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Fundamentos da Biotecnologia

Todo ser vivo é constituído de células, nas quais está


situado o material hereditário.
O genoma contém o conjunto completo de informações
hereditárias de qualquer organismo, consistindo em uma
longa sequência de um ácido nucleico, denominado ácido
desoxirribonucleico, ou DNA, composto de nucleotídeos
formados por bases nitrogenadas, açúcar e fosfato.

TIPOS DE CÉLULAS

NUCLEOTÍDEO

Seres vivos formados por células procarióticas


(Procariotos)

Seres vivos formados por células eucarióticas


(Eucariotos)
Os seres vivos formados por UMA célula
UNICELULARES

Organismos eucariontes, procariontes e vírus, todos


contém cromossomos, nos quais residem os genes.

Os seres vivos formados por VÁRIAS células No entanto, existem algumas diferenças nos genomas.

PLURICELULARES
- Fungos, vegetais e animais.
Características individuais permitem distinguir indivíduos
da mesma espécie entre si e, revelam que, apesar das
semelhanças, cada ser é único.

Genes

O genoma nuclear de uma célula eucariótica contém


um número espécie-específico de cromossomos.
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ESTRUTURA DE UM GENE
HUMANO

LOCUS GÊNICO: Posição que um gene ocupa em um


cromossomo. Genes são sequências de DNA que contêm a informação
GENES: segmento de uma molécula de DNA para codificar as cadeias polipeptídicas de uma proteína
responsável pelas características herdadas Sequência no DNA contendo uma região reguladora e
geneticamente. regiões codificadoras de pelo menos um RNA funcional
GENOMA: é a sequência completa de DNA de um (podendo codificar uma proteína).
organismo (conjunto de todos os genes de um ser vivo).
GENÓTIPO: é a constituição genética de um indivíduo
(conjunto de genes do indivíduo).
FENÓTIPO: é a manifestação externa de seu genótipo
(conjunto de características físicas, bioquímicas e
fisiológicas determinadas por esses genes, sendo
influenciado ou não pelo meio ambiente).

ÉXON (SEQUÊNCIA EXPRESSA)


Sequência no DNA de um gene que codifica a GENÓTIPO
sequência de um RNA funcional ou posteriormente a de
uma proteína. HETEROZIGOTO - Combinação de 2 alelos diferentes de
um mesmo gene em um indivíduo.
ÍNTRON (SEQUÊNCIA INTERVENIENTE)
Ex. Aa
Sequência no DNA de um gene entre dois éxons que
HOMOZIGOTO - Combinação de 2 alelos iguais de um
não codifica a sequência de um RNA funcional ou
posteriormente a de uma proteína. mesmo gene em um indivíduo
Ex. AA ou aa
FENÓTIPO
Conjunto de características físicas, bioquímicas e
fisiológicas de um indivíduo, determinadas pelo seu
genótipo e pelo ambiente em que ele se desenvolve. Em
um sentido mais restrito, é a expressão de um ou mais
genes particulares.
FENÓTIPO DOMINANTE
Se manifesta mesmo quando em um Heterozigoto
Genótipo = Aa ou AA
Fenótipo = Enrolar a língua
CONCEITO : GENE
FENÓTIPO RECESSIVO
Genes são sequências bases no DNA que contêm a
informação para codificar as cadeias polipep7dicas de Manifestação apenas quando possuir 2 cópias
uma proteína, sendo os responsáveis pela transmissão Genótipo = aa
hereditária das caracterís=cas de uma geração para
outra. Fenótipo = Não enrolar a língua
Gene: Inclui regiões flanqueadoras que antecedem
(sequência-líder) e que seguem (cauda) a região Alelos
codificadora, bem como sequências que não são São formas diferentes de um mesmo gene.
traduzidas (íntrons) e que se intercalam com as Exemplo: Formas A e a
sequências codificadoras individuais (éxons).
A combinação destas formas diferentes de um gene
Alelos podem gerar características diferentes.
A posição que o gene ocupa no cromossomo é Ex. Gene do Lobo da Orelha
denominada lócus.
Os genes que ocupam o mesmo lócus, no par de
cromossomos homólogos, são chamados ALELOS.

CROMOSSOMOS:
Homólogos
Par de cromossomos que possui a mesma constituição
gênica e assim apresentam homologia de sequências de
bases
Cada membro de um par de homólogos:
Herdado de um parental diferente (um do Pai e um da
Mãe).
*A constituição alélica pode ser diferente entre o par de
cromossomos homólogos.
O mecanismo pelo qual o DNA é
convertido em proteínas, é Síntese de proteínas, lipídeos e carboidratos, que serão
basicamente igual em todos os utilizados para a formação das membranas das duas
organismos. novas células que se formarão a partir da célula original.
O RNA e as proteínas são sintetizados e a célula
prepara-se para a replicação do DNA (começa no fim
Dogma Central do período G1 e termina em S);
Descrito por Francis Crick em 1958 na tentativa de É o período do ciclo que mais varia em duração entre os
relacionar o DNA, o RNA e as proteínas. diferentes tipos de células.
O DNA pode se replicar e dar origem a novas Ex: células do figado tem crescimento lento e
moléculas de DNA. Pode ainda ser transcrito em RNA, permanecem em G1 por vários anos, enquanto que
e este ser traduzido, de acordo com o código genético, células da medula óssea, permanecem em G1 por 16 a
em proteínas. 24 horas.

Fase S (período de síntese)


Grande atividade de síntese de DNA.
Dura de 8 a 10 horas.
Algumas proteínas são também sintetizadas nesse
período, inclusive as que formam a estrutura do fuso
acromático.
Fase G2 (período de pré-síntese de DNA ou Intervalo 2)
Mais síntese de proteínas;
Período relativamente curto - 3 a 4 h em células como
as da medula óssea, por exemplo.
Nesse período, cada cromossomo apresenta-se
duplicado, formado por dois filamentos idênticos,
chamados cromátides-irmãs.
Quando termina, o DNA replicado já está mais
firmemente enrolado (e contraído) em torno de suas
proteínas associadas, que se torna visível por
intermédio dos cromossomos quando observados ao
microsc.
Quando a interfase termina, tem início a mitose, que
ocupa um espaço de tempo relativamente curto (varia
com a espécie, o tipo de célula e as condições
ambientais).
O ciclo celular é regulado por sinais extracelulares do
CICLO CELULAR ambiente, assim como por sinais intracelulares que
INTERFASE monitoram e coordenam os vários processos que
acontecem durante as suas diferentes fases.
SUBDIVIDIDA EM 3 FASES:
SINAIS EXTERNOS:
• Fase G1 (período de pré-síntese de DNA ou Intervalo
1) • Hormônios, que agem à distância;

• Fase S (período de síntese) • Fatores de crescimento, que atuam mais localmente.

• Fase G2 (período de pré-síntese de DNA ou Intervalo


2)
Fase G1 (período de pré-síntese de DNA ou Intervalo 1)
SINAIS INTERNOS: CICLO CELULAR
• Proteínas de dois tipos: as ciclinas e as quinases, que
interagem para ativar os genes cujos produtos, ativam a
mitose.

MITOSE
• Promove crescimento do organismo e repõe células
danificadas por diferentes lesões.
• Ocorre nas células somáticas (que são todas as
células que formam o organismo, com exceção dos
gametas: espermatozoide e ovócito ou óvulo);
Assim, o material genético, constituído de DNA e
contido nos cromossomos, é transmitido de modo
Além disso, o crescimento celular, a replicação do DNA e constante de uma célula para suas descendentes.
a mitose são coordenados por uma série de pontos de
controle que regulam as várias fases do ciclo celular.
Pontos de controle
Garantem que o ciclo celular tenha breves intervalos,
para que os erros na replicação de sequencias do DNA
possam ser reparados antes que sejam perpetuados.
CONTROLE DO CICLO CELULAR
1. PONTO DE CONTROLE DO DANO DO DNA
• Atua nos três estágios do ciclo celular: na transição
G1/S, na fase S e no limite G2/M.
• O ponto de controle da fase S monitora continuamente
a progressão da síntese do DNA ao longo de S.
• Se qualquer tipo de problema é detectado, o ponto de
controle do DNA atua para bloquear o ciclo celular em
vários pontos.
2- PONTO DE CONTROLE DA DUPLICAÇÃO DO CENTROSSOMO
• monitora a formação do fuso e a fixacao dos
cinetócoros ao fuso.
• A formação incompleta ou inadequada do fuso
provoca o bloqueio da anáfase, impedindo a separação
das cromátides-irmãs.
3. PONTO DE CONTROLE DA LOCALIZAÇÃO DO FUSO
• monitora a transição G1/S.
O primeiro passo na replicação do DNA ocorre quando
uma enzima denominada DNA-helicase rompe as pontes
de hidrogênio, mantendo junto um par de bases, em um
sítio de iniciação.
O primer atrai a DNA-polimerase III, que então reúne os
nucleotídeos complementares às bases da fita-molde de
DNA. A nova fita de DNA começa a crescer, à medida
que se formam as ligações de hidrogênio entre as bases
complementares.
A DNA-polimerase também faz uma revisão de leitura
(conferência) dos nucleotídeos recém-adicionados,
DNA-GIRASE (TOPOISOMERASE) garantindo a sua complementaridade à base da fita-
Converte o DNA circular fechado em uma forma menos molde. Caso esteja incorreto, esse nucleotídeo é
enrolada, antes de replicação, transcrição ou removido e substituído pelo nucleotídeo complementar
recombinação. correto (evitando mutações).

Durante a replicação do DNA, a enzima DNA girase Cada fita serve de molde para a síntese de uma nova
atua reduzindo a tensão molecular causada pelo fita, por complementaridade do pareamento de bases, a
superenrolamento. partir de nucleotídeos presentes no núcleo da célula (uma
base não pareada atrai um nucleotídeo livre somente se
ele lhe for complementar).
O iniciador de RNA (primer) é removido
enzimaticamente pela DNA- polimerase I, sendo
substituído pelas bases corretas do DNA. As ligações
necessárias entre os nucleotídeos da nova fita de DNA
são realizadas pelas enzimas DNA-ligases.

Outra enzima, conhecida como primase, atrai


nucleogdeos de RNA complementares para formar uma
pequena sequência de RNA denominada iniciador de
RNA, desencadeador ou primer, no início de cada
segmento de DNA a ser duplicado. TELÔMEROS

Esse iniciador de RNA é necessário, pois o DNA não Telômero: Extremidade final do cromossomo dos
pode iniciar uma nova fita de ácido nucleico por si eucariotos.
próprio.
Corresponde a uma sequência específica de DNA
• Primers: 10-12 nucleotídeos de RNA, que servem de (TTAGGG), repetida em tandem (repetições no mesmo
início para a DNA polimerase III. sentido).
Os cromossomos perdem cerca de 100 nucleotídeos de
suas extremidades por divisão celular, e o encurtamento
dos telômeros proporciona à célula um relógio mitótico.
Sequências teloméricas podem ser adicionadas aos
terminais cromossômicos, uma basede cada vez, pela
enzima telomerase.
Telomerase:
É uma DNA polimerase RNA dependente, ou seja, uma
enzima que pode produzir DNA usando o RNA como
molde.
Esta enzima adiciona sequências repetitivas de DNA aos em uma das fitas, na direção 5'-3', denominada fita de
telômeros, mantendo a integridade cromossômica. replicação contínua.
A enzima se liga a uma molécula especial de RNA que Ao longo da fita 3’-5', chamada fita de replicação
contém uma sequência complementar à repetição do descontínua, o novo DNA se forma por meio de
telômero. pequenos segmentos de mil a 2 mil bases em
procariotos e de 200 bases em eucariotos, chamados
Ela prolonga (adiciona nucleotídeos) a extensão da fita fragmentos de Okazaki.
do DNA do telômero usando um RNA como molde.
Quando a extensão está longa o suficiente, pode-se
fazer uma fita complementar através do mecanismo DNA POLIMERASE
comum de replicação de DNA (isto é, usando um RNA
primer e DNA polimerase), produzindo uma fita duplade SINTETIZA DNA NA
DNA. DIREÇÃO 5’----3’

MECANISMO DE REPLICAÇÃO DO DNA


Completadas as novas ligações, cada uma das
moléculas recém-formadas de DNA tem uma das fitas
originais e outra proveniente dos novos nucleotídeos.
Por essa razão, a duplicação do DNA é chamada de
semiconservativa.

FRAGMENTOS DE OKAZAKI

Pontos importantes!!
• Na forquilha de replicação, cada uma das fitas de
DNA serve como molde para a síntese do novo DNA.
• Como as fitas parentais não são paralelas, a
replicação do DNA só pode prosseguir continuamente

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