pelas médias das variações dos períodos que
fecharam em baixa.

o Moving average convergence divergence – MACD: denominado


Convergência Divergência de Média Móvel, ou Moving Average
Convergence Divergence, ou simplesmente MACD, concebido a
partir da técnica de cruzamento de médias móveis. Foi observado
que, quando duas médias móveis – MMs se movem de forma
convergente, a diferença entre elas vai diminuindo, até chegar a zero
no ponto exato de seu cruzamento. Gerald Appel, denominou como
linha MACD o resultado da combinação entre duas médias móveis
exponenciais de 12 e 26 períodos, ou seja, a linha MACD é igual à
diferença entre as MME12 e MME26. A fim de possibilitar os
cruzamentos, Appel definiu uma linha mais lenta, que consiste na
média móvel exponencial de 9 períodos – MME9 – da linha MACD,
denominando-a linha Sinal. Obedecendo à dinâmica-padrão dos
cruzamentos na análise técnica, um sinal de compra ocorre quando a
linha mais rápida, no caso a MACD, cruza a linha Sinal, mais lenta,
de baixo para cima. Por sua vez, um sinal de venda ocorre quando a
linha MACD cruza a linha Sinal de cima para baixo. Se a linha
MACD estiver abaixo da linha Sinal, a diferença será negativa e o
histograma apresentará uma barra vertical colocada abaixo do eixo
zero. Por outro lado, se a linha MACD estiver acima da linha sinal, a
diferença será positiva e a barra será colocada acima do eixo zero. Se
a inclinação se torna ascendente, uma compra é sinalizada, pois os
compradores passaram a ser dominantes. O sinais antecipados
ocorrem com a mudança da inclinação do Histograma.

o Divergências sinalizam o enfraquecimento ou possível reversão de


tendências principais em curso. Elas acontecem quando o
comportamento dos indicadores não acompanha o comportamento do
gráfico de preços, podendo ser de naturezas altista ou baixista e,
cumulativamente, ser classificadas por intensidades forte, média e
fraca.

Uma Divergência de alta é considerada forte quando os preços


formam um fundo inferior ao anterior, enquanto que o indicador
forma um fundo superior ao anterior.

Por sua vez, uma Divergência de baixa é forte quando os preços


formam um topo superior ao anterior, enquanto que o indicador forma
um novo topo inferior ao anterior.
Uma Divergência de alta é classificada como média quando os
preços formam fundos duplos ou triplos, enquanto que os indicadores
formam um fundo superior ao anterior.

Já uma Divergência de baixa é média quando os preços formam


topos duplos ou triplos, enquanto que o indicador forma um topo
inferior ao anterior.

Uma Divergência de alta é considerada fraca quando os preços


formam o fundo inferior ao anterior, enquanto que o indicador forma
um fundo duplo ou triplo.
Por sua vez, uma Divergência de baixa é fraca quando os preços
formam um topo superior ao anterior, enquanto que o indicador forma
um topo duplo ou triplo.

No gráfico abaixo, vemos a importância dos sinais antecipados de compra e de


venda gerados pelo Histograma MACD, pois entre as linhas verticais pontilhadas
estão evidenciadas as diferenças no timing entre os sinais do Histograma e do
Cruzamento das MMs.

 On balance volume – OBV principal indicador baseado no volume. O


objetivo de evidenciar se o ativo está em acumulação ou em distribuição,
por meio do princípio de que o volume precede os preços. Consiste em
estabelecer aleatoriamente um marco inicial e, a partir daí, acrescentar o
volume ao indicador nos períodos em que os preços fecharem em alta, e
diminuir o volume do indicador nos períodos em que os preços fecharem em
baixa. O comportamento esperado do OBV é que ele permaneça inclinado
para cima em tendências de alta e para baixo em tendências de baixa. A
mensagem do OBV frequentemente chega antes dos preços. É um farol
numa estrada escura. Tal analogia se justifica, pois é comum os preços se
desenvolverem em áreas de congestão, sem tendência definida, enquanto
que o indicador segue apontando para a direção mais provável que os preços
sigam ao final da congestão.
Granville desenvolveu um outro indicador, derivado do OBV, denominado
Clímax. Ele é calculado verificando se cada ação fechou em alta ou em
baixa, e se o OBV está acumulando ou distribuindo. Se uma ação fechou em
alta e o OBV acumulou, a pontuação atribuída a ela é +1. Se uma ação
fechou em alta ou em baixa e o OBV permaneceu neutro, sua pontuação é
zero. No caso de uma ação ter fechado em baixa e o OBV ter distribuído, a
pontuação atribuída é -1. O Clímax nada mais é que o somatório da
pontuação do conjunto das ações verificadas.

Gerenciamento de Risco

 Fundamentos de risco e retorno: Perdas são inerentes ao processo de


investir em ativos de risco, sendo sua incidência positivamente
correlacionada com o número de operações realizadas. A fim de recuperar
uma perda de 50%, é necessário um ganho de 100%. A maioria dos analistas
considera a relação Retorno x Risco de 3 x 1 como a ideal. Ela significa que,
para cada $ 3,00 de objetivo buscado de ganho, a perda deverá ser limitada a
$ 1,00. Isto é, para cada $ 3,00 de retorno potencial, haverá $ 1,00 de risco
envolvido. Ou seja, mesmo com uma taxa de erros de 70%, o resultado do
conjunto de operações será positivo, caso observada uma relação Retorno x
Risco de 3 x 1.
Por outro lado, é visto empiricamente que, quanto maior é a relação Retorno
x Risco exigida, menor costuma ser o nível de acerto das operações, já que é
maior a distância que os preços têm que percorrer para o atingimento dos
objetivos. Diante de tal evidência, analistas mais confiantes apostam que o
efeito positivo de uma menor relação Retorno x Risco sobre a taxa de acerto
irá resultar em um aumento expressivo de ganhos. O quadro abaixo
demonstra o expressivo resultado advindo de uma taxa de acerto de 70% em
uma relação 1,5 x 1, permitindo sua comparação com os demais exemplos
anteriormente apresentados.

Veja que a opção de reduzir a relação Retorno x Risco é menos


conservadora, pois implica em uma maior dependência do analista em sua
taxa de acerto. No caso da relação 3 x 1, o ponto de equilíbrio, isto é, o
resultado igual a zero, seria obtido por meio de uma taxa de acerto de 25%,
enquanto que na relação 1,5 x 1 o mesmo resultado só seria alcançado com
uma taxa de acerto de 40%.

É fundamental, portanto, saber não apenas quando e como iniciar operações,


mas também como e quando encerrá-las.

 Stop gain: é o nível predefinido de preços que, ao ser alcançado, confirma a


expectativa de ganhos do analista e o enseja a sair da operação. A definição
sobre quanto deve ser o objetivo pode variar em função de diversos fatores,
inclusive de aspectos subjetivos inerentes à personalidade de cada analista.
Três principais determinantes que normalmente influenciam tal decisão: A
tendência vigente - mercados com direção definida permitem objetivos
mais elásticos. Em mercados sem tendência, preços costumam obedecer
determinadas amplitudes. A volatilidade do ativo – Ativos mais voláteis,
podem atingir objetivos de ganho mais distantes em menores períodos de
tempo, já ativos menos voláteis tal expectativa normalmente não se
confirma. O horizonte de tempo - expectativas de retorno dos analistas que
operam visando prazos mais curtos tendem a ser menores que aquelas
alimentadas pelos que operam em prazos mais longos.
o As principais ferramentas utilizadas pelos analistas técnicos na
definição dos objetivos são:
 O uso de suportes e resistências: É muito comum a definição
de níveis de resistências como alvos para posições compradas e
de níveis de suportes para posições vendidas.
 A projeção de dimensões das figuras gráficas de
continuidade e reversão, além dos gaps: Por meio delas, é
possível definir o objetivo projetando graficamente a altura da
figura a partir do seu rompimento. No caso dos gaps de
medida, é possível estabelecer o alvo por meio da projeção, a
partir do seu surgimento, da extensão do movimento que o
antecedeu.
 A utilização dos padrões das ondas de Elliott e das razões de
Fibonacci: É possível projetar, a partir do comprimento das
ondas, objetivos compatíveis com suas regras básicas. As
retrações de Fibonacci são muito utilizadas na definição de
alvos em movimentos de correção da tendência principal.
Quanto às extensões de Fibonacci, elas são muito úteis na
definição de objetivos de ganhos para movimentos de
expansão, notadamente em contextos de topos e fundos
históricos.

 Stop loss: é considerada por muitos como o procedimento mais importante


da análise de Retorno x Risco. Ter consciência da importância do uso
sistemático do Stop Loss conduz o analista à disciplina. Jamais se inicia uma
operação sem ter um Stop Loss. A análise técnica disponibiliza ferramental
auxiliar amplamente utilizado:
o I. posicionar o Stop Loss em um nível relativamente pouco abaixo da
mínima, do último candle
o II. definição do Stop Loss para posições compradas em nível logo
abaixo da região onde ocorreu o último suporte.

Ativos com baixa liquidez e com grande incidência de gaps, é possível uma ordem
Stop Loss ser “saltada” ou “furada”, o que significa que a ordem, apesar de ter sido
disparada, ficou impossibilitada de ser executada por inexistência momentânea de
contraparte.
Também há ocasiões em que os preços se deslocam o suficiente a executar a
ordem, para logo depois retornarem aos níveis anteriores, ocorrências vistas como
extremamente desagradáveis e apelidadas de “violinos”.

 Stop móvel: quando os preços estão em movimentos a favor da operação e


da tendência em curso, o Stop Loss muitas vezes deve ser movido para
cima, no caso de posições compradas, e para baixo, no caso de posições
vendidas. Por exemplo, no caso de uma compra, em que o percentual
admitido de perda máxima tenha sido definido inicialmente em 5% do preço
inicial, a cada ocorrência de novo topo o analista desloca o Stop Loss para
um nível correspondente a 5% abaixo do novo preço máximo.O Stop Móvel
pode ser deslocado com a ajuda de indicadores especificamente
desenvolvidos ou adaptados para essa finalidade. Um dos pioneiros é o
HiLo Activator, que consiste numa visualização adaptada de duas médias
móveis simples MMS, sendo uma calculada sobre os preços máximos –
MMS Max – e a outra a partir dos preços mínimos – MMS Min. Quando os
preços estão em alta e se comportando acima da MMS Max, é mostrada
apenas a MMS Min que, quando rompida para baixo, sugere o encerramento
de uma operação comprada. Por outro lado, se os preços estão em baixa, é
mostrada apenas a MMS Max que, caso rompida, sugere o encerramento de
uma posição vendida. O SAR Parabólico foi programado para movimentar
o Stop não apenas em função do preço, mas também em função do tempo, já
que se desloca a cada período sempre na direção da tendência vigente. O
gráfico a seguir evidencia os benefícios de uma estratégia de maximização
de ganhos com a utilização de Stop Móvel. Nele se encontra exemplificada
uma operação de compra amparada em uma relação Retorno x Risco de 3,2
x 1. Foi iniciada no fechamento do candle de confirmação de um Pivô de
Alta em $ 38,88. Seu Stop Loss foi definido inicialmente em $ 37,51, nível
um pouco abaixo da mínima do candle anterior, enquanto que o objetivo de
ganho foi estabelecido em $ 43,28, correspondente à resistência
representada pelo último Topo Duplo.

O comportamento favorável dos preços permitiu a movimentação do Stop


conforme delimitação do SAR Parabólico. Como resultado, a operação foi
encerrada com o disparo da ordem Stop Móvel por $ 44,25, preço de venda
que resultou em ganho superior ao objetivo previamente definido.
Estratégias e Trading Systems

 Estratégia Seguidora de Tendência: é a estratégia de menor risco, consiste


na abertura de posições sempre a favor da tendência principal. Teoria de
Dow, de que “a tendência é a melhor amiga do analista técnico”. A entrada
geralmente é atrasada, pois, quando esta acontece, a tendência já está em
curso. Assim também procede com a saída, pois, quando esta ocorre, é
porque a tendência já reverteu. Há redução da lucratividade. “o melhor do
peixe não inclui a cabeça e o rabo”.

 Estratégia Contra a Tendência consistem em tentativas de acertar o início


ou o final de uma tendência, operando reversões nos níveis de suportes e de
resistências. É mais arriscada e pode gerar retornos adicionais consideráveis
em horizontes de curto prazo. Stop Loss mais curtos. Costuma apresentar
melhores resultados quando os mercados estão em tendência lateral, pois os
suportes e as resistências estão mais resilientes.

 Estratégias de Longo, Médio, Curto e Curtíssimo Prazos

o Position: seguidora de tendencia e dura meses ou anos. Os adeptos


dessa estratégia costumam usar a periodicidade gráfica semanal para
análise e a periodicidade diária para abertura e fechamento de
posições.
o Swing: prática de operar os impulsos e as correções, isto é, os
movimentos sucessivos de alta e de baixa, geralmente a favor, mas
também muitas vezes contra a tendência principal. Periodicidade:
diária, periodicidade entre 15 e 120 minutos para entrada e saída das
operações.
o Daytrade: Requer alto nível de especialização. Compra e venda no
mesmo dia. Periodicidades gráficas de 1 a 30 minutos.
o Scalper-trade: grande quantidade de operações de compra e venda,
cujas posições são abertas e encerradas em intervalos que podem
corresponder a uma fração de segundo.

 Combinação de Diversas Técnicas: utilização combinada de gráfico de


preços com gráficos dos indicadores. Pode produzir sinais contraditórios
entre si e, eventualmente, divergir do gráfico de preços. Em situações
conflitantes, os mais intuitivos dão preferência ao gráfico de preços, por
considerarem que a conduta dos indicadores é consequência dos preços. Já
os analistas mais técnicos priorizam os indicadores, notadamente os
antecedentes, partindo da crença de que estes tendem a prenunciar o
comportamento futuro dos preços.
 Rompimento de Suportes e Resistências combinada com Candles e
Indicadores: É importante que os indicadores antecedentes, tais como OBV
e Histograma MACD, estejam apontando na direção do rompimento. O
rompimento é mais decisivo quando o Candle de rompimento tem corpo
longo e fechamento próximo à máxima.

 Entrada em Seguidora de Tendência a partir de Candles de Reversão


em Correções: A abertura de posições a favor da tendência por meio de
suportes, resistência, candles e indicadores é o objetivo principal dessa
estratégia.
Em tendências de alta, a compra é realizada quando os preços atingem o
suporte após uma correção. O sinal de entrada é gerado a partir da
confirmação de um candle de reversão, com o Stop Loss colocado abaixo da
mínima. O reforço do sinal de entrada ocorre com a mudança de direção do
Histograma MACD e com saída dos Osciladores das regiões de
sobrecompra ou sobrevenda.

 Rompimentos de LTA e LTB em Correções de Tendência com Sinais


Antecipados pelos Indicadores: Essa estratégia consiste em operar a partir
do traçado de Linha de Tendência de Baixa – LTB de curta duração em
correções de tendências principais de alta e Linhas de Tendência de Alta –
LTA em correções de tendências principais de baixa.

 Compra e Venda dentro de Consolidações a partir de Candles de


Reversão e Sinais dos Osciladores: compra e de venda, nas regiões
próximas do suporte e da resistência, sinais gerados a partir da confirmação
de candles de reversão. Stop Loss da compra é definido abaixo do suporte
ou da mínima do padrão de reversão altista, A saída dos Osciladores das
regiões de sobrecompra e sobrevenda reforça a confiabilidade dos candles
de reversão.

 Expansão das Bandas de Bollinger: estreitamento das Bandas de Bollinger


evidencia baixa volatilidade, muitas vezes antecede fortes movimentos
direcionais. A estratégia consiste na abertura de posições a partir do candle
que dá início à abertura das bandas.

O Stop Loss pode ser definido, a depender do caso, abaixo da mínima ou


acima da máxima do referido candle. O objetivo pode ser definido através
da extensão de Fibonacci de 1,618, ou até mesmo de 2,618,

 Candles de Reversão Fora das Bandas de Bollinger: estratégia contra a


tendência, alto risco. Seus sinais de entrada resultam da confirmação de
candles de reversão surgidos fora dos limites das Bandas de Bollinger.
Em tendências de baixa, as compras são realizadas a partir do rompimento
da máxima do candle de reversão altista e o Stop Loss colocado abaixo da
sua mínima.

 Padrão de Candle Fechou Fora, Fechou Dentro das Bandas de


Bollinger: contra a tendência. Seu sinal é disparado com o fechamento de
um candle dentro da banda, desde que o anterior, ou uma sequência deles,
tenha fechado fora.

 Agulhada do Didi: utilizam-se três médias móveis aritméticas – MMA de


3, 8 e 20. Quanto as três médias se encontram bastantes próximas até que a
passagem delas por dentro do corpo de um único candle (“agulhada”). A
entrada ocorre a partir do candle subsequente ao da agulhada, com posição
em aberto até que uma das médias volte a cruzar com outra.

Trading Systems
 Fundamentos dos Sistemas Mecânicos (Robôs): devido a automatização
da execução de ordens, tem o benefício de evitar improvisos ou decisões
influenciadas por aspectos emocionais.

o Boa escolha do Tempo Gráfico pois ativos com baixa liquidez,


ordens podem ser disparadas e não executadas por ausência de
contraparte.
o Regras de Entradas e Saídas: analista pode adicionar filtros que
visam evitar o início de operações em tais contextos gráficos. Muitos
filtros nas regras pode ensejar em uma redução considerável no
número de sinais de entrada e saída emitido. Muitos filtros =
conservadorismo do sistema

o Gerenciamento de Risco: utilização de stop Loss e o Stop Móvel.


Por exemplo, a regra de saída para uma posição comprada é “liquidar
a operação quando a média móvel mais rápida cruzar a mais lenta de
cima para baixo”, enquanto que a condição do Stop Loss é “liquidar a
posição se a operação estiver com perda de 5%”.

o Simulação Histórica: também conhecido como Backtesting,


demanda a maior parcela de tempo. São simulados os resultados
advindos com a aplicação das regras de entrada e saída durante uma
série histórica de preços. Quanto maior for a série histórica, mais
confiável e realista será a simulação. As simulações denominadas
testes do futuro ou forward testing, servem para avalizar os resultados
a partir dos dados históricos dos preços.
o

o Validação: O relatório de performance de uma simulação histórica


ou Backtesting Report permite verificar?

  o lucro ou prejuízo acumulado no período de simulação;


  o percentual de acerto
 número e a média das operações ganhadoras e perdedoras;
 o fator de ganho ou a razão lucro x prejuízo;
 o máximo de acumulação de lucros, ou Run-up, e o máximo de
acumulação de perdas, ou Drawdown, observados no Trading
System.

É recomendável que a simulação sobre a segunda parte da série histórica, isto é,


sobre a base futura, só seja aplicada após o relatório do Backtesting da primeira
parte apresentar resultados considerados satisfatórios.
Caso os resultados dos testes na base futura também se mostrem compatíveis com
os objetivos do analista, a etapa de Validação estará finalizada e o Trading System
poderá ser operacionalizado em tempo real.

 Ferramentas de Otimização e Backtesting

A descrição sobre os fundamentos de Risco e Retorno relata que sequências de


operações podem resultar em ganho, mesmo que a taxa de erro do analista seja
maior que a sua taxa de acerto. Por outro lado, podem ser adotadas práticas nas
quais, apesar de predominarem operações exitosas, a relação Retorno x Risco não
se mostre compensadora.
Estratégias presumivelmente consistentes, mas com performance aquém da
esperada, podem necessitar de apenas alguns ajustes de parâmetros para apresentar
resultados desejados em face de uma Relação Retorno x Risco satisfatória.

o Otimização: adéqua os parâmetros dos indicadores e dos níveis de


stops, por meio da avaliação de uma série de combinações entre eles,
dentro da série histórica.
 Objetivos da otimização:
 maximizar o lucro líquido apresentado;
 aumentar a razão de ganhos sobre perdas;
 incrementar o percentual de operações ganhadoras sobre
o número total de operações realizadas.
O uso da Otimização é indicado apenas como um ajuste da calibração
das regras de entrada e saída consideradas potencialmente vencedoras.

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