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Autor:
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Fernanda Harumi Amaral Jo,
Leonardo Mathias, Paulo Júnior,
Aline Calado Fernandes, Vinícius
01 de Agosto de 2023
Peron Fineto
Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para
o concurso TJ-SP.
O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio de
tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.
Vale lembrar que todos os bizus destinam-se àqueles que já estejam na fase final de revisão,
ou seja, que já estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam
revisar por algum material bem curto e objetivo. Este bizu foi elaborado com base no curso de Direito
Processual Penal dos professores Renan Araújo.
@J @alinecalado.f @J @profleomathias
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pela Banca VUNESP no
âmbito da disciplina de Direito Processual Penal em concursos. Com base nessa análise, podemos
focar nos pontos mais importantes para revisar e detonar na prova!
Assunto % de cobrança
apreensão.
Prisão e liberdade provisória: Parte geral e Prisão em
15,79%
flagrante (espécies, hipóteses, etc.).
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e intimações.
10,53%
Medidas assecuratórias.
MAPA DO BIZU
Segue abaixo tabela contendo a numeração dos Bizus referentes a cada tópico abordado e os
respectivos cadernos de questões selecionadas no nosso SQ:
Os cadernos de questões foram montados utilizando questões específicas de concursos realizados
pela banca VUNESP nos últimos anos.
Como já mencionado, neste material abordaremos apenas os temas mais importantes do edital,
considerando tanto o percentual de incidência nas provas, quanto a extensão e complexidade do
assunto. Veja como está estruturado o seu Bizu.
Caderno de
Assunto Bizus
Questões
Competência. Impedimentos. Auxiliares da
1 http://questo.es/c2lj0b
Justiça.
Atos e prazos processuais. Nulidades. Citações e
2 http://questo.es/zrn4mw
intimações. Medidas assecuratórias.
Provas (parte I): Teoria geral. 3
http://questo.es/6tmsyr
Provas (parte II): Interrogatório. Testemunhas.
4
Busca e apreensão.
Prisão e liberdade provisória: Parte geral e Prisão
5 http://questo.es/yyo2np
em flagrante (espécies, hipóteses, etc.).
Apresentação
Antes de começarmos, gostaria de me apresentar. Meu nome é Aline Calado, tenho 31 anos e
sou natural de Pernambuco. Sou graduada em Ciências Contábeis pela UFPE e Pós-Graduada em
Contabilidade Pública e Auditoria.
Serei a responsável pelo seu Bizu Estratégico de Direito Processual Penal e, com ele, pretendo
abordar os tópicos mais cobrados nessa disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio de uma
linguagem bem clara!
JURISDIÇÃO
Conceito
O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções: Administrativa, legislativa e
jurisdicional. A primeira é exercida pelo Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo
Judiciário.
Podemos definir Jurisdição como: A atuação do Estado consiste na aplicação do Direito vigente a um
caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é sanar uma crise jurídica e trazer a
paz social.
● Atribuição – É a “competência” conferida a autoridades administrativas para a prática de
determinada função. Assim, o Delegado de Polícia possui atribuição, e não competência, pois o termo
competência se restringe aos órgãos jurisdicionais.
● Circunscrição – A circunscrição é o espaço territorial em que uma autoridade policial (Delegado de
Polícia) exerce sua atribuição.
Características da Jurisdição
• Inércia - A jurisdição é inerte por alguns motivos, dentre eles: Um conflito jurídico pode não ser
um conflito social, e não cabe ao Juiz criar um; Um Juiz que dá início a um processo, mal ou bem,
está a indicar para qual lado tende a julgar, e isso violaria o princípio da imparcialidade de Juiz.
Assim, não pode um Juiz dar início a um processo (salvo as raríssimas exceções legais), sob pena
de violação a este princípio da Jurisdição.
• Caráter substitutivo - A vontade do Estado (vontade da lei) substitui a vontade das partes
• Definitividade - Em um dado momento, a decisão prestada pelo Estado-Juiz será definitiva,
imodificável.
Princípios da Jurisdição
• Investidura
• Indelegabilidade a terceiros
• Inevitabilidade da jurisdição
• Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade)
• Princípio do Juiz natural
• Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade)
• Espécies de Jurisdição (superior e inferior)
Justiga Eleitoral
Justiga Especializada
Justiga Militar
COMPEl'iENClA_
CRIMINAL EM RAZA
DA MATERIA
Justiga Federal
Justiga Estadual
Após definida qual “Justiça” irá julgar o processo, devemos definir a competência do órgão
Jurisdicional verificando as condições pessoais dos acusados.
Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais mais baixos, inferiores, quais
sejam, os Juízes de primeiro grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos,
considerando a presença de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que essa
competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a chamada prerrogativa de função
(vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”).
Com relação à perda do cargo durante o processo, temos o seguinte regramento atualmente:
REGRA - A competência também se desloca, ou seja, o Tribunal deixa de ser competente e o processo
vai para a primeira instância.
EXCEÇÃO – Se já terminou a instrução processual, tendo já havido intimação para a apresentação de
alegações finais, a competência permanece no Tribunal, não se deslocando.
1.2 Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a competência do
Tribunal do Júri
Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na CF/88, ela prevalece sobre a
competência do Júri. Contudo, se estiver prevista apenas na Constituição Estadual, prevalece a
competência do Tribunal do Júri.
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
O crime, além de repercutir na esfera criminal, pode possuir reflexos civis, gerando o dever de
indenizar. Para garantir a satisfação do crédito que a vítima possui frente ao ofensor, algumas
medidas podem ser tomadas, são as chamadas medidas assecuratórias.
Hipoteca legal
É uma medida assecuratória que se constitui em DIREITO REAL DE GARANTIA, incidindo sobre o
patrimônio do próprio réu, não podendo atingir terceiros. Recairá sobre bens imóveis e poderá
atingir tanto o patrimônio obtido de forma lícita quanto o obtido de forma ilícita.
Tem por finalidade evitar que o réu deteriore seu patrimônio para não saldar a dívida com a vítima.
Embora o art. 134 do CPP fale em indiciado, o requerimento de HIPOTECA LEGAL só é cabível na fase
JUDICIAL.
Arresto preventivo
Trata-se de uma medida prévia à hipoteca legal, tendo natureza pré-cautelar, cuja finalidade é tornar
os bens do indiciado INDISPONÍVEIS enquanto tramita o requerimento de hipoteca legal (que é
demorado), nos termos do art. 136 do CPP.
Uma vez efetivado, será revogado se o interessado não promover o processo de hipoteca legal no
prazo máximo de 15 dias a contar da efetivação da medida.
Arresto
O arresto não tem relação com o arresto preventivo, e se parece com a hipoteca legal, mas refere-se
a bens MÓVEIS, de origem lícita, pertencentes ao réu.
Da Alienação
A alienação é a venda em leilão público dos bens que foram alvo de medidas assecuratórias
(sequestro, arresto, etc.).
ATOS PROCESSUAIS
ATCIS PRDCESSUAIS
ATOS DIAS
PARTES ATOS DO JUIZ
Se o ato processual é praticado da exata forma como previsto na lei processual, temos tipicidade
processual. O ato processual é típico.
A atipicidade do ato processual, portanto, é a imperfeição do ato. O ato não é perfeito porque,
obviamente, possui algum defeito (alguma incongruência entre a forma prescrita em lei e a forma
pela qual foi realizado).
Nulidades
Nulidades em espécie
A nulidade pode ocorrer nos seguintes casos:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão
sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
CUIDADO! No que tange à nulidade por incompetência do Juízo, esta anulará somente os atos
decisórios:
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de
argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a
irregularidade poderá prejudicar direito da parte.
Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas
sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que
servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.
PRAZOS PROCESSUAIS
Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado,
os demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias
feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de
feriado ou domingo.
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se
interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
Art. 798 (...) § 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
Art. 800. Os juízes singulares darão seus despachos e decisões dentro dos prazos seguintes, quando
outros não estiverem estabelecidos:
I - de dez dias, se a decisão for definitiva, ou interlocutória mista;
II - de cinco dias, se for interlocutória simples;
III - de um dia, se se tratar de despacho de expediente.
§ 1º Os prazos para o juiz contar-se-ão do termo de conclusão.
Art. 801. Findos os respectivos prazos, os juízes e os órgãos do Ministério Público, responsáveis pelo
retardamento, perderão tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do
tempo de serviço, para o efeito de promoção e aposentadoria, a perda será do dobro dos dias
excedidos.
CITAÇÕES
• Conceito - A citação é o ato pelo qual se chama o réu para participar do processo que em face
dele foi movido. Trata-se da materialização suprema do princípio do contraditório e da ampla
defesa. O processo só completa sua formação com a efetivação da citação.
• Citação Pessoal - A citação pessoal, em regra, se faz mediante MANDADO DE CITAÇÃO, que é um
documento expedido pelo Juiz da causa, dando ciência ao réu do processo existente contra ele,
e abrindo prazo para que se manifeste.
Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante
precatória.
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Intimações
Conceito - As intimações são várias durante o processo, e ocorrerão sempre que for necessário dar
ciência a alguém da prática de um ato processual.
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar
conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
(Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 1º A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de
nulidade, o nome do acusado. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á
diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por
qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1º. (Incluído pela
Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
§ 4º A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. (Incluído pela Lei nº
9.271, de 17.4.1996)
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o
disposto no art. 357.
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença
das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
A) Princípio do contraditório – Todas as provas produzidas por uma das partes podem ser
contraditadas (contraprova) pela outra parte;
B) Princípio da comunhão da prova (ou da aquisição da prova) – A prova é produzida por uma das
partes ou determinada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixa de pertencer àquele que a
produziu, passando a ser parte integrante do processo, podendo ser utilizada em benefício de
qualquer das partes.
C) Princípio da oralidade – Sempre que for possível, as provas devem ser produzidas oralmente na
presença do Juiz. Assim, mais valor tem uma prova testemunhal produzida em audiência que um
mero documento juntado aos autos contendo algumas declarações de uma suposta testemunha.
Ônus da prova
O ônus da prova pode ser definido como o encargo conferido a uma das partes referente à produção
probatória relativa ao fato por ela alegado.
Provas ilegais
Frovas il icita s
propriamenta Tan ha m sld o
'u'|o|a¢;éo a dltas obtid as p-or
.. . norrnas de i F0 ntn
Pro-was rlrcitas independents
Do interrogatório do réu
O interrogatório do réu (interrogatório na fase judicial) é o ato mediante o qual o Juiz procede à oitiva
do acusado acerca do fato que lhe é imputado. O interrogatório é meio de prova e meio de defesa
do réu.
O interrogatório do acusado deve sempre ser o último ato da instrução.
O interrogatório do réu possui algumas características. São elas:
1) Obrigatoriedade – Tratando-se de direito do réu, em razão do subprincípio da autodefesa, deverá
ser aprazado seu interrogatório, na forma da lei processual, sob pena de nulidade.
2) Ato personalíssimo do réu - Somente o réu pode prestar seu depoimento, não podendo ser
tomado seu interrogatório mediante procuração.
3) Oralidade - Em regra, o interrogatório deve se dar mediante formulação de perguntas e
apresentação de respostais orais. No entanto, isso sofre mitigação no caso de surdos, mudos, surdos-
mudos e estrangeiros.
4) Publicidade - O interrogatório, como todo e qualquer ato processual, em regra é público.
5) Individualidade - Se existirem dois ou mais réus, o CPP determina que cada um seja ouvido
individualmente (art. 191 do CPP), não podendo, inclusive, que um presencie o interrogatório do
outro.
6) Faculdade de formulação de perguntas pela acusação e pela defesa - Antes do advento da Lei
10.792/03, que alterou o CPP, o interrogatório era ato privativo do Juiz, pois só a ele cabia fazer
perguntas ao réu.
7) Procedimento - O interrogatório do réu será realizado obrigatoriamente na presença de seu
advogado, sendo-lhe assegurado o direito de entrevista prévia e reservada com este.
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198. CI siléncio do acusado nao importarai cc-nliissao, mas poderé constituirl
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Da prova testemunhal
A prova testemunhal, embora não possua muito valor no processo civil (onde geralmente reina a
prova documental), possui GRANDE VALOR na esfera processual penal, pois geralmente os crimes
não estão documentados.
Pefiuasdlgrggiiidas de i coniriiciiiiitzfjiciianriricaiui a
testemunha
Se procedeme a contraclna,
Pessoas qua prestam Juiz owe a besbcmunha sern
F depqirna-nto sem prestar ‘i sornar o compromisso de
|~I|pUGNA(;p,_Q A5 ggmprgmigm drier a verdade {ouve oorno
TESTEM UNHA5 ll'|iOFl‘I‘lfl |'l1.E|
Alegagao do parcialidada da
rasramunha qua nan é na-m Juiz apenas Ievaré o fato
Argulqao de defeit - proibida do dep-or r-rem — em consideraefio na hora
dflpfie SEIT1 PFESIBI da valorar o d-apoimento
compromrsso
PARENTE DO ACUSADD
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essu-as N-1 |- h Qbflgfldqi .5 nao prestam
TESTEMUNHAS clispensadas C_ _ "imam In adma ad depor. case seja compromisso
de depnr CI"ljL|gE, El El qLlE' E'5CfJlT CI, flb5O|uta|.|:“?ntc de a
A prova testemunhal possui algumas características, que devemos estudar. São elas:
1) Oralidade – A prova testemunhal é, em regra, oral.
2) Objetividade – A testemunha deve depor objetivamente sobre o fato, não lhe sendo permitido
tecer considerações pessoais sobre os fatos.
3) Individualidade (incomunicabilidade) – As testemunhas serão ouvidas individualmente, não
podendo uma ouvir o depoimento da outra.
4) Obrigatoriedade de comparecimento – A testemunha, devidamente intimada, deve comparecer,
sob pena de poder ser conduzida à força (Esta regra, entretanto, possui exceções).
O réu pode até ser retirado da sala onde testemunha presta depoimento, mas O ATO NUNCA PODERÁ
SER REALIZADO SEM A PRESENÇA DO SEU DEFENSOR.
Da busca e apreensão
Busca e apreensão domiciliar - A busca domiciliar só pode ser determinada pela autoridade judiciária
(Juiz), em razão do princípio constitucional da inviolabilidade de domicílio, previsto no art. 5°, XI da
Constituição.
ATENÇÃO! A Doutrina majoritária sustenta que a carta aberta pode ser objeto de busca e apreensão
(a carta, uma vez aberta, torna-se um documento como outro qualquer).
Não é necessário que se trate de local destinado à moradia, podendo ser, por exemplo, um escritório
ou consultório particular.
CUIDADO! Quartos de hotéis, pousadas, motéis, etc., são considerados CASA para estes efeitos,
quando estiverem ocupados.
A ordem judicial de busca e apreensão deve ser devidamente fundamentada, esclarecendo as
FUNDADAS RAZÕES nas quais se baseia.
Busca pessoal - A busca pessoal é aquela realizada em pessoas, com a finalidade de encontrar arma
proibida ou determinados objetos.
Ao contrário da busca domiciliar, poderá ser feita de maneira menos formal, podendo ser
decretada pela autoridade policial e seus agentes, ou pela autoridade judicial.
CUIDADO! Apesar da expressão “busca pessoal”, tal diligência não será necessariamente
realizada no corpo ou nas vestes da pessoa.
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo
da diligência.
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que
de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo
apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta.
Possibilidade de o Magistrado, atento a cada caso específico, determinar a aplicação de uma medida
cautelar QUE NÃO SEJA A PRISÃO, quando necessária e SUFICIENTE para assegurar a instrução
criminal e os demais interesses da sociedade, que antes só seriam resguardados mediante a aplicação
da gravosa e EXCEPCIONALÍSSIMA (Agora, ainda mais excepcional), PRISÃO PREVENTIVA.
CONCEITO DE PRISÃO
O nosso sistema processual penal pátrio estabelece basicamente três modalidades de prisão cautelar
(ou prisão provisória, pois não é definitiva): Prisão em flagrante; Prisão preventiva; Prisão
temporária.
A prisão domiciliar (art. 318 do CPP) nada mais é que uma forma humanitária de cumprimento da
prisão preventiva, já que o Juiz decreta a prisão preventiva e, então, se for o caso, substituirá a
preventiva pela prisão domiciliar.
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de
tentativa de fuga do preso.
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é uma modalidade de prisão cautelar que tem como fundamento a prática de
um fato com aparência de fato típico.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem
quer que seja encontrado em flagrante delito.
Modalidades
1) Flagrante próprio – sujeito “acaba de cometer” e é surpreendido no local.
2) Flagrante impróprio – sujeito é perseguido e acaba preso.
3) Flagrante presumido – encontrado depois do ato, porém sem perseguição.
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A prisão em flagrante possui 04 etapas: Captura (1º etapa); Condução coercitiva (2º etapa); Lavratura
do APF (3º etapa); Recolhimento ao cárcere (4º etapa).
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Audiência de custódia - realizada logo após a prisão em flagrante, de maneira a permitir que haja
um contato direto entre o Juiz e o preso, devendo ser acompanhada por um defensor (advogado
constituído, defensor público, etc.) e pelo MP.
A finalidade central da audiência de custódia é:
• Verificar a legalidade da prisão
• Verificar eventual ocorrência de excessos (maus-tratos, tortura, etc.).
Bons estudos!