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PROPRIEDADES MECÂNICAS

Comportamento do material quando sujeito a esforços mecânicos

Propriedades mecânicas do aço dependem de:


● Composição Química
● Estrutura Cristalina
● Histórico de Processamento
● Tratamento Térmicos Realizados

Tração

Deformação:
● Elástica: reversível, material retorna à condição normal quando a tensão é removida;
átomos mantêm a posição relativa entre si
● Plástica: permanente, altera a estrutura interna; quebra de ligações dos átomos
vizinhos, que retornam à posição original; provocada por tensões que ultrapassam o
limite de elasticidade
○ em metais: pelo movimento das discordâncias (rede comprimida/tracionada)
ou maclagem (movimentação dos átomos a distâncias do plano de macla)
○ em polímeros: deslizamento das cadeias moleculares, quebrando e refazendo
as forças de ligação secundárias apolares
○ em sólidos cristalinos: deslizamento de planos cristalinos (deformação a
quente: acima da temperatura de recristalização; a frio: abaixo da
temperatura de recristalização)

Região elástica
● Resiliência: área abaixo da curva, capacidade em absorver energia quando
deformado elasticamente
● MÓDULO DE RESILIÊNCIA=área do triângulo
● MÓDULO DE ELASTICIDADE/YOUNG (E)=σ/ε
σ: tensão aplicada
ε: deformação elástica
maior módulo = + rígido é o material/menor é a deformação elástica
● Limite de elasticidade: máxima tensão suportada sem sofrer deformação permanente

Região plástica:
● Tenacidade: área abaixo da curva, capacidade de absorver energia até a ruptura
● Resistência máxima à tração: resistência à deformação plástica, tensão máxima
aplicada ao material antes da ruptura. Pode ser maior que a tensão de ruptura
● Tensão de Escoamento: capacidade de um material resistir à deformação plástica
● Tensão de Ruptura: tensão que provoca ruptura do material

Região de ruptura:
● Etapas: formação de trinca e propagação
● Pode assumir dois modos: dúctil e frágil
● Materiais Metálicos: fratura dúctil transgranular (deforma-se pouco antes de fraturar,
mas a propagação da trinca pode ser muito veloz)

Compressão
Esforço axial, tende a provocar um encurtamento do corpo

Ensaios de compressão:
● Indicado para avaliar a resistência de materiais frágeis
● Deformação linear: resposta desse tipo de ensaio
● Propriedades mecânicas mais avaliadas: limite de proporcionalidade, limite de
escoamento e módulo de elasticidade
● Materiais extremamente dúcteis raramente fazem os ensaios.

Dureza
O valor da propriedade varia com o método empregado.
Metais: mede-se profundidade e largura da indentação ou penetração por algum metal duro
Cerâmicos: mede-se microfissuras no material

Fadiga
Redução gradual da capacidade de carga do componente pela ruptura lenta do material
O crescimento de fissuras ocorre para cada flutuação do estado de tensões
Principais alterações estruturais em metais dúcteis:
1º - Nucleação da trinca
2º - Crescimento de bandas e deslizamento de fadiga
3º - Crescimento da trinca em planos com tensão de tração elevada
4º - Fratura final

Fatores que afetam a resistência à fadiga:


● Concentração de tensão
● Efeitos superficiais
● Ambiente

Fluência
Material submetido a uma carga ou tensão constante pode sofrer uma deformação plástica
ao longo do tempo, em temperatura elevada

Deformação Instantânea: efeito do carregamento do corpo de prova, elástica


Estágio Primário: velocidade de fluência alta
Estágio Secundário: taxa de fluência constante, duração mais longa
Estágio Terciário: aceleração na taxa de fluência até ruptura
Maior temperatura e/ou tensão= maior deformação final e em menos tempo= menor tempo
de vida do componente

Impacto
Ductilidade dos materiais é função da temperatura e da presença de impurezas
Materiais dúcteis se tornam frágeis a temperaturas mais baixas.
PROPRIEDADES ELÉTRICAS

Condução elétrica

Lei de Ohm
V = I*R
V- tensão
I- corrente
R- resistência

Condutividade elétrica
Movimento de cargas elétricas
Em semicondutores e isolantes: temperatura aumenta a condutividade
Em metais: temperatura diminui a condutividade

Estrutura da banda dos sólidos


● Ao gerar uma corrente, nem todos elétrons são acelerados na presença do campo
elétrico
● O número de elétrons livres depende da estrutura da banda de energia eletrônica do
material, relacionado ao arranjo do estado ou níveis eletrônicos em relação à energia
● A banda de energia corresponde a um nível de energia de um átomo isolado e
comporta no máximo dois elétrons

Gap ou banda proibida


Espaço entre as bandas de energia
Distingue um semicondutor de um condutor ou isolante

Nível de Energia Fermi (EF)


Nível de energia abaixo do qual todos os estados de energia estão ocupados a 0° K

Condução eletrônica e iônica


Corrente resulta do movimento de partículas eletricamente carregadas
Condução Eletrônica: movimento dos elétrons e buracos (metais e semicondutores)
Condução Iônica: movimento de íons (isolantes)
Semicondutores
Podem existir dois tipos de condução:

Condução Intrínseca
Devida à presença de imperfeição ou de impurezas
Condutividade bem pequena

Condução extrínseca
Devida à inserção de impurezas
Tipo p: geram buracos extras
Tipo n: geram elétrons extras (possuem maior mobilidade que buracos)
Impurezas podem alterar o tamanho do gap de energia.
DIODO (junção p n): Dispositivos eletrônicos (transistores, chips) usam a combinação de
semicondutores extrínsecos
● + da bateria ligado no tipo p: há condução
● + da bateria ligado no tipo n: não há condução

Comportamento dielétrico
Materiais dielétricos: isolantes, permitem aumentar a capacitância

Rigidez dielétrica
Tensão máxima que o material pode suportar antes de perder as características de isolante

Supercondutividade
Fenômeno observado em diversos metais e materiais cerâmicos
Ocorre quando a resistividade é nula, abaixo da sua temperatura crítica (Tc)
Elétrons formam pares (pares de Cooper) que se deslocam pelo material para transportar
corrente sem aparecer resistência elétrica

Material piezoelétrico
Varia sua tensão mecânica produzindo energia

Material ferroelétrico
Forma um momento dipolar
Apresenta polarização permanente na ausência de campo elétrico
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
Relacionadas com a mobilidade dos elétrons
A maioria dos elementos e materiais não exibem propriedades magnéticas

Permeabilidade magnética
Intensidade de magnetização
Varia em função da intensidade do campo

Classificação dos materiais:

Diamagnético
Apresenta momentos magnéticos nulos
Aplicando campo magnético: momentos alinham-se em sentido contrário ao do campo
Normalmente sólidos com camadas eletrônicas atômicas preenchidas

Paramagnético
Apresenta momentos magnéticos excedentes
Aplicando campo magnético: momentos tendem a se alinhar com o campo externo
Forma muito fraca de magnetismo, sem aplicação
Elétrons desemparelhados na última camada

Ferromagnéticos
Apresentam domínios com momentos magnéticos alinhados
Aplicando um campo magnético: momentos tendem a se alinhar ainda mais
Temperatura de Curie: temperatura na qual o material perde as propriedades magnéticas

Ferrimagnéticos
Alguns materiais cerâmicos que apresentam forte magnetização permanente, as ferritas

Antiferromagnéticos
Material como um todo não apresenta momento magnético
Histerese
Propriedade dos materiais se manterem magnetizados, mesmo sem campo externo
Hc=força coercitiva
Br=indução residual

Materiais magnéticos moles e duros

Magneto duro
● Retém o magnetismo após retirada do campo magnético
● Grande valor de Hc e Br
● Utilizado na fabricação de ímãs permanentes, fones de ouvido e refrigeradores

Magneto mole
● Hc e Br baixos
● Necessitam campo magnético externo
● Metais puros, utilizados em geradores e motores

Efeito dos elementos de liga


Aumentam a força coercitiva ou “dureza” magnética
Diminuem o tamanho de grão

Armazenamento magnético
Dados digitalizados são transferidos e armazenados em um meio magnético (fita ou disco)
PROPRIEDADES TÉRMICAS
Tipos de energia térmica em um sólido:
● VIBRACIONAL: conjunto de ondas elásticas em uma faixa de freqüências; átomos
ao redor de suas posições de equilíbrio; Fônons=energia
● CINÉTICA: elétrons livres

Expansões

Linear
Em uma dimensão

Superficial
Em duas dimensões
A porosidade não influencia na expansão térmica

Volumétrica
Em três dimensões
Sólidos aumentam suas dimensões durante o aquecimento e contraem no resfriamento, se
não ocorrer transformações de fases
Em isotrópicos: αv (coeficiente volumétrico)= 3αl (coeficiente linear)

Calor específico
Quantidade de calor para elevar em 1 grau a temperatura de 1 grama

Condutividade térmica
Habilidade de um material conduzir calor
Calor pode ser transportado por energia vibracional (Fónons)(Kf) ou por energia cinética
(Ke);
Elementos de liga e impurezas diminuem a condutividade e funcionam como pontos de
espalhamento

Metais
Ke>>Kf
Elétrons têm + velocidade e não são espalhados facilmente pelos defeitos como os fônons
Cerâmicos
Ke<<Kf
Fônons são facilmente espalhados pelos defeitos cristalinos
Transporte de calor é menos eficiente que nos metais

Polímeros
Ke<<Kf
Amorfos, não possuem elétrons livres

Temperatura de transição vítrea


Temperatura de transformação entre estado sólido e amolecido em materiais amorfos

PROPRIEDADES ÓPTICAS

Luz
Possui características de onda e partícula (Fóton)

Transparência
Quantidade de luz que passa do material de um meio para o outro
Expressa em % (razão entre quantidade de luz que passa e quantidade absorvida)
Opaco: não permite passar luz
Translúcido: permite passagem de luz, mas pode sofrer desvio

Refração
Desvio da luz na interface translúcida

Dispersão
Desvio de luz branca que incide sobre superfície que separa dois meios, surgindo leque de
cores, como em um prisma
Reflexão
Retorno da energia incidente com mesmo ângulo, após entrar em contato com superfície
refletora
Depende do material e do acabamento superficial

Absorção
Situações quando luz branca incide sobre objeto:

Metais e não-metais aparecem coloridos como resultado de absorções seletivas

Outros fenômenos

Luminescência
Exibido por materiais capazes de absorver energia e seguir emitindo luz visível

Fluorescência
Substância absorve energia da luz e emite radiação visível, porém, quando o fornecimento
de energia acaba, a emissão da radiação para imediatamente
Material emite luz depois de receber radiação em menos de 1 segundo

Fosforescência
Substância emite radiação visível, mas, mesmo depois que o fornecimento de energia
acaba, a substância continua emitindo luz visível por algum tempo
Material leva mais de 1 segundo para emitir luz

Fibras óticas
Feixe de luz percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas
Filamentos de sílica livres de defeitos que possam absorver, dispersar ou atenuar os feixes
de luz transmitida
Lasers
Radiação luminosa monocromática com feixe coerente que pode ter intensidade muito alta
Aplicação: cirurgias, usinagens, medições dimensionais, CD, DVDs, Blu-Ray

DEGRADAÇÃO DE CERÂMICOS
Material cerâmico é mais estável no meio ambiente
A baixa ou nula condutividade elétrica, muitas vezes, impede a corrosão eletroquímica em
atmosfera comum, não formando par galvânico
Alta dureza torna-os resistentes à erosão e à abrasão
Alto ponto de fusão torna-os resistentes à temperatura

Fatores que influenciam na deterioração


Mecânicos: vibrações e erosão
Físicos: variações de temperatura
Biológicos: bactérias
Químicos: produtos químicos

Tipos de degradação

Dissolução química
Lixiviação: extração ou solubilização dos constituintes químicos pela ação de um fluido
● Mármore: deterioração de monumentos, presença de SO2 gera chuva ácida
● Concreto: pode ser atacado por HCl, formando cloreto de cálcio e sílica gel

Mecanismo de degradação por crescimento de defeito subcrítico (SCG) ou Fadiga


Estática: crescimento de trinca pela combinação de tensões e exposição ao ambiente
corrosivo
● exemplo:vidros de silicatos pela ação da água na temperatura ambiente

Refratário e Escória: Escórias podem reagir destrutivamente com alguns refratários em


grandes temperaturas, pode funcionar como um solvente do refratário
● exemplo: escorrimento das paredes do forno

Erosão
Ocorre em canais e vertedores de barragens se os líquidos estão a alta velocidade de fluxo,
gerando cavitação e lixiviação-erosão
Biodeterioração
Ocorre o crescimento de microrganismo e atividade metabólica em regiões localizadas no
concreto, levando à produção de ácidos
● exemplo: rede de esgotos

Termodegradação
Pode ocorrer degradação de cerâmicas por choque térmico (aquecimento ou resfriamento
brusco), baixa condutividade térmica->demora para ter temperatura uniforme->tensões não
são aliviadas, a cerâmica não tem ductilidade para isso

DEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS
Relaciona-se com os rompimentos das ligações covalentes, formando radicais livres
Ocorre quando a energia na ligação é maior que a energia da ligação

Tipos de degradação

Severidade
Superficial: altera propriedades óticas, como a cor
Estrutural: altera propriedades mecânicas, térmicas, elétricas e compromete o desempenho
estrutural

Mecanismos gerais
Sem cisão da cadeia principal
● Degradação de nível superficial
● Após formação de radicais livres, a reação pode se propagar ou pode haver
recombinação intra/intermolecular dos radicais livres (ciclização)
● Podem ocorrer: formação de ligações cruzadas, substituição ou eliminação de
grupos laterais
Com cisão da cadeia principal do polímero
● Degradação de nível estrutural
● Redução drástica dos pesos moleculares das cadeias poliméricas
● Acontece de forma aleatória

Local de atuação dos agentes


Causada pelo processamento do polímero
Durante ou após o uso do material polimérico, caso tenha se transformado em um resíduo
não reciclável
Agentes ou fatores causadores
● Degradação térmica (agente físico): rompimento de ligação química por efeito
térmico
● Degradação mecânica (cisão mecânica): rompimento de ligação por cisalhamento
(quebra de cadeia poliméricas)
● Ultrassônica (agente físico): quebra de cadeias por aplicação de som em certas
frequências
● Biológica: ataque de microrganismos
● Química: quebra de cadeia e oxidação por ataque de agente químicos corrosivos ou
gases
● Hidrolítica: em polímeros sensíveis à água
● Fotodegradação: rompimento de ligação química por reação fotoquímica, causada
pela absorção de luz
● Por radiações ionizantes: rompimento de ligações químicas com radiação de alta
energia induzida por íons

Métodos para o estudo da degradação

Condições ambientais
Temperatura, época do ano, umidade, latitude, índice UV

Amostragem e tempo
Dificilmente menos de 4 anos de estudo, amostragem deve ser feita a cada mês

Medidas
Avaliação visual, medida de cor superficial, avaliação de propriedades mecânicas

Simulação de ambientes e de aceleração de degradação


Weather-o-meter: câmara de luz com lâmpadas de xenônio, spray de água pura ou com sal
DSC (Calorímetro Diferencial de Varredura): indica absorção e liberação de energia
Câmara UV: câmara com lâmpadas UVA e UVB
TGA (Termogravimetria): indica perdas/ganhos de massa de uma amostra em diferentes
atmosferas e temperaturas

DEGRADAÇÃO DE METAIS
Perda de integridade dos metais pode ser por erosão, cavitação, fragilização pelo
hidrogênio, fadiga, fluência, desgaste mecânico, fratura mecânica, carbonatação,
descarbonatação, oxidação ou corrosão
Corrosão
Deterioração química ou eletroquímica sofrida pela ação do meio, associada ou não a
esforços mecânicos

Fatores econômicos
● Perdas Diretas: custos de substituição de peças e de manutenção estão incluídos no
projeto. Exemplo: energia, mão-de-obra.
● Perdas Indiretas: custos não estão incluídos no projeto, incluem: perda de produto,
perda de eficiência, contaminação

Fatores ecológicos
Preservação das reservas minerais, produção adicional destes metais para substituição,
contaminação dos efluentes, desastres.

Mecanismos básicos
● Eletroquímico: em água ou soluções aquosa; corrosão atmosférica, no solo ou em
sais fundidos
● Químico: em alta temperatura; em solventes orgânicos isentos de água; corrosão de
materiais não-metálicos; reação química do metal com o agente corrosivo, sem que
haja deslocamento dos elétrons envolvidos; oxigênio e gases com enxofre (fornos,
caldeiras, unidades de processo); enxofre e H2S (formam sulfetos de metal que não
são protetores e agravam o processo corrosivo por formarem eutéticos de baixo
ponto de fusão com os óxidos de metal)

Crescimento da película de oxidação


● Fixação do oxigênio à superfície de um metal exposto a uma atmosfera de oxigênio
molecular resulta da competição de três processos:
1. Adsorção de um filme de oxigênio atômico sobre a superfície metálica
2. Adsorção de oxigênio molecular sobre a face externa do filme anterior
3. Película de óxido proveniente da reação de oxidação (mais acentuado em
temperaturas
elevadas)
● 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 Ó𝑥𝑖𝑑𝑜/𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 ≥ 1: formada sob compressão, podendo ser
protetora
● 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 Ó𝑥𝑖𝑑𝑜/𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑡𝑎𝑙 ≤1: formada sob tração, é porosa e não protetora
● K, Na, Ca, Mg: formam películas porosas e não protetoras, com crescimento linear
● Fe, Ni, Cu: formam películas compactas, fraturam e perdem aderência com
facilidade, crescimento parabólico
● Al e Cr: formam películas compactas, aderentes, plásticas, impermeáveis, são muito
protetoras, crescimento logarítmico
● W e Mo: formam películas compactas, são voláteis e apresentam um crescimento
linear

Corrosão aquosa (mecanismo de corrosão eletroquímica)


Ocorre na presença de um eletrólito (necessário que ocorram simultaneamente a reação
anódica e a reação catódica,que pode ser reação de evolução do hidrogênio ou redução
do oxigênio dissolvido

Classificação da corrosão
● Corrosão geral: caracterizada por redução uniforme da espessura do material
○ Corrosão Atmosférica: eletroquímica, eletrólito=umidade do ar
○ Corrosão Uniforme: perda de massa relativamente uniforme, significativa,
em toda a extensão; há redução visível na espessura; taxa de corrosão
definida e previsível; detecção e avaliação relativamente fácil
○ Corrosão Galvânica: resultado do contato elétrico de metais diferentes;
+intensa = +diferença de potenciais eletroquímicos
○ Corrosão Biológica Geral, Corrosão em Sais Fundidos, Corrosão em Altas
Temperaturas

● Corrosão localizada: caracterizada por altas taxas de penetração em locais


específicos
○ Corrosão por Frestas: resultante da formação de pilhas de aeração
diferencial ou de concentração iônica diferencial
○ Corrosão Filiforme: resultante da formação de pilhas de aeração diferencial,
se manifesta na forma de filamentos sob filmes de revestimentos,
especialmente tintas
○ Corrosão por Pites: ocorre em superfícies metálicas passivadas, formando
locais corroídos de pequeno diâmetro e grande profundidade
○ Corrosão Alveolar: caracterizada pela presença de sulcos de escavações
semelhantes a alvéolos
○ Corrosão por placas: em regiões da superfície e não em toda sua extensão,
formando placas com escavações.
○ Corrosão por esfoliação: progride paralelamente à superfície externa do
○ metal, com consequente desprendimento de camadas, lâminas ou escamas
○ Corrosão Microbiológica/Biológica Localizada: deterioração de material
metálico em que microrganismos têm participação direta ou indireta
● Corrosão influenciada por fatores metalúrgicos: caracterizada pela composição
química da liga e pelo tratamento térmico do material
○ Corrosão Intergranular: ocorre entre os grãos, grãos funcionam sendo a
região anódica
○ Corrosão Transgranular: se processa no interior dos grãos da rede cristalina
do material metálico. O material poderá fraturar à menor solicitação
mecânica, podendo ocorrer fratura sem nenhuma perda de espessura
aparente
○ Corrosão Seletiva: resultante da formação de um par galvânico entre os
elementos que compõe uma liga metálica

● Corrosão pela ruptura induzida pela ação do meio: ruptura (cracking) produzida pela
corrosão na presença de tensões
○ Corrosão Sob Tensão: se manifesta na forma de trincas (intergranulares ou
transgranulares), ocorre quando um material é submetido a tensões de tração
(aplicadas ou residuais) quando em contato com um meio corrosivo
específico
○ Corrosão-Erosão: associada ao desgaste mecânico provocado pela abrasão
superficial de uma substância sólida, líquida ou gasosa
○ Corrosão por Fadiga: caracterizada pelo aparecimento de trincas no metal,
decorrentes da ação combinada do ataque químico do meio e de tensões
cíclicas
○ Corrosão-Cavitação: a cavitação é o desgaste provocado em uma superfície
metálica devido a ondas de choque do líquido, oriundas do colapso de bolhas
gasosas
○ Corrosão por Impingement (turbulência): tipo de corrosão-erosão
combinada, ocasionada pelo fluxo turbulento de um líquido ou pelo choque
direto do líquido em certas áreas
○ Corrosão por Fragilização do Hidrogênio: originada da adsorção e
subsequente penetração do hidrogênio gerado na superfície da estrutura
metálica para o interior da estrutura
○ Corrosão por Fragilização do Metal Líquido: metais no estado sólido
submetidos a tensões residuais, concomitantemente em contato com metais
fundidos

● Corrosão e termodinâmica:

● Consequências da corrosão na indústria de processo:


○ produto fora de especificação
○ perdas de equipamentos e produtos
○ paradas não programadas
○ custos com perda de lucros
○ danos ao meio ambiente
○ acidentes (segurança pessoal e patrimonial)
Métodos de prevenção
Promover:
● alteração do projeto
● modificação do ambiente
● aplicação de revestimentos de barreira
● seleção de materiais
● proteção anódica ou catódica

Principais meios de proteção contra a corrosão:


● Revestimentos metálicos: com outro metal mais resistente à corrosão, nobre (+
que o substrato) ou de sacrifício (menos nobre que o substrato)
● Revestimentos orgânicos: com produtos à base de carbono, como betume, piche,
alcatrão, borrachas, plásticos, tintas(+ importantes), vernizes e esmaltes
● Revestimentos inorgânicos de conversão: consistem na interposição de uma
película não metálica inorgânica entre o meio corrosivo e o metal, podem ser por:
○ Anodização: processo eletroquímico que visa formar uma camada de óxido
na superfície de um metal
○ Fosfatização: processo que consiste em recobrir peças metálicas com
fosfatos de zinco, ferro e manganês
○ Cromatização: processo de imersão do material em cromo hexavalente, tem a
função de aumentar a resistência da corrosão de metais e revestimentos
metálicos, diminuir a tendência à corrosão por impressão digital, elevar a
aderência de tintas e outros revestimentos orgânicos e propiciar cores
decorativas sobre metais
● Proteção catódica: consiste em tornar a superfície que se deseja proteger em
cátodo de uma célula de corrosão
● Uso de inibidores: inibidor é uma substância química ou combinação de
substâncias, que previne ou reduz a corrosão, sem reação significativa com os
componentes, usados principalmente em soluções de banho ácidos, ambientes de
serviço ácidos, sistemas de vapor e soluções aquosas neutras e quase-neutras;
classificação:
○ Inibidor anódico: atua na área anódica, formando um filme protetor pouco
solúvel
○ Inibidor catódico: atua na área catódica, gerando precipitação de uma fase
sólida sobre essa área, diminuindo a velocidade de reação
○ Inibidor de adsorção: funciona como película protetora, por meio da adsorção
de substância orgânicas em pontos da superfície metálica e, assim, redução
da velocidade de corrosão; inibidor orgânico fortemente polar (aminas,
aldeídos, ureia, compostos nitrogenados)
○ Inibidor em fase de vapor: sólidos voláteis que ao serem colocados em
espaços fechados, saturam o ar com seus vapores

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