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WBA0813_v1.

Sistemas de Transportes
Modelos de demanda
Estudo de demanda: Conceitos Gerais

Bloco 1
Leonardo Hotta
Demanda por transporte
• Quantos usuários vão
Figura 1 - Avenida
utilizar o sistema de
transporte hoje?
Diariamente, desde um
motorista por aplicativo até
governos nacionais fazem
essa pergunta.
Neste tema, Fonte: dolphinphoto/iStock.com.
apresentaremos
metodologias que auxiliam
a formular uma resposta
para a pergunta acima.
Compreensão da demanda
Figura 3 – Demanda por transportes
Figura 2 – Ciclo dos transportes

Mudanças Atividades - fim Deslocamento


no uso do
solo.
Alteração no Gera Fonte: elaborada pelo autor.
valor e da movimento
terra. s.

Aumento da
Demanda por
acessibilidade e
transporte.
mobilidade.

Oferta de
transporte.

Fonte: Campos (2013, p. 4).


Métodos de previsão da demanda
• Incondicional: não vinculada às outras variáveis, utilizando séries históricas.
• Condicional: vinculada às variáveis que podem ter influência sobre o comportamento dela,
por exemplo: tarifa, renda, população e produção, entre outras.
(CAMPOS, 2013, p. 17)
Quadro 1 – Estimativa Quadro 2 – Estimativa condicional
incondicional
Variáveis no
Projeção linear. Fatores Variáveis no
transporte de
determinantes transporte de carga
Projeção geométrica ou passageiros
exponencial. Produção. População.
Características
Linha de tendência. socioeconômicas. PIB. Renda.
Curva logística.
Pessoas
Custo de uso. Salário mínimo.
empregadas.
Fonte: Campos (2013, p. 18).
Consumo de Custo de
Nível de serviço.
combustível. transporte.
Custo do transporte.
Fonte: Campos (2013, p. 22).
Conhecimento da demanda
Figura 4 – Via congestionada
O conhecimento da demanda é
necessário para projeto
geométrico, de sinalização,
operação etc.
• Demanda subdimensionada:
• Congestionamento ou
lotação.
Fonte: AerialPerspective Works/iStock.com.
• Menor custo de construção.
• Maior custo de operação. Figura 5 – Via subutilizada
• Demanda
superdimensionada:
• Ociosidade.
• Maior custo de construção.
• Menor custo de operação.

Fonte: hallojulie/iStock.com.
Variação do tráfego ao longo do ano
• Variação mensal: Gráfico 1 – Variação mensal de volume

• Em vias próximas a 5000


locais recreacionais: 4900
aumento de fluxo
nos períodos de
4800

férias escolares. 4700

4600

• Nas demais vias,


Volume
4500
urbanas ou rurais: 4400
diminuição do
tráfego nos meses
4300

de férias escolares. 4200

4100

• Eventos 4000
extraordinários: jan fev mar abr mai
Mês
jun jul ago set out nov dez

Carnaval, Círio de Vias em áreas recreacionais Demais vias

Nazaré, Festivais
etc. Fonte: elaborado pelo autor.
Variação do tráfego ao longo da semana

• Variação diária: Gráfico 2 – Variação diária de volume

• Em vias próximas 7000

a locais 6500

recreacionais: 6000

aumento de fluxo 5500


nos finais de
Volume
5000
semana.
4500

• Nas demais vias, 4000

urbanas ou rurais: 3500


diminuição do
3000
tráfego nos finais Seg Ter Qua Quinta Sex Sáb Dom

de semana, Dia da semana

geralmente, o Vias em áreas recreacionais Demais vias

fluxo no domingo
Fonte: elaborado pelo autor.
é o mais baixo.
Variação do tráfego ao longo do dia
• Variação horária: Gráfico 3 – Variação diária do volume

Em geral, o tráfego se 1400

concentra em dois 1200


picos:
1000

• Pico da manhã:
começo da manhã.
800

Volume
600
• Pico da tarde: final da
tarde. 400

Em algumas vias: 200

0
• Pico do almoço. 0 6 12
Hora do dia
18 24

O fluxo diminui a Fonte: elaborado pelo autor.


noite e durante a
madrugada.
Contagem volumétrica
A metodologia utilizada para determinar o volume de veículos
em uma determinada seção é chamada de contagem
volumétrica. Ela pode ser feita:
• De forma manual, com observadores em postos
estratégicos, contando os veículos que passam em
determinada seção, com auxílio de contadores.
• Por meio de vídeo, no qual a seção é filmada e
posteriormente reproduzida para contagem
manual ou analisada por meio de programas
computacionais específicos.
• Por meio de equipamentos eletrônicos que fazem a
contagem.
Contagem volumétrica: sentido

A contagem deve identificar o sentido de circulação dos veículos, pois, em vias


urbanas ou em áreas próximas urbanas é comum a ocorrência do chamado
movimento pendular, ou seja, em um período do dia, o fluxo é preponderante em
um sentido e, no outro período, verifica-se o retorno desse fluxo.

Figura 6 – Movimento pendular Gráfico 4 – Volume horário por


sentido
1400
1200
1000

Volume
800
600
400
200
0
0 6 12 18 24

Hora do dia
Bairro - Centro

Fonte: ldo Frazao/iStock.com. Fonte: elaborado pelo autor.


Contagem volumétrica: faixa de rolamento e direção

o Devem ser identificadas:


• Quantidade e tipos de faixas de rolamento.
• Direções do fluxo.

Figura 7 – Avenida com várias faixas Figura 8 – Via com direções diferentes

Fonte: alffoto/iStock.com. Fonte: Kalichka/iStock.com.


Modelos de demanda
Volume Horário de Projeto e Fator Horário
de Pico

Bloco 2
Leonardo Hotta
Plano Nacional de Contagem de Tráfego (DNIT)
Figura 9 – Capa do plano

• Desenvolvido pelo (DNIT), subordinado ao Ministério


de Infraestrutura do Governo Federal.
• Contagem do tráfego nas rodovias federais.
• Iniciado da década de 1970. Fonte: Brasil (2017a, [s.p.]).

• Utilizado para planejamento, projeto, operação,


avaliação do sistema viário e análise de acidentes.
• Plano vigente iniciado em 2014.
• 320 pontos: contagem, classificação, peso bruto total,
peso por eixo, distância entre eixos e velocidade.
Plano Nacional de Contagem de Tráfego (DNIT): exemplo
Gráfico 5 – Dados de 2019 de Tráfego na BR-116/km 306 – Resende (RJ)

Fonte: adaptado de Brasil (2017b).


Plano Nacional de Contagem de Tráfego (DNIT): exemplo
Gráfico 6 – Dados de 2019 de Tráfego na BR-116/km 306 – Resende (RJ)

Fonte: adaptado de Brasil (2017b).


Escolha de valor de demanda
• Qual valor de demanda a utilizar para projeto?
• A partir de contagens volumétricas horárias feitas na via ou vias semelhantes, determina-se:
• Volume Médio Diário (VMD): número total de veículos (ano)/365 dias.
• E deve ser montado um gráfico com os volumes horários em ordem decrescente, determina-se:
• Volume Horário de Projeto (VHP): número de veículos que devem ser atendidos pela via.
• Deve-se prever uma taxa de crescimento anual.
Gráfico 7 – Determinação do volume de hora pico

30%
Volume Horário como
percentagem do VMD

25%

20%

15%

10%

5%

0%
0 50 200 400 600 800 1000 1200
Horas do ano ordenadas por volumes de tráfego decrescentes

Fonte: elaborado pelo autor.


Volume Horário de Projeto (VHP)
VHP
= VMD × K
• Na ausência de dados para determinar o fator K:
• Vias rurais: recomendado K = 8,5%, pode variar entre 8 a 12% (BRASIL, 2010, p. 62).
• Vias urbanas: recomendado 8 a 10% (SÃO PAULO, 1982, p. 32).

Tabela 1 – Fator K nas rodovias rurais Tabela 2 – Fator K típico nas vias norte-americanas

Região K30 K50 Tipo de Área Fator K


Norte 8,2% 8,0%
Urbana 9,1%
Nordeste 9,0% 8,5%
Suburbana 9,3%
Centro-Oeste 9,0% 8,6%
Sudeste 9,3% 8,8% Rural em Transição para Urbana 9,3%

Sul 9,6% 9,1% Rural Desenvolvida 9,5%


Média Ponderada 9,3% 8,8% Rural Subdesenvolvida 10,0%
Fonte: Brasil (2006, p. 74). Fonte: Brasil (2006, p. 74).
Volume Horário de Projeto (VHP): exemplo
Com os dados da tabela é possível Tabela 3 – Dados de Tráfego (2019) - BR-116
km 306 (Resende/RJ)
estimar VHP com K50, comparar
com K30 (padrão norte-americano)
Sent. VMD K1 K30 K50
e determinar o maior volume a
trafegar na via no sentido crescente.
Cres. 17.499 0,1137 0,0961 0,0930
K50
Decres. 18.201 0,1137 0,1008 0,965
= VMD × K 50
VHP
VHP =17.499 × 0, 0930 =1627 veículos
Fonte: adaptada de Brasil (2017b).

Padrão norte-americano
= VMD × K 30
VHP Maior volume de tráfego
= VMD × K1
VHP =17.499 × 0, 0961 =1682  veículos VHP
VHP =17.499 × 0,1137 =1990  veículos
Acréscimo de 3,4%
Fator Horário de Pico (FHP) Gráfico 8 – Contagem em períodos de 15 minutos
900
800
800
700
• Hora de pico: período de uma hora que registra o maior 600

fluxo de veículos.

Volume
500
400
300 250
200 200
o Variação dentro da hora: 200
100
150

V15ma Vhp
0

• Fator Horário de Pico (FHP): parâmetro que mensura a 12:00 12:15 12:30 12:45 13:00 12:00 13:00

flutuação do tráfego e para avaliação da capacidade da via. Fonte: elaborado pelo autor.

Contagens em períodos de 15 minutos:


Vhp
FHP =
4 × V15max
Onde:
Vhp = volume da hora pico.
V15max = volume do quarto de hora de maior fluxo na hora pico.
Fator Horário de Pico: exemplo

• Estime FHP para a • Volume Horário (VH)


calculado para cada
tabela a seguir: período:
Tabela 4 – Contagem períodos de 15 minutos Tabela 5 – Volume horário
Período Qtde. Período VH

06:00 – 06:15 197 06:00 – 07:00 850

06:15 – 06:30 205 06:15 – 07:15 888

06:30 – 06:45 219 06:30 – 07:30 909

06:45 – 07:00 229 06:45 – 07:45 900

07:00 – 07:15 235 07:00 – 08:00 879

07:15 – 07:30 226


Fonte: elaborada pelo autor.
07:30 – 07:45 210

07:45 – 08:00 208

Fonte: elaborada pelo autor.


Fator Horário de Pico: exemplo

Gráfico 9 – Contagem em períodos de 15 minutos

240
235

229
230
226

219
220

210
210 208
205
Volume

200 197

190

180

170
06:00 06:15 06:30 06:45 07:00 07:15 07:30 07:45 08:00

Fonte: elaborado pelo autor.


Fator Horário de Pico: exemplo
• FHP calculado para cada Tabela 6 – FHP calculado
período de uma hora.
Período VH V15 max FHP
• Volume de hora-pico: 06:00 – 07:00 850 229 0,93
909 veículos.
06:15 – 07:15 888 235 0,94
• FHP: 0,97. 06:30 – 07:30 909 235 0,97

• Obs.: 06:45 – 07:45 900 235 0,96

07:00 – 08:00 879 235 0,94


• FHP comum: 0,75 a 0,90.
Fonte: elaborada pelo autor.
• FHP área urbana: 0,80 a
0,98.
• FHP > 0,95: grandes
volumes e restrição de
capacidade.
(BRASIL, 2006, p. 68)
Modelos de demanda
Equivalência veicular e outros tipos de
pesquisa

Bloco 3
Leonardo Hotta
Contagem volumétrica: equivalência veicular

• A contagem volumétrica pode ser classificada, ou seja, separada por categoria


de veículos, uma vez que cada categoria tem impacto diferente no tráfego.
• A depender da finalidade, há tabelas diferentes para a conversão de tráfego
misto em veículos padrão – Unidades de Carro de Passeio (UCP).
Figura 10 – Fator de equivalência em UCP Figura 11 – Fator de equivalência

Ônibus =
VP = 1 CO = 1,5 Auto = 1,00 Moto = 0,33
2,00

SR / RE = Caminhões 2 Caminhões 3
Moto = 1
2 eixos = 2,00 eixos = 3,00

Fonte: Contran (2014, p. 85).


Bike = 0,5 SI = 1,1

Fonte: Brasil (2006, p. 56).


Contagem volumétrica em interseção com equivalência veicular
• Para a interseção ao lado, calcule o
fluxo horário, considerando a 4
equivalência veicular recomendado Rua B 1
no Manual brasileiro de 3 2
sinalização de trânsito: volume V,
do Contran (2014). Rua A

Tabela 7 – Fluxo horário por movimento e categoria

Movim. Sentido Moto Auto Ônibus Camin. 2 Camin. 3

1 A–A 9 143 4 5 2

2 A–B 3 32 0 1 1

3 B–B 18 198 5 2 0

4 B–A 6 24 1 0 1

Fonte: elaborada pelo autor.


Contagem volumétrica em interseção com equivalência veicular

• Multiplicando a quantidade de
4
veículos pelo fator de
1
equivalência, o tráfego misto se Rua B
3 2
transforma em fluxo de veículos
padrão. Rua A

Tabela 8 – Fluxo horário por movimento e categoria

Movim. Sentido Moto Auto Ônibus Camin. 2 Camin. 3 Total

Fator de Equivalência 0,33 1,00 2,00 2,00 3,00 -


1 A–A 3 143 8 10 6 170
2 A–B 1 32 0 2 3 38

3 B–B 6 198 10 4 0 218

4 B–A 2 24 2 0 3 31
Total - 12 397 20 16 12 457

Fonte: elaborada pelo autor.


Pesquisa Origem – Destino (OD) Figura 12 – Pesquisa O-D

Esta pesquisa é uma das principais ferramentas a serem


utilizadas no planejamento de transportes:
• Deslocamento – identificação de origem e destino:
pessoas ou cargas.
Fonte: http://www.metro.sp.gov.br/pesquisa-od/.

• Região (município, aglomerado urbano, estado ou país): Acesso em: 17 mar. 2021.

dividido em zonas de tráfego.


• Pesquisa do tipo:
• Entrevista: domiciliar, no trabalho ou na via.
• Identificação: veículo ou passageiro.
• Entrevista: perfil das viagens realizadas (horário, meio,
motivo, frequência etc.) e socioeconômico (ocupação,
idade, sexo, renda, posse de automóvel etc.).
Pesquisa Origem – Destino (OD) Figura 13 – Origem – Destino

• Carga: tipo de produto, frequência, idade e posse do


veículo etc.
• Passageiros: determinação de local de embarque e
desembarque dos passageiros (pesquisa sobe-desce).
Fonte: hkeita/iStock.com.
• Características:
• Amplo panorama dos deslocamentos e relação com uso do solo
(área urbana) ou ocupação produtiva da região.
• Alto custo → Frequência baixa.
• Fotografia da situação: não revela tendências futuras.
• Recorrência: tendências futuras.
• Ausência de ferramentas legais → Ausência de política de estado.
• Mecanismos inovativos para realização.
Pesquisa de ocupação

• Consiste na determinação de número de ocupantes


no veículo.
• Parâmetro que auxilia na racionalização do uso do
espaço viário.
• Formato:
• Motocicleta: visual em movimento.
• Automóvel (particular, táxi e aplicativo): visual em
movimento ou com necessidade de parada.
• Transporte coletivo: visual (estimativa a partir da
visualização dos passageiros dentro do veículo).
Pesquisa de vaga de estacionamento Figura 14 – Estacionamento na rua

• Parâmetro para:
• Dimensionamento de estacionamento em vias,
inclusive rotativo.
• Prejuízo ao fluxo de veículos. Fonte: Gudella/iStock.com.

• Formatos:
• Entrevistas.
• Observador fixo.
• Observador móvel.
• Filmagem em vídeo ou leitor automático de placas.
Pesquisa de demanda por transporte ativo Figura 15 – Infraestrutura para transporte ativo

• Transporte ativo: tem sido incorporado ao planejamento


dos sistemas de transportes.
• Ausência de regramento correlacionando uso e ocupação
do solo com demanda de usuários de transporte ativo,
exceto para polos geradores. Fonte: Boogich/iStock.com.

• Ausência de dados históricos para verificação de


tendências.
• Demandas derivativas: acesso/egresso de usuários em
estações de transporte sobre trilhos ou terminais de
ônibus.
• Demanda reprimida: como usuário de transporte ativo é
mais sensível à ausência ou inadequação da infraestrutura,
há dificuldade de estimar a demanda.
Pesquisa de demanda por transporte ativo Figura 16 – Infraestrutura para transporte ativo

o Infraestruturas mais solicitadas:


• Áreas urbanas: implantação ou ampliação de passeios
ou calçadas, implantação de ciclovias ou ciclofaixas e
paraciclos. Fonte: olaser/iStock.com.

• Áreas rurais: passarelas.


o Na ausência de infraestrutura: dispersão dos usuários
→ mapeamento das diversas rotas utilizadas.
o Formas:
• Entrevistas.
• Contagens.
Simulação de tráfego Figura 17 – Simulação de tráfego

o Com a evolução dos recursos de comunicação, de


informática e com maior conhecimento aplicado, foi
possível desenvolver poderosas ferramentas de simulação.
o Os programas de simulação permitem a simulação em Fonte: metamorworks/iStock.com.
níveis diferentes:
• Microssimulação: via, interseções isoladas ou um pequeno
conjunto de vias e interseções.
• Macrossimulação: redes urbanas ou viárias regionais.
o Vantagens: precisão, rapidez e formulação de cenários.
o Desvantagens: custo e complexidade.
Teoria em Prática
Bloco 4
Leonardo Hotta
Contagem volumétrica
Para determinar o tráfego em uma via com intuito de criar um diagnóstico
adequado das condições de deslocamento, uma das primeiras providências a ser
tomada é saber quanto usuários que a utilizam para deslocamento. Para isso, é
necessário organizar uma contagem volumétrica e classificada. Como atividade
para compreensão das dificuldades enfrentadas para execução de uma contagem,
elabore uma contagem no período de 20 minutos (divididos em 4 intervalos de 5
minutos) cujo relatório contenha:

• Quantidade de veículos (divididos por categoria: motocicleta, automóvel,


veículo comercial – ônibus e caminhão), ciclistas e pedestres por sentido.
• Extrapole a contagem de 20 minutos para uma hora e os intervalos de 5
minutos para 15 minutos, multiplicando todos os resultados por 3 e calcule o
FHP para veículos motorizados.

Escolha uma via com tráfego baixo e um posto de observação seguro e confortável
para realização da atividade.
Norte para a resolução...

• Antes de iniciar a contagem, que também pode ser filmada, identifique Tabela 9 – Exemplo de planilha
todos os movimentos (sentidos) na via, inclusive passeios e verifique se
o campo visual permite o acompanhamento de todos os movimentos.
• Com auxílio de prancheta, em uma folha de papel marque as categorias
em colunas: motocicleta, automóvel, veículo comercial, bicicleta e Fonte: elaborada pelo autor.
pedestre. Faça uma linha por sentido.
• Inicie a contagem e com auxílio de um marcador de tempo, que pode
ser relógio ou telefone celular, marque os veículos e usuários que
forem passando pelo campo de visão.
• Lance os dados em uma planilha e multiplique-os por 3, para obter o
valor equivalente a uma hora de contagem. Não é necessária a
conversão em veículos-equivalentes.
• Com o fluxo horário e os quartos de hora definidos, calcule o FHP.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Leonardo Hotta
Dica do(a) Professor(a)
Conheça duas pesquisas de Origem-Destino elaboradas em regiões
metropolitanas brasileiras, com objetivos semelhantes, porém com
metodologias diferentes:
• Pesquisa Origem-Destino da Região Metropolitana do Recife,
executada em parceria com Instituto da Cidade Pelópidas
Silveira.
No site do Plano de Mobilidade de Recife, busque pela Pesquisa
Origem-Destino Metropolitana 2018.
• Pesquisa Origem-Destino da Região Metropolitana de São
Paulo, executada pela Companhia do Metropolitano de São
Paulo.
No site do Metrô de São Paulo, busque pela Pesquisa Origem e
Destino 2017.
Referências
BRASIL. Ministérios dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de estudos de tráfego. Brasília, DF: Ministérios
dos Transportes, [2006]. Disponível em: http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_estudos_trafego.pdf. Acesso em:
16 mar. 2021.
BRASIL. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de projeto geométrico de travessias urbanas.
Rio de Janeiro: Ministério dos Transportes, [2010]. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-
de-manuais/vigentes/740_manual_projetos_geometricos_travessias_urbanas.pdf. Acesso em: 16 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Servidores participam de treinamento para realização
da Pesquisa de Origem e Destino. Brasília, DF: Ministério da Infraestrutura, 2017a. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-
br/assuntos/noticias/servidores-do-dnit-participam-de-treinamento-no-exercito-para-realizacao-da-3deg-etapa-da-pesquisa-de-origem-e-destino.
Acesso em: 12 fev. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Manual brasileiro de sinalização de trânsito: sinalização


semafórica. Brasília, DF: Conselho Nacional de Trânsito, 2014.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre. Plano Nacional de Contagem de Tráfego.
Brasília, DF: DNIT, 2017b. Disponível em: http://servicos.dnit.gov.br/dadospnct/Inicio. Acesso em: 29 jan.
2021.
CAMPOS, V. B. G. Planejamento de transportes: conceitos e modelos. Rio de Janeiro: Interciência, 2013.
CONTRAN. Conselho Nacional de Trânsito. Manual brasileiro de sinalização de trânsito: volume V. 2014.
KUREKE, B. M. C. B. Cidade e engenharia de tráfego: conceitos e modelos. Curitiba: Contentus, 2020.
SÃO PAULO. Companhia de Engenharia de Tráfego. Secretaria Municipal de Transportes. Boletim Técnico
31: pesquisa e levantamentos de tráfego. São Paulo: Companhia de Engenharia de Tráfego, 1982.
Bons estudos!

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