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J. Branco Pedro 1 e 2
1 LNEC (Arquiteto, Investigador Auxiliar, Av. do Brasil 101, 1700-066 Lisboa, Portugal, jpedro@lnec.pt)
2 OTB (Investigador Convidado, Delft University of Technology, Jaffalaan 9, 2628 BX Delft, Holanda)
Resumo
O objetivo principal da política social da habitação é proporcionar a fruição de uma habitação condigna por
todas as famílias. Superar o deficit habitacional, dar resposta à procura de habitação e urbanizar os
assentamentos precários são desafios que se colocam à política habitacional brasileira. Com vista a reduzir o
deficit habitacional foi lançado, pelo Governo Federal do Brasil, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).
Ao abrigo das duas fases deste programa estão a ser construídos três milhões de habitações em cinco anos
(2009-2014).
Numa conjuntura de elevado deficit habitacional, como se verifica no Brasil, é expectável que a resposta às
carências quantitativas assuma uma grande relevância. A abordagem quantitativa tem vantagens imediatas
para a economia e para a sociedade. Usualmente, após serem superadas essas necessidades quantitativas,
surge maior interesse e disponibilidade por parte da sociedade para apostar numa melhoria da qualidade.
Porém, segundo este processo, podem ser sacrificadas famílias que durante uma ou mais gerações ficam
constrangidas a viver em áreas residenciais e habitações de baixa qualidade. É assim um desafio do PMCMV
promover a construção de habitação em quantidade e garantir a sua qualidade, mantendo um custo reduzido.
Na comunicação é evidenciada a importância da qualidade da habitação para o bem-estar dos moradores e o
sucesso das comunidades locais. Depois são identificados os riscos e as oportunidades que a construção no
quadro do PMCMV coloca à qualidade da habitação. Com base nesse conhecimento são avançadas
recomendações para a melhoria da qualidade da habitação. Por último são levantadas questões sobre algumas
das opções de base do PMCMV que condicionam a qualidade das habitações.
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Programa Minha Casa Minha Vida: O desafio da qualidade arquitetónica e urbanística
João Branco Pedro
1. INTRODUÇÃO
Todas as pessoas têm direito a um nível de vida condigno, sendo o acesso a uma habitação condigna essencial
para se alcançar esse nível de vida. Uma habitação condigna é aquela que proporciona «intimidade suficiente,
espaço adequado, segurança adequada, iluminação e ventilação suficientes, infra-estruturas básicas
adequadas e localização adequada relativamente ao local de trabalho e aos serviços essenciais – tudo isto a
um custo razoável para os beneficiários» [14].
Em 2008 o deficit habitacional acumulado no Brasil foi estimado em cerca de seis milhões de habitações. A este
deficit acresce a procura de habitação gerada pela formação de novas famílias. Paralelamente à construção de
habitação soma-se a necessidade de urbanizar milhares de assentamentos precários, com carências de
infraestruturas e deficiente inserção urbana. Existe assim um longo caminho a percorrer para universalizar o
acesso à habitação condigna para todo o cidadão brasileiro [13].
O deficit habitacional brasileiro é composto em 93% por famílias com rendimento insuficiente para acederem a
uma habitação condigna. São portanto famílias que dependem do apoio dos recursos públicos para terem
acesso a uma habitação condigna. A adoção de programas de construção de habitação orientada para a
população com menor rendimento assume-se assim como uma prioridade da política social de habitação
brasileira [13].
Com vista a reduzir o deficit habitacional foi lançado em 2009, pelo Governo Federal do Brasil, o Programa
«Minha Casa Minha Vida» (PMCMV). A segunda fase de programa foi aprovada em 2011. Somando as duas
fases, o programa tem como meta a construção de três de milhões de habitações em cinco anos (2009-2014)
[5][6]. A implementação de um programa desta magnitude coloca vários desafios, nomeadamente os
enunciados em seguida [13]:
1. Desafio financeiro – disponibilizar financiamento para garantir a urbanização e a construção das novas
habitações;
2. Desafio institucional – envolver os vários níveis da administração pública, assegurar a participação da
comunidade, capacitar os agentes envolvidos no setor da construção e controlar os resultados;
3. Desafio fundiário – garantir o acesso a terra urbanizada, legalizada e bem localizada para a construção
das novas habitações;
4. Desafio produtivo – aumentar a produção do setor da construção civil orientado para a habitação de
interesse social, garantindo a qualidade das habitações e mantendo o custo reduzido.
Esta comunicação centra-se no desafio produtivo. Primeiro pretende-se identificar os riscos e as oportunidades
que a construção de habitação no quadro do PMCMV coloca. Com base nesse conhecimento são depois
avançadas recomendações para a melhoria da qualidade da habitação que não onerem significativamente o
respetivo custo de construção. A abordagem está limitada à perspetiva da arquitetura e do urbanismo e centra-
se na habitação produzida para a população com menor rendimento (i.e., até três salários mínimos).
A comunicação está organizada em oito secções. Após esta primeira secção de introdução ao estudo,
descrevem-se nas duas secções seguintes a metodologia e o objeto de estudo. Na secção 4 é discutida a
importância da qualidade da habitação para o bem-estar dos moradores e o sucesso das comunidades locais.
Nas secções 5 e 6 são identificados os riscos e as oportunidades da construção de habitação no PMCMV. Na
secção 7 são descritas recomendações para promover a qualidade da habitação construída no âmbito do
PMCMV. Na última secção são apresentados e discutidos os resultados do estudo.
2. METODOLOGIA
O estudo cujos resultados são apresentados nesta comunicação foi desenvolvido de acordo com a seguinte
metodologia: identificação do problema, caracterização do objeto de estudo, sistematização de conceitos,
estudo de literatura sobre qualidade da habitação, identificação de riscos e oportunidades do PMCMV, definição
de recomendações para a melhoria da qualidade da habitação, síntese dos principais resultados do estudo,
discussão com especialistas brasileiros, redação e revisão do estudo. Os riscos e as oportunidades foram
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Programa Minha Casa Minha Vida: O desafio da qualidade arquitetónica e urbanística
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identificados confrontando as especificações técnicas do PMCMV com manuais sobre a qualidade da habitação
e guias para avaliação da qualidade de projetos de áreas residenciais. Foram também analisados diversos
estudos de investigação realizados sobre o PMCMV.
A literatura utilizada foi selecionada com base em critérios de relevância (i.e., documentos de autores ou
instituições cujo trabalho teórico e prático seja de reconhecido interesse) e atualidade (i.e., documentos
posteriores ao ano 2000).
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dinamizar a economia, pois este setor tem uma grande capacidade reprodutiva; a criação de empregos diretos e
indiretos absorveu mão-de-obra, reduzindo o desemprego; e a construção de um milhão de habitações
contribuiu para reduzir o deficit habitacional acumulado. Por outro lado, há três críticas que sobressaem:
1) A faixa da população que recebe até três salários mínimos e constitui a maior parte do deficit
habitacional brasileiro foi contemplada com apenas 40% do número total de habitações. Apenas 6% da
faixa da população com menor rendimento e com mais problemas de habitação foi beneficiada com o
PMCMV [12].
2) Da ausência de uma política fundiária mais efetiva resultou que os empreendimentos fossem
construídos em terrenos disponíveis em áreas periféricas dos municípios, afastados das redes das
infraestruturas estabelecidas, dos meios de produção e consumo, e dos equipamentos culturais e de
lazer. Acentuou-se uma dinâmica da segregação socioespacial com elevados prejuízos para os
residentes nestes empreendimentos e para toda a sociedade, de que se destacam: custos de
deslocação e congestionamentos nas vias de trânsito, custos de infraestruturação até às regiões mais
afastadas, criação de potenciais «guetos» com prejuízos para a coesão social [12].
3) As áreas e dimensões das habitações são exíguas, sendo ligeiramente inferiores ao que vinha sendo
praticado nos programas habitacionais anteriores dirigidos às famílias de menor rendimento [15]. As
decisões sobre o dimensionamento das habitações foram aparentemente determinadas por
constrangimentos político-económicos [20].
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Programa Minha Casa Minha Vida: O desafio da qualidade arquitetónica e urbanística
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Quantidade Qualidade
Promove o crescimento económico Promove o bem-estar
Relevante a uma escala nacional Relevante a uma escala local
Visa atingir metas de produção estabelecidas Visa promover bairros e cidades sustentáveis
Visa responder a necessidades imediatas Visa responder a necessidades presentes e futuras
Reduzida preocupação com as implicações futuras Centrada nas implicações futuras
É fácil de definir objetivamente É um conceito complexo, variável e com vertentes subjetivas
Atende essencialmente aos interesses Atende essencialmente aos interesses
imediatos da economia presentes e futuros da comunidade
A qualidade residencial significa a adequação da habitação e da sua envolvente à satisfação das necessidades
imediatas e previsíveis dos moradores, compatibilizando as necessidades individuais com as da sociedade e
integrando as prioridades e os valores coletivos determinados pelo contexto, tudo isto num processo generativo.
Sendo a habitação uma necessidade básica de todos, ela assume uma importância central para o
desenvolvimento da sociedade. Neste sentido o sector da habitação deve contribuir para a concretização dos
valores coletivos. De entre os valores usualmente referidos nos debates sobre qualidade residencial destacam-
se os seguintes: sustentabilidade, participação, empoderamento, diversidade de escolha, coesão social,
identidade local, autenticidade, preservação e valorização do património construído e paisagístico, e inovação
[8].
A habitação tem qualidade quando é habitável, durável, agradável aos sentidos, ambiental e socialmente
responsável, e economicamente acessível. Cada um deste termos tem um sentido específico [3][19][25]:
1) Habitável – proporciona condições de segurança, higiene, saúde, conforto, espaço, privacidade
flexibilidade e acessibilidade.
2) Durável – utiliza materiais resistentes à passagem do tempo e requer pouca manutenção.
3) Agradável aos sentidos – tem uma imagem que suscita memórias agradáveis, que é culturalmente
enriquecedora e que é apreciada e preservada pelas pessoas.
4) Ambientalmente responsável – utiliza recursos de forma ponderada, preserva o ambiente da área
residencial e da sua envolvente, e promove comportamentos saudáveis e ambientalmente responsáveis.
5) Socialmente responsável – promove a coesão social, a participação, o empoderamento e a diversidade
de escolha.
6) Economicamente acessível – cumpre os restantes requisitos com um custo global compatível com a
capacidade económica dos futuros moradores.
A qualidade de um empreendimento condiciona o sucesso ou o fracasso da comunidade. Um empreendimento
com qualidade promove a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida dos residentes, reflete-se no aumento
dos valores de propriedade, contribui para a redução da criminalidade, tem benefícios para a saúde pública e
pode aliviar as dificuldades de transporte [4].
Por vezes pode ser difícil promover um empreendimento de qualidade devido a constrangimentos financeiros e
a pressões para tornar os empreendimentos economicamente viáveis no curto prazo. Mas há fortes indícios de
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Programa Minha Casa Minha Vida: O desafio da qualidade arquitetónica e urbanística
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que um empreendimento qualificado dá melhores retornos económicos, sociais e ambientais para todos os
envolvidos, nomeadamente, moradores, autoridades locais, construtores, projetistas e promotores [4].
A qualidade de um empreendimento habitacional depende de todos os intervenientes ao longo do seu processo
de promoção, projeto, construção, utilização, manutenção e desconstrução. Este processo é condicionado pelo
disposto nos instrumentos de financiamento e de planeamento, bem como pela regulamentação técnica. O
projeto é uma fase fundamental para a qualidade do empreendimento, pois é nessa fase que se cria uma visão
sobre o funcionamento e a imagem dos bairros e das habitações. O projeto tem a capacidade de definir a
identidade de um bairro e influência no seu destino social e económico.
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Programa Minha Casa Minha Vida: O desafio da qualidade arquitetónica e urbanística
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de equipamentos sociais, compatíveis com a demanda do projeto, passou a constituir um dos critérios para
priorizar os projetos. Contudo, incumbe aos municípios, em sede de planeamento e desenho urbano, definir os
equipamentos e serviços de proximidade necessários. Também na segunda fase do PMCMV, passou a ser
admitida a construção de frações destinadas à atividade comercial nos edifícios de apartamentos [5][6].
Neste contexto, o PMCMV deve garantir que os empreendimentos construídos no seu âmbito dispõem, ou estão
perto, de equipamentos e serviços de proximidade. Para o efeito considera-se recomendável ponderar as
seguintes orientações:
1) O PMCMV deve estabelecer orientações sobre os equipamentos e serviços de proximidade que no
mínimo devem existir num bairro.
2) O PMCMV, ou um programa complementar, deve apoiar a construção de equipamentos e serviços de
proximidade, e impor que à data da inauguração do empreendimento eles estejam operacionais.
3) O PMCMV deve determinar que o projeto do empreendimento evidencie as condições de acesso a
equipamentos coletivos (e.g., espaços exteriores de lazer, parque infantil, campo de jogos, escola
primária, escola secundária ou local de culto), espaços de pequeno comércio (e.g., minimercado ou
mercearia) e serviços de apoio à habitação (e.g., café, restaurante, bar, farmácia, posto médico, centro
de saúde, creche, centro de dia para idosos, agência bancaria ou caixa multibanco).
7.3 Deve existir uma mistura de tipos de edifícios e habitações que atenda as
necessidades e as aspirações da comunidade local
Os bairros são mais bem-sucedidos quando se evitam grandes concentrações de edifícios e habitações do
mesmo tipo. A variedade de tipos de edifícios e habitações é importante para fomentar uma comunidade
heterogénea e equilibrada. Um adequado grau de heterogeneidade demográfica, cultural e económica fomenta
a complementaridade de papéis sociais e estimula a coesão social. Além disso, uma variedade de tipos de
edifícios e a mistura de diferentes usos podem criar ambientes residenciais mais atraentes com maior
diversidade de formas e escalas do edificado. Mesmo os empreendimentos relativamente pequenos podem ter
uma ampla variedade de edifícios e habitações [2][3][18].
O PMCMV apenas prevê a construção de casas térreas ou apartamentos com dois quartos. Admite-se que uma
habitação com dois quartos se adequa às necessidades da maioria das famílias, mas certamente que nem
todas as famílias se encaixam nessa tipologia. [5]
A segunda fase do PMCMV deixou de impor que os edifícios tivessem 4 pavimentos e 16 apartamentos, ou em
opção 5 pavimentos e 20 apartamentos [6]. Apesar deste avanço, é desejável que o PMCMV incentive uma
maior variedade de tipos de edifícios e habitações nos empreendimentos. Para o efeito considera-se
recomendável ponderar as seguintes orientações:
1) O PMCMV deve estabelecer que em cada empreendimento seja realizado um estudo sobre as
necessidades locais de habitação (incluindo, quando possível, o levantamento da procura de habitação,
o relatório da consulta à comunidade, a análise de dados demográficos e a análise da estratégia de
desenvolvimento) para justificar o programa de habitações a construir (i.e., quantidade de habitações
segundo o número de quartos). O estudo pode ter uma abrangência local ou ser mais alargada,
consoante a população alvo pretendida.
2) O PMCMV deve incentivar a construção de habitações com mais ou menos de dois quartos, quando o
estudo sobre o programa de habitações do empreendimento o justificar.
3) O PMCMV deve estabelecer que o projeto de desenho urbano evidencie a distribuição das diferentes
habitações no empreendimento e a memória descritiva justifique a sua localização.
4) O PMCMV deve promover a integração nos empreendimentos de habitações destinadas a diferentes
faixas de rendimento e de edifícios de diferentes tipologias.
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alterações podem ser resultado de mudanças nas condições sociais, tecnológicas ou económicas. A
flexibilidade facilita a adaptação da habitação a essas alterações, mas depende fortemente das suas
características espaciais iniciais [2][3][16].
As especificações técnicas da primeira fase do PMCMV não estabelecem requisitos sobre a adaptabilidade das
habitações [5]. Na segunda fase do PMCMV foram introduzidas especificações para melhorar as condições de
acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada nas habitações correntes, passou a ser obrigatório que
todas as habitações possam ser adaptadas após a construção de acordo com as necessidades e deficiências
dos moradores e foi definida uma percentagem mínima de 3% das habitações por empreendimento
especialmente adaptadas ao uso por pessoas com mobilidade reduzida [6].
Apesar destes avanços é desejável que o PMCMV incentive a conceção de projetos que permitam a adaptação
interna ou a ampliação. Para o efeito considera-se recomendável ponderar as seguintes orientações:
1) O PMCMV deve recomendar que o projeto demonstre como as habitações podem ser adaptadas para
ser utilizadas por diferentes tipos de famílias (e.g., pessoa só, casal sem filhos, família com filhos do
mesmo sexo, família com filhos de sexo diferente ou família numerosa).
2) O PMCMV deve determinar que o projeto das casas e dos apartamentos, sempre que a tipologia do
edifício o permita, preveja e evidencie o modo como os moradores podem, se o pretenderem, ampliar a
habitação segundo uma solução-tipo que não comprometa as condições de segurança e saúde nem a
imagem do conjunto edificado.
3) O PMCMV deve incentivar a utilização de sistemas construtivos que facilitem a realização de alterações
na compartimentação interna das habitações.
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8. NOTAS FINAIS
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moradores. Não seria conveniente uma maior mobilização de projetistas, técnicos, académicos e
investigadores na promoção da qualidade da habitação? Não seria útil analisar e aproveitar a
experiência da produção de habitação de interesse social existente no Brasil e no estrangeiro?
9. AGRADECIMENTOS
O autor agradece reconhecido as contribuições dos colegas Anabela Manteigas, António Baptista Coelho,
Cláudio Cruz, José Jorge Boueri, José Vasconcelos Paiva, Khaled Ghoubar e Maria João Freitas.
10. REFERÊNCIAS
[1] ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575 : Desempenho de edifícios habitacionais de até cinco
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[3] CABE, Commission for Architecture and the Built Environment. Building for life: delivering great places to live: 20
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[6] CEF, Caixa Econômica Federal. Minha casa, minha vida: Moradia para as famílias, Renda para os trabalhadores,
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[10] IHRU, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Prémio IHRU 2011 de construção, reabilitação e trabalhos de
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[11] HART, Julian. Defining Sustainable Development for an investment and regeneration organisation [Em linha]. London,
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[12] JESUS, Patricia Maria de. O Programa Minha Casa Minha Vida no município de São Paulo [Em linha]. São Paulo:
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<http://conferencias.cies.iscte.pt/index.php/icyurb/sicyurb/paper/download/84/82>. Acesso em outubro 2012.
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[14] NU, Nações Unidas. Direitos humanos : O Direito Humano a uma Habitação Condigna [Em Linha]. Lisboa:
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Acesso em: outubro 2012.
[15] PALERMO, Carolina. Sustentabilidade social do habitar. Florianópolis: Ed. da autora, 2009.
[16] PEDRO, J. Branco. Programa habitacional: Habitação. Lisboa: LNEC, 1999. (Col. Informação Técnica Arquitetura, ITA
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[17] PEDRO, J. Branco. Programa habitacional: Edifício. Lisboa: LNEC, 1999. (Col. Informação Técnica Arquitetura, ITA 6).
[18] PEDRO, J. Branco. Programa habitacional: Vizinhança próxima. Lisboa: LNEC, 1999. (Col. Informação Técnica
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[19] PEDRO, J. Branco. Definição e avaliação da qualidade arquitectónica habitacional [Em linha]. Lisboa: Faculdade de
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[20] PEDRO, J. Branco; BOUERI, José Jorge. Comparação das exigências de espaço aplicáveis à construção de
habitação de interesse social em Portugal e no Município de São Paulo. Lisboa: LNEC, 2010. (Relatório n.º 438/2010-
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[21] PORTUGAL, Leis e Decretos. Despacho n.º 41/MES/85 [Recomendações Técnicas para Habitação Social]. Diário de
República: 2.ª Série. Número 38 (14 de Fevereiro de 1985).
[22] ROLNIK, Raquel (Organização); BISCHOF, Raphael; KLINTOWITZ, Danielle; REIS, Joyce. Como produzir moradia
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<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/PlanelamentoUrbano/CartilhaMinhaCasaMinhaVi
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[23] SECRETARIA DE IMPRENSA. Sítio Blog do planalto: Programa Minha Casa, Minha Vida alcança a marca de 1 milhão
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[24] SINDUSCON-RIO, Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro. Palestra de apresentação
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[25] SCHULTZ, Jerry (Ed.). Improving the Quality of Housing [Em linha]. University of Kansas, 2012. Disponível em:
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