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LEIS QUE PROTEGEM AS CRIANÇAS, RAPARIGAS E MULHERES CONTRA TODO

TIPO DE VIOLÊNCIA

Constituição da República de Moçambique: é a lei fundamental do nosso Estado e serve como


base de todas as leis que existem em Moçambique. A Constituição da República de Moçambique
é o documento que estabelece a forma de organização e funcionamento do Estado bem como
reconhece os direitos, deveres e liberdades fundamentais dos/as cidadãos cidadãs.

Declaração Universal dos Direitos Humanos ( UDHR ) é um documento internacional adotado


pela Assembleia Geral das Nações Unidas que consagra os direitos e liberdades de todos os seres
humanos. Foi aceita pela Assembleia Geral como Resolução 217 durante sua terceira sessão em
10 de dezembro de 1948 no Palais de Chaillot em Paris, França.

Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher-


CEDAW-1979: denominada Convenção da Mulher, entrou em vigor desde 1981, e é o primeiro
tratado internacional que dispõe amplamente sobre os direitos humanos da mulher. Com o
objectivo de promover os direitos da mulher na busca da igualdade de gênero e reprimir
quaisquer discriminações contra a mulher.

Lei contra a violência doméstica, Lei n 29/2009: foi promulgada pelo Presidente da República
e publicou no Boletim da Republica a 29 de Setembro de 2009, esta lei passa a considerar que a
violência doméstica contra as mulheres é crime público. Quer dizer que qualquer pessoa que
saiba que alguém anda a agredir a esposa, parceira ou namorada, pode denunciar à polícia. Pois,
esta forma de violência não permite que as mulheres gozem dos seus direitos e tenham as
liberdades que o Estado concede a todos e todas cidadãos e cidadãs.

Lei de Prevenção e Combate as Uniões Prematuras em Moçambique, a Lei n 19/2019, de 22


de Outubro. Ao aprovar esta lei, o Estado Moçambicano reconhece que as uniões prematuras,
que antes se chamavam casamentos prematuros, são uma grave violação dos direitos das meninas
e raparigas: A nova Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras proíbe na sua totalidade
que menores de 18 anos de idade se envolvam em uniões prematuras.

Convenção sobre os Direitos da Criança: foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de
novembro de 1989. Entrou em vigor em 2 de setembro de 1990. É o instrumento de direitos
humanos mais aceite na história universal. Foi ratificado por 196 países.
A Convenção Sobre os Direitos da Criança é uma lei internacional que estabelece todos os
direitos da pessoa humana menor de 18 anos. Moçambique é um dos países signatários da
Convenção Sobre os Direitos da Criança desde 1990. Em 1994 ractificou este instrumento
comprometendo-se deste modo a garantir os direitos de todas as crianças Moçambicanas,
assegurando um bom início de vida, um crescimento saudável com acesso aos serviços básicos
de educação, saúde, abastecimento de água potável, convivência familiar e comunitária e a
participação em questões que lhes diz respeito.

Carta Africana dos Direitos e Bem-Estar da Criança: A Carta Africana dos Direitos e Bem-
estar da Criança foi adoptada em Adis Abeba, Etiópia, em 11 de Julho de 1990, e entrou em
vigor em 29 de Novembro de 1999. A Carta define uma "criança" como todo ser humano com
idade inferior a 18 anos. Quatro princípios sustentam a Carta. São elas: não discriminação,
participação, o melhor interesse da criança e sobrevivência e desenvolvimento. Mais
especificamente, a Carta proíbe o casamento infantil, o trabalho infantil e o abuso infantil.
Também abordou temas relacionados aos direitos da criança, como justiça juvenil, conflito
armado, adoção, abuso de drogas, exploração sexual e tráfico de pessoas. A Carta da Criança
Africana foi adoptada em Maputo, Moçambique, em Julho de 2003 e entrou em vigor em
Novembro de 2005.

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