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S H AD O W RUN

A BATALHA
DE MANHATTAN
SUMÁRIO CRÉDITOS
Desenvolvedor da Linha Shadowrun: Jason M. Hardy
INTRODUÇÃO........................................................................................ 5 Texto: R.J. Thomas
Desenvolvimento de Trama: Galen Winkler
CENA UM: GASTRONOMIA LOCAL................................................. 8 Capa: Eric Williams
CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE ............................................... 11 Artes Internas: Chat Sergesketter
Mapas: Sean MacDonald
CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO.............................................. 17 Layout da Capa: Matt Heerdt
CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO.............................................. 22 Layout Interior: Matt Heerdt
Direção de Arte: Brent Evans, Kat Hardy
CENA CINCO: TRABALHO NAVAL ................................................ 30
CENA SEIS: REIS NÃO MATAM (E SÃO PEGOS)........................ 33 CRÉDITOS
CONSEQUÊNCIAS.............................................................................. 37 DA VERSÃO
PREMIANDO CARMA ...................................................................... 38
BRASILEIRA
Editores: Anésio Vargas Júnior e Alexandre “Manjuba”
COLETA DE DADOS............................................................................ 38 Seba
Diagramação e design adicional: Alexandre Straube
ELENCO DAS SOMBRAS ................................................................. 40
Adaptação de capa: Alessandro Franzen
Tradução: Stephan Martins
Revisão: Leon Santos, Luiz Borges Gomide e Tâni
Falabello

Dados internacionais de catalogação na publicação

Copyright © 2019 The Topps Company , Inc. Todos os direitos reservados. Shadowrun e Matrix são Bibliotecário responsável: Cristiano Motta Antunes CRB14/1194
marcas comerciais e/ou marcas registradas de The Topps Company, Inc., nos Estados Unidos e/ou outros
países. Nenhuma parte deste trabalho pode ser reproduzido, armazenado em sistema de recuperação ou T461b
transmitidos de qualquer forma ou meios, sem a autorização prévia por escrito do Proprietário dos Direitos Thomas, R. J.
Batalha de Manhattan / R. J. Thomas ; tradução
Autorais, nem a circulação de outra forma senão esta que foi publicada. Catalyst Game Labs e a logo da de Stephan Martins. – 1. ed. – Rio de Janeiro :
Catalyst Game Labs são marcas registradas de InMediaRes Production, LLC. New Order, 2019.
44 p. : il..

Encontre-nos online: Tradução de : Battle of Manhattan

ISBN: 978-85-68458-55-6
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1. Jogos de fantasia. 2. Jogos de aventura. 3.
(Questões sobre Shadowrun) (Website Oficial de Shadowrun) “Roleplaying games”. 4. Shadowrun (jogo). I.
Título.
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2 SUMÁRIO
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Armazém #40, docas de Hong Kong
— A gente devia ter saído há meia hora! O que que tá pe-
gando? — perguntou Chang Li com uma educação daquelas
pela terceira vez em cinco minutos. O Capitão Han da nau
mercante independente Vitória Régia mais uma vez bufou en-
tre os dentes cerrados, tentando segurar a raiva. “Surfar” não
era uma tradição marítima Chinesa, mas Han estava conside-
rando bastante a ideia de arrastar alguém pela água. Se Li não
tivesse concordado em pagar cinco milhões de neoienes para
sair de Hong Kong (com metade adiantado), Han já teria orde-
nado sua tripulação a preparar as cordas.
Virando-se para o ex-funcionário da Wuxing, Han respi-
rou fundo mais uma vez antes de falar. — Com todo o res-
peito, se você não tivesse insistido que levássemos certos,
do que você os chamou, “itens inestimáveis”, já estaríamos
a caminho nesse momento. — Ele acenou com a mão na di-
reção da sua tripulação enquanto ela continuava a carregar
os caixotes. — Esse atraso está deixando meu navio e minha
tripulação em risco. Então eu respeitosamente sugiro que você
fique em silêncio e nos deixe terminar!
Li abriu a boca, prestes a falar alguma coisa, mas foi in-
capaz de encontrar a voz por diversos segundos antes de
gaguejar: — Beleza, Capitão. Só lembra que eu é que estou
pagando por esse “serviço”. — Girando nos calcanhares, Li
avançou para as cabines dos fundos.
Han não notou, mas sua mão deslizou para a pistola pesa-
da presa na sua perna. Ele podia facilmente ter atirado em Li,
pego o depósito de dois milhões e meio, e acabado com essa
história. Mas por mais que odiasse admitir, ele precisava da
quantia total e do trabalho. Ultimamente, a sorte tinha se vi-
rado contra ele, e sua reputação sofrido por causa disso. Não,
se fosse para ter algum trabalho futuro, ele tinha que concluir
esse serviço.
Ainda assim, seria um tiro fácil …
Sem aviso, as portas principais do depósito explodiram
em um estrondo e o guincho de metal ficou retorcido. O eco
no depósito era ensurdecedor, enquanto estilhaços de metal
e pedaços de material de construção voavam pela área de
carga. Uma fumaça sobrenatural soprou por onde as portas
há pouco estavam, e uma figura élfica vestida em trajes wu-
jen levitou através delas. O vento soprava contra seu manto
ornamentado, enquanto relâmpagos iluminavam seus olhos
e saltavam dos seus dedos esticados. Os raios atingiram mui-
tos membros da tripulação de Han, deixando círculos quei-
mados em seus peitos enquanto eles caíam no chão. Através
da fumaça, diversas outras figuras avançaram e logo se es-
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palharam. Seus uniformes de camuflagem urbana tinham um
brasão de unidade no formato de diamante nos ombros com
o número “58”. Esses mercenários, apesar de não tão sincro-
nizados em seus movimentos, compensavam qualquer falta
de precisão de unidade com seus fuzis de assalto, alvejando
qualquer um que tentasse escapar.
Um trovão ressoou, e relâmpagos iluminaram o depósito
enquanto Han mergulhava na cobertura atrás de um caixote
de carga vazio. O contêiner de plástico frágil ofereceria pouca
proteção, mas pelo menos ele tinha alguns preciosos segun-
dos em um esconderijo para agir. — Como diabos eles passa-
ram pela minha segurança? — perguntou-se, enquanto sacava
sua velha pistola Predator I. Em rápida sucessão, Han atirou
duas vezes em um mercenário próximo. Muitos o achavam
louco por confiar em uma arma tão velha, mas Han sabia que
sua mira era sem igual. Por quase vinte anos ela esteve ao seu
lado e nunca falhou. Esse recorde continuou enquanto cartu-
chos pesados abriam buracos na armadura do mercenário. Um
atingiu bem entre as placas balísticas perto do ombro direito, o
outro direto no pescoço. O soldado contratado morreu antes
de atingir o chão. Antes que Han encontrasse outro alvo, uma
voz mais alta do que qualquer outra ouvida antes ficou acima
do som da batalha e ecoou pelo depósito pronunciando ape-
nas uma palavra: — Parem!
Todos os presentes no depósito obedeceram, mas Han
tirou um momento para avaliar a situação. A maioria dos
seus homens estava morta, e o único mercenário fora de
combate era o que ele tinha acabado de alvejar. Pior ainda,
o mago, com seu manto e longa barba branca ainda flutu-
ando em algum tipo de vento pessoal, estava ileso e ainda
pairava ali por perto. Mas agora estava olhando diretamente
para o capitão contrabandista.
O silêncio sepulcral permeando o depósito foi quebrado
pelo som de passos lentos e decididos. Através da fumaça que
se esvaía, duas figuras calmamente entraram. Uma era uma
troll enorme; sua pele escura e penteado lembraram Han de
suas muitas viagens para a África nos últimos anos. Zumbindo
ao redor dela estava um par de drones de combate Sikorsky.
Andando a um passo na frente dela, estava um humano asiá-
tico vestido com um longo sobretudo, terno de negócios sob
medida, e sapatos muito caros. Ele parecia estar na casa dos
quarenta, mas se portava com o peso, presença e poder de
alguém bem mais velho. O eco dos seus passos era o único
som no depósito enquanto ele andava. Um dos mercenários
se aproximou e esticou seu braço para o homem de terno en-
quanto este removia seu sobretudo, sem nunca mudar o pas-
so. De repente, Han o reconheceu e sentiu o sangue gelar.
SHADOWRUN 3
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
— Capitão Han. Não desejo ver mais derramamento de
sangue esta noite — disse o homem de terno sem preâmbulo.
— Você e sua tripulação não são as razões de estarmos aqui.
Foi apenas um grande azar que estivessem no nosso caminho.
Agora, dou minha palavra de que caso você e o restante da
sua tripulação se rendam, nenhum de vocês será ferido nem
sofrerá qualquer represália. Nós compreendemos que isso
eram apenas negócios.
Han sabia que não tinha escolha. Mesmo sem os merce-
nários, não havia jeito de vencer esta briga. Se levantando
detrás do caixote, Han largou sua Predator e botou as mãos
para cima. O resto dos seus homens, aqueles que consegui-
ram encontrar armas, o seguiram de acordo. O mago flutuou
gentilmente até o chão enquanto os mercenários começavam
a cercar o homem de terno. A troll simplesmente cruzou os
braços e observou, quieta, enquanto os drones flutuavam ao
seu redor.
Sem dizer nada, dois mercenários foram até a cabine. Lá
dentro, Li guinchou como um porco sendo levado para o aba-
te. O ex-assalariado se debatia impotente contra as mãos dos
mercenários antes que eles o arremessassem ao chão na frente
do homem de terno caro. Li continuava a chorar lamentos pa-
téticos de piedade.
Enojado com a exibição à sua frente, o homem de terno
baixou o olhar para Li e sibilou: — Levante-se. — com pernas
trêmulas, Li obedeceu e conseguiu se levantar enquanto lágri-
mas caíam pelo seu rosto enrubescido.
— Sr. Li, você não deveria ter fugido. Na verdade, não de-
veria ter feito muitas coisas. Mas nada disso me concerne
neste momento. Agora, eu dou uma escolha a você. Venha
conosco sem resistência, coopere, e logo você receberá dig-
nidade antes de encontrar sua sina. Recuse-se, e ela será ple-
namente dolorosa.
O rosto de Li ficou mais vermelho, mas ele pendeu sua ca-
beça em submissão. O homem de terno assentiu e se voltou
para o Capitão Han. — Sou um homem de palavra, Capitão.
Como eu disse, você e sua tripulação não serão mais atacados.
Nós nos retiraremos, mas vocês devolverão todos os itens que
já carregaram a bordo e o dinheiro que receberam. Sinto mui-
to, mas ele não era do Sr. Li para que ele o oferecesse para
ninguém. Também sugiro que antes que aceite outro serviço,
assegure-se que o homem que o contratou não é procurado
pela Sociedade do Dr …”
Agindo por estupidez gerada pelo desespero, Li pegou
uma pistola automática do coldre aberto de um mercenário
e apontou para as costas do homem de terno. Em um borrão
de movimento, o homem de terno girou enquanto um som
da pistola se registrava. Na primeira metade de um segundo,
o homem de terno agarrou e virou a pistola automática que
agora estava apontando para a direção oposta, com o dedo
de Li preso na proteção do gatilho. Na segunda metade do
segundo, Li gritou de dor enquanto o homem de terno arran-
cava a pistola automática (e o dedo de Li) e dava uma série de
golpes com os dedos no corpo de Li em rápida sucessão. O
ex-assalariado caiu no chão tremendo, olhos arregalados em
muita dor e incapaz de falar; mas ainda estava vivo.
O homem de terno olhou calmamente para a pistola auto-
mática na sua mão e então para o mercenário que a perdeu.
Antes que o mercenário pudesse falar, o homem de terno vi-
rou a arma em suas mãos e colocou uma bala entre os olhos
do mercenário. Jogando a pistola de lado, como se enojado
por sua presença, o homem de terno gesticulou para que o
4 SHADOWRUN
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restante dos mercenários levassem Li. Enquanto vestia nova-
mente seu sobretudo, o homem de terno olhou para o Capitão
Han e disse simplesmente: — Lembre-se das minhas palavras,
Capitão Han — enquanto ele e seus homens se retiravam.
Assim que saíram de vista, o Capitão Han caiu de joelhos e
só encarou o mercenário morto.
Fora do depósito, William Xian observou enquanto os merce-
nários da Quinquagésima Oitava Brigada de Combate carrega-
vam Li em uma van e partiam. A recuperação saiu melhor do
que o esperado e os mercenários agiram de forma adequada,
quase perfeita. Ele torcia para que o exemplo desta noite os
motivasse para uma melhoria futura. Ainda assim, seu mes-
tre estaria certamente satisfeito. E felizmente, se qualquer um
quisesse tentar roubar da Wuxing, pensaria duas vezes. Mas
no fundo, ele sabia que “Um” seria chamado para ir atrás de
outro “Sr. Li”.
Na tela digital das suas lentes de contato, Xian viu comen-
tários tanto do Mestre Wu, o mago e Zarah, a tecnomante. Wu
já estava reclamando de dores de cabeça e queria ir embora
imediatamente, enquanto Zarah reportava que já havia lidado
com toda a filmagem de segurança dos arredores e nem mes-
mo a Ressonância poderia encontrá-la. Olhando para o cro-
nômetro, ele concordou com Wu. Sua tarefa estava concluída;
era hora de descansar.
Sua limousine particular saiu de trás de um dos vários con-
têineres e Zarah grunhiu. Na sua tela, William viu a mensa-
gem: — Ela está aqui. E sequestrou a minha limousine. — Esse
comentário era tudo o que Xian precisava saber. Enquanto
a limo deslizava até parar a meros cinco metros do trio, sua
porta de trás abriu e uma humana com aparência imaculada,
feições lisas feito porcelana e os trajes chineses de negócios
mais atuais saiu. Xian sabia que atrás dos óculos inteligentes
top de linha estava uma expressão de satisfação presunçosa.
Zarah tinha um orgulho excepcional das suas habilidades, e
requisitar a limousine era um insulto direta para ela. Mas esse
era o estilo da Lin.
— Você tinha que matar um dos meus homens? — pergun-
tou Lin como saudação.
— Ele vacilou. E pelo que eu sei, os membros da Cinco-Oito
estavam a serviço da Sociedade do Dragão Vermelho, não a
seu serviço pessoal. Por que está aqui, Lin?
Lin foi da limousine e passou um dedo pela caríssima gra-
vata de seda de Xian. — Vamos discutir os mercenários mais
tarde, gatão. Mas para responder a sua pergunta, estou aqui a
mando do Mestre. Foi decidido que Um fará uma viagenzinha;
Manhattan, para ser mais exata.
— Por quê?
— Por quê? Porque o mestre assim o deseja, pronto. Es-
tou apenas entregando a mensagem em seu nome porque ele
está cuidando de outros assuntos. Tudo o que vocês precisam
saber é que seu voo parte do nosso aeroporto particular em...
três horas. Pacotes de dados sobre a sua tarefa foram prepa-
rados e estarão esperando por vocês no avião. É importante
saiber que esta aventurazinha não deve ser subestimada. Nos-
so Mestre colocou muita importância nela. Então se qualquer
um de vocês precisar fazer algo antes de partir, é bom fazer
agora. Porque agora vocês só têm duas horas e cinquenta e
nove minutos.

INTRODUÇÃO
A Batalha de Manhattan é a terceira aventura da série Punha-
ladas Formais tanto para Shadowrun Quinta Edição. A Batalha
de Manhattan dá aos jogadores a oportunidade de vivenciar
a intriga, espionagem e combate acerca do conflito por su-
premacia das megacorporações. As megacorporações usa-
rão qualquer arma, qualquer tática, e qualquer pessoa que
achem poder lhes dar uma vantagem.
A Batalha de Manhattan é uma aventura adaptável; mes-
tres podem facilmente ajustá-la para adequar tudo para
as habilidades da equipe, seja ela formada por novatos ou
veteranos. A aventura se concentra no conflito entre duas
megacorporações: A Wuxing de categoria AAA, e a Pro-
metheus Engenharia de categoria AA. Recentemente, a di-
retoria da Wuxing decidiu que chegou a hora de expandir
suas operações Norte-Americanas, e que a melhor forma
de fazê-lo é realizar uma aquisição hostil da Prometheus.
Para ajudar a facilitar a aquisição, a Wuxing se voltou para
associados de longa data entre as Tríades para agirem como
uma frente de recrutamento de incursores das sombras e
inspecionarem as operações que eventualmente permitirão
que a Wuxing absorva a Prometheus. Isto leva a uma série
de eventos que culminam em um confronto arrebatador e
feroz nas ruas de Manhattan.
É aqui que os jogadores devem parar de ler. O resto de
Batalha de Manhattan é apenas para mestres. Ele revela as
tramas, personagens e segredos que o mestre usará ao criar
a aventura do grupo. Ler a partir deste ponto pode estragar
a experiência de um jogador e diminuir o divertimento da
aventura.
PREPARANDO A AVENTURA
Apesar desta aventura seguir as regras básicas encontradas
nas duas edições, incorporar estes suplementos dá ao mes-
tre a chance de testar algumas das regras opcionais que eles
contêm.
Esta aventura leva os incursores das sombras de Seattle
(apesar de o mestre poder escolher outro ponto de parti-
da) até à ilha de Manhattan, em Nova York. Inicialmente,
os incursores são contratados para auxiliar a Wuxing com
sua aquisição hostil da Prometheus Engenharia, mas even-
tualmente a Prometheus fará uma contraproposta para ten-
tar contratar os incursores para algumas missões próprias.
Após uma série de encontros, a briga sai das sombras e se
torna um combate aberto nas ruas. Mestres podem optar
por tornar esta informação disponível aos seus jogadores
antecipadamente ou conforme seus personagens pesqui-
sam a cidade ou interagem com as diversas facções. Mes-
tres também podem encontrar informações úteis sobre a
megacorporação Wuxing no Guia Corporativo, enquanto
informações detalhadas sobre a Prometheus Engenharia e
a ilha de Manhattan podem ser encontradas no suplemen-
to e-book A Maçã Podre: Manhattan assim como o livro da
Quinta Edição Almas Roubadas.
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
ESTRUTURA DA AVENTURA
Em A Batalha de Manhattan, a Wuxing prepara, através dos
seus associados das Tríades (a Sociedade do Dragão Ver-
melho, especificamente), um conjunto de objetivos espe-
cíficos a serem cumpridos pelos incursores das sombras
na ilha corporativa de Manhattan. O mestre tem liberdade
de mestrar todos os quatro objetivos ou escolher apenas
aqueles que servem melhor ao grupo; também pode de-
sejar acrescentar objetivos novos e originais para expandir
esta aventura numa campanha completa num local exótico.
SEÇÕES PRINCIPAIS
Este livro é organizado em seções para ajudar você a levar a
aventura para a sua mesa:
• Preparando o Jogo: Uma sinopse da trama, informa-
ções necessárias de plano de fundo, e outros detalhes
e dados úteis.
• Cenas da Aventura: A aventura em si, repartida em
cenas individuais.
• Coleta de Dados: Sumários de informações e dados
que os personagens jogadores podem encontrar du-
rante sua pesquisa.
• Elenco das Sombras: Perfis dos PdMs primários com
quem os personagens jogadores irão interagir duran-
te a aventura.
CENAS DA AVENTURA
A aventura em si segue uma série de cenas sequenciais. Cada
cena contém algumas ou todas das seguintes subseções:
• Saca Só: Um breve sumário dos eventos da cena.
• Manda a Real: Uma seleção de texto que pode ser
lida diretamente para os jogadores ou parafraseada
quando os personagens jogadores alcançam pontos
específicos da cena.
• Ganchos: Descrições de maneiras nas quais os persona-
gens podem ser encorajados a participar de uma cena.
• Por Trás das Cenas: A mecânica por trás de cada
cena, incluindo motivações dos PdMs e quaisquer
segredos ou instruções especiais.
• Subtramas: Aventuras secundárias — ou embustes
— que oferecem linhas para que mestres tornem a
aventura menos linear para jogadores.
• Indo Além: Sugestões para mestres alterarem a cena
para desafiar jogadores mais experientes ou perso-
nagens jogadores mais poderosos.
• Depuração: Sugestões para fazer a aventura voltar
aos trilhos se os personagens jogadores descarrilha-
rem tudo.
• Pontos de Interesse: Locais presentes na cena, in-
cluindo descrições e níveis para sistemas de segu-
rança e sistemas da Matriz.
• Soldados e Alvos em Movimento: PdMs desta cena
específica. PdMs presentes em múltiplas cenas são en-
contrados em Elenco das Sombras.
INTRODUÇÃO 5
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
PERSONAGENS DO MESTRE
Personagens do mestre (PdMs) são a chave para dar vida
à aventura. PdMs incluem os aliados, inimigos e contatos
com quem os personagens jogadores irão interagir duran-
te a missão. PdMs importantes possuem perfis relevantes,
incluindo atributos, na seção de Soldados e Alvos em Mo-
vimento de cada cena. PdMs principais que aparecem em
múltiplas cenas estão listados na seção Elenco das Sombras
no fim deste livro. Mestres podem e devem ajustar os PdMs
para torná-los oponentes mais ou menos desafiadores (veja
Incursores de Prestígio, p. 385, SR5). PdMs em grupos se
beneficiam de Trunfo de Grupo (p. 380, SR5), enquanto
PdMs individuais nesta aventura possuem seu próprio atri-
buto Trunfo para uso.
A Batalha de Manhattan é uma aventura desenvolvida
para Shadowrun Quinta Edição, e é a terceira aventura da
série Punhaladas Formais. Abaixo você encontra uma lista de
sugestões que ajudarão a mestrar a aventura de forma mais
suave.
ETAPA UM: LEIA A AVENTURA
Leia toda a aventura antes que a apresente para seu grupo.
Se familiarizar com toda a história permite que você veja qual
parte leva à seguinte. Saber o que está chegando ajuda você
a adaptar quando seus jogadores (inevitavelmente) fizerem
alguma coisa não prevista na aventura.
ETAPA DOIS: AVALIE A AVENTURA
É raro quando um mestre conduz a aventura da forma
exata que está escrita. Alguns podem querer dificultar para
seus jogadores, enquanto outros podem ajustá-la para
equipes especializadas (como uma toda formada por magos).
Outros podem alterar alguns PdMs por personagens com
quem os jogadores já estejam familiarizados em seus jogos
para criar um universo mais unificado para suas incursões.
Você conhece seus jogadores. Avaliar a aventura permite que
você a personalize e a torne mais divertida para os jogadores
ou a encaixe no seu próprio estilo de mestrar.
ETAPA TRÊS: CONHEÇA OS PERSONAGENS
Você deve ter informações completas de cada um dos
personagens jogadores antes de conduzir a aventura, para
que você possa avaliar suas perícias, contatos e habilidades
individuais (e de grupo). Se uma cena pede para que eles
pilotem um avião pelas Rochosas, e nenhum deles possui
a perícia Pilotar Aeronaves, você pode ter que ajustar a
cena para que possam ter uma chance de sucesso. Se um
personagem for deixado de lado por partes da história devido
à falta de habilidades ou perícias, o mestre deve considerar
adicionar cenas que se aproveitem das forças do personagem.
6 INTRODUÇÃO
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PLANO DE FUNDO
“Na arte da guerra prática, a melhor coisa é tomar o país inimigo
inteiro e intacto; destroçar e destruir não é tão bom. Também é,
portanto, melhor recapturar um exército inimigo inteiro do que
destrui-lo.” — Sun Tzu
Em meados de 2076, muitas das megacorporações do mundo
estão metidas em uma crise ou outra. A Aztechnology está
se reconstruindo com sua guerra com a Amazônia e ataques
que danificaram muito da sua capacidade de produção
alimentícia. A Horizon apoiou o lado perdedor desta guerra
e sua repercussão abriu um rombo e tanto nela, assim como
as consequências do massacre tecnomante em Las Vegas.
A Ares ainda está se recuperando de diversos problemas
MESTRANDO A AVENTURA
ETAPA QUATRO: FAÇA ANOTAÇÕES
Fazer anotações mantém tudo organizado. Anotações
lembram você de quando distribuir algum material ou listar
detalhes que deveria enfatizar, e facilitam a apresentação da
aventura de forma suave e eficiente. É igualmente importante
fazer anotações durante a aventura, incluindo as coisas que os
jogadores fazem e dizem, e as decisões que tomam. Isso é útil
para recompensar Carma e administrar contatos na conclusão
da aventura. Talvez ainda mais importante, enquanto joga uma
série de aventuras, as decisões feitas em um jogo afetarão as
opções dos jogadores — e as consequências que enfrentam
— na próxima. Sem dúvida os jogadores farão decisões que se
arrependerão, e ficar nas sombras significa que há uma boa
chance de que essas decisões ruins voltarão para assombrá-
los mais tarde.
ETAPA CINCO: NÃO PERMITA QUE OS DADOS DITEM O JOGO
Rolagens de dados são utilizadas para determinar as
consequências dos eventos em um jogo de interpretação.
Entretanto, às vezes, os dados caem de uma forma que
interferem com a história. Como mestre, você tem a autoridade
— e às vezes a responsabilidade — de ajustar os dados para
aprimorar a história. Via de regra, um mestre não deve alterar
as rolagens de dado para ferir os personagens jogadores,
mas ocasionalmente pode ajustar a rolagem para ajudá-los
(suavizando a rolagem de “morte” para “ferimento grave”, por
exemplo) ou para ajudar a história a se recuperar de um azar
catastrófico para prosseguir.
ETAPA SEIS: NÃO ENTRE EM PÂNICO!
Você vai cometer erros. Todo mundo comete erros. Talvez
você se esqueça de uma regra, interprete errado uma cena,
ou se esqueça de uma pista importante. Não se preocupe. O
motivo de você estar aí é se divertir, e diversão é muito mais
importante do que uma performance perfeita. Quando você
ou os jogadores cometerem um erro, faça seu melhor para
endireitar tudo e seguir em frente.

internos, múltiplas falhas de produto em mercados que um
dia já dominou, e boatos de problemas mais pérfidos. A
NeoNET e a Evo se tornaram as principais suspeitas da crise
de erro fatal que varre o globo, e represálias de alto nível
podem estar em seu encalço.
E ainda temos a maior megacorp do mundo: Sadder-
-Krupp. Com o término da guerra civil dracônica, a S-K anda
ocupada movimentando seus patrimônios e escapando de
diversas tentativas de derrubá-la do topo da cadeia alimen-
tar megacorporativa. Lofwyr perdeu status e prestígio, o que
levou o resto do mundo corporativo a notar uma fraqueza e
perseguir a corp com um vigor renovado.
Com metade das Dez Megas grandemente ocupada e
distraída, a diretoria da Wuxing decidiu que a hora chegou
para uma expansão nos mercados Norte Americanos. A corp
já possui patrimônios significantes em Seattle, mas um local
na costa leste da América do Norte foi considerado necessá-
rio. A ilha corporativamente dominada de Manhattan e seus
distritos nos arredores prometem ser um palco ideal para
seus planos de expansão. Controlado pelo Consórcio de De-
senvolvimento de Manhattan, uma coletânea de megacorps
de categoria AA e AAA, a Ilha de Manhattan é conhecida
como uma zona segura e protegida que está completamente
sob controle da lei corporativa. A Wuxing também decidiu
que se for para fazer gastos capitais significantes para levar
operações principais para a ilha, ela não quer ser a “rapaziada
recém-chegada”; ela quer um lugar na mesa grande.
Para tanto, ela determinou que uma aquisição hostil de
uma corp local de Manhattan, a Prometheus Engenharia,
seria a melhor forma de cumprir diversos de seus objetivos
de uma só vez. Se a Wuxing for bem-sucedida em obter
a PE, ela não só garantirá a cadeira no CDM, mas também
adicionará recursos de construção e materiais da PE para seu
próprio portfólio. Mas mesmo com todo seu poder e recurso,
a Wuxing sabe que a Prometheus, uma empresa categoria
AA formidável, com fortes laços locais e seus próprios meios
e recursos, não vai deixar barato. Seguindo a sugestão do
grande dragão Lung, a Wuxing contatou seus aliados entre
as Tríades, mais especificamente a Sociedade do Dragão
Vermelho. Os Dragões Vermelhos despacham um grupo para
Manhattan a fim de agir como seus representantes e preparar
o terreno para a aquisição hostil da Prometheus pela Wuxing.
SINOPSE DA TRAMA
Na primeira cena, os jogadores são contatados pelos seus
diversos atravessadores sobre uma oportunidade de traba-
lho em Manhattan. É claro que os detalhes são rasos, mas
o atravessador provoca com um chamariz na forma de um
passe de visitante de vinte e quatro horas para Manhattan
para ajudar a persuadi-los a ir. Se isso não funcionar, ele
menciona que a maioria dos trabalhos em Manhattan ten-
dem a pagar entre trinta e cinquenta por cento a mais que
o normal. Se os incursores aceitarem, eles se veem na boa
e velha Grande Maçã. Enquanto saem do aeroporto, eles
são recebidos por um atravessador local chamado Orelha
Preta. Antes do encontro, Orelha Preta se oferece para le-
vá-los em um pequeno tour “Incursão em Nova York, curso
básico”. Isso pode ser especialmente benéfico para aqueles
que nunca estiveram antes em Nova York. Operar em Nova
York (e Manhattan, em particular) é drasticamente diferente
do resto do mundo. O encontro com Orelha Preta pode aju-
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
dá-los a evitar muitas das armadilhas associadas a incursões
por lá, e potencialmente tornar um dos melhores atravessa-
dores de Nova York em um contato de verdade.
Durante a segunda cena, os incursores vão de fato se reu-
nir com o Sr. Johnson. Neste caso, o Sr. Johnson não é uma
pessoa só, e sim um trio de quebra-galhos da Sociedade do
Dragão Vermelho de Hong Kong, coletivamente conhecidos
como “Um”. Essas pessoas foram especificamente enviadas
para Manhattan para facilitar as diversas operações em nome
da Tríade, e por fim, da Wuxing. Para testar as graças sociais
dos jogadores, o Um prepara um encontro em uma badala-
da cantina de vinhos, onde diversas plantas farão o possível
para irritá-los ou enfurecê-los. A ideia é ver como os jogado-
res reagem a diversos tipos de pressão e como se compor-
tam quando enfrentam um desafio que não podem resolver
na base do tiro, porrada e bomba. Se os incursores passarem
no teste, receberão sua primeira tarefa: convencer diversos
membros da afiliação local da Tríade, a Gangue do Círculo
Máximo, a aceitarem a supremacia dos Dragões Vermelhos.
Na terceira cena, os incursores recebem uma incursão
clássica: arrombamento e invasão. Eles recebem a tarefa de
invadir os arquivos da Cidade de Nova York para obter uma
cópia das plantas baixas da cidade. O desafio principal aqui é
que a informação é mantida em um sistema próprio que não
pode ser acessado de lugar algum, exceto do local físico. E
mesmo assim, os detalhes do sistema são incomuns, como
se fossem desenhados especificamente para evitarem qual-
quer comprometimento de um vírus tipo Travar ou acesso
não autorizado de, digamos, um tecnomante.
A cena quatro deve oferecer um desafio especial para os
jogadores. Se tiveram um bom desempenho nos primeiros
trabalhos, eles recebem o aviso de que um novo Sr. Johnson
(trabalhando em nome da Prometheus) quer contratá-los. A
treta: O trabalho envolve a captura de um grupo de executi-
vos da Wuxing a caminho de Nova York, e eles precisam ser
extraídos de seu voo sub-orbital em pleno voo. Para ajudar
a facilitar esta extração de alto risco, o Sr. Johnson apresen-
ta um fusor conhecido como Motora aos incursores, que já
possui a técnica e equipamento especializado para ser bem-
-sucedido. O que se faz necessário são incursores peritos o
suficiente para entrar na aeronave, derrubar qualquer segu-
rança ou outros passageiros a bordo, conseguir transferir os
executivos para o veículo de Motora em pleno voo, e então
destruir o avião. Simples, né?
A quinta cena é bem menos arriscada porque se passa em
terra firme, mas não significa que é menos perigosa. Ante-
cipando seu sucesso e mudança para Manhattan, a Wuxing
esteve secretamente transportando materiais especiais para
uso em seu futuro quartel-general regional e outros edifícios.
Esses materiais são de natureza mágica, projetados para ca-
nalizar e promover o fluxo de energia através de tais instala-
ções usando feng shui. Para facilitar isso, ela também enviou
um dos seus melhores geomantes para a área a fim de iniciar
fases preliminares de construção ou renovação. A Prometheus
descobre isso e decide sabotar os planos da Wuxing. Os joga-
dores são contratados para duas missões em uma: Primeiro,
raptar o geomante, e segundo, destruir e/ou sabotar o quanto
puderem dos materiais especiais. Eles só precisam se preocu-
par com um grupo de mercenários sanguinários que servem
como segurança e as zilhões de outras forças de segurança/
policiais localizadas em Nova York.
INTRODUÇÃO 7
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Na sexta cena, a final, acabaram os joguinhos entre a Wu-
xing e a Prometheus Engenharia. Agora é sério. Se a Wuxing
puder ganhar controle sobre o CEO da PE, ela obtém controle
de facto sobre a maioria das ações da companhia, então ela
decide arriscar mais um sequestro. Entretanto, a Prometheus
descobriu os planos da Wuxing e decidiu agir para prevenir-
-se. E isso leva a uma guerra aberta no quartel general da PE
em Manhattan. E na maior reviravolta, os incursores podem
decidir por quem querem lutar: Wuxing ou Prometheus. Se
ficarem ao lado da Wuxing, eles recebem a tarefa de ir atrás
das linhas inimigas e extrair o CEO da Prometheus. Se tra-
balharem para a Prometheus, eles devem se unir com forças
leais, e pagas pela PE, e garantir a segurança do CEO. Inde-
pendente de qual lado escolherem, os jogadores terão que
se mover através de uma batalha pesada entre segurança
intensa e forças mercenárias, penetrar o edifício da PE, e en-
gajar em perigosos combates andar por andar para alcançar
seu objetivo. O vencedor definitivo fica com a Prometheus e
sua cadeira na diretoria do CDM.
BEM-VINDO À GRANDE MAÇÃ! AGORA VAZA DAQUI…
POSTADO POR: VIAJANTE JONES
Então cê quer entrar no coraçãozão da Grande Maçã
Podre, é? Se tá lendo isso daqui, tá pelo menos considerando
a ideia. Coisa boa, significa que cê tem pelo menos um tico e
um teco na cabeça. Agora, a primeira coisa que cê precisa
saber sobre Manhattan é que a reputação de ser a zona de
segurança mais restritiva do mundo é merecida pacas. Depois
do terremotão de 2005 e a criação subsequente do Consórcio
de Desenvolvimento de Manhattan, o Grande Irmão começou
seu reino e não parou não.
O que isso quer dizer pro Zé Incursor? Quer dizer que as
regras são diferentes. Não é piada não; um tempão atrás o
povo de Nova York (e de Manhattan em particular) costumava
ceder a pouca liberdade que ainda tinham por segurança. Só
que hoje Manhattan é um estado de vigilância fechada onde o
direito à privacidade é basicamente cedido pras corps assim
que cê entra na cidade. Em troca, a cidade é muito segura pros
interesses corporativos, empregados e visitantes... se a sua
identidade tá atualizada e cê tiver os passes certos da zona.
Botei aqui uma listinha bem direta de regrinhas pra qualquer
um que vá pra Manhattan.
Primeiro, todo mundo é obrigado por lei a publicamente
transmitir seu Passe Manhattan, SIN e todas as outras
licenças. Não fazer isso resulta em punições indo desde
a prisão (SINado ou cidadão não corp) até espancamento
severo e expulsão (desSINado).
Segundo, invasão é crime sério em Manhattan. Se te
pegarem em um pico que cê não devia estar, de acordo com o
nível de acesso do teu Passe Manhattan, a tua fuça vai levar
multa ou cadeia. E pode esquecer da ideia de que desligar teu
link ou se esconder vai deixar cê ficar se esgueirando feito
ninja. A ilha tem mais sensores de segurança ativos do que
uma Zona Zero da MTC, e a O CDM tem olhos e ouvidos por
8 CENA UM: GASTRONOMIA LOCAL
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
CENA UM:
GASTRONOMIA LOCAL
“Oportunidades se multiplicam conforme são tomadas.” — Sun Tzu
SACA SÓ
Como toda boa incursão das sombras, o trabalho começa
com uma reunião com o Sr. Johnson, e às vezes essa é me-
tade da diversão, pelo que dizem. Após os incursores serem
contatados pelos seus respectivos atravessadores, eles fi-
cam sabendo de uma incursão potencialmente lucrativa em
Nova York. Se decidirem conferir essa, eles recebem passa-
gens (de terceira classe, é claro) para o primeiro voo sub-or-
bital em direção ao Aeroporto LaGuardia e passes temporá-
rios de visitantes para Manhattan. Assim que chegam, são
recebidos por Orelha Preta, um atravessador local que tam-
todos os lugares, e cada homem, mulher e criança que anda
na rua é monitorado. Se “acidentalmente” entrar num lugar
que não tenha permissão, cê vai levar um aviso educado na
sua RA... na maioria das vezes. Não seguir instruções significa
uma bela visita da NYPD, Inc. (Polícia de Nova York, Inc.) ou
segurança corp local. Se continuar a dar problema, essa
galera tem permissão da lei corporativa de usar “quaisquer
meios considerados necessários para remover a ameaça/
fechar a brecha de segurança”. O aviso tá dado.
Terceiro, um cidadão corporativamente patrocinado pode
ter uma licença pra quase qualquer tipo de arma de fogo ou
arma branca, incluindo até mesmo algumas armas totalmente
automáticas. Penas por portar armas sem licença são bem
severas e incluem encarceramento mínimo de vinte e quatro
horas. Se tiver licenças falsas (porque convenhamos, cê não
se qualifica pras verdadeiras), garanta que elas sejam boas
mesmo. Os scans da Polícia são bem minuciosos.
Resumindo, seguir de boas pela ilha envolve ter bastante
inteligência. Cê precisa conhecer as regras e como seguir
cada uma (facilita pra quebrá-las), ou cê arrisca uma visita
nada amigável de uma gente bem ruim. Ter uma estratégia
de saída, minimizar dano colateral e de propriedade, e de
forma geral não virar notícia também são ótimas ideias. Armas
silenciadas e SINs falsos são praticamente obrigatórios,
enquanto explosivos e tiroteios abertos com segurança são
métodos de último recurso.
Então pra que fazer incursões lá? Olha, as incursões de
lá costumam pagar desproporcionalmente bem — chega a
ser de trinta a cinquenta por cento a mais do que um trabalho
similar em, digamos, Seattle. Mas a vigilância é bem maior, e
se emputecer a galera errada, cê vai ter problema em arranjar
trabalho (ou pior). Por isso, boa parte da comunidade incursora
é transitória, e atravessadores estão atrás de talento onde
puderem arranjar.

bém serve como taxista particular. Ele oferece seus serviços
como “guia turístico” para qualquer forasteiro, e como gesto
de boa-fé, vai levá-los de graça até o encontro, enquanto
conta aos incursores sobre a vida na Grande Maçã.
MANDA A REAL
Enquanto sossega no seu cantinho, um som agudo do seu
com-link grita por atenção. Por reflexo, você tenta diversas
vezes “aceitar mensagem”, mas percebe que não há nenhu-
ma; é só o seu despertador. Você esqueceu que tinha ativa-
do. Olhando a hora, você nota que já passam das dez horas.
Que milagre, você conseguiu dormir até o fim! Arrancando
as cobertas, você sai da cama e vê que descansou de verda-
de, já não sente os roxos da pancadaria da semana passada,
e a sua máquina de café está funcionando direito. Mas nem
mesmo o cheiro divino de café-soja fresquinho é suficiente
para impedir seu estômago de roncar. Verificando sua conta,
você ainda vê um saldo (levemente) positivo; mais do que o
suficiente para um café da manhã de verdade. Botando al-
gumas roupas cujos odores estão em um nível aceitável e
só têm algumas pequenas manchas de sangue, você segue
porta afora para uma bela manhã (ou seja: sem chuva). Você
segue até ao Stuffer Shack local e vê na bancada aquecida
diversos sanduíches de desjejum Feijão João, o tipo bem po-
pular que costuma acabar dez minutos depois de pronto. Eles
estão quentinhos e apetitosos, e ainda não foram estragados
pelas lâmpadas de micro-ondas. E... gente, a entregadora de
rosquinhas acabou de chegar com uma fornada fresquinha?
Você chega em casa sem levar nenhum tiro bem a tem-
po da última gota do delicioso café atingir o bule. Com uma
caneca fumegante na mão, você leva a comida aos lábios e
mastiga. Bem na hora, seu com-link apita; o visor mostra que
é o seu atravessador. Você aperta “aceitar”. Se a sua boca não
estivesse cheia, talvez desse uma série de palavrões bem se-
lecionados na direção virtual dele.
— Opa, liguei em má hora? Ah, que seja. Não preciso que
você fale. Escuta só. Diz a lenda que uns figurões de Nova York
querem fazer umas tretas intensas e estão atrás de indivíduos
qualificados de acordo para fazer acontecer. E naturalmente, o
seu nome estava no primeiro da minha lista quando fiquei sa-
bendo disso. O Sr. Johnson quer o encontrinho obrigatório an-
tes de finalizar qualquer negócio, e tomei a liberdade de reser-
var uma passagem em um sub-orbital até o LaGuardia. E já que
sou o seu parça favorito, preparei um passe de vinte e quatro
horas da Maçã Podre só pela remota chance de que você deci-
da ir bater um papo com ele. Agora pode engolir.
Assim que você engole, o atravessador dá ainda mais in-
formações. — Fiz uma busca em seu nome — parece que o
nosso Sr. Johnson está associado com as Tríades. Mais espe-
cificamente, ele é parte de um dos seus grupos de quebra-
-galhos simplesmente conhecido como “Um”. Sei que lidar
com eles pode ser complicado, mas pelo que ando ouvindo,
a oferta vai ficar em cerca de cinquenta por cento acima da
taxa normal para esse tipo de trabalho. E né, mesmo se não
der certo, você leva um dia na Podr... Grande Maçã. Agora,
não tenho muito tempo para você ficar queimando neurô-
nios nisso. Preciso de uma decisão nos próximos trinta se-
gundos ou eu ligo para a segunda pessoa da minha lista. E
aí, você tá dentro ou eu boto outro nome naquela passagem
sub-orbital? Tique-taque, tique-taque…”
CENA UM: GASTRONOMIA LOCAL
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
QUANDO OS PERSONAGENS CHEGAM EM
NOVA YORK E ESTÃO PRESTES A SAIR
DO AEROPORTO LAGUARDIA, LEIA ISSO:
O passeio pela alfândega foi bem mais fácil do que o espe-
rado; só demorou duas horas acima do normal para proces-
sar vocês, mas pelo menos passaram de boas. O espaço do
aeroporto é praticamente igual a todo o resto do mundo:
sem graça, entediante, e cheio de spam de RA suficiente
para tapar três vezes o sol. Uma miríade de sinais eletrônicos
espalhafatosos atacam os filtros dos seus ’links e recebem
todos os recém-chegados, encorajando-os a visitar essa ou
aquela loja enquanto outros apontam diversos restaurantes
que oferecem “o melhor de Nova York”. Perto das saídas,
anúncios públicos de todos os tipos brigam por atenção com
anúncios de diversos serviços de transporte e de “especia-
lidades”. Enquanto olha a hora, vocês veem que ainda têm
cerca de quatro horas antes do encontro na Conteúdo Sob
Pressão. E agora? Antes que possam tomar uma decisão,
uma mensagem atravessa todo o spam ofensivo da área e
exibe diretamente nos seus links. É uma simples mensagem
de texto dizendo “Caroninha? Saída sul, van grandona ama-
rela.— Orelha Preta.” O que mais têm a perder?
SE OS JOGADORES DECIDEM
CONTACTAR ORELHA PRETA, LEIA ISSO:
Seguindo para a saída sul, vocês se perguntam brevemente
se poderão encontrar essa van específica entre as dúzias de
veículos estacionados. Então finalmente a avistam, ou me-
lhor, ela brota nas suas caras. Van grandona amarela mesmo
— vocês já viram t-birds menores saindo de Denver. Parecen-
do o filhote de um caminhão e uma limousine depois de uma
trepada ébria, a van (se é que pode ser classificada assim) é
um veículo quadradão decorado com o clássico padrão de
xadrez de táxi diagonal nas laterais, dando a impressão de
enormes asas ascendentes. Apesar de uma etiqueta de RA
sobre o táxi rebaixado indicando fora de serviço, o operador
da van está logo atrás dela, se apoiando na porta traseira.
Acima da cabeça dele, uma etiqueta de RA exibe seus nomes
enquanto ele preguiçosamente vasculha a multidão de saí-
da. Dentro de segundos, ele olha na direção de vocês e sorri
antes de se aproximar. O motorista é um velho ork bem mus-
culoso e grisalho, vestindo um colete de couro surrado sobre
uma camiseta de neo-lã com jeans de sintbrim e cabeça com
um boné retrô dos New York Yankees. — Aê, chegaram em
Nova York! Sou o Orelha Preta, qualé a boa? Fiquei sabendo
que tavam vindo e achei que uma carona ia bem. E aí? A pri-
meira viagem é por minha conta, levo vocês onde precisar —
diz ele, em uma estranha mistura de sotaque do Brooklyn e
do Bronx enquanto abre um desigual sorriso de ork.
GANCHOS
É altamente recomendado que mestres encorajem seus jo-
gadores a cultivar Orelha Preta como um contato local, espe-
cialmente se nenhum deles tiver quaisquer contatos ou laços
locais. Apesar da sua natureza de baixa classe e atitude típica
(ou estereotipada) de Novaiorquino, Orelha Preta é um ork
muito inteligente e carismático, com uma rede altamente de-
senvolvida de amigos e contatos que podem se provar muito
benéficos para os jogadores durante a aventura.
9
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Se os jogadores estiverem incertos de como começar a cul-
tivar Orelha Preta como um contato, eles só precisam aceitar a
oferta e começar a falar com ele. Como qualquer taxista típico,
Orelha Preta adora falar sobre qualquer coisa enquanto dirige,
e não tem medo de dar seus pitacos. Ele não espera que os
jogadores ajam de uma forma específica perto dele, e hábitos
ou traços incomuns não o incomodam. Até onde ele se impor-
ta, já viu de tudo e fez de tudo, e gente é gente, saca? Ele não
tem nada contra ninguém e gosta de se manter assim porque
todo estranho é um amigo em potencial (leia-se: fonte) que ain-
da não conheceu. Mas debaixo da aparência de taxista gente
boa está uma mente aguçadíssima que absorve tudo o que vê
e ouve, independente de quão trivial seja. Como atravessador,
a informação é, afinal de contas, seu negócio. E apesar de estar
sempre de olho pelo próximo pedacinho de dados úteis, Ore-
lha Preta também está mais do que disposto a compartilhar a
parada boa (como a real sobre a cena de incursores de Nova
York) por algumas gorjetas. Claro que, quanto melhor a gorjeta,
melhores os dados úteis.
SE OS JOGADORES DECIDEM
RECUSAR SUA OFERTA:
Orelha Preta não leva para o pessoal. Ele sabe que as som-
bras são um lugar perigoso e que às vezes a confiança é di-
fícil de se conquistar. Ele ainda oferece um dos seus muitos
com-códigos caso os jogadores decidam que precisam de
um amigo local.
10 CENA UM: GASTRONOMIA LOCAL
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SE OS JOGADORES ACEITAM
A CARONA DE ORELHA PRETA:
Ele imediatamente começa a falar e tenta cultivá-los como
novos contatos (presumindo que não façam com ele antes).
Por um preço médio de setenta e cinco neoienes por per-
gunta, Orelha Preta dá aos jogadores um resumo de como
as coisas funcionam em Nova York, quem são os figurões
locais, e quais os melhores lugares para conseguir isso e
aquilo. Por cerca de cem neoienes por pergunta, ele entrará
em mais detalhes sobre o que as corps, gangues, treteiros
e afins locais estão planejando de forma geral. Use a seção
Coleta de Dados como guia geral se os jogadores pergun-
tarem sobre qualquer outro PdM ou local da aventura. Os
jogadores também podem dar uma gorjeta de mil neoienes
para Orelha Preta para que ele se torne um contato perma-
nente com um de Lealdade; pontos de Lealdade adicionais
(até um máximo de três) custam mil adicionais cada. Os jo-
gadores também podem conseguir Lealdade com interpre-
tação suficiente, a encargo do mestre.
BASTIDORES
Orelha Preta é uma raridade e tanto nas sombras, um atra-
vessador genuinamente honesto. Ele ouviu rumores e certas
informações por aí, mas como todo bom atravessador, ele
quer saber mais porque isso significa mais cred nos bolsos.

Mas não importa quem sairá por cima na peleja iminente, o
negócio tem que continuar.
Não quer dizer que Orelha Preta está disposto a vender
incursores por um iene fácil. Orelha Preta é praticamente um
ork estilo “acordos são finais”, já que vender as próprias fon-
tes é, no fim, mau para os negócios. Um atravessador com
rep ruim é pior do que um atravessador morto nessa cidade.
Mas ai de quem ferrar com Orelha Preta!
SUBTRAMAS
Os jogadores devem chegar em Nova York com tempo de
sobra para seu encontro em Manhattan, isso não significa
que eles precisam ir direto para lá. Essa também é uma for-
ma ideal para mestres introduzirem Nova York/Manhattan
para os jogadores. Se eles forem com Orelha Preta, existem
diversas oportunidades para (des)aventuras antes do en-
contro. Seguem aqui algumas sugestões:
• Melhor da Cidade: Nenhuma viagem à Nova York
está completa sem uma passadinha em alguns esta-
belecimentos locais. E por acaso Orelha Preta sabe
onde ficam os melhores picos da cidade. Seja de co-
mida, bebida, ou seja lá no que os jogadores tenham
interesse, Orelha Preta conhece — e se não conhece,
ele sabe de alguém que conhece. E todos sabemos
que incursores das sombras nunca se metem em en-
crenca em bares ou coisa parecida…
• Carreta furacão: A van de Orelha Preta é incompa-
rável, e ele tem muito orgulho disso. A van é ape-
lidada de “Baleia”, e Orelha Preta sabe como fazer
ela dançar e não tem medo de se exibir. Como um
típico taxista, ele vai fazer curvas fechadas, costurar
entre veículos, e basicamente desrespeitar cada lei
de trânsito conhecida, tudo enquanto olha por sobre
o ombro e conversa com os passageiros. Agências
locais de segurança/aplicação da lei irão ou acenar
educadamente enquanto ele passa ou dar um aviso
(se é que vão se importar de pará-lo). Orelha Preta
costuma só responder um “oxe” e joga algo do tipo
“a coisa que queriam vai chegar semana que vem” na
conversa antes de ser liberado.
• Atos Aleatórios da Vida: Apesar de toda a seguran-
ça, Nova York ainda pode ser um lugar perigoso. Coi-
sas acontecem o tempo todo, e ninguém nunca sabe
o que vai encontrar de rua em rua. Caminhões são
alvos de bandidos armados, táxis imprudentes coli-
dem com outros, cônjuges enciumados se confron-
tam (ou confrontam os amantes) em espaço aberto,
ou qualquer outra forma de caos espontâneo pode
acontecer. Deixe a criatividade rolar.
• Quebra-Pernas: Orelha Preta pode ser um atraves-
sador com boas conexões e muito respeitado, mas
até ele tem inimigos. Enquanto está bancando o cho-
fer/guia turístico para os jogadores, qualquer um dos
seus rivais poderia decidir que essa é uma boa hora
para acabar com ele. E convenhamos, quem melhor
para tirá-lo de uma treta do que seus novos amigos
de fora da cidade?
CENA DOIS:
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
INDO ALÉM
Essa cena deve ser tão longa ou curta quanto for necessá-
rio. É recomendado que quaisquer encontros nesse ponto
sejam apenas o suficiente para manter os jogadores inte-
ressados, sem se alongar demais. Não faltarão oportunida-
des de ir além conforme a aventura progride; não precisa
chegar assim de cara.
DEPURAÇÃO
O maior problema com essa cena é que os jogadores po-
dem receber exposição demais de Nova York e acabar se-
veramente distraídos. Eles estão aqui para um trabalho, não
turismo. Mestres também podem evitar isso sendo seleti-
vos no que expõem aos jogadores. Se estiverem demoran-
do demais em um local específico ou parecerem que estão
prestes a ficar em apuros, Orelha Preta pode ser usado para
colocá-los de volta nos trilhos. Se os jogadores se recusa-
ram a ir com Orelha Preta, uma intervenção oportuna da
NYPD, Inc. ou qualquer outra segurança local podem colo-
cá-los de volta nos trilhos.
PONTOS DE INTERESSE
Qualé, mermão?! É Nova York, porra! Tá de sacanagem co-
migo?!
SOLDADOS E
ALVOS EM MOVIMENTOS
Só se o mestre quiser!
CENA DOIS:
TESTE DE LEALDADE
“Se o seu oponente tiver um comportamento colérico, busque
irritá-lo.” — Sun Tzu
SACA SÓ
Agora é hora do verdadeiro motivo para vir para Nova York:
negócios. O Sr. Johnson (ou melhor, os Srs. Johnsons) pre-
pararam um encontro com os incursores em uma cantina de
vinho local. Os Johnsons querem medir os jogadores e de-
terminar se são capazes de lidar com assuntos sensíveis ou
se não passam de comida de rato demoníaco. Se os John-
sons estão satisfeitos com os jogadores, eles os iniciam na
sua tarefa: convencer uma filial local da Tríade, a Sociedade
do Grande Círculo, a reconhecer a supremacia de e trabalhar
diretamente para a Sociedade do Dragão Vermelho. Se os
incursores derem uma boa impressão durante o encontro,
eles recebem a oferta de um bônus.
MANDA A REAL
Conteúdo Sob Pressão, vulgo CUSPE (sacou!... ah, vai, é en-
graçado).
TESTE DE LEALDADE 11
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Todos os guias e críticas dizem que esse pico é a cantina
de vinho mais maneira de toda a Manhattan. Ainda assim,
não é como se tudo que estivesse escrito na Matriz fosse
verdade. Pelo menos não vão precisar se preocupar com al-
guém esfaqueando as suas tripas ou atirando nas suas nucas.
Pelo menos, é o que vocês esperam.
ARMAS SOB PRESSÃO
Se os incursores tentarem trazer qualquer arma para dentro
do bar, mesmo ocultas, eles correm o risco de chamarem a
NYPD, Inc. em cima deles. Por quê? Aqui é Manhattan, porra! O
CUSPE leva a segurança a sério e possui scanners ocultos por
toda a entrada. Isso inclui fareja-químicos, DAMs e detectores
raios-X (todos de Nível 5). Se os jogadores acabarem sem
lugar para armazenar suas armas, um ORA na porta seguinte
diz “Guarda-Armas Disponível, 30 Neoienes a hora, SEM
NEGOCIAÇÕES.”
E como todo mundo em Nova York, você recebe uma chance
de obedecer a lei. Conforme os jogadores se aproximam
da entrada, uma Etiqueta RA surge com a mensagem: “Em
respeito à ordem do CDM sob o Código Corporativo #2345.5
Seção A, Parágrafo 1-12, este estabelecimento foi autorizado
a recusar serviço a qualquer portador de armas de qualquer
tipo, independente de licenças e/ou autorizações prévias,
exceto aqueles em capacidade oficial de aplicação da lei.
Qualquer desobediência resultará no chamado da segurança
local. Todos os sujeitos serão processados de forma total
perante à lei.”
O aviso tá aí. Bem-vindo a Nova York. Vai se acostumando.
Conforme se aproximam, uma elegante placa RA flutua
bem acima da entrada principal. Do lado de fora, o lugar pa-
rece ter sido lar de uma série de lojas antigamente. Enormes
janelas de vidro são obscurecidas por longas persianas que
tapam e protegem os clientes de qualquer vigilância casual.
Na frente, pequenas mesas com guarda-sóis brancos fecha-
dos permitem que os clientes tomem suas bebidas com seus
mindinhos levantados em uma proteção relativa contra o sol.
Abaixo da placa de RA, nos dois lados da porta, estão as lis-
tas de vinhos. A não ser que saibam qualquer coisa sobre
vinhos, seria praticamente ler grego.
Enquanto a parte externa é um tanto refinada e elegante,
o mesmo não pode ser dito pelo interior. Quem quer que te-
nha projetado o interior da CUSPE decidiu mandar o estilo e
bom gosto pastar. Conforme vocês entram, uma quantidade
abusiva de cores e padrões atacam seus sentidos. Espalhados
em padrões a esmo, mesas, cadeiras e sofás estilo vitoriano
e neo-art-deco dominam o meio do lounge. Adiante para a
esquerda e para a direita, mesas fixas que mais parecem ser
de uma McHugh’s dão algum sinal de ordem conforme for-
mam fileirinhas organizadas. Mais adiante, fileiras de biom-
bos e cortinas demarcam as áreas privativas. Nas paredes,
representações em RA de arte clássica e moderna surgem
e desaparecem sem ordem alguma de posição. Nos fundos
estão portas para os banheiros, as áreas de armazenamento
de vinho, e o que vocês acreditam ser uma área VIP.
12 CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
E é claro, ainda temos os clientes. Apesar de ser o início
da tarde, diversas pessoas estão bebendo com vontade ou
continuando com seu almoço líquido. Vocês podem identifi-
car diversos grupos de tipinhos corp tomando umas antes de
voltar à labuta, pseudo-intelectuais tentando soar inteligen-
tes, divas da moda se exibindo, e posers tentando se infiltrar
um grupo ou outro. Mas independente de quem são, estão
todos ocupados tentando parecer descolados demais para
a sala. Enquanto entram no lounge, parece que de repente
todo mundo está olhando direto para vocês. Infelizmente,
eles estão. Logo fazem seus julgamentos e voltam às suas
atividades anteriores. Para falar a verdade, vocês preferiam
mais a possibilidade de levar um tiro ou uma facada.
Uma anfitriã humana loira se aproxima antes que possam
adentrar mais. Com um sorriso forçado e um olhar que diz
“Mal posso esperar para meu turno acabar”, ela educada-
mente diz: — Bem-vindos à Conteúdo Sob Pressão; sintam-
-se à vontade para sentar onde quiserem. Se já sabem o que
querem pedir, é só fazer o pedido no seu menu RA. Posso
ajudar em mais alguma coisa?
GANCHOS
Apesar desta cena ser projetada para faces ou personagens
inclinados para o social, qualquer tipo de personagem pode
se envolver. Todos os jogadores devem ser abordados em
algum ponto. Recomendamos que o mestre faça os joga-
dores interpretarem quaisquer encontros no bar; um Teste
situacional de Etiqueta + Carisma [Social] (2) pode ser fa-
cilmente usado para quebrar o gelo com qualquer um dos
clientes sem nome. No entanto, seja qual for o resultado da
situação, é melhor que os jogadores não causem nenhuma
briga ou outro tipo de cena violenta aqui. Por mais que os
jogadores sejam facilmente capazes de lidar com qualquer
um no bar, a NYPD, Inc. possui um tempo de resposta espe-
tacular nesta área e abomina violência.
BASTIDORES
Se os jogadores perguntarem à anfitriã sobre o Sr. Johnson,
ela consultará a lista de reservas, mas não encontrará esse
nome. Enquanto isso, os jogadores podem papear com os
clientes ou funcionários. Os funcionários recusarão qualquer
tentativa de conversa; eles estão ocupados demais com os
clientes. Para envolver os clientes, os jogadores terão que
usar carisma e astúcia. A maioria dos clientes está absorta e
aproveitará qualquer oportunidade para desprezar ou insul-
tar qualquer um que seja “indigno” da sua atenção.
Durante a espera, os clientes e funcionários iniciarão al-
gum contato com os jogadores. Uma garçonete repetida-
mente traz pedidos errados, outros clientes fazem comen-
tários maldosos sobre os jogadores — geralmente sobre sua
inteligência, estilo, ou seja lá o que conseguirem pensar para
irritar ou enfurecê-los. Se um jogador tentar zanzar por aí, ele
levará um “empurrão” de outro cliente.
Isso é um teste, preparado para que os incursores sejam
avaliados. Os Srs. Johnsons estão há três horas no bar prepa-
rando tudo. Através de transmissões remotas, eles analisam
cada movimento, comentário e gesto que os jogadores fa-
zem. Eles querem ver quão bem eles se adaptam. Também
estão tomando nota de como os incursores se comportam.

Eles chegaram juntos? Eles se dispersam para se cobrirem
melhor? Estão fazendo perguntas ou tomando alguma me-
dida contra vigilância? Essas são algumas das coisas que Um
está interessado em aprender. Não existem decisões certas
ou erradas aqui, mas quanto melhor os incursores se com-
portarem, mais confiança vão gerar.
Os jogadores também têm a opção de tentar ver se o
Sr. Johnson está de fato aqui e fazendo esse joguinho. Se
qualquer jogador tecnomante ou hacker decidir fazer isso,
ele sempre terá a opção de tentar hackear a central primária
do bar. Se tiver sucesso, ele descobrirá que de fato estão
sob vigilância.
CONTEÚDO SOB PRESSÃO
CENTRAL (SR5)
SR5
Nível 3 (Ataque 3, Datagrama 6, Firewall 5, Subversão 4)
Programas GELO Distuptor, Embaralhador, Marcador, Perturbador,
Rastreador, Sonda
APROXIMADAMENTE UMA HORA APÓS O
HORÁRIO DO ENCONTRO, LEIA ISSO:
Uma garçonete extremamente perturbada se aproxima de vo-
cês e diz: — Me perdoem; os indivíduos por quem pergunta-
ram estavam aqui. Eles vieram com outro nome e eu confundi
o que o meu gerente me disse sobre eles. Mil desculpas pelo
inconveniente. Os drinques são por conta da casa. — Com
isso, ela gesticula para que a sigam, não para a área VIP, mas
sim para o escritório do gerente. Sem dizer nada, ela parte.
Assim que ela sai do escritório, um clique baixo soa enquan-
to um painel oculto na parede desliza para revelar uma porta.
Um homem com ascendência asiática vestido com uniforme
militar camuflado com um emblema de unidade com o núme-
ro “58” estampado abre a porta e olha vocês de cima abaixo
por alguns momentos. Ele baixa sua cabeça levemente para a
esquerda, como se escutasse alguma coisa, depois acena para
si mesmo antes de dizer em um inglês com sotaque pesado:
— Sigam-me agora.
Vocês são levados através de um corredor estreito e por
outra porta que se abre em um enorme subsolo. Veículos in-
cluindo furgões, caminhões de entrega, e uma limusine Euro-
car Presidential estão estacionados em fileiras perto da saída.
Várias pessoas usando o mesmo uniforme e emblema estão
posicionadas em posições estratégicas pelo subsolo, fuzis AK
de lado, mas de prontidão. Uma enorme mesa quadrada e ca-
deiras dobráveis estão posicionadas a vinte metros da porta.
Três indivíduos estão perto da mesa. O primeiro é um humano
de ascendência asiática. Aparentando estar nos 40, ele possui
traços comuns, mas seu terno feito sob medida o faz parecer
com um gângster. Ele possui uma graça fluída que o faz pare-
cer tranquilo e perigoso.
À esquerda do humano está um elfo asiático. Ele obvia-
mente é um mago, e parece velho, o que é incomum para o
seu meta-tipo. Suas mãos estão ocultas dentro das mangas
de uma túnica de seda coberta em símbolos Wujen e seus
olhos brilham com uma cor sobrenatural. Distraidamente, ele
remove uma mão da sua manga para coçar sua longa barba
branca estilo Fu-Manchu enquanto pequenos arcos de eletri-
cidade disparam entre seus dedos.
CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
À direita do humano está uma troll de pele escura. Sua
vestimenta é mais utilitária com um colete de ferramentas e
um macacão de mecânico. Seus olhos estão cobertos com
um par de óculos inteligentes caros, mas sua característica
mais incomum é o drone microskimmer que carrega debaixo
do braço direito como um pacote.
— Boa tarde. Obrigado por virem. Por favor, sentem-se
para que possamos prosseguir para os negócios — diz o
homem em um inglês perfeito. Depois que ele faz a oferta
para se sentar, o trio segue até a mesa, puxa suas cadeiras
e senta em um uníssono perfeito enquanto o drone da troll
se ativa. — Para prepará-los apropriadamente para as tarefas
que esperamos que realizem para nós, teremos que revelar
certas coisas a priori. E para fazê-lo, precisamos chegar a um
acordo. Para ajudar a facilitar este acordo, estou disposto a
oferecer 10.000 neoienes para cada um de vocês... em troca
de nada mais do convencer alguns dos nossos associados
distantes sobre a sabedoria em trabalhar diretamente para
nós. Portanto, podemos chegar a um acordo?
Um já está oferecendo o que consideram uma oferta mais
do que generosa pela conclusão dessa tarefa. Portanto, eles
não negociarão muito, mas estarão dispostos a ceder um
pouco — é parte do negócio, afinal de contas. Fazendo um
Teste de Oposição de Negociação + Carisma [Social], os jo-
gadores podem conseguir 1.000 neoienes extras por suces-
so, até um máximo de 15.000 por incursor.
APÓS QUAISQUER NEGOCIAÇÕES DE
PREÇO OU TENTATIVAS DE ADQUIRIR
MAIS INFORMAÇÕES, LEIA ISSO:
— Excelente. Fico contente de chegarmos a um acordo —
diz o humano. — Como já disse, seu trabalho é convencer
um grupo de indivíduos a trabalhar para nós. Este grupo é a
Sociedade do Grande Círculo, o maior braço das Tríades em
Nova York. E antes que perguntem ou percam tempo atrás
de informações sobre nós em vez de se concentrar em sua
tarefa, nós contaremos agora para vocês. Somos represen-
tantes da Sociedade do Dragão Vermelho de Hong Kong,
conhecidos como “Um”. Fomos enviados aqui para assegu-
rar que diversas tarefas, incluindo a sua, sejam concluídas.
Se quiserem saber mais, cumpram sua tarefa com louvor e
provem que são dignos; talvez então sejam confiados com
mais. — Enquanto o humano fala, a troll pega um chip de
dados do bolso do colete e o desliza pela mesa. O humano
continua. — Este chip de dados contém tudo o que precisam
saber, incluindo algumas recomendações nossas. Também
incluímos links que permitirão que vocês façam uma melho-
ria nos seus passes de visitantes. Isso permitirá a vocês uma
liberdade de movimento pela ilha pela próxima semana, de
acordo com as leis locais. Quando sua tarefa estiver con-
cluída, contatem-nos usando o número incluso no pacote.
APÓS A TAREFA SER CONCLUÍDA E OS
JOGADORES NOTIFICAREM UM:
Assim que os membros da Sociedade do Grande Círculo
tiverem “reconhecido” a Sociedade do Dragão Vermelho,
o pagamento acordado será depositado de acordo com
os termos negociados. Quando o pagamento for feito, Um
oferece aos jogadores uma última tarefa para realizar. Se
os jogadores impressionaram Um com a forma como con-
13
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
A SOCIEDADE DO GRANDE CÍRCULO: ALVOS EM POTENCIAL E RECOMENDAÇÕES
A Sociedade do Grande Círculo é a maior organização da
Tríade na área de Nova York. Apesar da competição com outros
sindicatos locais, a Sociedade do Grande Círculo conseguiu
estabelecer diversos empreendimentos bem-sucedidos (a
maioria esquemas de transporte/contrabando) e fez diversos
contatos de alto nível por toda a cidade. Mas grupos não são
nada sem seus líderes. Se membros suficientes do conselho
de liderança da Sociedade do Grande Círculo puderem ser
persuadidos a aceitar a supremacia da Sociedade do Dragão
Vermelho, teremos um controle de facto de todas as atividades
das Tríades em Nova York, e sua tarefa será considerada
concluída. Para este fim, três membros específicos do conselho
do Grande Círculo foram identificados, sendo estes os mais
prováveis a serem receptivos aos objetivos do Dragão Vermelho.
CALLISTA YUI
Uma auditora no Banco ZO-Gemeinschaft, Yui possui um
acesso de segurança de alto nível e é o membro principal do
conselho da Sociedade do Grande Círculo, cujo empregador
não conhece a sua afiliação. Portanto, ela pode ser a mais
vulnerável à chantagem. Sendo considerada também a mais
analítica do conselho, e, possivelmente, a mais predisposta a
aceitar a supremacia da Sociedade do Dragão Vermelho sem
ameaças ou violência. Um argumento convincente ou uma
ameaça cuidadosa de revelar tudo para seus empregadores,
possivelmente com o apoio de dados de vigilância dela
interagindo com outros membros das Tríades, pode ser o
bastante. Fica aqui um aviso: ela também é muito paranoica, e
se o encontro com ela der errado, não hesitará em enviar seus
próprios sócios contra vocês. Seu escritório está localizado
no edifício principal da ZO/Corte Corporativa. Ela nunca sai de
lá, exceto para ir até seu apartamento na Park Avenue ou até
um restaurante local chamado Zuckerman que visita ao menos
três vezes por semana. Graças à sua posição com a ZO, Yui
é extremamente paranoica e chamará a NYPD, Inc. caso se
sinta ameaçada de forma iminente. Se a oferta não for feita
corretamente e ela se sentir ameaçada, certamente contratará
outra equipe para proteção/represálias.
duziram o trabalho anterior, eles serão chamados para re-
alizar essa tarefa, pela qual receberão um bônus de 5.000
neoienes para cada membro da equipe (não negociável).
Não existem regras definidas nem critério para impressionar
Um, mas a via de regra, convencer os membros do conselho
do Grande Círculo com um mínimo de derramamento de
sangue (a não ser que seja para provar um ponto) e de da-
nos materiais significantes, sem contar a discrição de toda a
questão, devem ser suficientes.
Esta tarefa final é bem direta: Os jogadores devem entre-
gar um pergaminho com uma mensagem para o mestre do
incenso da Sociedade do Grande Círculo, Shang Lao, em sua
14 CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
“RICARDO”
Ricardo é um talismeiro afiliado com a Aztechnology que
opera uma loja pública não muito longe da Times Square.
Ele se associou com a Sociedade do Grande Círculo através
de uma ex-amante. Quando ela foi assassinada por traição,
Ricardo tomou seu lugar (mais por causa das suas conexões)
e eventualmente conseguiu um posto no conselho. Ricardo e
sua namorada atual são usuários recreativos de tempo, um
hábito que seria malvisto por seus associados. Causar danos
à sua loja sem que isso seja descoberto pode ser o suficiente
para que ele aceite a oferta do Dragão Vermelho. Apesar de
Ricardo não ser capaz de entrar em uma luta direta a não ser
que seja encurralado, seus “associados” da Aztechnology
poderiam se envolver.
CAPITÃO ICHIGO TAKA
Um comandante de segurança da Renraku, Taka é o mais
intratável dos alvos, por ser tão bem protegido pelas suas
conexões. Ele também é plenamente capaz de se proteger
graças ao seu árduo treino e suas ampliações de combate.
Acreditamos ter identificado uma fraqueza que pode ser
aproveitada. Ele tem uma filha adolescente em um colégio interno
em Manhattan. Ameaçá-la pode ser o suficiente para garantir a
obediência dele. Entretanto, graças ao histórico e habilidades
de Taka, ele não cederá de forma simples, e uma forma mais
drástica de persuasão será necessária. Tais métodos incluem
dano físico direto à sua filha (simplesmente cortar um dedo deve
ser o suficiente). Taka também possui uma miríade de oficiais
leais de segurança da Renraku à sua disposição. Apesar de não
estar no nível dos Samurai Vermelhos, os oficiais de Taka são
muito competentes e extremamente leais a ele. Eles o ajudarão
sem perguntas, especialmente se a sua filha for agredida.
O tempo é vital, e existem planos em ação que podem ser
derrubados caso esta tarefa não seja cumprida. Apesar de
ser preferível que os membros do conselho permaneçam em
suas posições atuais para assim assegurar uma transferência
de poder tranquila, sua eliminação é autorizada caso isso se
prove necessário. Obs.: Use qualquer PdM desta aventura
como representante de qualquer ajuda que os membros do
conselho do Grande Círculo possam chamar.
casa no centro de Manhattan. A mensagem no pergaminho é
imaterial aos jogadores; o fato de que são eles os entregado-
res, não Um nem outro Dragão Vermelho, é um insulto sutil à
Sociedade do Grande Círculo e um lembrete de quem é que
manda. Os jogadores terão que lidar com isso de forma deli-
cada, já que a maior parte da Sociedade do Grande Círculo es-
tará presente, e muitos deles não estão felizes com os eventos
recentes. Um movimento em falso dos incursores e eles po-
dem acabar sendo o centro das frustrações do Grande Círculo.
Se os jogadores novamente forem bem-sucedidos, Um es-
tenderá seus passes ainda mais, e oferecerá realocá-los para
um hotel modesto pelo tempo que desejarem. Um avisa que,

se os jogadores permanecerem em Manhattan, podem surgir
oportunidades adicionais para eles. Ele também sugere que re-
cusar essa tarefa final seria levado como um insulto pessoal…
SUBTRAMAS
Se os jogadores tiverem êxito, podem se tornar vítimas do
próprio sucesso. Tendo provado seu valor para as Tríades
(através de Um), eles podem receber diversos outros traba-
lhos extras. Um desses trabalhos é ajudar a Sociedade do
Dragão Vermelho a transferir parte dos seus novos patrimô-
nios e assegurar de que todos os seus aliados sejam prote-
gidos. Um desses aliados é Ian St. James (Saint James), um
transplante Londres-Manhattan e vanguarda de ninguém
menos que Johnny Spinrad. Com Spinrad atualmente ocu-
pado com outros assuntos, ele deixou St. James para lidar
com seus patrimônios de Manhattan. Ao longo dos anos,
St. James forjou um relacionamento muito lucrativo com as
Tríades, usando suas conexões londrinas para assegurar que
os produtos cheguem até os portos de Nova York. Mas com
a bagunça causada pelos Dragões Vermelhos, certos indiví-
duos e interesses querem ver se as operações de St. James
são vulneráveis. St. James decidiu ver se os incursores podem
ajudá-lo a lidar com seus novos rivais. Esses trabalhos variam
desde acompanhar certos carregamentos até simplesmente
eliminar a competição.
CONTEÚDO SOB PRESSÃO: POSSÍVEIS FREGUESES
A COISINHA BONITA
Este freguês pode ser de qualquer gênero e meta-tipo; ele só
precisa ser bonito. A coisinha bonita está aqui para ser adulada
e seus feromônios adaptados (nível 2) garantem isso. Qualquer
conversa entre o grupo é superficial, e se a atenção for desviada,
ela é guiada até A Coisinha Bonita. Para qualquer teste de oposição,
use níveis padrão de Carisma e Etiqueta de 4 e um nível de 3 para
todos os outros atributos e perícias. Para aproximar-se, um elogio
chamará a atenção. Quanto melhor o elogio, melhor o bônus
situacional que o jogador deve receber para o resto da interação.
Fica a encargo do mestre definir o quanto, mas não mais do que +3.
O INTELECTUAL
Um humano hispter na casa dos trinta, diz ser um estudante da
NYU prestes a começar seu Mestrado e depois seu PhD em filosofia.
Na verdade, é um desistente que não durou nem dois meses. Ele está
armado com o conhecimento de vários livros de estudo e um carisma
decente, e sabe como usá-los. Os numerosos estudantes e “pensadores
livres” à mesa dele são testemunhas das suas habilidades, apesar da
sua autoestima, que ele esconde ao soar mais intelectual do que é
de verdade. Para se aproximar, é melhor ter algum conhecimento ou
filosofia, ou alguma boa perícia de trapaça para fingir (que nem ele
faz). O encontro inicial será positivo, já que o Intelectual avista outro
possível seguidor. Caso um jogador desafie o Intelectual, faça-os
rolar testes de Oposição de Trapaça + Carisma ou Perícia apropriada
de Conhecimento + Carisma (ou perícias relacionadas, a encargo do
mestre). Se o jogador possui a perícia apropriada de conhecimento,
CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
INDO ALÉM
Essa cena foi feita para faces, mas também pode servir de
introdução para qualquer número de contatos em potencial.
O bar está repleto de pessoas de todos os tipos quando os
jogadores chegam. Caso decidam falar com qualquer um
dos diversos fregueses, abaixo está uma lista de possíveis
fregueses. Qualquer informação útil que possam ter fica à
encargo do mestre.
DEPURAÇÃO
Manhattan sendo o que é, um dos maiores problemas com o
qual os personagens podem se deparar a qualquer momento
desta aventura é chamar a atenção da lei; mais especifica-
mente da NYPD, Inc. Caso os jogadores se encontrem à mer-
cê da NYPD, eles têm um possível cartão de “saída livre da
prisão”: o bom e velho Orelha Preta. O atravessador/taxista
ork tem influência o suficiente para salvar qualquer um de
apuros (dentro do bom senso, claro), mas isso custará aos
jogadores. E ainda tem Um. Apesar de não ser ideal, às vezes
um incursor tem que fazer o que um incursor tem que fazer.
Dependendo da situação, tirar os jogadores de uma roubada
jurídica deve danificar consideravelmente a fé que Um tem
neles. Qualquer interação social subsequente deve vir com
pelo menos –1 de modificador para os jogadores.
dê +1 de bônus situacional. Caso o Intelectual vença tal debate, ele se
tornará completamente condescendente. Do contrário, pode se tornar
extremamente irritado e acusará o jogador de “tentar apagar o livre
pensamento” ou ser um puxa-saco corporativo.
O ESNOBE DE VINHOS
Esse indivíduo pode ser de qualquer meta-tipo ou gênero. O
Esnobe de Vinhos reclama constantemente. Qualquer reclamação
menor que puder fazer sobre o vinho ou o serviço, ele fará. Se o
jogador tiver uma perícia de conhecimento sobre vinhos, tudo o
que precisa fazer é um comentário sobre o assunto para iniciar uma
conversa. Reclamar dos vinhos também ajuda. Se os jogadores não
tiverem a perícia apropriada de conhecimento, não tem problema;
o Esnobe de Vinhos ficará feliz em educá-los. Se o jogador puder
durar uma hora com o Esnobe de Vinhos, premie-o com uma perícia
apropriada de Conhecimento de Vinhos com uma graduação. Sim, o
esnobe vai falar pra cacete.
O CORAÇÃO PARTIDO
Pode ser de qualquer meta-tipo ou gênero. Esse indivíduo tem
uma aparência e carisma acima da média. O Coração Partido se
divorciou recentemente e acabou de encontrar com seu ex há
poucas horas. O término foi tão doloroso que o Coração Partido
costuma ir ao bar mais próximo, e dessa vez foi o CUSPE. Não há
necessidade de teste aqui; o Coração Partido está disposto a falar
com qualquer um, especialmente se for de um gênero que se atraia,
independente do meta-tipo.
15
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
PONTOS DE INTERESSE
ZUCKERMAN’S
Um pequeno restaurante a duas quadras dos escritórios de
Manhattan da ZO, o Zuckerman’s é conhecido pelos me-
lhores sanduíches Ruben (incluindo a popular carne na sal-
moura chamada de corned-beef e chucrute de verdade) da
ilha. Sua popularidade atrai clientes de toda a ilha, mas os
melhores vêm dos escritórios da Corte Corporativa. O local
fica em uma locação simples de um edifício e possui assen-
tos suficientes para cinquenta clientes. A segurança é típica
para um negócio local e depende de redes de sensores lo-
cais e a resposta rápida da NYPD, Inc. para a maior parte das
suas necessidades de segurança.
AS MARAVILHAS DE AL-HAZAD
Localizada logo na saída da Times Square, essa lojinha de
um andar parece atrair principalmente as multidões igno-
rantes de turistas. Mas na verdade, Al-Hazad é o pico para
encontrar suprimentos mágicos de qualidade na área de
Nova York. Al-Hazad começou como uma “tabacaria” no
início do século 21, mas quando o Despertar chegou, ta-
16 CENA DOIS: TESTE DE LEALDADE
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
lismãs mágicos eventualmente acabaram chegando na loja,
geralmente por meios não tão legais. Seu atual dono, um
Aztlan expatriado conhecido apenas como Ricardo, foi
capaz de forjar laços com diversos grupos diferentes ao
oferecer talismãs raros e exóticos. Graças à sua habilidade
de encontrar tais itens, Ricardo conseguiu se manter prati-
camente neutro com os diversos sindicatos locais, mesmo
com sua atual afiliação à Tríade.
INTERNATO FEMININO ST. AGATHA
Pelos últimos 150 anos, o St. Agatha tem fornecido a me-
lhor educação particular para meninas na área de Nova
York/Manhattan. Apesar da sua Afiliação Católica, a esco-
la continua a atrair alunas de todo o mundo. VIPs da área
corp, políticos e outros Nova-iorquinos influentes de todos
os tipos mandam suas filhas para o St. Agatha. Com as ta-
xas escolares anuais facilmente chegando entre os seis e
sete dígitos, a escola pode contratar os melhores tutores e
oferecer excelentes materiais de aprendizado. Graças à sua
clientela, a segurança da escola é excepcionalmente eleva-
da. A NYPD, Inc. criou uma patrulha especial para cuidar do
St. Agatha, e pelo menos dez oficiais estão posicionados lá
a qualquer momento.
 >> BATALHA DE MANHATTAN <<

SOLDADOS E ICHIGO TAKA

ALVOS EM MOVIMENTO SAMURAI URBANO HUMANO

CALLISTA YUI SR5

C A R F V L I CA TRU ESS
HUMANA
6 5(6) 4(6) 6(7) 3 4 4 3 5 2
SR5
Initiativa 8 (11) + 2D6
C A R F V L I CA TRU ESS
Armadura 18
3 4 4 3 5 4 4 5 5 6 Monitores de Condição 11 / 10
Iniciativa 8 + 1D6 Limites Físico 8 (9), Mental 5, Social 4
Armadura 8 Perícias Armas de Arremesso 3, Armas Pesadas 3, Armeiro
Monitores de Condição 10 / 11 2, Arte da Fuga 2, Cibertecnologia 3, Computador 2,
Demolições 3, Ginástica 5, Grupo de perícias de Ar Livre
Limites Físico 4, Mental 6, Social 7 4, Grupo de Perícias de Armas de Fogo 5, Grupo de
Perícias de Atletismo 4, Grupo de Perícias de Combate
Perícias Bastões 2, Computador 5, Conhecimento Corpo a Corpo 4, Infiltração 4, Intimidação 3, Liderança
Profissional (Finanças) 9, Corrida 4, Escalar 2, 3, Percepção 4, Pilotar Aeronaves 2, Pilotar Veículos
Ginástica 3, Grupo de perícias de Furtividade 3, terrestres 3, Primeiros Socorros 5, Queda Livre 5.
Grupo de perícias de Influência 4, Intimidação Ampliações Ciber-olhos [Nível 2, c/ compensação de ofuscamento,
5, Natação 3, Percepção 5, Pilotar Veículos visão na penumbra, neuroconexão, visão termográ-
fica, ultrassom, ampliação de visão] ciber-orelhas
Terrestres 2, Pistolas 4, Primeiros Socorros 2 [Nível 1, c/ melhoria de áudio 2, filtro de som
Equipamentos Lentes de contato (Nível 2, c/ conexão de selecionável 1, reconhecedor espacial], substituição
imagens, visão na penumbra), roupas de Executivo muscular 1, reflexos cabeados 2 (betaware)
Actioneer [8], com-link (Nível de Dispositivo 5) Equipamentos Armadura completa c/ capacete [18] (Proteção Química
2, Resistência ao Fogo 2, Abafamento Térmico 2),
Armas Fichetti Tiffany Needler [Pistola Escamoteável, Pre com-link (Nível de Dispositivo 5), emplastros (antídoto,
5, VD 8F(f), PA —, SA, CR —, 4(p), c/ cartuchos estimulante, tranquilizante, antitrauma x4), kit médico
normais] Armas Cavalier Arms Crockett EBR [Fuzil de Batalha, Pre
Defiance Ex Shocker [Taser, Pre 4, Dano 9A(e), PA 6(8), VD 12F, PA –77, SA/RJ, CR 1, 20(p) c/ projéteis
–5, TS, CR —, 4(pi)] penetrantes de armadura (pentes totais x3), sistema
de arma inteligente]
Browning Ultra Power [Pistola Pesada, Pre 5(7) VD
“ARMANDO” 8F, PA –5, SA, CR —, 10(p) c/ munição penetrante
de armadura (pentes totais x3), sistema de arma
MAGO HUMANO inteligente]
Granada, fragmentação (x2) [Granada, VD 18(f), PA +5,
SR5 Explosão –1/m]
C A R F V L I CA M TRU ESS Faca de sobrevivência [Lâmina, Pre 5, Alcance —, VD
9F, PA –1]
3 3 3 3 6 4 5 5 7 5 6
Initiativa 8 + 1D6
Iniciativa Astral 10 + 2D6 CENA TRÊS:
Armadura
Monitores de
9
10 / 11
TRABALHO DISCRETO
Condição
Limites Físico 4, Mental 7, Social 8 “Ao tomar disposições táticas, a melhor aposta que se pode fazer
Perícias Combate Astral 3, Combate Desarmado 1, Computa- é ocultá-las.” — Sun Tzu
dor 3, Conhecimento profissional (Talisbando) 7,
Corrida 2, Escalar 2, Grupo de Perícias de Armas de
Fogo 2, Grupo de Perícias de Conjuração 5, Grupo de
SACA SÓ
Perícias de Fertiçaria 4, Grupo de Perícias de Furtivi- Satisfeitos com seu desempenho anterior, Um contata os
dade 4, Grupo de Perícias de Influência 3, Intimi-
dação 5, Natação 2, Percepção 5, Pilotar Véiculos jogadores com outra oferta de trabalho. E esse é um clás-
Terrestres 2, Primeiros Socorros 2, Sentido Astral 4 sico: arrombamento e invasão. O alvo são os Arquivos da
Classe de Iniciado 1 Cidade de Nova York, e o item em questão é uma cópia da
Metamágica Centragem planta baixa da cidade. A incursão parece bem simples, mas
Feitiços Antídoto, Aumentar Reflexos, Barreira Física, para complicar tudo há o sistema especial de armazena-
Confusão, Controlar Ações, Cura, Dedos Mágicos, mento que a cidade utiliza para garantir que as pessoas não
Detectar Inimigos, Detectar Vida, Detectar Magia, possam fazer o que os jogadores estão sendo contratados
Desintoxicação, Entretenimento, Esfera de Força,
Esfera de Mana, Estabilizar, Invisibilidade Melhorada, para fazer. Para complicar ainda mais, há o contingente de
Levitação, Profilaxia, Raio de Força, Raio de Mana oficiais de segurança posicionados lá.
Equipamentos Colete blindado [9], com-link (Nível de Dispositivo 5), Focos
de Poder (Poder 2), lentes de contato [Nível 3 c/ conexão
de imagens, neuroconexão, visão termográfica]
MANDA A REAL
Armas Browning Ultra Power [Pistola Pesada, Pre 5(6), VD 8P, Doze horas após a incursão na Sociedade do Grande Cír-
PA –1, SA, CR —, 10(p) c/ munição comum, sistema culo estiver concluída, vocês recebem uma mensagem de
de arma inteligente]
Um dita “urgente”. Apertar “aceitar” faz que vocês vejam

CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO 17

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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE
DADOS DOS ARQUIVOS DE NOVA YORK
Localizados no subsolo da filial principal da Biblioteca
Pública de Nova York, os arquivos são contidos em um
cofre similar aos de bancos em sistemas de apenas leitura
mantidos offline até que sejam necessários. Implementado
após a Crise 2.0, o sistema foi projetado para se tornar imune
a qualquer tipo de vírus de Trava. Quando um usuário quer
um arquivo em específico do lugar, ele deve se aproximar
de um quiosque automático especial e submeter um pedido
para os documentos desejados. Para processar cada pedido,
um código especial de acesso é exigido. Após a confirmação
do código, o módulo offline é encaixado através de um
drone conectado diretamente/montado em trilhos por um
sistema associado à um navegador/gravador de chip na
parte externa do cofre, no quiosque. Os projetistas estavam
(justificadamente) paranoicos com tecnomantes e se
esforçaram para tornar o sistema o mais imune possível a eles.
Embutido nos arquivos está um código especial desenvolvido
para corromper os dados e o dispositivo de armazenamento
usado, caso ocorra uma tentativa de produzir uma cópia dos
dados. Além disso, os códigos de acesso só servem por vinte e
quatro horas. Qualquer um que tente usar um código expirado
automaticamente alertará a aranha de segurança do edifício.
todos os três de Um, ou todos por um ou... seja lá o que você
chama eles no seu link de imagem. — Saudações, e obri-
gado por aceitarem nossa chamada. Como concluíram sua
tarefa anterior com tanta eficiência, decidimos oferecê-los
uma oportunidade de expandir suas fortunas ao realizar
outra tarefa para nós. É claro que não a discutiremos aqui,
mas podemos dizer que esta tarefa é bem mais direta do
que antes, e não tão ambígua nos seus objetivos. Se tiverem
interesse, estaremos em uma hora onde nos encontramos
da primeira vez. Lá podemos conversar os detalhes e entrar
num acordo. Torcemos para que aceitem.
Sem mais palavras, a ligação é encerrada. Até o momen-
to, esse rolê das Tríades em Manhattan tem sido muito bom.
Mas e aquele ditado de que pode ser bom demais para ser
verdade? Ainda assim, vocês ainda têm muito tempo livre no
seu passe de visitante e nada rolando em casa. Por que não
ouvir o que Um tem a dizer?
Dentro de uma hora, vocês se veem de volta no mesmo
subsolo debaixo da CUSPE. Mas dessa vez, vocês vieram pela
porta dos fundos. Eba. O esquadrão-capanga de mercenários
de sempre está lá quando chegam, e dirige vocês a uma pe-
quena área de escritórios. Em vez de uma mesa dobrável com
cadeiras, Um se senta na ponta de uma longa mesa de confe-
rência. Progresso. Conforme vocês entram, Um gesticula para
que vocês se sentem. — É um prazer vê-los — diz o humano
em nome do grupo. Será que os outros dois nunca falam? —
Graças à nossa associação prévia, creio que podemos dispen-
sar as formalidades de sempre e ir direto ao ponto. A tarefa
que temos para vocês é simples: roubar a planta baixa da Ci-
dade de Nova York dos arquivos. Estamos dispostos a pagar
quinze mil cada por isso. Então, o que me dizem?
18 CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
GANCHOS
Em um mundo perfeito, o jeito fácil de conseguir a parada
seria forjar um código de acesso, fazer uma cópia dos bens,
depois vazar fora. Então se eles não podem conseguir uma
cópia, Um quer a parada toda. Além disso, ter a única cópia
da planta pode representar um poder e tanto de barganha.
Apesar de os jogadores serem livres para usar quaisquer
métodos necessários para ganhar acesso ao subsolo, no fim
das contas eles possuem apenas duas opções válidas para
chegar ao cofre. Ambos têm seus riscos inerentes.
O primeiro é arrombar o cofre. Isso significa um arrom-
bamento em grande escala. Nesse caso, ganhar acesso aos
módulos de informações necessários é melhor feito através
de perfuração de precisão e um cuidadoso processo de ar-
rombar o cofre. Pode ser feito de forma silenciosa, mas isso
exigirá diversas horas ininterruptas de ficar ouvindo os cli-
ques do cofre. Então, obviamente, isso não pode ser realiza-
do durante um dia útil normal sem uma distração significante.
E a segurança do local não vai deixar ninguém simplesmente
entrar e retirar documentos vitais do cofre. Para obter os mó-
dulos dessa forma, todo o edifício deverá ser controlado, e a
segurança neutralizada.
A segunda opção é mais bate-pega-vaza, o que significa ex-
plodir o cofre. A ideia básica aqui é entrar/assegurar controle do
complexo, plantar explosivos, CABUM, pegar os registros de
dados (e torcer para que não tenham sido destruídos na explo-
são), e correr que nem o diabo. Difícil, mas certamente fazível.
Basicamente, os jogadores podem escolher entre um fil-
me de roubo e um filme de ação. Um não se importa de como
os jogadores realizem essa tarefa, desde que consigam resul-
tados. Desde que adquiram as plantas, os incursores podem
destruir todo o edifício se necessário, apesar de isso talvez,
assim, ser exagerado. Independente de qual método for usa-
do para obter as plantas, eventualmente os jogadores terão
que lidar com a segurança formidável da biblioteca.
POR TRÁS DAS CENAS
BIBLIOTECA PÚBLICA DE NOVA
YORK, FILIAL PRINCIPAL:
SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA
O edifício em si tem modestos cinco andares, com um tér-
reo e um subsolo. Durante a sua restauração, os materiais
de construção foram aprimorados com muitos compostos
de tecnologia de ponta da Prometheus Engenharia. [Nota:
para estabelecer níveis de barreira e armadura, considere-
-as materiais estruturais pesados (Armadura 24/Estrutura
14) apesar de serem vinte e cinco por cento mais leve do
que materiais comparáveis]. A biblioteca possui materiais
de bloqueio de Wi-Fi nas paredes externas.
A estrutura da biblioteca também é bem simples, com o úl-
timo andar dedicado a escritórios administrativos e dos funcio-
nários. Apenas os funcionários e a segurança da biblioteca po-
dem acessar este andar. O quarto andar originalmente deveria
servir como áreas de leitura particular e espaço para eventos
especiais, mas, durante a restauração, ele se tornou o sótão e
área de depósito enquanto os outros andares eram concluídos.
Assim que os andares debaixo foram terminados, a decisão de
mantê-lo como estava foi feita. Dezenas de caixotes, caixas e
prateleiras armazenam milhares de formas de mídia obsoletas

que sobreviveram ao terremoto de 2005. Ao longo dos anos,
tudo isso formou um labirinto que é um pesadelo de organi-
zação. O primeiro, o segundo e o terceiro andares são de uso
público e é onde se encontra a maioria dos materiais para visu-
alização/empréstimo e das áreas de leitura/trabalho.
O subsolo é onde se encontram os arquivos e o cofre. O
acesso é restrito, e obviamente fechado para o público. Para
conseguir acesso (legalmente), é necessário obter a autoriza-
ção apropriada ou fazer preparos prévios com a administração
da biblioteca, que preparará um código de acesso temporário
e uma escolta de segurança. O subsolo contém as necessida-
des de engenharia da biblioteca, incluindo centrais de aque-
cimento/resfriamento, sistemas de energia (incluindo gerado-
res) e sistemas de comunicação através de linhas terrestres. A
sala da manutenção e área de depósito também estão aqui.
Por motivos de segurança física, a biblioteca possui um
sistema de camadas. Cada porta da biblioteca é equipada
com uma trava magnética (Nível 4). Em áreas menos impor-
tantes/públicas, um mero sistema de teclado é usado para
acesso. Para áreas não-públicas como os escritórios e área de
manutenção, são usadas chaves com transponder. Durante o
horário de funcionamento, todas as travas das áreas públicas
são desativadas, mas podem ser ativadas remotamente.
A segurança do local consiste de dois elementos: uma pe-
quena equipe de segurança de oficiais da Prometheus Segu-
CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
rança e uma dupla de aranhas. A PE pode não ser grande coisa
na área de segurança, mas como esse era um dos seus maiores
projetos para apresentar para o público, a Prometheus também
cuida da segurança aqui para manter tudo dentro da família.
As duas aranhas dão suporte às equipes de segurança a
partir de um centro de comando externo, localizado em um
complexo de escritórios perto da biblioteca. Uma aranha é
responsável por monitorar a Matriz, enquanto a outra opera
os sistemas físicos de segurança. Elas também são respon-
sáveis por outros três edifícios adjacentes: dois complexos
de escritórios e um armazém. Todos os edifícios possuem
uma rede interligada de sensores. Cada entrada/saída pos-
sui uma combinação de DAM, farejador químico e scanner
de ondas milimétricas (tudo de Nível 4) que está sempre
ativa. Da mesma forma, detectores de movimento (Nível 4)
estão posicionados em locais estratégicos pelos edifícios
perto das vias de acesso principais (fossos de elevadores,
passarelas e escadarias). Além disso, o sistema possui câ-
meras (com capacidade termográfica) localizada nos mes-
mos pontos que os detectores de movimento. Unidades
especiais de linhas terrestres também estão localizadas nas
áreas de manutenção de cada edifício. Elas permitem que
as aranhas acessem os sistemas de segurança de cada edi-
fício e a Matriz, apesar dos sistemas bloqueadores de Wi-Fi
nas paredes externas.
19
>> BATALHA DE MANHATTAN <<

CENTRAL (SR5) DA BIBLIOTECA

PÚBLICA DE NOVA YORK)
SR5
Nível 5 (Ataque 5, Subversão 6, Datagrama 8, Firewall 7)
Programas GELO Assassino, Embaralhador, Explosão, Marca,
Perturbador, Piche, Rastreador, Sonda, Trava

Além dos sistemas remotos, a biblioteca e prédios adja-

centes têm suas próprias equipes de segurança de quatro
pessoas. A cada duas horas os oficiais realizam patrulhas a
pé enquanto outro faz uma pausa, e o último membro per-
manece na guarita. Na biblioteca, apenas um guarda conduz
a patrulha, enquanto o outro fica perto de um posto de con-
trole perto do cofre justamente para monitorá-lo. Após cada
patrulha, os oficiais alternam seus postos. Cada um dos pré-
dios adjacentes possui sua própria equipe de segurança, e,
em caso de emergência, os oficiais dos outros prédios irão
se ajudar. Além disso, oficiais da NYPD, Inc. serão chamados
se forem considerados necessários para a situação. O tempo
de resposta da NYPD costuma estar abaixo dos três minutos.

ARQUIVOS DA CIDADE DE NOVA

YORK, COFRE PRINCIPAL
Localizado no subsolo da biblioteca, o cofre fica adjacente
à estação de segurança do lado leste. Feito com ligas es-
pecialmente tratadas, ele foi projetado para barrar qualquer
tentativa de entrada forçada ao máximo. Mas é possível. O
nível de Armadura/Estrutura do cofre é 24/16.
Normalmente, ganhar acesso ao cofre exige uma série de
eventos muito específicos. Primeiro, o guarda de segurança
em serviço deve remover uma chave especial do clavicu-
lário da sua guarita. Em seguida, o guarda deve inserir um
código de acesso especial no teclado junto da porta exter-
na do cofre. Depois disso, o guarda e um visitante autorizado
adentrarão uma pequena câmara e fecharão a porta externa.
Assim que a porta externa estiver segura, eles têm aproxi-
madamente cinco minutos restantes de oxigênio. O guarda
entregará a chave do claviculário para o visitante. Agora, de
frente para a porta interna do cofre, o visitante posiciona a
chave em um painel com fechadura do lado esquerdo da
porta interna. O guarda faz o mesmo com sua própria chave
de acesso em uma fechadura similar do lado direito da porta.
Quando o guarda contar até três, os dois viram suas chaves
a 180º em sentido horário. Isso desativa as quatro barras de
metal que travam a porta.
O guarda agora possui vinte segundos para inserir ou-
tro código no teclado no centro da porta interna. Um códi-
go válido desativa a trava magnética de Nível 6 e desarma
a armadilha de vácuo. Em vez de bombear gás para dentro,
aspiradores poderosíssimos sugam todo o oxigênio restante
da câmara. No caso de emergência ou defeito, os guardas de
segurança sabem que há um tanque de oxigênio de emer-
gência dentro da câmara localizado em um painel oculto sob
o painel da fechadura direita.
Assim que a trava magnética for desativada, a porta é
aberta por um trinco que remove uma última barra de metal.
O visitante agora tem acesso ao cofre e seu conteúdo. Di-
versos micro-respiradouros permitem a entrada de oxigênio
no cofre principal. De acordo com o procedimento, o guarda
permanece no cofre com o visitante até que ambos saiam.

20 CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO

Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com

Assim que a porta interna for selada novamente, o sistema
de segurança se rearma.
Para a saída final da câmara externa, o guarda insere novo
código (diferente) em outro teclado por dentro da porta ex-
terna. A porta se abre, e ambos podem sair. O guarda possui
aproximadamente sessenta segundos para inserir o código
de saída ou arrisca novamente disparar o sistema de segu-
rança. Em caso de emergência, o guarda posicionado na
guarita pode inserir uma chave de acesso de emergência
em uma entrada oculta na porta externa e iniciar uma soltura
manual (um Teste de Chaveiro ou perícia de conhecimento
apropriada + Percepção [Mental] (4) pode ser usado para en-
contrar a entrada de controle) localizada do lado esquerdo
da fechadura.
Se os incursores tentarem burlar as medidas de seguran-
ça do cofre, eles devem imitar os procedimentos de abertura.
As portas interna e externa não podem ser abertas ao mesmo
tempo, senão o alarme soará. Os sistemas de segurança do
cofre não podem ser controlados remotamente, mas o sinal
de alarme pode ser redirecionado ou interceptado se um ha-
cker tomar controle de um dos relés do subsolo com um Teste
de Hardware/Guerra Eletrônica + Lógica [Mental] (4). Para bur-
lar as travas com teclado no cofre, use os mesmos testes, mas
aumente a dificuldade para (5). Se alguém falhar em qualquer
um dos testes, os alarmes de segurança soarão e os sistemas
de segurança aplicáveis se ativarão. Se alguém ficar preso na
câmara, é possível encontrar os tanques de ar de emergência
com um Teste de Percepção + Intuição (2). Existem dois tan-
ques com aproximadamente uma hora de oxigênio.
Caso alguém tente abrir caminho à força no cofre, use o
teste padrão de destruir barreiras descrito nas p. 197-198, SR5.
Independente de como os jogadores decidam executar
a incursão, o mestre deve interpretar a Prometheus Seguran-
ça como oficiais de segurança competentes. Eles conhecem
seus trabalhos e seus postos, e geralmente notarão quando
algo estiver errado. Taticamente, eles, de forma geral, não
irão se expor ou correr para o combate. Enfrentamento direto
será um último recurso.
SUBTRAMAS
Um fato infeliz (e às vezes muito chato) da vida é que, nas
sombras, alguém provavelmente vai acabar descobrindo o
que você está planejando. Na maioria das vezes, esse al-
guém costuma ser o alvo da incursão, uma situação que
nunca é agradável para uma equipe incursora. Mas, só às
vezes, é alguém que acha que pode induzir os incursores
a realizarem algo a mais na surdina enquanto estiverem fa-
zendo o que vieram fazer. Nesse caso, a notícia da futura
visita dos incursores aos arquivos chega aos ouvidos de um
atravessador local (Orelha Preta, quem sabe) que se comu-
nica com os incursores para executarem uma incursão da-
quelas de “aproveitando a visita”.
A ideia é simples: assim que os incursores ganharem
acesso ao cofre, eles terão uma coletânea apetitosa de dados
úteis à sua disposição. Essa seleção de pratos inclui títulos,
concessões de arrendamento e ônus para múltiplas proprie-
dades na ilha. Esse segundo Sr. Johnson pede para os incur-
sores fazerem algumas cópias rápidas, ou destruir algumas
delas. É possível também os incursores receberem a tarefa de
inserir algumas adições ao cofre.
CENA TRÊS: TRABALHO DISCRETO
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
INDO ALÉM
Independente de como os jogadores decidam executar esta
incursão, os riscos são enormes. Tentar se infiltrar no cofre
deve ser um evento de suspense puro, onde eles sabem que
um movimento em falso pode acabar com tudo. Para ajudar
nessa sensação, o mestre pode posicionar diversos embus-
tes sobre métodos alternativos de entrar no cofre. Estes po-
dem incluir uma chave-mestra localizada na sala dos funcio-
nários no quinto andar. Além disso, um supervisor regional
da Prometheus Segurança pode decidir fazer uma inspeção
surpresa. Ou quem sabe o esposo/parceiro/companheiro/
cônjuge de um guarda da PE decida fazer uma visitinha, e os
dois fogem para uma pegação no quarto andar. Ops!
DEPURAÇÃO
A chance de alguma coisa dar muito errado durante esta in-
cursão é bem alta, e os mestres devem se preparar para isso.
Independente de como os jogadores escolham executar
esta incursão, um teste ruim pode arruinar tudo. O mestre
deve manter um certo nível de tensão para manter o inte-
resse do jogador, atentando para a linha tênue entre tensão
dramática e estresse. Esse cenário deve ser desafiador, e
não assegurar o fracasso. Mestres não devem martelar jo-
gadores com testes de perícias ou tornar este cenário algo
impossível. Se um erro acabar com todo o negócio, não se
esqueça de oferecer uma saída. Oficiais da Prometheus Se-
gurança devem ser competentes, mas eles são apenas me-
ta-humanos e cometem erros; erros esses que podem ser
usados em favor dos jogadores. Algumas rolagens alteradas
podem dar uma equilibrada na situação, especialmente se
houve um esforço para executar um plano sólido.
SOLDADOS E
ALVOS EM MOVIMENTO
OFICIAL DE SEGURANÇA
DA PROMETHEUS ENGENHARIA
(NÍVEL PROFISSIONAL 3)
SR5
C A R F V L I CA ESS
4 4 4 3 3 3 3 3 6
Armadura 9
Monitores de Condição 10 / 10
Limites Físico 5, Mental 4, Social 5
Perícias Bastões 3, Combate Desarmado 4, Conhecimento
Profissional: Segurança 4, Grupo de perícias de
Armas de Fogo 4, Percepção 4
Equipamentos Colete blindado [9], com-link (Nível de
Dispositivo 4), microfone subvocal, óculos [Nível
3, c/ conexão de imagens, visão na penumbra,
visão termográfica]
Armas Browning Ultra Power [Pistola Pesada, Pre 5(6),
VD 8F, PA –1, SA, CR —, 10(p) c/ 2 pentes
reserva de munição comum]
Defiance EX Shocker [Taser, Pre 4, VD 8A(e), PA
–metade, TS, CR —, 4(pi) c/ 8 dados taser]
Bastão de Choque [Bastão, Pre 4, Alcance –1,
VD 9A(e), PA –5]
21
>> BATALHA DE MANHATTAN <<

OFICIAL DE PATRULHA DA NYPD, ARANHA DE SEGURANÇA

INC. (NÍVEL PROFISSIONAL 5)
(NÍVEL PROFISSIONAL 4) SR5
SR5 C A R F V L I C TRU ESS
C A R F V L I CA ESS 3 4 4 3 4 4 (5) 4 3 5 5.2
4 4 4 3 3 3 3 3 6 Iniciativa 8 + 1D6
Iniciativa 8 + 1D6 Iniciativa da Matriz 9 + 3D6 / 4D6 (Sim Fechado/Aberto)
Armadura 12 Monitores de Condição 10 / 10
Monitores de Condição 10 / 10 Limites Físico 5, Mental 6, Social 6
Limites Físico 5, Mental 4, Social 5 Perícias Ativas Combate desarmado 2, Ginástica 4, Grupo de
Perícias Aplicação da Lei (Conhecimento profissional) perícias de Armas de Fogo 3, Grupo de perícias
de Eletrônica 5, Grupo de perícias de Influência 4,
6, Bastões 3, Combate Desarmado 7, Grupo de Grupo de perícias de Quebra de Dados 7, Instrução
Perícias de Armas de Fogo 4, Percepção 6 2, Intimidação 2, Percepção 6, Primeiros Socorros 3
Equipamentos Com-link (Nível de Dispositivo 3), jaqueta Ampliações Amplificador cerebral 1, ciber-olhos [Nível 2,
blindada [12], óculos [Nível 4, c/ conexão de c/ visão na penumbra, neuroconexão, visão
imagens, visão na penumbra, visão termográfica, termográfica], com-link (Nível de Dispositivo 5),
neuroconexão] conector de dados
Armas Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(7) VD 8F, Equipamentos Ciberdeck Novatech Navigator [Nível de
PA –1, SA, CR —, 15(p), c/ 3 pentes reserva Dispositivo 3 c/ Atr 6 5 4 3, Programa 3), Com-link
de munição comum] Erica Elite (Nível de Dispositivo 4)
Defiance T-250 [Escopeta, Pre 4, VD 10P, PA –1, Programas Armadura 5, Caixa de Ferramentas 5, Edição 4,
TS/SA, CR —, 5(pi) c/ munição comum, dez Encriptação 5, Filtro de Bioretroalimentação 5,
cartuchos no total] Limpeza de Sinal 5, Martelo 5
Defiance EX Shocker [Taser, Pre 4, VD 8A(e), PA

CENA QUATRO:
–metade, TS, CR —, 4(pi) c/ 8 dados taser]
Bastão de Choque [Bastão, Pre 4, Alcance –1,

TRABALHO AÉREO
VD 9A(e), PA –5]

OFICIAL DA SWAT DA NYPD,

INC “Portanto, na guerra, o caminho é evitar o que é forte e atacar o
que é fraco.” — Sun Tzu
(NÍVEL PROFISSIONAL 5)
SR5 SACA SÓ
C A R F V L I CA ESS
Após sofrer ataques em inúmeras frentes, a Prometheus En-
4 4 4 3 3 3 3 3 6 genharia aprendeu que não estão sendo vítimas de incursões
Iniciativa 8 + 1D6 nas sombras aleatórias, e sim de um ataque bem coordena-
Armadura 18 do pela Wuxing. Após uma breve investigação, a Prometheus
Monitores de Condição 10 / 10 preparou represálias e está gastando neoienes com uma ve-
locidade impressionante para contratar cada equipe incur-
Limites Físico 5, Mental 4, Social 5
sora que conseguir para secar o mercado de incursores de
Perícias Bastões 3, Combate Desarmado 6, Conhecimento Nova York. A Prometheus ficou especialmente impressiona-
profissional: Aplicação da Lei 5, Grupo de
perícias de Armas de Fogo 7, Percepção 5 da (mesmo que descontente) com o trabalho que os joga-
dores fizeram nos arquivos (presumindo que tenham obtido
Equipamentos Armadura completa c/ capacete [18], com-link
(Nível de Dispositivo 5), óculos de proteção
sucesso) e compreende que o trabalho não foi pessoal. Não
[Nível 6, c/ compensação de ofuscação, querendo perder nenhum talento em potencial ao mesmo
conexão de imagens, visão na penumbra, visão tempo em que manda a Wuxing para aquele lugar, ela ofere-
termográfica, neuroconexão] ce um trabalho para os jogadores.
Armas Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(7) VD 8F, O trabalho é simples: sequestrar um grupo viajante de
PA –1, SA, CR —, 15(p), c/ 3 pentes reserva] executivos da Wuxing. A treta é que o plano exige que eles
Enfield AS-7 [Escopeta, Pre 4(6), VD 13F, PA sejam capturados em pleno voo, depois que o avião de onde
–1, SA/RJ, CR 1, 24(t), c/ munição comum, saíram seja destruído para que pareça um acidente com pre-
sistema de arma inteligente] juízo total. Simples, né? A Prometheus contratou um incursor
Defiance EX Shocker [Taser, Pre 4, VD 8A(e), PA
que já conseguiu fazer isso, mas sua velha equipe não tem
–metade, TS, CR —, 4(pi) c/ 8 dados taser]
Bastão de Choque [Bastão, Pre 4, Alcance –1, interesse no trampo. É aí que os jogadores entram. Trabalho
VD 9A(e), PA –5] de risco elevado em altitude elevada onde um passo errado
pode jogá-los no chão. Como não amar?

22 CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO

Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com

MANDA A REAL
Se vocês conseguem se dar bem em Nova York, conseguem
se dar bem em qualquer lugar, certo? Até o momento esse
parece ser o caso. Vocês andam mandando bem na Maçã
Podre. Conseguiram uma bela pilha de cred (sem perder
muito), fizeram parte de umas incursões bem doidas que
fizeram maravilhas para a sua rep, adquiriram alguns conta-
tos locais maneiros, e receberam três dias inteiros de des-
canso de verdade! Mas bons incursores não se acomodam.
O problema é que faz tempo que Um não entra em contato.
Será que todo o trabalho secou? Quem sabe, mas num lugar
como Manhattan, sempre tá rolando alguma parada.
Bem na hora, seu com-link apita com uma mensagem de
Orelha Preta. — Hoi-hoi, meu povo. Escuta só, hoje eu tava
numa nice falando com um cliente velho enquanto seguia
pela Park Avenue e o parça mandou que conhece esse bi-
cho que tá ligado num troço que tá atrás de uma ajuda pro
outro bicho chamado Johnson, saca? Daí ele diz que tá atrás
dos cara que fizeram a parada no Arquivo. Diz que precisa
de gente que tá ligada, tá ligado? Daí diz que eu tenho um
povo de primeira pra recomendar. E antes que perguntem,
meu cliente velho é fita. Vamo nessa? Tão a fim de mais cred?
A fofoca é rápida. Talvez seja uma armadilha, mas essa é
uma chance constante nas sombras. Mas Orelha Preta bota a
mão no fogo pelo cara, e isso é sempre válido.
Poucas horas mais tarde, a Baleia está deixando vocês
do lado de fora do New York Coliseum com um ingresso RA
para o jogo desta noite entre os Manhattan Islanders e os
Detroit Red Wings na sua mão virtual. Após uma breve en-
trega de armamentos (será que não dá para levar nada para
lugar nenhum nessa cidade?), um segurança de guarda ves-
tindo um terno barato vai até vocês. Ele avisa, em vez de pe-
dir, para que o sigam. Conforme avançam através do espaço,
holo-projetores exibem o jogo nas paredes enquanto Jimmy
“Jota-Tê” Thomas de Detroit pontua para os Wings, colocan-
do-os a um a zero no primeiro tempo. Fãs do Islanders res-
pondem com urros que beiram ao tumulto. Ainda assim, isso
não é futebol — hóquei é bem mais civilizado.
Surpreendentemente (ou não) o guarda deixa vocês na
cabine VIP. Olhando pelo vidro temperado, vocês veem os
Islanders tentando se redimir contra os Wings. De pé no meio
do saguão está um anão bem vestido, cujo terno custa mais
do que vocês recebem em um ano. Anéis de fumaça de um
charuto caro flutuam sobre a cabeça dele, enquanto ele se
vira para vocês. — Opa, e aí? Sentem-se, por favor — diz ele,
gesticulando para diversas outras cadeiras.
— Agora que estamos todos aqui, podemos começar.
Não precisamos de apresentações, eu conheço as regras.
Vejam bem, eu pedi todos vocês especificamente por cau-
sa do trabalho nos Arquivos Municipais, e para ser sincero,
fiquei muito impressionado com o serviço. Tenho outro tra-
balho que exige uma quantia extraordinária de habilidade e
fortitude intestinal. E antes que perguntem, sim, é extrema-
mente perigoso. Vocês dependerão de muitas variáveis dan-
do certo para conseguir, e muita coisa pode dar errado. Mas
fiquem tranquilos, a recompensa é proporcional ao risco. O
pagamento pelo trabalho é 30.000 neoienes cada [Obs.: use
o mesmo teste de negociação da Cena Dois, se necessário].
Antes que possamos continuar, preciso saber se vocês têm
interesse ou se eu torrei dinheiro em ingressos de hóquei
para nada.
CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
SE OS JOGADORES
ESTÃO INTERESSADOS:
— Em três dias, um grupo de indivíduos viajando sob nomes
falsos chegará em Manhattan através de um jatinho particu-
lar. Vejam bem, quatro desses indivíduos são de uma impor-
tância especial para mim, e preciso que sejam trazidos em
minha poss... hã, meus cuidados. Suas identidades exatas
não importam, mas posso dizer que eles costumam viajar
com escoltas consideráveis. No entanto, descobrimos que
quando eles viajam por ar, suas escoltas diminuem grande-
mente, e eles ficam vulneráveis. Sim, o trabalho é intercep-
tá-los e recuperá-los em pleno voo. Ah, tirem essas expres-
sões preocupadas do rosto, não estou pedindo para que
planejem isso do zero. Eu já tenho um plano e um especia-
lista com equipamento apropriado e veículos preparados.
Tudo o que eu preciso de vocês é do trabalho pesado. — Ele
sorri e traga seu charuto.
SE OS JOGADORES QUEREM
RENEGOCIAR APÓS A CONCLUSÃO
DAS NEGOCIAÇÕES:
— Agora que chegamos a um acordo, vocês já podem come-
çar. Seu contato é um fusor chamado Motora. Ele opera a par-
tir de um complexo perto de Buffalo. Estejam lá às 04:30. Eu
encaminharei o local e o avisarei que estão a caminho. Suas
defesas automáticas são um tanto extravagantes, e ele odeia
surpresas. Motora explicará os detalhes do plano assim que
chegarem lá. Vejam, sugiro que todos descansem bem, mas
se quiserem curtir o resto do jogo, fiquem à vontade para ficar.
QUANDO OS JOGADORES
CHEGAM À CASA DE MOTORA:
Apesar de ser meu-Deus-do-céu-são-quatro-e-meia-da-
-madrugada, Orelha Preta parece completamente imune
aos efeitos de acordar para trabalhar nesse horário, mas
vocês suspeitam que talvez seja o copo de expresso quá-
druplo que ele andou bebendo pelo caminho até Buffalo.
Conforme a Baleia se aproxima do portão principal do com-
plexo, só uma palavra pode descrever este lugar: lixão. O
portão principal parece prestes a cair, o concreto tem mais
buracos que queijo suíço, e os suportes parecem ser sus-
tentados por fita crepe e reza braba. Em outras palavras,
uma camuflagem perfeita para uma oficina de fusor. Suas
suspeitas se confirmam conforme se aproximam do portão.
Ocultos entre os vários destroços, dois drones de combate
top de linha se apresentam. Um possui uma submetralhado-
ra leve bem cruel, o outro uma suíte de sensores altamente
sensíveis. Olheiro e atirador. Saindo do drone olheiro, vocês
escutam uma voz modulada dizer: — Hoi, cês devem ser a
parceria que o Johnson mandou. Se eu me importasse eu
diria que não queria fazer uma recepção assim, mas tô nem
aí. Não vivi tanto tempo sendo imbecil, e tinha que ter ga-
rantias. Mas cês tão de boa, então podem entrar!
Enquanto os dois drones começam a seguir até um par
de suportes em ruínas, o drone atirador balança a submetra-
lhadora como uma mão, indicando para que os sigam. Uma
porta secundária em uma das portas de hangar abre de leve,
só o suficiente para que vocês entrem. E como imaginavam,
vocês tinham razão. Apesar das aparências, o hangar é uma
23
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
oficina de fusor de ponta. Peças, ferramentas e inúmeras ban-
cadas revestem as paredes, enquanto áreas com maquinário
especializado para reparo/fabricação se separam por tipo de
veículo. E é claro que diversos veículos, drones e armamen-
tos estão espalhados por todo o hangar em diversas etapas
de reparo. Uma antiga jukebox de CDs no lado oposto toca
música mais velha do que todo mundo na equipe, e pinups
sensuais tão velhas quanto cobrem as paredes. Os drones le-
vam vocês pela oficina e através de uma grande porta dupla.
O que há do outro lado é muito impressionante. Um avião
de carga C-260 Titan altamente modificado ocupa o espaço,
sua cauda e asas não encostando no teto e paredes por pouco
menos de um metro. O som de hidráulica ecoa no espaço con-
forme um anão euroasiático com ciber-olhos, pernas e braços
óbvios, vestindo um traje de voo com emblemas da Technico-
lor Wings desce pela rampa da aeronave. — Então cês que são
os doido que querem voar com o velho Motora, é? Magi. Bora
partir pra labuta. Xô mostrar procês minha maior criação…
GANCHOS
Essa deve ser a incursão mais louca e insana que os jogado-
res já tentaram e alguns podem não estar tão entusiasmados
em arriscá-la, especialmente se não tiverem a perícia Para-
quedismo. Se os jogadores estiverem recuando, Motora vai
“SACOLÃO MK II” DA EQUIPE ZERO
(OU, DISPOSITIVO DE EXTRAÇÃO PESSOAL ARES MARK III)
Graças à sua preferência por operações aquáticas, a unidade
mercenária Equipe Zero comissionou à Ares o desenvolvimento de
um sistema de armazenamento multiuso que pode ser facilmente
armazenado e rapidamente posicionado para proteger e transportar
itens sensíveis, incluindo meta-humanos, debaixo d’água. O
resultado foi chamado de “Sacolão” pela Equipe Zero e usado pela
primeira vez na extração Sutton. Feito de um material plástico semi-
expansivo que também age como abafador térmico e de assinaturas,
ele pode facilmente acomodar pessoas ou objetos do tamanho de
um troll ou menor. Há também uma pequena unidade anexável para
fornecer pelo menos dez minutos de oxigênio o suficiente para
manter quaisquer pessoas vivas ou selar equipamento a vácuo, caso
necessário. A desvantagem da primeira versão do Sacolão é que ele
fracassou em ser uma boa barreira balística, mas era bem resistente
a impacto. Os laboratórios da Ares corrigiram esse problema
com o Mark II e o futuro (chegando em 2075!) Mark III. Apesar de
originalmente ser projetado para ambientes aquáticos, ambas
as versões do Sacolão também funcionam bem em ambientes
expostos ao vácuo ou de baixo oxigênio, e a ferramenta está sendo
considerada para uso em operações de busca e resgate.
SR5 –“PED MK. III”
Nível de Armadura Disponibilidade Custo
14 20R 3.000¥
24 CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO
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assegurar que ele planejou tudo e tem mais equipamento do
que o necessário para garantir a segurança deles... na maior
parte do tempo. Nenhum plano é perfeito, mas Motora mas-
tigou os cálculos e já fez isso antes. Se eles ainda hesitarem,
então os jogadores devem se lembrar que já chegaram até
aqui e já fizeram um acordo. Recuar agora traria sérias re-
percussões. Além disso, imagina só as maravilhas que uma
extração em pleno voo bem-sucedida faria para a rep dos
jogadores?
Independente de como a incursão resulte, ela deve ser
apresentada como muito tensa, com a possibilidade de fra-
casso sempre pairando por perto. Para ilustrar como as coi-
sas podem dar errado, tudo o que o mestre precisa dizer aos
jogadores é “Não olhem para baixo”. Se os jogadores ainda
estiverem incertos, então o mestre tem uma última tática, um
recurso final. O Sr. Johnson revelará que seus clientes são a
Prometheus Engenharia, a corp alvo das incursões dos joga-
dores durante o trabalho do Arquivo. Agora, apesar de a Pro-
metheus entender que o trabalho foi questão de negócios e
de não ter levado para o pessoal, ela ainda está puta da cara
com os jogadores. Esse trabalho pode reparar relações.
POR TRÁS DAS CENAS
Depois de o Tuco dar uma palhinha do seu belo avião e de
todas as ferramentas maneiras para os jogadores, ele os leva
para o seu pequeno bar do outro lado do aeroporto chamado
“Cilada” (ei, nunca é cedo demais para uma bebida). Depois
de pagar uma rodada de Irish Coffees para todo mundo, ele
explica o plano com cuidado.
FASE UM
Essa é uma incursão clássica da Matriz. Um dos contatos de
Motora dentro da FAA (Administração Federal de Aviação)
conseguiu um cartão de acesso para o Centro de Controle
Auxiliar (ACC) da FAA no LaGuardia. De lá, os jogadores
podem acessar diretamente os sistemas de dados da FAA
para obter o registro de voo e código de transponder da
aeronave-alvo, burlando muito da segurança típica da Matriz.
Apesar de o cartão lhes dar acesso ao prédio, ele não dará
acesso ao sistema; isso deve ser feito da forma clássica. Os
jogadores também terão que se esgueirar ou enganar a segu-
rança para passar pelo pessoal do Aeroporto a fim de chegar
ao ACC [Obs.: Use os atributos do Oficial de Segurança da
Prometheus para os Oficiais do Aeroporto, mas lhes dê car-
tuchos comuns].
Quando a instalação não está em uso, todo o acesso à
Matriz ao ACC é fisicamente desconectado. Reconexões
não agendadas se registrarão com o centro principal de
operações e chamarão a atenção de alguém. O prédio em
si parece um hangar de aeronaves com diversos veículos de
manutenção estacionados. Por dentro é praticamente vazio,
exceto por uma versão menor do centro principal de opera-
ções da torre/terminal. A segurança física consiste de uma
trava magnética de Nível 6 com scanner biométrico e sen-
sores nas janelas. A segurança do aeroporto patrulha a área
regularmente e fisicamente verifica o ACC. Se uma invasão
for detectada pela segurança, uma equipe armada será en-
viada como resposta (use os atributos do oficial da SWAT da
NYPD, Inc.).

FASE DOIS
Assim que os registros de voo e códigos de transponder esti-
verem garantidos, a equipe está pronta para a segunda parte
da incursão: a interceptação/extração. A aeronave-alvo é o
Voo 386 do Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma (Se-
a-Tac), um Gulfstream Luxe V, número da cauda VR (Victor-
-Romero) 13506. O manifesto e plano de voo listam a dona/
operadora como a Clear Skies Charter Inc. (uma subsidiária
da Wuxing, apesar desta informação não ser exatamente pú-
blica). O plano é interceptar o alvo logo após ele cruzar a
fronteira para o espaço aéreo dos EUCA, a aproximadamente
45 quilômetros ao sul de Sioux Falls. Conforme se aproxi-
mam, o ás da Matriz da equipe pode usar o código de aces-
so de transponder como brecha para entrar nos sistemas de
alvo da aeronave. A partir daí é uma questão de hackear os
sistemas de controle, embaralhar quaisquer comunicações,
e tornar a aeronave cega para a sua abordagem. Claro que a
tripulação de voo pode ter algo a dizer sobre isso.
Quando a aeronave alvo estiver sob o controle da Ma-
triz, ambas as aeronaves descerão a uma altitude mais se-
gura. Motora vai manobrar a C-260 em posição e lançar o
Sky Sled com a equipe de abordagem (os jogadores) a bordo.
Durante o lançamento, o Sled e o avião de Motora estarão
conectados por um cabo de fibra de carbono de alta tensão.
O Sled então se manobrará em posição e aportará com o
Gulfstream. Assim que estiver travado, os jogadores podem
usar um cortador circular especial no corpo do Sled para abrir
caminho para o alvo. Perceba que, se os jogadores tentarem
se infiltrar em uma altitude insegura, eles correm o risco de
destruir o Gulfstream... e a si mesmos.
Assim que ganharem acesso ao alvo, eles terão que fa-
zer a infiltração e obter os alvos. Motora não pode confir-
mar, mas tem certeza que vai ter algum tipo de segurança a
bordo. Os jogadores terão que lidar com a segurança assim
como o resto dos passageiros e da tripulação. Como exata-
mente farão, isso depende deles.
Após assegurarem a aeronave, os jogadores têm mais
dois trabalhos. O primeiro é identificar e adquirir os alvos
para transporte. Mesmo em baixa altitude, o oxigênio e o frio
serão um problema. Motora tem equipamento mais do que
o suficiente para os jogadores, mas para os alvos, a parada
é especial. Chamado de “Sacolão”, ele usará vários desses
itens para assegurar os alvos enquanto os fornece com pro-
teção térmica e oxigênio. Motora diz que arranjou os “Saco-
lões” com um parça dele que trabalhou com alguns ex-SEALs
malucos de Miami e guardaram alguns consigo depois do
serviço. Motora modificou alguns com paraquedas inteligen-
tes, só por segurança.
A próxima parte do trabalho é transferir os alvos do Gulfs-
tream para o C-260. Motora explica que o Sled não tem o es-
paço, muito menos a capacidade de carga para os jogadores
e os alvos assim que se soltarem do Gulfstream. Então antes
de partir, os alvos deverão ser transferidos para o C-260. Isso
será feito ao enviar um drone secundário de recuperação jun-
to da ligação do Sled, depois prendendo os Sacolões a ele.
O drone então recolherá os alvos, um a um, até o avião do
Motora. O Sled então se desprenderá e será recuperado pelo
C-260. O Gulfstream e todos ainda a bordo serão destruí-
dos. Explosivos podem servir, mas isso deixaria um rastro de
evidências. Esse trabalho precisa parecer com um acidente.
Novamente os jogadores serão questionados em como farão
CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
isso da melhor forma, mas Motora recomendará sabotar os
controles e deixar a gravidade cuidar de tudo.
Jogadores que não possuam máscaras de oxigênio (ou
outro sistema de oxigênio similar) ou paraquedas receberão
os itens de Motora. Se qualquer um dos jogadores não tiver
a perícia paraquedismo, Motora dará um paraquedas auto-
mático, ou “inteligente” (considere-o um periciasoft de Ní-
vel 6 que irá interagir com o com-link do usuário e fornecerá
instruções ou ativação automática caso o jogador fique in-
consciente). Ele também fornecerá macacões térmicos para
todos. Os macacões não oferecem nenhuma forma de pro-
teção de armadura, mas os manterão suficientemente aque-
cidos em altitudes elevadas e servirão sob qualquer tipo de
vestimenta ou armadura padrão.
Assim que voltarem ao aeroporto, Motora cuidará dos alvos
e entregará o pagamento na forma desejada pelos jogadores.
QUANDO OS JOGADORES AGIREM
CONTRA O ACC:
Os jogadores têm diversas opções para entrar no aeroporto
e no ACC. Eles podem tentar entrar blefando e trapaceando,
ou podem se esgueirar. Entrar pelo terminal principal não
é recomendado por causa das camadas de segurança que
eles terão de penetrar. Um ponto de entrada melhor seria o
ponto de controle de manutenção leste. Esses pontos são
usados por pessoas em assuntos oficiais, então os guardas
estão acostumados com visitantes de todos os tipos che-
gando a qualquer hora do dia. Se eles puderem passar por
esse ponto de controle, os incursores ganhariam acesso ao
aeroporto. O problema aqui é que um registro da presença
deles será feito e eventualmente alguém vai perguntar onde
é que eles foram. Talvez até decidam enviar uma escolta
caso os incursores não obtenham os passes (forjados) ne-
cessários.
Se os jogadores tentarem se esgueirar, eles terão que
passar por uma enorme rede de sensores ao longo da cerca
e seguir até o prédio da ACC sem serem vistos por qualquer
um dos drones ou guardas de patrulha. O ACC está localiza-
do perto da parte sul do aeroporto e apenas a setenta e cinco
metros da cerca, que tem cinco metros de altura e é coberta
por mono-arame. Sensores de movimento e infravermelho
estão posicionados a cada dez metros ao longo da cerca,
com câmeras varrendo a área. A própria cerca também é um
sensor, e qualquer contato com ela ativará um alarme.
Assim que os jogadores chegarem ao prédio, seu cartão
de acesso abrirá a porta da frente e o ACC sem soar alar-
me algum, mas sua presença estará registrada no sistema.
Isso pode não soar um alarme de imediato, mas se alguém
perceber que ninguém devia estar lá, ou que alguém está lá
demorando demais para uma inspeção comum, a segurança
será enviada para investigar.
CENTRAL (SR5) DAS OPERAÇÕES
DE VOO NORTE AMERICANAS DA
FAA
SR5
Nível 6 (Ataque 6, Subversão 7, Datagrama 9, Firewall 8)
Programas GELO Ácido, Bloqueio, Embaralhador, Explosão,
Marcador, Matador, Negro, Perturbador, Piche,
Rastreador, Sonda
25
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
QUANDO OS JOGADORES DEREM
INÍCIO À EXTRAÇÃO EM PLENO VOO:
Se os jogadores foram bem-sucedidos em obter a informação
do prédio do ACC, eles não terão dificuldade em localizar o
Gulfstream alvo. Usando os sistemas CME do C-260, Motora
manterá uma distância segura para não alertar o alvo antes
que o hacker da equipe consiga tomar controle do alvo. A
boa notícia é que o código de transponder dará ao usuário da
Matriz da equipe a chance de pegar a tripulação de surpresa.
Se o mestre quiser fazer uma sessão de cibercombate com a
tripulação, siga as regras normais de cibercombate, mas dê
+1 de bônus situacional ao hacker da equipe.
Quando a aeronave-alvo estiver sob controle, Motora
entrará em posição. Vai rolar uma pequena turbulência, mas
Motora não acha que vai ser problema. Assim que o Sled for
lançado, os jogadores têm duas opções: ou Motora opera o
Sled de forma remota, ou um dos jogadores pode operar o
Sled. Se os jogadores decidirem pela segunda opção, eles
podem usar todos os testes normais de veículo e conside-
rar a acoplagem um ataque de colisão controlado (sem dano
se for bem-sucedido, exceto em uma falha crítica). Ou, para
simplificar, faça o piloto do Sled fazer três testes de Reação
+ Pilotar Espaçonaves [Físico] (3). Inicialmente, a ativação do
Sled será automaticamente bem-sucedida (de nada). Os pri-
meiros dois testes serão para posicionar o Sled sobre a ae-
ronave alvo, enquanto o teste final será a acoplagem. Garras
magnéticas automáticas e micro-guinchos na barriga do Sled
é que farão a acoplagem de fato, mas o piloto ainda deve
26 CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO
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cuidadosamente aproximar as duas aeronaves. Se o jogador
falhar em qualquer um dos dois últimos testes, role um possí-
vel dano de colisão entre o Sled e o alvo (utilize as regras de
Dano de Veículo, p. 205, SR5).
Assim que a acoplagem for bem-sucedida, um cortador
especial na parte inferior do Sled automaticamente cortará o
casco e criará uma câmara de ar. Agora os jogadores preci-
sam controlar a aeronave. Qualquer método a esse ponto é
aceitável, desde que não rompa o casco da aeronave, o que
mataria os alvos (e certamente os jogadores). Para prevenir
qualquer dano à aeronave em si, é recomendável que os jo-
gadores usem armamento ou munição menos-do-que-letal.
Os jogadores também terão que lidar com um adversário en-
trincheirado. Os jogadores devem ter controle dos sistemas
da aeronave, mas não da tripulação ou dos passageiros.
A aeronave possui quatro compartimentos. O primeiro é
a área da tripulação, que possui uma pequena área de dormir
e a cabine de piloto. O segundo é uma área de depósito geral
onde toda a comida e consumíveis são armazenados. A en-
trada será feita nessa área, por ser a mais segura. O terceiro é
a área de descanso, onde estão localizados diversos assentos
acolchoados ao longo da lateral esquerda da aeronave. Ao
longo da direita estão diversas estações e sistemas de entre-
tenimento de RV. Na traseira há uma pequena área de passa-
geiros com um banheiro e área de dormir. A parte interna do
Gulfstream é bem confortável para viajar, mas não para se mo-
vimentar. Trolls têm –2 de modificador situacional automático
para todos os testes físicos conduzidos enquanto dentro do

Gulfstream. Além disso, os jogadores terão que se movimen-
tar por fila única ao longo das passagens, e quaisquer armas
grandes atrapalharão seus movimentos. Dê –1 de modificador
situacional adicional para armas mais longas com coronhas
completas, como fuzis de assalto e outras armas maiores.
Todos os alvos se reúnem na popa na área de dormir (eles
não resistirão de forma alguma) enquanto quatro agentes de
segurança se posicionam no compartimento de descanso
para uma emboscada. Dois se esconderão entre os assen-
tos com diversos outros passageiros menos importantes e
aguardarão um alvo aparecer. Eles têm +2 de bônus situa-
cional/de emboscada para sua primeira ação. Os outros con-
frontarão os intrusos assim que possível. Se os jogadores não
lançarem fumaça, o agente no banheiro o fará. Todos os mo-
dificadores normais de ocultação se aplicam. Se o primeiro
agente for abatido, o segundo responderá com uma grana-
da de atordoamento. Se todos os jogadores ficarem incons-
cientes, eles serão dominados e presos de forma apropriada.
Os jogadores também precisam controlar a tripulação, que
está ocupada tentando recuperar o controle da aeronave ou
quem sabe lançar uma mensagem de emergência.
Assim que os jogadores tiverem eliminado os dois agen-
tes de segurança, o Gulfstream fica controlado e a tripulação
não resistirá. Motora forneceu aos jogadores scanners bio-
métricos portáteis para identificar os alvos; não há necessi-
dade de testes se o scanner for usado. No total há quatro
alvos e cinco outros passageiros, mais três tripulantes. As-
sim que os alvos forem identificados (todos os quatro estão
usando máscaras de nanopastas), os jogadores precisam dei-
xá-los inconscientes (eles decidem como fazê-lo) e levá-los
aos Sacolões. Os jogadores então utilizarão um guincho es-
pecial para prender os Sacolões ao cabo principal. De lá, Mo-
tora, um lacaio aéreo trazido à força caso necessário ou um
dos jogadores que ficou para trás levarão os alvos a bordo do
C-260. Assim que a carga estiver segura, os jogadores terão
que destruir a aeronave para concluir a extração. Encoraje a
criatividade dos jogadores. Se eles não querem ser respon-
sáveis por “puxar o gatilho” desta vez, Motora simplesmente
levará a aeronave ao chão, fazendo parecer um acidente ou
erro do piloto. Ninguém além dos jogadores e dos alvos têm
permissão de sair da aeronave. Caso os jogadores tentem
outra coisa, Motora simplesmente os abandonará e imedia-
tamente derrubará o Gulfstream.
De volta ao seu hangar, um furgão branco de entregas com
capangas está aguardando. Assim que Motora baixar a rampa,
eles simplesmente pegarão os Sacolões e os levarão para o
furgão. Um deles se aproxima de Motora e entrega a ele diver-
sos bastões de crédito certificados. A incursão finalmente foi
concluída; Motora parabeniza os incursores e oferece alguns
drinques no Cilada. Os jogadores decidem se aceitam ou não.
INDO ALÉM
Essa cena envolve os jogadores ajudando Motora a concluir
este trabalho. Houve muito trabalho de preparação para fazer
essa incursão acontecer; muito do equipamento especializa-
do foi obtido ou mesmo construído do zero, muitos contatos
foram bipados, e coisas foram milimetricamente planejadas.
Mas todos os incursores sabem que nenhum plano sobrevi-
ve ao contato com o inimigo. Alguns jogadores podem não
concordar com o plano e sentir que conseguem pensar em
algo melhor. Ou ainda, não queiram ficar nos trilhos, prefe-
CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
rindo tomar uma parte proeminente no processo de planeja-
mento. Se for este o caso, o mestre sempre pode usar a joga-
da do limite de tempo para que os incursores implementem
seus próprios planos ou utilizem seus próprios recursos. Mas
se os jogadores quiserem fazer as coisas à sua maneira, per-
mita. Tudo pode acontecer a qualquer momento forçando os
jogadores a inventarem um “Plano B”. No fim das contas, o
Sr. Johnson não se importa em como os jogadores obterão
seus alvos, desde que o façam.
Mas se os jogadores prosseguirem com a extração em
pleno voo, existem certas coisas específicas que podem dar
errado. Além da resistência dos passageiros, o clima pode
entrar na jogada. Correntes de ar, lufadas de vento, tempes-
tades ou até mesmo a turbulência comum podem ser usadas
para atrapalhar as coisas. Outra possível complicação é falha
de equipamento. Sempre que muito maquinário personali-
zado e complicado é usado, há uma chance de que algo vá
quebrar. O cabo principal entre o Sled e o C-260 pode se
partir, ou talvez os ventos se tornem um risco alto demais
para a transferência. Ou quem sabe uma das aeronaves tem
uma falha mecânica que exige um improviso dos jogadores.
Outra complicação possível é que os pilotos do Gulfstre-
am consigam mandar um SOS antes de perder o controle. Se
isso acontecer, caças de uma base da Força Aérea dos EUCA
em Indianápolis serão enviados com ordens de interceptação.
O avião de carga de Motora não é páreo para eles. Os jogado-
res terão dez minutos para pegar os alvos e sair de lá. De tal
forma, eles talvez precisem modificar seu plano de extração.
DEPURAÇÃO
Uma das maiores presepadas que os jogadores podem co-
meter é não ter um hacker na sua equipe. Se for o caso, os
jogadores precisam contratar alguém. Motora (ou Orelha
Preta) conhecem alguém que pode ser contratado em tão
pouco tempo, mas não será barato (ele exigirá um paga-
mento vinte e cinco por cento maior do que a maior quan-
tia dada a qualquer membro da equipe. O hacker se chama
Rango e, de acordo com seu jeito de se vestir e de falar,
parece pensar que está num faroeste (use os atributos da
Aranha de Segurança como padrão).
Além disso, assim como o trabalho do arquivo, o objetivo
não é fazer os jogadores falharem. Se eles tiverem rolagens
ruins, especialmente ao tentarem abordar o Gulfstream, isso
pode parar toda a aventura, já que diferente do trabalho do
cofre, os jogadores não sobreviverão a uma queda centenas
de metros de altura. Recomenda-se uma pequena leniência
nas rolagens de dados. Se os jogadores estão com dificulda-
des com a logística dessa incursão, não tenha receio de fazer
com que Motora vá explicando para eles; ele já fez isso antes.
PONTOS DE INTERESSE
“CILADA”, BAR E LOUNGE DO TUCO
Após ter se juntado à rede contrabandista Technicolor Win-
gs, Tuco decidiu que queria seu próprio lugarzinho de reuni-
ões longe da sua oficina para fazer negócios. E também não
tem nenhum bar bom em Buffalo. Transformando o velho
saguão do aeroporto em um bar pequeno (mas bem abas-
tecido), ele renomeou o lugar de Cilada e contratou um ork
27
>> BATALHA DE MANHATTAN <<

incursor semi-aposentado chamado Bagunça para cuidar

do lugar. O Cilada é um lugar sem luxo algum, mas isso é
parte do charme. Os equipamentos mais modernos ali são
a geladeira e o com-link de seis anos de idade que Bagun-
ça usa para cuidar das contas e recibos do bar. A música
toca através de alto-falantes com pelo menos uma década
de idade, e não tem nenhum trid. Apesar de não oferecer
muito, o Cilada continua a ter uma clientela fiel. Os fregue-
ses gostam da paz e silêncio relativos que o bar oferece,
um pequeno oásis longe de um maremoto de informação.
Servir birita destilada de qualidade com preços abaixo da
média também ajuda.

CENTRO DE OPERAÇÕES
AUXILIAR (ACC) DA FAA,
AEROPORTO LAGUARDIA
Disfarçado como mais uma enorme baía de manutenção,
o ACC fica no lado sul do aeroporto. O conceito do ACC é
simples: se o centro de operações primário do aeroporto for
desligado ou comprometido de outra forma, o ACC toma o
controle. O prédio é um tanto comum, feito para se parecer
com uma área de manutenção convertida, e é composto de
materiais comuns. O centro auxiliar de verdade é diferente.
A área do escritório foi convertida em um centro de opera-
ções aéreas totalmente funcional; que é basicamente uma
pequena casamata no hangar, feita de materiais reforçados.
A porta principal do ACC é protegida por uma trava magné-
tica de Nível 6 com um leitor de cartões.

SOLDADOS E
ALVOS EM MOVIMENTO

MOTORA
A maioria dos incursores das sombras sonha com aquele
trabalho certeiro que os arranja para a vida toda. Mas ape-
nas alguns poucos são bons (ou sortudos) o suficiente para
conseguirem isso. Arthur “Motora” Finkelstein foi um desses
sortudos. E o que ele fez? Ele viveu o sonho. Arranjou um
lugarzinho bacana, aprimorou sua parte ciber, e se tornou
semi-respeitável. E agora ele se odeia por isso. Quando ele
começou a fazer incursões há quase quarenta anos atrás,
Tuco se tornou um técnico que constantemente mexia com
veículos, e logo se tornou um fusor de primeira. Ele ficou
com esse nome porque seus pais sempre diziam “alá os
motorzinho da cabeça dele, vai ser um motora esse daí”.
Selvagem, doido, ama um desafio, e inclinado a modificar
praticamente tudo o que ele já operou, Motora tirou a sorte
grande em 2068 quando ele e sua equipe sequestraram um
jatinho corporativo em pleno voo. Mesmo que tenha mata-
do quase todos os envolvidos, o pagamento foi suficiente
para que pudessem se aposentar. Cheio da grana, Tuco en-
trou em uma semi-aposentadoria e entrou para a Techni-
color Wings, onde ele usa a estranha rede de contrabando
para não ficar destreinado. Na verdade, não é o suficiente, e
Tuco sente que está perdendo o fio da meada. Ele também
está extremamente entediado. Então quando foi contata-
do para fazer outra incursão em pleno voo, aceitou na hora.
Mesmo que não tenha feito uma incursão nas sombras de
verdade em seis anos, Tuco sabe que é capaz disso.

28 CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO

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 >> BATALHA DE MANHATTAN <<

SR5 *Algumas melhorias/acessórios ainda indisponíveis

C A R F V L I CA TRU ESS para SR5; elas são usadas como um ponto de trama para
esta aventura.
5 4 5 (8) 4 3 5 5 4 6 2.9
Iniciativa 10 (13) + 1D6
HAL NEWSPRING, JOHNSON
Iniciativa da Matriz 6 + 3D6 (sim aberto +4D6)
DA PROMETHEUS, ANÃO
Monitores de Condição 11 / 10
Armor 12 Hal Newspring começou como um zé ninguém na Prome-
Limites Físico 6 (7), Mental 6, Social 5 theus. Ele tinha um emprego entediante de gerência e quase
Perícias Artilharia 6, Automáticas 3, Combate Desarmado foi demitido por contratar incursores das sombras para eliminar
2, Escalar 2, Grupo de perícias de Ar Livre 4, Grupo seu supervisor. No entanto, Hal se provou cem vezes melhor
de perícias de Eletrônica 5, Grupo de perícias do que o seu predecessor, então seus superiores o deixaram
de Quebra de Dados 5, Guerra Eletrônica 5,
Mecânica Aeronáutica 8, Natação 2, Percepção ficar. Gradualmente, eles começaram a pedir para Newspring
4, Pilotar Aeronaves 8, Pilotar Embarvações 7, cuidar das coisas mais escusas, o que ele se mostrou ser muito
Pilotar Veículos Terrestres 8, Pistolas 3, Primeiros bom em fazer. Foi promovido diversas vezes desde então e
Socorros 2, Queda Livre 5
gradualmente entrou na cena incursora de Nova York. Apesar
CCR Comandante Remoto Lone Star [Nível de Dispositivo
6 c/ Processamento de Dados 6, Firewall 6] de nunca ter ativamente ferrado com um incursor, Newspring
Ampliações Com-link [Transys Avalon (Nível de Dispositivo 6 c/ ainda é um cão corporativo e está mais do que disposto a re-
módulo de sim aberto)] fuso de controle 2, conector mover alguém para cumprir seus objetivos.
de dados, melhorias de reação 3
Veículos Ver abaixo
SR5
Equipamentos Jaqueta blindada [12], kit de sobrevivência, kit
médico C A R F V L I CA TRU ESS
Armas Colt America L36 [Pistola Leve, Pre 7, VD 7P, PA —, SA, 5 4 4 3 5 4 4 5 5 6
CR 1, 11(p) c/ munição comum (pentes totais x2)]
Faca de Sobrevivência [Lâmina, Pre 5, Alcance —, Iniciativa 8 + 1D6
VD 9F, PA –1] Monitores de Condição 11 / 11
Armadura 8
VEÍCULOS Limites Físico 5, Mental 6, Social 7
Perícias Bastões 2, Combate Desarmado 3, Computador 5,
Conhecimento Profissional: Negócios 9, Corrida
C-260 TITAN 4, Escalar 2, Ginástica 3, Grupo de perícias de
(AERONAVE DE CARGA MODIFICADA) Furtividade 3, Grupo de perícias de Influência 7,
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS ASSENTOS Intimidação 5, Natação 3, Percepção 8, Pilotar
Veículos Terrestres 2, Primeiros Socorros 2
–2 50/200 600 2 30 5 2 10 w/
Sky Equipamentos Com-link (Nível de Dispositivo 5), lentes de
Sled, 20 contato [Nível 2, c/ conexão de imagens, visão na
vazio penumbra], roupas de Executivo Actioneer [8]
Melhorias/Acessórios* Armas Defiance EX Shocker [Taser, Pre 4, VD 8A(e), PA,
–5, TS, CR —, 4(pi) c/ 8 dados taser]
Assentos Ejetores, Cabo de anexo de Planador, CCME 3, CME, Decolagem
e Aterrissagem Melhoradas (Nível 1), Fusoconexão, Manivela, Pontos de
Entrada/Saída Extras “MARECHAL DO CÉU”,
SKY SLED OFICIAL DE SEGURANÇA (ORK)
O Sky Sled é um veículo/drone rebocado controlado remota-
SR5
mente, projetado para carregar diversos indivíduos e se pren-
C A R F V L I CA TRU ESS
der a outra aeronave através de um micro-guincho, garras e
uma câmara improvisada. Similar aos planadores da Segunda 7 5 5 (7) 7 (8) 2 4 4 (5) 3 5 1.85
Guerra Mundial, o Sled foi projetado para ser rebocado atrás Iniciativa 9 (11) + 3D6
de outra aeronave. Se desprendido da aeronave principal, o Monitores de Condição 12 / 11
Sled é projetado para planar até o chão, mas não deve ser Armadura 9
usado em condições de climas extremos. Pequeno e aperta-
Limites Físico 9 (10), Mental 5 (6), Social 3
do, ele só suporta cinco meta-humanos de tamanho médio,
Perícias Automáticas 7, Grupo de perícias de Atletismo 4,
sentados em fila única dentro da aeronave. Os assentos são Grupo de perícias de Combate Copo a Corpo 8,
bancos dobráveis em miniatura. Uma escotilha de saída está Percepção 4, Pistolas 8 (9)
localizada na área do piloto e na frente do primeiro passageiro. Ampliações Ampliação muscular 1, Amplificador cerebral
1, ciber-olhos [Nível 2, c/ compensação de
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS ASSENTOS ofuscamento, visão na penumbra, neuroconexão,
–1 0 0 2 10 5 3 5 visão termográfica, ultrassom, ampliação de visão],
ciber-orelhas [Nível 1, c/ melhoria de áudio 2, filtro
Melhorias/Acessórios* de som selecionável 1, reconhecedor espacial],
Câmara Flexível, Cabo de Reboque, Fusoconexão, Garras de Escalada, gravador de reflexos (pistolas, regulador de sono),
Manivela ortopele 1, reflexos cabeados 2

CENA QUATRO: TRABALHO AÉREO 29

Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Equipamentos Coldre ocultável, com-link (Nível de Dispositivo
5), granadas (fumaça x2), roupas de Executivo
Actioneer [9]
Armas Ares Crusader II [Pistola Automática, Pre 5(7), VD
7F/5A(e), PA —, SA/RJ, CR 2, 40(p) c/ munição
comum e Gruda-Choque (dois pentes cada)]
Granadas de fumaça [Granada, Explosão 10 m de Raio]
GULFSTREAM LUXE V, VR13506
(JATINHO CORPORATIVO
MODIFICADO)
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS ASSENTOS
–2 80/500 800 2 30 5 2 10 na
cabine
principal
Melhorias/Acessórios***
Assentos Ejetores, CCME3, CME2, Decolagem e Arterrissagem Melhora-
das (Nível 1), Pontos de Entrada/Saída Extras, Sensores Aprimorados
Obs.: Use os atributos de Motora para os pilotos.
CENA CINCO:
TRABALHO NAVAL
“Operações Secretas são essenciais na guerra, pois o exército de-
pende delas para suas próximas ações.” —Sun Tzu
SACA SÓ
A Prometheus agora está no modo de ataque total, doida
atrás de formas de pegar a Wuxing. Quatro horas depois da
extração em pleno voo, as fontes de inteligência da Prome-
theus encontraram outro alvo de alto valor, o Vitória Régia.
De acordo com os relatos, o Régia está carregando alguma
carga muito especial, incluindo alguns itens mágicos perso-
nalizados (e raros) a serem usados no novo quartel-general
em Manhattan. Pegando uma carona, está um renomado
geomante cuidando da entrega e implementação desses
itens mágicos. Se a Prometheus puder prevenir o cargueiro
de chegar à Nova York, ela impediria que a Wuxing rece-
besse milhões em materiais preciosos e os serviços de um
poderoso geomante. Só tem uma tretinha bem leve: o car-
gueiro também está levando quase duzentos mercenários
da 58a Brigada de Batalha, que se reportarão à Sociedade
do Dragão Vermelho assim que chegarem à Manhattan. En-
quanto isso, eles agem como seguranças durante a viagem.
MANDA A REAL
As coisas esquentaram em Manhattan, e isso não é nada
bom. Não precisa ser da cidade para ver que as coisas estão
ficando mais sérias. A NYPD, Inc. aumentou suas patrulhas,
que andam chutando as portas de qualquer um que achem
não estar do lado da lei. E isso vai levar um tempinho. Ainda
assim, do jeito que as coisas andam rolando nas sombras,
não vai demorar muito antes de Manhattan estar totalmente
fechada. Até os seus parças lá de casa perceberam e estão
ligando para saber o que anda rolando. É uma pena vocês
não saberem muita coisa. Vocês têm alguns pontos aqui e
ali, a maioria das suas incursões, mas os espaços em branco
nos seus dados úteis são grandes o suficiente para estacio-
30 CENA CINCO: TRABALHO NAVAL
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
nar um caminhão. O sabido por vocês é que alguém anda
contratando incursores que nem louco para fazer uma treta
muito doida. A maior parte é de coisinhas pequenas e de
costume, mas houve algumas incursões onde uns babacas
ou foram descuidados ou não se importaram com a morte
e destruição que causaram. Agora está rolando sangue nas
ruas, e os mestres corporativos de Manhattan não vão tole-
rar isso por muito tempo. Até o bom e velho Orelha Preta,
sempre de boas, parece preocupado. Se ele sabe de algo,
preferiu não falar. E quando um taxista cala a boca, não é
um bom sinal.
Faz uns dois dias desde a última incursão, e nenhum dos
seus Johnsons anteriores ligaram. Quando chegaram em Ma-
nhattan, a ilha parecia uma galinha dos ovos de ouro. Mas ago-
ra as coisas esquentaram demais, e talvez seja hora de vazar
antes que acabem no meio de algo que não conseguem lidar.
Por que não? Seus passes de visitante estendidos múltiplas
vezes está quase expirando, e vocês ainda estão com cred de
sobra. Melhor sair enquanto as coisas estão boas, será?
Enquanto olham a paisagem da sacada do seu quarto de
hotel, seu ‘link apita mais uma vez. Falando no diabo. A visão
do Skyjack do Sr. Johnson preenche a janela de RA no seu
campo de visão. Filho de um puto, vocês não lembram de ter
dado seus números para ele.
— Boa noite. Caso estejam se perguntando como eu con-
segui seus números, não se preocupem. Só estou fazendo essa
ligação porque preciso de algo feito o mais rápido possível. E
não se preocupem com alguém tentando nos grampear. Tenho
gente capaz cuidando desse tipo de coisa, então falem à von-
tade. Enfim, como já devem ter percebido, as coisas ficaram
meio tensas aqui em Manhattan ultimamente, e eu andei ocu-
pado cuidando de pequenos incêndios. Mas agora tenho um
incêndio de queimada enorme que só profissas conseguem
lidar. O pagamento é cinquenta mil para vocês dividirem, e não
precisam sair da terra caso não queiram. É um trabalho simples,
basta impedir que um navio chegue em Manhattan. Matem ou
não matem, não ligo. E então, interessados?
SE OS JOGADORES ESTÃO:
— Excelente. Como eu disse, o trabalho é simples. O cargueiro
Vitória Régia tem uma chegada marcada no Porto de Nova York
em aproximadamente trinta e seis horas. Eu não quero que ele
aporte. Essa nau está carregando uma carga que eu quero ver
no fundo do Atlântico, e quero que vocês façam isso aconte-
cer. Também há um homem a bordo. Se puderem trazê-lo para
mim, estou disposto a dar um bônus considerável na forma de
vinte e cinco por cento extras. A questão aqui é que eu não
tenho muito suporte a oferecer, já que os eventos recentes me
deixaram um tanto gasto. Então vamos discutir o preço para
que possamos prosseguir.
APÓS O PREÇO FINAL DO
TRABALHO SER ACERTADO:
— Como eu disse, o Vitória Régia está com uma carga um
tanto especial. Ela não é perigosa, apenas valiosa para seus
donos. Pelo que minhas fontes disseram, os materiais são es-
pecificamente usados em diversas cerimônias mágicas para
abençoar edifícios ou alguma merda assim. Normalmente
eu tentaria obter esses materiais, mas devido aos recentes
eventos, fico satisfeito com uma remoção dos ativos. Entre-

tanto, eu gostaria de uma pessoa recuperada, se possível. É
um mago, Wujen, creio eu. Se chama Qui-Len Duk. Ele talvez
se mostre valioso para mim e meus sócios, então eu o quero
vivo; espancado está de boa, mas precisa estar vivo. Também
sei que há uma certa segurança a bordo, mas nada que vo-
cês não sejam capazes de lidar. Tirando isso, estão livres para
usar quaisquer métodos necessários, mas sugiro que façam a
interceptação em águas internacionais para evitar complica-
ções desnecessárias. Já tomei a liberdade de reunir e enviar
para vocês um pacote de dados com todas as informações
do Régia e seu curso. Assim que o trabalho estiver feito, me
contatem neste número e eu aviso onde devem deixar o Sr.
Duk. Boa caça.
GANCHOS
Nesta cena, os jogadores estão livres para serem criativos e
fazerem essa incursão rolar. Os jogadores são encorajados
a usarem cada contato de Nova York que tiverem feito, in-
cluindo Orelha Preta, Motora e qualquer outro que tenham
conhecido dos outros lugares de Manhattan. As únicas pes-
soas ou grupos que não poderão entrar em contato é Um
ou quaisquer membros da 58ª Brigada de Batalha. Há um
motivo para isso, e caso os jogadores tentem, eles simples-
mente não conseguirão contatá-los.
POR TRÁS DAS CENAS
A pancadaria em Manhattan entre a Wuxing e a Prometheus
está cada vez pior, e não vai demorar para que ela saia das
sombras. Quase todos os incursores de Nova York e dos ar-
redores foram chamados e estão ou trabalhando a favor ou
contra a Prometheus. Até as Tríades sentiram a pressão quan-
do os sindicatos do crime e gangues locais tomaram lados.
Ainda assim, se a Wuxing pretende tomar a Prometheus, ela
ainda precisa avançar com seus planos mesmo com alguns
contratempos.
Parte do seu plano envolve o transporte de materiais
que serão usados para criar focos a serem incrustados no
QG regional planejado pela Wuxing, usando princípios de
feng shui para aprimorar sua energia. O ponto exato, a di-
reção exata e outros aspectos do novo QG foram meticulo-
samente avaliados e calculados. Se o prédio for construído
de forma inapropriada, será desastroso para a diretoria da
Wuxing. Para assegurar que tudo seja executado apropria-
damente, a Wuxing enviou o geomante Mestre Qui-Lin
Duk para gerenciar a operação. Fornecendo escolta duran-
te a viagem estão exatos 175 membros da 58ª Brigada de
Batalha. Essa viagem é mutuamente benéfica tanto para a
Wuxing quanto para a Sociedade do Dragão Vermelho. A
Wuxing recebe uma escolta significativa para seus materiais
vitais, e os Dragões Vermelhos recebem tropas reserva para
engrossar suas fileiras (que serão no fim das contas usadas
para apoiar a Wuxing).
De acordo com o pacote de dados do Sr. Johnson, seu
primeiro e principal objetivo é a destruição do Vitória Régia
com toda a sua carga e materiais a bordo. Dessa vez, o Sr.
Johnson não está com tanta sede de sangue quanto antes, e
desde que o navio afunde ou a carga seja destruída, ele não
se importará com o resto da tripulação ou dos passageiros.
Mas se a morte de todos facilitar o primeiro objetivo, então
esse será o preço de fazer negócios.
CENA CINCO: TRABALHO NAVAL
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
VITÓRIA RÉGIA
NAU MERCANTE INDEPENDENTE
O Vitória Régia é uma nau de carga Tipo-40 de quarenta
anos de idade construída em 2040 pela Sea Bear Shipbuilders,
uma empresa comprada e vendida pela Renraku em 2048. O
Vitória Régia passou na mão de diversos consórcios de fretes
até ser comprado de fato e se tornar uma nau mercante
independente do Capitão Chou Han em 2069. Nos últimos anos,
o Capitão Han e sua tripulação sofreram para conseguir algum
trabalho rentável, geralmente pegos por conglomerados como
o Pacific Prosperity Group. Recentemente, o Capitão Han foi
forçado a depender de meios não-tão-legais para manter seu
navio operante. Com cem metros de comprimento, o Régia tem
uma tripulação de trinta e seis e pode normalmente carregar
até mais quinze passageiros.
Ele também é capaz de carregar centenas de toneladas
de carga em seus compartimentos gigantescos. Esses
compartimentos tomam setenta por cento do navio, desde
a proa até o compartimento de engenharia. A popa do navio
possui seis deques. Deque Um é o topo, a ponte. Deque Dois
possui as instalações e acomodações para a tripulação e os
passageiros normais. Deques Três e Quatro são os depósitos,
enquanto os Cinco e Seis são dedicados à engenharia.
Duzentos passageiros adicionais podem ser adicionados ao
utilizar contêineres de passageiros modulares especialmente
projetados. Cada um destes, com instalações sanitárias
rudimentares, possui capacidade para vinte indivíduos.
Não são exatamente confortáveis, mas cumprem o serviço.
Como costuma navegar por águas muito patrulhadas, ele
não possui nenhum armamento ofensivo nem contramedidas
significativas, mas isso é algo que o Capitão Han deseja
mudar. O Régia compensa isso com seu sofisticado sistema
de sensores.
SR5
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS ASSENTO
–2 5/10 60 2 30 10 6 Veja
acima
Acessórios/Melhorias: Controles Manuais, Fusoconexão
Note: Para o Capitão Han e seu Imediato, use os atributos
de Motora da cena anterior, mas remova Pilotar Aeronaves
e Veículos Terrestres e aumente Pilotar Embarcações para 9.
O segundo objetivo é a extração de Qui-Lin Duk. Por mais
benéfico que seja a custódia do Mestre Duk pela Prome-
theus, também é aceitável removê-lo da equação. No pacote
de dados, o Sr. Johnson afirma que se a extração de Duk for
impossível junto com a conclusão do objetivo primário (afun-
dar o navio), então os jogadores estão autorizados a elimi-
ná-lo, mas com um decréscimo considerável no pagamento
(trinta por cento a menos).
31
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Encontrar o Vitória Régia no mar aberto pode ser um pro-
blema. Dessa vez, os jogadores não terão uma localização
exata ou um código de GPS de transponder (a não ser que
consigam de alguma forma), mas eles receberão as rotas co-
merciais conhecidas para Nova York que o Vitória Régia usará.
Assim que o Régia for encontrado, subir a bordo deve ser
relativamente fácil. O navio possui ótimos sensores, mas seus
principais sistemas de aviso prévio são os bons e velhos olhos
dos marinheiros. Se feita da forma certa, uma abordagem fur-
tiva certamente será bem-sucedida. Seria inteligente que os
jogadores tomem a ponte ou desativem as comunicações o
mais rápido o possível. Os jogadores então terão que encon-
trar uma forma de afundar o navio. Explosivos são uma esco-
lha óbvia. Seja por dentro ou por fora do casco, a pele do Régia
é fina o suficiente para que a quantidade certa de explosivos
cause uma brecha considerável no casco. Se os jogadores es-
tiverem se sentindo especialmente destrutivos, incendiar os
gigantescos tanques de combustível do navio na engenharia
fará o serviço. Note que a tripulação provavelmente se rende-
rá em vez de lutar. Mas a encargo do mestre, use os mesmos
atributos que os mercenários a bordo, tirando todos os equi-
pamentos exceto as pistolas automáticas listadas.
O Mestre Duk está localizado em uma das cabines de
passageiros no Deque Dois, cabine cinco. Encontrá-lo não
será difícil. Apesar da sua natureza gentil e coração caloro-
so, o Mestre Duk é temido por boa parte da tripulação e dos
mercenários graças à sua natureza mágica. Como tanto, ele
prefere permanecer na sua cabine meditando e tendo suas
refeições entregues. Sendo um pacifista, ele não resistirá
violentamente quando os jogadores tentarem dominá-lo.
Ele utilizará magia não-letal/não-nociva nos jogadores para
prevenir sua captura, mas ele pensará diferente se a sua vida
ou de outra pessoa estiver em perigo. (Use os atributos de
Armando da Cena Dois para o Mestre Duk, tirando todos os
feitiços de combate exceto Raio de Mana.)
O mesmo não pode ser dito dos 175 membros da 58ª Briga-
da de Batalha. Foi uma viagem difícil para a maioria deles, de tal
forma estarão mais do que dispostos a liberar suas frustrações
nos jogadores. Enquanto estiverem a bordo, a 58ª fica ocupada
patrulhando o navio. E com 175 mercs entediados, eles vão pa-
trulhar pra caramba. Sua presença deve ser um choque para os
jogadores, porque, apesar do pacote de dados do Johnson men-
cionar certa segurança, certamente não falou nada sobre 175
mercs armados! A boa notícia para os jogadores é que a maioria
dos mercenários está no compartimento de carga. Aproximada-
mente trinta estão fora patrulhando o navio a qualquer momen-
to. Outra coisa em favor dos jogadores é que apesar de estarem
severamente superados em número, caso aconteça uma bata-
lha, apenas um entre quatro mercs saídos do compartimento
irá vestir toda a sua armadura corporal ou pegar pentes reserva
para seus fuzis de assalto. Mas isso ainda é uma cacetada de fu-
zis. E como o Gulfstream da cena anterior, os corredores do na-
vio são apertados. Não tão ruins quanto antes, mas o suficiente
para atrapalhar o manuseio de alguns fuzis pelas esquinas. Qual-
quer um que tente usar um fuzil abaixo do convés (exceto no
compartimento de carga) recebe –1 de modificador situacional
para quaisquer testes de uso do fuzil. Claro, os mercs terão pis-
tolas automáticas. Em combate, os mercs usarão fogo em massa
e táticas de enxame para tentar separar e cercar os jogadores.
Isso pode levar a muita luta corpo-a-corpo brutal. A tripulação
do navio está desarmada e não revidará, mas ela tentará enviar
alguma forma de mensagem de emergência.
32 CENA CINCO: TRABALHO NAVAL
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Assim que os jogadores cumprirem sua missão, eles con-
tatam o Sr. Johnson, mas recebem uma mensagem automá-
tica avisando-os para obter seu pagamento de uma conta
privada da Matriz, mas nada mais.
INDO ALÉM
Os mercenários a bordo não são as únicas coisas com as
quais os jogadores precisam se preocupar. Dentro do navio,
o mestre pode decidir que parte da “carga preciosa” inclui
diversos animais exóticos, alguns Despertos. Dependendo
do animal, isso pode ter consequências interessantes para
os jogadores e os mercenários ou tripulação; especialmente
se os bichos forem soltos.
DEPURAÇÃO
Uma das maiores coisas que podem dar errado nessa cena
é os jogadores ignorarem qualquer planejamento ou prepa-
ração e acabarem mortos em um ataque direto. Ao mesmo
tempo, pode ser ruim planejar demais. Outro problema que
o mestre pode encontrar é se os jogadores acabarem tendo
que lidar com muita areia para o caminhãozinho ciberpunk
deles. Se considerarmos apenas os números, os jogadores
estão ferrados. Esses números podem acabar em favor dos
jogadores se eles forem cuidadosos, porque mobilizar e or-
ganizar esses números em um navio pode ser difícil, e se os
jogadores forem inteligentes, podem isolar grandes núme-
ros deles e removê-los da equação.
Mas independente de como eles cumpram esta incursão,
isso terá consequências. Em algum ponto durante a incur-
são, os incursores precisam reconhecer que os mercenários
a bordo do Régia pertencem à mesma unidade que servia de
guarda-costas para Um e possui fortes laços com as Tríades...
especificamente a Sociedade do Dragão Vermelho. E que os
Dragões Vermelhos têm laços com... a Wuxing. Vixe.
SOLDADOS E
ALVOS EM MOVIMENTO
MERCENÁRIO DA 58ª
BRIGADA DE BATALHA
Também chamados de “Abutres”, eles são mais conhecidos
como saqueadores, ladrões e catadores dentro da comu-
nidade mercenária. Durante uma batalha, eles costumam
arrancar qualquer coisa que um morto ou moribundo te-
nha, até mesmo matando aqueles que poderiam ser salvos.
Chamar alguém de “Cinco-Oito” é considerado um grande
insulto dentro dos círculos mercenários.
SR5
C A R F V L I CA TRU ESS
4 5 4 3 3 4 3 3 5 6
Monitores de Condição 10 / 10
Armadura 15
Limites Físico 5, Mental 5, Social 5

Perícias Armas de Arremesso 3, Armas Pesadas 3, Artilharia
4, Demolições 4, Ginástica 4, Grupo de perícias de
Atletismo 5, Grupo de perícias de Ar Livre 3, Grupo
de perícias de Armas de Fogo 6, Grupo de perícias
de Combate Corpo a Corpo 6, Grupo de perícias
de Eletrônica 5, Grupo de perícias de Furtividade
3, Intimidação 3, Percepção 3, Pilotar Veículos
Terrestres 3, Primeiros Socorros 3
Equipamentos Armadura completa [15], com-link (Nível de
Dispositivo 3), kit de sobrevivência, kit médico
(Nível de Dispositivo 3), óculos inteligentes [Nível]
4, c/ compensação de ofuscamento, visão na
penumbra, neuroconexão, visão termográfica],
microfone subvocal
Armas AK-97 [Fuzil de Assalto, Pre 5(7), VD 10F, PA –2,
SA/RJ/RC, CR —, 38(p) c/ munição regular,
pentes reserva x3, sistema de arma inteligente
externo]
Steyr TMP [Pistola Automática, Pre 4, DV 7P, AP
—, SA/RJ/RC, CR —, 30(p), munição comum,
pentes reserva x3]
Faca de sobrevivência [Lâmina, Pre 5, Alcance —,
VD 9F, PA –1]
CENA SEIS:
REIS NÃO MATAM
(E SÃO PEGOS)
“Se sou rápido, sobrevivo. Se não sou, estou perdido. Isso é a morte.”
— Sun Tzu
SACA SÓ
Finalmente aconteceu. A pancadaria está comendo em Ma-
nhattan. Incursores, oficiais de segurança corp, gangues e si-
milares (supostamente aliados ou à Wuxing ou à Prometheus)
estão se matando por toda a ilha. Daqui a doze horas, a Corte
Corporativa terá uma audiência marcada com a Prometheus
Engenharia, que apresentará provas de guerra corporativa e
atividades clandestinas cometidas pela Wuxing. Isso força a
Wuxing a encerrar dramaticamente a sua operação. Se ela
puder conseguir uma maioria simples ou participação majo-
ritária da Prometheus, seja por posse direta ou por voto por
procuração, ela poderá essencialmente absorver a empresa e
cancelar a audiência. A forma mais rápida disso é um ataque
decapitante contra o CEO e a diretoria. Usando justificativas
forjadas, a Wuxing e suas forças mercenárias abrirão fogo
contra o QG da PE no centro de Manhattan. O formato em
dupla hélice do prédio abriga o local central do controle da
empresa. Como os incursores se envolvem depende de com
quem eles se aliaram nesse ponto.
MANDA A REAL
É. É oficial. A treta tá pesada. Logo depois da incursão contra
o Vitória Régia, Manhattan jogou merda no ventilador. Parece
que vocês viraram na esquina errada e de repente pararam
em Bogotá. Suas boas-vindas estão oficialmente esgotadas,
porque, meus benzinhos, é hora de vazar. Assim que come-
çam a organizar sua viagem de volta, seu com-link apita.
Quando veem o número, vocês tentam “recusar” a chamada,
mas o comando não é aceito. Ele continua a apitar e até pa-
rece soar cada vez mais alto. Enfim vocês “aceitam”, e o rosto
CENA SEIS: REIS NÃO MATAM
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
de Um aparece. É claro que o Senhorzinho Face é quem fala.
— Estou muito contente de falar com vocês novamente. E sin-
to muitíssimo por não ter ligado antes, mas fomos chamados
para resolver certas emergências. Mas isso não importa. Sa-
bemos que andaram ocupados durante nossa ausência. Foi
um belo cruzeiro marítimo, não? — O tom dele é gélido e
calmo. Parece que sabe sobre o Régia.
— Mas não pensem que queremos vingança. Compreen-
demos que as coisas são fluidas na sua linha de trabalho. Ain-
da assim, muitos problemas foram causados. Como tanto, ofe-
recemos uma forma de restaurar nossa fé em vocês. Nossos
associados decidiram que a sutileza não serve mais aos seus
interesses em Manhattan. Nossas forças já estão avançando,
e encontramos a chave para o nosso sucesso. Obtenham esta
chave para nós, e todas as transgressões passadas serão es-
quecidas, e uma recompensa considerável será oferecida. E
não se preocupem com nossos associados da Cinco-Oito. Eles
sabem o que está em jogo e as penalidades por deslealdade.
Agora, em um ato de boa-fé, daremos uma hora para vocês
decidirem. Façam a decisão certa. — A conexão se encerra.
O que fazer, oh, diabos? Se fugirem, vão enfurecer não
só as Tríades, mas também um grupo de cruéis mercenários
e uma megacorp. Vocês pesam as opções de aceitar o traba-
lho contra a possibilidade de fuga de Nova York quando seu
‘link apita. Que ótimo, quem está ligando agora? Aceitando,
vocês veem o Sr. Johnson, o cara que contratou vocês para
explodir um jatinho particular, afundar um cargueiro, e colo-
car as Tríades e a Wuxing na cola de vocês. Qual é a próxima,
soltar uma bomba nuclear na Zurich-Orbital?
— Graças ao Espírito eu consegui falar com vocês. Estive
tentando contato há horas. Olha só, não vou medir palavras, tô
desesperado e preciso de ajuda. Em meras doze horas, a Pro-
metheus irá perante a Corte Corporativa com provas de que a
Wuxing estava envolvida em uma tomada ilegal. Em resposta,
eles foram atrás do CEO da Prometheus, Calvin Michelson, e o
cercaram no nosso QG no West Side. Nosso pessoal está con-
seguindo segurá-los, mas precisamos de alguém para extrair
Michelson e levá-lo para um local seguro e neutro. Eu quero
— eu preciso — que vocês façam isso! Posso oferecer dinheiro,
mas o mais importante, posso oferecer proteção e uma saída
segura de Nova York! Eu preciso de uma resposta, e logo —
eles não vão aguentar muito tempo lá na torre.
SE OS JOGADORES DECIDEM
SE ALIAR COM UM:
Um parece quase presunçoso quando vocês ligam de vol-
ta. — Excelente. Eu sabia que tomariam a decisão certa. Em
uma hora, um transporte chegará para levá-los para a nossa
área de preparo na Torre Prometheus. Lá vocês unirão for-
ças com a Quinquagésima-Oitava Brigada de Batalha e os
10.000 Adagas para penetrar a instalação e tomar controle
do CEO da Prometheus, Calvin Michelson. Eu deixarei que
os comandantes em atividade expliquem os detalhes assim
que vocês chegarem. Agora, para que não haja desentendi-
mento do seu papel nesta operação, vocês são responsá-
veis por capturar Michelson e assegurar sua segurança. Ele
deve ser recuperado vivo. Entendido?
SE OS JOGADORES DECIDEM
SE ALIAR COM A PROMETHEUS:
— Obrigado! Em uma hora, um transporte chegará para le-
vá-los ao encontro das nossas forças de segurança na Torre
(E SÃO PEGOS) 33
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
Prometheus. Vocês devem penetrar a instalação e extrair o
CEO da Prometheus, Michelson. Mercenários tanto da 58ª
Brigada de Batalha e dos 10.000 Adagas abriram cerco con-
tra a torre, e precisamos que vocês atravessem o cerco e
tirem Michelson de lá. Outra complicação — a comunicação
com as nossas forças de segurança na torre não está muito
boa. Eu tentarei avisar da sua chegada, mas não se surpre-
endam se receberem boas-vindas nem tão boas assim. Se
chegarem lá, avisem que Newspring enviou vocês. Assim
que o retirarem de lá, vocês precisam levá-lo para o prédio
do CDM no centro, a aproximadamente dez quilômetros de
distância. Ninguém é estúpido o bastante para atacá-los no
que é basicamente solo sagrado corporativo. Mas se apres-
sem. Precisamos de Michelson vivo.
GANCHOS
Os jogadores têm duas escolhas aqui: A primeira, seguir com
a Wuxing e as Tríades. A grana é muito melhor e elas têm
mais chances de vencer. E não ter um dos maiores sindicatos
do crime e uma megacorp atrás dos seus rabos é algo muito
bom. E não vamos esquecer dos mercenários.
Ou a segunda, seguir com a Prometheus. Talvez ela
aguente e talvez a Corte Corporativa julgue em favor dela.
Mas vocês realmente querem apostar nisso? Ainda assim,
eles podem pedir praticamente qualquer preço, que acom-
panha um cartão de “saída livre de Nova York”. A pergunta é:
Quais as chances de ganharem?
Agora que os jogadores estão no meio de tudo, e inde-
pendente de qual lado se aliem, eles terão que tomar muito
cuidado porque alguém vai ficar contra eles. É recomendado
narrar essa cena de forma caótica com a boa e velha névoa
de guerra para ajudar a confundir. Narre como um filme de
guerra, com destroços e fumaça por todos os lados. Cadáve-
res e membros por todos os cantos. Feridos a torto e a direito,
e para alguns combatentes, o choque da guerra já está tendo
efeito. Tem muita coisa rolando por toda a ilha, e tudo está
em caos. Aproveite isso. Fogo amigo é uma preocupação
real, mesmo com sistemas inteligentes modernos.
POR TRÁS DAS CENAS
A situação tática na Torre Prometheus e de toda a Manhattan
pode ser resumida em uma palavra: Fodeu. Há aproximada-
mente dez horas, a NYPD, Inc. começou a receber chamadas
sobre escaramuças armadas nas ruas. Quando os oficiais res-
ponderam, foram emboscados por diversos grupos hostis de
identidades desconhecidas. E é claro, chamadas de “Policial
abatido e policial precisa de socorro” enviaram cada membro
da NYPD — a pé — ao resgate. E então os oficiais em resposta
eram emboscados e também enviavam pedidos de socorro. A
situação aumentou até que uma enorme quantidade de poli-
ciais da ilha ficou no meio da treta. Não demorou muito para
a NYPD, Inc. ficar completamente sobrecarregada. Outros
provedores de segurança locais como a Cavaleiro Errante — e,
ironicamente, as forças de segurança da Prometheus — foram
enviados para fornecer auxílio de acordo com os termos dos
alvarás do CDM, mas não tiveram qualquer sucesso. As equi-
pes avançadas dos 10.000 Adagas fizeram um ótimo trabalho.
Com a maioria das forças de segurança de Manhattan li-
dando com hostis desconhecidos, forças das companhias
mercenárias 10.000 Adagas e 58ª Brigada de Batalha inicia-
34 CENA SEIS: REIS NÃO MATAM (E SÃO PEGOS)
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
ram um ataque conjunto contra a Torre Prometheus. Enquan-
to a 58ª fechava um perímetro ao redor da torre, equipes das
10.000 Adagas tentavam invadir a torre, mas eram impedidas
por uma defesa determinada da PE Segurança. Comandantes
da Prometheus Segurança anteciparam um ataque assim e se
prepararam, mas nunca imaginaram que a Wuxing iria tão lon-
ge a ponto de enviar mercenários em plena Manhattan. O ata-
que foi barrado, mas custou muito à Prometheus Segurança.
Há um impasse atualmente entre as duas forças. Após
sofrer baixas massivas durante o primeiro ataque, a Prome-
theus está lutando por suas vidas dentro da torre. A única
vantagem da Prometheus é seu conhecimento da torre junto
com suas posições fortificadas. Lá dentro, ela bloqueou di-
versas entradas com armadilhas para proteger o CEO Micha-
els. Mesmo que a Prometheus nominalmente ainda controle
a maior parte do edifício, as forças da Wuxing cortaram a luz
do prédio, bloquearam os helipontos nos andares superio-
res (mas os esquadrões de lá estão efetivamente presos), no
subsolo, e nos andares dois a quatro. A Prometheus sabe que
tudo o que podem fazer agora é ganhar tempo, porque qual-
quer outro ataque direto e concentrado irá sobrepujá-la.
A tática da Prometheus está funcionando, por enquan-
to. Comandantes da Cinco-Oito e dos Adagas sabem que
a Prometheus fortificou o local, mas não exatamente como
ou quanto das forças de segurança da PE restaram, e estão
atrás de métodos de entrada alternativos. Com equipes das
Adagas ocupando a NYPD e outras forças de segurança ocu-
padas em outras partes da ilha, e a Cinco-Oito enfraqueci-
da pela perda de tantas tropas no evento do Vitória Régia,
nenhum lado está animado em avançar para o moedor de
carne, especialmente com as baixas já recebidas.
Ambos os lados estão acabados e precisam de algo para
quebrar o impasse. E é aí que entram os jogadores.
SE OS JOGADORES SE ALIARAM
COM A WUXING ATRAVÉS DE UM:
Exatamente uma hora após aceitar o contrato, um tanque
APC com marcas da 58ª Brigada de Batalha chega para reco-
lher os jogadores. Diversos transeuntes se espantam com o
veículo blindado, mas logo se dispersam quando o atirador
dispara algumas vezes com a sua submetralhadora. Antes
que atraiam mais atenção, os jogadores são logo levados
até a área de ação dos 10.000 Adagas/Cinco-Oito do lado
de fora da Torre Prometheus. Nada acontece na ida, mas fica
óbvio que os jogadores estão levando olhares feios da tripu-
lação do APC. Na área de ação, os jogadores são recebidos
pelo Capitão Hassan dos 10.000 Adagas e o Capitão Chang,
sua contraparte da 58ª Brigada de Batalha. Hassan logo faz
um reporte da situação, falando sobre Chang sempre que ele
tenta falar. Está bem claro quem manda aqui, e quem não
gosta disso. O que Hassan não diz é que Chang vacilou du-
rante o ataque, e avançou antes que todos estivessem em
posição. Isso arruinou o elemento surpresa e permitiu que a
Prometheus repelisse o ataque. Agora eles estão se reagru-
pando enquanto os dois lados trocam farpas.
Hassan informa aos jogadores que o tempo não está
do lado deles, e que precisam tomar seu objetivo o quanto
antes. Boa parte dos seus magos foram mortos no ataque
inicial, ou foram enviados para outro lugar e não podem se
deslocar. Ele também informa aos jogadores que a segurança
da Prometheus entrou fundo no prédio, então ela está inal-
cançável do lado de fora. Isso limita as opções de ataque.

Agora Hassan precisa fazer isso do modo antigo, enviando
seu pessoal diretamente no moedor de carne onde o treino
especializado não significa nada. Frustrado com a situação,
ele está mais que disposto a ouvir qualquer sugestão dos jo-
gadores. Mas seja lá o que planejem, é bom executar logo,
porque Hassan estará lançando o próximo ataque dentro de
trinta minutos.
SE OS JOGADORES
SE ALIARAM À PROMETHEUS:
Uma hora depois, os jogadores recebem uma mensagem nos
seus ‘links avisando para irem para o telhado. Quando che-
gam lá, eles veem um helicóptero Hughes Stallion modifica-
do se aproximando. Era um dos veículos dentro da oficina de
Motora. Enquanto a aeronave pousa, Motora sorri e, sobre
o barulho dos motores e rotores, fala para os jogadores en-
trarem. Em segundos, eles estão a caminho da Torre Prome-
theus. Conforme se aproximam, eles têm uma ideia do que
está rolando. As janelas estão todas destruídas por balas, e
corpos podem ser vistos em cada andar. O lugar parece exa-
tamente como uma zona de guerra. Enquanto o Stallion se
aproxima do heliponto sul, avisos de ameaça soam na cabine
após o lançamento de foguetes de posições ocultas. Um de-
les atinge o Stallion perto da parte bombordo do motor, e ele
começa a vibrar violentamente. Com grande habilidade, Mo-
tora manobra o heli quase arruinado perto o suficiente para
os jogadores desembarcarem — perto e baixo o suficiente
para não precisar de teste (a não ser que o mestre queira).
Após a saída dos jogadores, Motora faz uma manobra
evasiva e some, dizendo ir pegar o outro helicóptero e que
é para ligar caso precisem dele. No heliporto, os incursores
recebem fogo de duas tropas das 10.000 Adagas em pontos
ocultos no telhado. Com pouca munição, os Adagas não in-
sistirão no ataque e irão desengajar assim que enfrentarem
qualquer resistência. Assim que os jogadores entrarem, eles
são recebidos (com armas) pela segurança da Prometheus. O
Sr. Johnson/Newspring foi capaz de enviar uma mensagem
para eles, mas nem a pau vão se arriscar.
Quando os jogadores dizem que Newspring os enviou,
os oficiais os escoltam (bem de olho) ao seu atual centro de
comando, o antigo escritório de um VP no 89º andar. Lá den-
tro, eles são apresentados ao CEO Michelson, um humano
na casa dos 70 (e bem inteirinho para a idade) e a Ten. Kayla
Butcher, agora em comando após a morte do chefe de segu-
rança no primeiro ataque. Michelson informa aos jogadores
sobre a audiência na Z-O e os planos da Wuxing de capturá-lo
e forçá-lo a usar suas ações majoritárias para acabar com a
audiência, dando a vitória à Wuxing. Para a Prometheus Enge-
nharia sobreviver, ele precisa ficar longe das mãos da Wuxing.
Sua melhor aposta é chegar ao prédio do CDM onde possa
receber santuário. Butcher dá a situação tática. Ela diz saber
que as forças inimigas estão planejando outro ataque, e eles
não poderão impedir. Seja lá o que os jogadores fizerem, pre-
cisam fazer agora.
ATACANDO EM DUAS FRENTES
Independente de qual lado os jogadores estejam, a não
ser que consigam fazer com que Hassan atrase ou altere o
plano de ataque, a ordem de batalha seguirá dessa forma:
trinta minutos após a chegada dos jogadores, os Adagas e
a 58ª lançarão seu ataque. Equipes de foguetes e mortei-
ros da Cinco-Oito irão atingir o prédio de fora, esperando
CENA SEIS: REIS NÃO MATAM (E SÃO PEGOS)
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
para que o ataque aperte os membros da Prometheus Se-
gurança dentro do prédio. Equipes de entrada dos Adagas
irão servir de ponta de lança para a invasão, atacando a
partir do quarto andar e do heliponto. Especialistas aére-
os dos Adagas usarão planadores para reforçar as equipes
aprisionadas no telhado. A partir de lá, eles avançarão para
baixo enquanto as equipes de baixo avançam para cima. A
ideia é encurralar os defensores da Prometheus e ou forçar
uma rendição ou simplesmente eliminá-los.
Ambos os lados estão dispostos a levar a batalha até o
fim, e nenhum recuará a esse ponto. A Prometheus Seguran-
ça considera a companhia como sua própria família e lutará
até a última pessoa, porque sabem que cada segundo ga-
nho os deixam mais perto da audiência e de uma possível
salvação. Similarmente, os 10.000 Adagas consideram esse
apenas mais um trabalho, mas eles ainda têm uma reputação
a manter e não desistirão por orgulho. Só que não são faná-
ticos. Já a Cinco-Oito quer sangue. Não só diversos dos seus
irmãos de guerra foram assassinados, como eles precisam se
redimir aos olhos da Tríade, ou pagarão caro pelos seus fra-
cassos. Os jogadores... eles sabem pelo que estão lutando.
O lado que os jogadores escolherem não mudará neces-
sariamente a ordem geral de batalha; eles simplesmente se-
rão inclusos no plano geral. Se estiverem com as forças da
Wuxing, Hassan os informará que ele tem certeza, mas não
absoluta, de que Michelson está em algum andar entre o 88º,
o 89º e o 90º. Ele sugere tirar vantagem da distração que
suas forças causarão e tentar atacar esses andares com tudo
e capturar Michelson. Se eles conseguirem isso, suas forças
avançarão para cobrir sua retirada caso necessário.
Se os jogadores estiverem com a Prometheus, Michelson e
Butcher informarão aos jogadores que existem duas possíveis
rotas de fuga (se os jogadores não pensarem em mais nada).
A primeira opção é o heliponto. Ainda que o local esteja con-
trolado por agentes dos Adagas, diversos dos VTOLs da com-
panhia estão intactos mesmo depois do primeiro ataque. Os
jogadores podem ir até um deles enquanto a Prometheus cria
uma distração. A treta é que os jogadores terão de abrir cami-
nho à força pelos Adagas posicionados lá. A segunda opção é
ir até um túnel de emergência que leva até o subsolo. A partir
de lá eles podem sair da área. Se os jogadores perguntarem o
motivo de ainda não terem feito isso, Michelson diz que não
permitiria após o primeiro ataque pois considerava arriscado
demais. Mas agora que os jogadores estão aqui…
Independente da forma como os jogadores tentarem cap-
turar ou extrair Michelson ou de que lado estiverem, eles terão
que lidar com combatentes determinados da Wuxing ou da
Prometheus. Se os jogadores avançarem pelo prédio, serão
forçados a enfrentar situações de combate muito próximo. Tá-
ticas de emboscada serão constantemente usadas para tentar
acabar com os jogadores, mas apenas as tropas Wuxing irão
bater em retirada. A Prometheus lutará até a morte.
Com a energia cortada, os elevadores são inúteis e suas
portas foram seladas, mas acesso através do fosso é possível.
O acesso às escadarias foi bloqueado por destroços, o sufi-
ciente para retardar de forma eficiente qualquer intruso, mas
não o bastante para bloquear acesso por completo. Em inter-
seções aleatórias nos pisos e portas de elevador, explosivos
improvisados (trate como granadas de fragmentação [VD
18(f), PA +5, Explosão –1/m)] foram posicionados e estão
preparados com fios de disparo. Jogadores precisam passar
em um Teste de Intuição + Percepção (3)/Percepção + Intui-
35
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
ção [Mental] (3) para notar os explosivos. Alguns podem ser
falsos/iscas (a encargo do mestre). Oficiais da Prometheus
em equipes de seis a oito estão posicionados nos seguintes
andares: 20º, 34º, 50º e 88º; agindo como sentinelas para
impedir ou retardar quaisquer agressores pelo máximo de
tempo que puderem. Há um total de quinze oficiais no 88º
andar protegendo Michelson, mas seis se separarão para
atacar hostis se necessário. O resto fortificará sua posição
para proteger Michelson a qualquer custo. Quando o ataque
começar, as forças da Wuxing varrerão andar por andar até
que ou encontrem Michelson ou se reúnam no meio. Nesse
ponto, eles darão início novamente à varredura, já que faltou
vasculhar algo. Os Adagas enviarão equipes de seis com re-
forços de quatro a seis outras tropas da Cinco-Oito.
No heliponto estão sete agentes dos Adagas, mas a Pro-
metheus acredita haver o dobro desse número. Quando o
ataque começar, seis outros operadores dos Adagas che-
garão planando (chegando no segundo Turno de Combate
após o início do mesmo). Se alguém tentar invadir os heli-
pontos, os Adagas tentarão engarrafá-los (presumindo que a
escadaria ou o fosso do elevador sejam usados) em uma área
pequena para matá-los ali. Se quaisquer intrusos romperem
o cerco e conseguirem chegar no heliponto, os Adagas usa-
rão táticas de atirar-e-avançar, movendo-se e atirando a par-
tir de cobertura o máximo possível. Se puderem emboscar os
intrusos, eles o farão.
Em qualquer situação, o combate será caótico e mortal.
Os jogadores serão incomodados a qualquer turno, e sempre
parecerá existir inimigos em todos os cantos.
ACERTO DE CONTAS
Em algum ponto durante o combate, os membros da 58ª
Brigada de Batalha tentarão acertar as contas com os jo-
gadores. Os detalhes exatos disso devem ser determina-
dos pelo mestre, mas provavelmente, quando os jogado-
res ou capturaram Michelson ou estiverem prestes a fugir
com ele (ou do heliponto, do túnel de fuga ou qualquer
outro meio que os jogadores desenvolveram) é que a 58ª,
liderada pelo Capitão Chang, irá agir. Se os jogadores estão
tentando escapar com Michelson, é uma simples questão
de um grupo deles aparecer para tentar acabar com os pla-
nos dos jogadores. Se os jogadores estão (supostamente)
trabalhando com a 58ª, eles são traídos. A 58ª irá assassi-
nar quaisquer 10.000 Adagas presentes a sangue frio para
acobertar suas ações. O Capitão Chang se sente pessoal-
mente insultado pelo fato de que ele deveria ter recebido
o comando dessa operação, mas as ações dos jogadores o
custaram essa oportunidade e forçaram seus superiores a
contratar os 10.000 Adagas e colocar a 58ª em um papel
de suporte. Chang acredita que, se a 58ª entregar Michel-
son, eles serão considerados heróis pela Wuxing. Durante
o combate, a 58ª não atacará a partir de uma posição fra-
ca; em vez disso, tentará emboscar e depois perseguir os
jogadores quando eles estiverem abatidos — quanto mais
feridos estiverem nesse ponto, melhor.
FIM DA LINHA
A missão acaba quando os jogadores enfim conseguem pos-
se de Michelson. Se os jogadores estão em serviço da Wu-
xing, Um estará lá para pessoalmente parabenizá-los e entre-
36 CENA SEIS: REIS NÃO MATAM (E SÃO PEGOS)
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gar o pagamento. Se os incursores contarem a Um sobre a
traição da Cinco-Oito, o grupo simplesmente agradecerá os
jogadores por seus esforços e garantirá que “vão lidar com
os Abutres”.
Se os jogadores estão em serviço da Prometheus, assim
que alcançarem o prédio do CDM, guardas altamente arma-
dos com reforços de veículos blindados sinistros oferecerão
santuário aos jogadores e eliminarão de bom grado qualquer
um que ainda esteja seguindo-os. Lá dentro, Michelson e os
jogadores serão levados a uma estação médica onde tam-
bém receberão cuidados. Após seu atendimento, os jogado-
res receberão seu pagamento e os preparos para sua viagem
de volta serão iniciados, se assim quiserem.
A Batalha de Manhattan, pelo menos para os jogadores,
acabou.
INDO ALÉM
Os jogadores já estão bem ferrados a essa altura, mas se o
mestre está sentindo aquela coceirinha sádica, pode-se justi-
ficar mais inimigos e oponentes mais poderosos. Em vez de
apenas mais mercs da 58ª e dos 10.000 Adagas ou seguran-
ça da Prometheus, talvez outras unidades mercenárias como
a MET2000 possam ser convocadas; seja o que for necessá-
rio para engrossar a névoa de guerra. Além disso, se os jo-
gadores se aliaram com a Prometheus, um mestre verdadei-
ramente sádico sempre pode mandar Um para limpar tudo.
Mas nem tudo precisa ser contra os jogadores. Se eles
os cultivaram o suficiente como contatos, tanto Orelha
Preta quanto Motora ajudarão. O nível da ajuda vai depen-
der do nível de proximidade. Orelha Preta, claro, conhece
alguém, que conhece alguém que conhece mais outro al-
guém que tem um APC irado que estava morrendo do von-
tade de testar. Similarmente, uma boa e velha luta é bem
o que Motora anda precisando, e ele ficará mais do que
contente em brincar de cavalaria com um dos seus helis.
Além disso, se os jogadores precisam seguir até o prédio
do CDM, essa é uma oportunidade perfeita para um tiroteio
em movimento.
DEPURAÇÃO
A quantidade de inimigos, seja lá qual for o lado dos jogado-
res, é impressionante. Se o mestre quisesse, ele poderia facil-
mente sobrepujar os jogadores a qualquer momento e tornar
a incursão taticamente impossível. O esquema aqui é evitar
essa armadilha e dar aos incursores uma chance em qualquer
situação, ainda que pequena. Nada mata um jogo tão rápido
quanto os jogadores acharem que estão nos trilhos. Tirando
isso, é hora de os jogadores simplesmente terem sucesso ou
fracassarem.
PONTOS DE INTERESSE
TORRE PROMETHEUS
Localizada na parte oeste de Manhattan, a “torre espiral” é
famosa mundialmente como o quartel-general da Prome-
theus Engenharia. Consistindo em cem andares, a torre é fei-
ta de diversos materiais de ponta e é um dos prédios mais
 >> BATALHA DE MANHATTAN <<

estruturalmente estáveis e fortes do mundo, graças aos ma- SR5

teriais de construção patenteados da Prometheus [níveis de C A R F V L I CA M ESS
Armadura/Estrutura: 32/20]. Esses materiais permitem que a
5 5 4 (5) 4 (5) 4 3 3 4 6 3.8
torre aguente a maioria dos desastres naturais conhecidos, e
pode aguentar a maioria dos sistemas de armas modernos. Iniciativa 7 (8) + 2D6
Uma frota de veículos completa fica no estacionamento do Monitores de Condição 11 / 10
subsolo, enquanto o terraço possui quatro helipontos que Armadura 18 (19)
podem acomodar a maior aeronave VTOL conhecida. Os pri- Limites Físico 6 (7), Mental 5, Social 6
meiros vinte e quatro andares contêm os escritórios adminis- Perícias Automáticas 7(8), Esgueirar 6, Ginástica 5, Grupo de
trativos da companhia, enquanto os andares vigésimo sexto perícias de Atletismo 4(6), Grupo de perícias de Corpo
a Corpo 5(6), Negociação 3, Pilotar Veículos Terrestres
ao octogésimo quinto abrigam as instalações de pesquisa e 4, Pistolas 6(7)
desenvolvimento. Os últimos quinze andares estão reserva- Poderes de Adepto Habilidade Melhorada: Automáticas (1), Precisão
dos para os membros executivos da diretoria. A manutenção Melhorada: Automáticas, Precisão Melhorada:
está distribuída por todos esses andares, usando o segundo e Psitolas, Reflexos Melhorados (1), Sentido de Combate
(1), Sentido Melhorado (visão na penumbra)
de dez em dez andares seguintes até o octogésimo segundo
Ampliações Fábrica de plaquetas, Gravador de reflexos (armas de
para conter o equipamento e os sistemas necessários para fogo), Revestimento ósseo (betaware), Sintacárdio 2,
manter o prédio operacional. Substituição muscular 1
Equipamentos armadura completa (c/ Proteção Química 4, Não
SOLDADOS E Condutividade 4), capacete/monóculo (c/ conexão de
imagens, neuroconexão, ampliação de visão), com-link
ALVOS EM MOVIMENTO (Nível de Dispositivo 4)
Armas FN HAR [Fuzil de Assalto, Pre 5(7), VD 10F, PA –2, SA/RJ/
RC, 35(c) c/ munição comum, 3 pentes reserva]
Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(8) VD 8F, PA –1,
OFICIAL DE RAE DA SA, CR —, 15(c) munição comum, 3 pentes reserva]
PROMETHEUS ENGENHARIA Faca de Sobrevivência [Lâmina, Pre 5, Alcance —, VD
9F, PA –1]
Ataque Desarmado [VD 6F, Alcance —]
SR5
C A R F V L I CA ESS CONSEQUÊNCIAS
4 4 4 (7) 3 3 3 3 3 5.4
Iniciativa 8 (11) + 1D6 A Batalha de Manhattan, como a mídia intitulou, se encerrou
Monitores de Condição 10 / 10 trinta e quatro horas após seu início, quando o Exército dos
Armadura 18 EUCA avançou em Manhattan para restaurar a ordem. Ape-
Limites Físico 5 (6), Mental 4, Social 5 sar da ação militar ter sido rápida, as consequências políti-
Perícias Conhecimento profissional: Procedimentos de cas continuaram por algum tempo enquanto o governo dos
Segurança 5, Demolições 4, Grupo de perícias de EUCA e o CDM (que por padrão fala por todos os interesses
Armas de Fogo 8, Grupo de perícias de Combate corporativos) se enfrentavam por direitos de soberania. O
Copo a Corpo 7, Percepção 5
CDM alegou que os EUCA não tinham direito de interferir e
Ampliações Melhorias de reação 3
chamaram sua ação de nada além do que uma invasão opor-
Equipamento armadura completa c/ capacete [18], com-link (Nível tunista e uma clara violação de tratados e acordos prévios.
de Dispositivo 5), óculos de proteção [Nível 6, c/
câmera, compensação de ofuscamento, conexão Os EUCA acusaram o CDM de permitir uma guerra aberta,
de imagens, visão na penumbra, visão termográfica, forçando a mobilização do Exército para restaurar a ordem
neuroconexão] e proteger a segurança do território dos EUCA no resto de
Armas Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(7) VD 8F, PA Nova York. No fim das contas, os subornos apropriados fo-
–1, SA, CR —, 15(p), c/ 3 pentes reserva]
Enfield AS-7 [Escopeta, Pre 4(6), VD 13F, PA –1, SA/ ram entregues e tudo voltou ao normal... quase tudo.
RJ, CR 1, 24(p) c/ munição comum, um tambor A ilha em si sofreu danos significativos em diversos lo-
reserva, sistema de arma inteligente] cais. Mercenários dos 10.000 Adagas avacalharam forte com
Bastão de Choque [Bastão, Pre 4, Alcance 1, VD
9A(e), PA –5] as forças de segurança locais, e não demorou muito para os
Granadas de fragmentação (x4) [VD 18(f), PA +5, oficiais frustrados começarem a descontar em tudo o que
Explosão –1/m] podiam. Ironicamente, a maior parte do dano à infraestrutura
da ilha foi causada por aqueles tentando defendê-la. Diver-
MERCENÁRIO DOS 10.000 ADAGAS sas companhias e outras corporações já estão fazendo fila
para processar a NYPD, Inc. por pura incompetência.
(NÍVEL PROFISSIONAL 4) A audiência na Zurich-Orbital seguiu como planejado, com
Uma das maiores companhias mercenárias do mundo, ela o CEO da Prometheus Calvin Michelson fazendo um apelo
se especializa em operações especiais e guerrilha não-con- muito caloroso aos juízes da Corte Corporativa. Apesar disso,
vencional em qualquer ambiente. Há uma boa quantidade a corte não seguiu exatamente em favor da Prometheus.
de magos e adeptos nas fileiras dos 10.000 Adagas, e eles Durante a audiência, a Wuxing usou a jogada de “a me-
possuem um grupo especialista, a Irmandade da Crescente, lhor defesa é um bom ataque” ao fazer uma reconvenção
composta exclusivamente de indivíduos Despertos. contra a Prometheus. Ela alegou que a Prometheus volun-

CONSEQUÊNCIAs 37
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
>> BATALHA DE MANHATTAN <<
tariamente se envolveu em atos propositais de sabotagem,
sequestro e homicídio contra a Wuxing. Ela acusa que um
funcionário da Prometheus, Hal Newspring, conspirou em
nome da Prometheus para contratar indivíduos específicos
para destruir uma aeronave de posse da Wuxing (matando
todos a bordo) e um cargueiro com milhões de neoienes em
carga, também matando muitos a bordo. A Wuxing também
disse que estava levantando acusações de homicídio contra
a Prometheus em nome da unidade mercenária 58ª Briga-
da de Batalha, que eram passageiros da nau contratada pela
Wuxing. Para apoiar suas alegações, representantes da Wu-
xing apresentaram confissões em vídeo de Hal Newspring,
que aparentemente havia “se entregado para a Wuxing” por
culpa do que havia feito.
A Prometheus protestou, mas não serviu muito. A Corte
decidiu, por uma margem apertadíssima, que com as pro-
vas apresentadas e acusações levantadas pela Wuxing, seria
conduzida uma investigação independente antes de chegar
a uma decisão final sobre o assunto. Não foi a vingança que a
Prometheus queria, mas pelo menos ela não se ferrou nessa.
E enquanto todo mundo, incluindo a Prometheus, se dis-
traía com toda a briguinha de testosterona do CDM/EUCA
sobre a soberania territorial, a NYPD, Inc. lutando para tentar
retirar os processos contra a organização (a maioria pagando,
e muito), e o drama que estava rolando na Corte Corporati-
va, ninguém prestou atenção no mercado de ações. Apesar
de a Batalha de Manhattan no fim das contas ter sido um
impasse tático para ambos os lados, todo o esforço teve um
efeito decadente nas ações da Prometheus. Graças ao dano
sofrido pela Prometheus e o drama contínuo entre ela e a
Wuxing, muitos acionistas sentiram que não tinha jeito de a
companhia se recuperar. Para aumentar o problema, foram
plantados rumores sobre dados de pesquisa perdidos e la-
boratórios destruídos. Isso foi o suficiente para as ações da
Prometheus despencarem. Ao longo de vários dias, a Wuxing
silenciosamente foi adquirindo ações da Prometheus através
de diversas empresas de fachada e tomou o controle total. A
Prometheus Engenharia agora era da Wuxing, e todas as acu-
sações e reconvenções foram retiradas. Quando tudo estava
acabado, a Wuxing levou cerca de dois meses a mais do que
o planejado para adquirir a Prometheus Engenharia e conse-
guir um lugar na diretoria do CDM.
PREMIANDO CARMA
O Carma representa a recompensa do universo para o traba-
lho duro e bem-feito. No fim de uma aventura de Shadowrun,
premia-se Carma para cada personagem pelo seu papel nela.
Só sobreviver já é algo merecedor de Carma, e alcançar obje-
tivos específicos é merecedor de ainda mais. É raro que qual-
quer personagem jogador consiga todos os pontos disponí-
veis de Carma. Também é possível perder Carma.
O melhor recurso para assegurar que os pontos de Carma
sejam premiados de forma justa e precisa são anotações que
o mestre faz ao longo da aventura, sobre o desempenho dos
personagens jogadores.
Em A Batalha de Manhattan, também se recompensa Carma
bônus para cada contato local genuíno que os personagens
jogadores desenvolveram durante a aventura. Os mestres não
38 PREMIANDO CARMA
Produto destinado a Mauricio Machado Gonzaga E-mail: mauricio.gonzaga@gmail.com
precisam compartilhar isso — nem qualquer outro requisito de
Carma — com seus jogadores. Jogar a aventura conforme apre-
sentada, sem informar aos jogadores quais ações resultarão em
premiação ou desconto de Carma, impede que os jogadores
fiquem duvidando de si mesmos (e do mestre) durante o jogo.
Isso cria uma experiência de jogo mais proveitosa.
Não tenha receio de premiar pontos de Notoriedade aos
jogadores. Isso pode seguir os personagens jogadores desde
Manhattan até sua casa. Pontos de Notoriedade são ganhos
através de coisas como falhar em honrar uma dívida (1), trair
um Sr. Johnson (1), ser pego revendendo dados pertinentes
à incursão (1) ou falhar em fazer precisamente o que o Sr.
Johnson pediu (1).
CARMA DE EQUIPE
• Conseguir convencer a Sociedade do Grande Círculo
a reconhecer a Sociedade do Dragão Vermelho: 1
• Conseguir recuperar as plantas do arquivo: 1
• Usar furtividade, lábia ou negociação para evitar com-
bate: 1
• Evitar combate desnecessário nos Arquivos: 1
• Fazer pelo menos um contato permanente na missão: 1
• Agir de forma profissional e impressionar o Sr.
Johnson: 1
• Pensar fora da caixa ou fazer algo fora da sua zona de
conforto: 1
• Adaptar-se a Manhattan com sucesso: 1
• Evitar dano colateral desnecessário/excessivo: 1
• Conseguir resolver problemas sem depender excessi-
vamente de contatos: 1
CARMA BÔNUS
• Carma Bônus: 1 por cada contato ganho
CARMA INDIVIDUAL
• Recompensa de Situação: 1
• Sobreviver: 3
COLETA DE DADOS
PREMIANDO CONTATOS
Muitos contatos apresentados em A Batalha de Manhattan são
específicos da região de Nova York. Entretanto, se os jogadores
e o mestre gostarem do cenário e quiserem ambientar sua cam-
panha em Manhattan/Nova York, os contatos feitos podem se
provar valiosos e ser usados nessa campanha. O resultado da
Batalha de Manhattan determinará como a Wuxing e as Tríades
lidarão com os incursores em encontros futuros (querer matar
os jogadores, por exemplo, pode dificultar contatos futuros).
COLETA DE DADOS
Conforme os incursores avançam pela aventura, eles terão
inúmeras oportunidades para fazer pesquisas. Essa seção
oferece resultados para coletas de dados que os incursores
 >> BATALHA DE MANHATTAN <<

possam tentar. A pesquisa pode envolver a Matriz, checa- Exemplos de Contatos: Especialistas em Manhattan, Espe-
gem com contatos, ou qualquer outro método que a equipe cialistas em Tríades, Especialistas na Wuxing.
incursora pensar.
Note que algumas informações são melhor apresentadas Contato Busca na Matriz Resultado
aos jogadores como documentos impressos (que podem ser en- 0 0 “Dois, três, quatro, cinco?”
contrados no fim do livro). Você pode oferecer outros documen- 2 4 “Eles são parte de um dos grupos
tos impressos para a equipe incursora antes de iniciar o jogo, ou graúdos das Tríades, a Sociedade do
dar a informação aos personagens jogadores só depois de terem Dragão Vermelho. Figurões de Hong
pesquisado o tópico. Algumas informações talvez sejam mais Kong.”
eficientes se apresentadas ao longo de cenas relevantes.
4 5 “Quando os Dragões Vermelhos têm
um problema especial, geralmente
CONTATOS mandam Um para lidar com ele.”
Os incursores das sombras, e, por consequência, seus con- 6 8 “Ouvi falar que Um também serve
tatos regulares, podem não ser familiares com Manhattan como os quebra-galhos pessoais do
ou Nova York. Aplique um modificador de limiar de +2 para Lung em pessoa.”
qualquer rolagem que um contato regular faça sobre infor- 7+ 12+ “Um é um adepto, bem poderoso.
mações de fora do seu campo. Um atravessador de Seattle, O outro é um mago, também bem
por exemplo, pode ter dificuldades em encontrar informa- poderoso, ambos pelo menos de nível
ções sobre As Maravilhas de Al-Hazad; um contato local, médio. O terceiro membro da equipe
especialmente um contrabandista ou pirata, pode ser mais é uma troll tecnomante. Ela também
apropriado. Se os jogadores estão buscando informações de mantém funcionando a rede-tática
um contato com a perícia de Conhecimento relevante, role que eles usam. Parece mais que
para o contato: o número de sucessos determina a quantida- eles têm um esquema de mente de
de de informação que o contato sabe. Claro que um contato colmeia e tal.”
pode decidir não compartilhar tudo o que sabe com o perso-
nagem jogador — dependendo de quanto neoiene os perso- ILHA DE MANHATTAN
nagens estão dispostos a investir. Por outro lado, um contato
Devastada por um terremoto em 2005, ela agora é uma ilha
pode perguntar por aí em nome dos personagens jogadores.
corporativamente controlada e operada.
Para fazer isso, role o Nível de Conexão + Carisma do conta-
Exemplos de Contatos: Cartógrafos, Geógrafos, Especialis-
to. Trate isso como um Teste Prolongado com intervalos de
tas em Manhattan
uma hora. Some os sucessos cumulativos para determinar o
quanto de informação relevante/útil ele ou ela é capaz de
Contato Busca na Matriz Resultado
obter desses contatos secundários. Depois de determinar os
0 0 “Não tem um time famoso de
sucessos restantes obtidos por qualquer contato, consulte a
esportes?”
Tabela de Contatos abaixo.
2 3 “As corps são donas da porra toda.
Elas fazem a lei por lá. Precisa
VASCULHANDO A MATRIZ de um passe só para entrar. Elas
Personagens jogadores podem decidir buscar informação transformaram o lugar numa das
por conta própria ao vasculhar os diversos paraísos de da- zonas de segurança mais restritas
dos e despejos informativos pela Matriz. Nesse caso, faça do mundo. Seu RAP precisa estar
o personagem jogador realizar um Teste Prolongado de ativado, ou o rapa vai bater um papo
Computador + Lógica [Mental]. O jogador só poderá rolar 6 com vocês.”
testes no total. Após isso, qualquer dado não recuperado é 3 4 “Áreas diferentes têm níveis
simplesmente obscuro demais ou muito bem oculto na Ma- diferentes; se o seu passe não for
triz para o jogador encontrá-lo. Nem tudo está disponível autorizado para o nível, você leva uma
na Matriz. Mestres podem decidir quais dados estão razoa- advertência. É bom obedecer, senão
velmente disponíveis na Matriz, quais dados só podem ser os policiais vão ter um papo bem pior
encontrados em centrais protegidas, e quais dados simples- com você.”
mente não estão disponíveis. 4 5 “Apesar do que as corps gostariam,
as sombras ainda estão bem ativas
TABELAS DE COLETA DE em Nova York e Manhattan. É preciso
DADOS ser esperto, ter um bom passe e
licenças falsas, mas é possível
UM trabalhar lá. Apesar de a maior parte
Sendo um grupo de quebra-galhos, Um foi enviado pelas do talento não ficar por muito tempo e
Tríades, em nome da Wuxing, para preparar o terreno para a ser de fora da cidade.”
tomada da Prometheus Engenharia pela Wuxing.

COLETA DE DADOS 39
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>> BATALHA DE MANHATTAN <<
ORELHA PRETA
Exemplos de Contatos: Fusores da Costa Leste, Aplicação da
Lei de Manhattan, Incursores das Sombras de Manhattan,
Contrabandistas
Contato Busca na Matriz Resultado
0 0 “Conheço muita gente fedida, mas
nunca uma que usasse a falta de
higiene no nome.”
2 4 “Taxista que trabalha em Nova York.
Ele conhece muita gente na sua linha
de trabalho.”
3 5 “Conhece uma galera e faz coisa
pra caramba. Se ele não conseguir
o que quer, ou não conhecer alguém,
ele sabe de alguém que consegue e
conhece. Dirige um táxi grandão.”
4 6 “Orelha Preta é um atravessador
bem conhecido, usa seu táxi como
fachada para conhecer gente nova.
Cara maneiro, nunca ferrou ninguém.
Nunca conta nada para ninguém,
mas ele conecta as pessoas que
contam.”
5 7 “Orelha Preta já foi um incursor das
sombras, mas tirou a sorte grande
depois de ajudar um Mafioso local um
tempão atrás. Agora ele fica dirigindo
seu táxi, mas está cabeado com toda
a cidade. As pessoas gostam dele e o
respeitam porque ele ajuda a galera, e
nunca deda ninguém. Até os policiais
o deixam agir.”
PROMETHEUS ENGENHARIA
Exemplos de Contatos: Especialistas Corporativos, especialis-
tas em Manhattan
Contato Busca na Matriz Resultado
0 0 “Não é aquele sistema operacional
novo que sai ano que vem?”
2 2 “Uma corp AA que fica em
Manhattan. Faz bastante pesquisa
sobre engenharia estrutural. Também
tem uma cadeira na diretoria do
CDM.”
3 3 “Ajudou a reconstruir metade de
Manhattan desde o terremoto de
2005. Tem muitos laços locais e
aliados aqui. Ela pode não ser AAA,
mas sempre sai com os figurões.”
4 6 “Diz a lenda que alguém vai tentar
uma tomada hostil, e muitos dos
mandachuvas estão nervosos de
verdade.”
40 ELENCO DAS SOMBRAS
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ELENCO DAS
SOMBRAS
ORELHA PRETA
O ork taxista foi figurinha carimbada na cena incursora de
Nova York durante anos. Ninguém sabe de onde veio, mas
diz a lenda que ele começou a dirigir táxis aos quinze anos
com uma licença falsa. No início dos anos sessenta, Orelha
Preta salvou a vida de um capo da Máfia durante uma tenta-
tiva de assassinato por vingança, e em troca foi apresentado
a uma clientela mais seleta. Então Orelha Preta começou a
discretamente transportar todo mundo, desde VIPs corpora-
tivos até diversos tipinhos criminosos e celebridades queren-
do ficar fora de vista. Entre os trabalhos, ele já atuou como
fusor, fazendo valer seu ótimo conhecimento geográfico de
Nova York. Cinco anos atrás, Orelha Preta “semi-aposentou-
-se” como incursor, tornando-se um respeitado atravessador
que usa sua enorme rede de aliados e contatos para conse-
guir o que ele ou seus amigos precisem. Orelha Preta tem um
jeito doido de fazer negócios. Em vez de oferecer informação
direta (não é um cara dedo-duro), ele vai dar uma enrolada e
contar histórias que contenham a informação necessária. E
se Orelha Preta não tem uma história apropriada, ele sempre
conhece alguém que conhece alguém, que está procurando
por tal parada... você entende o negócio. Orelha Preta opera
como mediador e sempre se lembra do que as pessoas pre-
cisam ou querem, e então casualmente menciona para a pes-
soa certa que conhece um cara que precisa de uma parada.
SR5
C A R F V L I CA TRU ESS
6 4 5 (7) 5 3 5 4 5 6 3.7
Iniciativa 9 (11) + 3D6
Monitores de Condição 11 / 10
Armadura 9
Limites Físico 7 (8), Mental 6, Social 6
Perícias Armas de Cano Longo 3, Artilharia 4, Automáticas 3,
Chaveiro 2, Computador 3, Conhecimento de Rua:
Nova York 10, Corrida 2, Escalar 2 (não ginástica),
Espalmar 3, Falsificação 2, Grupo de perícias de
Combate Corpo a Corpo, Grupo de perícias de
Influência 5, Grupo de perícia de Quebra de Dados
3, Grupo de perícias de Eletrônica 4, Infiltração
4, Mecânica Automotiva 4, Navegação 4 (Urbana
+2),Natação 2, Percepção 6, Pilotar Veículos Exóti-
cos: Baleia 8, Pilotar Veículos Terrestres 7, Pistolas
4, Primeiros Socorros 2, Rastrear 4 (Veículo +2)
Ampliações Conector de dados, Fuso de controle 2, melhorias
de reação 2
Veículos “Baleia”
Equipamentos Colete blindado [9], com-link (Nível de Dispositivo
6), kit médico (Nível 4)
Armas Ruger Super Warhawk [Pistola Pesada, Pre 5, VD
9F, PA –2, TS, CR —, 6(ci)]
BALEIA (VEÍCULO)
Uma mistura personalizada de peças de veículos, a Baleia
tem transportado pessoas por anos. O veículo é tão único
quanto seu dono, e as histórias de onde a Baleia veio mu-
daram muitas vezes. Uns dizem que é um teste de um novo
 >> BATALHA DE MANHATTAN <<

transporte blindado para VIPs, outros dizem que foi proje-

tada por um engenheiro automotivo que gastou uma fortu-
na em custos de pesquisa e desenvolvimento só para irritar
seus chefes. Tudo o que Orelha Preta diz é que “conseguiu
de um parceiro lá por Detroit.” Uma combinação de furgão e
limusine, a Baleia não é lá muito rápida, mas com seu siste-
ma de direção cabeada controlando a suspensão de volante
independente, ela consegue virar esquinas e costurar pelo
tráfego congestionado com facilidade. Um chassi reforçado
e laterais blindadas mantêm a Baleia segura nos momentos
em que os negócios não são muito amigáveis.

SR5
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS ASSENTOS
0 15/25 120 4 40 20 4 6
Melhorias/Acessórios
Fusoconexão

“UM”
Originados da Sociedade do Dragão Vermelho de Hong Kong,
Um é um grupo diverso de quebra-galhos da Tríade especia-
lista em trabalhar nos bastidores. Eles são uma das ferramen-
tas preferidas do grande dragão Lung, apesar de oficialmente
serem membros da Tríade em vez dos seus tenentes indepen-
dentes. Seja qual for o caso, quando Um entra na cena, aque-
les que estão por dentro podem ver a vontade de Lung sen-
do feita. Mesmo tendo três membros, eles se esforçam para
sempre agir em união. Seu nome deriva da numerologia de
“Certeza”, e eles fazem esse ideal valer ao máximo. A equipe
está sempre unida através de uma rede-tática personalizada
nos seus com-links para facilitar a comunicação entre si.

WILLIAM XIAN
ADEPTO HUMANO
Na primeira impressão, William Xian parece com qualquer
outro gângster estereotipado da Tríade. Isso é proposital
para esconder sua natureza Desperta. Nascido em Hong
Kong e abandonado pelos pais, Xian aprendeu a se defen-
der quando era muito novo. Durante essa juventude, ele
aprendeu que as palavras certas podem ser tão poderosas
quanto seus punhos. Quando os poderes de adepto se ma-
nifestaram aos treze anos, Xian os usou para ampliar esta
ideia. Ao longo dos anos ele se tornou uma das principais
faces da Sociedade do Dragão Vermelho e o líder de facto
de Um. No campo, Xian age como a voz de Um e responde-
rá qualquer pergunta, mesmo se for dirigida tanto a Zarah
quanto ao Mestre Wu. Em combate, ele é impiedosamen-
te eficiente e costuma trocar de táticas para confundir seus
inimigos. Muitos subestimam o aparente gentil e racional
Xian, apenas para se tornarem vítimas dele.

SR5
C A R F V L I CA M TRU ESS
5 5 5 (7) 4 5 4 4 6 8 6 6
Iniciativa 9 (11) + 3D6
Monitores de 11 / 11
Condição
Armadura 8

ELENCO DAS SOMBRAS 41

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>> BATALHA DE MANHATTAN <<

Limites Físico 6 (8), Mental 6, Social 7 (8)
Perícias Armas de Arremesso 5, Artilharia 3, Computador 3,
Demolições 3, Grupo de perícias de Armas de Fogo 8,
Grupo de perícias de Atletismo 5, Grupo de perícias
de Combate Corpo a Corpo, Grupo de perícias de
Furtividade 6, Grupo de perícias de Influência 7,
Intimidação 7, Percepção 5, Pilotar Embarcações 2,
Pilotar Veículos Terrestres 3, Primeiros Socorros 3
Classe de Iniciado 2
Metamágica Centragem de adepto, mascarar
Poderes de Adepto Cinésica (2), Comando, Controle Vocal (2), Golpe
Crítico (1), Mãos Letais, Percepção Ampliada (1),
Potencial Melhorado: Físico (1), Potencial Melhorado:
Social (1), Reflexos Melhorados (2), Sentido de
Combate (1), Voz de Comando
Equipamentos com-link (Nível de Dispositivo 5), fones de ouvido
[Nível 3, c/ melhoria de áudio 1, reconhecedor
espacial], lentes de contato [Nível 3, c/ conexão de
imagens, visão termográfica, ultrassom], roupas de
Executivo Actioneer [8]
Armas HK 227 [Submetralhadora, Pre 5(7), 7F, PA –4, SA/
RJ/RC, CR 1, 28(p), c/ munição penetrante de
armadura, pentes reserva x2]
Lâmina curta Cougar Fine [Lâmina, VD 6F, PA –1]
Qualidades Endurecimento Natural, Hackear Intuitivo, Memória
Fotográfica, Programadora Rápida
Persona Viva Ataque 4, Datagrama 6, Firewall 6, Nível de
Dispositivo 6, Subversão 6
Formas Complexas Boato, Bomba de Estática, Difusão de Subversão,
Editor, Ferrão de Ressonância, Grade Transcendental,
Infusão de Subversão, Limpador, Titereiro, Véu
Estático, Véu de Ressonância
Equipamentos fones de ouvido [Nível 3, c/ melhoria de áudio 3],
jaqueta blindada [12], óculos [Nível 4, c/ conexão de
imagens, neuroconexão, ultrassom, ampliação de
visão]
Armas Browning Ultra Power [Pistola Pesada, Pre 5(6) VD 8F,
PA –5, SA, CR —, 10(p) c/ munição penetrante de
armadura, pentes reserva x2]

ZARAH, TROLL MULHER

TECNOMANTE
Uma troll africana de pele escura que é a epítome da políti-
ca da Tríade de prezar a competência acima de tudo. Origi-
nária da Cidade do Cabo, ela passou por sua transformação
aos oito anos de idade. Zarah chamou a atenção das Tríades
quando embarcou clandestinamente em um dos seus car-
gueiros, atraída pelos sinais de comunicação. Zarah foi qua-
se morta por causa disso, mas quando o capitão da Tríade
descobriu que ela era uma ás técnica, ele a ofereceu uma
escolha: trabalhar para eles ou ser jogada no mar. Ela serviu
fielmente desde então. Uma tecnomante de perícia consi-
derável, ela conseguiu chamar a atenção de ninguém me-
nos do que o grande dragão Lung. Dentre suas outras tare-
fas, Zarah é responsável por manter a rede-tática da equipe
e as comunicações instantâneas necessárias para sua apa-
rente mente de colmeia funcionar. Apesar do seu tamanho
e meta-tipo, Zarah odeia combate direto e geralmente usará
drones ou tentará evitá-lo como um todo.

SR5
C A R F V L I CA RES TRU ESS
7 3 3 6 4 6 6 4 6 4 6
Iniciativa 9 + 1D6
Iniciativa da 12 + 3D6
Matriz
Monitores de 12 / 10
Condição
Armadura 12
Limites Físico 7, Mental 8, Social 7
Perícias Ativas Artilharia 4, Automáticas 3, Bastões 2, Combate
Desarmado 3, Etiqueta 3, Ginástica 4, Grupo de
perícias de Armas de Fogo 3, Grupo de perícias de
Atletismo 3, Grupo de perícias de Eletrônica 4, Grupo
de perícias de Quebra de Dados 5, Grupo de perícias
de Tarefa 5, Infiltração 4, Intimidação 3, Negociação
3, Percepção 4, Pilotar Embarcações 3, Pilotar
Veículos Terrestres 4, Pistolas 3, Trapaça 3

42 ELENCO DAS SOMBRAS

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SIKORSKY-BELL MICROSKIMMER (2)* Equipamentos Colete blindado [9], com-link (Nível de Dispositivo
SR5 5), foco de poder (Poder 2), lentes de contato
inteligentes [Nível 3, c/ conexão de imagens,
MANEJO ACEL VELOCIDADE PILOTO CORPO ARM SENS
neuroconexão, visão termográfica]
+1 2/10 10 3 0 2 2 Armas Browning Ultra Power [Pistola Pesada, Pre 5(6) VD
Melhorias/Acessórios 8F, PA –1, SA, CR —, 10(p) c/ 2 pentes reserva de
Suportes de armas, melhorias de software munição comum]
Programas
Clarovisão 3, (S-B Microskimmer) Evasão 3, (S-B Microskimmer)
Furtividade 4, Guerra Eletrônica 1, (Submetralhadora) Mira 3, (S-B
Microskimmer) Manobra 3
Armas
HK 227 [Submetralhadora, Pre 5(7), 7F, PA –4, SA/RJ/RC, CR (1), 28(p), c/
munição comum, sistema de arma inteligente]
*Possui acesso a diversos outros drones, estes são
apenas os mais comuns.

MESTRE WU, ELFO MAGO

Ancestral, poderoso, elegante, sábio; são essas as impres-
sões que o Mestre Wu cultiva. Resta ver se isso é verdade ou
não. Parecendo velho e ancestral até mesmo para um elfo,
Mestre Wu não fala muito sobre seu passado — na verdade,
ele mal fala, exceto com Xian e Zarah. E mesmo assim, ge-
ralmente é através da sua rede-tática. Durante qualquer tipo
de interação, Mestre Wu paga de silencioso, misterioso e
místico; muitas vezes acariciando sua barba Fu-Manchu, pa-
recendo pensativo, e usando sua magia em diversas formas
para aumentar a impressão que deseja fazer. Ele geralmente
estalará eletricidade entre seus dedos, brincará com bolas
de fogo nas mãos, ou simplesmente fará seus olhos brilha-
rem com uma cor sobrenatural. Todas essas atitudes são
projetadas para intimidar seus oponentes. E apesar de Wu
ser todo exibido, ele tem a habilidade mágica para provar a
imagem que projeta.

SR5
C A R F V L I CA M TRU ESS
5 5 5 3 6 4 4 5 8 5 6
Iniciativa 9 + 1D6
Iniciativa Astral 8 + 2D6
Monitores de 12 / 10
Condição
Armadura 9
Limites Físico 6, Mental 6, Social 8
Perícias Ativas Combate Astral 7, Corrida 4, Escalar 2, Ginástica
3, Grupo de perícias de Armas de Fogo 3, Grupo
de perícias de Combate Corpo a Corpo, Grupo de
perícias de Convocação 7, Grupo de perícias de
Feitiçaria 7, Grupo de perícias de Furtividade, Grupo
de perícias de Influência, Intimidação 5, Natação 3,
Percepção 5, Pilotar Embarcações 1, Pilotar Veículos
Terrestres 1, Primeiros Socorros 2, Sentido Astral 6
Metamágica Blindagem, centragem
Feitiços Armadura, Aumentar Reflexos, Barreira Física,
Confusão, Cura, Detectar Inimigos, Detectar Magia,
Detectar Vida, Esfera de Força, Esfera de Mana,
Esfera de Relâmpago, Estilhaçar, Invisibilidade
Melhorada, Jato de Ácido, Lança-Chamas, Levitação,
Raio de Força, Raio de Mana, Relâmpago, Sentido de
Combate, Soco

ELENCO DAS SOMBRAS 43

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COMBATENTES GENÉRICOS HACKER/TECNAUTA

DE COMBATE GENÉRICO
MAGO DE COMBATE GENÉRICO SR5
C A R F V L I CA TRU ESS
SR5
C A R F V L I CA M TRU ESS 3 4 4 3 4 4 (5) 4 (5) 3 5 5.2

5 5 5 3 6 4 4 5 6 4 6 Iniciativa 8 + 1D6
Iniciativa da Matriz 9 + 3D6/4D6 (Sim Fechado/Aberto)
Iniciativa 9 + 1D6
Monitores de 10 / 10
Iniciativa Astral 8 + 2D6 Condição
Monitores de 11 / 11 Armadura 15
Condição
Limites Físico 5, Mental 6 (7), Social 6
Armadura 15
Perícias Ativas Combate Desarmado 3, Ginástica 4, Grupo de
Perícias Ativas Combate Astral 6, Computador 3, Corrida 4, Escalar perícias de Armas de Fogo 4, Grupo de perícias
2, Ginástica 3, Grupo de perícia de Armas de Fogo de Eletrônica 6, Grupo de perícia de Influência
3, Grupo de perícias de Combate Corpo a Corpo 4, Grupo de perícias de Quebra de Dados 7,
3, Grupo de perícias de Convocação 6, Grupo Intimidação 2, Percepção 6, Primeiros Socorros 3
de perícias de Feitiçaria 6, Grupo de perícias de
Influência 3, Intimidação 5, Natação 3, Percepção 5, Ampliações amplificador cerebral 1, ciber-olhos (Nível 2,
Pilotar Embarcações 1, Pilotar Veículos Terrestres 1, c/ visão na penumbra, neuroconexão, visão
Primeiros Socorros 2, Sentido Astral 6 termográfica], com-link (Nível de Dispositivo 5),
conector de dados
Feitiços Armadura, Aumentar Reflexos, Barreira Física, Caos,
Confusão, Controlar Ações, Cura, Dedos Mágicos, Equipamentos Armadura completa, Ciberdeck Novatetch
Detectar Inimigos, Detectar Magia, Detectar Navegador ciberdeck (Nível de Dispositivo 3, Atr
Vida, Esfera de Força, Esfera de Mana, Esfera de 6 5 4 3, Programa 3), Erica Elite com-link (Nível de
Relâmpago, Estilhaçar, Invisibilidade Melhorada, Jato Dispositivo 4)
de Ácido, Lança-Chamas, Levitação, Mundo Caótico, Programas Armadura, Caixa de Ferramentas, Edição, Encrip-
Raio de Força, Raio de Mana, Relâmpago, Sentido de tação, Filtro de Bioretroalimentação, Limpeza de
Combate, Soco Sinal, Martelo
Equipamentos armadura completa [15], com-link (Nível de Dispo- Armas Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(8) VD 8F, PA
sitivo 5), óculos de proteção [Nível 3, c/ conexão de –1, SA, CR —, 15(p), c/ munição comum, 3 pentes
imagens, neuroconexão, visão termográfica] reserva]
Armas Ares Predator V [Pistola Pesada, Pre 5(8) VD 8F, PA
–1, SA, CR —, 15(p), c/ munição comum, 3 pentes
reserva]

44 ELENCO DAS SOMBRAS

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 PARA: Recrutas dispostos
DE: Gente que pode pagar

Venha para Manhattan. Nós pagamos.

Não vamos tentar apelar para patriotismo, nem
seus instintos, ou nada que pareça nobre. Venha
para Manhattan porque há uma luta rolando. Você
ganha para lutar. Você nasceu para lutar. Venha
porque está rolando uma grana.
Não precisa escolher um lado. Lados mudam,
lados trocam. No fim, a única coisa consistente
é que você só pode contar consigo mesmo. Você
luta por você mesmo. É algo com que já deve estar
acostumado. É como você vive.
Venha para Manhattan porque as corporações
estão loucas por uma briga. Na maior parte do
tempo, somos bons em manter nossas disputas
limpas e civilizadas. Mentimos, enganamos,
roubamos, mas não nos envolvemos em nada
vulgar como luta aberta na rua. Mas só às vezes,
não conseguimos resistir. Às vezes, a tensão é
demais, e estoura, e acaba vazando.
Essa hora está chegando.
Traga suas habilidades, traga sua perspicácia
e, definitivamente, traga suas armas. Estamos
ansiosos para aproveitar o que você tem a oferecer.
Venha para Manhattan. Esperamos por você.

Batalha de Manhattan é a terceira da série

de aventuras Punhaladas Formais para uso com
Shadowrun Quinta Edição.

Violência.

QUINT A E DI Ç ÃO

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