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Aula 04

TJ-SP (Oficial de Justiça) Bizu


Estratégico - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Fernanda Harumi Amaral Jo,
Leonardo Mathias, Paulo Júnior,
Aline Calado Fernandes, Vinícius
01 de Agosto de 2023
Peron Fineto

19940544251 - Rafael Souza Barbosa


Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Fernanda Harumi Amaral Jo, Leonardo Mathias, Paulo Júnior, Aline Calado Fernandes, Viníc
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BIZU ESTRATÉGICO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL –


TJ-SP
Olá, concurseiro! Tudo certo?

Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para
o concurso TJ-SP.

O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de
tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Vale lembrar que todos os bizus destinam-se àqueles que já estejam na fase final de revisão,
ou seja, que já estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam
revisar por algum material bem curto e objetivo. Este bizu foi elaborado com base no curso de Direito
Processual Penal dos professores Renan Araújo.

Aline Calado Leonardo Mathias

@J @alinecalado.f @J @profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pela Banca VUNESP no
âmbito da disciplina de Direito Processual Penal em concursos. Com base nessa análise, podemos
focar nos pontos mais importantes para revisar e detonar na prova!

Assunto % de cobrança

Competência. Impedimentos. Auxiliares da Justiça. 28,95%

Provas (parte I): Teoria geral.

Provas (parte II): Interrogatório. Testemunhas. Busca e 26,32%

apreensão.
Prisão e liberdade provisória: Parte geral e Prisão em
15,79%
flagrante (espécies, hipóteses, etc.).
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e intimações.
10,53%
Medidas assecuratórias.

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MAPA DO BIZU
Segue abaixo tabela contendo a numeração dos Bizus referentes a cada tópico abordado e os
respectivos cadernos de questões selecionadas no nosso SQ:
Os cadernos de questões foram montados utilizando questões específicas de concursos realizados
pela banca VUNESP nos últimos anos.
Como já mencionado, neste material abordaremos apenas os temas mais importantes do edital,
considerando tanto o percentual de incidência nas provas, quanto a extensão e complexidade do
assunto. Veja como está estruturado o seu Bizu.

Caderno de
Assunto Bizus
Questões
Competência. Impedimentos. Auxiliares da
1 http://questo.es/c2lj0b
Justiça.
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e
2 http://questo.es/zrn4mw
intimações. Medidas assecuratórias.
Provas (parte I): Teoria geral. 3
http://questo.es/6tmsyr
Provas (parte II): Interrogatório. Testemunhas.
4
Busca e apreensão.
Prisão e liberdade provisória: Parte geral e Prisão
5 http://questo.es/yyo2np
em flagrante (espécies, hipóteses, etc.).

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Apresentação

Antes de começarmos, gostaria de me apresentar. Meu nome é Aline Calado, tenho 31 anos e
sou natural de Pernambuco. Sou graduada em Ciências Contábeis pela UFPE e Pós-Graduada em
Contabilidade Pública e Auditoria.

Atualmente, exerço o cargo de Auditora de Controle Externo (Agente da Fiscalização) no Tribunal


de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

Serei a responsável pelo seu Bizu Estratégico de Direito Processual Penal e, com ele, pretendo
abordar os tópicos mais cobrados nessa disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio de uma
linguagem bem clara!

Espero que gostem!

Um grande abraço e bons estudos!

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1. Competência. Impedimentos. Auxiliares da Justiça.

JURISDIÇÃO

Conceito

O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções: Administrativa, legislativa e
jurisdicional. A primeira é exercida pelo Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo
Judiciário.
Podemos definir Jurisdição como: A atuação do Estado consiste na aplicação do Direito vigente a um
caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é sanar uma crise jurídica e trazer a
paz social.
● Atribuição – É a “competência” conferida a autoridades administrativas para a prática de
determinada função. Assim, o Delegado de Polícia possui atribuição, e não competência, pois o termo
competência se restringe aos órgãos jurisdicionais.
● Circunscrição – A circunscrição é o espaço territorial em que uma autoridade policial (Delegado de
Polícia) exerce sua atribuição.

Características da Jurisdição

• Inércia - A jurisdição é inerte por alguns motivos, dentre eles: Um conflito jurídico pode não ser
um conflito social, e não cabe ao Juiz criar um; Um Juiz que dá início a um processo, mal ou bem,
está a indicar para qual lado tende a julgar, e isso violaria o princípio da imparcialidade de Juiz.
Assim, não pode um Juiz dar início a um processo (salvo as raríssimas exceções legais), sob pena
de violação a este princípio da Jurisdição.
• Caráter substitutivo - A vontade do Estado (vontade da lei) substitui a vontade das partes
• Definitividade - Em um dado momento, a decisão prestada pelo Estado-Juiz será definitiva,
imodificável.

Princípios da Jurisdição

• Investidura
• Indelegabilidade a terceiros
• Inevitabilidade da jurisdição
• Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade)
• Princípio do Juiz natural
• Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade)
• Espécies de Jurisdição (superior e inferior)

Competência em razão da matéria (ratione materiae)

Definir qual “Justiça” irá julgar o processo.

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Justiga Eleitoral

Justiga Especializada

Justiga Militar
COMPEl'iENClA_
CRIMINAL EM RAZA
DA MATERIA
Justiga Federal

Justiga Estadual

Competência Territorial (ratione loci)

Em razão do local da infração ==2f1dce==

• Teoria do resultado - a competência territorial é definida pelo lugar em que se consumar a


infração.
• Teoria da atividade - considera o momento em que o crime foi praticado, independentemente
do lugar onde o crime se consumou.
TI P0 DE CR|ME TEORIA ADOTADA

Crimes plurilocais cornuns Teoria do resultado


Crimes plurilocais contra a vida Teoria da atividade
Juizados Especiais Teoria da atividade

Crimes Falimenta res Local onde foi decretada a faléncia


Atos infracionais Teoria da atividade

Em razão do domicílio do réu


Existem casos em que a competência territorial poderá ser fixada levando-se em conta o domicílio
do réu. Vejamos4:
• Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada pelo lugar do domicílio ou residência
do réu.
• Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
• Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu paradeiro - juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.
• Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada – Poderá o querelante escolher ajuizar
a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu

Competência em razão da pessoa (ratione personae)

Após definida qual “Justiça” irá julgar o processo, devemos definir a competência do órgão
Jurisdicional verificando as condições pessoais dos acusados.

Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais mais baixos, inferiores, quais
sejam, os Juízes de primeiro grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos,
considerando a presença de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que essa
competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a chamada prerrogativa de função
(vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”).

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TRIBUNAL DESTINATARIO DA NORMA EMBASAM ENTO


COMPETENTE CONSTTIUCIONAL DE COMPETENCIA CONSTITUCIONAL
lnfraofies penais oornuns e de
Tribunais de responsabilidade: Juizes estaduais e do
Justiga estaduais e Distrito Federal e membros do Ministério An. 96, Ill, da CF
do Distrito Federal Publico estadual ou do DF, nos crimes
comuns e de responsabilidade,
ressalvada a compeuéncia da Justiga
Eleitoral.‘
lnfraooes penais oornuns e de
Art. 29, X, da CF
responsabilidade: Prefeito Municipal.’
TRIBUNAL DESTINATARIO DA NORMA EMBASAMENTO
COMPETBQTE CONS'lTl'UClONAL DE COMPETENCIA CONSTITUCIONAL
lnfraofies penais oomuns e de
responsabilidade: Juizes federais da area
de sua jurisdiqfio, incluidos os da Justiga
Militar e da Justigza do Trabalho, nos
Tribunais
crimes comuns e de responsabilidade, os Art. 108, I, "a", da CF
Regionais Federais
membros do Ministério Publico da Unifio
(nessalva a competéncia da Justiga
Eleitoral)‘ e Prefeitos Municipais, se
Praticarem crimes na orbita federal.
Someme nas lnfraqbes penais oomuns:
Presidente da Republica, 0 Woe-
Presidente, os membros do Congresso Art. 102, I, "b", da CF
Nacional, seus proprios Ministros e o
Procurador-Geral da Republica.
Infraobes penais oornuns e de
responsabilidade: os Ministros de Estado
Supremo e os Comandantes da Marinha, do
Tribunal Federal Exército e da Aeronauflca, ressalvado o
disposto no art. 52, I (estabelecendo a
competéncia do Senado Federal para
Art. 102, I, "C". da CF
julgar os oomandantes das for<;as
arrnadas em crimes de responsabilidade
conexos com os do Presidente da
Republica e \fice), os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal do
coma: da Uni5o a as chefes de missio
diplomatic: de carater permanente.
Someme nas infraqfies penais oomuns:
Govemadores dos Estados e do Distrito Art. 105, I, "a", da CF
Federal.
lnfragires penais oornuns e de
responsabilidade: Desembargadores dos
Tribunais de Justiga dos Estados e do
Distrito Federal, os membros dos
Superior Tribunal
Tribunais de Comas dos Estados e do
de Justiga
Distrito Federal, os dos Tribunais
Art. 105, I, "a", da CF
Regionais Federais, dos Tribunais
Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
membros dos Coneelhos ou Tribunals de
Contas dos Municipios e os do Ministério
Publico da Uniéio que oficiem perante
tri bu n ais.

1.1 Foro privilegiado na Jurisprudência


• O foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do
cargo e relacionados às funções desempenhadas.
• Após o término da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência não mais se altera pelo fato de o agente deixar
de ocupar o cargo, seja qual for o motivo (renúncia ao cargo, posse em outro cargo, etc.).

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Com relação à perda do cargo durante o processo, temos o seguinte regramento atualmente:
REGRA - A competência também se desloca, ou seja, o Tribunal deixa de ser competente e o processo
vai para a primeira instância.
EXCEÇÃO – Se já terminou a instrução processual, tendo já havido intimação para a apresentação de
alegações finais, a competência permanece no Tribunal, não se deslocando.

1.2 Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a competência do
Tribunal do Júri
Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na CF/88, ela prevalece sobre a
competência do Júri. Contudo, se estiver prevista apenas na Constituição Estadual, prevalece a
competência do Tribunal do Júri.

2. Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e intimações.


Medidas assecuratórias.

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

O crime, além de repercutir na esfera criminal, pode possuir reflexos civis, gerando o dever de
indenizar. Para garantir a satisfação do crédito que a vítima possui frente ao ofensor, algumas
medidas podem ser tomadas, são as chamadas medidas assecuratórias.

Sequestro de bens imóveis


Deve ser ajuizado perante o juízo criminal, com vistas à INDISPONIBILIDADE dos bens imóveis do
investigado ou acusado, ou que estejam em nome de terceiros, mas tenham sido adquiridos com o
proveito da infração penal (laranja).
Se o terceiro não estava de má-fé, ou seja, não estava em conluio com o infrator, deverá requerer a
liberação do bem mediante embargos.

Hipoteca legal
É uma medida assecuratória que se constitui em DIREITO REAL DE GARANTIA, incidindo sobre o
patrimônio do próprio réu, não podendo atingir terceiros. Recairá sobre bens imóveis e poderá
atingir tanto o patrimônio obtido de forma lícita quanto o obtido de forma ilícita.
Tem por finalidade evitar que o réu deteriore seu patrimônio para não saldar a dívida com a vítima.
Embora o art. 134 do CPP fale em indiciado, o requerimento de HIPOTECA LEGAL só é cabível na fase
JUDICIAL.

Arresto preventivo
Trata-se de uma medida prévia à hipoteca legal, tendo natureza pré-cautelar, cuja finalidade é tornar
os bens do indiciado INDISPONÍVEIS enquanto tramita o requerimento de hipoteca legal (que é
demorado), nos termos do art. 136 do CPP.
Uma vez efetivado, será revogado se o interessado não promover o processo de hipoteca legal no
prazo máximo de 15 dias a contar da efetivação da medida.

Arresto

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O arresto não tem relação com o arresto preventivo, e se parece com a hipoteca legal, mas refere-se
a bens MÓVEIS, de origem lícita, pertencentes ao réu.

Da Alienação
A alienação é a venda em leilão público dos bens que foram alvo de medidas assecuratórias
(sequestro, arresto, etc.).

ATOS PROCESSUAIS

ATCIS PRDCESSUAIS

ATOS DIAS
PARTES ATOS DO JUIZ

Tipicidade processual e defeitos dos atos processuais

Se o ato processual é praticado da exata forma como previsto na lei processual, temos tipicidade
processual. O ato processual é típico.
A atipicidade do ato processual, portanto, é a imperfeição do ato. O ato não é perfeito porque,
obviamente, possui algum defeito (alguma incongruência entre a forma prescrita em lei e a forma
pela qual foi realizado).

Os defeitos podem ser:


-Inexistência do ato processual
-Defeitos que podem gerar a invalidação do ato (nulidades)
-Defeitos que são meras irregularidades

Nulidades

• Princípios que regem o sistema de nulidades


• Princípio do prejuízo
• Princípio da lealdade processual (ou boa-fé processual) – O “venire contra factum proprium”
• Princípio da eficácia dos atos processuais
• Princípio da causalidade e princípio da conservação
• Princípio do interesse
• Princípio da convalidação

Nulidades em espécie
A nulidade pode ocorrer nos seguintes casos:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;

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III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:

Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão
sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.

Art. 571. As nulidades deverão ser argüidas:


I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art.
406;
II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais,
salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500;
III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo,
logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência;
V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas
as partes (art. 447);
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500;
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de
ocorrerem.

CUIDADO! No que tange à nulidade por incompetência do Juízo, esta anulará somente os atos
decisórios:

Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.

Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de
argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a
irregularidade poderá prejudicar direito da parte.

Lugar dos atos processuais

Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas
sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que
servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.

PRAZOS PROCESSUAIS

Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado,
os demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias

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feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de
feriado ou domingo.

Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se
interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.

Art. 798 (...) § 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.

Art. 798 (...)


§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil
imediato.

Art. 800. Os juízes singulares darão seus despachos e decisões dentro dos prazos seguintes, quando
outros não estiverem estabelecidos:
I - de dez dias, se a decisão for definitiva, ou interlocutória mista;
II - de cinco dias, se for interlocutória simples;
III - de um dia, se se tratar de despacho de expediente.
§ 1º Os prazos para o juiz contar-se-ão do termo de conclusão.

Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério Público, responsáveis pelo
retardamento, perderão tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do
tempo de serviço, para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias
excedidos.

CITAÇÕES

• Conceito - A citação é o ato pelo qual se chama o réu para participar do processo que em face
dele foi movido. Trata-se da materialização suprema do princípio do contraditório e da ampla
defesa. O processo só completa sua formação com a efetivação da citação.
• Citação Pessoal - A citação pessoal, em regra, se faz mediante MANDADO DE CITAÇÃO, que é um
documento expedido pelo Juiz da causa, dando ciência ao réu do processo existente contra ele,
e abrindo prazo para que se manifeste.
Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante
precatória.
RELI RESIDE NA
tocauowz 00 PROCEDE-SE A
JUIZO crrA<;Ao
DEFRECADO
ExPED|C.§O on. REMETE OS
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¢"A¢-10 DEPRECANTE

• Modalidades especiais de citação pessoal - Se se tratar de funcionário público, será citado


pessoalmente, mas o dia e hora designados para que compareça em Juízo deverão ser
comunicados (mediante notificação) ao seu chefe.
• Citação do acusado no estrangeiro - caso o acusado esteja no estrangeiro, sabendo-se seu
endereço, será citado mediante CARTA ROGATÓRIA, suspendendo-se o curso do prazo
prescricional até seu cumprimento.

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• Citações em embaixadas e consulados - Tais localidades, também conhecidas como “legações


estrangeiras”, são protegidas por inviolabilidade.
• Citação ficta: por hora certa e por edital - Quando o réu é citado pessoalmente, diz-se que há
CITAÇÃO REAL. No entanto, caso ele não seja encontrado, será procedida à sua CITAÇÃO FICTA.
A citação ficta pode ser POR HORA CERTA ou POR EDITAL. O edital de citação é um documento,
com informações similares às do mandado de citação, e é afixado na SEDE DO JUÍZO
PROCESSANTE, pelo período fixado na Lei (no caso, 15 dias).
1 – Réu preso em estabelecimento prisional na mesma UF – Não pode haver citação por edital.
2 – Réu preso em estabelecimento prisional em UF diversa da do Juízo em que tramita o processo
– Pode ser citado por edital, DESDE QUE não se saiba seu paradeiro e tenham sido esgotados os
meios para obtê-lo. Se o Juízo conhece o local em que se encontra preso o acusado, deverá ser
citado pessoalmente, por carta precatória.

Intimações

Conceito - As intimações são várias durante o processo, e ocorrerão sempre que for necessário dar
ciência a alguém da prática de um ato processual.

Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar
conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
(Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 1º A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de
nulidade, o nome do acusado. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á
diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por
qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1º. (Incluído pela
Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 4º A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. (Incluído pela Lei nº
9.271, de 17.4.1996)
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o
disposto no art. 357.
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença
das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

3. Provas (parte I): Teoria geral.

TEORIA GERAL DA PROVA NO PROCESSO PENAL

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

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Classificação das provas

As provas podem ser classificadas em:


• Quanto ao seu objeto:
a) Provas diretas – Aquelas que provam o próprio fato, de maneira direta.
b) Provas indiretas – Aquelas que não provam diretamente o fato, mas por uma dedução lógica,
acabam por prová-lo.
• Quanto ao valor:
a) Provas plenas – Trazem a possibilidade de um juízo de certeza quanto ao fato, possibilitando
ao Juiz fundamentar sua decisão de mérito em apenas uma delas, se for o caso.
b) Provas não-plenas – Apenas ajudam a reforçar a convicção do Juiz, contribuindo na formação
de sua certeza, mas não possuem o poder de formar a convicção do Juiz, que não pode
fundamentar sua decisão de mérito apenas numa prova não-plena.
• Quanto ao sujeito:
a) Provas reais – Aquelas que se baseiam em algum objeto, e não derivam de uma pessoa.
b) Provas pessoais – São aquelas que derivam de uma pessoa.
A prova emprestada é aquela que, tendo sido produzida em outro processo, vem a ser
apresentada no processo corrente, de forma a também neste produzir os seus efeitos.
• Quanto ao procedimento:
a) prova típica – Seu procedimento está previsto na Lei.
b) prova atípica – Duas correntes: a.1) É somente aquela que não está prevista na Legislação (este
conceito se confunde com o de prova inominada); a.2) É tanto aquela que está prevista na Lei,
mas seu procedimento não, quanto aquela em que nem ela nem seu procedimento estão
previstos na Legislação.
• Outras classificações:
a) prova anômala – É a prova típica, só que utilizada para fim diverso daquele para o qual foi
originalmente prevista.
b) prova irritual – É aquela em que há procedimento previsto na Lei, só que este procedimento
não é respeitado quando da colheita da prova.
c) prova “fora da terra” – É aquela realizada perante juízo distinto daquele perante o qual tramita
o processo (realizada por carta precatória, por exemplo).
d) prova crítica – É utilizada como sinônimo de “prova pericial”.

Princípios que regem o sistema probatório

A) Princípio do contraditório – Todas as provas produzidas por uma das partes podem ser
contraditadas (contraprova) pela outra parte;
B) Princípio da comunhão da prova (ou da aquisição da prova) – A prova é produzida por uma das
partes ou determinada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixa de pertencer àquele que a
produziu, passando a ser parte integrante do processo, podendo ser utilizada em benefício de
qualquer das partes.
C) Princípio da oralidade – Sempre que for possível, as provas devem ser produzidas oralmente na
presença do Juiz. Assim, mais valor tem uma prova testemunhal produzida em audiência que um
mero documento juntado aos autos contendo algumas declarações de uma suposta testemunha.

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D) Princípio da autorresponsabilidade das partes – As partes respondem pelo ônus da produção da


prova acerca do fato que tenham de provar. Assim, se o titular da ação penal não provar a autoria e
a materialidade do fato, terá uma consequência adversa para si, que é a absolvição do acusado;
E) Princípio da não auto-incriminação (ou Nemo tenetur se detegere) – Por este princípio entende-
se a não obrigatoriedade que a parte tem de produzir prova contra si mesma.
Etapas de produção da prova

1. Proposição – A produção da prova é requerida ao Juiz, podendo ocorrer em momento ordinário


ou extraordinário. O momento ordinário é aquele no qual a lei estabelece que devam ser requeridas.
Assim, o momento para a proposição de meios de prova é a denúncia, para o MP, e a resposta à
acusação, para a defesa. O momento extraordinário, por sua vez, é todo momento em que a parte
requeira a produção de uma prova fora da época correta (momento ordinário);
2. Admissão – É o ato mediante o qual o Juiz defere ou não a produção de uma prova. As provas
propostas no momento ordinário só podem ser indeferidas quando impertinentes ao processo (não
guardam relação com o processo). Já as provas propostas em momento extraordinário podem ser
indeferidas pela simples análise, pelo Juiz, de sua desnecessidade para a formação de sua convicção;
3. Produção – É o momento em que a prova é trazida para dentro do processo, seja através da
juntada de um documento ou laudo pericial, ou através da oitiva de uma testemunha, etc.;
4. Valoração – É o momento no qual o Juiz aprecia cada prova produzida e lhe atribui o valor que
julgar pertinente, de acordo com todo o conteúdo probatório existente, fundamentando sua decisão.

Ônus da prova

O ônus da prova pode ser definido como o encargo conferido a uma das partes referente à produção
probatória relativa ao fato por ela alegado.

Provas ilegais

Frovas il icita s
propriamenta Tan ha m sld o
'u'|o|a¢;éo a dltas obtid as p-or
.. . norrnas de i F0 ntn
Pro-was rlrcitas independents

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Provas no rm as de regime independ ente-
ilegitimas direito juridico das
processual n u lidadas

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4. Provas (parte II): Interrogatório. Testemunhas. Busca e


apreensão.

Do interrogatório do réu

O interrogatório do réu (interrogatório na fase judicial) é o ato mediante o qual o Juiz procede à oitiva
do acusado acerca do fato que lhe é imputado. O interrogatório é meio de prova e meio de defesa
do réu.
O interrogatório do acusado deve sempre ser o último ato da instrução.
O interrogatório do réu possui algumas características. São elas:
1) Obrigatoriedade – Tratando-se de direito do réu, em razão do subprincípio da autodefesa, deverá
ser aprazado seu interrogatório, na forma da lei processual, sob pena de nulidade.
2) Ato personalíssimo do réu - Somente o réu pode prestar seu depoimento, não podendo ser
tomado seu interrogatório mediante procuração.
3) Oralidade - Em regra, o interrogatório deve se dar mediante formulação de perguntas e
apresentação de respostais orais. No entanto, isso sofre mitigação no caso de surdos, mudos, surdos-
mudos e estrangeiros.
4) Publicidade - O interrogatório, como todo e qualquer ato processual, em regra é público.
5) Individualidade - Se existirem dois ou mais réus, o CPP determina que cada um seja ouvido
individualmente (art. 191 do CPP), não podendo, inclusive, que um presencie o interrogatório do
outro.
6) Faculdade de formulação de perguntas pela acusação e pela defesa - Antes do advento da Lei
10.792/03, que alterou o CPP, o interrogatório era ato privativo do Juiz, pois só a ele cabia fazer
perguntas ao réu.
7) Procedimento - O interrogatório do réu será realizado obrigatoriamente na presença de seu
advogado, sendo-lhe assegurado o direito de entrevista prévia e reservada com este.
1,IIPII1IlIIIII11l 71-111 vn---11 n--11‘ r I - -‘1 IIPII11lIIII1II 71-111 -n--11 IrPI111 nu“ IIPII11lIPII1II n--11 - nu“ In---11 n--"1"--11 IIPII1\I n--1" n-q
r .~ '
198. CI siléncio do acusado nao importarai cc-nliissao, mas poderé constituirl
§ elemento Para a formaiao do convencimento dojuiz. b--llll-M 4“ hbl--lid I-Lb-dd ->».“ |»..“| »..“- I-L-I1

ATENQAO! Ler'nbrem—se: o siléncio é direito do acus-ado e nao pode ser utilizado


pelo Juiz para fundamentar eventual condenagao!

Juiz qualiiica o Fergu mas sobre


a pesscra do réu
INTERROGA-I-om _a;:ur-ado E-bu Junz formula as Juiz laculta as
O DO REU lfl orma so re perguntas ao partes a
0 dlreltcl ao acusado Fergtrntas sabre formula Q50 de-
siléncio 0 Faro im put.-ado perguntas
[sistema
preside-ncialista}

Da prova testemunhal

A prova testemunhal, embora não possua muito valor no processo civil (onde geralmente reina a
prova documental), possui GRANDE VALOR na esfera processual penal, pois geralmente os crimes
não estão documentados.

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Pefiuasdlgrggiiidas de i coniriiciiiiitzfjiciianriricaiui a
testemunha

Se procedeme a contraclna,
Pessoas qua prestam Juiz owe a besbcmunha sern
F depqirna-nto sem prestar ‘i sornar o compromisso de
|~I|pUGNA(;p,_Q A5 ggmprgmigm drier a verdade {ouve oorno
TESTEM UNHA5 ll'|iOFl‘I‘lfl |'l1.E|

Alegagao do parcialidada da
rasramunha qua nan é na-m Juiz apenas Ievaré o fato
Argulqao de defeit - proibida do dep-or r-rem — em consideraefio na hora
dflpfie SEIT1 PFESIBI da valorar o d-apoimento
compromrsso

_ _ Aquulusi qui: an raziu do El"1'!"° 59 i'E"E""


Pessoas lrnpednclas de fu--gas, rrriristério, ollcio ou desobrig adasdmeln
depur Pffllififi-50. €lfl‘n'Ifl 9|-l!I‘dflI' intreressadcr e D EIRAM
leflmdfi depcrr

PARENTE DO ACUSADD
Ascandente
P Descendente Podam sar Q9519 E395,
essu-as N-1 |- h Qbflgfldqi .5 nao prestam
TESTEMUNHAS clispensadas C_ _ "imam In adma ad depor. case seja compromisso
de depnr CI"ljL|gE, El El qLlE' E'5CfJlT CI, flb5O|uta|.|:“?ntc de a

lrmao neceffiarro -9.9‘-dade


Par e mée
Fi lho ad ofiuo

Pessms q""E dE"‘E"" dew" Doe-mes e defi cie ntes


rr'-as n5-u prustam
compromisso do drzar a mE"taC';:1z°5 mE"°'ES
varda da anus

A prova testemunhal possui algumas características, que devemos estudar. São elas:
1) Oralidade – A prova testemunhal é, em regra, oral.
2) Objetividade – A testemunha deve depor objetivamente sobre o fato, não lhe sendo permitido
tecer considerações pessoais sobre os fatos.
3) Individualidade (incomunicabilidade) – As testemunhas serão ouvidas individualmente, não
podendo uma ouvir o depoimento da outra.
4) Obrigatoriedade de comparecimento – A testemunha, devidamente intimada, deve comparecer,
sob pena de poder ser conduzida à força (Esta regra, entretanto, possui exceções).

O réu pode até ser retirado da sala onde testemunha presta depoimento, mas O ATO NUNCA PODERÁ
SER REALIZADO SEM A PRESENÇA DO SEU DEFENSOR.

Da busca e apreensão

Busca e apreensão domiciliar - A busca domiciliar só pode ser determinada pela autoridade judiciária
(Juiz), em razão do princípio constitucional da inviolabilidade de domicílio, previsto no art. 5°, XI da
Constituição.

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ATENÇÃO! A Doutrina majoritária sustenta que a carta aberta pode ser objeto de busca e apreensão
(a carta, uma vez aberta, torna-se um documento como outro qualquer).
Não é necessário que se trate de local destinado à moradia, podendo ser, por exemplo, um escritório
ou consultório particular.
CUIDADO! Quartos de hotéis, pousadas, motéis, etc., são considerados CASA para estes efeitos,
quando estiverem ocupados.
A ordem judicial de busca e apreensão deve ser devidamente fundamentada, esclarecendo as
FUNDADAS RAZÕES nas quais se baseia.

Busca pessoal - A busca pessoal é aquela realizada em pessoas, com a finalidade de encontrar arma
proibida ou determinados objetos.
Ao contrário da busca domiciliar, poderá ser feita de maneira menos formal, podendo ser
decretada pela autoridade policial e seus agentes, ou pela autoridade judicial.
CUIDADO! Apesar da expressão “busca pessoal”, tal diligência não será necessariamente
realizada no corpo ou nas vestes da pessoa.
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo
da diligência.
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que
de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo
apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.

5. Prisão e liberdade provisória: Parte geral e Prisão em flagrante


(espécies, hipóteses, etc.).

Introdução às medidas cautelares

Possibilidade de o Magistrado, atento a cada caso específico, determinar a aplicação de uma medida
cautelar QUE NÃO SEJA A PRISÃO, quando necessária e SUFICIENTE para assegurar a instrução
criminal e os demais interesses da sociedade, que antes só seriam resguardados mediante a aplicação
da gravosa e EXCEPCIONALÍSSIMA (Agora, ainda mais excepcional), PRISÃO PREVENTIVA.

Os pressupostos para a aplicação das medidas cautelares são:


• Necessidade de aplicação da Lei Penal – Ex.: Infrator está ameaçando fugir.
• Preservar a instrução criminal – Sempre que o infrator possa estar ameaçando a regular
instrução do processo.
• Em casos específicos, para evitar a prática de infrações penais.
_ ' suasr|1u| ou
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MOSTROU-SE NECESSARIAA - OUT"-A
INSUFICIENTE PREVENTNA‘? f
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DE MEUDA ‘ PREVENTIVA

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NECESSARLA REVOGA NECESSARIA NOVAMENTE I

CONCEITO DE PRISÃO

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No Direito Processual Penal temos duas espécies de medidas privativas de liberdade:


• Prisão pena – É uma punição que decorre da aplicação da lei penal através de uma sentença penal
condenatória irrecorrível (imodificável). Tem como pressuposto a CULPA do agente.
• Prisão não-pena – Trata-se não de uma punição (pois ainda não há condenação irrecorrível), mas
de uma medida de NATUREZA CAUTELAR (cautela = cuidado, a fim de se evitar um prejuízo), cuja
finalidade pode ser garantir o regular desenvolvimento da instrução processual, a aplicação da
lei penal ou, nos casos expressamente previstos em lei, evitar a prática de novas infrações penais.

O nosso sistema processual penal pátrio estabelece basicamente três modalidades de prisão cautelar
(ou prisão provisória, pois não é definitiva): Prisão em flagrante; Prisão preventiva; Prisão
temporária.

A prisão domiciliar (art. 318 do CPP) nada mais é que uma forma humanitária de cumprimento da
prisão preventiva, já que o Juiz decreta a prisão preventiva e, então, se for o caso, substituirá a
preventiva pela prisão domiciliar.

PRISÃO E USO DA FORÇA. USO DE ALGEMAS

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de
tentativa de fuga do preso.

Como se pode observar pela redação da súmula, o uso de algemas é:


• Medida excepcional
• Só cabível em caso de resistência, fundado receio de fuga ou perigo à integridade física do preso
ou de terceiros
• Deve ser justificado seu uso por escrito
• O uso injustificado gera nulidade do ato e responsabilidade do agente que a determinou, bem
como responsabilidade civil do Estado
Frise-se que é vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares
preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como
em mulheres durante o período de puerpério imediato (logo após o parto).

PRISÃO EM FLAGRANTE

A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar que tem como fundamento a prática de
um fato com aparência de fato típico.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem
quer que seja encontrado em flagrante delito.

Modalidades
1) Flagrante próprio – sujeito “acaba de cometer” e é surpreendido no local.
2) Flagrante impróprio – sujeito é perseguido e acaba preso.
3) Flagrante presumido – encontrado depois do ato, porém sem perseguição.
i Aoaba de cometer 0 crime * Logo apcis T‘ Logo depois I

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Sujeitos da prisão em flagrante


A prisão em flagrante possui um sujeito ativo e um sujeito passivo. O sujeito ativo da prisão em
flagrante é quem efetua a prisão, e o sujeito passivo é a pessoa que é presa.

Menores de 12 anos {criancasj nao podem sofrer privagao da Iiberdade,


devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar. Maiora de 12 e
MENCIRES DE 18 ANDS
menores de 18 anos {adolescentesl podem ser apreendidos, mas nio
prfi-os (arts. 101, 105 e 1?1 do ECA].
N50 estai sujeito a prisiiio em flegrante, pols so pode ser preso pela
PRESIDENTE DA REPEIBLICA pra'tica de crime comum apos senhenga condenatoria, nos termos do art.
B5, 5 3" da Constituifio.
Juizes E Memaaos oo MP So podem ser presos em fl agrente pela preitice de crime inafiangeivel.
So podem ser presos em flagrente de crime inafiengavel [art. 53, § 2" da
PARLAMENTARES DO
CF/B3]. Aplim-se o mesmo aos Depulados Btaduais e Distritais (art. 2?,
CCING RESSD NACIONAI.
§ 1" da CF}.
DIPLOMATAS ESTRANGEIROS N50 podem ser presos em flegrente (art. 1', I do CPP]. Ha’ imunidade
E CHEFES DE ESTADOS diplomatim, de forma que selio responsabilizados de acordo corn a lei
ESTRANGEIROS de seu pa is de origem.
INFRATOR QUE N50 pode ser preso em flagra nte, pols a sua apresentacao esponta nea a
ESPONTANEAMENTE SE autoridade impede a caracterizagao do flagrante [nos tennos do art. 304
APRESENTA do CPP). Tram-se da posigio da Doutrina majoritaria.
Em regra, nao esta sujeito a determinagao de prisao em flagrante. No
entanto, o art. 69, § flnico da Lei 9.099195 estabelece que se aquele que
AUTOR DE rnrmgfio oe
platica infrar;5o de menor potencial ofensivo {IMPOI se recusar a
MENOR PDTENCIAI. OFEHSIVO comparecer ao Juizado ou se negar a assumir compromisso de
UECRIM) comparecer ao Juizado apos a lavratura do Termo Circunstanciado {TC},
podera ser decretada sua prisio em flagrante.
PESSUA rmomm rm Posse N50 cabe a decretagao de sua prisao em flagrante (art. 43, § 2" da Lei
oe emorrpecems PARA. uso
11.343/OE), comprometendo-se o infrator, CIU NAG, a comparecer ao
Pnovnro [ART. 23 on. LEI oe Juizado.
onosns)

CUIDADOE Aaprese ntagao espontanea do acusado, embora impega a prisao em flagrante,


nao impede a deoretegao da prisao preventive do egente, se for o oeso.
av ~

PRISAD EM FLAGRANTE I DETEHMINADDS DELITDS

NATUREZA DO DEUTO amncfio


Controvertido. Uma primeira corTente sustenia que nao tab-e prisao em
flagrante, pois o crime nao se consuma em apenas um ato, eicigindo-se uma
sequencia de atos isolados para que o fato seja tipico Ll) . Uutra corrente, no
enlanto, entende possivel, se quando a autoridade policial surpreender o
CRIMES HABITUAIS
infrator preticando um dos atos, jei se tenha prove inequivoca da realizaqjio
dos outros atos necessarios a caracterizagio do fato tipico [Minoritario}. Ha
decisfi-es jurisprudenciais ne-sse Liltimo senfido lpossivel, desde que haja prove
da hahitualidade].
0 flagrante pode ser realizado em qualquer momento durante a execugao do
CRIME PERNIANENTE
crime, logo apos ou logo depois.
Por se tralar de um conjunto de crimes que sao tratados como um so para efeito
CRIME CONTI NUADCI de ap|ica|;§o da pena, pode haver flagrente quendo de ocorréncia de qualquer
dos delitos.

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A prisão em flagrante possui 04 etapas: Captura (1º etapa); Condução coercitiva (2º etapa); Lavratura
do APF (3º etapa); Recolhimento ao cárcere (4º etapa).

Modalidades especiais de flagrante


• Flagrante esperado – válido.
• Flagrante provocado ou preparado - válida, desde que haja elementos probatórios razoáveis de
conduta criminal preexistente.
• Flagrante forjado – ilegal.
Procedimento da lavratura do Auto de Prisão em Flagrante

Gomunlc-win dn nrlsio e
local and: o nreso so M MP
EhE0l1D‘E

p“DI]|“EHTu5 . A fimllli I10 Pl'9i|J' DU


M Enwar an lull ii-S-Cla PDT Eli‘

EM!-lh
Envlartolll-ll do APF ii DP.
case nio leliha advogado 1

Entregar ao preso a nota do


fill"

Relaxa a prisio
em flagrante

DECISQESDOJLIIZ Enauwfiemim
I i REEEBER 0 A" reqtlslma para a Decreta a pnsiu‘
"
dncrwtaq-in da preventiva
prlsio preventive

rm estin
presemu on Conoede Pods apllcar
roqiislhni para a Ilberdade med Ida cautelar
decretagho da pfl}\Ii56|'i,a divzrsa da ptis-in
D\'¢\f¢fi1i\'fl

Audiência de custódia - realizada logo após a prisão em flagrante, de maneira a permitir que haja
um contato direto entre o Juiz e o preso, devendo ser acompanhada por um defensor (advogado
constituído, defensor público, etc.) e pelo MP.
A finalidade central da audiência de custódia é:
• Verificar a legalidade da prisão
• Verificar eventual ocorrência de excessos (maus-tratos, tortura, etc.).

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Então é isso pessoal, vamos ficando por aqui.

Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

Aline Calado Leonardo Mathias


@alinecalado.f @profleomathias

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