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ARTROSE DE JOELHO &

PRÓTESES DE JOELHO

Acadêmicas:
Andrezza Suyane Milke
Natiele Carolina de Lins
Suellen Meurer Schmitt
DEFINIÇÃO

● Quebra progressiva da superfície articular;

● Surge após qualquer agressão à articulação;

● Falha no reparo de danos articulares resultantes de


estresses.

(DANDY, 2000)

Fonte: Instituto Trata, 2020.


REVISÃO ANATÔMICA
● Maior articulação do corpo;

● O joelho é sustentado e mantido por músculos e ligamentos;

● Movimentos possíveis: flexão e extensão;

● Articulação sinovial;

● Duas articulações distintas dentro de uma cápsula articular


(tibiofemoral; patelofemoral).

(DUTTON, 2010; LIPPERT, 2018; TORTORA, 2019) Fonte: Tortora, 2019.


REVISÃO ANATÔMICA
● Componentes anatômicos:

- Cápsula articular;
- Retináculos medial e lateral da patela;
- Ligamento da patela;
- Ligamento poplíteo oblíquo;
- Ligamento poplíteo arqueado;
- Ligamento colateral tibial;
- Ligamento colateral fibular;
- Ligamentos intracapsulares;
- Meniscos;
- Bolsas subcutâneas.

(TORTORA, 2019)

Fonte: Tortora, 2019.


FISIOPATOLOGIA
● Fatores de risco: gênero, idade, trauma, uso excessivo, genética, obesidade;

● Principais tecido atingidos: cartilagem, osso e sinóvia;

● Etapas de desenvolvimento:
- Quebra da superfície articular;
- Irritação sinovial;
- Remodelamento;
- Eburnação do osso e formação de cisto;
- Desorganização.

● O mecanismo da doença não é muito preciso, pois é resultante da interação de diversas causas e fatores.

(DANDY, 2000; HEBERT, 2017)


EPIDEMIOLOGIA
● Artrose: forma mais comum de doença articular;
● 10% da população mundial acima de 60 anos apresenta graves
problemas clínicos, segundo a OMS;
● A prevalência da doença como um todo é correlacionada com a
idade;
● Incomum em adultos abaixo de 40 anos;
● Grande prevalência em indivíduos acima de 60 anos;
● Mais prevalente nas mulheres que nos homens.

Fonte: Freepik, 2021.


(HERBERT, 2017)
CLASSIFICAÇÃO DA ARTROSE
● Pode ser dividida em primária (idiopática) ou secundária.
● A forma idiopática pode ser classificada em localizada ou generalizada.

Localizada: Generalizada: Secundária:


● Compartimento medial ● Três ou mais articulações ● Pós-traumática;
● Compartimento lateral
● Congênita;
● Compartimento patelofemoral
● Doenças de depósito de cálcio;
● Outras síndromes ósseas;
● Outras doenças.

(HEBERT, 2017)
EXAME DE IMAGEM
● Radiografias simples: principal exame de imagem utilizados para diagnóstico da artrose
e para o planejamento cirúrgico.

As modificações radiológicas articulares na artrose consistem em:


● Redução da espessura da interlinha articular;
● Alterações ósseas subcondrais;
● Osteófitos.

(PÉCORA, 2010)
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS
● Incidência AP com carga:

- Realizada com 30 graus de flexão de joelho para maior sensibilidade na demonstração da redução do espaço
articular;
- Paciente em posição ortostática.

(PÉCORA, 2010)
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS
● Incidência PA com carga:

- Realizada com o paciente em posição ortostática, 45 graus de flexão do joelho;


- Conhecida como incidência de Rosenberg.

(PÉCORA, 2010)
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS
● Incidência panorâmica:

- Realizada com o paciente em posição ortostática, com carga;


- Inclui os quadris e tornozelos na imagem;
- Auxilia na avaliação de deformidades secundárias e/ou
planejamento de osteotomias corretivas;
- Deformidade em valgo (eixo mecânico lateral ao centro do joelho);
- Deformidade em varo (eixo mecânico medialmente posicionado).

(PÉCORA, 2010)
CLASSIFICAÇÃO
● Kellgren-Lawrence:
- Descrita para pacientes em posição supina (sem carga);
- Exclusivamente para a articulação femorotibial;
- Baseada na avaliação de osteófitos apenas.

(PÉCORA, 2010)
CLASSIFICAÇÃO
● Ahlback:
- Avaliação com carga;
- Avaliação da redução do espaço articular e atrito ósseo.

(PÉCORA, 2010)
CLASSIFICAÇÃO

OUTROS EXAMES:
● Tomografia
● Cintilografia
● RM

Solicitados principalmente nas artroses secundárias.

(HERBERT, 2017)

Fonte: Google Imagens


AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL
Avaliar dor, influências psicológicas, ADM, força muscular e funcionalidade.

Iniciar a avaliação pela anamnese, buscando compreender a história da doença:

● Histórico familiar; ● Há dor? Onde? Que Tipo? É contínua?


● Hábitos de vida; ● Certas posições ou atividades têm aumentado ou
● Histórico de doenças e/ou disfunções no joelho; diminuído sobre a dor?
● Quais os sintomas? ● O joelho “falseia”(instabilidade no joelho)?
● Quando começaram? ● O joelho alguma vez bloqueou-se?
● Ocorrem em ambos os membros? ● Há rangido ou estalido no joelho?
● A articulação está edemaciada?
AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL
Inspeção:
● Evidência de dano tecidual, edema, temperatura, hipersensibilidade,
estalido ou crepitação.
● Identificação de joelho valgo e de joelho varo; Anormalidades patelares.

Palpação:
● Joelho estendido e flexionado.

Adm fisiológica (flexão e extensão):


● Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
● Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
● A quantidade de restrição observável.

Testes de desempenho:

➔ Sentar e levantar;
➔ Sentar, caminhar e voltar a sentar. Fonte: YouTube - KRUEL
➔ Caminhada de seis minutos.

(BARBOSA, 2021; GANN, 2005)


AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL
Goniometria para avaliação de ADM:

● Medir os ângulos articulares da articulação;


● É utilizado para quantificar a limitação dos ângulos articulares e
demonstrar a eficácia da intervenção.

Comprimento muscular:
● Determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou
excessiva em virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos
músculos que cruzam as articulações.

Teste de força muscular:


● Fornece informações úteis no diagnóstico diferencial, prognóstico e
tratamento das patologias;
● Graduação de 0-5.

(BARBOSA, 2021; GANN, 2005) Fonte: Google Imagens


AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL
Escala Visual Analógica (EVA):

● Dor;
● 0-10.

Questionário Tampa para avaliação de cinesiofobia.

● Avalia dor e intensidade dos sintomas;


● 17 afirmações;
● Concorda ou discorda e depois, se totalmente ou parcialmente.
● Escore máximo de 68 pontos.

WOMAC:
● Questionário de qualidade de vida tridimensional;
● Específico para a avaliação de pacientes com osteoartrose.
Vinte e quatro itens divididos em 3 subescalas;
● Dor (5 itens): durante a caminhada, usando escadas, na cama, sentado ou
deitado, e ficando em pé;
● Rigidez (2 itens): após o primeiro despertar e no final do dia;
● Função física (17 itens): usar escadas, levantar-se da posição sentada,
ficar em pé...

(BARBOSA, 2021; GANN, 2005; PHYSIOPEDIA, 2021) Fonte: Google Imagens


TRATAMENTO CONSERVADOR

● Educação do paciente em relação a hábitos que contribuirão para sua recuperação;

● Controle da dor através de exercícios aeróbicos de baixo impacto (e.g. água, caminhada);

● Retardo da progressão do quadro;

● Uso de medicamentos

● Perda de peso (obesidade)

● Aprimoramento da funcionalidade (uso de órteses).

(BARBOSA, 2021; HERBERT, 2017)


TRATAMENTO CIRÚRGICO
Artroscopia Osteotomia

Fonte: Youtube - CUNHA Fonte: Youtube - SPORTH


TRATAMENTO CIRÚRGICO

● Artroplastia unicompartimental:

- Utilizada quando a artrose ocorre apenas em um dos


compartimentos femorotibiais;

- Indicado para pacientes com LCA íntegro, varo menor que


7 graus e valgo menor que 15 graus;

- A ADM com a prótese unicompartimental é maior em


comparação àquela que a prótese total possibilita.
Fonte: Google Imagens
(HEBERT, 2017)
ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO (PRÓTESE)
● Substituição das superfícies articulares por peças metálicas e de polietileno;
● Indicada na falha do tratamento conservador ou do procedimento cirúrgico;
● Indicada quando a artrose acomete mais de um compartimento do joelho;
● Comumente indicada para pacientes acima de 60 anos;
● Em casos de artrose secundária a indicação não necessariamente respeitará o limite de idade;
● Cirurgia de alto custo;
● A ADM pós-cirurgia é dependente do arco de movimento anterior a esta;
● Indicativos para a cirurgia:
- Dor articular intensa;
- Destruição extensiva da cartilagem;
- Deformidade;
- Instabilidade grosseira ou limitação de movimento;

(HERBERT, 2017)
TIPOS DE PRÓTESE PARA ATJ
● Pode preservar ou não o LCP;
● Marcha mais normal possível;
● Aumento da ADM do joelho, eficiência do quadríceps, devido a ser
um estabilizador primário articular;
● Aumento da conformidade do polietileno que diminui as tensões do
polietileno.

● Apoio fixo
- Maior estabilidade para o joelho
● Apoio móvel
- Recomendado com maior frequência para o paciente ativo, com
menos de 55 a 65 anos de idade;
- Sem “pino” no meio da articulação; Fonte: AAOS, 2015.
- Instabilidade do joelho.

(HOUGLUM, 2015)
ETAPAS DA ATJ

Há quatro etapas básicas no procedimento de artroplastia


do joelho, são estas:

- Preparação do osso;
- Posicionamento dos implantes metálicos (podem
ser fixadas sem osso por cimentação ou pressão);
- Cobertura da patela;
- Inserção de um espaçador.

(AAOS, 2015)
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO (ATJ)

Fonte: Youtube (BARRETO)


POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES

● Infecção na articulação;

● Formação de coágulos sanguíneos;

● Problemas com o implante;

● Limitação do movimento;

● Dor;

● Lesões nervosas.

(AAOS, 2015)
Fonte: Freepik, 2021.
FISIOTERAPIA

● Tratamento progressivo;

● Fases do tratamento fisioterapêutico:

- Pré-operatória (redução do edema, inflamação e dor; restauração da ADM; prevenção de atrofia do


quadríceps);
- Reabilitação inicial (diminuir a dor e edema; descarga de peso; restauração da mobilidade patelar);
- Reabilitação intermediária (força muscular; propriocepção; equilíbrio; funcionalidade);
- Reabilitação avançada (força muscular; controle neuromuscular).

(BARBOSA, 2021)
FISIOTERAPIA

Fonte: Youtube (SITTA) Fonte: Youtube (SITTA)


FISIOTERAPIA

Fonte: Youtube (REABILITA) Fonte: Youtube (BALSINI)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● AAOS. Total Knee Replacement: Treatment. Orthoinfo, 2015.
● BALSINI. Reabilitação do Joelho - Propriocepção em Solo Estável. YouTube.
● BARBOSA, R. Fisioterapia Traumato-Ortopédica. Porto Alegre: Artmed, 2021.
● BARRETO, R. Knee Replacement - Prótese de Joelho. YouTube.
● CUNHA, F. Cirurgia para Desgaste de Cartilagem. YouTube.
● DANDY, D. Ortopedia e Traumatologia Prática: Diagnóstico e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
● DUTTON, M. Fisioterapia Ortopédica. Artmed, 2010.
● GANN, N. Ortopedia: Guia de Consulta Rápida para Fisioterapeutas: Distúrbios, Testes e Estratégias para Reabilitação. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2005.
● HERBERT, S. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2017.
● HOUGLUM, P. Exercícios Terapêuticos para Lesões Musculoesqueléticas. São Paulo: Manole, 2015.
● KRUEL, A. Artrose no Joelho. YouTube.
● LIPPERT, L. Cinesiologia Clínica e Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
● PÉCORA, et al. Artrose do Joelho: Gênese e Soluções. São Paulo: Atheneu, 2010.
● REABILITA. Fisioterapia - Exercícios de Equilíbrio para Artrose de Joelho. YouTube.
● SITTA, R. Exercícios para Artrose do Joelho. YouTube.
● SITTA, R. Artroplastia do Joelho: Orientações Pós-Operatório. YouTube.
● SPORTH. Osteotomia Valgizante da Tíbia. YouTube.
● TORTORA, G. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
● PHYSIOPEDIA. https://www.physio-pedia.com/index.php?title=Physiopedia_Awards_Programme&oldid=282283

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