Você está na página 1de 33

O

UG
7H
55
CURSO DO MECÂNICO

44
S
VE
AL
Boas práticas de lubrificação

RA
EI
IV
da transmissão automática

OL
DE
O
AV
Material de apoio

ST
GU
GO
Rodrigo Ferrugem é

HU
mecânico do Rubinho
Barrichello na equipe

7
55
MobilTM Full Time.
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU
O
UG
H
557
44
S
VE
AL
RA
EI
IV

Hueslei Vitena
OL

é mecânico, consultor
DE

técnico e instrutor
automotivo no Senai.
VO
A
ST
GU

1
GO
HU
O
UG
7H
SUMÁRIO

55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
CAPÍTULO 1:

OL
DE
Introdução

O
AV
ST
GU
CAPÍTULO 2:

GO
HU
Conheça os tipos de transmissão automática

7
55
44
CAPÍTULO 3:
S
VE
AL

Os lubrificantes usados nas transmissões


RA
EI

automáticas
IV
OL
DE

CAPÍTULO 4:
VO
A
ST

Boas práticas de lubrificação


GU
O

das transmissões automáticas


UG
H
557

CAPÍTULO 5:
44
S
VE

Os problemas mais comuns e procedimentos


AL
A

de manutenção preventiva
R
EI
IV
OL
DE

CAPÍTULO 6:
VO
A

Relacionamento com o seu cliente


ST
GU
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
01
7 HU

Introdução
GO
GU
ST
AV
O
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S

3
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 1:

DE
O
Introdução

AV
ST
GU
GO
HU
Transmissões automáticas: item se O número representa 58% do total de

7
populariza e pode oferecer diferencial emplacamentos realizados em 2021.

55
competitivo para as oficinas 44
Esse aumento na produção de unidades
S
VE

com transmissão automática, por parte das


A manutenção da transmissão é um tema
montadoras, é explicado pelo interesse em
AL

complexo para os mecânicos, por uma série


otimizar a manufatura dos veículos – algumas
RA

de fatores. A começar pela diversidade


fazem a mudança de câmbio manual para
de tipos do equipamento, que requerem
EI

automático a custo zero. Outra razão é a


IV

diferentes práticas de lubrificação e de


necessidade de atingir objetivos estratégicos
OL

manutenção. Outro fator são as inúmeras


relacionados à agenda ambiental. Com a
aprovações existentes no mercado para
DE

transmissão automática, a troca de marcha


os lubrificantes, o que torna a escolha e a
VO

ganha em eficiência, impactando diretamente


disponibilidade de produtos nas oficinas
na redução do consumo de combustível do
A

mais complicada. Além disso, boa parte


ST

veículo.
desses fluidos é de longa duração, ou seja,
GU

um veículo faz poucas trocas em sua vida


O

útil. Tudo isso faz com que, no mercado


UG

brasileiro, os consumidores ainda procurem


H

preferencialmente as concessionárias para


57

fazer a manutenção e a troca dos fluidos. Mas


5

esse é um cenário em transformação.


44
S
VE

O câmbio automático, equipamento que há


AL

alguns anos era visto como sinônimo de luxo e


alto investimento por parte dos compradores,
RA

tem se tornado cada vez mais popular no


EI

país, e os fabricantes de automóveis estão


IV

desenvolvendo sistemas diferenciados para


OL

esse tipo de transmissão. Um levantamento


DE

da consultoria Bright Consulting¹, de


VO

2021, revelou que 1.136.412 automóveis e


comerciais leves zero-quilômetro vendidos
A

¹ Fonte: Câmbio automático já equipa 58% dos


ST

saíram da fábrica com câmbio automático. automóveis; veja os mais vendidos (uol.com.br)
GU

4
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 1:

DE
O
Introdução

AV
ST
GU
GO
HU
A evolução na tecnologia das transmissões automáticas tem vencido o tradicional preconceito

7
dos usuários. Há, inclusive, transmissões com tecnologias que fazem com que o motorista tenha

55
a sensação da passagem de marcha, oferecendo uma dirigibilidade mais esportiva para quem
44
tem essa preferência. O aumento do trânsito nas grandes cidades tem feito as montadoras
S
VE

tirarem o pé do freio, ou melhor, da embreagem, para investir em soluções que garantam mais
conforto ao motorista.
AL
RA

As primeiras transmissões automáticas já equipam os veículos há mais de vinte anos, e com


EI

a popularização, a frota que chega aos reparadores independentes só cresce, em especial a


IV

frota de veículos equipados com o modelo CVT, que apresenta um intervalo de troca de fluido
OL

menor. Por isso, entender as diferenças dos equipamentos e as boas práticas de lubrificação e
DE

manutenção é um diferencial competitivo importante para mecânicos e oficinas.


AVO
ST
GU

GUARDE ESSA!
O
UG

Uma transmissão automática é mais eficiente que um bom motorista?


As primeiras versões do equipamento eram equivalentes a um motorista de
H
57

média habilidade. Então, ainda era possível dizer que um bom motorista era
5

mais eficiente que a transmissão automática. Com o desenvolvimento dos


44

novos sistemas, fica cada vez mais difícil para um motorista ser tão eficiente
S

quanto os equipamentos.
VE
AL
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU

5
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
02
7 HU
GO
GU
ST
AV
O
DE

Conheça os tipos de
OL
IV
EI
RA

transmissão automática
AL
VE
S

6
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
As características de cada modelo e os equipamentos mais comuns no mercado

7
brasileiro

55
44
Transmissões automáticas contêm sistemas mecânicos, hidráulicos e elétricos trabalhando em
S
VE

harmonia. Os sistemas de controle operados hidraulicamente são gerenciados eletronicamente


pelo módulo do veículo, em vez da embreagem e alavanca de câmbio. As mudanças são feitas
AL

automaticamente, de acordo com vários fatores, como velocidade, rotação, posição do pedal
RA

do acelerador e carga.
EI
IV

Como funciona
OL

O câmbio automático conta com uma alavanca que, na maioria das vezes, tem as marcações 1,
DE

2, D (drive, em inglês, ou dirigir, N (neutral, em inglês, ou neutro) e P (park, em inglês, ou parado).


Algumas transmissões ainda possuem 3 ou D3 e D4, outros possuem o botão OD (overdrive).
VO

Quando o motorista coloca o câmbio em D e pisa no acelerador, o carro sai e o câmbio vai
A
ST

fazendo a troca das marchas, passando de 1 a 2, 3 até a última marcha. Se o motorista reduz
GU

a velocidade, as marchas vão se reduzindo, e ainda é possível conseguir uma redução mais
antecipada se ele apertar o acelerador com mais força. O câmbio automático tem uma espécie
O

de embreagem que fica submersa em óleo, chamada conversor de torque. O conversor faz o
UG

papel da embreagem de um carro com câmbio manual, mas sem a intervenção do motorista,
H

dependendo apenas que este pise no acelerador para ativar seu funcionamento.
557
44

Benefícios da transmissão automática:


S
VE
AL

• Eliminação do pedal da embreagem, o que permite uma operação mais


suave do veículo;
RA

• Saídas e paradas mais fáceis, mesmo em ladeiras;


EI

• A melhor relação de marcha para as mais diversas condições, como


IV

ultrapassagens ou curvas, é selecionada automaticamente;


OL

• A posição P trava o eixo motriz para evitar que o veículo se movimente para
DE

frente ou para trás quando estacionado;


VO

• A conveniência de não precisar trocar a marcha possibilita ao motorista manter


ambas as mãos no volante em todas as circunstâncias e facilita a direção do
A
ST

veículo aos iniciantes ou aos condutores que possuem alguma restrição física.
GU

7
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
Um sistema em evolução

7
55
A automatização da transmissão está rotação do motor, a posição e a velocidade
presente nos veículos desde “hidramáticos”,
44
de acionamento do pedal do acelerador, a
S
VE

como eram conhecidos, pois utilizavam um velocidade do carro e a carga do veículo.


AL

sistema mecânico com discos hidráulicos que


equipava os modelos mais antigos (Chevrolet O câmbio CVT (Continuously Variable
RA

Monza, Opala e VW Santana, Ford, por Transmission) ou transmissão continuamente


EI

exemplo), até os modelos atuais, que contam variável, tecnologia disponível nos veículos
IV

com diversos dispositivos eletrônicos.


OL

Honda Fit e City, se ajusta ao melhor perfil


de potência e torque exigidos, sem que o
DE

No geral, os sistemas de câmbio automático motorista perceba as trocas de marcha. A


VO

presentes na maioria dos modelos se principal diferença está nas mudanças de


assemelham com versões de três, quatro marcha, quase imperceptíveis, uma vez que
A
ST

ou cinco marchas e de operação bastante o câmbio possui infinitas relações de marcha.


GU

similar: liga-se o carro e move-se a alavanca Ou seja, o motor fica praticamente numa
de câmbio até a posição D. Na maioria dos rotação constante enquanto o câmbio faz
O
UG

modelos, só se “engata” a marcha com o freio o trabalho, com a velocidade aumentando.


pressionado. As opções “3”, “2” ou “1” são Tudo sem que o motor tenha sua rotação
H

utilizadas apenas em situações específicas,


57

elevada.
5

como subidas de aclives acentuados ou em


44

declives com o carro carregado. Esse sistema utiliza duas polias de diâmetro
S

variável. Conforme o pedal do acelerador


VE

Mas há algumas inovações sendo introduzidas é pressionado, as polias se aproximam ou


AL

entre as opções. Dentre as novas tecnologias se afastam. Tudo controlado por centrais
A

oferecidas, estão os modelos da Renault, com eletrônicas e sensores, que ajustam


R
EI

o câmbio Proactive, que equipa o Scénic, o seu funcionamento não apenas ao


IV

Laguna, Mégane, Clio e Kangoo. Segundo a comportamento do motor, mas também à


OL

montadora, esse sistema é adaptável à maneira maneira de dirigir do próprio motorista.


DE

de dirigir de cada motorista, ajustando-se às


condições de rodagem e ao estilo de cada
VO

um. O “calculador” da transmissão realiza


A

as trocas de marcha levando em conta a


ST
GU

8
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
A Audi oferece sistema semelhante, denominado Multitronic,

7
presente em modelos como o A4 3.0 e no “top de linha” A8. A

55
grande diferença em relação aos modelos japoneses é que o
44
câmbio pode ser operado de modo semiautomático, efetuando-
S
VE

se as mudanças de marcha por meio de botões/borboletas no


AL

volante ou movendo-se a alavanca para frente ou para trás. Outro


sistema de câmbio oferecido pela montadora alemã é o Tiptronic,
RA

que possui tecnologia anterior à do Multitronic, que se diferencia


EI

por não ter o mesmo conjunto de polias e, sim, engrenagens, mas


IV
OL

pode também ser operado pelos botões no volante.


DE
VO

Tipos de transmissão automática


A

O câmbio automático pode funcionar por meio de uma embreagem sólida (DCT e automatizado),
ST

como nos manuais, ou por um conversor de torque, sistema que liga a transmissão ao motor por
GU

meio hidráulico (automático convencional ou CVT).


O
UG
H

Automático convencional CVT


557
44
S
VE
AL

FOTO
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU

9
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
Transmissão automática escalonada ou Stepped Automatic Transmission (AT)

7
Uma evolução natural do sistema manual, a transmissão automática tradicional tem um sistema

55
de válvula e comando que automatiza o sistema de engrenagens que faz a passagem de marcha.
44
Os câmbios automáticos tradicionais podem ter opção de trocas manuais, por meio da alavanca
S
VE

ou de borboletas atrás do volante. Os primeiros equipamentos AT eram pouco eficientes, mas


isso vem mudando com a adição de mais marchas, facilitando a transição e otimizando o sistema.
AL

Atualmente, a versão com maior número de marchas é fabricada pela ZF e tem 9 velocidades.
RA

Atualmente o automático mais barato do mercado é o Chevrolet Onix, com motor 1.0 turbo.
EI
IV

Como funciona
OL

O grande trunfo dessa transmissão está no seu sistema de acoplamento e desacoplamento do


DE

motor. O responsável por este trabalho é um componente chamado conversor de torque, que
VO

utiliza a força hidráulica para movimentar o veículo, fazendo o acoplamento através do fluido,
e não mecânico, como na transmissão manual. Assim, o pedal da embreagem é dispensado.
A
ST

A passagem das marchas é controlada por válvulas chamadas de solenoides, gerenciadas por
GU

sistemas eletrônicos.
O
UG

Como o deslizamento é mais lento que o acoplamento da embreagem, o tempo na passagem é


mais longo. A vantagem desse sistema é que ele possui maior torque e resistência à fricção, em
H

modelos com mais de seis marchas. A desvantagem é que esses fatores perdem significativamente
57

a qualidade em modelos com poucas marchas e tamanho reduzido.


5
44
S

Transmissão de dupla embreagem ou Dual-Clutch Transmission (DCT)


VE

Tendência na Europa, por aqui esse equipamento pode ser encontrado no Audi A3 Sportback
AL

e em modelos da Porsche, Ford e Volkswagen. O DCT usa dois sistemas de engrenagem, que
A

operam em par. Funciona assim: enquanto o carro está em primeira marcha, o segundo jogo
R
EI

de engrenagens já está na segunda. Quando o veículo passa para a segunda marcha, o sistema
IV

apenas aciona o segundo jogo de engrenagens e desativa o primeiro, que passa para a terceira,
OL

e assim por diante. Esse sistema ainda pode ser categorizado como seco ou úmido. O seco é
DE

indicado para aplicações de alto torque e pequenos dimensionamentos, e o úmido é indicado


para veículos médios com limitação de torque.
VO
A
ST
GU

10
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
O maior benefício da DCT é a maior fluidez sistemas puderam ser produzidos a partir de

7
na transição entre as marchas. Por outro lado, adaptações nas manufaturas, com a inclusão

55
é um sistema complexo e caro. Ainda hoje, de componentes de automação, a CVT requer
esse é um equipamento mais presente em 44
um ambiente de produção distinto. Ainda
S
VE

carros esportivos e potentes. assim, inicialmente adotado pelas montadoras


asiáticas, como Toyota, Honda e Nissan, o CVT
AL

está cada vez mais popular.


RA
EI

GUARDE ESSA!
O CVT foi oferecido no Brasil inicialmente
IV

com o Honda Fit, mas o desenvolvimento


OL

Apesar de garantir maior fluidez


do sistema data da década de 1970 e hoje já
DE

nas passagens de marcha, a DCT


pode ser encontrado nos veículos Mercedes-
costuma vir equipada com uma
VO

Benz Classe A e B, Nissan Sentra, além de Audi


tecnologia que simula levemente o
A4 e A6. No início, seu uso era direcionado a
A

“tranco” da passagem de marcha.


ST

quadriciclos. Hoje já foi testado até em carros


Parece contraditório, mas essa
GU

de Fórmula 1. Do ponto de vista de economia


mudança vem para atender às
de combustível, é o mais eficiente.
O

necessidades do usuário desses


UG

modelos esportivos. Um exemplo


Como funciona
H

de como a percepção do usuário


Nesse sistema, em vez de engrenagens, há
57

direciona as decisões de engenharia


duas polias de diâmetro variável unidas por
5

das montadoras.
44

uma correia metálica de aço de alta resistência.


S

É a variação da correia que determina a relação


VE

de marchas. Assim, o dispositivo oferece uma


AL

Transmissões continuamente variáveis ou variação contínua de velocidades, tornando


A

Continuously Variable Transmission (CVT). infinitas as marchas. Não há interrupção da


R
EI

Em vez de engrenagens, a CVT é composta passagem de torque (força), ou seja, na prática,


IV

de polias e dois discos, um de tamanho fixo e o CVT garante uma condução bastante
OL

outro que altera o diâmetro para as passagens confortável, sem trancos. Tanto na hora de
DE

de marcha. É um sistema mais fácil e menos sair como em ultrapassagens, o CVT tem uma
custoso de se produzir e de manutenção mais aceleração contínua. O desempenho é suave
VO

simples, uma vez que não possui engrenagens. e linear.


A

Por outro lado, enquanto os demais


ST
GU

11
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
O rodar suave e a economia são os pontos altos. No entanto, a transmissão automática apresenta

7
resposta mais lenta e maior limitação em torques mais elevados. O efeito linear de aceleração

55
pode não ser aceito por muitos condutores, por isso, alguns fabricantes criam marchas “virtuais”,
44
e até mesmo sequenciais, para criar um efeito similar ao da transmissão automática comum.
S
VE

Também é muito usada em híbridos. Por aqui, a opção mais barata com CVT é o Nissan V-Drive
AL

(o antigo Versa) com motor 1.6.


RA
EI
IV

GUARDE ESSA!
OL
DE

Há outros tipos de transmissão que não frequentam as oficinas, mas que vale
mencionar. Um deles é a transmissão manual automatizada ou Manual Transmission
VO

Automated (MTA) ou, ainda, Automated Manual Transmission (AMT). Esse


A
ST

equipamento já caiu em desuso pela alta ocorrência de problemas mecânicos, mas


esteve presente, principalmente, nos mercados emergentes da América Latina e de
GU

alguns países da Ásia. É uma transmissão manual com alguma automação adicionada
O

posteriormente – não de fábrica. No mercado brasileiro, está disponível apenas


UG

nos modelos Chevrolet Meriva Easytronic e no Fiat Stilo Dualogic. E há também as


H

transmissões desenvolvidas para veículos híbridos e elétricos, a Dedicated Hybrid


57

Transmission (DHT) e a Reduction Transmission. Veículos elétricos têm transmissão


5
44

automática por design. Já os híbridos, não necessariamente precisam ter transmissão


automática, mas a maioria esmagadora no mercado a possui.
S
VE
AL
RA
EI

Aliás, você sabia que a marca Mobil™ também oferece um curso sobre veículos
IV

híbridos e elétricos? Acesse aqui.


OL
DE
VO
A
ST
GU

12
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
As transmissões no mercado

7
No Brasil, os veículos que chegam às oficinas vêm equipados principalmente com transmissões

55
AT e CVT. Por aqui, as transmissões DCT ocupam mesmo o nicho dos veículos esportivos de luxo.
44
Confira, no gráfico abaixo, os dados de mercado globais.
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU
O
UG
H
557
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU

13
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 2:

DE
O
Conheça os tipos de transmissão automática

AV
ST
GU
GO
HU
Um pouco de história A invenção dos brasileiros Fernando Iehly de
Lemos e José Braz Araripe foi vendida à GM

7
55
Os primeiros automóveis ofereciam apenas em 1932 e contribuiu para o desenvolvimento
marchas manuais. O francês Gaston 44
do sistema hidramático lançado pela GM em
Fleischel é conhecido como o inventor do 1939. Fernando Iehly foi também inventor
S
VE

primeiro sistema de transmissão automático, de um cavalete para prancheta de desenho,


AL

apresentado em 1936 num Peugeot 202. da qual recebeu a patente de modelo de


utilidade n° 29310 em julho de 1941.
RA

Com a guerra, as patentes de Fleischel foram


EI

tomadas pelos americanos. O Hydra-matic, Em 1937, os automóveis Buick e Oldsmobile


IV

lançaram um sistema chamado Automatic


OL

da General Motors, foi o primeiro sistema


de câmbio completamente automático Safety Transmission, que usava uma
DE

e foi introduzido em 1939 pela Detroit embreagem convencional para mudar a


VO

Transmission Division (mais tarde Hydra- transmissão para frente ou para ré. Uma
matic Division) nos modelos do Oldsmobile vez para frente, a transmissão mudava
A
ST

de 1940. automaticamente pelo uso de duas unidades


GU

planetárias operadas hidraulicamente –


O primeiro câmbio automático foi inventado uma para LOW GEAR e outra para DRIVE.
O

pelos irmãos Sturtevant, de Boston, em 1904. A unidade foi precursora do sistema


UG

Ele fornecia duas velocidades à frente, que Hydramático da GM, que nasceu em 1938.
H

eram engatadas e desengatadas pela ação


57

de forças centrífugas, sem a necessidade de O sistema Hydra-Matic consistia de


5
44

operar o pedal de embreagem. três engrenagens planetárias operadas


hidraulicamente. Um fluido era utilizado
S
VE

Conforme a velocidade do veículo aumentava, para acoplar o motor à transmissão, tendo


AL

determinados pesos se movimentavam para a Chrysler aperfeiçoado o sistema e o


que então engatassem a marcha correta – lançado em 1941, com o Chrysler Fluid Drive
RA

primeiro a marcha baixa e depois a marcha transmission (conhecido como Vacamatic),


EI

alta. O sistema não funcionava como embora esse sistema fosse semiautomático
IV

(o usuário tinha de acionar o pedal de


OL

esperado porque os pesos frequentemente


se afastavam muito. Usando também de embreagem para passar das duas marchas
DE

forças centrífugas, a Reo Motor Car Company mais altas para as duas marchas mais baixas).
VO

desenvolveu, em 1934, um sistema chamado


Reo Self-Shifter, que conectava duas Fontes: www.autoweek.com; www.carparts.com;
A
ST

transmissões em série. www.transmissionrepaircostguide.


GU

14
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
03
7 HU
GO
GU
ST
AV
O
DE
OL
IV
EI
RA
AL

transmissões automáticas
VE

Os lubrificantes usados nas


S

15
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 3:

DE
Os lubrificantes usados nas transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
As novas tecnologias e os produtos Mobil™ que atendem a esse segmento

7
55
Características dos fluidos de transmissão automática (ou Automatic Transmission Fluid, ATF)
44
O fluido para transmissão automática apresenta uma série de características que o diferencia do
S
VE

óleo de motor. Uma delas é que esse fluido tem a função de atuar como um fluido hidráulico,
AL

transmitindo força ao sistema. Assim, é importante que ele não forme espuma. Além disso, ele
protege os selos, especialmente nas CVTs, em que há muitos elastômeros e borrachas. Por isso, é
RA

importante que o fluido seja compatível.


EI
IV

Outra função relevante é a dispersão do calor. As transmissões, assim como os motores mais
OL

modernos, têm temperaturas mais altas, demandando fluidos que resistam à oxidação pelo calor.
DE

A diferença é que nas transmissões há menos variação de temperatura do que nos motores. Outra
VO

evolução em comum com os óleos de motor é a redução da viscosidade, com o objetivo de reduzir
o atrito interno e economizar combustível.
A
ST
GU

O uso de fluidos inadequados pode mudar o comportamento da transmissão, que passa a


apresentar trancos, patinações e ruídos.
O
UG
H
57

Funções do fluido de transmissão


5
44

• Resfriar os sistemas de transmissão, direção e/ou suspensão;


S

• Lubrificar e limpar os componentes internos;


VE

• Lubrificar e limpar todos os sistemas;


AL

• Ajudar a transmitir torque do motor para as rodas;


A

• Garantir a pressão interna necessária;


R
EI

• Inibir depósitos de verniz e impurezas;


IV

• Proteger os metais contra oxidação.


OL
DE
VO
A
ST
GU

16
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 3:

DE
Os lubrificantes usados nas transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
Simplificando a escolha Lubrificante premium 100% sintético, para

HU
A escolha do lubrificante para a transmissão veículos com transmissão automática (AT).
automática é uma tarefa complexa para

7
55
o mecânico. Cada montadora recomenda
aprovações específicas para cada modelo de 44
S
veículo.
VE

Além disso, não há uma especificação de


AL

mercado, como as que atendem a óleos de Mobil™ ATF


RA

motor: a ILSAC GF-6 e API-SP ou às normas Multiveículo


EI

ACEA. O resultado é que há uma infinidade


IV

de produtos disponíveis no mercado,


OL

principalmente para transmissões AT e CVT,


DE

com diversas aprovações, dificultando a


gestão de estoque das oficinas. • Prolonga a vida útil do fluido e da
VO

Já as transmissões DCT demandam um transmissão;


A

produto sintético, de alto desempenho, que • Excepcional estabilidade à oxidação e


ST

tem longos intervalos de troca, entre 150 resistência à deterioração química;


GU

e 200 mil quilômetros rodados, e que não • Excelentes propriedades de vazão a


O

chegam às oficinas para troca. baixas temperaturas de partida e a altas


UG

temperaturas operacionais;
H

• Excelentes características lubrificantes,


57

A marca Mobil™ também possui um propiciando operação silenciosa, trocas


5
44

curso sobre as normas ILSAC GF-6 de marchas suaves e excelente proteção


contra o desgaste;
S

(acesse aqui) e outro sobre ACEA C2/C3


VE

(acesse aqui). Não deixe de conferir! • Alto índice de viscosidade, o que garante
AL

excelente estabilidade da viscosidade,


proporcionando uma lubrificação
R A

adequada sem perda excessiva da película


EI

Mobil™ lançou dois produtos que atendem a de lubrificação em serviço severo a alta
IV

mais de 90% das necessidades do mercado


OL

temperatura e melhores propriedades a frio;


brasileiro, facilitando a rotina do mecânico e • Proteção confiável contra ferrugem e
DE

a gestão do estoque das oficinas e autopeças. corrosão.


Ambos são fluidos com tecnologia nova e que
VO

unem diversas aprovações em um só produto.


A

Consulte a lista completa de aplicações aqui e


ST

Confira: confira também a tabela de lubrificação aqui


GU

17
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 3:

DE
Os lubrificantes usados nas transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
Lubrificante premium 100% sintético,

7
formulado para uso em transmissões

55
continuamente variáveis (CVTs)
44
S
VE
AL
RA
EI
IV

Mobil™ CVT
OL
DE
VO
A
ST
GU

• Operação suave e consistente em todas • Excelentes propriedades de vazão, que


as condições climáticas, propiciando uma fornecem lubrificação imediata e proteção
O
UG

experiência de condução confortável; nas partidas a frio;


• Protege e lubrifica os componentes da • Excelente estabilidade à oxidação e ao
H

transmissão, o que confere extensão de cisalhamento do óleo, de forma a contribuir


557

sua vida útil; para uma longa vida útil do fluido;


44

• Excelente proteção da transmissão • Reduzido consumo de óleo devido a


S

contra desgaste, ferrugem e corrosão, vazamentos, resultado de suas eficazes


VE

preservando e garantindo sua vida útil; propriedades de controle de espuma e


AL

• Características de atrito estáveis e compatibilidade com materiais de vedação.


A

otimizadas, com excepcional retenção


R
EI

de capacidade de torque, o que confere Consulte a lista completa de aplicações aqui e


IV

uma sensação de mudança suave sem confira também a tabela de lubrificação aqui
OL

preocupações com ruído, vibração e


DE

aspereza (NVH - Noise, Vibration &


Harshness);
VO
A
ST
GU

18
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
04
7 HU
GO
GU
ST
AV
O
DE
OL
IV
EI
RA
AL

transmissões automáticas
VE
S

19
Boas práticas de lubrificação das
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 4:

DE
Boas práticas de lubrificação das transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
Como fazer a troca e os cuidados básicos Além disso, quando não há a realização da troca

7
Qualquer ATF contém ingredientes em sua do fluido do câmbio automático, o consumo

55
fórmula que melhoram consideravelmente sua de combustível do veículo aumenta, podendo
estabilidade quanto à oxidação, além de aditivos 44
apresentar trepidações devido à demora da
S
VE

inibidores de corrosão e borbulhamento. Com passagem de marcha, danificando o câmbio.


o uso devido às intempéries, esses aditivos e Daí a importância da troca de óleo, para
AL

ingredientes deterioram-se, causando a perda aumentar a durabilidade dos componentes de


RA

da capacidade e da viscosidade do óleo. É transmissão.


EI

justamente essa perda que leva a transmissão


IV

a funcionar incorretamente, podendo até se Em alguns manuais do proprietário, a troca é


OL

quebrar. Os ATFs mais modernos são mais indicada para quando o serviço for solicitado,
DE

estáveis e resistentes, podem durar mais, para quando for realizada uma manutenção
VO

mas também devem ser trocados seguindo o no veículo a fim de identificar vazamentos ou
manual do proprietário do veículo. quando há a possibilidade da análise do estado
A
ST

do produto. Mas, atenção: a quilometragem


GU

do veículo deve ser considerada no momento


Boas práticas de lubrificação da troca do fluido porque o óleo irregular
O
UG

A troca de óleo em veículos equipados com pode gerar atrito entre os componentes do
câmbio automático pode variar de acordo com câmbio. Com isso, o sistema de transmissão
H

a quilometragem ou o tempo. Cada fabricante automática pode apresentar problemas.


57

define qual é o período ideal e, para isso, o


5
44

manual do proprietário deve ser consultado.


S

O importante é, independente da montadora,


VE

evitar que o automóvel trafegue com baixo


AL

nível de óleo na transmissão. Quando isso


A

acontece, os componentes internos – como


R
EI

os discos de fricção – apresentam desgastes


IV

e o fluido fica mais espesso, causando um


OL

entupimento dos filtros e impedindo a


DE

circulação do lubrificante.
VO
A
ST
GU

20
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 4:

DE
Boas práticas de lubrificação das transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
Verificando o nível de fluido da transmissão Caso algum fluido tenha sido adicionado ao

7
O nível do fluido deve ser verificado com o sistema de transmissão, o processo deve ser

55
motor do veículo em funcionamento e com repetido várias vezes antes de obter a leitura
a temperatura normal. Certifique-se de que 44
final. Isso porque o fluido fica aderido à parede
S
VE

a alavanca esteja na posição P – exceto em do tubo da vareta, podendo gerar uma leitura
AL

veículos cuja avalanca deva permanecer em incorreta.


neutro e com o freio de estacionamento
RA

aplicado.
EI
IV

Em seguida, remova a vareta de nível e use


OL

DICA!
um pano sem fiapos para limpá-la. Insira a
DE

vareta e a remova. Verifique os dois lados Ao realizar esses processos para


fazer a leitura do nível de fluido, não
VO

para ver se indicam o mesmo nível. Após isso,


Repita o processo. deixe também de dirigir o veículo
A

por três ou quatro quilômetros,


ST

principalmente se o automóvel tiver


GU

tração dianteira. Em seguida, faça


O

novamente a leitura. Lembre-se de


UG

que as transmissões automáticas


GUARDE ESSA!
H

não consomem fluido. Ou seja:


57

Não deixe de verificar os dois lados se o nível estiver baixo, existe um


5
44

da vareta de nível. Após o fluido vazamento.


S

circular através da transmissão,


VE

ele retorna à região do cárter,


AL

criando uma marcação desigual.


A

Já ao medir o nível com o motor


R

aquecido, o volume do fluido é


EI
IV

expandido, afetando a medição. Em


OL

suma, essas duas situações podem


dar uma leitura falsa do nível de
DE

fluido.
VO
A
ST
GU

21
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 4:

DE
Boas práticas de lubrificação das transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
Como proceder quando a transmissão não Elaborando um orçamento prévio em caso

7
possui tubo nem vareta de nível de vazamento

55
Caso a transmissão não possua tubo nem Calcular o custo de reparo só será possível
vareta de nível, o procedimento a ser 44
quando ocorrer uma inspeção completa da
S
VE

realizado é o mesmo de um veículo com transmissão automática e não somente através


AL

câmbio manual. de um contato visual do sistema. Isso porque


o câmbio automático possui várias regiões
RA

Faça uso de um tampão de controle de nível propensas a vazamentos. São elas:


EI

em vez de um tubo e vareta convencionais.


IV

A inspeção pode ser feita seguindo os • Bomba;


OL

respectivos passos: • Retentor do conversor de toque;


DE

• Retentores do eixo de mudança;


VO

• A temperatura da transmissão deve estar • Retentor do servo de redução;


acima de 40ºC na maioria dos modelos; • Conexões elétricas;
A
ST

• O veículo deve estar levantado. Certifique • Tampa do governador;


GU

-se de que ele está nivelado; • Sensor de velocímetro;


• Com o motor funcionando, aplique os • Retentor do eixo traseiro ou semieixos;
O
UG

freios e movimente a alavanca seletora de • Tampa do servo;


marchas, passando por todas as marchas, • Duto de abastecimento;
H

e então retorne para a posição P; • Cabo de redução;


557

• O motor deve continuar funcionando em • Cárter;


44

marcha lenta; • Tampa lateral;


S

• Remova o tampão de controle de nível de • Linhas de arrefecimento;


VE

óleo. • Tampa do diferencial.


AL
A

Caso o fluido não escorra rapidamente do Por isso, é importante identificar quais
R
EI

furo do tampão de controle, é porque o nível são as fontes do vazamento. Ou seja, é


IV

está baixo. Nesse caso, utilize uma bomba preciso observar além da parte inferior da
OL

manual para adicionar fluido pelo respiro ou transmissão, uma vez que o vazamento pode
DE

pelo próprio furo de verificação de nível. acontecer na parte superior e escorrer ao


redor do cárter.
VO
A
ST
GU

22
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 4:

DE
Boas práticas de lubrificação das transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
Evitando o sobreabastecimento da AT

7
transmissão Algumas fabricantes afirmam que a troca

55
Quando o sistema é abastecido acima do do óleo é desnecessária. No entanto, pode
nível, o fluido passa a tocar nas partes móveis. 44
acontecer a decomposição do produto e
S
VE

Isso pode criar uma espuma na transmissão, formação de borras e vernizes, principalmente
ocasionando problemas. Por exemplo, existe em veículos com uma quilometragem alta. No
AL

a possibilidade do sobrebastecimento gerar caso de sistemas tradicionais, a recomendação


RA

baixa pressão, fazendo com que a transmissão é verificar o manual do proprietário para saber
EI

patine ou deslize, queimando os elementos qual tipo de lubrificante é o mais adequado


IV

de aplicação do fluido e destruindo mais para uso e suas especificações. Por exemplo,
OL

facilmente o câmbio e também gerando alguns modelos de carros podem exigir um óleo
DE

vazamentos. lubrificante ATF Dexron II ou III, os sintéticos


VO

Dexron VI ou com homologações específicas.


Especificidades de cada tipo de
A
ST

transmissão DCT
GU

A troca de óleo lubrificante para veículos


CVT com transmissão de dupla embreagem deve
O
UG

Em geral, os sistemas CVT têm um intervalo considerar a quilometragem, mas diferente de


de troca de fluido menor – em torno de 40 carros AT, os lubrificantes devem ser sempre
H

mil quilômetros. Isso porque, apesar de ser sintéticos e específicos para essa aplicação.
57

um sistema mais simples quanto ao desgaste,


5
44

por não ter engrenagens, ele gera muito calor,


S

acelerando a oxidação do óleo. Até poucos anos


VE

atrás, montadoras praticavam o fuel for life, ou


AL

seja, para a vida toda. Mas essa prática está


A

caindo em desuso por questões de segurança.


R
EI

Assim, há sempre um período de troca


IV

indicado, ainda que de alta quilometragem,


OL

como 200 mil quilômetros, ou um intervalo de


DE

tempo, como dez ou vinte anos. Além disso,


em todas elas, há no plano de manutenção a
VO

verificação do fluido, um procedimento que


A

o mecânico deve incorporar à sua rotina.


ST
GU

23
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 4:

DE
Boas práticas de lubrificação das transmissões

O
AV
ST
automáticas

GU
GO
HU
7
55
GUARDE ESSA!
44
O ATF não se deteriora como o óleo do motor que, com o uso, escurece. Portanto,
S
VE

se o fluido de sua transmissão ficar escuro, algo está errado!


AL
RA
EI
IV
OL

Prepare sua oficina


Para realizar a troca de fluido, são necessários os seguintes equipamentos:
DE

• Elevador automotivo;
VO

• Carrinho de ferramentas convencionais;


A

• Máquina de troca de óleo de câmbio automático;


ST

• Scanner automotivo.
GU
O
UG
H
57

Máquina de troca de óleo


5
44

Para uma troca completa do óleo da


S

transmissão automática é necessário


VE

utilizar um equipamento que permita


AL

captar o óleo usado e inserir o óleo novo


A

com o veículo em funcionamento. Este


R
EI

equipamento possui um conjunto de


IV

conexões para permitir a versatilidade


OL

de conexão entre os diferentes veículos.


DE

Sem um equipamento assim, só é


possível efetuar a troca parcial do óleo.
VO
A
ST
GU

24
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
05
7 HU
GO
GU

procedimentos de
ST
AV
O
DE

manutenção preventiva
OL
IV
EI

Os problemas mais comuns e


RA
AL
VE
S

25
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 5:

DE
Os problemas mais comuns e procedimentos

O
AV
de manutenção preventiva

ST
GU
GO
HU
A manutenção preventiva é a melhor maneira de cuidar do veículo e deve ser feita com

7
regularidade. Dito isso, o sistema de câmbio automático trabalha integrado com outros sistemas,

55
entre eles a injeção eletrônica e o sistema de arrefecimento. Vale ressaltar que a tecnologia desses
44
sistemas é importada, elevando o custo da manutenção em relação aos modelos manuais.
S
VE
AL

GUARDE ESSA!
RA
EI

Os veículos automáticos chegam ao mercado cada vez mais com tecnologias


IV

embarcadas – na transmissão ou em outros componentes. É importante acompanhar


OL

essas tendências para manter-se atualizado.


DE
VO

Outro ponto é que o controle dos câmbios automáticos é feito por computador. O sistema
A

analisa diversos fatores, como o motor, a velocidade e a posição do acelerador. Assim, ele
ST

consegue determinar qual é a melhor marcha para cada momento. Porém, todo esse processo
GU

é possível porque a circulação de óleo entre as palhetas e válvulas é o que faz a caixa de câmbio
O

funcionar.
HUG

Por isso, o nível de óleo no sistema deve ser sempre conferido durante uma manutenção. Esse
57

item trabalha em altas temperaturas dentro da caixa e, por ser muito fino, acaba evaporando.
5

A falta de lubrificante na transmissão faz com que o carro comece a patinar, danificando os
44

componentes e, por fim, interrompe a troca de marchas.


S
VE
AL

Então, na hora de realizar a manutenção do veículo, utilize a vareta para observar


o nível de óleo. Não se esqueça também de conferir o manual do proprietário para
RA

saber qual produto específico atende ao câmbio automático do carro em serviço.


EI
IV

Especificidades de cada tipo de transmissão


OL

Ao contrário das especificações de mercado ACEA e API, que atendem a um grande volume
DE

de veículos, os lubrificantes para transmissão automática possuem aprovações diferentes,


VO

em que cada montadora pede uma especificidade própria para atender à demanda. Ou seja,
cada câmbio automático exige um tipo de fluido diferente. Esse, por sua vez, pode ter várias
A
ST

aprovações ou somente uma para uma montadora específica.


GU

26
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 5:

DE
Os problemas mais comuns e procedimentos

O
AV
de manutenção preventiva

ST
GU
GO
HU
Abaixo, detalhamos mais as especificidades de cada transmissão automática.

7
Confira:

55
AT 44
S
VE

O uso de produtos que atendem às recomendações da montadora – como os óleos ATFs –


garantem uma performance antidesgaste, estabilidade ao cisalhamento das planetárias, alta
AL

capacidade de resfriamento, estabilidade a oxidação e fricção adequada para performance do


RA

conjunto de embreagens e conversores de torque.


EI
IV

CVT
OL

A manutenção do câmbio CVT é considerada mais simples que as demais. No entanto, isso
DE

não significa que será mais fácil mantê-lo funcionando sem problemas, uma vez que esse tipo
VO

de transmissão tem diversos componentes eletrônicos e apresenta um maior atrito entre as


peças metálicas do sistema. Vale lembrar que, quanto maior o número de marchas, maior é a
A
ST

complexidade de manutenção.
GU

DCT
O
UG

A válvula de dupla embreagem pode ser prejudicada na troca de marchas em aceleração e


frenagem ou em dirigir o carro em uma velocidade baixa por muito tempo. Por conta do sistema
H

eletrônico presente nesse tipo de câmbio, o desgaste do equipamento é mais uniforme.


557
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
DE
VO
A
ST
GU

27
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
CAPÍTULO

44
55
06
7 HU
GO
GU
ST
AV
O
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S

Relacionamento com o seu cliente

28
44
55
7H
UG
O
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 6:

DE
O
Relacionamento com o seu cliente

AV
ST
GU
GO
HU
Dicas para o melhor uso da transmissão automática

7
55
A durabilidade do equipamento depende não apenas de uma boa manutenção, mas de boas
44
práticas de direção e cuidados básicos. Transmitir esse conhecimento para o seu cliente pode
S
VE

fazer a diferença em um bom atendimento.


AL

Antes de tudo, recomende a verificação periódica do nível do fluido. O reparo de qualquer


RA

problema ou vazamento deve ser imediato. Se o veículo é utilizado para reboque, fins comerciais
EI

ou trafega em um ambiente de temperaturas elevadas, é fundamental seguir rigorosamente


IV

a preconização de manutenção do líquido de arrefecimento, para que a transmissão não


OL

superaqueça.
DE
VO

Outra dica é que, para condições severas de uso do carro, como trânsito intenso ou região
montanhosa, onde ocorrem frequentes trocas de marcha ou o óleo trabalha em temperaturas
A
ST

elevadas, devemos recomendar a troca do óleo em um intervalo menor. Consulte sempre o


GU

manual do veículo para o intervalo de troca em uso severo.


O
UG

Vale também entender as melhores práticas de direção de veículos equipados com transmissão
automática para orientar o seu cliente. Confira:
H
557

Boas práticas de direção com transmissão automática


44

Em trânsito normal, a posição D deve ser utilizada, reservando as posições 1 e 2 para situações
S

em que o veículo precise de mais força, como uma saída com reboques ou subidas de serra. Por
VE

exemplo, se um carro sobe uma serra a 40 quilômetros por hora, manter a alavanca nas marchas
AL

mais reduzidas vai economizar a vida útil da transmissão.


RA
EI

Se o seu cliente dirige o carro na cidade, a alavanca D4 (Overdrive) não precisa ser utilizada, já
IV

que dificilmente a velocidade ultrapassará 70km/h. Outras boas práticas para evitar o desgaste
OL

da transmissão são evitar dar ré e engatar a alavanca D, ou vice-versa, antes de o carro estar
DE

completamente parado e evitar as reduções desnecessárias, como sair de D a 80km/h e engatar


a primeira marcha.
VO
A
ST
GU

29
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 6:

DE
O
Relacionamento com o seu cliente

AV
ST
GU
GO
HU
Transmissão Automática – Posição

7
Não afirme ao seu cliente que a posição D deve ser mantida em todas as condições de operação

55
do automóvel. Até porque, as outras posições proporcionam um melhor desempenho e economia
de acordo as condições de uso, aumentando a segurança. 44
S
VE

A seguir, entenda os tipos de posições mais encontradas em veículos com câmbio automático
AL

e para que elas servem:


RA
EI

Posição “P”: Parking ou Parada Posição “N”: Neutro


IV

(Park significa estacionar, em inglês) A posição N permite a locomoção do veículo,


OL

Deve ser usada quando o veículo estiver mesmo com o motor desligado. Nessa
DE

parado. A posição P conta com um sistema posição, os componentes internos do câmbio


de travamento mecânico nas rodas motrizes. estão desaplicados. Vale destacar que não
VO

Assim, o carro fica totalmente imobilizado é recomendado deixar o motor ligado com
A
ST

e em segurança. É a posição P que libera a a alavanca na posição N, uma vez que uma
GU

partida do motor. marcha pode ser engrenada por acidente.


Assim como a posição P, a N também permite
O

Posição “R”: Ré (Rear, em inglês) a partida do motor.


UG

Usada para movimentar o carro para trás.


H

Quando a alavanca está na posição R, bem Posição “D”: Dirigir (Drive, em inglês)
57

como na 1 ou L (low ou baixa), há um aumento O sistema de transmissão automática começa


5
44

da pressão interna do fluido da transmissão, a funcionar na posição D – geralmente utilizada


S

gerando força total para o veículo. Por para dirigir na cidade ou na estrada. Essa
VE

questões de segurança, a partida do motor é posição pode ser usada em todas as situações
AL

bloqueada com a alavanca em R. de utilização, como em terrenos planos ou


A

com suaves ondulações. Na prática, o veículo


R

parado dá a partida em primeira marcha,


EI
IV

passando para as seguintes dependendo da


OL

condição.
DE
VO
A
ST
GU

30
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 6:

DE
O
Relacionamento com o seu cliente

AV
ST
GU
GO
HU
Nela é possível reduzir em desacelerações. Entretanto, o uso de P em subidas e decidas acentuadas

7
55
não deve ser considerado, já que o veículo ficará retido pelo sistemas de freio. Isso pode levar a um
44
desgaste acentuado do sistema. Assim como a posição R, não é possível dar a partida no motor
S
com a alavanca em D.
VE
AL
RA

Posição “3”: 3ª marcha pelas montadoras. Outra observação é que os


EI

A posição 3 deve ser usada para aclives e transmissores com controle eletrônico contêm
IV

declives suaves em uma estrada, para evitar uma proteção contra redução acidental. A
OL

que o sistema mude constantemente para partida também é bloqueada na posição 2.


DE

a quarta e, em seguida, volte para a terceira.


Assim, a transmissão é usada como freio Posição “1” ou “L” (low ou baixa)
VO

motor, economizando o sistema de freio. A alavanca em 1 ou L é usada para um freio


A

Nessa posição, há também uma restrição de motor mais efetivo ou máximo. Ou seja,
ST

mudança de marchas até a terceira, assim, geralmente quando o carro está em aclives
GU

a velocidade do veículo é limitada. Aqui vale ou declives muito acentuados. Assim, essa
O

ressaltar que essa velocidade varia em cada posição proporciona maior segurança e
UG

automóvel, portanto, é preciso checar no menor desgaste do sistema de freios. Assim


H

manual do proprietário para verificar qual é a como na posição R, as condições extremas


57

faixa de velocidade específica para o tipo de de utilização fazem com que a pressão interna
5
44

carro. Além disso, a posição 3 não permite a da transmissão seja elevada ao máximo. Em
partida do veículo. caso de rampas de garagem de prédios, de
S
VE

shoppings ou subidas de serra, a posição 1


AL

Posição “2”: 2ª marcha deve ser utilizada, porque impede de o carro


Quando a alavanca se encontra na posição derrapar.
RA

2, o veículo fica limitado somente para a


EI

primeira e segunda marchas. Geralmente, Em modelos mais atuais, algumas


IV
OL

essa posição é utilizada em aclives ou transmissões possuem um interruptor de


declives mais acentuados por aumentar modo controlado. Eles são:
DE

o efeito do freio motor. No entanto, assim


VO

como a posição 3, aqui é preciso se atentar


A

em relação ao limite de velocidade definido


ST
GU

31
GO
HU
O
UG
7H
55
44
S
VE
AL
RA
EI
IV
OL
CAPÍTULO 6:

DE
O
Relacionamento com o seu cliente

AV
ST
GU
GO
• Modo normal ou econômico que provoque um excesso de rotações ou esteja

HU
Usado no dia a dia, permitindo uma troca de incompatível com a velocidade do veículo.
marcha em pontos mais baixos. Possibilita maior

7
55
economia e durabilidade dos componentes de • Tiptronic ou SportsMode
transmissão. Quando o veículo dá a partida, o 44
Esse modo possui dois trilhos de seleção.
modo normal é automaticamente selecionado. Enquanto no esquerdo é possível selecionar as
S
VE

posições P, R, N e D, o direito efetua a mudança


AL

• Modo esportivo de marcha de forma manual. Basta levar a


O carro entra nesse modo por acionamento da alavanca para a posição da direita e, no caso de
RA

tecla na alavanca seletora ou no console. Um sinal marchas ascendentes, dar um toque na alavanca
EI

elétrico é enviado ao computador, que seleciona em direção ao símbolo mais (+). Em reduções,
IV
OL

o mapa de trabalho interno da transmissão para é preciso posicionar a alavanca em direção ao


que as mudanças ocorram em um ponto mais símbolo menos (-). Se a alavanca seletora não
DE

alto, prolongando as marchas. Basta apertar a for utilizada quando estiver no trilho da direita,
VO

tecla S para voltar ao modo econômico. a transmissão fará as mudanças ascendentes


A

ou descendentes normalmente ao atingir o giro


ST

• Modo inverno e velocidades estabelecidos no programa do


GU

Nesse modo, o computador seleciona uma computador.


marcha menos reduzida – geralmente a segunda
O
UG

ou a terceira. Isso evita o excesso de torque nas • Modo emergencial


rodas motrizes, dando mais controle sobre o Quando o envio de informações ao computador
H
57

carro em pisos escorregadios, além de favorecer da transmissão é interrompido, o sistema


5

a dirigibilidade ao permitir iniciar o veículo de selecionará o modo emergencial, desabilitando os


44

maneira mais segura. A posição 2, em algumas componentes eletrônicos. Com isso, a transmissão
S

transmissões sem o modo inverno, possui um sofrerá um aumento de pressão interna para
VE

comportamento semelhante. evitar uma patinação interna e preservar o estado


AL

do câmbio. Os solenoides – que produzem a


A

• Modo de condução manual troca de marchas – também serão desabilitados,


R
EI

Mover a alavanca seletora progressivamente deixando o carro em somente uma marcha leve
IV

faz com que o câmbio automático seja utilizado para que o cliente tenha tração suficiente para
OL

da mesma maneira de um câmbio manual. É chegar até uma oficina.


DE

possível mudar da primeira até a quinta marcha,


assim como reduzir da quinta para a primeira. No
VO

Fontes: Marcelo Pita, instrutor de formação profissional


entanto, para proteger a transmissão e o motor, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai);
A
ST

o computador irá impedir o uso de uma marcha Thiago Correa, consultor técnico da Moove.
GU

32
GO
HU
HU
GO
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
R A
AL
VE
S
44
557
H UG
O
GU
ST
AVO
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S
44
55
7 HU

www.moovelub.com/mobil/
GO
GU
ST
AV
O
DE
OL
IV
EI
RA
AL
VE
S

33
44
55
7H
UG
O

Você também pode gostar