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Livro Eletrônico

Aula 01

Fisioterapia Respiratória para Concursos - Curso Regular Fisioterapia


2018
Fábio Cardoso

95067108215 - Ana Paula Melo


VAI,VAS, MED,DIF ANA,CNS DA CAIXA TORACICA
Teoria e exercícios comentados- curso Regular
Prof. Fabio Cardoso – Aula 01

VIAS AÉREAS, MEDIASTINO, DIF. ANATOMICAS NA CRIANÇA E


CINESIOLOGIA DA CAIXA TORACICA.

SUMÁRIO PÁGINAS
Introdução 01
Vias aéreas 04
Mediastino 09
Diferenças anatômicas na criança 1123712 14
Cinesiologia da caixa torácica 26
Questões comentadas 36
Gabarito 54
Bibliografia 55

INTRODUÇÃO

Olá pessoal tudo bem? Na aula de hoje conversaremos sobre quatro assuntos,
mas calma, são assuntos que estão conectados. Serão abordados os temas vias
aéreas superiores e inferiores, passando pelo mediastino, mostrando as
diferenças anatômicas na criança e por fim cinesiologia da caixa torácica.

Então vamos lá.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários


órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares.
Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os
brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.

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O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de


produzir sons durante a passagem de ar.

Fig. 5

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Designa-se como aparelho respiratório o conjunto de órgãos e estruturas


envolvidos no processo da respiração.

O aparelho respiratório é um dos mais complexos do nosso organismo. Assegura


uma função indispensável à sobrevivência das células, dos tecidos e, no seu
conjunto, do corpo humano: a troca de oxigénio do ar para as células e a libertação
de dióxido de carbono proveniente do metabolismo celular.

A vida só é possível com o funcionamento deste sistema complexo.


Apesar das diferentes estruturas comunicarem entre si como uma unidade, desde os
seios perinasais e ouvido médio até aos alvéolos, situados na extremidade da árvore

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brônquica, há particularidades anatómicas e fisiológicas que fazem com que se divida


o aparelho respiratório em Vias Aéreas Superiores (VAS) e Vias Aéreas Inferiores
(VAI).

Fig. 6

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Vias

Aéreas Superiores (VAS)

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As Vias Aéreas Superiores são constituídas por:

- Nariz e fossas nasais


- Seios perinasais

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- Boca
- Faringe (onde se situam as amígdalas)
- Laringe (contém as cordas vocais, indispensáveis para falar)

São exemplos de infeções das Vias Aéreas Superiores:

- Constipação comum
- Sinusite (infeção dos seios perinasais)
- Amigdalite (infeção das amígdalas)
- Faringite (infeção da faringe)
- Laringite (infeção da laringe)

Fig. 7

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Vias Aéreas Inferiores (VAI)

As Vias Aéreas Inferiores são constituídas por:

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- Traqueia
- Brônquios (dividem-se em brônquios de menores dimensões até aos bronquíolos)
- Pulmões (contêm os alvéolos onde ocorrem as trocas gasosas).

São exemplos de infeções das Vias Aéreas Inferiores:

- Bronquite (infeção dos brônquios)


- Pneumonia (infeção do tecido pulmonar e alvéolos)

Todas estas estruturas apresentam funções diferentes e desempenham papéis


importantes no controlo das infeções respiratórias.

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Diafragma e nervo frênico

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MEDIASTINO

O mediastino está situado entre a pleura pulmonar esquerda e direita, na linha


média do plano sagital no tórax. Estende-se anteriormente do esterno à coluna
vertebral, posteriormente. Contém todas as estruturas do tórax, exceto os
pulmões e também é conhecido com espaço interpleural. Pode ser dividido para
fins descritivos em duas partes: uma porção superior, acima do limite superior
do pericárdio, chamada de mediastino superior; e a porção inferior, abaixo do
limite superior do pericárdio. Esta porção inferior subdivide-se em outras três
partes, uma parte anterior ao pericárdio, o mediastino anterior; a porção que
contém o pericárdio e suas as estruturas, o mediastino médio; e a porção
posterior ao pericárdio, o mediastino posterior.

O Mediastino Superior é o espaço interpleural que localiza-se entre o manúbrio


do esterno e as vértebras torácicas superiores. É limitado inferiormente por um
plano oblíquo que passa da junção munibrio-esternal até a borda inferior do
corpo da 4º vértebra torácica, e lateralmente pelas pleuras. Contém a crossa da
aorta, tronco braquiocefálico, a porção torácica da artéria carótida comum
esquerda e artéria subclávia esquerda, a veia braquiocefálica e a metade
superior da veia cava superior, o nervo vago, nervo frênico e os nervos laríngeos
recorrentes, a traquéia, esôfago, ducto torácico, o remanescente do Timo e
alguns linfonodos.

O Mediastino Anterior existe apenas do lado esquerdo, onde a pleura esquerda


diverge da Lina média. É limitado anteriormente pelo esterno, lateralmente pela
pleura e posteriormente pelo pericárdio. É estreito na sua parte superior mas
expande-se um pouco inferiormente. Sua parede anterior é formada pela 5º, 6º
e 7º cartilagens costais. Contém uma pequena quantidade de tecido areolar
frouxo, alguns linfáticos que ascendem da superfície convexa dão fígado, 2 ou 3

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linfonodos mediastinais e pequenos ramos mediastinais da artéria mamária


interna.

O Mediastino Médio é a maior porção do espaço interpleural. Contém o coração


envolvido por sua serosa, a aorta ascendente, a metade inferior da veia cava
superior com a veia ázigos se unindo à ela, a bifurcação da traquéia e os dois
brônquios, a artéria pulmonar e os seus dois ramos, as veias pulmonares direita
e esquerda, os nervos frênicos e alguns linfonodos brônquicos.

O Mediastino Posterior é um espaço triangular irregular que corre paralelo a


coluna vertebral. Está limitado anteriormente pelo pericárdio, pelo diafragma
inferiormente, posteriormente pela coluna vertebral desde a 4º à 12º vértebra
torácica de cada lado pela pleura pulmonar. Contém a porção torácica da aorta
descendente, a veias ázigos e as duas hemiazigos, os nervos vagos e
esplâncnicos, o esôfago, ducto torácico e alguns linfonodos.

E o compartimento central da cavidade torácica. É coberto de cada lado


pela pleura mediastinal e contém todas as vísceras e estruturas
torácicas, exceto os pulmões.

- estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma inferiormente e


do esterno e cartilagens costais anteriormente até os corpos das vértebras
torácicas posteriormente.

- é uma região muito móvel, pois consiste principalmente em estruturas viscerais


ocas (cheias de líquido ou ar) unidas apenas por tecido conjuntivo frouxo,
frequentemente infiltrado por gordura. As principais estruturas no mediastino
também são circundadas por vasos sanguíneos e linfáticos, linfonodos, nervos
e gordura.

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PERICÁRDIO (MEDIASTINO MÉDIO)

- inclui o coração e as raízes do grandes vasos (aorta ascendente, tronco


pulmonar e veia cava superior) que entram e saem do coração.

- o pericárdio é uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de


seus grandes vasos. É um saco fechado formado por 2 camadas:

PERICÁRDIO FIBROSO: camada externa resistente, é contínua (funde-se) com


o tendão central do diafragma o local de continuidade foi denominado ligamento
pericardicofrênico. Sua superfície interna é revestida pela lâmina parietal do
pericárdio seroso, a qual é refletida sobre o coração nos grandes vasos como
a lâmina visceral do pericárdio seroso.

É contínuo superiormente com a túnica adventícia dos grandes vasos e com


a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical profunda. Fixa-se na superfície
posterior do esterno pelos ligamentos esternopericárdicos. Une-se às estruturas
do mediastino posterior por tecido conjuntivo frouxo.

Protege o coração contra o superenchimento súbito, porque é tão inflexível


quanto intimamente relacionado aos grandes vasos que o perfuram
superiormente.

PERICÁRDIO SEROSO: composto principalmente por mesotélio, uma única


camada de células achatadas que formam um epitélio que reveste a superfície
interna do pericárdio fibroso e a superfície externa do coração.

- o coração é relativamente bem preso nesse saco fibroso. O pericárdio é


influenciado por movimentos do coração e dos grandes vasos, esterno e
diafragma.

- a cavidade pericárdica é um espaço virtual entre as camadas opostas das


lâminas parietal e visceral do perciárdio seroso. Normalmente contém uma fina
película de líquido que permite ao coração se movimentar e bater em um
ambiente sem atrito.

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- a lâmina visceral do pericárdio seroso constitui o epicárdio, a mais externa


das 3 camadas da parede cardíaca. Estende-se sobre o início dos grandes
vasos, tornando-se continua à lâmina parietal do pericárdio seroso onde a
aorta e o tronco pulmonar deixam o coração e onde VCI e VCS e veias
pulmonares entram no coração. O seio transverso do pericárdio situa-se entre
esses 2 grupos de vasos e as reflexões do pericárdio seroso ao seu redor, e a
reflexão do pericárdio seroso ao redor dos segundo grupo de vasos define seio
oblíquo do pericárdio.

- os seios do pericárdio formam-se durante o desenvolvimento do coração em


conseqüência do pregueamento do tubo cardíaco primordial. Quando o tubo
cardíaco se dobra, sua extremidade venosa move-se póstero-superiomente, de
forma que a extremidade venosa do tubo situa-se adjacente à extremidade
arterial, separada apenas pelo seio transverso do pericárdio, uma passagem
transversal no saco pericárdico entre as origens dos grandes vasos aferentes e
eferentes. Assim, este seio situa-se posterior às partes intrapericárdicas do
tronco pulmonar e a aorta ascendente, anterior à VCS e superior aos átrios
do coração.

- à medida que as veias do coração se desenvolvem e se expandem, uma


reflexão pericárdica que as circunda forma o seio oblíquo do pericárdio, um
recesso semelhante a uma bolsa na cavidade pericárdica posterior à base (face
posterior) do coração, formada pelo átrio. Este seio é um saco cego.

- o suprimento arterial do pericárdio provém principalmente de um ramo fino da


a. torácica interna, a a. pericardicofrênica, que frequentemente acompanha ou
segue paralela ao nervo frênico até o diafragma.

- há contribuições menores de sangue de:

A. Musculofrênica (ramo a. torácica interna)

A. brônquica, esofágica e frênica superior (ramos da aorta torácica)

A. cononárias (primeiros ramos da aorta)

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- a drenagem venosa do pericárdio é feita:

V. pericardicofrênicas (tributárias das veias braquiocefálicas)

Sistema venoso ázigo

- a inervação:

Nervos frênicos (c3-c5): fonte primária das fibras sensoriais

Nervos vagos: função incerta

Troncos simpáticos: vasomotores

Obs: os nervos frênicos são nervos somáticos não-viscerais apesar de sua


localização.

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DIFERENÇAS ANATOMICAS E FISIOLOGICAS DO PACIENTE PEDIÁTRICO

Cabeça e Vias Aéreas Superiores.

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Comparada ao resto do corpo, a cabeça da criança é proporcionalmente maior


do que a do adulto (Figura ao lado) O peso da cabeça pode causar uma flexão
aguda da coluna cervical em crianças com baixo tônus, e esta flexão tende a
obstruir a passagem de ar. Neste sentido, é interessante saber que a
hiperextensão cervical facilita a passagem de ar. Por isso que bebês com esforço
respiratório tendem a hiperextender a cervical e algumas vezes até o tronco.
(fiquem alertas para não confundir isto com um opistótono!) Apesar da cabeça
ser maior, a passagem nasal é proporcionalmente menor do que a de um adulto.
Isto torna a entubação nasal em crianças mais difícil e arriscada.

A laringe encontra-se anatomicamente mais superior no pescoço do que nos


anos seguintes, a glote localiza-se entre C3 e C4 e é mais afunilada do que a de
um adulto. A epiglote infantil é mais longa, menos flexível e mais horizontal.
Desta forma, durante a deglutição a laringe provê uma conecção direta com a
nasofaringe. Isto cria duas passagens praticamente separadas, uma para a
respiração e outra para alimentação, permitindo a criança que respire e alimente-
se ao mesmo tempo. É importante enfatizar que a mucosa da via aérea superior

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da criança é fina e facilmente traumatizável. Aspirações freqüentes e contínuas


podem causar edema e obstrução destas áreas. Além disto, a estimulação
mecânica da laringe na criança pode resultar em estimulação vagal e
bradicardia.

Vias Aéreas de Condução

As vias aéreas de condução são aquelas que contém epitélio ciliado.


Estendendo-se da traquéia aos Bronquíolos respiratórios. O conhecimento da
propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de grande importância
clínica pelo simples fato de que patologias da via aérea periférica representam

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uma fonte comum de problemas respiratórios na infância.

As vias aéreas de condução na criança são menores e mais estreitas do que as


do adulto. A traquéia do recém-nascido tem aproximadamente 5 a 6 cm de
comprimento e 4mm de diâmetro, enquanto em pretermos pequenos, ela pode
medir apenas 2cm de comprimento e 2-3mm de diâmetro. As vias aéreas
aumentam de largura e comprimento com a idade. No entanto, parece haver
evidências de que as vias aéreas distais têm um ritmo de crescimento mais lento
do que as durante os primeiros 5 anos de vida. Estas vias relativamente mais
estreitas até a idade de 5 anos é presumivelmente responsável pela alta
resistência periférica ao fluxo aéreo neste grupo. A lei de Poiseuille estabelece
que a resistência ao fluxo de ar em um tubo é inversamente proporcional à quarta
potência do raio (r) do tubo. Portanto, uma pequena redução no calibre da via
aérea doa criança devido à inflamação ou edema pode levar à um aumento muito
grande na resistência da via aérea periférica. Este fenômeno explica porquê
infecções virais das vias aéreas inferiores (periféricas) representa uma grande
ameaça à recém-nascidos e crianças pequenas.

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O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de


condução, desde a traquéia até o nível dos bronquíolos segmentares. A fraqueza
relativa da estabilidade cartilaginosa em crianças comparada à de adultos leva
ao fenômeno de compressão dinâmica da trquéia em situações associadas à
altos fluxos expiratórios e aumento da resistência à passagem de ar, tais como
ocorrem na bronquilite, asma ou mesmo durante o choro. A árvore
traqueobrônquica de um recém nascido é mais complascente, e até a idade de
5 anos, a estrutura bronquiolar tem poucas fibras elásticas. Portanto, a via aérea
da criança é mais propensa ao colapso.

Parede torácica e musculatura

O gradil costal do recém nascido é composto principalmente por cartilagem e


tem alta complacência. Durante períodos de esforço respiratório, a parede
torácica da criança é facilmente tracionada para dentro. Esta retração da parede
torácica pode ser observada acima do esterno (retração de fúrcula esternal),
abaixo do esterno (retração sub ou infra esternal) e também entre as costelas
(retração intercostal). Ao contrário do adulto, a musculatura torácica da criança

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é imaturae não garantem um bom suporte estrutural e nem ventilatório. Além


disto, as costelas da criança são horizontalizadas. Desta foram, o diâmetro A-P
do tórax modifica-se pouco durante a inspiração, isto sobrecarrega o diafragma,
o qual move-se principalmente para cima e para baixo, sendo que este
movimento tem pouco efeito no aumento das dimensões laterais do tórax. Além
disto, vísceras abdominais proporcionalmente maiores limitam a excursão
vertical.

FISIOLOGIA DO DESENVOLOVIMENTODO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Ventilação alveolar.

Fisiologia do desenvolvimento

As vias aéreas de condução possuem epitélio ciliado em toda a sua extensão.


Em última análise, estendem-se da traquéia ao bronquíolo respiratório. Análise
das propriedades estruturais e funcionais da via aérea é de grande importância
clínica pelo fato de que a afecção das vias aéreas periféricas representam uma
causa comum de doenças respiratórias na infância. A formação das vias aéreas
de condução acontece entre a 4a e a 16a semanas de gestação, durante o
estágio pseudoglandular do desenvolvimento pulmonar.

A repetição destes conceitos se faz necessária para completo entendimento.

O crescimento intra uterino das vias aéreas de condução pode ser inibido por
uma hérnia diafragmática, resultando em hipoplasia pulmonar e grande
sofrimento respiratório ao recém-nato. Mesmo após a correção da hérnia
diafragmática ao nascimento, o prognóstico de sobrevivência permanece grave,
pois o crescimento vias aéreas de condução já não ocorre após o nascimento,
assim, a hipoplasia pulmonar permanece irreversível.

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Com a idade, as vias aéreas aumentam seu comprimento e diâmetro. No


entanto, o crescimento das vias aéreas distais é mais lento do que o das vias
aéreas proximais durante os primeiros 5 anos de vida. Este estreitamento relativo
das vias aéreas até a idade dos 5 anos, é possivelmente responsável pela alta
resistência periférica nesta faixa etária. A resistência ao fluxo de ar é
inversamente proporcional à quarta potência do raio de um tubo (Lei de
Poiseuille): Portanto, uma pequena redução no calibre da via aérea da criança
causado, por exemplo por inflamação ou edema, pode levar à um aumento
significativo na resistência à passagem de ar. Este fenômeno explica porque
infecções virais das vias aéreas inferiores é uma grande ameaça aos lactentes
e crianças pequenas.

O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de


condução desde a traquéia até o nível do bronquíolo segmentar. Após o
nascimento, as cartilagens aumentam em número até os 2 meses de idade então
passam a crescer em ralação à área total pelo restante da infância. A relativa
fraqueza do suporte cartilaginoso em crianças, comparado com o de adultos
pode levar à compressão dinâmica da traquéia em situações associadas a altos
fluxos expiratórios e aumento da resistência aérea, como na bronquiolite, asma
ou mesmo durante o choro. A pressão transmural da traquéia intratorácica
diminui durante a expiração forçada e é a principal causa da compressão
dinâmica.

Após o nascimento, ocorre um aumento dramático no número de alvéolos dos


20 milhões de sacos alveolares presentes ao nascimento, para cerca de 300
milhões de alvéolos na idade de 8 anos.

Embora a multiplicação alveolar seja o mecanismo predominante de crescimento


pulmonar, o aumento de tamanho dos alvéolos individuais é também um fator a
ser levado em consideração. O diâmetro médio de um alvéolo é 150-180 m aos

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2 meses de idade. Em adultos, o diâmetro aumenta para 250-300 m. O menor


tamanho alveolar em crianças é responsável pela maior predisposição ao
colapso alveolar de crianças.

Esta tremenda expansão no número e nas dimensões resulta em um


consequente aumento da área de superfície alveolar durante a infância. Ao
nascimento, a área de superfície alveolar é de 2.8 metros quadrados . Aos 8
anos de idade, a criança tem uma superfície alveolar de 32 metros quadrados, e
no adulto esta superfície alcança os 75 metros quadrados. Embora a área de
superfície seja apenas um dos muitos fatores determinantes da capacidade de
difusão de O2 é digno de nota que a capacidade de difusão da criança varia
entre 1/3 a 1/2 do que a do adulto, mesmo quando esta proporção é normalizada
em relação à superfície corpórea .

O pulmão adulto possui canais anatômicos que permitem a ventilação à áreas


distais a um uma via aérea obstruída ou "ventilação colateral". Três estruturas
forma descritas: (a) interalveolar (poros de Kohn), (b) bronquíolo-alveolar (cnais
de Lambert) e (c) interbronquilar. Embora a presença de ventilação colateral em
recém nascidos tenha sido defendida baseada em radiografias , Não foram
identificadas estruturas responsáveis por ventilação colateral em estudos
histológicos. Portanto, assume-se que a ventilação colateral não se desenvolve
até o final da infância. Os poros de Kohn surgem em algum momento entre o
primeiro e o segundo ano de vida.O canais de Lambert surgem com cerca de 6
anos. Os canais interbronquiolares não foram encontrados em pulmões
humanos normais; no entanto, eles podem se desenvolver na presença de
doenças . Sem a ventilação colateral, presume-se que as crianças tenham mais
risco de desenvolver atelectasias ou mudanças enfisematosas, e portanto
alterações na relação ventilação perfusão.

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Durante o período de desenvolvimento das vias aéreas e dos alvéolos, o sistema


respiratório infantil é deficiente em diversas formas; todavia, existe uma distinta
vantagem no desenvolvimento alveolar contínuo. uma vez que um processo de
doença resulta em destruição de uma porção do pulmão infantil, sua área de
superfície irá se expandir com o tempo para a troca gasosa. Uma destruição
pulmonar semelhante no adulto é improvável de conseguir levar ao crescimento
compensatório como observado na infância.

Efeitos da pressão pleural sobre a distribuição de gases

Entre os fatores que governam a distribuição do gás inspirado, a variação na


pressão pleural é de especial importânica. Durante a respiração espontânea, a
maior parte do gás é direcinado para regiões dependentes dos pulmões. Embora
o mecanismo exato ainda não esteja desvendado, assume-se que a força
gravitacional gera áreas de pressão intrapleural (Ppl.) menores (mais negativas)
nas bases do que nos ápices pulmonares. A Pressão alveolar P.alv permanece
constante em todas as regiões do pulmão. Entretanto as pressões de distenção
transpulmonares (Palv - Ppl) é reduzida em regiões dependentes. Uma Pressão
de distenção transpulmonar reduzida implica em um volume pulmonar reduzido
nestas regiões do pulmão.

Se traçarmos um gráfico relacionando a pressão transpulmonar com o volume


pulmonar veremos que estes alvéolos menores, localizados nas regiões
dependentes do pulmão, estarão em uma parte ingreme da curva. Assim, uma
pequena mudança na pressão transpulmonar implica em grande mudança no
volume alveolar (FIG abaixo). Consequentemente uma grande porção do volume
corrente é direcionada para alvéolos em regiões dependentes durante a
respiração, com a inspiração se iniciando ao nível da Capacidade Residual
Funcional (CRF). Este direcionamento é positivo, uma vez que grande parte do

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fluxo sanguíneo pulmonar também é direcionado para regiões dependentes do


pulmão, deixando assim, a relação entre a ventilação e a perfusão mais próxima.

Efeitos das mudanças na pressão pleural do ápice até a base do pulmão. A


pressão pleural aumenta do ápice para a base. Com o aumento da pressão
pleural, os alvéolos se tornam menores nas bases. Alvéolos menores estão
localizados na parte mais ingreme da curva pressão-volume (complacência), e
portanto uma dada variação na pressão transpulmonar produz um grande
aumento de volume nos alvéolos menores.

Entretanto, é possível que os volumes pulmonares estejam tão reduzidos abaixo


da CRF que pequenos alvéolos e vias aéreas localizados em regiões
dependentes do pulmão estejam "fechados". O volume pulmonar em que este
fenômeno acontece é denominado "capacidade de fechamento". A relação entre
a CRF e a capacidade de fechamento determinam, em grande extensão, a
relação ventilação X perfusão e, portanto, a PaO2.

Este fato é extremamente relevante para a prática clínica, uma vez que muitas
das doenças respiratórias pediátricas podem ser vistas como alterações da CRF,
da Capacidade de Fechamento, ou de ambos.

Posicionamento

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Tem o objetivo de favorecer a mecânica ventilatória, minimizando os fatores


predisponentes do RN à fadiga, concentrando-se o mínimo de esforço
respiratório e dispendendo menos energia. Alternar os decúbitos com certa
freqüência (2 a 4 horas) e posicionar corretamente o bebê pode otimizar a função
pulmonar, prevenindo acúmulo de secreções, funcionando com um estímulo
para a parede torácica e facilitando a reexpansão pulmonar em áreas
atelectasiadas, além de estimular o desenvolvimento neurossensorial e
psicomotor do bebê. É importante que o fisioterapeuta esteja sempre atento a
como o neonato se comporta perante uma nova posição.

A postura prona favorece uma melhor sincronia toracoabdominal, diminuindo o


gasto energético e aumentando a tensão arterial de oxigênio, resultado da
melhor mecânica pulmonar e ventilatória, permitindo ao RN um esforço
respiratório máximo voluntário, sem levar, no entanto, à fadiga muscular. Quanto
ao desenvolvimento neuropsicomotor, o posicionamento em prono facilita uma
postura mais flexora, pela ação da gravidade, e o RN permanece mais tempo em
estado de sono quieto, desorganiza-se menos e chora com menor freqüência,
além de minimizar os efeitos do refluxo gastroesofágico e reduzir os riscos de
aspiração. No entanto, a posição da cabeça pode alterar a resistência ao fluxo
aéreo, por deformação das vias aéreas superiores e do tubo endotraqueal, além
de limitar a excursão abdominal por tempo prolongado, podendo aumentar o
trabalho respiratório. Estudo realizado com neonatos em ventilação mecânica
sugere que a posição prona é segura e benéfica no desmame da ventilação
mecânica, além de contribuir para o sucesso do desmame em prematuros.
Ressalta que posição prona favorece a redução mais rápida de alguns
parâmetros ventilatórios, como a pressão inspiratória positiva (PIP) e a
freqüência respiratória, e que a freqüência de atelectasia foi duas vezes maior
em posição supina do que em prona, tanto durante o desmame como após a
extubação.

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As posturas laterais proporcionam uma estimulação proprioceptiva, facilitando o


trabalho da musculatura intercostal do lado em que o RN está apoiado,
conseguindo-se uma expansão do lado oposto, facilitando o levar das mãos à
boca e o contato visual com as mãos e a postura flexora. O decúbito lateral
esquerdo parece favorecer a redução da duração dos episódios de refluxo
gastroesofágico.

O posicionamento em supino constitui o menos favorável para o RN, pois o


movimento toracoabdominal é relativamente assincrônico durante a inspiração,
dificultando assim o trabalho do diafragma, além de manter a cabeça do RN
hiperestendida, com os ombros largados para trás, o que dificulta a
movimentação da cabeça e dos membros superiores e o levar da mão à boca.

Para auxiliar a manutenção do posicionamento se pode utilizar anteparos


(rolinhos) feitos com panos ou travesseiros de apoio. O colchão d´água pode ser
um artifício útil para RNs submetidos a ventilação mecânica por longo período.
Por meio dele, qualquer movimento realizado pelo bebê é propagado pela água
para todas as partes do corpo, propiciando estímulo vestibular e proprioceptivo,
contribuindo para diminuir a incidência de apnéias.

Os profissionais da saúde têm geralmente uma concepção errônea de que


as doenças pulmonares são problemas principalmente de adultos. As
estatísticas mostram que as doenças respiratórias são um dos principais
problemas na infância, contribuindo em grande parte nos índices de
internação, bem como das causas de mortalidade e morbidade em crianças
e neonatos.

Cinqüenta por cento (50%) das internações em unidades de terapia


intensiva pediátrica referem-se a crianças que apresentam Insuficiência

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Respiratória Aguda (IRA), sendo dois terços em crianças menores de 1 ano,


e destas, 50% no período neonatal (Vicent, 2003). As estatísticas de mortalidade
mostram que aproximadamente 30% de todas as mortes de bebês nascidos
a termo e 50 a 75% das mortes de bebês prematuros nos Estados Unidos
são causadas por ou estão estreitam ente relacionadas a doenças
respiratórias e, principalmente, por quadros de IRA (Lemen, 1992). A IRA
pode ser causada por diversas condições com o a Pneumonia, a Bronquiolite,
a Síndrome da Aspiração de Mecônio entre outras. A síndrome de aspiração
meconial (SAM) é uma doença caracterizada por vários graus de insuficiência
respiratória. A presença de mecônio no líquido amniótico ocorre em 5% a 15%
de todos os nascimentos, enquanto que a SAM em, aproximadamente, 2% a 3%,
sendo mais frequente em recém-nascidos (RN) pequenos para a idade
gestacional, nascidos de termo ou pós-termo.

Etiopatogenia

A eliminação de mecônio intra-útero é considerada como sinal de sofrimento


fetal, resultado de hipóxia fetal e acidose. Os antecedentes materno-fetais mais
frequentemente relacionados são: hipertensão arterial, doença cardiovascular ou
pulmonar crônica, hipotensão aguda, descolamento prematuro de placenta,
placenta prévia, partos laboriosos, presença de nós, circulares e prolapsos de
cordão, asfixia intra-uterina crônica, cesárea eletiva, apresentação pélvica.

Gregrory e col.(6) comprovaram em seus estudos a importância da asfixia na


SAM, constatando que 46% dos RN afetados apresentavam Apgar de primeiro
minuto igual ou inferior a 6 e 19% tinham Apgar de quinto minuto igual ou inferior
a 6.

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Os RN apresentam, ao nascimento, sinais de retardo de crescimento intra-


uterino, pele seca, enrugada e sem vérnix. A impregnação por mecônio é
observada na pele, unhas e cordão umbilical, e pode estar ausente quando o
mecônio for recente. Ao exame físico se observa hiperinsuflação do tórax, com
abaulamento do diâmetro transversal, cianose difusa, taquidispnéia, retração
intercostal e diafragmática. Entretanto, na população pediátrica e neonatal, a
IRA torna-se mais freqüente devido à s diferenças anátomo-fisiológicas que
colocam o sistema respiratório infantil em desvantagem com o sistema
respiratório adulto, deixando-o mais suscetível a falhas respiratórias.

Circulação neonatal de transição.

Após o nascimento o ducto arterial, o ducto venoso, o forame oval e os vasos


umbilicais não são mais necessários. Dessa forma, ocorre o fechamento do
forame oval e o ducto venoso e arterial se contraem. O fechamento do forame
oval ocorre pelo aumento de pressão no átrio esquerdo que pressiona a sua
válvula contra o septum secundum. O fechamento do ducto arterial parece ser
mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a sua
distensão inicial. Essa substância tem potentes efeitos contráteis na musculatura
lisa, atuando na dependência do alto teor de oxigênio do sangue aórtico. Assim,
quando a pressão de oxigênio for maior que 50 mmhg no sangue que passa
através do ducto arterial promove a sua contração. O fechamento do ducto
venoso ocorre pela contração do seu esfíncter, possibilitando que o sangue que
entra no fígado percorra os sinusóides hepáticos. Porém, vale ressaltar que a
mudança do padrão circulatório fetal para o padrão adulto não ocorre
repentinamente. Algumas alterações ocorrem com a primeira respiração e outras
após horas e dias.

CINESIOLOGIA DA CAIXA TORACICA

Cavidade torácica Respiração

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O tórax é constituído pelo esterno, costelas, cartilagens costais e vértebras


torácicas.

É limitado anteriormente pelo externo, superiormente pela clavícula e


inferiormente pelo diafragma. A cavidade torácica serve para fixar a coluna
vertebral posteriormente e faz a fixação do externo na parte anterior, além de
proteger os órgãos internos (coração, pulmões).

Há 12 costelas de cada lado, num total de 24. As sete superiores são chamadas
verdadeiras, fixando-se diretamente no externo, em sua parte anterior. Da 8ª à
10ª, elas são chamadas de falsas-costelas, porque se fixam indiretamente ao
esterno através da cartilagem costal da 7º costela, enquanto a 11ª e a 12ª são
chamadas flutuantes porque não têm fixações anteriores.

O esterno é formado por três partes: Manúbrio, corpo e processo xifoide.

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Movimentos/Articulações

As costelas articulam-se com as vertebras, principalmente, em duas áreas: (1)


corpos das vértebras e (2) processo transverso. Estas articulações são
chamadas articulações costovertebrais.

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Mecânica Respiratória

A mecânica respiratória compreende as várias etapas que vão desde o


condicionamento do ar, os movimentos da caixa torácica, a contração do m.
diafragma até a ação da prensa abdominal.
O condicionamento do ar que inspiramos ocorre dentro da cavidade nasal. É
dentro da cavidade nasal que ocorre a filtração, aquecimento e o umedecimento
do ar. A seguir, a caixa torácica se movimenta durante a respiração,
realizando dois movimentos: (1) no movimento de alça de balde ocorre um
aumento do diâmetro transverso (veja a Figura abaixo) do tórax devido à
elevação das costelas durante a inspiração; e (2) no movimento de braço de
bomba ocorre um aumento do diâmetro (veja a Figura abaixo) ântero-posterior

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do tórax devido à elevação e à projeção anterior do esterno durante a inspiração.


Outro diâmetro que também aumenta durante a inspiração é o diâmetro
longitudinal (veja a Figura abaixo) do tórax, que ocorre devido à contração do
diafragma em sentido inferior. Na ação da prensa abdominal ocorre a
contração da musculatura da parede do abdome, o diafragma é empurrado para
cima, diminuindo, assim, todos os diâmetros do tórax durante a expiração.

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Os Músculos da Respiração

Os músculos da respiração podem ser classificados em duas categorias. Por um


lado, os músculos da inspiração, que elevam as costelas e o esterno e, por outro,
os músculos da expiração, que fazem baixar as costelas e o esterno. Além disso,
nestas duas categorias se distinguem dois grupos, os músculos principais e
os músculos acessórios, embora estes últimos só ajam durante movimentos
anormalmente amplos ou potentes. Então, podem-se distribuir os músculos da
respiração em quatro grupos: Primeiro grupo: os músculos principais da
inspiração: são os intercostais externos e os supracostais e, especialmente, o
diafragma. Segundo grupo: os músculos acessórios da inspiração (figs. 4-28, 4-
29 e 4-30): - os esternocleidomastóideos (1), os escalenos anteriores (2), médios
(3) e posteriores (4); todos estes músculos somente são inspiradores quando
tomam como ponto fixo a coluna cervical rígida pela ação de outros músculos
(fig. 4-28); - o peitoral maior (4) e o peitoral menor (5), quando estes dois
músculos (fig. 4-30) tomam a cintura escapular como ponto fixo e os membros
superiores estão em abdução; - os feixes inferiores do serrátil anterior (6) e do
grande dorsal (10) quando ele toma os membros superiores, previamente
abduzidos, como ponto fixo; - o serrátil menor posterior e superior (11); - as fibras
superiores do sacrolombar (12), que tomam as cinco últimas apófises
transversas cervicais como ponto fixo por cima e se inserem abaixo nos seis
primeiros arcos costais, deste modo, eles têm uma disposição semelhante à dos
músculos supracostais de grande comprimento. Terceiro grupo: os músculos
principais da expiração; Este grupo só está representado pelos músculos
intercostais internos. De fato, a expiração normal é um fenômeno
puramentepassivo de retomo do tórax sobre si mesmo pela simples
elasticidade dos elementos ósteo-cartilaginosos e do parênquima pulmonar.

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Portanto, a energia necessária para a expiração é, na verdade, uma restituição


da energia desenvolvida na inspiração pelos músculos inspiradores e que é
armazenada no nível dos elementos elásticos do tórax e do pulmão. Quarto
grupo: os músculos acessórios da expiração. Não por ser acessórios, estes
músculos deixam de ser importantes, nem extremamente potentes, visto que
condicionam a expiração forçada e o esforço abdominal. Os músculos
abdominais (fig. 4-30), o reto abdominal (7), o oblíquo externo (8) e o oblíquo
interno (9) fazem o orifício inferior do tórax baixar com força. Na região torácico-
lombar (fig. 4-29) se encontram outros músculos acessórios da expiração: a
porção inferior do músculo sacrolombar (13), o grande dorsal (14), o serrátil
menor posterior e inferior (15) e o quadrado lombar (não representado aqui).

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Veja um link com a animação do movimento alça de balde virtual.

https://www.youtube.com/watch?v=A6jO6hGjc14

Para visualizar e o segurar a tecla Ctrl = click no link acima.

copie e cole no seu url caso não consiga clicar.

Musculo Diafragma

A cavidade torácica está separada da cavidade abdominal pelo musculo


diafragma, um músculo largo, com uma forma de abóbada. Tem uma origem

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mais ou menos circular sobre o processo xifoide, nas últimas seis costelas e
primeira vértebra lombar e se insere no grosso tendão central. Há três aberturas
no músculo diafragma para permitir a passagem do esôfago, aorta e veia cava
inferior. Como a inserção do tendão está localizada mais acima de sua origem,
abaixa quando se contrai. Isto torna a cavidade torácica mais larga e o abdômen
mais estreito, ocorrendo, então, a inspiração.

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Resumo das atividades da respiração.

Ação Músculos

Inspiração: Elevação das costelas e aumento no tamanho da cavidade torácica


com descida do diafragma e expansão da parede torácica.

Inspiração calma Diafragma

Intercostais Externos

Inspiração profunda Músculos da respiração calma

Esternocleidomastóideo

Escalenos

Elevador das costelas

Serrátil posterior e superior

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Inspiração forçada Músculos da inspiração calma


e músculos da

Inspiração
profunda:

Elevador da escapula

Trapézio superior

Rombóides

Peitoral menor

Expiração: depressão (abaixamento) das costelas e diminuição do tamanho da


cavidade torácica

Expiração: depressão (abaixamento) das costelas e diminuição do tamanho da


cavidade torácica

Expiração calma Relados Intercostais Externos

Retorno elástico da parede


torácica, pulmões e

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brônquios

Ação da gravidade

(Intercostais internos)

Expiração forçada Músculos Intercostais Internos:

Reto abdominal

Oblíquo externo

Obliquo interno

Quadrado lombar

Transverso do abdômen

Serrátil posterior inferior

Questões comentadas:

Questão 1. Durante a inspiração,

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a) a pressão intrapleural é positiva.

b) o volume nos pulmões é menor do que a


capacidade residual funcional

c) a pressão alveolar é igual do que a pressão


atmosférica

d) a pressão alveolar é maior do que a pressão


atmosférica.

e) a pressão intrapleural é mais negativa do que


durante a expiração.

Comentários:

Inspiração

Nela ocorre uma contração dos músculos inspiratórios com aumento do volume
da caixa torácica, acompanhado pela pleura parietal e também pela visceral.
Com isso, há uma queda da Ppl e uma conseqüente expansão alveolar. Esse
fato promove uma queda da pressão alveolar.

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Nesse processo, estabelece-se uma variação de pressão entre o pulmão e o


meio externo com entrada de ar nos pulmões (P intrapulmonar < P meio externo)

Quando Pa=Psc, Pa=0

A pressão que leva à inspiração é basicamente a Ptt. Na inspiração ocorre queda


de Pa com conseqüente fluxo inspiratório de ar. Conforme o ar vai entrando,
temos um aumento da Pa até que ela se iguale à atmosférica (Psc). Nesse ponto
Ptt equivale à zero e a inspiração cessa.

Gabarito letra E

Questão 2. A expansão pulmonar durante a sustentação máxima da inspiração


acontece pela:

a) pressão alveolar negativa durante a expiração.

b) pressão pleural negativa durante a inspiração.

c) pressão alveolar positiva durante a inspiração.

d) pressão pleural positiva durante a expiração

e) pressões alveolares e pleurais positivas durante a inspiração.

Comentários:

Fatores mecânicos da ventilação

Ventilação pulmonar é o processo no qual o ar contido no interior dos pulmões é


constantemente renovado. Essa renovação dá-se através de um fluxo aéreo do
meio externo para o interior dos pulmões (inspiração) e vice-versa (expiração).
O fluxo aéreo ocorre de acordo com uma variação de pressão entre o meio

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intrapulmonar e o meio ambiente e por uma função de condutância. Essa última


é acarretada indiretamente, pela ação dos músculos respiratórios já citados
anteriormente. Cabe citar aqui quais as pressões que vão culminar com a
geração de uma variação de pressão tal que promova entrada ou saída de ar
dos pulmões.

Em um fluxo inspiratório a pressão intrapulmonar é menor que a do meio. No


fluxo expiratório o inverso ocorre, ou seja, a pressão intrapulmonar é maior que
a do meio.

Normalmente, a pressão do meio ambiente não varia e então é necessário que


ocorram mudanças da pressão intrapulmonar para que hajam os fluxos
respiratórios.

A pressão intrapulmonar é composta por outras pressões que são:

• pressão intrapleural

• pressão da caixa torácica

• pressão transtorácica

• pressão alveolar e da superfície corporal.

Pressão intrapleural (Ppl):

É aquela que se forma entre os folhetos visceral e parietal da pleura, na cavidade


pleural e contribui para a aproximação do tórax aos pulmões.

Ela é resultante de forças elásticas do pulmão (no sentido de retração) e de


forças elásticas do arcabouço da caixa torácica.

Em relação às forças elásticas do pulmão temos que elas são oriundas do tecido
elástico pulmonar, cuja tendência é de retração após uma distensão e tensão
superficial dos alvéolos, ou seja, força elástica causada pela tendência ao
colabamento alveolar. Isso decorre do fato que as moléculas de água do interior
dos alvéolos em contato com o ar tendem-se a atrair e, então, ocorre expulsão
do ar alveolar com conseqüente colabamento. Como isso tende a ocorrer de

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maneira global, o resultado final é a geração de uma força elástica contrátil na


totalidade dos pulmões.

A tensão superficial é controlada pela produção do “surfactante” pelos


pneumócitos tipo II. Tal substância reduz a tensão superficial através de sua
ação “detergente” sobre a molécula de água, levando indiretamente a menor
tendência ao colabamento.

As forças de retração elástica do pulmão (FREP) têm como resultante uma força
que tende a diminuir o volume (contração), já as forças elásticas do arcabouço
da caixa torácica (FECT) agem no sentido de aumentar o volume de tal caixa
(sentido contrário que FREP).

Durante uma expiração normal, as forças de retração elásticas do pulmão estão


em equilïbrio com a força elástica do arcabouço da caixa torácica.

A diferença entre essas 2 forças estabelece a pressão intrapleural (Ppl). Uma


expiração normal, Ppl equivale a aproximadamente 5 cmH2O abaixo da pressão
atmosférica. Por esse motivo, se consideramos a pressão amosférica (Patm)
igual a zero (Patm=10mmHg), fala-se que a Ppl é a pressão negativa intrapleural.
A conclusão é que Ppl é inferior que a do meio ambiente.

Pressão transpulmonar (Ptp):

É a diferença entre as pressões no alvéolo (Pa) e na pleura (Ppl). A pressão


transpulmonar exerce a força que mantém o parênquima expandido.

Assim, temos a seguinte equação: Ptp= Pa – Ppl

Se Ppl > 0 logo Pa > Ppl = tendência à expansão pulmonar.

Se Ptp < 0 logo Pa > Ppl = tendência à contração pulmonar.

Pressão da caixa torácica (Pct):

Ela pode agir tanto no sentido de retrair como expandir a caixa torácica. A Pct é
dada pela subtração entre a pressão intrapleural e pressão da superfície corporal
(Psc) = pressão atmosférica.

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Então, Pct = Ppl – Psc. Quanto maior a Psc, maior a tendência à contração da
caixa torácica e vice-versa.

Pressão transtorácica (Ptt):

Ela age em todo o aparelho respiratório, englobando todas as pressões feitas


sobre tal aparelho, desde a alveolar até de superfície corporal.

Ptt é dada pela seguinte equação:

Ptt=Pa-Ppl+Ppl-Psc=Pa-Psc

Gabarito letra B.

Questão 3. A inspiração e a expiração são processos passivos do pulmão já


que ele não se movimenta, isso fica a cargo de: EXCETO.

a) diafragma;

b) músculos intercostais;

c) expansibilidade da caixa torácica;

d) epiglote.

Comentários:

Durante a deglutição, a laringe se eleva, enquanto a epiglote se abaixa,


ocasionando o fechamento da laringe, permitindo assim a passagem do alimento
para o esôfago; durante a respiração a epiglote se eleva permitindo assim um
acesso livre para a laringe permitindo a passagem de ar

Gabarito letra D.

Questão 4. Com base na anatomia do sistema respiratório, assinale a alternativa


INCORRETA.

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a) As vias aéreas superiores são formadas pelas fossas nasais, nasofaringe,


orofaringe e laringe.

b) O brônquio principal direito é mais vertical, calibroso e mais curto, enquanto


que o esquerdo é mais horizontal, de menor calibre e mais longo.

c) As vias respiratórias inferiores compreendem a zona funcional do pulmão,


sendo formadas somente pelos ductos e sacos alveolares.

d) A pleura parietal reveste a face interna da parede torácica aderindo-se aos


arcos-costais, graças a um tecido, a fáscia endotorácica.

e) A artéria pulmonar conduz sangue venoso do ventrículo direito aos capilares


alveolares e, em seu início, ela se bifurca dando um ramo para o pulmão
esquerdo e outro para o direito.

Comentários:

As Vias Aéreas Inferiores são constituídas por:

- Traqueia

- Brônquios (dividem-se em brônquios de menores dimensões até aos


bronquíolos)

- Pulmões (contêm os alvéolos onde ocorrem as trocas gasosas)

Gabarito letra C

Questão 5. Assinale a alternativa que apresenta corretamente como são


divididos os brônquios.

a) Brônquios principais, lobares e alveolares.

b) Brônquios respiratórios, condutores e lobares.

c) Brônquios principais, traqueais e alveolares.

d) Brônquios principais, lobares e segmentares.

e) Brônquios alveolares, lobares e segmentares.

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Comentários:

BRÔNQUIOS

Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são


considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios
extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina,
tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o
esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem
incompletos.

Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao


atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se
nos Brônquios Lobares.

Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um


destes distribuindo-se a um segmento pulmonar.

Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores


denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e
não possuem cartilagem.

Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos


denominados Ductos Alveolares.

Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva


chamados Alvéolos.

Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias


respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo.

A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da


membrana capilar alvéolo-pulmonar.

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Gabarito letra D

Questão 6. Em relação à anatomia do pericárdio, assinale a alternativa correta.

a) É um saco seroso que recobre o coração e todo o mediastino.

b) Está dividido em pericárdio fibroso, seroso e parietal.

c) É um espaço virtual, onde há 120 ml de líquido.

d) O seroso consiste de duas camadas: parietal e visceral.

e) O fibroso é fixado no pericárdio seroso e nas raízes dos grandes vasos.

Comentários:

- a cavidade pericárdica é um espaço virtual entre as camadas opostas das


lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso. Normalmente contém uma fina
película de líquido que permite ao coração se movimentar e bater em um
ambiente sem atrito.

Gabarito letra D

Questão 7. O sistema cardiovascular tem como principal função oxigenar as


células. Sobre este sistema, é correto afirmar que:

a) O sangue oxigenado flui do lado direito do coração e é bombeado de forma


sistêmica.

b) A artéria coronária direita atinge o sulco coronário passando por trás do


tronco pulmonar.

c) A circulação pulmonar leva sangue do átrio direito para os pulmões.

d) A circulação pulmonar leva sangue do ventrículo direito para os pulmões.

e) O sangue chega ao coração passando primeiro pela aorta ascendente.

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Comentários:

Gabarito letra D

Questão 8. Qual é a principal função da circulação pulmonar no recém-nascido?

a) Estabilizar e circular o sangue.

b) Diminuir a resistência vascular pulmonar.

c) Mover o sangue a partir da membrana alvéolo-capilar para que ocorram as


trocas gasosas.

d) Agir como reservatório de sangue.

e) Ingurgitamento dos espaços peribrônquicos.

Comentários:

Gabarito letra C

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Questão 9. O colabamento das vias aéreas em lactentes é mais susceptível, se


comparado ao adulto, devido a qual fator?

a) Devido à falta de maturação dos pulmões por falta de surfactante.

b) Devido ao fato de lactentes não conseguirem compreender como realizar a


excreção de muco.

c) Devido à falta de desenvolvimento da musculatura lisa, que ocorre por volta


dos 3 ou 4 anos de idade, pois os bronquíolos de lactentes e crianças pequenas
são fracos, contribuindo para o colabamento das vias aéreas.

d) Devido ao fato dos bronquíolos de lactentes e crianças pequenas serem


anatomicamente diferentes.

e) Devido ao acúmulo de líquido nos alvéolos, quando o bebê aspira durante a


amamentação.

Comentários:

O suporte cartilaginoso é essencial para a estabilidade das vias aéreas de


condução desde a traquéia até o nível do bronquíolo segmentar. Após o
nascimento, as cartilagens aumentam em número até os 2 meses de idade então
passam a crescer em ralação à área total pelo restante da infância. A relativa
fraqueza do suporte cartilaginoso em crianças, comparado com o de adultos
pode levar à compressão dinâmica da traquéia em situações associadas a altos
fluxos expiratórios e aumento da resistência aérea, como na bronquiolite, asma
ou mesmo durante o choro. A pressão transmural da traquéia intratorácica
diminui durante a expiração forçada e é a principal causa da compressão
dinâmica

Gabarito letra C.

Questão 10. Em relação à SAM (Síndrome de Aspiração do Mecônio), assinale


a afirmativa correta.

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a) O recém-nascido com SAM pode apresentar sinais de impregnação do


mecônio na pele, na unha e no cordão umbilical.

b) O mecônio é encontrado no trato urinário fetal a partir da décima semana de


gestação.

c) A SAM é caracterizada pela impregnação de mecônio no fígado e no pulmão.

d) A presença de mecônio no líquido amniótico no segundo trimestre de


gestação se torna necessariamente uma indicação de sofrimento fetal e de
ventilação mecânica invasiva controlada.

e) O mecônio é encontrado do trato gastrintestinal fetal a partir da segunda


semana de gestação.

Comentários:

A síndrome de aspiração meconial (SAM) é uma doença caracterizada por vários


graus de insuficiência respiratória. A presença de mecônio no líquido amniótico
ocorre em 5% a 15% de todos os nascimentos, enquanto que a SAM em,
aproximadamente, 2% a 3%, sendo mais frequente em recém-nascidos (RN)
pequenos para a idade gestacional, nascidos de termo ou pós-termo.

Etiopatogenia

A eliminação de mecônio intra-útero é considerada como sinal de sofrimento


fetal, resultado de hipóxia fetal e acidose. Os antecedentes materno-fetais mais
frequentemente relacionados são: hipertensão arterial, doença cardiovascular ou
pulmonar crônica, hipotensão aguda, descolamento prematuro de placenta,
placenta prévia, partos laboriosos, presença de nós, circulares e prolapsos de
cordão, asfixia intra-uterina crônica, cesárea eletiva, apresentação pélvica.

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Gregrory e col.(6) comprovaram em seus estudos a importância da asfixia na


SAM, constatando que 46% dos RN afetados apresentavam Apgar de primeiro
minuto igual ou inferior a 6 e 19% tinham Apgar de quinto minuto igual ou inferior
a 6.

Os RN apresentam, ao nascimento, sinais de retardo de crescimento intra-


uterino, pele seca, enrugada e sem vérnix. A impregnação por mecônio é
observada na pele, unhas e cordão umbilical, e pode estar ausente quando o
mecônio for recente. Ao exame físico se observa hiperinsuflação do tórax, com
abaulamento do diâmetro transversal, cianose difusa, taquidispnéia, retração
intercostal e diafragmática.

Gabarito letra A

Questão 11. Com relação à caixa torácica, assinale V para a afirmativa


verdadeira e F para a falsa.

( ) O manúbrio e o corpo esternal possuem articulação fibrocartilaginosa, o que


permite uma ação de alavanca do corpo esternal durante a respiração.

( ) O movimento respiratório conhecido como “alça de balde” é possível devido,


exclusivamente, à existência e à ação das costelas flutuantes.

( ) Os músculos intercostais internos têm origem na borda inferior de uma


costela superior e possuem a função de deprimir as costelas.

As afirmativas são, respectivamente,

a) F, V e F.

b) F, V e V.

c) V, F e V.

d) V, V e F.

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e) F, F e V.

Comentários:

Apenas o item do meio esta incorreto, no movimento de alça de balde ocorre um


aumento do diâmetro transverso do tórax devido à elevação das costelas
durante a inspiração. Não exclusivamente das costelas flutuantes.

Gabarito letra C.

Questão 12. Com relação à síndrome de aspiração do mecônio, analise as


afirmativas a seguir.

I. Geralmente está associada a distúrbios circulatórios.

II. Define-se pela presença de mecônio abaixo das cordas vocais.

III. Seu risco diminui de acordo com o avanço da gestação.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Comentários:

A presença de mecônio no líquido amniótico ocorre em 5% a 15% de todos os


nascimentos, enquanto que a SAM em, aproximadamente, 2% a 3%, sendo mais
frequente em recém-nascidos (RN) pequenos para a idade gestacional, nascidos
de termo ou pós-termo.

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Gabarito letra D

Questão 13. Os espaços entre as costelas, chamados espaços intercostais,


contêm três camadas de músculos. Assinale a alternativa que apresenta os
nomes dos músculos da camada superficial, média e profunda, respectivamente.

a) Intercostal externo, subcostal e transverso do tórax

b) Transverso do tórax, intercostal externo e intercostal interno

c) Subcostal, intercostal médio e intercostal superficial

d) Intercostal externo, intercostal interno e intercostal íntimo.

e) Intercostal externo, subcostal e intercostal íntimo.

Comentários:

Os músculos do tórax que vão ser descritos a seguir são somente aqueles que
agem sobre as costelas.

Os mm. intercostais externos se estendem, em cada espaço intercostal, do


ângulo do tubérculo costal à junção costocondral, formando a camada externa
da musculatura torácica. As fibras têm uma direção oblíqua, inferior e anterior,
prendendo-se na borda inferior da costela e na borda superior da costela
subjacente. Os sete músculos mais inferiores estão em íntima conexão com o
m. oblíquo externo, da parede do abdome. Ao nível da junção costocondral, o
restante do espaço intercostal é recoberto pela membrana intercostal externa,
que recobre fibras do m. intercostal interno.

Os mm. intercostais internos constituem a camada média e se estendem da


extremidade medial dos espaços intercostais até o ângulo da costela. Suas fibras
têm direção oposta à dos intercostais externos, isto é, são oblíquas, dirigindo-se
inferior e posteriormente. Prendem-se na borda inferior das costelas e

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cartilagens costais e na borda superior das costelas e cartilagens costais


subjacentes. Ao nível dos ângulos das costelas eles dão lugar à membrana
intercostal interna.

O m. intercostal íntimo é, na verdade, a parte mais interna, do m. intercostal


interno correspondente. Entre esta parte e o restante do músculo passam os
vasos e o nervo intercostais, o que tem sido invocado como justificativa para se
considerar o intercostal íntimo como um músculo separado. O feixe
vasculonervoso que corre em toda extensão do espaço intercostal está
constituído pela veia, artéria e nervo intercostais, nesta ordem, no sentido crânio-
caudal. O nervo supre os mm. intercostais.

Gabarito letra D

Questão 14. Os pontos de referência da superfície do conteúdo torácico devem


ser observados durante o exame físico. Dessa forma, o diafragma está situado
anteriormente ao nível da

a) 8ª costela.

b) 5ª costela.

c) 6ª costela.

d) 10ª costela.

e) 11ª costela.

Comentarios:

As hemicupulas diafragmáticas são na altura da 6º costela; logo este o limite


torácico.

Gabarito letra C.

Questão 15. Assinale a alternativa correta. O posicionamento do recém-nascido


(RN) pré-termo que oferece melhor estabilidade à caixa torácica e maior

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acoplamento torácico abdominal, facilitando os músculos respiratórios à


expansão do tórax é:

a) decúbito dorsal

b) decúbito lateral direito

c) decúbito lateral esquerdo

d) decúbito ventral

e) Trendelenburg

Comentários:

A postura prona (ventral) favorece uma melhor sincronia toracoabdominal,


diminuindo o gasto energético e aumentando a tensão arterial de oxigênio,
resultado da melhor mecânica pulmonar e ventilatória, permitindo ao RN um
esforço respiratório máximo voluntário, sem levar, no entanto, à fadiga muscular

Gabarito letra D

Questão 16. Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.

“O___________________________é o principal músculo respiratório. Ele


sustenta _______, separando a cavidade________ da cavidade _______.

a) diafragma / os músculos / torácica / abdominal

b) transverso abdominal / o abdômen / torácica / abdomina

c) diafragma / os pulmões / torácica / abdominal

d) abdominal / os pulmões / torácica / abdominal

e) diafragma / os ossos / abdominal / inguinal

Comentários:

Esta questão e alto explicativa nos força a relembrar os limites superiores e


inferiores do tórax, com base no Diafragma.

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Gabarito letra C.

Questão 17. Assinale a alternativa correta. Na contração do diafragma ocorre:

a) diminuição da dimensão vertical da cavidade torácica

b) movimentação forçada do conteúdo abdominal para baixo e para frente

c) margens costais são elevadas e movimentadas para dentro

d) promoção da redução no diâmetro transverso do tórax


==112580==

e) deslocamento para baixo na inspiração quando paralisado

Comentários:

O diafragma é um músculo muito importante que atua em nossos movimentos


de respiração (inspiração e expiração).

Ao inspirarmos o ar, o diafragma e os músculos intercostais se contraem. O


diafragma desce e as costelas sobem, fazendo com que haja aumento do volume
da caixa torácica e forçando o conteúdo abdomonal para baixo e para frente, e
assim o ar a entrar nos pulmões. Com a expiração ocorre o inverso. O diafragma
e os músculos intercostais se relaxam, subindo o diafragma e baixando as
costelas. Isso faz com que haja diminuição do volume da caixa torácica, forçando
o ar a sair dos pulmões.

Gabarito letra B

Questão 18. Em relação à pleura, considere as afirmações a seguir:

I. A pleura é dividida em parietal, associada às paredes da cavidade pleural, e a


visceral, que se reflete a partir da parede medial para a superfície pulmonar.

II. A cavidade pleural contém uma camada muito fina de líquido seroso, o que
permite o deslizamento da pleura visceral sobre a pleura parietal.

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III. Os pulmões não preenchem completamente as regiões inferiores anterior ou


posterior das cavidades pleurais, o que resulta em recessos denominados
costomediastinais e costodiafragmáticos.

IV. A pleura parietal apresenta vasos linfáticos e sanguíneos entre a camada


mesotelial e a matriz extracelular, enquanto que a visceral é composta por uma
única camada de células mesoteliais.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) I e IV, apenas.

d) I, II e III, apenas.

e) I, II, III e IV..

Comentários:

Coloquei esta questão para trazer para vocês conceitos sobre pleuras, apesar
de termos destacados nesta aula, o assunto mediastino e diafragma, trago esta
questão sobre pleural onde todos os conceitos descritos seguem corretos. Então
está e uma questão que você pode utilizar como base de dados sobre as pleuras.

Gabarito letra E.

Questão 19. É formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C",


feixes musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais
externamente de tecido conjuntivo que envolve todas essas estruturas:

a) Faringe.

b) Laringe;

c) Traqueia;

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d) Fossas Nasais.

Comentários:

Esta questão do ano de 2015, traz conceito simples em relação a anatomia do


sistema respiratório, para mostrar para vocês que não podemos errar este tipo
de questão por ser fácil, temos que dar valor a ela, pois se você errar, saiba que
cairá várias posições pois o concorrente não vai errar. Logo deixaremos para
que eles errem. Certeza que você acertou esta questão.

Gabarito letra C.

Questão 20. Com base na anatomia do sistema respiratório, assinale a


alternativa INCORRETA.

a) As vias aéreas superiores são formadas pelas fossas nasais, nasofaringe,


orofaringe e laringe.

b) O brônquio principal direito é mais vertical, calibroso e mais curto, enquanto


que o esquerdo é mais horizontal, de menor calibre e mais longo.

c) As vias respiratórias inferiores compreendem a zona funcional do pulmão,


sendo formadas somente pelos ductos e sacos alveolares.

d) A pleura parietal reveste a face interna da parede torácica aderindo-se aos


arcos-costais, graças a um tecido, a fáscia endotorácica.

e) A artéria pulmonar conduz sangue venoso do ventrículo direito aos capilares


alveolares e, em seu início, ela se bifurca dando um ramo para o pulmão
esquerdo e outro para o direito.

Comentários:

Muito cuidado com estas questões, pois sempre que solicitam a incorreta
devemos estar atentos pois nosso cérebro está condicionado a marcar a correta,
o que não foi solicitado aqui. O conceito de ácino pulmonar é muito utilizado em
patologia para definir a extensão do enfisema pulmonar, consiste de um

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bronquiolo principal mais seus ramos (bronquíolos respiratórios, ductos


alveolares, sacos alveolares e alvéolos), não só ductos e sacos alveolares.

Gabarito letra C.

Gabarito:

1-E

2-B

3-D

4-C

5-D

6-D

7-D

8-C

9-C

10-A

11-C

12-D

13-D

14-C

15-D

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16-C

17-B

18-E

19-C

20-C

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Kampandji

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