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Qualificação Profissional Em
Elétrica
Módulo 01:
Desenvolvido por:
Eng. Fabrício Malvar
Camaçari-BA
Outubro-2014
3
SUMÁRIO
Qualificação Profissional Em
Elétrica
Desenvolvido por:
Eng. Fabrício Malvar
Camaçari-BA
Outubro-2014
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1.1 INTRODUÇÃO
1.3.1 HIDROELÉTRICA
1.3.2 TÉRMICA
1.3.3 NUCLEAR
Esse tipo de energia é classificada como usina termelétrica que utiliza uma
caldeira, tendo como fonte de calor um reator nuclear. O seu funcionamento se baseia na
quebra, na divisão do átomo, tendo por matéria-prima minerais altamente radioativos,
como o urânio (descoberto em 1938). A energia nuclear provém da fissão núcleos
atômicos, quando os mesmos são levados por processos artificiais a condições instáveis.
1.3.4 EÓLICA
Figura 1.6: Princípio de funcionamento da geração de energia elétrica por geradores eólicos.
1.3.5 SOLAR
grande parte da energia renovável disponível na terra. Apenas uma minúscula fracção da
energia solar disponível é utilizada.
Em 2011, a Agência Internacional de Energia disse que "o desenvolvimento de
tecnologias de fontes energia solar acessíveis, inesgotáveis e limpas terá enormes
benefícios a longo prazo.
Ele vai aumentar a segurança energética dos países através da dependência de
um recurso endógeno, inesgotável e, principalmente, independente de importação, o que
aumentará a sustentabilidade, reduzirá a poluição, reduzirá os custos de mitigação
das mudanças climáticas e manterá os preços dos combustíveis fósseis mais baixos.
Estas vantagens são globais. Sendo assim, entre os custos adicionais dos
incentivos para a implantação precoce dessa tecnologia devem ser considerados
investimentos em aprendizagem; que deve ser gasto com sabedoria e precisam ser
amplamente compartilhados.
Figura 1.7: A usina solar Gema solar de 19.9 MW, na Espanha, armazena energia por até 15 horas e pode
fornecer eletricidade 24 horas por dia.
Os grupos geradores são utilizados para gerar energia elétrica nos horários de
ponta entre 18h e 21h, especialmente em shoppings e indústrias de médio e grande
portes, reduzindo a fatura de energia.
15
1.6 DISTRIBUIÇÃO
Para a identificação das fases e neutro são normalmente atribuídas letras ou números:
Fase – R – A – 1 – L1
Fase – S – B – 2 – L2
Fase – T – C – 3 – L3
Neutro – N – 0 – 0 – N
DE BIFÁSICO )
1.7 EXERCICIOS
2.1 CORRENTE
A corrente elétrica é a quantidade de carga que atravessa uma seção de um fio por
um determinado tempo. Ou seja,
(2.1)
(Segundos, s) (2.3)
A carga de elétron é:
EXEMPLO 2.1: A cada 64 ms, 0,16 C atravessam a seção reta ilustrada na figura 2.1.
Determine a corrente em ampères.
Figura 2.1
23
2.2 TENSÃO
(Volts) (2.4)
(Coulombs) (2.6)
2.3.1 Baterias
Uma bateria consiste em uma combinação de duas ou mais células; uma célula é
uma unidade fundamental de produção de energia elétrica através da conversão de
energia química ou solar.
Figura 2.2: Bateria chumbo-ácido que não necessita de manutenção de 12 V (na realidade 12,6 V).
A capacidade das baterias de manter uma corrente fixa durante um certo intervalo
de tempo é usualmente medida em ampères-hora (Ah) ou miliampères-hora (mAh).
Uma bateria cujo número de amperes-horas é 100 será capaz, ao menos
teoricamente, de sustentar uma corrente de 1 A durante 100 h, 2 A durante 50 h, 10 A
durante 10 h e assim por diante, como podemos calcular utilizando a expressão a seguir:
( )
( ) (2.7)
( )
EXEMPLO 2.5:
a. Determine a capacidade (número de mAh) e a vida útil em minutos para a bateria
BH 500, de 0,9V da figura 2.5 a), sabendo que a corrente de descarga é 600 mA.
Figura 2.5: Características da célula Eveready BH500; a) Capacidade em função da corrente de descarga;
b) Capacidade em função da temperatura.
Soluções
a)
2.3.3 Geradores
A maioria das pessoas sabe, por exemplo, que a bateria de um automóvel fornece
uma tensão de saída de aproximadamente 12 V, muito embora a solicitação de corrente
seja variável, dependendo das condições de operação.
Uma fonte de tensão ideal mantém sempre uma tensão fixa entre seus terminais,
mesmo que a solicitação de corrente pelo sistema elétrico alimentado pela fonte varie.
28
Uma fonte de corrente ideal fornece uma corrente fixa a qualquer sistema elétrico
ou eletrônico, mesmo que aconteçam variações na ddp entre os terminais causadas pelo
sistema.
Figura 2.8: Características de saída de: a) uma fonte de tensão ideal; b) uma fonte de corrente ideal.
2.4 EXERCICIOS
CAPITULO 3: RESISTORES
3.1 RESISTÊNCIA
3.2.1 Condutores
3.2.2 Semicondutores
3.2.3 Isolantes
Existem muitos tipos de resistores, mas eles podem ser divididos em dois grupos:
fixos e variáveis.
O mais comum dos resistores fixos de baixa potência é o resistor de carbono
moldado. As dimensões relativas de todos os resistores fixos e variáveis variam de acordo
com a potência, com maiores dimensões associadas às maiores potências, de modo a
permitir valores mais elevados de corrente e maiores perdas por dissipação de calor.
a) b)
Figura 3.6: a) Resistor fixo de carbono; b) Resistor fixo de fio esmaltado.
Os resistores variáveis, como o próprio nome sugere, têm uma resistência que
pode ser variada fazendo-se girar um botão, parafuso ou o que for apropriado para a
aplicação específica.
Eles podem ter dois ou três terminais, mas a maioria possui três. Quando um
dispositivo de dois ou três terminais é usado como um resistor variável, em geral nos
referimos a ele como um reostato.
Se o dispositivo de três terminais é usado para controlar a potência, costumamos
chamá-lo de potenciômetro. Embora um dispositivo de três terminais possa ser usado
como reostato ou potenciômetro (dependendo de como ele é conectado), ele é
geralmente chamado de potenciômetro quando aparece em revistas especializadas ou
em listas de componentes para aplicações particulares.
O símbolo de um potenciômetro de três terminais aparece na figura 3.7 a). Quando
usado como um resistor variável (ou reostato) ele pode ser conectado de duas formas,
como vemos nas figura 3.7 b) e c). Na figura 3.7 b), os pontos a e b estão conectados ao
circuito e o terminal restante é deixado desligado.
Figura 3.8: Resistência entre os terminais de um potenciômetro: a) entre os terminais externos; b) entre
todos os terminais.
a)
b)
Solução:
a)
b)
35
3.5 TERMISTORES
3.7 VARISTORES
3.8 EXERCICIOS
1) Determine os valores máximo e mínimo de resistência que os resistores com as faixas
coloridas abaixo podem apresentar sem exceder a tolerância especificada pelo fabricante.
(4.1)
(Corrente, A) (4.2)
Esta expressão nos mostra claramente que, quanto maior a tensão aplicada aos
terminais de um resistor, maior a corrente; por outro lado, para uma tensão fixa, quanto
maior for a resistência, menor será a corrente.
(Ohms, ) (4.3)
(Volts, V) (4.4)
O circuito da figura 4.1 ilustra as três grandezas envolvidas nas equações (4.2) a
(4.4). Quando ligamos os terminais de uma fonte de corrente contínua, cuja força
eletromotriz é E volts, a um componente cuja resistência é R, aparece no circuito uma
corrente I.
EXEMPLO 4.2: Calcule a resistência de uma lâmpada de filamento de 60W se, quando
aplicamos uma tensão de 120 V aos seus terminais, ela é percorrida por uma corrente de
500mA.
EXEMPLO 4.3: Calcule a corrente que atravessa o resistor de da figura da figura 4.3
se a queda de tensão entre seus terminais é 16 V.
4.2 POTÊNCIA
A potência é uma grandeza que mede quanto trabalho pode ser realizado em um
certo período de tempo, ou seja, é a rapidez com que um trabalho é executado.
Como a energia é medida em joules (J) e o tempo em segundos (s), a potência é
medida em joules/segundos (J/s). Esta unidade em eletricidade e eletrônica, recebeu o
nome de watt (W)
( )
( ) (4.5)
( )
(watts, W) (4.6)
40
(watts, W) (4.7)
(watts, W) (4.8)
(watts, W) (4.9)
EXEMPLO 4.5: Calcule a potência consumida pelo motor de corrente contínua ilustrado
na figura 4.6.
Figura 4.6
EXEMPLO 4.6: Qual a potência dissipada por um resistor de quando ele é percorrido
por uma corrente de ?
EXEMPLO 4.7: Na figura 4.7 vemos a curva características I-V de uma lâmpada de
filamento. Observe que a curva é não-linear, o que mostra que a resistência da lâmpada
varia consideravelmente com a tensão aplicada. Se a tensão de operação da lâmpada é
120 V, calcule a potência dissipada. Calcule também a resistência da lâmpada para essas
condições de funcionamento.
4.3 ENERGIA
EXEMPLO 4.8: Tenho um medidor de energia cujo tenho o resultado de uma leitura
anterior foi 4650 kWh e o consumo atual de energia foi 5360 kWh, calcule a conta a ser
paga pelo consumo de energia entre as duas leituras, se cada kWh custa 9 centavos.
EXEMPLO 4.9: Durante quanto tempo um aparelho de televisão de 205 W deve ficar
ligado para consumir 4 kWh?
EXEMPLO 4.10: Qual é o custo total da utilização dos itens a seguir, supondo uma tarifa
R$0,50 por kWh, quando uso uma torradeira de 1200 W durante 30 minutos, seis
lâmpadas de filamento de 50 W durante 4 horas; Uma máquina de lavar de 400 W
durante 45 minutos; Uma secadora de roupas elétrica de 4800 W durante 20 minutos.
a)
b)
Figura 4.11: Disjuntores: a) Grupo DIN, IEC; b) Grupo NEMA.
45
4.5 EXERCICIO
5.1 INTRODUÇÃO
Atualmente, dois tipos de corrente elétrica são usados nos equipamentos elétricos
e eletrônicos: a corrente contínua (cc), cuja intensidade e sentido não variam com o
tempo, e a corrente alternada (ca), cuja intensidade e sentido mudam constantemente.
Se considerarmos o fio como um condutor ideal (isto é que não oferece nenhuma
resistência ao movimento dos elétrons), a diferença de potencial V entre os terminais do
resistor será igual à tensão aplicada pela bateria: V (volts) = E (volts).
A corrente é limitada somente pelo resistor R. Quanto maior a resistência, menor a
corrente, e vice-versa.
Em circuitos de corrente contínua com apenas uma fonte e tensão, a corrente
convencional sempre passa de um potencial mais baixo para um potencial mais alto ao
atravessar uma fonte, como mostra a figura 5.1 por outro lado, a corrente convencional
sempre passa de um potencial mais alto para um potencial mais baixo ao atravessar um
resistor, qualquer que seja o número de fontes do circuito.
Figura 5.2: Polaridade resultante da passagem de uma corrente convencional I por um elemento resistivo.
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que o valor desta resistência seja conhecido, a corrente fornecida pela fonte pode ser
determinada:
(Ampères, A) (5.2)
(Volts, V) (5.3)
A potência fornecida a cada resistor pode ser determinada usando qualquer uma
das três expressões a seguir, que são apresentadas para o caso especial de .
(Watts, W) (5.4)
EXEMPLO 5.1:
a. Encontre a resistência equivalente em série para o circuito em série da figura 5.5;
Figura 5.5
49
c. Determine as tensões , .
Figura 5.6
Figura 5.7
50
Duas ou mais fontes de tensão podem ser ligadas em série, como na figura 5.8,
para aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é
determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as
de polaridade oposta.
Figura 5.8: Reduzindo fontes de tensão contínua em série a uma única fonte.
Na figura 5.8a), por exemplo, as fontes estão todas “forçando” a corrente para a
direita, de modo que a tensão total é dada por:
A lei de Kirchhoff para tensões (LKT) a firma que a soma algébrica das variações
de potencial em uma malha fechada é nula.
Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que deixa um ponto em um
sentido e retorna ao mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem deixar o circuito. Na
figura 5.9, seguindo a corrente, podemos traçar um caminho contínuo que deixa o ponto a
através de e retorna através de E sem deixar o circuito.
Assim abcda é uma malha fechada. Para podermos aplicar a lei de Kirchhoff para
tensões, a soma dos aumentos e quedas de potencial precisa ser feita percorrendo a
malha em um certo sentido.
Por convenção, o sentido horário será usado para todas as aplicações da lei de
Kirchhoff para tensões que se seguem.
Um sinal positivo indica um aumento de potencial (de – para +), e um sinal
negativo, uma queda (de + para -). Se seguirmos a corrente na figura 5.9 a partir do ponto
a, primeiro encontraremos uma queda de potencial (de + para -) entre os terminais de
51
A tensão aplicada a um circuito em série é igual à soma das quedas de tensão nos
elementos em série.
A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões não precisa seguir um caminho que
inclua elementos percorridos por corrente.
Na figura 5.10, por exemplo, há uma diferença de potencia entre os pontos a e b,
embora os dois pontos não estejam ligados por um elemento percorrido por corrente. A
aplicação da lei de Kirchhoff para tensões a malha fechada irá resultar em uma diferença
de potencial de 4 V entre os dois pontos. Usando o sentido horário:
Figura 5.10: Demonstração de que pode existir ddp entre dois pontos não conectados por um condutor
percorrido por corrente.
52
Figura 5.11
Figura 5.12
( ) ( )
Figura 5.13
5.6 EXERCICIO
b)
b)
b)
55
6.1 INTRODUÇÃO
Figura 6.2: Várias aparências diferentes para uma configuração com três elementos em paralelo.
Os elementos que aparecem na figura 6.2 estão também em paralelo, porque
satisfazem, nos três casos, o critério acima. Estas três configurações têm o objetivo de
ilustrar diferentes traçados para o mesmo circuito em paralelo. O formato retangular das
conexões nos casos a) e b) não deve obscurecer o fato de que todos os elementos estão
ligados ao mesmo terminal na parte superior, acontecendo o mesmo na parte inferior,
como figura 6.2c)
Os elementos 1 e 2 na figura 6.3 estão em paralelo, pois possuem os terminais a e
b em comum. Esta combinação em paralelo está em série com o elemento 3, pois o
terminal b está ligado tanto a 3 quanto à combinação em paralelo de 1 e 2.
56
Figura 6.3: Circuito no qual 1 e 2 estão em paralelo e 3 está em série com a combinação em paralelo de 1
e 2.
Na figura 6.4, os elementos 1 e 2 estão em série devido ao ponto comum a, e esta
combinação em série está em paralelo com o elemento 3, como evidenciam as ligações
comuns aos pontos b e c.
Figura 6.4: Circuito onde 1 e 2 estão em série e 3 está em paralelo com a combinação em série de 1 e 2.
(6.1)
Observe que a equação 6.1 nos dá o inverso da resistência equivalente. Uma vez
que tenhamos efetuado a soma de frações do lado direito, devemos inverter o resultado
para obter a resistência equivalente.
Figura 6.6
57
Figura 6.8
( )
( ) ( ) ( ) ( )
(6.2)
Figura 6.9
Figura 6.10
58
(6.3)
(6.4)
( )
Figura 6.11
( )( )
( )( )
Figura 6.12
Para circuitos em paralelo com apenas uma fonte, a corrente que atravessa esta
fonte é igual à soma das correntes em cada um dos ramos do circuito.
A potência dissipada pelos resistores e a potência fornecida pela bateria podem ser
obtidas de:
Figura 6.13
a) Calcule ;
( )( )
b) Determine ;
60
A lei de Kirchhoff para a corrente (LKC) afirma que a soma algébrica das corrente
que entram e saem de uma região, sistema ou nó é igual a zero.
∑ ∑ (6.5)
Figura 6.14
Figura 6.15
61
Nó a:
Nó b:
Figura 6.16
(6.6)
Figura 6.17
(6.7)
Figura 6.18
( )( )
Figura 6.19
63
Em um circuito aberto podemos ter uma ddp qualquer entre seus terminais, mas o
valor da corrente é sempre zero.
Figura 6.21
Figura 6.22
64
6.7 EXERCICIOS
1. No circuito abaixo:
a) Calcule a condutância e a resistência totais.
b) Determine e a corrente em cada um dos ramos em paralelo.
c) Verifique que a soma das correntes nos ramos é igual à corrente entregue pela
fonte.
d) Calcule a potência dissipada em cada resistor e verifique se a potência entre pela
fonte é igual à potência dissipada total.
e) Se você dispõe de resistores de 0,5 W, 1 W, 2 W e 50 W, que valor mínimo
escolheria para cada resistor?
a) b)
3. Calcule todas as correntes desconhecidas nos circuitos abaixo:
a) b)
65
Figura 7.1
( )( )
( )
( )
66
Figura 7.2
( )( )
( )( )
7.2 ATERRAMENTO
Como estes pontos estão todos ao mesmo potencial, podem ser conectados entre
si; no caso de esquemas complexos, no entanto, pode ser preferível deixar muitos desses
pontos isolados, para tornar o esquema mais claro.
Os valores de tensão indicados em um esquema são sempre tomados em relação
à terra.
Existem vários tipos de ligação à terra, dependendo da aplicação particular. O
aterramento por ligação ao solo consiste em ligar um circuito diretamente ao solo através
de um condutor de baixa impedância. Por convenção, dizemos que o valor do potencial
na superfície da Terra é 0 V.
Este valor é o mesmo em qualquer ponto porque existem substâncias condutoras
dissolvidas no solo, como por exemplo eletrólitos, em quantidade suficiente para permitir
que qualquer diferença de potencial entre dois pontos seja rapidamente anulada por uma
corrente elétrica temporária entre estes pontos.
Toda residência tem (ou deveria ter) uma ligação à terra, que consiste, na maioria
dos casos, em uma barra de metal enterrada no solo e ligada por uma das extremidades
ao quadro de distribuição de energia elétrica.
A legislação sobre instalações elétricas diz também que todos os encanamentos
metálicos de uma casa devem, por razões de segurança, estar diretamente ligados à
terra. No caso de um fio desencapado entrar acidentalmente em contato com um cano
metálico, a baixa impedância da ligação à terra assegura que a corrente resultante seja
suficientemente alta para acionar os sistemas protetores (fusíveis, disjuntores etc.)
Se o encanamento não estivesse ligado à terra, uma pessoa poderia receber uma
descarga perigosa quando fosse, por exemplo abrir uma torneira. Como a água de uso
domiciliar não é pura, contendo em geral em solução substâncias que a tornam
condutora, as áreas onde existe mais contato com a água como o banheiro e a cozinha,
devem receber especial atenção. Por razões de segurança, todas as linhas de
alimentação em laboratórios, industriais e residências são ligadas à terra.
Um segundo tipo de aterramento é denominada terra do chassi, que pode ser
flutuante ou ligada diretamente ao solo. O nome terra do chassi significa simplesmente
que os potenciais de todos os pontos do circuito são medidos em relação ao potencial do
chassi.
Se este último não estiver ligado ao solo (0V), dizemos que é flutuante e podemos
associar a ele qualquer valor de tensão para ser usado como referência. Se postularmos,
por exemplo, que o potencial do chassi é 120 V, todas as medidas de tensão no circuito
68
serão referidas a este valor. Deste modo, uma leitura de 32 V entre um ponto do circuito e
o chassi significa na realidade uma ddp de 152 V entre este ponto do circuito e a terra.
No entanto, na maioria dos sistemas que trabalham com tensões elevadas não é
usado um aterramento flutuante, pois isto implica perda de segurança. No caso de
alguém, por exemplo, tocar acidentalmente o chassi e qualquer outra parte do corpo estar
em contato com a terra, a pessoa receberá uma descarga elétrica.
O aterramento pode ser particularmente importante nos laboratórios onde são
usados vários instrumento de medida. A fonte e o osciloscópio da figura 7.3a), por
exemplo, estão conectados à terra através dos seus terminais negativos. Se para medir a
voltagem , efetuarmos as ligações do osciloscópio como ilustra a figura 7.3a),
estaremos criando uma situação de risco. Os terminais negativos dos dois equipamentos
estão ligados entre si através da terra, o que faz com que haja um curto-circuito em
paralelo com o resistor . Como é o resistor que limita a corrente no circuito, esta
poderá atingir valores muito elevados, capazes de danificar o osciloscópio ou de produzir
efeitos perigosos. Devemos, neste caso, recorrer ao aterramento flutuante ou intercambiar
os resistores, como na figura 7.3b). Na configuração da figura 7.3b), as terras estão
ligadas juntas e o circuito não é afetado pela introdução do osciloscópio.
Figura 7.3
A legislação norte-americana exige que o isolamento do fio que leva a corrente da
usina geradora até uma carga seja preto (este fio é algumas vezes denominado “fase” ou
“vivo”), enquanto o isolamento do fio que leva a corrente de volta à fonte (geralmente
denominado “neutro”) deve ser branco.
Em cabos com três fios, o isolamento do terceiro, o fio terra, deve ser verde;
algumas vezes este fio está desencapado, já que não é projetado para ser percorrido por
correntes elevadas.
69
Figura 7.4
O diagrama esquemático completo para instalação de uma tomada domiciliar
aparece na figura 7.5. Observe que a corrente no fio terra é zero e que tanto este fio
quanto o neutro estão ligados à terra. Somente o fio “vivo” e o neutro são percorridos por
corrente.
Figura 7.5
Podemos demonstrar a importância do fio terra utilizando como exemplo a
torradeira da figura 7.6, cujas especificações são 1200 W e 120 V. Utilizando a expressão
P = EI para a potência, a corrente consumida pela torradeira em condições normais de
operação é I = P/E = 1200 W/120 V= 10 A.
70
No caso de uma linha de alimentação sem fio terra, como ilustra a figura 7.6a), o
fusível de 20 A (ou disjuntor) pode suportar confortavelmente estes 10 A e o sistema
funciona normalmente.
Entretanto, se por qualquer razão o isolamento da fase ou do neutro for danificado
e um destes fios tocar a carcaça da torradeira, teremos a situação ilustrada na figura
7.6b). Todas as partes metálicas da torradeira ficarão “vivas” (ou seja, a um potencial de
120 V em relação à terra); no entanto, os circuitos de proteção (fusível ou disjuntor) não
serão afetados, pois teremos ainda uma corrente de 10 A. Esta é, no entanto, uma
situação de perigo, pois qualquer pessoa em contato com a terra que toque a carcaça
metálica da torradeira terá seu corpo percorrido por uma corrente devido a esta ddp entre
o metal da torradeira e a terra.
Se como ilustra a figura 7.6c), tivéssemos um fio terra conectado ao chassi da
torradeira, teríamos uma ligação de baixa resistência com a terra, que causaria um
aumento acentuado no valor da corrente. Neste caso o fusível “queimaria” (ou o disjuntor
desarmaria), alertando o usuário para a existência de um problema. Embora a discussão
acima não seja completa, ela deve ser suficiente para que o leitor reconheça a
importância do aterramento dos circuitos.
Figura 7.6
71
7.3 EXERCICIO
1) Determine: , e
2) Determine: .
3) Determine:
72
8.1 INTRODUÇÃO
Figura 8.2: Linhas de campo magnético para um sistema de dois ímãs com polos opostos adjacentes.
>> A intensidade do campo magnético em uma dada região é diretamente proporcional à
densidade de linhas de campo. Na figura 8.1, a intensidade do campo magnético em a é o
dobro da intensidade em b, pois o número de linhas de campo que atravessam uma área
perpendicular a estas linhas em a é o dobro do número de linhas que atravessam uma
área semelhante em b.
>> Os imãs permanentes são sempre mais fortes perto dos polos.
>> Se aproximarmos polos opostos de dois ímãs permanentes eles se atrairão e a
distribuição de linhas de campo será como na figura 8.2.
>> Se aproximarmos polos do mesmo tipo, eles se repelirão, e a distribuição de linhas de
campo será como na figura 8.3.
Figura 8.3: Linhas de campo magnético para um sistema de dois ímãs com polos iguais.
>> Se colocarmos um material não-magnético (vidro ou cobre) nas proximidades de um
ímã permanente, a distribuição de linhas de campo sofrerá uma alteração quase
imperceptível, figura 8.4.
>> Caso um material magnético como ferro doce, seja colocado nas proximidades do imã,
as linhas de campo tenderão a passar pelo ferro e não pelo ar. Uma das aplicações
práticas deste fenômenos é a construção de blindagens magnéticas para proteger
componentes e instrumentos elétricos sensíveis da ação de campos magnéticos espúrios,
figura 8.5.
74
Figura 8.4: Efeito de uma amostra de material ferromagnético sobre as linhas de campo de um imã
permanente.
Figura 8.6: Linhas de campo nas proximidades de um condutor percorrido por corrente.
Em torno de qualquer fio percorrido por corrente existe um campo magnético. Para
determinar a direção e sentido das linhas de campo, basta colocar o polegar da mão
direita ao longo do sentindo convencional da corrente e observar a posição dos outros
dedos. (Este método é chamado de regra da mão direita). Se o condutor for dobrado para
formar uma espira figura 8.7, as linhas de campo terão a mesma direção e sentido no
centro da espira e o campo magnético nessa região ficará mais intenso.
75
8.3 TRANSFORMADORES
Transformadores de potência
Autotransformadores
A.1 PROTOBOARD
A protoboard é uma placa de ensaio ou matriz de contato que contém uma placa
com furos e conexões condutoras para montagem de circuitos elétricos experimentais.
A grande vantagem da placa de ensaio na montagem de circuitos eletrônicos é a
facilidade de inserção de componentes, uma vez que não necessita soldagem.
As placas variam de 800 furos até 6000 furos, tendo conexões verticais e
horizontais.
Na superfície de uma matriz de contato há uma base de plástico em que existem
centenas de orifícios onde são encaixados.
Em sua parte inferior são instalados contatos metálicos que interligam
eletricamente os componentes inseridos na placa.
Geralmente suportam correntes entre 1 A e 3 A.
A figura A.1a) ilustra uma protoboard de 830 furos, bastante comum no meio
eletrônico:
a)
b)
83
c)
Figura A.1: Protoboard: a) Matriz de contatos com 830 furos; b) Conexões internas; c) Conexões
externos.
A.2 MULTÍMETRO
Esses circuitos comparam a corrente a medir com uma corrente interna gerada em
incrementos fixos que vão sendo contados digitalmente até que se igualem, quando o
resultado então é mostrado em números ou transferidos para um computador pessoal.
Várias escalas divisoras de tensão, corrente, resistência e outras são possíveis. Figura
A.2.
A.5.1 AMPERÍMETRO
Figura A.5: Ligação de um amperímetro para se obter uma leitura positiva (+).
A.5.2 VOLTÍMETRO
Figura A.6: Ligação de um voltímetro para se obter uma leitura positiva (+).
88
Para obtermos uma leitura positiva, devemos ligar a ponta de prova positiva do
voltímetro ao ponto de potencial mais alto do circuito e a ponta de prova negativa ao
ponto de potencial mais baixo.
Se a ligação estiver invertida, o ponteiro (no caso de um voltímetro analógico)
sofrerá uma deflexão em sentido contrário, o que pode danificar o aparelho. No caso de
um voltímetro digital, a leitura será, neste caso, negativa.
Qualificação Profissional Em
Elétrica
2.Eletrônica Geral
Desenvolvido por:
Eng. Fabrício Malvar
Camaçari-BA
Outubro-2014
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1.1 INTRODUÇÃO
Figura 1.1: Diodo Ideal: (a) símbolo; (b) curva característica. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005,
pg.: 02).
Idealmente, um diodo irá conduzir corrente no sentido definido pela seta no
símbolo, e age como um circuito aberto para qualquer tentativa de estabelecer corrente
no sentido oposto.
Concluiremos que o valor da resistência direta, Rf, conforme definida pela lei de
Ohm, é
Figura 1.2: Estados de (a) condução e (b) não-condução do diodo ideal determinados pela polarização
aplicada. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 02).
Figura 1.3: Estrutura atômica (a) do germânio; (b) do silício. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005,
pg.: 04).
Uma ligação de átomos, baseado no compartilhamento de elétrons, é chamada
ligação covalente.
Em um cristal puro de germânio ou silício, estes quatros elétrons de valência estão
ligados a quatro átomos de ligação.
94
Figura 1.4: Ligação covalente do átomo de silício. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 04).
Figura 1.5: Impureza de antimônio no material tipo n. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 06).
Este elétron adicional, fracamente ligado a seu átomo de origem (antimônio), está
relativamente livre para mover-se dentro do material tipo n recentemente formado.
Impurezas dispersas com cinco elétrons de valência são chamadas de átomos
doadores.
Figura 1.6: Impureza de boro no material tipo p. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 07).
uma carga negativa. Uma vez que a lacuna resultante irá aceitar rapidamente um elétron
livre.
As impurezas dispersas com três elétrons de valência são chamadas átomos
aceitadores.
Figura 1.7: (a) Material tipo n; (b) Material tipo p. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 07).
1.7 EXERCICIO
Figura 1.8: Junção p-n sem polarização externa. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 08).
Região de depleção é a região onde se encontra os íons positivos e negativos não
combinados.
Figura 1.10: Junção p-n com polarização reversamente. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.:
09).
Figura 1.11: Condições de polarização reversa para um diodo semicondutor. FONTE: BOYLESTAD;
NASHELSKY (2005, pg.: 09).
Figura 1.12: Junção p-n polarizada diretamente. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 09).
99
Figura 1.13: Condições de polarização direta para um diodo semicondutor. FONTE: BOYLESTAD;
NASHELSKY (2005, pg.: 09).
Figura 1.14: Curva característica do diodo semicondutor de silício. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY
(2005, pg.: 10).
Figura 1.15: Região Zener. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 11).
101
Figura 1.16: Comparação dos diodos semicondutores de Si e Ge. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY
(2005, pg.: 12).
102
Algumas áreas da folha de dados foram realçadas e têm uma letra de identificação
correspondente à seguinte descrição:
103
Figura 1.17: Datasheet do diodo BAY73. FONTE: FAIRCHILD (2005, pg.: 1).
104
A: As tensões de polarização reversa (PIVs) mínimas para um diodo operando com uma
corrente de saturação reversa específica;
B: Características de temperatura conforme indicado, observe o uso da escala Celsius e a
grande faixa de utilização (lembrando que 32ºF = 0ºC= congelamento ( ) e 212ºF =
100ºC = ebulição ( ));
C: Nível máximo de dissipação de potência , a potência máxima
nominal diminui a uma taxa de 3,33 mW por grau de aumento na temperatura, acima da
temperatura ambiente (25ºC), conforme indica claramente a curva de redução de
potência;
D: Corrente direta contínua máxima ;
E: Faixa de valores de para . Note que excede em ambos os
dispositivos;
F: Faixa de valores de para . Note como nesse caso, os limites superiores
estão em torno de 0,7 V;
G: Para e a uma temperatura de operação típica, ,
enquanto para uma tensão reversa maior cai para ;
H: O nível de capacitância entre os terminais é de cerca de para o diodo com
(nenhuma polarização) e uma frequência aplicada de 1 MHz.
I: O tempo de recuperação reversa é para a lista de condições de operação.
A corrente retificada média, a corrente direta de pico repetitiva e a corrente direta
de surto de pico apresentadas na folha de dados são definidas do seguinte modo:
1. Corrente retificada média. Um sinal retificado de meia onda tem um valor definido
por . A corrente média nominal é menor do que as correntes
contínuas ou diretas de pico repetitivas, pois uma corrente de meia onda terá
valores instantâneos muito mais altos do que o valor médio.
2. Corrente Direta De Pico Repetitiva. Este é o maior valor instantâneo da corrente
direta repetitiva. Observe que, como permanece nesse nível por um breve período
de tempo, seu valor pode ser maior do que o nível contínuo.
3. Corrente Direta De Surto De Pico. Durante o chaveamento, a ocorrência de mau
funcionamento ou outros fatores, haverá correntes muito altas através do
dispositivo em intervalos muito curtos de tempo (que não são repetitivos). Esse
parâmetro define o valor máximo de corrente e o tempo de duração desses surtos.
105
Figura 1.19: Verificando um diodo no estado de polarização direta. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY
(2005, pg.: 25).
Figura 1.20: Testando um diodo com um ohmímetro. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 26).
1.13 OUTROS TIPOS DE DIODO
Diodo Zener (também conhecido como diodo regulador de tensão, diodo de tensão
constante, diodo de ruptura ou diodo de condução reversa) é um dispositivo semelhante a
um diodo semicondutor, especialmente projetado para trabalhar sob o regime de
condução inversa,
Cada diodo Zener possui uma tensão Zener específica como, por exemplo, 5,1
Volts, 6,3 Volts, 9,1 Volts, 12 Volts e 24 Volts.
Quanto ao valor da corrente máxima admissível unilateralmente,existem vários
tipos de diodos. Um dado importante na especificação do componente a ser utilizado é a
potência do dispositivo. Por exemplo, existem diodos Zener de 400 mW e 1 W. O valor da
corrente máxima admissível depende dessa potência e da tensão de Zener. É por isso
que o diodo Zener se encontra normalmente associado com uma resistência ligada em
série, destinada precisamente a limitar a corrente a um valor admissível.
Figura 1.21: Diodo Zener. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 27).
O diodo emissor de luz também é conhecido pela sigla em inglês LED (Light
Emitting Diode). Sua funcionalidade básica é a emissão de luz em locais e instrumentos
onde se torna mais conveniente a sua utilização no lugar de uma lâmpada. Especialmente
utilizado em produtos de microeletrônica como sinalizador de avisos, também pode ser
108
1.13.3 Fotodiodo
1.11 EXERCICIO
Figura 2.2: Substituindo pelo modelo equivalente o diodo “ligado” da figura 2.1.
(2.1)
(2.2)
(2.3)
111
Na figura 2.3 o diodo da figura 2.1 foi invertido. O diodo está no estado “desligado”,
resultando no circuito equivalente da figura 2.4. Como o circuito está aberto, a corrente do
diodo é 0A, e a tensão através do resistor R é a seguinte:
( ) (2.4)
Figura 2.4: Substituindo pelo modelo equivalente o diodo “desligado” da fig. 2.3.
EXEMPLO 2.1: Para a configuração série com diodo da figura 2.5, determine V D, VR e ID.
Figura 2.5
SOLUÇÃO:
SOLUÇÃO:
Figura 2.6
Em particular, note no exemplo 2.2 que, apesar de alta tensão aplicada ao diodo,
ele está no estado “desligado”. A corrente é nula, mas a tensão é significativa.
Tenha em mente, nas análises a seguir, o seguinte:
1. Um circuito aberto pode ter qualquer valor de tensão através de seus terminais,
entretanto a corrente é sempre zero.
2. Um curto-circuito possui 0V em seus terminais, e a corrente é limitada somente
pelo circuito restante.
A notação da figura 2.7 será empregada para a tensão aplicada. Esta notação é
comumente utilizada e o leitor deve tornar-se bastante familiarizado com ela.
Figura 2.8
SOLUÇÃO:
Embora a pressão estabeleça uma corrente com o mesmo sentido da seta do
símbolo do diodo, o valor de tensão aplicada é insuficiente para “ligar” o diodo de silício. O
113
( )
Figura 2.9
EXEMPLO 2.4: Determine V0 e ID para o circuito em série da figura 2.10
Figura 2.10
SOLUÇÃO:
Figura 2.11
EXEMPLO 2.5: Determine ID, VD2 e V0 para o circuito em série da figura 2.12.
114
Figura 2.12
2.2 EXERCICIO
a)
115
b)
c)
d)
e)
f)
EXEMPLO 2.6: Determine V0, I1, ID1 e ID2 para a configuração da figura 2.13.
Figura 2.13
116
SOLUÇÃO:
Figura 2.14
SOLUÇÃO:
Figura 2.15
117
SOLUÇÃO:
Figura 2.16
SOLUÇÃO:
118
2.4 EXERCICIO
a)
b)
c)
d)
119
e)
(2.6)
A tensão de linha é muito alta para a maioria dos dispositivos usados nos
equipamentos eletrônicos. É por isso que um transformador é encontrado
geralmente em quase todos os equipamentos eletrônicos.
Esse transformador abaixa a tensão ca a níveis mais compatíveis com os
dispositivos em uso, como os diodos e os transistores.
A figura 2.17 mostra um exemplo de um transformador. A bobina da
esquerda é chamada enrolamento primário e a da direita, enrolamento secundário.
O número de espiras no enrolamento primário é e o número de espiras no
enrolamento secundário é .
120
(2.7)
Figura 2.18: Transformador monofásico com carga. FONTE:MALVINO (Vol.1, pg.: 99).
(2.8)
(2.9)
122
Figura 2.19: Retificador de meia onda. FONTE: MALVINO (Vol.1, pg.: 102).
123
2.6.1 PERÍODO
Figura 2.20: Retificador de meia onda. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 53).
Figura 2.21: Região de condução (0 T/2). FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 53).
Para o período T/2 T, a polaridade da entrada Vi é mostrada na figura 2.6, e a
polaridade resultante através do diodo ideal produz um estado “desligado” com um
circuito-aberto como modelo equivalente.
O resultado é a ausência de um caminho para que as cargas fluam e V0 = iR =
(0)R = 0V para o período T/2 T. A entrada Vi e a saída V0 foram traçadas juntas na
figura 2.22 para que possa haver uma comparação. O sinal de saída V0 tem agora uma
área resultante média determinada por:
(2.10)
124
Figura 2.22: Região de não condução (T/2 T). FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 54).
Figura 2.23: Sinal retificado de meia-onda. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.: 54).
O efeito de se utilizar um diodo de silício com VT = 0,7V está demonstrado na
figuras 2.24 para a região em que o diodo é diretamente polarizado. O sinal aplicado
deve, agora, ser de no mínimo 0,7 V para que o diodo possa “ligar-se”. Para valores de Vi
menores do que 0,7, o diodo é ainda um circuito-aberto e V0 = 0V, como mostra a mesma
figura.
Quando em condução, a diferença entre V0 e Vi é um valor fixo de Vt = 0,7 V e V0
= Vi – Vt, como mostrado na figura. O efeito na prática é a redução da área acima do eixo,
que naturalmente reduz o nível de tensão de resultante. Para situações onde Vm >> Vt, a
equação (2.7) pode ser aplicada para determinar o valor médio com um relativo alto grau
de precisão.
( ) (2.11)
125
Figura 2.24: Efeito de Vt no sinal retificado de meia-onda. FONTE: BOYLESTAD; NASHELSKY (2005, pg.:
54).
EXEMPLO 2.8: a) Esboce a saída V0 e determine o nível dc de saída para o circuito da
figura 2.9. b) Repita o item a) para o caso em que o diodo ideal é substituído por um diodo
de silício. c) Repita os itens a) e b) para Vm = 200V, e compare as soluções, utilizando as
Eq. (2.12) e (2.11)
Figura 2.25.
SOLUÇÃO:
A)
B)
126
C)
2.6.2 TENSÃO DE PICO INVERSO (TPI) OU TENSÃO DE PICO REVERSO (TPR)
Figura 2.26.
127
O nível dc obtido a partir de uma entrada senoidal pode ser melhorado 100%,
utilizando-se um processo chamado retificação de onda completa.
Figura 2.28: Circuito da figura 2.27 para o período 0 -> T/2 do sinal de entrada Vi.
Figura 2.31: Formas de ondas dos sinais de entrada e saída para um retificador de onda completa.
Como a área acima do eixo para um ciclo completo é agora o dobro do área obtida
por um retificador de meia-onda, o nível dc foi também dobrado
(2.13)
Se diodos de silício fossem empregados como mostra a figura 2.32, a aplicação da
lei das tensões de kirchhoff ao longo do caminho de condução resultaria em
2.7.2 TPI
A TPI exige para cada diodo (ideal) pode ser determinada da figura 2.33, obtida no
pico positivo do sinal de entrada. Para o loop indicado, a tensão máxima através de R é
Vm e a TPI máxima é definida por:
(2.14)
Um retificador de onda completa também popular aparece na figura 2.34 com dois
diodos somente; entretanto, neste caso, há a necessidade de um transformador com
derivação central (Center tap) para que o sinal de entrada apareça em cada seção do
secundário do transformador.
2.7.4 TPI
O circuito da figura 2.37 nos auxiliará a determinar a TPI para cada neste retificador
de onda completa. Aplicando a tensão máxima no secundário, e Vm sendo determinada
pelo loop adjacente, resulta em
(2.15)
Figura 2.37: Determinando o valor da TPI para os diodos retificador de onda completa com transformador
CT.
131
EXEMPLO 2.9: Determine a forma de onda de saída do circuito da figura 2.38, e calcule o
nível dc na saída e a TPI exigida para cada diodo.
Figura 2.38:
SOLUÇÃO
2.8 EXERCICIO
1) Um retificador em ponte de onda completa com uma entrada senoidal de 120 V rms
possui um resistor de carga de 1kΩ.
a) Se diodos de silício são empregados, qual é a tensão dc disponível na carga?
b) Determine a TPI nominal de cada diodo.
c) Ache a corrente máxima através de cada diodo durante a condução.
d) Qual é a potência nominal exigida para cada diodo?
2) Determine V0 e a TPI nominal exigida para cada diodo na configuração da figura
abaixo:
132
O tipo mais comum é o filtro com capacitor mostrado na figura 2.39. Para simplificar
a explicação inicial sobre os filtros, estamos representando um diodo ideal como uma
chave.
Como você pode ver, um capacitor foi ligado em paralelo ao resistor de carga.
Antes de ligarmos a alimentação, o capacitor está descarregado, logo, a tensão de carga
é zero.
Durante o primeiro quarto de ciclo da tensão no secundário, o diodo está
diretamente polarizado. Idealmente, ele funciona como uma chave fechada. Como o diodo
conecta o enrolamento secundário diretamente ao capacitor, ele carrega até o valor da
tensão de pico Vp.
Logo após o pico positivo, o diodo para de conduzir, o que significa uma chave
aberta. Por quê? Porque o capacitor tem uma tensão Vp. Como a tensão no secundário é
ligeiramente menor que Vp, o diodo fica com polarização reversa. Com o diodo agora
aberto, o capacitor descarrega por meio da resistência de carga. Mas aqui está a idéia
principal sobre o filtro com capacitor: por um projeto deliberado, a constante de tempo de
descarga (que é o produto de RL e C) é muito maior que o período T do sinal de entrada.
Por isso, o capacitor perderá apenas uma parte de sua carga durante o tempo que o
diodo estiver em corte, conforme mostrado na Figura 2.40.
Figura 2.40: a) Filtrando o sinal de meia onda; b) Filtrando o sinal de onda completa.
Quando a tensão da fonte atingir novamente seu valor de pico, o diodo conduzirá
brevemente e recarregará o capacitor até o valor da tensão de pico. Em outras palavras,
após o capacitor ter sido inicialmente carregado durante o primeiro quarto de ciclo, sua
tensão será aproximadamente igual à tensão de pico do secundário.
A tensão na carga é agora uma tensão cc mais estável ou quase constante. A
única diferença para uma tensão cc pura é a pequena ondulação (ripple) causada pela
carga e descarga do capacitor. Quanto menor a ondulação, melhor.
Uma forma de reduzir essa ondulação é pelo aumento da constante de tempo de
descarga que é igual á RLxC.
134
2.9.3 FORMULA
(2.16)
Onde:
= Tensão de ondulação pico a pico;
I = Corrente cc na carga;
f= frequência de ondulação;
C= Capacitância.
2.9.4 A TENSÃO CC
A eletrônica não é uma ciência exata como a matemática pura. Para a maioria dos
trabalhos em eletrônica, respostas aproximadas são adequadas e até mesmo desejáveis.
Com isso em mente, aqui está como as aproximações do diodo afetam a tensão na
carga. Para um diodo ideal e sem ondulação, a tensão cc na carga na saída de um
retificador em ponte com filtro é igual à tensão de pico do secundário:
(2.17)
Existe uma melhoria que podemos usar. Podemos incluir o efeito da tensão de
ondulação como segue:
( ) ( ) (2.19)
EXEMPLO 2.10: Suponha que um retificador em ponte tenha uma corrente de carga de
10 mA e uma capacitância de filtro de . Qual é a tensão de ondulação de pico a
pico de um filtro com capacitor?
( )( )
EXEMPLO 2.11: Suponha que temos um retificador em ponte com filtro capacitivo com
uma tensão da rede de 120 V rms, uma relação de espiras de 9,5, uma capacitância de
filtro de e uma resistência de carga de . Qual é a tensão média na carga?
( )( )
( ) ( )
136
Figura 2.41 Equivalentes do diodo Zener para os estados a) ligado (on) e b) desligado (off).
Vi e R fixos
O circuito mais simples que utiliza diodo Zener aparece na figura 2.42. A tensão dc
aplicada é fixa, como o resistor de carga. A análise pode fundamentalmente ser dividida
em duas etapas.
(2.20)
A corrente no diodo Zener deve ser determinada pela aplicação da lei das
correntes de Kirchhoff. Ou seja,
138
EXEMPLO 2.12: a) Para o circuito com diodo Zener da figura 2.45, determine VL, VR, Iz e
Pz. b) Repita a parte com RL=3KΩ.
A)
139
Uma vez que V=8,73V é menor do que Vz=10V, o diodo está no estado “desligado”
como mostrado na curva característica abaixo. A substituição do circuito-aberto
equivalente resultará no mesmo circuito acima onde concluímos que
b)
140
2.11 EXERCICIO
Figura 2.46
2. Projete o circuito 2.47 para manter em 12 V para uma variação na carga de a
até 200 mA. Determine e .
Figura 2.47
141
a) b)
Figura 3.1: a) Transistor PNP; b) Transistor NPN.
Observe na figura 3.4 a largura das regiões de depleção indicando claramente qual
junção está polarizada diretamente e qual está polarizada reversamente.
O valor da corrente de base é da ordem de microampères, enquanto a corrente de
coletor e emissor é de miliampères.
Aplicando-se a lei de Kirchhoff para correntes ao transistor da figura 3.4 como se
fosse um nó simples, obtém-se
(3.1)
E descobre-se que a corrente de emissor é a soma das correntes de coletor e de
base. No entanto, corrente de coletor, possui dois componentes: os portadores
majoritários e os minoritários, indicados na figura 3.4.
143
a)
b)
Figura 3.5: Notação e símbolo utilizados na configuração emissor-comum: a) transistor npn; b) transistor
pnp.
Dois conjuntos de características da configuração emissor-comum: um para o
circuito de entrada, ou base-emissor, e um para o circuito de saída, ou coletor-emissor.
144
Beta (β)
(3.3)
Para cada transistor existe uma região de operação nas curvas características que
garante que os limites para o transistor não serão excedidos e que o sinal de saída terá
um mínimo de distorção.
Alguns dos limites de operação são auto-explicativos, como a corrente máxima de
coletor, (ICmax) a tensão máxima coletor-emissor, (V(BR)CEO). Para o transistor da figura
3.8, ICmax foi especificado como sendo de 50 mA, e VCEO como sendo 20 V.
A linha vertical no gráfico das curvas características definida como V CEsat
especifica o valor mínimo de VCE que pode ser aplicado sem que o transistor caia na
região não-linear chamada de região de saturação. O valor da VCESat é normalmente de
cerva de 0,3 V, especifico para esse transistor.
O valor máximo de dissipação de potência é determinado pela equação:
(3.4)
146
( )
(3.5)
4.1 INTRODUÇÃO
( ) (4.2)
(4.3)
polarizar um dispositivo para que ele possa responder à excursão completa de um sinal
de entrada, o ponto A não seria adequado.
Para o ponto B, se um sinal é aplicado ao circuito, a tensão e a corrente do
dispositivo irão variar em torno do ponto de operação, permitindo que o dispositivo
responda (e possivelmente amplifique) à excursão positiva e negativa do sinal de entrada.
Se o sinal de entrada é escolhido adequadamente, a tensão e a corrente do
dispositivo irão variar, mas não de maneira suficiente para levar o dispositivo ao corte ou
à saturação.
O ponto C permitiria alguma variação positiva e negativa do sinal de saída, mas o
valor pico a pico seria limitado pela proximidade com . Além disso, operar
Figura 4.1: Curva características de saída para um dispositivo com vários pontos de operação dentro dos
limites de operação de um transistor.
O circuito com polarização fixa figura 4.2 serve como uma introdução relativamente
simples e direta para a análise de uma polarização DC do transistor. Embora o circuito
empregue um transistor npn, as equações e cálculos aplicam-se igualmente bem para
uma configuração com transistor pnp, bastando para isso que se invertam os sentidos das
correntes e polaridades das tensões.
154
Considere inicialmente a malha mostrada na figura 4.3, que inclui a tensão base-
emissor. Escrevendo a equação das tensões de Kirchhoff no sentido horário da malha,
obtemos
(4.4)
(4.5)
155
(4.6)
Que expõe em palavras que a tensão entre coletor e emissor de um transistor, na
configuração com polarização fixa, é a fonte de tensão menos a queda através de R C.
Exemplo 4.1: Determine as seguintes quantidades para a configuração fixa das figuras
abaixo:
a) IB;
b) IC;
c) VBE;
d) VCE;
156
157
(4.7)
Uma vez conhecida , temos ideia da corrente máxima possível de coletor para
o projeto escolhido, e do nível que deve ser respeitado, se desejarmos uma amplificação
linear do sinal de entrada.
159
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS