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FACULDADE EDUVALE DE AVARÉ

Associação Educacional do Vale do Jurumirim

BERNARDETTE BONFANTI ISHII TEIXEIRA

UM NOVO PARADIGMA: O PREPARO DOS FUTUROS


PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM FRENTE AO
ADVENTO DA MEDICINA E DA ENFERMAGEM QUÂNTICA

AVARÉ-SP
2020
BERNARDETTE BONFANTI ISHII TEIXEIRA

UM NOVO PARADIGMA: O PREPARO DOS FUTUROS


PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM FRENTE AO
ADVENTO DA MEDICINA E DA ENFERMAGEM QUÂNTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Enfermagem da Faculdade Eduvale de
Avaré como exigência parcial para obtenção do
título de bacharel em Enfermagem sob a orientação
do Prof. Dr. Adilson Lopes Cardoso.

AVARÉ-SP
2020
BERNARDETTE BONFANTI ISHII TEIXEIRA

UM NOVO PARADIGMA: O PREPARO DOS FUTUROS


PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM FRENTE AO
ADVENTO DA MEDICINA E DA ENFERMAGEM QUÂNTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem da Faculdade Eduvale


de Avaré como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem sob a
orientação do Prof. Dr. Adilson Lopes Cardoso.

__________________________
Prof. Dr. Adilson Lopes Cardoso

___________________________

___________________________

____________________________

Avaré-SP
2020
Dedico este trabalho aos meus pais pelo apoio e
incentivo que serviram de alicerce para as minhas
realizações.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado me apoiando ao
longo de toda a minha trajetória e são os pilares da minha formação como ser humano; a todos
os meus amigos, por todo o apoio confiante ofertado e pelo incentivo, de que eu seria capaz
de superar os obstáculos que a vida me apresentou quando minhas palavras me questionavam
sobre isso.

À todos os meus professores, meu sincero obrigado, suas vastas experiências de profissão e de
vida auxiliaram a desabrochar de mim, o melhor. Deixo um agradecimento especial ao meu
orientador pela dedicação e por acreditar que eu seria capaz de perfilar uma obra de
diferenciada dimensão e me prestar seu apoio para isso.

Por último, quero agradecer também à Faculdade por me proporcionar a oportunidade de me


formar não somente na profissão da Enfermagem, mas no ensino sobre a Vida.

Cada um destes perfez a configuração de um mavioso céu estrelado, a constelação mais linda
e sagrada que só o Grande Arquiteto poderia possibilitar a nortear-me à Sabedoria:.
A essência divina está presente em todos os lugares,
na água, na terra e no ar. Está presente em nós, nos
reinos animal, mineral e vegetal. Está em todo o
universo, nos universos paralelos e no multiverso,
pois Ela advém de DEUS e Ele é Onipresente,
Onipotente e Onisciente.
Roberto José Faria de Gusmão
UM NOVO PARADIGMA: O PREPARO DOS FUTUROS PROFISSIONAIS DA
ENFERMAGEM FRENTE AO ADVENTO DA MEDICINA E DA ENFERMAGEM
QUÂNTICA

A NEW PARADIGM: THE PREPARATION OF FUTURE NURSING


PROFESSIONALS IN FRONT OF THE QUANTUM MEDICINE AND NURSING
ADVENT

BERNARDETTE B. I. TEIXEIRA1

ADILSON LOPES CARDOSO2

1
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade EDUVALE de Avaré.
2
Orientador, Professor Doutor do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade
EDUVALE de Avaré.

RESUMO
Neste artigo buscou-se realizar uma revisão bibliográfica sobre a expansibilidade da Física
Quântica (FQ) nesses setores para elaborar uma análise quanto à adequação do ensino dos
futuros enfermeiros frente a esse ramo emergente da física. Desde a descoberta da
quantização de energia de Max Planck, até a sua aplicação nos Raios-X e recentes
tecnologias, a FQ tem ganhado cada dia mais espaço e investimentos nos mais diversos
setores, inclusive no da saúde, dando o surgimento de novos setores como o da medicina e da
enfermagem quântica. Para que existam profissionais qualificados para atuar junto a essas
novas tecnologias e procedimentos fazem-se necessárias atualizações educacionais.
Ponderando sob esta análise, concluiu-se que o meio da educação ainda não acompanhou o
desenvolvimento das aplicações da FQ, objetivando-se, portanto, que as instituições de ensino
superior das áreas correlativas possam refletir e reavaliar a formulação das próximas grades
estudantis e adequá-las mais favoravelmente a esse mercado de trabalho.

Palavras-chave: Física Quântica; Tecnologias; Procedimentos; Ensino; Medicina;


Enfermagem;

ABSTRACT
In this article, there was the intent of carrying out a bibliographic review on the quantum
physics expandability of these sectors to elaborate an analysis regarding the future nurse´s
teaching adequacy in face of this emerging branch of physics. From the discovery of Max
Planck's energy quantization to its application in X-rays and recent technologies, quantum
physics has been gaining more space and investments in the most diverse sectors, including
health sector, giving rise to new sectors such as medicine and quantum nursing. In order of
coming to be qualified professionals to work with these new technologies and procedures,
educational updates are necessary. Pondering under this analysis, it was concluded that the
education field has not yet followed the development of the applications of quantum physics,
aiming, therefore, that high-school institutions in the correlative areas may reflect and
reevaluate the formulation of the next student grades and adapt them more favorably to this
labor market.

Key Words: Quantum physics; Technologies; Procedures; Teaching; Medicine; Nursing


SUMÁRIO

1.0. INTRODUÇÃO12
2. OBJETIVO13
3. MÉTODO14
4.0. REVISÃO DA LITERATURA14
4. 1 Origem da Física Quântica14
4.2 Difusão e ensino da Física Quântica20
4.3. A importância do ensino da Física Quântica (FQ) e da Mecânica Quântica (MQ) quanto
ao setor da saúde28
4.4. A inserção do mundo subatômico na sociedade e nos meios de saúde39
4.5. A aplicabilidade da Física Quântica e seus benefícios ao setor da saúde 48
5.0. RESULTADO E DISCUSSÃO67
6.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS72
7. 0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS72
1.0. INTRODUÇÃO
Investimentos em tecnologias quânticas atraem cada vez mais a atenção do mundo,
passando a constituir a base de entendimento de variados ramos da ciência, a citar os da
química, da física nuclear, da ciência de materiais e o que abarca a compreensão mais
holística do ser. De 1900, onde ocorreu a descoberta da quantização da energia de Max Plank
até 1950, a física quântica (FQ) deu passos largos junto ao desenvolvimento da ciência, a
exemplificar no que vem se empregando na computação com a comutação do sistema binário
convencional por um sistema baseado em partículas elementares da molécula e circuitos
eletrônicos miniaturizados que possibilitaram a ampliação no processamento da informação.
Na era digital em que vivemos a atualização rumo à alta tecnologia é uma vertente marcante,
e o atual emprego junto a FQ, pontua o andamento da ciência e é essa combinação
interdisciplinar que tem levado ao paradigma da antiga ciência versus a nova face da ciência
moderna (JASINSCHI, 2007/2008)
No ramo tecnológico da medicina, a FQ também veio a expandir os seus horizontes.
De acordo com o gestor do Conselho Federal de Medicina, Roberto d´Avila (2009), a era
atual encontra-se em transformação, com grandes revoluções dadas pela quântica, pelo setor
computacional e a biotecnologia. Ele ressalta que o desafio agora vem a ser o SUS e a
evolução tecnológica, pois tanto a engenharia genética quanto a robótica vem incorporando o
futuro do processo produtivo, onde menos trabalhadores serão necessários com mais
requisição do conhecimento dessas novas técnicas e máquinas com embase quântico. Ele
alega que essas alterações envolvem também outros setores, como o da microeletrônica, as
telecomunicações, e a produção biotecnológica de manuseio genético de animais e plantas,
influenciando também o campo da nanotecnologia, e esta, a grandes mudanças na formulação
de materiais. Essas mudanças vieram a impactar a nanociência como um todo (como na
utilização de celulares, dispositivos eletrônicos e principalmente nos computadores atuais.), a
nanomedicina, e outras áreas:

As aplicações da nanobiotecnologia incluem a nanomedicina (biologia molecular e


genética), que consiste em usar nanopartículas, nanorrobôs e outros elementos em
escala nanométrica para curar, diagnosticar ou prevenir doenças, o desenvolvimento
de nanofármacos (fármacos encapsulados), além da nanocosmecêutica (cosméticos
com efeitos farmacológicos consideráveis). Num contexto bem mais atual, é sabido
que pelo menos 300 produtos vendidos no mercado americano já usam
nanotecnologia, entre os quais protetores solares, pasta de dentes e shampoos.
Cogita-se, ainda, o emprego da nanotecnologia molecular dentro do corpo humano
para se obter uma rápida reparação cardiovascular, o tratamento de doenças
infecciosas e câncer, respostas físicas a traumas, queimaduras e exposição à
radiação; novos métodos de primeiros socorros, cirurgias e cuidados de emergência
ou intensivos; a restauração medular e a reparação do cérebro, e até mesmo melhorar
a performance de órgãos e sistemas. A longo prazo (e não mais como ficção
científica), o futuro dos hospitais, do complexo industrial da saúde e da própria
profissão médica seria determinado pela nanomedicina. Estamos ingressando, neste
momento histórico, na 4ª revolução industrial. D´AVILA (2009, p.1)

O universo é constituído de átomos, sendo esta a base da nanotecnologia, e que,


portanto, uma partícula pode ser formada para diversos fins (SILVA & BERNUY, 2011).
Igualmente, são os átomos a constituição de base do corpo humano, e como tal, o seu
entendimento pede atenção, a considerar que a solidez da matéria estudada na física clássica,
se dissolve em energia quando a avaliação é feita em nível subatômico, ou seja, das partículas
elementares do átomo. Sob essa ótica, essas propriedades elementares dos átomos e suas
interconexões se assemelham a ondas (expressões da vibração da energia).

Assim, a partir da descoberta da quantização de Max Plank da energia subatômica, a


terminologia de quântica veio a ser vista como a recognição da relação da matéria como uma
informação expressa a partir da energia, expressão esta que levou o Dr. Richard Gerber
explicitar por meios científicos a importância das variadas terapias explicadas por ele como
“medicina vibracional”. Destas, podemos citar algumas como a acupuntura, a homeopatia, a
cromoterapia e a cura pela imposição de mãos, configuradas como sendo práticas de cura,
onde a compreensão do uso da energia é tratada como base para essas terapias seguindo
descobertas científicas prévias que provaram que a substância natural formativa do nosso
organismo é a energia e que, da mesma forma, as doenças carecem de ser decompostas no
campo das vibrações. Essas terapias são hoje aceitas pelos ramos da Medicina e da
Enfermagem, sendo reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que atende as
necessidades do setor a saúde e de outros da população e são hoje constituintes das Práticas
Integrativas e Complementares (PIC) retratadas na Portaria 971 de 2006 do Ministério da
Saúde (MS). Por justamente se configurarem sob um caráter vibracional, é que elas puderam
ser qualificadas como práticas integrativas de saúde quântica, demonstrando-se assim a
importância da Física Quântica (FQ) junto a área da saúde. (SANTOS & LOPES, 2016).

2. OBJETIVO
Trazer à luz da reflexão uma perspectiva parcial da profundidade em que a Física
Qûantica está imersa na sociedade, bem como na formação do próprio ser humano;

Compreender a Física Qûantica em sua abordagem no meio do ensino essencialmente


às pessoas pertencentes ao meio estudantil e aos profissionais das áreas médica e
enfermagem.

3. MÉTODO

Em prol de realizar esta peça, uma pesquisa foi efetivada por meio de uma
investigação bibliográfica do período compreendido entre 2015 e 2020, levando em
consideração os anos anteriores como historicidade para análise, trazendo à colação destes
periódicos e revistas científicas, livros, teses e outros tipos de trabalhos com fundamentação
científica. O método empregado visou realizar uma intensa pesquisa em sites que estes são
veiculados, como o Scielo (Scientific Eletronic Library Online), o Google Scholar (Google
acadêmico em Inglês) ou em sites oficiais em que dados legitimados são armazenados, como
os do Conselho Federal de Medicina, do Ministério da Saúde (MS), da World Health
Organization (WHO), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre outros.
Também foi utilizada uma literatura específica de obras nacionais e internacionais escritas
por especialistas renomados e reconhecidos pelo estudo sobre a temática, cujo foco foram
pesquisas e descobertas científicas que vem sendo adquiridas e aplicadas na engenharia de
equipamentos e materiais, técnicas e elaborações de dados de profissionais e outros enfoques
de variados setores.

4.0. REVISÃO DA LITERATURA

4. 1 Origem da Física Quântica


Pode se dizer que a incertidumbre quanto a FQ não se iniciou com as comprovações
de seus efeitos; antes mesmo disso, ela já se deu com a sua origem. Segundo Pessoa Jr,
(2000), várias são as crenças de como ela veio a se dar, e destas, há as que remetem a
descoberta sob um julgo interpretativo, como a atribuída a partir dos “Calores Específicos”
em 1872. Esta lei, por exemplo, refere-se aos “calores específicos” dos sólidos
monoatômicos de Dulong-Petit, que parte do princípio da equipartição de energia, ou seja,
através do equilíbrio térmico, onde a energia seria partilhada de maneira igual entre as várias
formas que ela viesse a se expressar. Todavia, nesta versão, houve o entrave da não
subsistência desse equilíbrio da capacidade calorífica no caso de que o sólido fosse admitido a
temperaturas mais baixas. Outras descobertas, como a do raio-x, também chegaram a ser
admitidas como sendo o ponto de partida da FQ. No alvorecer do século XX, acreditou-se
que os raios-x eram provindos da dualidade onda-partícula e foi teorizado na época que esses
raios se formavam por pulsos eletromagnéticos onde a natureza era atribuída à dualidade
onda-partícula. Essa teoria foi reformulada depois de 1912, quando ocorreu o entendimento
com a Lei de W.H Bragg que os padrões que os configuravam não tinham como natureza a
dualidade onda-partícula, mas a difração de raios. A descoberta da Espectroscopia, e mesmo o
próprio descobrimento da dualidade onda-partícula do elétron feito por J.J. Thomson (o
aspecto corpuscular em 1896, seguido pelo das ondas em 1927 por G.P. Thomson) também
foi igualmente considerado como meio dessa origem, bem como o desenvolvimento dos
“efeitos ópticos” pelo “quantum de luz” feito por Einsten (em 1905) teve sua representação no
meio científico. Entretanto, a despeito das várias proposições perfiladas, a influência da teoria
de quantização expressa pela Lei da Radiação Térmica de Max Planck em 1900, foi aquela
interpretada como sendo o marco crucial e autêntico.

Até o fim do século XIX, muitas eram as divergências apresentadas entre as teorias
condizentes dos calores específicos e os obtidos em experimentos com os gases diatômicos e
poliatômicos no meio cientifico. Isso culminou no fracasso da teoria da Equipartição em 1910
com a veemente conclusão de que as leis partilhadas pela clássica mecânica da época não
correspondiam à estrutura sistemática das moléculas. Havia inconsistências na explicação
fenomenológica pela Física Clássica que até então era compreendida pela teoria ondulatória
do eletromagnetismo de Maxwell, e a teoria corpuscular da mecânica newtoniana – (ORTOLI
& PHARABOD, 1986). Por conta disso, originou-se mais adiante o que se chamou
historicamente de “a catástrofe do ultravioleta”, falhas teóricas desencadeadas nos
experimentos, decorrentes da postulação de que haveria crescimento infinito no caso da
emanação da densidade de energia de um corpo negro, o que na prática, não acontecia quando
a frequência emitida chegava nas proximidades da frequência ultravioleta (CARUSO, 2008).

Em verdade, a ciência clássica não estava pronta para novas concepções. Newton
tratava de entender o processo da caída de um corpo de maneira mecanicista, e a gravitação
como uma consequência de pressões provindas de um ambiente interplanetário, a despeito do
fato de que a lei da gravitação demonstrava ser uma força que não só agia à distância, como
também era independente do ambiente disposto entre os corpos. A distância entre dois corpos
vem a ser relativa, e entre essa distância, existe atração entre dois corpos, a título de exemplo,
como a encontrada entre o Sol e a Terra. Essa atração desconsidera a camada de gás
pertencente ao Sol tanto quanto a camada da crosta terrestre que reveste a Terra. Newton não
sopesava esse tipo de premissa, segundo aponta Silva (2020) e por isso deixara, assim, uma
carta ao erudito Dr. Bentley na época:

É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a interpretação de algo que
não seja material, agir e afetar outra porção de matéria sem contato mútuo, como
deve ser se a gravitação, no sentido de Epicuro, for essencial e inerente a ela... Que a
gravidade deva ser inata, inerente e essencial à matéria de tal modo que um corpo
possa agir sobre um outro à distância, através de um vácuo, sem a intermediação de
qualquer coisa por meio da qual as suas ações e forças possam ser transmitidas, é
para mim um absurdo[...] (SILVA, 2020 p.9-10)

E quanto a essa ilação registrada nos anais da história, o autor discursa sobre, a dizer
que, ainda que intuitivamente, os experimentos que ora eram realizados desfechavam-se em
outro sentido:

Mas a ação à distância ainda se mostra intuitiva em outros exemplos, como ao


pressionar uma lente sobre a outra originando discos coloridos ao passo que quanto
maior a força, mais uma lente se aproxima da outra e maior será a variação das cores
para o violeta (menor comprimento de onda), dessa forma podemos relacionar o
comprimento de onda da cor do disco com a distância relativa entre as lentes.
Havendo tomado certa magnitude, os discos desaparecem, mas as lentes ainda não
estão em contato óptico, o que significa que o comprimento de onda relacionado à
distância é inferior ao perceptível pela nossa visão. Para mostrar que as superfícies
não estão em contato real removemos os pesos. Os anéis contraem-se e diversos
deles desaparecem no ponto central. Entretanto, sabemos que é possível fazer com
que dois pedaços de vidro fiquem tão próximos entre si que eles tenderão a não se
separar de modo algum; ao contrário, eles aderem tão firmemente um ao outro que,
quando separados, o vidro quebra. Nesta experiência os vidros estão muito mais
próximos do que quando estavam em mero contato óptico. Assim mostramos que
dois corpos começam a pressionar-se mutuamente quando ainda estão a uma
distância mensurável um do outro (...). A discussão sobre a natureza das forças
também se extendeu com o avanço do eletromagnetismo. Quando Oersted observou
que um fio percorrido por uma corrente defletia uma agulha imantada (Figura 1.6),
reascendeu a discussão de um éter mediador. A questão é que diferente da força
gravitacional newtoniana que se direcionava na reta que unia os corpos, o efeito da
corrente atuava ao redor do fio, voltando à intuição dos vórtex de Descartes.
(SILVA, 2020 p.9-10)

Esse foi o motivo pelo qual a emergente teoria de Planck começou a ganhar destaque,
tendo ele realizado um aprofundamento do fenômeno que havia na irradiação de um corpo
negro, em que analisava a densidade energética existente dentro de uma cavidade (SANTOS
& LOPES, 2016).
A catástrofe do ultravioleta se dava porque naquele momento histórico as investidas
em explicar esse tipo de fenômeno como o de Planck tinha constatado que havia radiadores
elementares nas paredes das cavidades os quais ao receberem estímulos térmicos que os
agitassem, passavam a emanar radiação, ou poderiam também passar a recebê-la, em um
equilíbrio térmico, em que ambos esses processos se equilibravam. Mas nos cálculos teóricos
da física clássica, essa quantidade de emanação de energia iria se manifestar infinitamente e
nas mais altas frequências, contrapondo o que era na prática observado. Com o postulado de
Planck sobre o espectro (distribuição das ondas) da radiação do corpo negro, a Física
começava a ter algumas explicações que auxiliaria a se sair desse tipo de impasse, conforme
elucidado por Silvana Perez (2016):

[...] um dos desafios científicos da época era entender o espectro de radiação emitido
por corpos incandescentes, em particular, buscando o material mais eficiente para
essa função. O estudo da radiação térmica e a explicação teórica dos resultados
experimentais levaram a um impasse que culminou com a hipótese de quantização
da energia. Desde o início do século, trabalhos experimentais analisavam a
proporção entre a potência de emissão e a potência de absorção da radiação de
corpos aquecidos. Buscando um modelo teórico para entender esses trabalhos,
Kirchhoff propôs, em 1859, o conceito de corpo negro, como sendo um corpo ideal
que absorve toda a radiação que incide sobre ele. Para entender essa definição,
vamos primeiro utilizar o fato de que todo corpo a uma temperatura emite radiação
térmica. Essa radiação vai possuir uma distribuição espectral com um ou mais picos
de frequência máximos, que vão depender das características do corpo. Diferentes
corpos emitem radiação com diferentes espectros. (...) Um corpo negro é um corpo
ideal, cujo espectro de radiação depende somente da sua temperatura; em outras
palavras, todos os corpos negros à mesma temperatura T emitem radiação térmica
com o mesmo espectro, independente de suas características individuais. (...)
exemplos de corpo negro são objetos cobertos com uma camada de pigmento negro.
Em equilíbrio termodinâmico, a superfície do corpo negro ideal absorve toda a
radiação eletromagnética que incide sobre ele, e irradia na forma de radiação térmica
na mesma taxa que a absorve. (PEREZ, 2106, p. 15-16).

Planck apresentou a hipótese que a energia emanada ou absorvida como radiação


desse corpo negro, ao invés de contínua, poderia ser descontínua, atribuindo-a em pacotes de
energia (quanta) como um múltiplo de inteiro de uma dada quantidade, sendo este valor
equivalente à frequência dessa radiação. Dessa forma a energia seria, então “quantizada”.
Com o artigo “Sobre a Teoria da Lei de Distribuição de Energia do Espectro Normal”, Planck
pode, portanto, explicitar como os elétrons atuavam nas paredes do corpo negro e a inter-
conecção que tinham com a radiação eletromagnética observada dentro de uma cavidade por
onde a luz que adentrasse por um orifício e atingisse as paredes desta cavidade era
termalizada. (LIDMAR JR, 2015).
Essa termalização ocorrida pela luz configuraria a diminuição da energia dos nêutrons
para atingir o balanço de calor em relação ao âmbito onde se encontravam. (MICHAELIS,
2020).
No entanto, Planck ainda não sabia que a descontinuidade da energia emanada não se
referia ao processamento da emissão e da absorção da luz, mas sim como uma propriedade
própria da luz, conduzindo-o a anos de buscas por respostas para a sua teoria quântica.
(CARUSO, 2008)

A quantização da energia de Planck alcançada em sua equação correspondente foi a


ferramenta inicial empregada para o estudo molecular da distribuição de energia. Mas foram
as posteriores elucubrações do cientista Albert Einsten, dedicado a decifrar o que exatamente
era um quantum que fizeram a diferença nessa teoria. Nesse sentido, Einsten sustentou o
anteposto por Planck ao dizer que a energia condizente à radiação do eletromagnetismo não se
espargia igualitariamente, que de fato ela se subdividia em pacotes pequenos de energia
(quanta) de quantidade indivisível, sendo cada pacote (um quantum - plural quanta)
representado por certa quantidade de energia específica, configurada pela equação E=h.f,
onde “f” é a frequência da onda e “h” a constante de Planck. A partir daí, Einsten perfez que,
no exemplo de um elétron pertencente a um átomo de um pedaço de metal, esse elétron
dispenderia de uma quantidade de energia que teria um valor constante de acordo com os
atributos do material em questão. Esse estudo tratava de explicar o desenvolvimento do efeito
fotoelétrico com mais detalhes (descoberto por Heinrich Rudolf Hertz no final do século XIX,
quando notou que a luz de uma faísca sobre um circuito podia gerar uma corrente elétrica em
outros circuitos afastados, utilizados então por Hertz para detectar as ondas eletromagnéticas).
Sabia-se que a energia eletromagnética da luz, absorvida pelos elétrons do metal levava
alguns deles a pular para fora da superfície deste metal (por ter sua energia cinética, a energia
relativa ao movimento que ele faz no objeto, aumentada), mas a dúvida que ecoava era,
porque a energia destes fótons que pulavam da placa do metal não acrescia quando se
aumentava a intensidade da luz, mas tão somente quando recebia a iluminação em uma
frequência adequada? Silva (2005) explica essa trajetória e perfaz em seguida como Einsten
chegou nessa resposta com clareza:
Em 1905, quando já não havia mais dúvidas acerca da natureza ondulatória da luz,
Einstein publicou um artigo onde explicava perfeitamente o Efeito Fotoelétrico,
admitindo que a luz fosse composta por corpúsculos, fótons, com energia
diretamente proporcional a frequência da luz. Na teoria dos fótons, a energia que
transporta a luz não é absorvida ou emitida de forma contínua, porém de forma
discreta: podem ser emitidos ou absorvidos 1, 2, 3, etc. fótons, todavia não uma
fração deles. Essa teoria explanava, também, o sucesso da hipótese de Max Planck
(1900), quem, para poder explicar o espectro de luz produzido por um corpo
aquecido, admitiu que a energia da radiação do objeto só podia ter valores discretos:
um quantum de energia. Os trabalhos de Planck e de Einstein dariam origem a física
quântica (SILVA, 2005, p.5).

Em outras palavras, elétrons absorvem os fótons por completo (e não frações


gradativas desses fótons, como se acreditava na física clássica), podendo-se assim se desligar
da placa metálica quando essa quantidade de fótons era suficiente para tal, colocando-se com
isso um limite específico de frequência em que esse efeito passaria, assim, a ocorrer. No caso
da luz (onda eletromagnética) atuante neste metal tivesse uma vibração (frequência) mais
baixa, esses efeitos seriam cessados ainda que a luz incidente seguisse atuante
indeterminadamente (XAVIER, 2012).
Com esse trabalho, a luz foi vista como passível de ser quantizada e de aspecto dual,
ora com a expressão de ondas, ora de partículas (os quanta de energia), levando ao início do
paradigma, onde Caruso (2008) alude que “pela primeira vez na história da Física a questão
do Ser é colocada de forma tão peculiar. Este termo dualidade esconde, na verdade, o início
de uma profunda crise epistemológica da Ciência, capaz de abalar os alicerces do
determinismo mecanicista no nível do microcosmo”.
Anos mais tarde, a teoria da dependência linear entre a energia e a frequência de
Einsten pode ser confirmada, rendendo-lhe em 1922, o prêmio Nobel por essa descoberta
(PAIS, 1995). Essa confirmação pode se dar, a salientar, por Alain Aspect, que, levando
consigo esses postulados de Einsten e as discussões deste travadas com o cientista, Niels
Bohr, pode trazer em meios práticos a confirmação experimental da física quântica (ORTOLI
& PHARABOD, 1986).
Com isso, a nova física, postulada como Frequência Quântica, pode trazer um novo
patamar às explicações que a antiga Física Clássica não podia explicar, focando a sua linha de
pesquisas no átomo ou em nível ainda mais diminuto a ele. A lei da radiação de Planck pode,
dessa forma, trazer um novo conceito de entendimento à humanidade, desatando das crenças
antigas da energia contínua para o da emanação de pacotes de “quanta”. (SILVA; SAMPAIO
& FONSECA 2011), e dessa forma, com o tempo e desenvolvimento científico nessa área, os
princípios quânticos passaram a representar hoje a reestruturação da Ciência atual, com o seu
uso em diversos setores, como o de manipulação de materiais, aprimorando a mecânica dos
seus elementos.

4.2 Difusão e ensino da Física Quântica


Um dos processos que possibilita o interesse e motivação na busca do conhecimento é
o meio de divulgação. Em termos de FQ, essa difusão no exterior segue em ritmo crescente,
mas no Brasil, ainda é muito escassa. Isso porque a divulgação da ciência e da tecnologia
trilham conjuntamente pelas vias do uso prático. Entretanto, trata-se de um novo campo da
física, logo, não há como a sociedade desejar gerar frutos com ele se, de fato, somente ouviu
falar ou até mesmo, o desconhece. Em outras palavras, para que a sociedade possa expressar
uma opinião ou tecer o desejo da tomada de decisão quanto aos acrescimentos nessa particular
expressão da ciência, um mínimo de teor de informação sobre o tema deve estar acessível ou
mesmo sendo ofertado (principalmente nos meios estudantis) de maneira que o rebuscamento
intrínseco da linguagem científica possa ser interpretado em uma linguagem mais acessível.
Rocha (2012) faz alusão sobre isso quando discursa sobre o ofício social de disseminação
científica:

(...) Na sociedade contemporânea, permeada pela ciência e tecnologia, o acesso aos


conhecimentos científicos e tecnológicos é um elemento essencial para o exercício
da cidadania. Dentro desta mesma ótica, trata-se de desenvolver uma postura crítica
que busque estar atento aos efeitos que estes avanços possam estar tendo. Assim, por
exemplo, é importante discutir questões que envolvem o uso da energia nuclear e
seus riscos implícitos, o uso indiscriminado dos recursos naturais ou o processo de
alteração das paisagens naturais. Estes e outros assuntos que vão da ecologia à FQ ,
da genética molecular às teorias da origem do universo, já fazem parte do cotidiano
dos cidadãos deste milênio. A reflexão crítica sobre estas questões irá colaborar para
desmistificar a visão de neutralidade do saber científico, relacionando-o sempre aos
usos que dele se faz. (ROCHA, 2012, p.3)

Em adição ao já supracitado, como qualquer área que insurge no meio científico,


existe a necessidade de uma alumiada explanação alicerçada pelas vias de um conhecimento
fundamentado, para que o mesmo possa ser fidedigno e não promova um desencontro de
entendimento com a via de origem. A divulgação que se descortina sob um desenvolvimento
de base, evitará mais que crendices ou equívocos, mas a desinformação que oportuniza o
desencontro entre a utilização segura do conhecimento e os meios seguros que ela precisa se
amparar para não ser a foz de possíveis riscos ou contravenções. Posto o medrar quântico dos
estudos e tecnologias, a viabilidade desta gnose veiculada de forma adequada, como a traçada
por meio de educadores (sugerida nesta peça) ao invés de um propagar disperso e
desenfreado, viria a atrair os bons ditames que pedem a salubridade da informação, conforme
pode ser visto nas palavras de Cavalcante, Trindade e Tucherman (2010):

(...) este universo acelerado da informação contemporânea alterou de maneira radical


o ritmo da relação entre a pesquisa científica e sua divulgação – o que põe em risco
tanto compreensão, como credibilidade. Senão vejamos: no mundo que chamamos
de moderno, nosso imediato passado, as pesquisas e seus resultados eram antes
debatidos entre os pares, depois apresentados em densos manuais científicos, em
seguida, ensinados nas universidades e, finalmente, caíam no domínio público. Cada
etapa representava um filtro que exigia aprimoramento e reconsiderações. Hoje, com
o custo exorbitante das pesquisas científicas e tecnológicas, criou-se a necessidade
de visibilidade e de apresentação de promessas capazes de atrair atenção e
investimentos. Assim, ao contrário do conjunto de filtros que decantava os
resultados, vemos arautos e assessores de imprensa liberando anúncios imediatos à
descoberta (ou à crença nesta), antes da avaliação equilibrada dos resultados e das
considerações sobre possíveis efeitos colaterais ou duradouros. Um bom exemplo
desta nossa elaboração são os inúmeros recalls para remédios como para
automóveis, as inúmeras suspeitas de fraude nas experiências de comprovação e a
grande quantidade de acusação de plágios que o mundo da divulgação científica vem
assistindo acontecer. (Cavalcante; Trindade e Tucherman, 2010, p. 5/6 ).

No contexto educantil, Moreira (2006) descaracteriza o preparo do ensino escolar em


relação às mudanças de valores e tecnologias quando este se identifica com um perfil
educacional inadequado, de colocação da verdade como algo imutável e incisivo, de conceitos
recebidos superficialmente pelos desígnios de títulos ou quando estes são tidos como uma
identidade isolada, por exemplo. De uma forma de ensino como essa, dir-se-ia por ele
advirem personalidades inativas, teóricas e conservantistas, algo que, quando relacionado com
conceitos que instam pela mudança de parâmetros, faz-se necessário pedir-se por um método
alternativo de educar. Este jeito alternativo é crido poder formar um indivíduo possuidor de
uma ótica indagativa e arrojada, com capacidade de acarar o inovador, bem como a incerteza
e as alterações acarretadas no ambiente, sendo esta a significação do termo “aprender a
aprender”.
Desfrutando-se dessas assertivas, pode-se consequentemente dizer que o cuidado com
o aprendizado da FQ deve ser ainda mais reputado se posto em pauta que esta área está
meramente nos primórdios de sua construção, e, por conseguinte, dispondo de muitas lacunas
por preencher, principalmente quanto a estudos e pesquisas primoreadas. Souza et al (2020)
corrobora com essa assertiva ao mencionar que a média das obras disponíveis a respeito da
FQ são direcionadas à Mecânica Quântica (MQ) e possuem como direcionamento a educação
básica, não o ensino superior, tratando do assunto não de uma forma simples, mas com certa
complexidade. Ele também atesta que, dado o assunto inovador, existe um desprovimento na
formação de origem dos docentes de Física, dado este anuído às ausências de pesquisas
existentes senão em nível exordial sobre MQ.
Por fim, faz-se imprescindível aludir que a significância que a FQ nos traz com sua
face germinativa da formação da realidade como a conhecemos ou a que ainda poderá se criar
versus a forma descomedida em que ela vem se expandindo globalmente, alcançam-se
patamares inóspitos do desconhecido. É por esse motivo que o labor exercido sobre os
insurgentes fenômenos científicos e o que é delineado para os meios de comunicação devem
ser bem avaliados, e não podem divergir em sua apresentação ao ponto de se extrapassar
valores e os conceitos da veracidade. Quando se trata de um novo saber, o indivíduo, rumo ao
inexplorado, não pode recair a pressão dos meios de comunicação, mas aferir os dados com
consubstanciação e ancoragem. Do contrário, sem a devida orientação nessa elaboração, o
resultante derivado do saber de origem poderá tanto favorecer, mas também acometer em um
dissenso dos subsunçores de alicerce das funções cognitivas de uma aprendizagem distinta.
Hilger, Moreira e Silveira (2009) discursam sobre o tema e atendem a exemplificações por
vários excertos, que para fins de percepção do sentido do globo, aqui são dispostos à íntegra:

Mas, se o holismo pretende ter algum significado (...) deve estar bem fundamentado
numa verdadeira física da consciência, numa física que possa alicerçar a unidade da
consciência e relacioná-la tanto à estrutura do cérebro como às características
comuns de nossa percepção corriqueira. Acho que para conseguir isto devemos nos
voltar para a Mecânica Quântica (HILGER; MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p.7,
apud ZOHAR, 1990, p.87).

A ideia de uma “sociedade quântica” procede da convicção de que todo um


paradigma novo está surgindo a partir de nossa descrição da realidade quântica, e de
que esse paradigma pode estender-se a ponto de alterar radicalmente nossa
percepção de nós mesmos e do mundo social no qual queremos viver. Estou
convencida de que uma apreciação mais ampla da natureza revolucionária da
realidade quântica e dos possíveis vínculos entre os processos quânticos e os
processos cerebrais pode nos oferecer os fundamentos conceituais que necessitamos
para realizar uma “revolução positiva” na sociedade (HILGER; MOREIRA &
SILVEIRA, 2009, p.7, apud ZOHAR, 2000, p.20).

Estou convencida de que a consciência humana é de fato mecânico-quântica em suas


origens e de que a mecânica dessa consciência quântica dá literalmente à nossa
mente, ao nosso eu e às nossas relações sociais aspectos tanto de onda quanto de
partícula (op. cit., p. 129). Com a intenção de preencher esta lacuna é que está em
pleno desenvolvimento a medicina quântica integral com sua metodologia holística
de abordagem do ser humano como um todo, dentro de uma totalidade, como um
universo dentro de outro mais abrangente: o universo cósmico (HILGER;
MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p.8, apud MATTOS, 2001, p.34).

O organismo humano possui um campo quântico, formado por subpartículas


atômicas denominadas neutrinos. À primeira vista, isto parece uma afirmação
estranha e fantasiosa, mas pode ser comprovada, e o estudo acurado da FQ fornecerá
os subsídios teóricos necessários ao seu entendimento. As características deste
campo quântico podem ser assim resumidas em três características principais: 1) É
monopolar ... 2) O campo é predominantemente neutrínico ... 3) O campo neutrínico
não interage com campos eletromagnéticos (HILGER; MOREIRA & SILVEIRA,
2009, p.8, apud op. cit., p.60).

Na verdade só a FQ pode explicar seus mecanismos [da Homeopatia] de ação, como


se depreende do que foi acima descrito. Os homeopatas fariam um grande favor a
seus clientes, explicando-lhes de maneira científica o funcionamento de sua
especialidade. Esta providência além de mais adequada à época em que vivemos,
muito contribuiria para estabelecer de maneira nítida os limites de sua atuação, além
do que contribuiria para aumentar a confiança em seus métodos, que se afiguram
como no mínimo estranhos para o público em geral (HILGER; MOREIRA &
SILVEIRA, 2009, p.8, op. cit., p. 191).

A energia de nossos corpos, os quais, diga-se de passagem, são muito mais energia
do que matéria sólida como pode parecer. A FQ já provou isso, quando mostrou a
relação entre massa e energia: E = mc2. Por tudo isso, a verdadeira inteligência é
quântica, porque vai além do emocional, do material e do mental ... a tendência é
que cada vez mais se descubra a respeito das relações existentes no universo, o que
inclui nosso corpo quântico que é o nosso universo pessoal (HILGER; MOREIRA &
SILVEIRA, 2009, p. 8, apud MENEZES, 2006, p. 19).

Em termos de criatividade, é preciso ter o pensamento livre para criar, e a disciplina


para sistematizar, para avaliar e pôr em andamento. Isso é obtido com exercícios que
trabalham o equilíbrio quântico que leva ao desenvolvimento de uma incrível
capacidade de ter bom humor, que é também chave para o sucesso (HILGER;
MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p. 8, apud op. cit., p. 65).

A FQ trouxe, definitivamente, para o cenário da ciência, a consciência do


observador como responsável por alterações no comportamento das partículas. É o
que tradicionalmente se conhecia como poder da mente, ou poder do pensamento,
que para um cientista mecanicista não passa de especulação mística (HILGER;
MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p. 8, apud LIMA, 2007, p. 13).

Na definição e interpretação do Universo, os cientistas abandonaram a materialidade


e partiram para conceitos. Esses conceitos, a partir de formulações matemáticas, nos
descreveram um Universo fantástico, rico em oportunidades à nossa disposição. A
essas oportunidades enriquecedoras nos conectamos com confiança, pensamento
positivo e emoção (HILGER; MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p. 8, apud op. cit., p.
97).

A FQ apresenta uma abertura para a espiritualidade e traz definitivamente a


consciência para o palco das investigações científicas. Entretanto, temos hoje,
devido ao modismo, muitas pessoas sem a menor bagagem acadêmica, sem o lastro
cultural necessário, incapazes de resolver até mesmo uma equação de segundo grau,
se arvorando em professores de FQ e, assim, dando dessa ciência uma lamentável
imagem (HILGER; MOREIRA & SILVEIRA, 2009, p. 8, apud op. cit., p. 115).

Pelo que se acabara de apresentar, é possível ter-se um preâmbulo de como a FQ


transpassa imprevisivelmente as barreiras do que poderia ser um mero complemento ou
modificação de ordem científica para uma revolução cultural, tecnológica, social, bem como
de diversos outros parâmetros os quais incitam, por si só, a necessidade de maior
aprimoramento e pesquisa.
Um outro desafio além dos elencados acima não pode ser obliterado. É mais do que
notória a aplicação em aspecto vertiginoso das descobertas sobre o mundo subatômico na
sociedade, e da multiplicidade de fins e ferramentas que com ele pode se propiciar. Todavia,
até que ponto os atuais e futuros profissionais estão preparados para se adequar a este
aprendizado e às tecnologias que dele derivam? Para tal assumpção ser explicitada da melhor
forma, traz-se aqui à colação um trecho de SANTOS (2012), que exerce uma comparação
entre o preparo de licenciandos de Física versus o de bacharéis na mesma área para o ensino
da Mecânica Quântica:

(...) O ensino de MQ nos cursos de Licenciatura é deficitário. O mesmo não


acontece com a formação do Bacharel em Física, que apesar dos mesmos problemas
epistemológicos, parece ser de possível correção, pois à medida que esses alunos
avançam, na pós-graduação, mais cedo ou mais tarde, o próprio ambiente da
academia irá expô-los a esses avanços. No entanto, as pesquisas não nos mostram
por que a formação do licenciando em Física é inadequada em MQ. Se há um
consenso para se introduzir o ensino dos fundamentos de MQ ou Física Moderna e
Contemporânea no Ensino Médio, levando-se em conta a crescente utilização de
novas tecnologias, é necessário não apenas uma reestruturação curricular em termos
de conteúdos, mas, principalmente, uma renovação nas metodologias de ensino (...).
(SANTOS, 2012, p.15).

Mesmo para um Licenciando da área de Física, o entendimento e posterior ensino


prático da MQ podem vir a constituir um obstáculo, em que o denotar dessa impingente
corrente está se sobrepondo a estrutura educacional e competência de recursos sociais que
essa área em expansão pede. Isso pode resultar em consequências sem precedentes,
deliberando espaço ao desastre não somente pelas aplicações práticas em si, mas também por
quando não forem submetidas a um discernimento hábil. Outrossim, o mesmo trabalho
científico afirma que, após certa validação, ficou clara a razão das adversidades de
aprendizado. Aos professores, a existência de escassos trabalhos com enfoque ao preparo dos
mesmos torna-se um grande entrave, e aos alunos, ainda permanece a antiga concepção
apresentada pela física clássica, utilizada como forma de comparação com a quântica, em
adjunto aos tesos protocolos matemáticos descosidos da teoria quântica (SANTOS, 2012).
Quanto a isso, Lobato e Greca (2005) trazem o fato de que a área da FQ distingue-se
das outras áreas de conhecimento científico mesmo no que se refere a sua contextualização e
divisão explicativa de seus segmentos. Isso porque além da enumeração incipiente dos seus
princípios seguirem referências que incluem as aplicações práticas e possíveis perigos a elas
pertencentes, a depender do tipo da abordagem de sua interpretação (a citar em um documento
curricular, por exemplo), pode dificultar a compreensão e fazer-se divagar quanto às margens
depreendidas, e assim, aludir a uma formação com atributos divergentes. Foi destacado, nesse
tocante, esta sentença: “é difícil entender o que não se pode ver”.
Para delinear melhor os limites sociais em que o contexto estrutural da ciência (e, por
conseguinte, igualmente o da FQ) se insere e sua atual relação junto ao setor educantil
universitário, destrinça-se aqui a perspectiva visionária de um comprovado especialista
conceitual sobre Ciência, a persona de Antônio Augusto Passos Videira, professor do
Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Videira é
pós-doutor por diversas universidades nacionais e internacionais, e coordenador do grupo de
trabalho em Filosofia da Ciência da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia
(Anpof). Ele é também secretário adjunto da Anpof e secretário da Associação de Filosofia e
História da Ciência do Cone Sul (AFHIC), autor de diversos artigos em revistas nacionais e
estrangeiras. Perguntado em entrevista como o saber científico e especialmente as
universidades podem comprometer-se mais com a sociedade, essa foi a sua declaração:

Nós temos que pensar no contexto da aplicação. Vamos desenvolver um


conhecimento? Mas para quem? Para quê? A que preço? Quais são as consequências
positivas e negativas desse conhecimento? Isso não deve ser pensado, como ainda é
regra, como uma limitação à ciência. Não podemos manter uma postura que ainda é
a principal, segundo a qual o cientista desenvolve uma teoria e não se preocupa com
os usos, que seriam de responsabilidade dos políticos. No que diz respeito à
estrutura da universidade, no momento em que nós ensinamos, formamos os nossos
alunos. Nós ainda não sabemos transmitir-lhes esse tipo de responsabilidade, o que é
uma falha muito séria. A universidade deve incorporar a responsabilidade social à
nossa formação, ao lado do ensino da pesquisa. Deve definir como vamos integrar o
nosso conhecimento ao mundo, que está para além das fronteiras da universidade ou
da ciência. Esse desafio deve ser enfrentado o mais rapidamente possível em função
dos riscos de toda a ordem que estamos enfrentando, como os ambientais e sociais.
(CADERNOS IHU EM FORMAÇÃO, 2006, p. 71/72)

É conveniente acentuar que, contemporaneamente, da documentação que estrutura o


sistema de ensino médio e que serve como base parcial para a formação de projetos
educacionais, por exemplo, tem sua constituição os rudimentos das Leis de Diretrizes e Bases
(LDB), do Currículo do Estado de São Paulo (e de outros), e dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), estes dignificadores de um guia para o ensino e aprendizagem,
principalmente em matéria de Física, cujo enfoque condiz com o florescer de cidadãos que
atuem na sociedade e contribuam com a mesma e a realidade vigente. Dessas bases
supracitadas, a PCN aponta que o currículo encontra-se em processo transformativo contínuo
e necessita de correções ao que se refere a FQ. Esta imersão da Física Moderna não só leva a
Cosmologia e a uma perspectiva mais racionalizada do mundo atual, mas a um afastamento de
crendices e superstições típicas, com destaques históricos e sem a existência de uma Ciência
detentora de verdades absolutas, conforme destacado por Silva Junior (2015). E ele ainda
reforça que as averiguações nessa área são interdependentes da crescente tecnologia que
proporciona várias descobertas, e prósperos conhecimentos tecnológicos e científicos. Ele
também fala quanto a importância da Física das Partículas Elementares (FPE) buscar entender
do que somos feitos não só na concepção de teorias sobre a formação da matéria ou da
interpretação da criação e disposição do Universo, mas também até a justificativa sobre o
investimento em tecnologia para construção de novos equipamentos (como os aceleradores de
partículas) que contribuem para explicar tudo que existe. E para isso, ele salienta um excerto
da PCN:

[...] Ao mesmo tempo, evidenciam-se as relações entre o mundo das partículas


elementares, assim como os métodos para investigá-lo, com o mundo das estrelas e
galáxias. Lidar com modelos de universo permite também construir sínteses da
compreensão física, sistematizando forças de interação e modelos microscópicos
(SILVA JR., 2015, p.17 apud SBF, 2015).

A cada dia, demonstra-se que os princípios quânticos alteraram extratos da realidade e,


consequentemente, de perspectivas de tal forma, que vários são os autores do meio
educacional, da saúde e tecnológico (entre outros) que evocam implícita ou explicitamente
por mudanças que compreendam as alterações impostas pelas evoluções científicas no mundo
vigente, em detrimento às ultrapassadas apresentadas no sistema clássico cartesiano, sem que
haja mais uma consolidação lógica que ainda as justifique. A título de exemplificação, alguns
trechos de distintos autores de obras deste teor foram dispostos abaixo:

A Física sempre exerceu uma profunda influência sobre quase todos os aspectos da
sociedade humana. Ao longo da história, o homem tem retirado da Física corrente da
época a sua concepção a respeito de si mesmo e do seu lugar no Universo.[...]. Esta
considera o mundo em função da inter-relação e interdependência de todos os
fenômenos. Nessa estrutura, chama-se de sistema a um todo integrado cujas
propriedades não podem ser reduzidas as de suas partes. O paradigma cartesiano ou
clássico dominou nossa cultura durante centenas de anos, ao longo dos quais
modelou a sociedade ocidental. Na medicina e na saúde em geral, ainda predomina
até os dias de hoje. A influência do paradigma cartesiano sobre o modelo médico
resultou no chamado modelo biomédico, que constitui o alicerce conceitual da
medicina científica moderna. Embora o modelo biomédico ainda predomine na
formação e nas práticas dos profissionais da saúde, percebe-se que este se encontra
em crise: devido a sua visão reducionista, apresenta respostas inconclusivas e
insatisfatórias aos problemas de saúde da população. Um modelo de saúde
embasado nos conceitos da Física quântica poderia apontar para uma nova
perspectiva, que permitiria lidar com o ser humano de forma integral, como parte de
um contexto que o constrói e é por ele construído. Desta forma, este estudo tem
como objetivo propor um modelo de educação integral em Fisioterapia baseado no
paradigma quântico. (BRAZ, 2006, p.11)
O Princípio da Autopoiése. [...] Incide na ênfase ao crescimento do ser humano,
tendo na sua condição dinâmica interior a condição necessária para a interação com
os fenômenos exteriores. É uma maneira de definir a vida a partir de uma
perspectiva sistêmica, considerando a existência de autonomia, continuidade e
constância na organização das relações. É auto- -referencial, porque em si própria,
ao mesmo tempo em que se referenda, tende a se explicar, e auto-reprodutiva,
porque gera novos elementos. Na educação, este princípio é de suma importância
para os múltiplos fazeres docentes, por várias razões. Primeiro porque sustenta a
ideia de que a vida se consolida em uma perspectiva sistêmica, com aberturas que se
retroalimentam a partir da contínua e constante inter-relação estabelecidas entre
aquelas e que, por conseguinte, no seu interior, assim também se auto reproduzem.
A escola, em sua condição existencial, assim também se legitima. Cada ser humano
que a sustenta, [...] a partir da interação com os demais, também funciona como um
sistema, que possui aberturas em seu interior, gerando outros sistemas, que vão
desde os elementos impossíveis de serem vistos a olho nu, até aos distintos e
múltiplos órgãos vitais. [...] Outra razão é a ideia de que a escola é um espaço para a
transmissão do conhecimento, através das práticas pedagógicas dos professores. Em
uma condição sistêmica, principalmente quando os elementos apresentam-se
abertos, não é possível “ilhas isoladas” se auto sustentarem se não aprenderem a
lidar com o que aparece constantemente, na condição de diferente, para
complementá-la. Não há como justificar os conhecimentos sobre mecânica, sem o
estabelecimento de uma relação de interdependência com os conhecimentos sobre as
células, que se movimentam, no processo de auto-reprodução e que,[...] em alguns
casos, geram processos químicos que podem causar danos irreparáveis aos inúmeros
sistemas do corpo humano (GONZAGA & MONTEIRO, et al, 2011, p. 26).

Questões pertinentes aos sistemas de comunicação interativos, no campo de design


de interface e da relação humano/computador consideram a existência de uma zona
de interface. Ou seja, pode-se entender que o corpo é uma face que se conecta com a
outra face que é o sistema artificial. É no espaço entre os dois sistemas conectados
que algo ocorre, gerando um evento, numa zona de intervalo entre o corpo e as
tecnologias (Domingues 2002). É nessa zona intersticial que ocorre o fluxo de
informações. O princípio maior dessas relações é a noção de feedback, pelas
respostas imediatas e em tempo real, entre o sistema biológico e o sistema artificial.
[...] Sabe-se que o termo feedback relacionado aos processos interativos, foi
empregado [...] para classificar o processo de realimentação pelas respostas que se
geram durante o diálogo dos humanos com máquinas, que resultam em processos de
aprendizagem. No caso de sistemas de feedback da segunda cibernética, a
comunicação entre os humanos e as tecnologias computacionais realimentam-se por
processos baseados em programações que assumem funções e comportamentos
elaborados no ciberespaço em computadores pessoais ou conectados em rede. [...]No
caso da rede Internet, as informações que perfuram camadas quânticas são tratadas
por mecanismos de busca que rastreiam e oferecem informações em escala
planetária. Na realidade virtual, mundos sintéticos são renderizados em tempo real e,
visualizados em estereoscopia, aumentando o poder de ilusão de realidade. O
ambiente como um todo propõe uma ecologia entre o real e o virtual A
interatividade em tempo real e a emergência de comportamentos de humanos
misturados a comportamentos de mundos virtuais que se auto-organizam é
proveniente de projetos de interface que privilegiam a criação de mundos não
determinísticos assentados na instabilidade, evolução e capacidade adaptativa
simulando a vida em seus aspectos evolutivos e de auto-organização. Nesse domínio
estão as pesquisas em vida artificial (ALife) e em Inteligência Artificial (IA)[...]. Em
A-Life, ou vida artificial criam-se ecologias sintéticas em mundos virtuais.
(DOMINGUES, 2005, p.5).
Nota-se pelos levantamentos acima que o universo subatômico desconsidera-se da
forma singularmente analítica da Física clássica, onde o objeto do estudo era “mecanicamente
dissecado” em componentes básicos como uma máquina, e dessa forma, através de cada parte,
fosse possível se entender o todo que esse objeto significava. A FQ fez ser necessário o
abandono desse modelo determinista matemático para poder se analisar o que existe pelas
suas coligações estabelecidas entre os fenômenos interdependentes. Não há, portanto, como
pelos olhos da FQ entender o todo de um objeto por suas partes, pois estas são
vertiginosamente intrínsecas. Isso per si faz cair as sólidas bases científicas de outrora,
episódio essencial para o tecer de novas bases das áreas profissionais da área da saúde, como
a Enfermagem e Medicina, conforme seguir-se-á a ver.

4.3. A importância do ensino da Física Quântica (FQ) e da Mecânica Quântica (MQ)


quanto o setor da saúde
Entender a mecânica pela qual a FQ opera e adentrar sua ligação quanto ao ensino
voltado ao setor da saúde pede uma firmada fundamentação que sustenha o que será então
posto, em referência ao que houve, ao que há e ao que virá no porvir desta Ciência. Isso
porque a determinante para esse processo tem seu despontar nas demarcações e na
acumulação ideológica que antecede obrigatoriamente o contexto que deve ser cortado e
como ele foi realizado, sendo esta “operação de corte” o que se diz ser MQ. Em seu modus
operandi, a MQ traz consigo maravilhosas descobertas a cada dia, sendo estas vividamente
interconectadas com os princípios a elas envoltos, dos quais para fins de entendimento maior,
serão narrados os mais essenciais (MARTINS, 2009).

A começar, pretende-se comentar o princípio holográfico, tão discutido no meio da


FQ. A sua afirmação desfia-se que a parte está contida no todo tanto quanto o todo está
contido na parte, de modo que, tudo que se sucede internamente em determinada parte já
estivesse codificado em seus limites, assim como toda a informação em uma imagem
holográfica tridimensional que possa ser visualizada por uma pessoa, terá suas informações
completamente contidas também, por exemplo, em uma placa fotográfica, que possui duas
dimensões somente. Com isso, vem a depreensão que essa placa fotográfica de 2 dimensões,
parte da informação inclusa nessa imagem holográfica de 3 dimensões, possui em si
encriptada dados dessa terceira dimensão que nela, na prática, não existem. (NAZ, 2003)

No que tange a saúde, o princípio holográfico também está inerente. É atribuído a ele
cada fragmento, assim como é para cada célula, a potencialidade (na forma de DNA) de gerar
um novo ser humano completo, tópico este tão debatido nos dias de hoje entre a sociedade e
geneticistas através da Clonagem Humana. Mas mais que isso, é possível que esse princípio
venha a fazer parte também do corpo etérico, o campo energético holográfico que tem em si
dados condizentes com os processos do crescer, desenvolver e regenerar do corpo físico, por
exemplo. Nesse sentido, na medida em que os genes imbuídos dentro da molécula de DNA
dirigem a mecânica molecular de cada célula, este corpo etérico vem a controlar o
desdobramento espacial que opera nos genes, desde o nível das partículas subatômicas,
compostas pelo que ele chama de “campos de energia particularizados e congelados”, ou “luz
congelada”. Essa luz congelada, por sua vez, seria proveniente de complexos de matéria
unificados (moléculas) de vibrações específicas (formas de energia) que assim constituem as
variadas frequências quânticas da luz. Dentro dessas frequências e especificidades, destacar-
se-ia a luz laser (já em uso pela medicina), onde a luz, distribuída em feixes de laser em
holografia (“luz coerente”) dispersa suas ondas aos poucos e em uma só direção. A
holografia, um dos alicerces do entendimento da multidimensionalidade do universo e dos
seres, seria o resultado desses padrões de intervenção de energia, a “foto especial em três
dimensões” supracitada anteriormente. Estas colocações são cuidadosamente elaboradas por
Gerber (2013), que a partir daí, traz igualmente a colação as análises do Ph.D. William A.
Tiller, o qual propalou que até pouco tempo atrás a ciência e a medicina ocidental tradicional
tinham o conceito que os seres vivos dispunham como forma de funcionamento uma equação
(dita como Equação 1) cuja a sequencia de reações compreendia primeiramente, a Função,
que se inter-relacionava com a Estrutura e esta com a Química. Hoje, ele assume que esta
equação necessita ser alterada para a seguinte disposição: Função, inter-relacionada com a
Estrutura, esta com a Química e a Química, por sua vez, com os Campos de Energia (Equação
2), sendo a explicação dada, a seguinte:

Quando um organismo tinha algum problema funcional, a causa era atribuída a


defeitos estruturais no sistema, produzidos por desequilíbrios químicos. Embora
se admitisse que a homeostase no nível químico talvez dependesse de uma ligação
com uma forma de energia situada num nível mais profundo do organismo, não se
compreendia claramente que ligação seria essa. Nos últimos anos tem aumentado o
nosso conhecimento a respeito das interações entre os estados químicos e os campos
eletromagnéticos. Estudos na área da neuropsiquiatria demonstraram que correntes
elétricas de baixa intensidade entre pontos específicos do cérebro dão origem às
mesmas alterações comportamentais produzidas por certas substâncias químicas
que exercem um efeito estimulante sobre o cérebro. Verificou-se que uma
corrente elétrica contínua de baixa intensidade (IO42 amp/mm2 a IO"9 amp/mm2)
aplicada a leucócitos in vitro estimula a regeneração celular, ao passo que correntes
de maior intensidade provocam a degeneração das células. Esses estudos têm sido
aprofundados visando apressar a cura de fraturas em animais e em seres humanos
[...] Uma ilustração da Equação 2 é a lei de Wolf a respeito de alterações na estrutura
dos ossos. [...] O campo de força físico manifesta-se nas fibras e no colágeno,
ambos os quais são piezelétricos, de modo que se produz um campo
eletrostático com direção e polaridade específicas. Esse campo eletrostático,
juntamente com as micro-correntes associadas a ele, faz com que os íons e colóides
se redistribuam pelos fluidos corporais e migrem para os locais específicos nos
quais se inicia a aglomeração e a gelificação. Essas novas estruturas semi-
sólidas amadurecem, calcificam-se e, finalmente, dão origem às microestruturas que
constituem as trabéculas. Pode-se prontamente imaginar tensões mais sutis, de
natureza mental ou emocional, desencadeando a sequência de reações precedente.
[...] Estudos recentes na área das técnicas de biofeedback demonstram que a mente
pode não apenas controlar diversas funções anatômicas do corpo, tais como a dor e
a temperatura da pele, como também ajudar a curar o organismo. (GERBER,
2013, p.13-14).

Sobre este campo de energia, traz-se a complementaridade que o corpo tem forte
atuação junto a ele, para voltar ao seu estado de homeostase. Assim, uma dada pessoa
adoecida de resfriado, que estivesse frequencialmente vibrando menos do que de costume por
sua mazela (a exemplificar, de 475 Hz costumeiro estivesse com uma vibração de 300 Hz),
haveria um intento, em prol dessa homeostase, de se gerar mais energia em deferência de
aumentar-se a frequência desse indivíduo para findar-se essa doença e ele poder, desta forma,
voltar a gozar de boa saúde (GERBER, 2013)
Nesta peça, quer-se firmar que inclusões textuais como essa não provém de meras
crendices. Desde o alvorecer do século XIX, já havia trabalhos experimentais que avaliavam
a proporção entre a potencial de emanação e de absorção dos corpos aquecidos, e que, já se
tratava de um fato que todo o corpo, a certa temperatura, emite radiação térmica, cujos
espectros se disporiam em um ou mais picos de frequência máximos a depender das
propriedades do corpo. Assim, corpos distintos resultam, portanto, em radiação de diferentes
espectros (PERES, 2016). A variação frequencial pode ao longo dos anos de cientificidade,
mostrar realmente causar diferença em relação aos corpos. Após o curso da história do átomo,
onde vários cientistas comprovaram a matéria corpuscular e descontínua (composta de
pequenos pedaços, os quanta), também se constatavam as diferenças devido a variação de
frequências, no que se referia aos fenômenos ondulatórios (sendo a onda uma das
manifestações da partícula). Nesse sentido, notava-se que o ar contido nos tubos de um
instrumento musical como o órgão e as cordas de um piano tinham sua sonorização de
vibração exclusivamente em certas frequências. Os cientistas Planck, Einsten e Copton já
tinham conseguido provar que a radiação eletromagnética poderia ser vista como uma espécie
de onda, que se comportava também como partícula, e de Broglie, posteriormente, veio a ser
um cientista que pode averiguar também que cada partícula (seja a de um elétron ou mesmo
do próprio átomo) também se associaria a um tipo de onda, chamada de “onda de matéria”, a
qual controlaria o curso dessa matéria em questão através de uma frequência especificada pela
energia dessa partícula, rendendo-lhe o premio Nobel de 1924. A assertividade de seu
experimento veio a demonstrar as tais “ondas de elétron” através da observação da projeção
de um feixe de elétrons sobre um cristal, pelos efeitos de difração e interferência
característicos de uma onda. Experimentos de outros cientistas subsequentes vieram
caracterizar o nível comprobatório de que ora o elétron se comporta como uma partícula, ora
como uma onda, a depender de cada situação. A ontologia não tem como estipular a
paradoxal unidade dessa descrição na MQ, a qual é hoje a responsável pelos méritos da
tecnologia dos chips, transistores, dos raios laser, e dos reatores nucleares (CHIBENI, 2010).
Eliane P. Serra Xavier (2012), Mestre em Física Teórica na área de Caos Quântico,
explica que tanto a luz visível como as ondas de rádio, TV, raios X, celulares, micro-ondas,
entre outras, são tipos diversificados de ondas eletromagnéticas, e portanto, possuem
diferentes frequências vibratórias, onde cada uma será constituída de um número de
oscilações ondulatória em um dado espaço de tempo. A aferição da medida dessa frequência
em Hertz será a contagem da oscilação desta onda em um segundo. E quanto ao impacto das
descobertas subatômicas realizadas na saúde, releva:

O elétron antes de ser observado é uma onda de potenciais, “carregando” consigo


todas as possibilidades de resultado ao mesmo tempo, e no processo de medir, ou
observar, teremos apenas um resultado. Na mecânica quântica temos um postulado
chamado de colapso da função de onda, que trata objetivamente deste tema. Este
postulado diz que no momento da medida, ou da observação, esta onda de
probabilidades entra em colapso para apenas um único resultado. Este seria o
momento em que o transcendente (a onda de possibilidades) se manifesta como
imanente (o mundo material), segundo a interpretação do físico Amit Goswami.
Fazendo um paralelo da ciência com a espiritualidade, [...] no contexto da prática da
meditação. Sobre a meditação, abordarei este tema como uma técnica de saúde
quântica, já que hoje esta prática é reconhecida pelo SUS como uma terapia que tem
ótimos resultados, como, por exemplo, no controle da pressão arterial. [...] Estamos
construindo nossa realidade momento a momento. [...]A meditação nos traz a
capacidade de perceber esse olhar e ultrapassá-lo. Por que não parece que estamos
criando a nossa realidade? Na verdade raramente estamos no estado de consciência
dotado de escolha. Este só ocorre quando estamos criativos, conectados com os
arquétipos (amor, sabedoria, compaixão, bondade, justiça,...) Se nossa mente não
está conectada a estes arquétipos estamos apenas obedecendo ao que é chamado de
“Determinismo Comportamental” (Amit Goswami ). Não exercemos criatividade
alguma, e nosso observador cria sempre a mesma realidade, por mais que não
estejamos satisfeitos com ela. Hoje, com a nova visão de mundo trazida pela Física
Quântica, mudamos o paradigma de Descartes “ Penso, logo existo “ para “Escolho,
logo existo”. Dentre as infinitas possibilidades que a função de onda nos traz, se
tenho a consciência no momento presente, conectada a verdadeira capacidade de
escolha, desta forma, eu crio minha existência. (XAVIER, 2012, p.3-4).
Há um aspecto impressionante da FQ que é abordado por meio do princípio da
incerteza de Heisemberg (1927), que parte da tentativa de se prever o posicionamento e a
velocidade que terá uma partícula segundo a teoria quântica. O ponto é que, quanto mais há o
intento de se calcular a localização de dada partícula, menor é o sucesso de aferir sua
velocidade. O mesmo vale se o item a ser calculado for a velocidade, de modo que, nesse
caso, a mensuração imprecisa se voltará para a localização, o que, juntamente com o já supra
posto, faz desmoronar o hegemônico conceito científico da determinância objetiva do
universo. Adenda-se a isso o que a MQ apresenta quanto a essa indeterminância também se
referendar na atuação dessa partícula, que ora virá a se comportar como uma onda de luz, e
ora como uma partícula, de acordo com a observação do sujeito que realiza o experimento
com a mesma. Nesse sentido, uma vez observado, o átomo vem a se ajustar de forma imediata
e aleatória em um desses estados, ou sejam para uma onda ou uma partícula. Faz-se a nota
aqui que esse sujeito não interfere por desejar participar ativamente desse processo, mas por
tão somente participar da experiência, observando-a. O entendimento de quão neutro seria
essa presença do sujeito veio a ser melhor elaborado posteriormente por Niels Bohr (em 1955,
em seu artigo “Física Atômica e Conhecimento Humano”), mas foram outros cientistas, como
Eugene Paul Wigner e Roberto Covalon (com seu artigo “Consciência Quântica ou
Consciência Crítica”) que deliberou uma compreensão mais ampla trazendo sob analise a
relevância da consciência do sujeito em experimentos. Com isso, possibilitou-se a
conceituação de outras experiências, como a do “Gato de Schrödinger (de Erwin Schrödinger)
(MARTINS, 2012).
A consciência humana, com isso, ganha novo caráter, e passa a ser considerada em
experimentos de outras áreas também. Assim, no que diz respeito a higidez, começa-se a ver
artigos considerando o papel da consciência como agente protagonista na saúde humana, pela
formação de um biocampo caracterizado pela atenção e intenção das pessoas relacionadas aos
pacientes cuidados. Com isso, hastearam-se conjecturas quanto às interferências (boas ou
más) ocasionadas pela mente e pela transferência e receptividade da energia dos prestadores
de cuidados aos seus pacientes, bem como destes para os seus cuidadores. Sob essa nuance, o
campo energético da cada profissional da enfermagem passa a ser visto como um fator capaz
de modificar o campo do paciente de modo a poder tanto facilitar quanto dificultar o processo
de recuperação. Além disso, por essa interação entre campos, pode se usufruir o poder de
promover o progresso dos relacionamentos interpessoais significativos entre o cuidador e seus
pacientes, bem como o existente na inter-relação entre matéria, energia e consciência, que
também passará a ter grande representação no planejamento, implementação e avaliação dos
resultados das mediações feitas pela enfermagem e pelo setor de saúde em geral. Isso é o que
Borges & Santos (2013) trazem em seu artigo “O campo de cuidar: Uma abordagem quântica
e transpessoal do cuidado de enfermagem”, onde apresentam também relatos de grande
interesse como o de Jill Taylor, cientista que relatou em seu livro (A cientista que curou o
próprio cérebro) como passou a sentir, não só ao próprio corpo como parte integrante do
universo, mas o campo de energia dos médicos e enfermeiros que via. Estes, se lhe
apresentavam como conglomerados poderosos de pacotes de energia em movimento, algo que
pôde notar somente após a vivencia de uma paralisia no lado esquerdo do cérebro, resultante
de um derrame. As autoras trazem à reflexão que existe uma relação intrínseca entre o corpo e
a mente, os quais recebem influxos de ingerência da atenção, da consciência e do intento
como um todo e ressaltam:

Do ponto de vista quântico, o que normalmente é percebido como “coisa material” é


resultado das possibilidades à disposição da consciência, e isso inclui a saúde, a
doença e a recuperação. Segundo esta concepção, a consciência é a responsável pela
existência de tudo aquilo que consideramos como pertencente ao mundo físico,
inclusive o nosso corpo. Uma vez que a consciência é o fundamento do ser, matéria,
energia e suas variações de saúde e doença são possibilidades da consciência no
nível quântico. Ao reconhecermos a consciência como responsável pela existência
no nível físico e a mente como responsável pela atribuição dos significados, ambas
ocupam, finalmente, seu papel na relação entre a mente e a recuperação do corpo
físico[...]Segundo a mecânica quântica, no nível subatômico, os objetos são
entendidos como ondas de possibilidades cujos movimentos são indeterminados e a
realidade é criada a partir de um mecanismo chamado de Efeito do Observador. Esse
efeito, até o momento tido como inconsciente, determina que o mundo físico
depende daquilo que você comunica a outras pessoas e do que você acredita que é
real. Nessa linha argumentativa, o olho do observador pode ser comparado a
consciência do profissional de enfermagem e o resultado da interação relacionado a
disponibilidade interna e sobretudo, a intencionalidade desse profissional. Esse
fenômeno é explicado pela teoria quântica como um evento de colapso, ou seja,
quando ocorre uma escolha, precipita-se um evento real que consiste em um sujeito
observando um objeto. Então, o colapso é entendido como a passagem de uma
condição de possibilidades para um estado de ser, ou de realidade. “Reforçando, não
há sob o prisma quântico, tempo nem espaço, até a consciência escolher o caminho a
ser traçado, somos criadores de nossa realidade”. A dinâmica desse fenômeno
transposto para a relação de cuidado indica que a escolha do estado de ânimo do
cuidador no momento da ação de cuidar vai influenciar fortemente a consequência
da ação, criando um campo real propicio para a recuperação ou não do paciente. Em
outras, palavras pode-se dizer que será o estado qualitativo da consciência do
cuidador que irá ter ascendência sobre o resultado da ação. (BORGES & SANTOS,
2013, p. 2-3).

Outro dos princípios a serem citados está o da transdisciplinaridade de Gödel. O


teorema de Gödel de 1931 perfilou muita polemica entre os cientistas, principalmente no meio
matemático, em comparações feitas com os achados de Gödel e o desenvolvimento
algorítmico das máquinas de computação universal quântica. Buscava-se encontrar analogias
destes cálculos que legitimassem um ligação distinta com a natureza. Utilizando normas de
metalinguagem, Gödel demonstrou que dentro da formalidade matemática podia se criar
perguntas que não há como se provar se são verdadeiras ou falsas. No que se refere às
ciências naturais, seu teorema também pôde levantar questionamentos filosóficos e
epistemológicos, ao ser usado para avaliar o caso de situações contraditórias, onde a
existência de um achado paradoxo vem de encontro com a necessidade de um entendimento
melhor do sistema em questão (MORESCHI, 2006). D´Ambrósio, doutor em matemática pela
USP (2011), segue nessa mesma linha revolucionária da formalização da matemática, bem
como dos pilares da ciência como um todo, onde ele afirma ser necessário “sair da gaiola” da
rigidez de onde a ciência foi antigamente estabelecida:

O destacado matemático Kurt Gödel (1906-1878) mostrou, em 1931,que é


impossível provar a consistência de um sistema formal utilizando somente
argumentos que podem ser formalizados no sistema. A busca de outros
caminhos torna-se necessária. A matemática, que depende de responder
verdadeiro ou falso, não encontra no seu sistema, resposta a uma questão por ela
formulada nesse mesmo sistema. Ela encontra-se “engaiolada” no seu sistema e a
resposta só pode ser procurada saindo da “gaiola”. O sistema dominante de
conhecimento criado pela humanidade, ao longo de sua história, também não dá
resposta à questão básica de sua sobrevivência. A gaiola que hospeda a ciência
moderna tem a forma de um tripé: repousa sobre: a lógica aristotélica,
fundamento da matemática, que é o instrumento e a linguagem básica da
ciência moderna; o determinismo newtoniano, responsável pela relação causa e
efeito, fixados por leis, e, portanto, pela prioridade na procura de uma causa
para tudo o que acontece; sistemas formais, com normas e implicações
rígidas e acordadas, tanto nas relações comunicativas quanto nas relações
sociais, suporte das legislações. O científico e o social são faces de uma mesma
moeda. Há propostas de novos pilares [...] Os níveis de realidade são uma
expressão da mecânica quântica e da relatividade, que foram responsáveis por
mostrar a insuficiência de um dos tripés da ciência moderna, o determinismo
newtoniano. A complexidade é o reconhecimento de uma multiplicidade de
fatores desconhecidos, imprevisíveis e mesmo sendo auto criados e auto
exterminados no instante, como mostram os avanços da virologia (D´AMBROSIO,
2011, p.6-7).

Compreendido neste teorema, existe o princípio da transdisciplinaridade (o enfoque


deste tema), onde Gödel perfaz a premissa de uma realidade divergente da perspectiva
classicista de uma só dimensão. Nesta, a realidade se expressa pela multidimensionalidade, e
ela compreende um número não mencionado de níveis de realidade, todos interligados entre si
segundo uma determinada disposição que envolve o axioma da conexão de contraditórios e
não-contraditórios, e uma certa unidade subjacente a todos esses níveis, que se existir, teria
que ser uma unidade aberta. Por assim se dispor, trata-se de um axioma em que
implicitamente não há como se construir uma teoria completa, onde se pudesse discriminar
efetivamente a passagem de um nível de realidade a outro, o que leva a resultados
contraditórios ou que não há uma decisão definida. Por conseguinte, infere-se que toda a
busca por uma teoria física completa não passará de ilusão. Nicolescu (1999) traz junto a essa
explicação, a importância de se trazer mais esclarecimentos sobre essa teoria para poder se
trazer uma explicação coerente da realidade do mundo presente, da esfera da ação e reação, e
da possível unidade explicitada, onde infere:

Há certamente uma coerência entre os diferentes níveis de Realidade, pelo menos no


mundo natural. Na verdade, uma vasta auto consistência parece reger a evolução do
universo, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, do infinitamente breve
ao infinitamente longo. Por exemplo, uma variação muito pequena da constante de
acoplamento das interações fortes entre as partículas quânticas conduziria, no nível
do infinitamente grande, nosso universo, ou à conversão de todo o hidrogênio em
hélio, ou à não-existência dos átomos complexos como o carbono. Ou então, uma
variação muito pequena da constante de acoplamento gravitacional conduziria ou à
planetas efêmeros, ou à impossibilidade de sua formação. Ainda mais, de acordo
com as teorias cosmológicas, o universo parece capaz de se autocriar sem qualquer
intervenção externa. Um fluxo de informação é transmitida de maneira coerente de
um nível de Realidade a outro nível de Realidade do nosso universo físico. [...] Essa
estrutura tem um consequência considerável para a teoria do conhecimento, pois ela
implica na impossibilidade de uma teoria completa, fechada em si mesma [...]As
implicações do teorema de Gödel são consideráveis para todas as teorias modernas
de conhecimento. [...][...] demorou um certo tempo para ser compreendido na
comunidade dos matemáticos. Hoje, ele começa a penetrar no mundo dos físicos.
Wolfgang Pauli, um dos fundadores da mecânica quântica, foi um dos primeiros
físicos a compreender a importância extrema do teorema de Gödel para a construção
das teorias físicas (NICOLESCU,1999, p.4;5;9).

E assim como D´Ambrósio, ele também aponta a revolução que a FQ constitui não só para
uma área, mas para toda a ciência e para o entendimento da assombrosa realidade que se nos rodeia,
descortinando as potencialidades que essa nova ciência vem a conceber:

A objetividade estrita do pensamento clássico não é mais válido no mundo quântico.


A ideia de uma total separação entre o observador e uma Realidade suposta
completamente independente desse observador conduz a paradoxos insuperáveis.
Uma noção muito mais sutil de objetividade caracteriza o mundo quântico: a
"objetividade" depende do nível de Realidade considerado. O vazio da física clássica
foi substituído pelo vazio cheio da física quântica. A menor região do espaço esta
animada por uma extraordinária atividade, sinal de um perpétuo movimento. As
flutuações quânticas do vazio determinam a súbita aparição de pares partículas/anti-
partículas virtuais que se aniquilam reciprocamente em intervalos extremamente
curtos de tempo. Tudo acontece como se os quanta de matéria fossem criados do
nada. Um metafísico poderia dizer que o vazio quântico é uma manifestação de uma
das faces de Deus: Deus o Nada. De qualquer modo, no vazio quântico tudo é
vibração, tudo é uma flutuação entre o ser e o não ser [...] cheio de todas as
potencialidades, da partícula ao universo. Fornecendo energia ao vazio quântico,
podemos ajudá-lo a atualizar suas potencialidades. É precisamente isso que fazemos
ao construir aceleradores de partículas. E é justamente quando certos umbrais
energéticos são obtidos que partículas não virtuais, mas reais, subitamente se
materializam; são literalmente tiradas do nada. [...] Nosso mundo, o mundo
macrofísico, parece construído de maneira extremamente econômica: prótons,
nêutrons e elétrons são suficientes para construir a quase totalidade do nosso
universo visível. Porém, o homem conseguiu criar, tirando-as do nada, centenas de
outras partículas: os hádrons, os léptons, e os bósons eletrofracos. O próprio
conceito de espaço/tempo não é mais imutável. Nosso espaço-tempo contínuo com
quatro dimensões não é o único espaço tempo concebível. Em certas teorias físicas,
ele mais aparece como uma aproximação, como uma "secção" de um espaço-tempo
muito mais rico enquanto gerador de fenômenos possíveis. (NICOLESCU, B.,1999,
p.9).

Posteriormente, um princípio quântico da década de XX veio a reforçar os meios da


FQ nos dias de hoje: o entrelaçamento quântico. Em 1947, a teoria quântica da polarização
apresentada em uma publicação desenvolta por M. Pryce & J.C Ward apresentou como dois
fótons de raio gama provenientes da aniquilação de um par pósitron-elétron, (cuja emissão era
feita em sentidos antagônico) vinham a ter um momento angular igual a zero e serem
polarizados em sentido perpendicular entre eles. O resultado desse fenômeno deu nascimento
ao "entrelaçamento quântico" de suas partículas, cujo estado corresponde em uma correlação
para spins em posicionamento perpendicular de polarização linear (GODOY, 2018). Em
sentidos mais amplos, o entrelaçamento denota uma correspondência que pode ser
subatomicamente visível de estados quânticos dessas partículas, as quais se comprovam
interligadas entre si a despeito de qualquer limite de distância. O jeito que os cientistas usam
para a compreensão e discriminação do mesmo advém da classificação e mensuração.
Curiosamente, todavia, o encargo para isso é um tanto complexo, pois ao passo que o número
de bits quânticos cresce, podem aparecer mais tipos diversificados de entrelaçamentos, onde
as medidas para se utilizar com um não necessariamente poderá vir a ser usada para o outro, o
que mostra como esse processamento pode vir a ser distinto. Tempos depois, o
entrelaçamento veio a ter reconhecimento de Einsten, Rosen, Podolsky e Scrödinger, vindo
hoje a ter usos em criptografia quântica, algorítimos de computação, na fabricação de
protocolos de comunicação e na teleportação de estados quânticos (OLIVEIRA, 2012.). A
descoberta do entrelaçamento quântico teve sua utilidade no campo da saúde, igualmente,
despontando na Medicina Quântica em vários tratamentos, como o da obesidade, algo
passível de ser observado pelo exposto abaixo:

Os princípios da medicina quântica, que são norteados pelos preceitos da física


quântica, baseiam-se na premissa de que o corpo físico é gerado e influenciado por
vibrações de energia e o desequilíbrio da energia de uma determinada parte do corpo
está associado ao surgimento de doenças (TILLER, 2004). Deste modo, os processos
de cura podem ser alcançados a partir do entrelaçamento da energia quântica e da
medicina tradicional, formando uma rede inteligente que determina se estamos
saudáveis e bem integrados com a natureza. De modo as doenças são detectadas
derrotadas mediante terapias convencionais e da medicina complementar ou
alternativa (CHOPRA, 1989; HYLAND, 2003). A visão quântica apregoa a ênfase
na atenção centrada na pessoa e que também está em acordo com a política da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta concepção reforça que a interação das
terapias convencionais e alternativas com abordagem centrada na pessoa pode
garantir uma variedade de terapia para a questão intrinsecamente complexa e
multifacetada da saúde e da cura. Esta interação também irá impedir que o
conhecimento inestimável e milenar sejam perdidos (SARSINA e TASSINARI,
2015).Os modelos alternativos de tratamento de doenças estão baseados em diversas
filosofias milenares tais como a medicina chinesa que considera a cura da doença a
partir do movimento da energia, chamada chi, onde a mente é considerada o algoz,
mas também o agente de cura. Na medicina hindu há o Ayurveda onde a doença é
um desequilíbrio e a cura consiste em corrigir tais desequilíbrios (GOSWAMI,
2006). Nesta concepção, o tratamento da obesidade pode ser efetuado por meio de
terapias sutis diretas e indiretas que promovem o equilíbrio do corpo. As terapias
diretas, baseadas na física clássica são compatíveis com as mudanças no estilo de
vida, tais como o exercício, a dieta e a modulação de fatores psicológicos e
genéticos. As terapias indiretas, baseadas na física quântica, envolvem o
entrelaçamento quântico entre pessoas e objetos, tais como tratamento homeopático,
as dietas naturais e as terapias por vibrações que induzem a estados de cura
(HYLAND, 2003). (TANAKA, 2016, p.132-133).

Conforme o que se pode acompanhar, por meio do conhecimento da FQ, está sendo
possível cuidar da saúde de um indivíduo de uma forma mais abrangente, onde as práticas
utilizadas no tratamento previamente aplicadas com o embase conceitual da Física Clássica
não deixaram de existir, a metodologia de tratamento somente recebeu uma reformulação com
a complementação de novos tipos de procedimentos praticados pela Medicina Quântica com
este imprescindível saber. É dizer, pode se depreender que, ainda que em muitos pontos venha
a se avaliar a Física Clássica sob o prisma de evidencias da MQ e muitos entendimentos de
caráter de base venham a ser com o tempo reestruturados, outros pontos da Física Clássica
poderão permanecer e continuar a servir aos estudos e práticas médicas. Com efeito, os
estudos interpresados e as comprovações obtidas em experimentos da MQ nesse decorrer
poderão levar a uma nova Ciência, que em parte vai modificar, mais em outra complementar
ainda mais o saber adquirido até então.
Por último, entre tantos outros princípios quânticos existentes (e não menos
importantes do que os que aqui foram apresentados), o princípio da Complementaridade dos
opostos e o da Autopoiese, não podem deixar de serem referenciados, principalmente pela
relevância que entabulam na reestruturação primordial para um novo ensino. O primeiro,
provém de Niels Bohr (1961), o desenvolvedor da teoria da relatividade e da MQ (que lhe
garantiu o Nobel de Física em 1922). Sua postulação compreendia a ideia de
complementaridade em que, partícula e átomo tratavam-se de dimensões que compunham a
mesma realidade, tendo essa concepção vindo a atender aos conflitos subatômicos estudados
na época, assim como, também, esmiuçar diversos fenômenos naturais. Essa percepção pode
atrair os olhares a integralidade da realidade presente entre elementos binários em prol de
explorar-se a unificação entre eles, já que a atenção dada a um ou outro lado, prejudicam a
desenvoltura dimensional do indivíduo. Assim, elementos binários como a razão e a emoção,
a saúde e a doença, e o indivíduo e a sociedade, passam a serem pensados em como serem
incorporados holisticamente, bem como o processo de ordem passa a ser revisto para
evitarem-se as atuais desordens. A FQ vem, nesse sentido, apresentar-se como um reforço a
reformulações de normas e do âmbito educacional, onde Santos (2008) exemplifica a
imprescindibilidade de se reconsiderar as grades curriculares e demais elementos
organizadores da atualidade. A pauta para isso, deve ser o contraposto da realidade versus a
lógica clássica, que diz que “as asseverações dos parágrafos anteriores constituem uma
irracionalidade por não obedecerem ao axioma da não-contradição, importante nessa lógica”.
Santos (2008) também reputa comentários sobre o princípio da autopoiese (ou “auto fazer-
se”), que acredita ser de extrema relevância aos professores e à revisão da metodologia de
ensino, abrangendo outras pontuações ao ser humano como liames, que merecem ser
realçados a seguir:

[...] pesquisadores concluíram que todo ser vivo é um sistema autopoiético, ou seja,
que se auto-organiza e autoconstrói. A ideia de autopoiese relembra, imediatamente,
a proposição de Paulo Freire (1997) segundo a qual o conhecimento não se
transmite, se constrói. Na prática do magistério, tal conceito implica recorrer a uma
metodologia que estimule os alunos a produzir o próprio conhecimento. A função
docente passa a ser de facilitar diálogos com os saberes, respeitando-se a diversidade
e as características de cada um dos participantes do processo educativo, aceitando-se
cada aluno como um ser indiviso, com estilo próprio de aprendizagem e diferente
forma de resolver problemas. O conhecimento resulta do enredamento dos aspectos
do físico, do biológico e do social, considerados inseparáveis e simultâneos. Tudo o
que existe no ambiente influencia o ser, que o capta e integra no processo mental de
interação e construção. Nesse caso, impõe-se a necessidade de ressignificar,
também, o próprio conceito de percepção. Na apropriação do conhecimento, o
sujeito, ao mobilizar suas características individuais, não mantém a fidedignidade da
informação. Por isso se diz que todo conhecimento é uma reconstrução do
conhecimento. Trata-se de uma atividade auto-organizativa que produz diferenças
em decorrência da diversidade do meio, das relações humanas, da carga genética de
cada indivíduo e da sua própria história de vida. [...] Como indica a noção de
autopoiese, o sujeito estabelece relações com o novo na produção da vida,
reestruturando o seu próprio organismo. O novo enreda-se no velho, reestruturando
as sinapses neuronais. O ser humano é uma organização viva e contextualizada; um
sistema aberto que possui uma estrutura própria de auto-regulação e dispõe de um
modo particular de construção [...] Aprendizagem é um processo progressivo em
anel retroativo-recursivo que transgride a lógica clássica, em direção a um nível cada
vez mais integrado ao todo.[...] Relembrando as palavras do neurofisiologista Karl
Pribram (apud Talbot, 1991), o cérebro é um holograma envolto por um universo
holográfico. Aprender é uma construção pessoal, autopoiética, interagindo com os
acontecimentos em volta. Assim, educar significa[...] cuidar da auto-referencialidade
por meio da multirreferencialidade. Cuidar da unidade por intermédio da
diversidade. É um paradoxo? Certamente que sim. (SANTOS, 2008, p.10-11).
4.4. A inserção do mundo subatômico na sociedade e nos meios de saúde
Da existência dos feixes de raios-x, que possibilitou a visualização através do tecido
humano (descoberta de Roentgen em 1895) à iluminação pública, acesa simultaneamente
devido a um resistor (Light Dependent Resistor) sensível à luz do dia (fenômeno fotoelétrico),
a FQ já vem de tempos remotos servindo como um sustentáculo à humanidade para os mais
diversos fins. Mesmo em representações de fenômenos naturais, como a radiação solar, a FQ
pode ser encontrada e desenvolvida, como no caso, para se gerar calor e eletricidade, pelas
células fotovoltaicas. Com o apontamento das células fotovoltaicas, calculadoras, controles
remotos, aparelhos de rádio, telefone e diversos outros dispositivos eletrônicos puderam ser
criados. Mas não só para esse tipo de fim tecnológico que os benefícios da FQ puderam
propiciar proveitos; também houve especificidades que puderam ser desenvolvidas a partir do
seu substrato. Os raios-x, por exemplo, pôde ser manuseado não só para o uso de chapas do
corpo humano (por meio de fotografia), mas também para o uso em tempo real, como no caso
de exames de cateterismo (por intermédio de uma tela fluorescente). Em 1972, a utilização
dos raios-x evoluiu com a técnica da tomografia computadorizada (fonte de raios-x
movimentados ao redor do paciente, cujo retorno é capturado por detectores), como também
houve seu uso para a radioterapia (no tratamento do câncer). A tecnologia a laser foi outra das
aplicações da FQ, o que possibilitou o seu emprego em soldagens, usinagens, tratamento
térmico de metais, e no que diz respeito à medicina, a ver, em cortes cirúrgicos, cauterização e
remoção de camadas de pele. Lasers específicos puderam ser desenvolvidos inclusive em caso
de extração de camadas intensamente afiladas dos tecidos da córnea sem que as áreas
adjacentes fossem prejudicadas. Mas uma das áreas que a FQ mais tem influenciado é a
Nanotecnologia, a tecnologia que manuseia a matéria do átomo em escala manométrica. Por
meio dela, hoje já se viabilizou, por exemplo, a conversão de uma água salina em água doce
(com o uso de dessanilizadores com nanotubos), junto a microscópios de varredura por sonda
(microscópios SPM), instrumentos de grande capacidade de visualização que permitem o
manejo da matéria em nano-escala (NETO, 2019).
Após as primeiras descobertas, não se tardou muito para a FQ se expandir e conquistar
novos patamares em meio a Ciência. Pesquisas básicas e aplicadas começaram a ser
realizadas e debatidas interdisciplinarmente quanto aos seus resultados, trazendo novas
conquistas e tecnologias, sendo estas propagadas em vários sites internacionais e nacionais.
Além das já supracitadas, outras aplicações também vieram a dar forma no cotidiano do ser
humano de forma sutilizada, sem que o mesmo, por vezes, tenha se dado conta. Relógios
atômicos, medidas precisas de frequência e temperatura, sensores ultrassensíveis para
identificar forças fracas e deslocamentos de proporção subatômica (usados para a constatação
das ondas gravitacionais), segurança de comunicações (donde se ressalta a criptografia
quântica), bem como uma condensação de dados mais efetiva à computação e a criação de
computadores quânticos. (DAVIDOVICH, 2020).
Explanações e atualizações de tópicos de assuntos entrelaçados já vieram sendo
deixados desde o final do século XX em sites relevantes, como em publicações da World
Health Organization (WHO, 1999), que discriminou então séries de panfletos de autoridades
locais, saúde e meio ambiente europeu com explicações dos campos de eletromagnetismo
com armazenamento nas ondas de energia por quanta (WHO, 2020). No Brasil, a importância
da FQ também teve sua expressão, como em transmissões feitas pelo Ministério da Economia
do Brasil (ME) em 2005, sobre os avanços da óptica quântica realizados pelo professor da
Universidade de Harvard Roy Glauber, ganhador do Prêmio Nobel de Física. Fazendo-se uso
de todo o conhecimento quântico sobre a luz disponível na época, Glauber pôde, conforme
veicula o ME, elaborar sua própria teoria, a qual viria a engendrar transformações do meio
óptico, bem como sobre o parecer que se tinha até então a respeito da luz.
Outro exemplo de caráter nacional se apresenta em uma publicação do Governo
Federal, que em 2013 trouxe à tona na Fundacentro um assunto relacionado através da
palestrante Maria Gricia de Lourdes Grossi, com o tema “Impactos da Nanotecnologia na
Saúde e Meio Ambiente”. Grossi, como pesquisadora da Fundação, mencionou então que
investimentos governamentais estavam sendo aplicados no mercado de nanotecnologia com
enfoque na área de inovação e pesquisa, atingindo uma margem próxima considerável de
95%.
A importância sobre o tópico foi tanta que outra palestra relacionada ao tema foi
realizada e veiculada posteriormente no site do Governo federal em 2017, onde foi enaltecido
o curso de “Conceitos de Nanotecnologia e Impactos à Saúde dos Trabalhadores”. Criado
pelos pesquisadores da Fundacentro de Santa Catarina José Renato Alves Schmidt e Valéria
Ramos Soares Pinto, o curso foi apontado como de grande relevância pelos preceptores, que
afirmaram ser a nanotecnologia uma área de notória influência em seu despontar, dada a
atenção dela repercutir na saúde de funcionários e na esfera do trabalho, pelos impactos e
acidentes que pode causar, e pela exposição aos nanos-materiais aos indivíduos envoltos.
Perguntados pela Assessoria de Comunicação Social da Fundacentro sobre a questão do
tamanho das partículas e a sua influência, declararam que a diminuição para a escala
manométrica, acarretava aos materiais a eclosão ou aumento de propriedades químicas,
toxicológicas ou físicas ou mesmo a um reflexo mais intenso por razão das reações quânticas
e da área de superfície, onde a reatividade se acresce por causa do pequeno tamanho.
É evidente como o conhecimento sobre a FQ vem a influir e fazer a diferença nos
meandros dessa tecnologia vindoura, se levado em conta como o governo está corroborando
para que o processo de universalização responsável da Nanotecnologia passe a se tornar uma
realidade no país. Existem atualmente portarias governamentais que regulamentam e
estimulam o crescimento desse setor, impulsionando assim ainda mais os novos profissionais
a se aproximar desse novo campo do saber para fins de se adequarem aos futuros dispositivos
desenvolvidos, como a do SisNano nº 245 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e
Comunicação (2012) que, entre outros objetivos dispostos no Art. 2º, salienta:

I - estruturar a governabilidade para as nanotecnologias;


II - desenvolver um programa de mobilização de empresas instaladas no Brasil e de
apoio às suas atividades, para atuarem no desenvolvimento de processos, produtos e
instrumentação, envolvendo ciência e tecnologia na nanoescala;
III - promover no País o avanço científico e tecnológico e a inovação ligados às
propriedades da matéria na nanoescala;
IV - otimizar a infraestrutura, o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada e as
atividades ligadas à inovação na nanoescala, servindo como suporte ao avanço acelerado do
País na área estratégica de nanotecnologias, dotando o País de infraestrutura no mínimo
equivalente aos países mais adiantados na área e de formas de operação adequadas à
participação de todos os atores relevantes nesse processo;
V - consolidar e ampliar a pesquisa em nanotecnologias, expandindo a capacitação
científica e técnica necessária para explorar os benefícios resultantes dos desenvolvimentos
associados e suas implicações tecnológicas em: nanofabricação, desenvolvimento e
aplicação de nanopartículas, instrumentação em nanociência e nanotecnologia, processos em
nanoeletrônica, nanotoxicologia, energias renováveis e limpas, nanobiotecnologia,
nanocompósitos, nanofármacos, nanosensores, nanoatuadores e materiais nanoestruturados;
VI - universalizar o acesso da comunidade científica, tecnológica e de inovação do
País à infraestrutura avançada para produção e caracterização de nanoestruturas e produtos
finais, utilizando propriedades da nanoescala e materiais baseados nessas propriedades.

A mesma atenção às implicações da FQ no meio de saúde está sendo dada por parte do
Conselho Federal de Medicina (CFM), que referencia em seu portal oficial (CFM, 2019) uma
declaração decorrente do VII Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas, sobre
“Medicina: Humanidades e Tecnociência, desafios na formação e prática”. Nesta, discorreu-se
sobre as adversidades frente à construção e aplicabilidade das humanidades médicas, e os
princípios fundamentais médicos humanísticos que visam, entre outros fatores, buscar sua
confluência com a do que chamam de “novo paradigma científico”. Para fins de
conhecimento e elucidação da importância da temática desta obra, as proposições dessa
declaração com os princípios ditos como fundamentais são aqui dispostos a seguir:

“As descobertas mais recentes das ciências naturais, especialmente da física quântica e da
biologia sistêmica, confirmam pressupostos sugeridos pelas artes em todos os tempos e pelas
tradições filosóficas e místicas. As Humanidades podem contribuir com a demonstração da
convergência essencial entre seus princípios fundamentais e o novo paradigma científico,
lançando uma visão mais abrangente e profunda sobre a tensão dialética entre entropia e
sintropia, entre doença e saúde, entre morte e vida.

Artigo 2: A revolução científica ocidental iniciada no século XVII, separando, em nome da


objetividade, o sujeito pensante (ego cogitans) da coisa estudada (res extensa) conduziu à
ilusão da possibilidade de conhecimento do todo pela análise hiperespecializada de cada
parte. As Humanidades podem contribuir para a superação da fragmentação epistemológica
através da perspectiva de compreensão do homem em sua totalidade, em sua complexidade
multidimensional: soma, psique, nous, ou seja, corpo, alma, consciência transcendental.

Parágrafo único: O cuidado integral, que pressupõe a percepção do ser humano em sua
inteireza e suas múltiplas expressões e formas de relação com o mundo – do amor à
espiritualidade –, é uma necessidade epistemológica com decisivas implicações terapêuticas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) criado pela Constituição Federal Brasileira de 1988
(junto ao conceito de Seguridade Social e assim formado pela tríade: Saúde, Previdência
Social e Assistência Social) tão enraizado no processo de cuidar da saúde pública brasileira,
também traz em sua política a garantia da saúde como direito de todos e dever do Estado.
Tanto a União, como o Estado e o Município são articulados pelo SUS para poder integrar
uma melhor assistência de saúde à população. Para poder integrar a melhor assistência de
saúde à população, deve haver, portanto, medidas que enfoquem a promoção, o vínculo e a
prevenção à saúde, para que se alicerce o Pacto de Saúde do SUS. Quanto aos objetivos
propostos para o SUS, discriminam-se reconhecer determinantes e condicionantes da
sistematização entre a saúde e a doença; fornecer assistência através de promoção, proteção e
recuperação da saúde e diminuir riscos e piores danos e agravos determinando a política
socioeconômica. Já como princípios doutrinários, estabelece-se os da integralidade,
universalidade e equidade. (BOCCHI,JULIANI & ROCHA, 2011).
Em relação ao princípio da Integralidade, convém fazer algumas ressalvas. Ele surgiu
como política do SUS na Constituição a partir de fundamentos relacionados à integração de
serviços (comprehensive care) em prol da abordagem do ser humano como um todo, trazendo
a premissa do cuidado integral à saúde de cada indivíduo. Tais fundamentos ganharam força
em movimentos que ocorriam nos EUA, e posteriormente, também propiciou influencias no
Brasil, com serviços assistenciais coordenados dentro das universidades brasileiras junto ao
foco da integralidade da atenção na saúde comunitária, passando a ganhar novo viés no
encadeamento à Reforma Sanitária com o Programa de Assistência Integral à Saúde da
Mulher (PAISM): Bases de Ação Programática, divulgado oficialmente em 1984. Aqui
começavam os preâmbulos da integralidade tanto pelos serviços de prestação de cuidados à
população de mulheres como pela orientação oferecida para a prevenção, promoção e
assistência desse nicho da sociedade, que seguiram a se desenvolver com implementações
como a das Ações Integradas de Saúde (AIS) e do Sistema Unificado e Descentralizado de
Saúde (SUDS). Após a implementação do SUS pela Constituição de 1988, esse processo de
desenvolvimento da Integralidade prosseguiu, com a estruturação na década de 1990 de
programas como o Programa Saúde da Família (PSF) o qual fundamentava a atenção primária
dentro do SUS (que se tornou depois a Estratégia Saúde da Família), e que ainda engatilhava
problematizações em sua estrutura, e limitações, como a que se verificava quanto a outros
pontos de atenção além do prestado pela atenção primária. E as implementações se seguiram
gradativamente ao longo dos anos, com a ampliação do Programa Nacional de Assistência
Hospitalar em 2004, visto agora como HumanizaSUS, com cartilhas publicadas em 2008
contendo políticas e estratégias de humanização da atenção, da saúde e da gestão, estas
caracterizadas por ações concretas mais presentes. Posteriormente, também veio a se discutir
outros enfoques como: o aumento da autonomia dos usuários do SUS, a abertura das equipes
interprofissões e a carência de se utilizar de outros conhecimentos e técnicas além dos já
estabelecidos, onde a Epistemiologia pudesse “dialogar com outras Ciências e outros saberes
não científicos” em prol de se construir conhecimentos e haver um entendimento melhor do
funcionamento do ser humano, conforme apontado por Kalichman & Ayres (2016):

[...] Mas o autor aponta como ampliação mais relevante a consideração de que não
há problema de saúde ou doença que não estejam "encarnados" em sujeitos, em
pessoas. "Clínica do sujeito: essa é a principal ampliação sugerida" [...] Nesse
sentido, as finalidades e objetivos do trabalho clínico também devem ser ampliados,
incluindo não só a produção da saúde, por distintos meios - curativos, preventivos,
de reabilitação ou com cuidados paliativos, mas também ampliando a autonomia dos
usuários. A proposta de equipes de referência multiprofissionais e com trabalho
interdisciplinar reconhece e valoriza como atividade clínica não só a prática médica,
mas também a dos outros profissionais da saúde. Reconhece também a necessidade
de recorrer a outros conhecimentos já sistematizados na psicologia, pedagogia,
antropologia, ciências sociais e outras para informar sobre o "funcionamento do
sujeito quando considerado para além de sua dimensão orgânica ou biológica" A
proposta de projetos terapêuticos singulares, elaborados conjuntamente pelas
equipes de referência para casos mais complexos, é uma das estratégias colocadas
pelo autor como forma de criação de um ambiente de trabalho propício à abertura
das estruturas disciplinares. [...] Essa mesma equipe de referência, ou um conjunto
delas, é apontada como orientadora para a formação de uma "unidade nuclear de
poder gerencial". Organizar os serviços e departamentos dentro dos hospitais não
com base em especialidades médicas ou de outro corte profissional, mas sim em
"equipes interprofissões e interespecialidades organizadas em função de grandes
áreas voltadas para uma mesma finalidade e para um mesmo objeto (encargo)" (p.
854) O autor indica [...] três proposições conceituais, respectivamente, no plano do
saber, da técnica e da ética, que lhe parecem fecundas para instruir modelos de
atenção à saúde pelo princípio da integralidade. São elas: a Vulnerabilidade, o
Cuidado e a Humanização. O quadro da Vulnerabilidade é apresentado como um
modo de saber que busca "fazer a Epidemiologia dialogar com outras ciências e
com outros saberes não científicos, uma possibilidade de construir saberes
compreensivo-interpretativos, produtores de sínteses aplicadas") (p.16). A
proposição do Cuidado é retomada como conjunto de princípios e procedimentos
capazes de "recompor competências, relações e implicações ora fragmentadas,
empobrecidas e desconexas" 2 (p.18), de modo a estreitar as conexões entre
capacidades técnicas e sensibilidade às aspirações práticas de sujeitos, concorrendo
para a efetiva construção de seus projetos de felicidade. Finalmente, a Humanização
é vista como a dimensão ética implicada na prática dos saberes e fazeres da
integralidade, a disposição para o encontro entre os profissionais de saúde, e deles
com os usuários na perspectiva de emancipação dos sujeitos (KALICHMAN &
AYRES,2016. p.7-8).

Um seguimento que complementa essa visão também pode ser visto sob a análise
traçada por Bocchi, Juliani & Rocha (2011) a respeito da séria indispensabilidade de
reformulações, nesse âmbito, também quanto às políticas do SUS, para fins de um
atendimento mais integrado e transcendente ao holísmo que compõe o paciente, como
também para que se pudesse realizar especializações decorrentes aos novos conceitos
alavancados pela FQ:

O advento da física quântica traz consigo o fato de que os materiais sólidos da física
clássica se dissolvem no nível subatômico, tratando-se de probabilidades de
interconexões semelhantes a ondas. Logo não podemos decompor o mundo em
partículas elementares que existem de forma independente (Capra, 1996). A nova
ciência da ecologia traz duas novas concepções, comunidade e rede. Conceituando
comunidade ecológica como um conjunto de organismos aglutinados num todo
funcional, por meio de relações mútuas, existindo portando três tipos de sistemas
vivos: organismos, partes de organismos e comunidades de organismos, sendo todos
eles totalidades integradas cujas propriedades essenciais resultam das interações e
interdependência de suas partes (Capra, 1996). Essas e outras descobertas, a partir
do século XVIII solicitaram o rompimento com o pensamento corrente
(mecanicismo/reducionismo), o que implicou na necessidade de pensar o fenômeno
ao termo de uma composição. Surge a complexidade, [...] o todo é maior e menor
que a soma das partes. Cada parte tem características próprias que reunidas formam
o todo com características que não são encontradas enquanto partes separadas [...] O
desafio da integralidade nos apresenta ao da complexidade. O entendimento de
saúde e da complexidade elucida a ênfase na necessidade da ciência resgatar sua
capacidade de formular sínteses diante de um sujeito fragmentado e dos desafios
advindos do processo de especialização (Silva, 2007). É fundamental a transição de
um pensamento unidimensional, reducionista, para um multidimensional, não
excludente, que transcende o holismo por considerar o todo sem desconsiderar a
individualidade de suas partes. Há necessidade de integrar todos os nossos
conhecimentos adquiridos, de forma ordenada. A transdisciplinaridade contrapõe-se
ao reducionismo e a complexidade a inclui. A complexidade é utilizada para tratar o
Mundo Real, onde tudo é parte de tudo e depende de tudo. A transdisciplinaridade é
a parte deste mundo real que trata do conhecimento, de sua estruturação em
disciplinas, das superposições e espaços vazios existentes entre elas. A
complexidade está para o mundo real, assim como a transdisciplinaridade para o
mundo acadêmico (Chaves, 2006). Desta maneira, fica claro que as políticas
setoriais isoladas são incapazes de considerar o cidadão em sua totalidade e suas
necessidades individuais e coletivas (Schlindwein, Erdmann, Sousa, 2006).
Necessitamos de um pensamento que a partir de relações, inter-relações e
interconexões tente juntar os componentes da complexidade humana, concebendo a
integração dos diversos saberes (Schlindwein, Erdmann, Sousa, 2006).
(BOCCHI,JULIANI & ROCHA, 2011. p. 125-126).

Em fevereiro de 2006, com o intuito de poder corresponder com as funções de


gerência do SUS em prol da integralidade conceituada nessa política, o Concelho Nacional de
Saúde (CNS) aprovou com unanimidade a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no SUS (PNPIC), publicada na forma das Portarias Ministeriais nº 971 em
03 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de 2006. O processo teve como fundamento
ações nos setores da prevenção de agravos, promoção, manutenção e recuperação do quesito
saúde em aspectos humanitários e afunilados na integralidade do ser, visando adicionar e
empreender experiências que já estavam sendo elaboradas na rede pública de vários
municípios e estados (ainda que de forma não equânime, descontinuada, sem fornecimento de
insumos ou até sem registro devido à ausência de diretrizes específicas). Dispôs-se então
terapias como Acupuntura, Homeopatia, Termalismo, Crenoterapia, Fitoterapia e Medicina
Antroposófica. Além disso, conforme informado na publicação realizada pelo MS, a
elaboração dessa PNPIC deveria ser vista como “mais um passo no processo de implantação
do SUS”, considerado “o indivíduo na sua dimensão global – sem perder de vista a sua
singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e saúde”. (Secretaria
de Atenção à Saúde, 2006, p. 4-5).

A apresentação que se desenvolveu a partir de então, não poderia demonstrar sinais


melhores de aceitação dos usuários e quanto a apresentação de resultados, conforme
confirmado em uma publicação feita pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São
Paulo (2008):

O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o
país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são
investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes.
Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de
cuidar apenas de quem fica doente”, ressaltou o ministro Ricardo Barros. A inclusão
foi anunciada nesta segunda-feira (12), no Rio de Janeiro (RJ), durante a abertura do
1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública
(INTERCONGREPICS). Além das 10 novas inclusões, também será publicada uma
portaria que definirá as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos
termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já eram oferecidas no SUS
de forma experimental. Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco
procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando
as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina
tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia,
arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia,
osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária
integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga. As terapias estão presentes em
9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na
Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais
em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a
estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no
SUS. [...] Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado
entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso,
há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização
dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No
ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais. CONGRESSO – O
Brasil é referência na área e para tratar desse assunto, o Ministério da Saúde
promove [...] o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública
(INTERCONGREPICS), e o 3º Congresso Internacional de Ayurveda. [...] A
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada em
2006, instituiu no SUS abordagens de cuidado integral à população por meio de
outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a implantação, o
acesso dos usuários tem crescido. [...] (CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA
DO ESTADO DE SÃO PAULO 2008, p.1)

Com esse cenário de incorporação das práticas complementares, ficou indubitável


como o segmento das mesmas tornou-se parte do processo saúde-doença da sociedade.
Sublinha-se aqui que esse tipo de inclusão não foi pertinente só no Brasil mas em outros
países também. Isso pode ser evidenciado pelas palavras de Coleman (1999) que menciona
que as universidades de Harvard e de Massachusetts realizaram programas contendo práticas
de meditação, os quais puderam demonstrar sucesso ao serem usados com centenas de
pessoas hipertensas. Ele ainda afirma que as pessoas que meditavam regularmente
apresentaram um nível diário de ansiedade muito menor do que as que não participavam
dessas práticas, e ainda demonstravam ter muito menos problemas psicológicos ou
psicossomáticos, como resfriados, dores de cabeça e insônia. Em 1984, então, o Instituto
Nacional de Saúde dos Estados Unidos divulgou um relatório recomendando meditação antes
da prescrição de remédios para tratamento da hipertensão. Posteriormente em 2011, cientistas
relataram na Psychiatry Research Neuroimaging que oito semanas de engajamento de, em
média, 27 minutos por dia de meditação resultam em diferenças no cérebro. Eles ainda
fizeram ressonâncias magnéticas da estrutura cerebral de pessoas que meditam, revelando um
aumento na densidade da massa cinzenta no hipocampo e diminuição da densidade de massa
cinzenta na amígdala. Quanto a isso, faz-se jus descrever que o hipocampo é plenamente
envolvido com a introspecção, memória e aprendizado do ser, enquanto a amígdala interage
com a resposta de "luta ou fuga" do corpo. Após várias investigações, foi concluído que
apenas 15 minutos por dia de meditação já seria capaz de oferecer inúmeros benefícios na
vida do ser humano, tais como, melhora no sono, diminuição do estresse e da hipertensão,
redução dos riscos de adquirir Alzheimer, melhora de humor, aumento da criatividade, entre
outros.
Quanto a relação intrínseca dessas práticas com a FQ, esse excerto bem a descreve:

[...]Por sua vez, é importante assinalar que, no universo desvelado pelos avanços da
ciência moderna, particularmente nos campos da física e da psicologia, podem
encontrar acolhida os pensamentos não ortodoxos das PICs. Os avanços da ciência
moderna, com as suas descobertas, voltaram a evidenciar o pensamento existente
desde a Antiguidade, o da inter-relação entre todas as coisas e eventos, constituindo-
se o universo como um todo dinâmico e inseparável [...] a ideia de alguma coisa ser
localizada significa que ela não é distante, e, no emaranhamento quântico, parece
não se aplicar o conceito de distância. Tudo está se tocando o tempo todo. Essas
conexões não locais são concebidas por alguns físicos como a própria essência da
realidade quântica. Essa propriedade foi demonstrada em condições de laboratório
para partículas (experimentos de Aspect e de Gisin), bem como entre seres humanos,
por meio de sinais cerebrais (experimento de Grinberg-Zylberbaum). Segundo o
físico Lima (14): “Com a comprovação da não localidade quântica, a medicina
mente-corpo ganha um poderoso aliado no campo da ciência para ultrapassar a
barreira mecanicista e reducionista da medicina materialista e medicamentosa...”. A
propriedade da não-localidade quântica pode ajudar a compreender muitos processos
de cura à distância, seja por preces intercessórias, seja por processos de visualização
e meditação, pelo reiki ou por passes entre outros recursos. Há, hoje, evidências
científicas de enorme amplitude e em número cada vez maior de que nossa mente
também está conectada numa base não local Os dados acumulados a respeito de
efeitos psíquicos, tais como a conexão telepática e a visão remota apoiam essa ideia.
A propriedade da não localidade das entidades quânticas nos mostra que o universo
é, inerentemente, uma totalidade (15). A nova imagem da matéria, do universo e do
ser humano, propiciada pelas revoluções da física moderna e da psicologia, abriu
espaço para que a consciência e a dimensão subjetiva fossem reconduzidas ao
cenário científico, aspectos esses que são centrais nas PICs.[...] Para concluir essa
breve apresentação dos aspectos mais relevantes da física moderna, da neurociência
e dos estudos no campo da espiritualidade e saúde para as PICs, enfatizaremos que,
na teoria da relatividade e na teoria quântica, a imagem do universo como uma
máquina foi transcendida por uma visão dele como um todo dinâmico e indivisível,
cujas partes estão essencialmente inter-relacionadas (11). No contexto desse novo
pensamento, torna-se superficial e irracional qualquer abordagem em saúde que não
considere a integralidade do ser e a sua relação com o ambiente no qual está inserido
(8,9). [...] (ABREU, 2018, p. 119;122).

E o autor ainda reforça como cientificamente a FQ vem tendo grandiosa representação


à Medicina:

Atualmente, dentro da física, o problema da participação da consciência na formação


da realidade é um dos mais centrais. Segundo os físicos Rosenblum e Kuttner, [...] A
mecânica quântica tem um sucesso impressionante. Nem uma única previsão da
teoria jamais esteve errada. Um terço da nossa economia depende de produtos
baseados nela. [...] Particularmente, na concepção do físico quântico Amit Goswami
(20), a medicina mente-corpo só faz sentido quando se compreende que ela não é
uma consequência da mente acima do corpo, mas uma consequência da consciência
acima do corpo. Tanto o corpo quanto a mente são possibilidades quânticas da
consciência. Essa concepção aceita e inclui a redescoberta da causação descendente
na física quântica. A causação descendente é a consciência atuando causalmente
sobre a matéria[...]. Em 1989, o médico endocrinologista e ayurvédico Deepak
Chopra [...] recorre ao pensamento quântico para explicar alguns casos de cura
mente-corpo que se assemelham à autocura, pacientes curando a si mesmos. [...] Ele
relata vários casos de curas espontâneas e assinala que: As pesquisas de curas
espontâneas de câncer realizadas tanto nos Estados Unidos como no Japão
demonstraram que, pouco antes do restabelecimento, quase todos os pacientes
passam por uma alteração de consciência (CHOPRA, 1989, p. 27). Chopra introduz
o termo cura quântica para explicar as “curas milagrosas”. Para ele, o mergulho em
um grau mais profundo de consciência parece ser a chave para entender o
mecanismo de tais curas (21). Exercícios contemplativos como a meditação e o
yoga, desenvolvidos por algumas tradições, que podem fortalecer os circuitos
neurológicos relacionados à consciência, empatia e percepção social [...] têm
produzido um crescente interesse de grandes centros de pesquisa do mundo,
principalmente na área da saúde (22). Na primeira década do século XXI, os avanços
da neurociência revolucionaram a maneira de pensarmos o cérebro. [..] uma série de
experimentos levados a efeito por Michael M. Merzennich mostrou que o cérebro se
molda pela experiência. Hoje, está comprovado que, quando se muda um
comportamento, uma forma de pensar, ou quando se exercita o aprendizado de
coisas novas, o cérebro se modifica em função disso, independentemente da idade
do indivíduo (24). Os neurocientistas vêm estudando a eficácia da meditação como
ferramenta para mudar profundamente as pessoas, inclusive suas formas de pensar.
[...] Segundo Fernando A. C. Bignardi (26), médico, gerontólogo, psicoterapeuta,
homeopata, coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento da UNIFESP
(Universidade Federal de São Paulo), o estilo de vida e as escolhas cotidianas se
convertem em doenças crônicas, como revelam as pesquisas epidemiológicas sobre
o envelhecimento. [...] práticas meditativas, com raízes nas tradições orientais,
constituem-se em uma ferramenta eficaz para intervir neste quadro. [...] As práticas
meditativas são eficazes para atuar sobre a multidimensionalidade do praticante
(dimensões física, emocional, mental, interpessoal e espiritual) e promovem
mudanças positivas no indivíduo, que passa a desfrutar não só de uma nova
condição de saúde mas de uma compreensão mais ampliada sobre os desafios e
dificuldades. [...] É consenso entre os físicos a convicção de que existe um grande
número de modalidades energéticas ainda totalmente desconhecidas pela ciência
(30). É oportuno lembrar que Albert Einstein, o grande gênio da ciência do século
XX, enfatizou que as energias sutis (não físicas) são as formas de energia que ainda
não podem ser medidas pelos equipamentos convencionais [...] mas que existem,
logo são importantes” [...] O conceito de campo da ciência moderna chama a nossa
atenção para dimensões mais sutis da realidade. Einstein afirmou que (51): “...o
campo é a única realidade (24)” (ABREU, 2018, p. 119-127).

4.5. A aplicabilidade da Física Quântica e seus benefícios ao setor da saúde

De acordo com Sit´ko (2002) a Medicina Quântica surgiu como uma aplicação médica
de novas ideologias de ordem natural as quais são provenientes da “Física da Vida”. A Física
da Vida parte do pressuposto que a compreensão da essência da vida e a sua diferenciação do
que não é vivo é um dos pontos a serem vistos para um tratamento médico, configurando mais
pelas palavras de “um fornecimento de um cuidado de saúde”. Assim, ela veio a representar
uma modalidade das Ciências Naturais que se incumbiu de transformar a medicina e a
biologia do conhecimento de base empírica para uma ciência estruturada, onde o que é
“fundamental” ganha um significado limitado; os objetos que estão sendo explorado possuem
frequências particulares sutis que lhes especificam. Pelo viés dessa abordagem, o
entendimento de um organismo saudável tem sua conexão alicerçada no conceito de estar
vivo, e isso compreende todo um organizado sistema de MQ a essa “Física da Vida”, a qual se
relaciona ao ser vivo e ao estado basal da saúde e seu estado metaestável representado pela
doença. Com isso, a transição do estado metaestável da enfermidade para o estado de origem
de bem estar é abordada por meio de um tratamento médico realizado com uma tecnologia
quântica que busca convergir esse meta-estado para um estado estimulatório em que ocorrerá
uma cascata de transições com probabilidade de convergir ao estado de saúde do ser. A
prática médica que permite essa realização veio a se fazer por meio de uma tecnologia de
energia eletromagnética de alcance de milímetro quântico, uma terapia de ressonância de
micro-onda (MRT), que realiza o seu fluxo através de uma densidade espectral específica.

A medicina quântica se expandiu para várias abordagens após a sua origem, a citar, o
seu uso para a medicina integrativa psicossomática, com orientação não das enfermidades
como alterações do todo que compõe o ser, mas para a cura do indivíduo como um todo,
trazendo a implicação ao aspecto quântico que originou o ser macroscópico. Esse processo
pode ser desempenhado por métodos holísticos como a acupuntura e a análise do biossistema
quântico macroscópico disposto pela estrutura quântica informativa da rede neural
holográfica. Estas terapias podem ser, de acordo com Rakovic´ (2014) muito bem chamadas
como “terapias informacionais quânticas”, onde a bioressonância se dá por novas condições
de limite no espaço do estado energético do sistema da acupuntura ou mesmo, da consciência.
Nesse contexto, todas as técnicas e abordagens de fundamentação na consciência (como as
presentes na acupuntura), tem como serem tipificadas como terapias informacionais
quânticas.

Essas informações quânticas estão tão intrínsecas às células, que chegam ao ponto de
poderem influenciar um indivíduo ativamente em processos como os vícios, que a ciência
médica, por vias da FQ se propõe a investigar, conforme relatado pelo Dr. Chopra (1989):

[...] A parede do estômago de um homem gordo não é viciada em comida — apenas


aceita o que lhe dão. Na verdade, parece que a memória das células é que se vicia
com a substância que provoca o hábito e ela continua criando células distorcidas que
refletem sua fraqueza. Em outras palavras, um vício é uma memória distorcida. É
apenas nossa inclinação material que continua atendendo à célula. (Essas memórias
perniciosas podem ser herdadas, quando um vício se espalha por famílias inteiras,
mas, mesmo que seja um “gene de dependência” específico, somos forçados a
considerar as condições imateriais que levaram o DNA a enviar esse gene. Nossos
ouvidos são formados porque um gene os codificou; no entanto, em primeiro lugar,
a razão de terem se desenvolvido há milhões de anos certamente foi imaterial —
algum organismo começou a responder ao som.) Quando se cuida de um
dependente, desintoxicando seu organismo e mantendo-o afastado do álcool e das
drogas durante muitos anos, todas as células antigas que haviam ficado
“quimicamente dependentes” se acabarão. Mas sua memória permanecerá, e, se lhe
dermos uma chance, ela o levará de volta às substâncias que provocaram a
dependência. Um cardiologista colombiano, meu amigo, deixou de fumar há quinze
anos. Nesta primavera foi visitar sua terra natal e resolveu ir ao cinema, um
acontecimento raro em sua vida. [...], ao chegar à sala de espera, ele sentiu uma
vontade incontrolável de fumar. — Sabe, passei a adolescência em Bogotá —
contou-me depois — e costumávamos fumar nos intervalos dos filmes. Eu voltei ao
mesmo cenário e a necessidade de fumar foi imediata. Achei-me diante da máquina
automática de cigarros, procurando moedas no bolso. Só consegui me controlar
repetindo: “Isso é uma loucura, você é um cardiologista”. Foi o único modo de
resistir. [...] O que torna o vício tão assustador é que os receptores do cérebro estão
sempre dispostos a cooperar com as instruções da mente. [...]No caso de um
dependente, uma das reações bloqueadas pela droga é a capacidade de pensar
racionalmente e perceber as coisas com nitidez. Enquanto seus receptores estão
cheios, o viciado sente-se eufórico e sua percepção fica suavemente embotada, uma
condição que pode ser agradável a curto prazo, mas devastadora se continuar por
longo tempo — sem a clara percepção das coisas, o cérebro não pode emitir as
instruções básicas para pensar, comer, trabalhar, relacionarse com outras pessoas e
tudo o mais. Todas as atividades da vida exigem pensamento claro, e ele precisa de
grande quantidade de neurotransmissores diferentes, mas o viciado restringe-se
apenas a alguns e prende-se a eles desesperadamente. Do mesmo modo, uma
explicação estritamente física para o câncer também não é convincente. [...] talvez
possa ocorrer uma memória distorcida ao nível celular. (CHOPRA, 1989, p. 96; 97).

O ocorrido nessa memória apresentada por Chopra tem uma fundamentação. Rupert
Sheldrake em Uma Nova Ciência da Vida (2013) trouxe em sua obra que há uma estrutura
vigente em todos os sistemas que existem, regulada por campos invisíveis (campos
causativos) os quais engendram a organização da forma e do pensamento. O campo
transpassaria a fronteira do tempo e do espaço, onde a força de seu resultado seria tanta a
largas distancias quanto a próximas. Esse campo estaria passível de ser alterado sempre que
um ser que pertinente à mesma espécie tivesse realizado um novo aprendizado
comportamental, ou seja, alteraria com isso uma pequena proporção do campo causativo da
espécie. Se esse comportamento virasse um habito, a ressonância do campo desse ser afetaria
o de toda a espécie. A matriz origem desse campo foi chamada, por conta disso, de
“Ressonância Mórfica”, que seria, por conseguinte, capaz de causar modificações e
influencias em prol do sucesso ou fracasso pelo espaço-tempo. Nesse sentido, a formação de
pensamentos também poderiam gerar influências, pois fariam parte do processo de criação da
realidade, a qual seria consequência de grupos seguidos de outros grupos ainda mais
intrincados em estágios mais avançados por serem correlacionados entre si no decorrer desse
processo evolutivo.
Com a evidenciação de que toda a matéria sólida é condensação de luz (energia), a
vibração relativa a essa energia do campo passou a ser conhecida por seus níveis não
perceptíveis aos sentidos, onde o organismo está ligado por um molde holográfico de energia
conhecida como o “corpo etérico”. O corpo energético, por sua vez, possui informações
fundamentais associadas com a estrutura morfológica do corpo, que, conforme foi falado,
transpassa as modificações perniciosas que venham a ser criadas para a estrutura celular do
corpo físico, donde acarretaria o que se chama “doença”. Em outras palavras, não é no corpo
físico em que a doença tem o seu início, mas em níveis de corpos (em dimensões) mais
ascensos. Com efeito, tanto a baixa imunidade como a formação de tumores cancerosos se
veem, sob essa nova perspectiva, originados a partir de prejuízos nesses corpos de energia.
Esse tipo de modificação energética também tem sido corroborada pela Epigenética. No
mundo atual, tem-se o entendimento que o DNA pode ser mutável como um quantum,
portador de uma inteligência atuante junto a elementos químicos, transladando mensagens
quânticas para o meio físico por conectar partículas quânticas recentes de inteligência com as
da matéria. O estudo das frequências quânticas tem direcionado as pesquisas para novos
patamares. A Epigenética, por exemplo, configurada pela viabilização do controle
manipulativo genético, tem conseguido resultados quanto a manipulação de genes a partir do
silenciamento de alguns e aumento gradativo do som de outros genes. Sabe-se que o meio e a
dieta proporciona alterações epigenéticas comumente, bem como pela forma interacional
entre genes e que os eventos, gerenciados pela epigenética, se sucedem pelo processo de
adaptação da organização das regiões dos cromossomos, e o motivo da realização pode ser
por vários propósitos, como o de perpetuar, sinalizar ou apenas de registrar as atividades dos
genes envolvidos no ciclo da vida (como no caso de um desenvolvimento de um embrião).
Com efeito, procedimentos de cura tem sido utilizados na Epigenética por intermédio de
indução de frequências em regiões que promovem os genes, proporcionando, assim, reações
de aumento ou diminuição da metilação do DNA (união do metil à citosina do DNA). De
modo geral, quanto mais metil (CH3) conter o gene, mais expressivo. E o valor desses
procedimentos pode ser levado à saúde, sendo passados a outras gerações. Também podem vir
a auxiliar em casos, por exemplo, quanto às mutações genéticas do câncer, que possuem
descontrole proliferativo das células caracterizado pela desmetilação de conjuntos de genes
celulares. Ainda assim, a maneira mais disponível de se conseguir desativar os genes nocivos
e levar a ativação dos bons, a despeito do meio e situação em que o indivíduo se encontra, é
pela mudança da atitude mental. Mas há muitos benefícios que os indutores frequenciais
podem trazer em tudo isso. Essas afirmações cientificamente embasadas de CRISTOFOLINI
e PADILHA (2016) trazem um novo despertar, complementado ricamente com esse
comentário:

Uma nova visão, por exemplo, para uma doença é não ter somente o fator como
gene e sim, uma exposição total a oxidantes gerados de várias maneiras, como luz
do sol, poluição, radiação, má alimentação, toxidade no organismo, sistema
acidificado, falta exercício físico, stress, depressão, o cultivo de certas emoções,
viroses entre outras, o que permite um sistema imunológico fraco e intoxicado
(GERBER, 1992). Ambientes e outros fatores externos podem influenciar o
funcionamento dos genes, ou seja, genes que antes encontravam inativos podem ser
“ativados” incluindo o plano psicológico. Os genes nocivos podem ser minimizados,
se os mantivermos sob rígido controle (MURAKAMI, 2008). Existem indutores
frequências que colocam o corpo num movimento em direção ao restabelecimento
da saúde física, enquanto proporcionam uma melhor clareza emocional. Eles ajudam
o paciente a recriar as próprias escolhas, tornando a vida mais harmoniosa e feliz. As
células do corpo humano, emitem uma frequência diferente para cada órgão, o
mesmo se dando com as células e as emoções. O tratamento será o envio de uma
frequência específica para as células ou emoções que precisem de uma restauração
no nível físico, mental e emocional (TORNAVOI, 2015). O ser humano é na
verdade, um conjunto, ou seja, um acorde de inúmeras frequências oscilatórias
complexas, que ao se harmonizarem em cada indivíduo formam uma frequência
própria para cada ser humano, como se fosse uma digital vibracional. Essas
frequências formam um acervo de informações codificadas no material genético,
informações hereditárias armazenadas do DNA (GALLI, 2015). Cada doença tem
uma frequência, modificar ou corrigir essas frequências, nos levam a recuperar a
saúde. [...] As essências vibracionais, através de indutores frequenciais, podem
ajudar a fortalecer a energia dos órgãos e sistemas, protegendo-os dos desequilíbrios
funcionais e imunológicos, levando a proteção do próprio aparecimento do câncer
ou de suas metástases, assim como favorecendo ao organismo a melhor resposta aos
tratamentos de cura (ARNT, 2014). A raiz dos problemas está na atitude interior,
frente às situações do cotidiano e a postura da pessoa que determina a saúde do
corpo ou desencadeia as doenças que afetam o organismo. O corpo é um sensor que
acusa o modo de como lidamos com os acontecimentos, cada parte dele reflete uma
emoção. [...] A bioquímica do corpo é um produto da consciência. Crenças,
pensamentos e emoções criam as reações químicas que sustentam a vida de cada
célula. Uma célula que envelhece é o produto final da consciência que se esqueceu
de como permanecer jovem (CHOPRA, 2012). Nossa consciência é uma espécie de
energia que esta integralmente relacionada com expressão celular do corpo físico.
Assim a consciência participa da contínua criação da saúde ou da doença (GERBER,
1992). Pensar é [...] transformar a realidade. Somos o que pensamos.
(CRISTOFOLINI e PADILHA, 2016, p. 113-116).

Para elucidar melhor a ligação da física (e implicitamente da FQ) com o processo


saúde-doença, faz-se notório explicitar os caminhos efetuados pela Física no meio celular,
mais peculiarizados pela sua subdivisão, a biofísica. Biofísica, a saber, é uma linha da física
que direciona os estudos das dinâmicas fisiológicas, bem como das relações que alicerçam as
funcionalidades do corpo humano, tendo as moléculas como parâmetro. Como perspectiva, a
biofísica perfaz a qualificação do processo ativo presente no corpo versus as confluências
energéticas manifestadas por fluxos de informações à íntegra, sopesada a circunvizinhança do
ambiente. A este campo manifesto por essas confluências, dá-se a definição de “biocampo”.
Com o transcorrer da historicidade, foi desenvolvida uma convicção de que o indivíduo era
portador de uma aura, um campo de energia bioenergético, o qual pode junto ao progresso
científico e tecnológico, receber a alcunha de campo eletromagnético do corpo ou “biofield”,
assim conceituado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América (EUA), e
tempos após, aceito pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA. Abordagens recentes
obtidas com a biofísica delineiam um concepto da mecanicidade dessa biológica transmissão
energética, aqui explicitada como friso da vitalidade implícita no mundo microscópico que se
nos rodeia. À miúde, tanto as inter-relações moleculares quanto as próprias moléculas em si
irradiam um espectro eletromagnético de energia típico advindo do deslocamento de
partículas nele, onde a composição de células, órgãos ou tecidos geram frequências em grupo,
o que desencadeia uma rede, assim chamada de “rede vibratória” em movimento, disseminada
do organismo e ao derredor dele. As moléculas das células fazem uso de cargas elétricas para
a própria manutenção, onde informações são proporcionadas pela demoção e rearranjo
estrutural dos elétrons dessa conglomeração interconexa de moléculas dessas células. Mas não
só nessas moléculas em que estão interconectadas ocorre essas transferência de carga, como
também existe corrente elétrica em tecidos que não conduzem, segundo certos conceitos
quânticos. E é com o ordenamento dos elétrons através das moléculas, sendo conduzidos
internamente nas mitocôndrias (donde se faz a adenosina) que atividades físicas e mentais
podem ser realizadas. Essa é a inferência traçada por Costa et. al. (2016) ao explicar os
benefícios da homeopatia, uma das práticas da Medicina Quântica Quanto a associação deste
procedimento médico na saúde, ainda tão eloquentemente desenvolve:

Reconhece-se que o conceito de biocampo está intimamente ligado ao vitalismo, um


conceito filosófico antigo. Essa concepção é análoga em várias épocas: Aristóteles
(384-322 a.C.), Hipócrates (460-377 a.C.), Stahl (1660-1734), Barthez (1734-1806),
Friedrich Casimir Medicus (1736-1808). Todos admitiam uma distinção entre alma
e corpo, unidos em um composto único, indissociável e que a atuação da alma sobre
o corpo somente era possível por meio de uma força vital (DIAS, 2001). No estado
de saúde do indivíduo reina, de modo absoluto, a força vital de tipo não-material que
anima o corpo material (organismo), mantendo todas as suas partes em processo
vital admiravelmente harmônico nas suas sensações e funções, de maneira que nosso
espírito racional que nele habita, possa servir-se livremente desse instrumento vivo e
sadio para um mais elevado objetivo de nossa existência. Quando o homem adoece é
somente porque, originalmente, esta força de tipo não material presente em todo o
organismo, esta força vital de atividade própria (principio vital) foi afetada através
da influencia dinâmica de um agente morbífico, hostil à vida; somente o principio
vital afetado em tal anormalidade pode conferir ao organismo as sensações adversas
levando-o, assim, a funções irregulares a que se dá o nome de doença.
(HAHNEMANN, 2001) Terapêuticas vitalistas fizeram parte da corrente principal
de tratamento na primeira metade do século XX; porém de 1950 em diante o
crescimento da indústria farmacológica restringiu a perspectiva de campo biológico
na ciência acadêmica (RUBIK, 2002). Sistemas não lineares, Auto-organizados,
Teoria do caos e a Homeodinâmica são as novas perspectivas advindas de estudos
na área da biofísica[...]. Tais teorias afirmam que os sistemas orgânicos trocam
energia, matéria e informações com o meio ambiente, sequestram fluxo de energia e
informações e dissipam energia a fim de manter-se como estrutura macroscópica [...]
essas oscilações propagam-se influenciando o organismo em nível sistêmico,
mudando os padrões dinâmicos, podendo desencadear doença ou cura.[...] A gama
dinâmica do conceito do estado saudável não é um ponto de balanço, mas varia,
dependendo da individualidade do organismo, da sua história, bioquímica e idade
biológica. Uma vez que um agressor, tanto biológico quanto biopsicossocial é
desencadeado, o organismo não retorna ao estado dinâmico anterior, mas estabelece
um novo equilíbrio dinâmico por meio da experiência recém-integrada. O processo
que fornece a estabilidade dinâmica provém simultaneamente em vários níveis
organizacionais, do nível quântico ao macroscópico [...] A auto-organização por
meio de fluxos contínuos de matéria, energia e informação é a base biofísica da
manutenção e renovação da vida). (COSTA, R. F. et, al., 2016, p.138-139).

Em Bruscia, 1987, iniciou-se um movimento de música sendo utilizada como um meio


terapêutico. Nesse sentido, o intuito da musicoterapia seria de atuar de forma direta no
indivíduo em tratamento, podendo ser usada em caráter secundário em pacientes em terapia,
como um complemento as intervenções em andamento. Segundo Kairalla e Smith (2013) o
enfoque de seu uso está no som, na criatividade e na beleza, onde os sons geram uma relação
das funções mental e corporal para se atingir o bem-estar e o reequilíbrio da vida intra e
interpessoal, fornecendo-se assim melhor qualidade de vida. O princípio sonoro aqui é visto
como uma chave pertencente ao Eu Interior, auxiliando física, psíquica e espiritualmente a
pessoa. Desde o útero, os sons podem ser apercebidos pelo ser antes deste poder contemplar
pela visão a luz ou outros campos eletromagnéticos. Isso ocorre de maneira consciente ou
inconscientemente, onde ondas sonoras vibram através do ar até chegar aos ouvidos, mas
igualmente atingindo a pele, ossos, órgãos sensoriais e assim poder chegar ao Sistema
Nervoso Central (SNC) para então vir a serem perceptíveis pelos sentidos da audição e pela
cinestesia. Consequentemente, os sons (sejam como músicas, ruídos, etc) podem ser
vivenciados internamente pelas pessoas e com isso suscitarem reflexos reativos do corpo ou
da voz, desencadeando ao ser pensamentos, divagações. Quanto a padronização, vale dizer
que a musicoterapia utiliza-se da anamnese e dos exames físico e psíquico típicos de
especialidades clínicas, o histórico sonoro-musical de cada pessoa, para poder compreender
sua Identidade sonora (ISO) e com isso, escolher os estímulos sonoro-musicais a serem
usados, onde o som e suas características necessitam entrar em pauta nessa análise também:

Assim, se pudéssemos enxergar este movimento, notaríamos regiões onde há


compressão de moléculas e outras onde há rarefação [...] trata-se de uma energia
elástica porque envolve oscilações de pressão, [...] atingindo um grupo de moléculas
do ar [...] liberando esta quantidade de energia para o agrupamento seguinte de
moléculas e assim por diante até atingir [...] o ouvido humano ou o corpo humano na
sua estrutura óssea, que se constituirá na fonte receptora. A medicina descreve o
caminho desta energia mecânica, sendo transformada em energia elétrica no ouvido
interno e daí para a frente adentrando o Sistema Nervoso Central (SNC) até ser
percebida de forma consciente em regiões específicas da córtex cerebral. Assim, o
número de ondas por segundo caracteriza a frequência de onda. O som definido por
sua frequência vibratória é denominado tom. A frequência define a altura de um tom
ou sua posição no espectro agudo/grave (PETRAGLIA, 2010). Quanto mais rápida a
vibração, mais agudo o tom[...] “Entretanto, na natureza e em todas as manifestações
acústicas, um som nunca é uma frequência isolada. Ele surge como um feixe de
frequências ancoradas numa frequência básica, a qual chamamos de fundamental”,
associada a várias outras frequências múltiplas dela, portanto mais agudas,
chamadas seus harmônicos. [...] Sabemos que uma mesma nota musical, no entanto,
soa diferente dependendo do instrumento que a emite, o que chamamos de timbre do
instrumento e deriva da combinação de comprimentos de ondas que são ressoadas
pelo corpo de cada instrumento[...] O timbre é, portanto, o elemento que “nos conta
sobre o interior da fonte sonora ... o que nos dá a possibilidade de ir além da
superfície e conhecer as coisas de seu interior” [...]Do mesmo modo, a voz é muito
mais reveladora do estado de alma de uma pessoa do que sua aparência e não é a toa
que o detector de mentiras analisa, entre outras coisas, as oscilações da voz [...]As
frequências sonoras são analisadas quanto a duração no tempo (seu ritmo). Podem,
ainda, variar quanto à intensidade [...]do som, medidas pela amplitude da onda. [...]
e fenômenos, tais como linha melódica, harmonia (baseada em consonâncias e
dissonâncias dos sons) e ritmo. Estes aspectos também podem ser discutidos em
termos do comportamento biológico (humano e animal). [...] (KAIRALLA e
SMITH, 2013, p.27- p.31)

Dada a imprescindibilidade da frequência vibratória para o assunto FQ e desta para a


saúde humana, aqui se inclui um outro excerto das autoras que explica de forma transparente
e mais simples como esse campo energético se manifesta quanto ao princípio da Ressonância
Magnética aplicado pela física, e como este está relacionado com a força vital:

Quanto à energia eletromagnética, nos últimos anos tem aumentado o nosso


conhecimento a respeito das interações entre os estados químicos e os campos
eletromagnéticos. No momento da conversão da energia em partícula, o fóton
(quantum de luz) reduz sua velocidade para transformar-se em partícula, passando a
ter algumas propriedades da matéria enquanto conserva algumas propriedades
ondulatórias. Assim, um pacote de luz teve sua velocidade diminuída e foi, portanto,
congelado, liberando grande quantidade de energia. Como cada átomo tem uma
densidade própria [...] a velocidade de rotação de seus elétrons, bem como a órbita
que eles ocupam no átomo, lhes são específicos. Um átomo só é passível de absorver
uma energia transferida a ele, se esta estiver vibrando numa determinada frequência
específica do átomo. Este é o princípio de “Especificidade de Ressonância” e é o
princípio utilizado pelos aparelhos de Ressonância Magnética para obter imagens do
interior do corpo humano [...] Quando isto acontece, “um fóton de energia de uma
frequência específica poderá fazer com que um elétron passe de uma órbita mais
baixa para uma mais elevada. Se um elétron descer para [...] um nível de energia
inferior, ele irá liberar um fóton de energia da mesma frequência daquela captada
quando passou para o nível superior” (GERBER, 1988). A característica da energia
que faz os elétrons passarem de um nível para o outro é a frequência de vibração
(GERBER, 1988). Considerando, então, a possibilidade da existência de campos
energéticos com frequências acima da velocidade da luz, chamadas corpos sutis,
alguns pesquisadores, dentre eles William Tiller, [...]procurou utilizar os modelos
científicos para explicar certos fenômenos energéticos sutis. Seus estudos mostram
um modelo espaço/tempo positivo para a matéria em velocidades inferiores à da luz,
paralelamente (em um diagrama invertido) ao modelo espaço/tempo negativo
relativo a partículas com velocidades maiores que a da luz (FELDMAN, 1974). A
fórmula da Transformação Einstein-Lorentz para velocidades maiores que a luz [...]
as partículas terão sempre massa negativa e estarão no espaço/tempo negativo. Isto
implicaria numa entropia negativa. Sabe-se que quanto maior a entropia (positiva),
maior o grau de desordem de um sistema, que é a tendência do universo físico, isto
é, as coisas tendem a se desintegrar. Porém, uma exceção notável é encontrada no
comportamento dos sistemas vivos: os sistemas biológicos assimilam matéria-prima
para seu alimento e os organizam em componentes simples, apresentando a
propriedade de entropia negativa, ou seja, tendem para um grau crescente de ordem
(GERBER, 1988). Poderse-ia dizer, portanto, que a força vital parece estar associada
a características entrópicas negativas. Além disso, a matéria espaço/tempo negativo
é de natureza basicamente magnética (GERBER, 1988). Enquanto a matéria
espaço/tempo positivo está associada às forças da eletricidade e da radiação
eletromagnética, a matéria espaço/tempo negativa está associada principalmente ao
magnetismo e a uma força que Tiller chamou de radiação magneto-elétrica. [...] A
rede de energia eletromagnética que constitui o corpo humano vem sendo estudada
cientificamente desde o século passado (KAIRALLA e SMITH, 2013 .p.33- p.34)

De Freitas; Berger & Addor (2012) também seguem em linha similar de pensamento, e
vão ainda mais longe. A unidade com a existência é crida como uma unidade bio-psico-
energética, onde o estímulo da energia leva a uma pulsação plasmática, e esta às sensações do
corpo vivificadas pelos sentimentos e emoções que se ligam aos pensamentos. É uma
anatomia sutilizada citada nos tratamentos das terapias alternativas e que estão relacionadas à
fisiologia e as enfermidades humanas. Para fins de se poder trabalhar com tamanha sutileza de
matéria, houve cientistas que fizeram uso de seus conhecimentos para a construção de
dispositivos que pudessem interagir com esse campo bioenergético, como o AMI (Aparelho
para Mensuração dos Meridianos e Órgãos Internos Correspondentes) que foi elaborado pelo
médico Dr. Hiroshi Motoyama. Esse equipamento computadorizado realiza o diagnóstico de
falta de equilíbrio da fisiologia do sujeito, por meio da afixação de 28 eletrodos no corpo.
Outra forma comprobatória dessa anatomia foi através da criação da máquina Kirlean por uma
cientista russa. Trata-se de uma máquina que realiza fotografias nas quais pode se visualizar
as descargas das frequências altas (que se deram nos mesmos pontos destacados pelo aparelho
AMI). Esse sistema sofreu melhorias as quais culminaram na Eletronografia, um meio de
análise corpóreo que revelavam pontos energéticos nas mesmas localidades, mas que
apareciam somente se alguma enfermidade estivesse presente, aparecendo um brilho
específico ao nível de seriedade da uma ou mais doenças que houvesse nessa(s) localidade(s).
Um último aparelho a destacar, foi o do dr Rinhard Voll, o qual perfilava quantificações de
padrões de eletricidade desses pontos referidos anteriormente. Os autores então realçam os
achados encontrados, assim dispostos:

[...] O início dessas pesquisas vinham confirmar que o sistema de pontos energéticos
utilizados pelos pesquisadores, que tratavam-se dos meridianos acupunturais,
utilizados pela medicina chinesa, interage com o sistema nervoso através de uma
série de etapas de transdução de energia que, em última análise, permite que esses
fenômenos energéticos influenciem a eletrofisiologia celular. Porém essa descoberta
da existência de elos neurais e neuro-hormonais com o sistema de acupuntura não
significa que esses pontos sejam nervos e sim que uma ramificação desse sistema de
pontos meridionais opera em estreita ligação com os sistemas nervosos central e
periférico e exerce influência sobre eles. Outra descoberta recente, também apontada
por BERGER (2007, p.155), é a de que os sistemas constituídos pelas células gliais
e de Schwan, não tem a função apenas de nutrir os nervos, e sim uma função
adicional de natureza elétrica, tendo essa rede de células gliais a capacidade de
transmitir informações, operando-se uma transmissão de dados através de variações
na voltagem das membranas celulares. Diversos pesquisadores como os médicos
americanos e soviéticos, Dr. Pomeranz, Dr. Becker, Dr. Oyle, e Dr. Inyushin, dentre
outros, contribuem para a estimação e comprovação científica da ligação entre a
energética da acupuntura e a modulação neuroendócrina. Toda essa rede de pontos
meridionais energéticos, sobre os quais esses cientistas direcionaram suas pesquisas,
passariam por “transformadores” que seriam centros de energia especializados
maiores a fim de poderem integrar-se à matriz celular, chamados de Chakras. [...] os
Chakras, que em sânscrito significa círculo, captam e processam a energia de
natureza vibracional de modo que ela possa ser corretamente assimilada e utilizada
para transformar o corpo físico. Conforme amplamente conhecido pela filosofia
oriental, possuímos sete chakras principais, que segundo ANDREWS (2012, p. 2),
são esses “transformadores” que decompõem a energia dos nossos corpos mais sutis
para os mais densos. Eles energizam os nossos corpos físicos por meio de uma vasta
e complexa rede de canais de energia, que fluem num plano energético mais
refinado. Através desta rede os chakras controlam os plexos, nervos, glândulas
endócrinas e órgãos situados nas suas respectivas regiões, sendo que a ativação das
respectivas glândulas, fazem com que estimulem ou inibam a produção de
hormônios. Para JUDITH (2004, p. 56), no corpo físico, os Chakras correspondem
aos gânglios nervosos, glândulas do sistema endócrino e vários processos corporais,
influenciando os estados mentais e físicos. Os chakras podem nos dar pistas
importantes sobre nossas forças e fraquezas, sublinhando áreas que precisamos
trabalhar em nós mesmos. Esses chakras possuem subcentros, chamados de pétalas,
que ressoam em uma frequência particular de energia, vibrando num som sutil em
particular, e cada pétala além de gerar uma cor e um som específico (sutil), também
emana um padrão específico de energia psiquica, que altera o campo mental como
um todo, e portanto, criando um estado emocional específico. (ANDREWS, 2012, p.
4). (DE FREITAS;BERGER & ADDOR, 2012, p. 53-55).

Os chakras, portanto, são “centros” de energia que se inter-relacionam ao sistema


nervoso, interferindo no tipo e particularidades das emissões energéticas transduzidas ao
corpos, e eles estão conectados entre si e as celulas pelos nadis. Os nadis, por sua vez,
estampam finas ligações de uma matéria energética inconsistente diferenciada da vista nos 12
pares de meridianos (que percorrem a esquematização basal humana) por onde a energia que
alimenta os nossos corpos energéticos, o “ch´i”(ou qui), passa ao corpo. KAIRALLA e
SMITH, 2013)
De acordo com o renomado físico Capra (2002) em seu livro “O Tao da Física”, a
palavra ch´i pode ser ipsis litteris traduzida como “éter” ou “gás”. Seu uso antigo chinês
condizia com o “sopro vital”, podendo também ser denotado como “a energia que anima o
Cosmos”. Os caminhos do ch´i não só eram de uso da acupuntura, mas também do T´ai Chi
Ch´uan (a dança taoísta do guerreiro), assim como da medicina chinesa como um todo. Na
acupuntura, já se possuía o direcionamento de estimular o fluxo do ch´i através desses
meridianos. Os neoconfucionistas atuais acabaram por retratar a explanação desse sistema
com inteligibilidade e paridade ao campo quantizado moderno. Dessa maneira, é tomado
como uma energia sutil que se solidifica e se esparge em ritmo, gerando formas que
ocasionalmente se desfazem no Vácuo. Ele também reafirma a conexão que a medicina
chinesa (utilizada hoje pelo SUS na medicina quântica) tem comparativamente com a FQ e
ainda endossa as crenças de Einsten (descritas anteriormente) sobre a existência e relevância
do campo quântico de energia, com as de que outros cientistas, dizendo:

[...] a semelhança do que se verifica na teoria quantica dos campos, o campo – ou


ch´i – não é apenas a essência subjacente a todos os objetos materiais como
igualmente transporta suas interações mútuas sob a forma de ondas. As seguintes
descrições do conceito de campo na Física Moderna por Walter Thirring e da visão
chinesa do mundo físico por Joseph Needham tornam evidente essa forte
semelhança:[...] A presença da matéria é simplesmente uma perturbação do estado
perfeito do campo nesse lugar [...] Assim, não existem leis simples que descrevam
as forças entre as partículas elementares [...] a ordem e a simetria devem ser
buscadas no campo subjacente. O universo físico chinês nos tempos antigos e
medievais constituía um todo perfeitamente contínuo. O ch í condensado em matéria
palpável não estava particularizado em qualquer sentido importante, mas os objetos
individuais agiam e reagiam com todos os demais objetos no mundo[...] de maneira
vibratória ou semelhante a ondas, dependente, em última instância, de alternância
rítmica, em todos os níveis das duas forças fundamentais, o yin e o yang. Dessa
forma, os objetos individuais possuíam seus ritmos intrínsecos. E estes estavam
integrados [...] no padrão geral da harmonia do mundo. (CAPRA, 2002, p.163).
Seguindo o tópico da acupuntura em vários pontos dessa peça, buscou-se exemplificar
como as terapias complementares introduzidas no SUS, como as de origem étnica asiática,
tem uma base solidamente respaldada pela atual ciência moderna, e esta pela FQ. E, portanto,
por logicidade, tanto as PICs como a FQ não devem ser vistas de forma leviana ou como
meras ideologias, mas sim integradas como um todo, com vistas de um bom desenvolvimento
das profissões da medicina e da enfermagem.
A mesma consideração deve ser entregue a outras terapias de imenso valor, como o
toque quântico. Este, por ser passível de ser utilizado por vários profissionais de saúde, é
pertinente de ser trazido à colação. O toque quântico é um tipo de terapia que permite realizar
tratamentos através da imposição das mãos. Essa prática não farmacológica tem apresentação
grandes benefícios comprovados através de mudanças de parâmetros, como o hematológico e
o imunológico. Assim, como exemplo de aplicação, pode ser citada a realizada a respeito da
Síndrome Pré-Menstrual (SPM), que corresponde a um transtorno que afeta acerca de 40% do
público feminino em idade de reprodução, e que se configura por frequentes aparecimentos de
neurastenia discriminados por sinais e sintomas que aparecem dias antes da descida do fluxo
menstrual, os quais somem após a vinda do mesmo. A esse transtorno são atribuídas muitas
características causadoras, como as de etiologia de alteração hormonal, serotonínica, carência
vitamínica, etc, para as quais normalmente se atribuem tratamentos farmacológicos, como
antidepressivos e ansiolíticos, os quais apresentam reações colaterais ou dificuldade de
utilização dado ao acentuado custeio. O toque quântico, portanto, veio como uma medida
holística opcional de tratamento, mas nesta feita desvinculado do caráter religioso de outrora,
e tem servido como objeto de base de uso para doutores de Enfermagem. Atualmente
viabilizado pelo Ministério da Saúde pela Política Nacional e Práticas Complementares no
SUS, já vem sendo utilizado igualmente Internacionalmente e contribuindo para a North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA) através do item "Campo de Energia
Perturbado" ( que será abordado posteriormente mais a miúde nesta peça). Ramalho (2014),
quem discorre sobre o assunto, esclarece que o Toque Terapêutico (TT ou método Krieger-
Kunz) constitui, segundo ele, por uma "repadronização do campo energético do paciente,
onde quem o aplica tem como objetivo harmonizá-lo e equilibrá-lo", aplicação esta que, em
contraposto ao nome, configura-se por um "toque sem toque", pois o ato do tocar fisicamente
não é importante para que o tratamento seja executado. Os procedimentos que lhe qualificam
vão, em outro sentido, serem representados pelas etapas de "centralização, diagnóstico,
reequilíbrio da energia e avaliação final". Ramalho até exemplifica a realização de um
experimento científico com graduandas da Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo (EEUSP) que possuíam os critérios que preenchem os de transtorno Pré-Menstrual.
Estas, após anamnese, receberam tratamento de Toque Quântico de uma sessão por semana ao
longo de 3 meses pela pesquisadora do estudo (formada em curso nível 1 do método Krieger-
Kunz nessa especialidade, sem que nenhuma participante houvesse decidido desistir do
experimento. O resultado observado foi o de progresso do campo de energia das participantes,
com menções de paulatinas e significativas melhoras.
Mas essas comprovações não vem de agora. Barbara A. Brennan (1987), a curadora por
bioenergética e ex-pesquisadora mestre em física da Agência Espacial Norte Americana
(NASA) relata em seu livro sua experiência de mais de quinze anos com estudos e pesquisas
sobre o do Campo de Energia Humana (CEH) e a cura que pode ser obtida através dele. Nos
termos de um físico, ela afirmou que a referência ao fenômeno da aura como campos de
energia de aura já era um termo de tempos remotos, pois a aura não só está no tempo linear,
como também o transcende, bem como o espaço tridimensional, Ela relatou então uma série
de experimentos realizados ao longo do século XIX e XX que demonstraram especificidades
que pertenciam ao caráter quântico:

O Dr. Karl Pribram, renomado investigador do cérebro, durante um decênio


acumulou provas de que a estrutura profunda do cérebro é essencialmente
holográfica. Afirma ele que [...] por meio de análises sofisticadas de freqüências
temporais e/ou espaciais, demonstra que o cérebro estrutura a vista, a audição, o
paladar, o olfato e o tacto holograficamente. A informação é distribuída por todo o
sistema, de sorte que cada fragmento produz a informação do conjunto. O Dr.
Pribram utiliza o modelo do holograma para descrever não somente o cérebro, mas o
universo também. Diz ele que o cérebro emprega um processo holográfico para
absorver um domínio holográfico que transcende o tempo e o espaço. Os
parapsicólogos têm procurado a energia capaz de transmitir a telepatia, a psicocinese
e a cura. Do ponto de vista do universo holográfico, esses eventos emergem de
frequências que transcendem o tempo e o espaço; não precisam ser transmitidos.
Potencialmente simultâneos, estão em toda parte. Nos meados da década de 1900, o
Dr. George De La Warr e a Dra. Ruth Drown construíram novos instrumentos para
detectar radiações de tecidos vivos. Ele desenvolveu a Radiônica, sistema de
detecção, diagnóstico e cura à distância, utilizando o campo da energia biológica
humana. Seus trabalhos mais impressionantes são fotografias tiradas usando o
cabelo do paciente como antena. Essas fotografias mostravam formações internas de
enfermidades em tecidos vivos, como tumores e cistos no interior do fígado,
tuberculose nos pulmões e tumores malignos no cérebro. Até um feto vivo de três
meses de idade foi fotografado no útero. No período que foi dos anos 30 aos 50,
Reich realizou experiências com essas energias empregando a mais moderna
instrumentação eletrônica e médica da época. Observou-as pulsando no céu e em
torno de todos os objetos orgânicos e inanimados. Observou pulsações de energia
orgônica, que se irradiavam de microrganismos, empregando um microscópio
potentíssimo, construído especialmente para isso. [...] (BRENNAN, 1987, p. 48;56).

Em adição a isso, Brennan (1987) também apresenta experiências marcantes como as


de emanações constatadas de força vital de mestres de Qigong representadas por uma onda de
som de baixa frequência ou pela descoberta (e consequente nomeação) do biocampo por
Cientistas soviéticos do Instituto de Bio-informações de A.S. Popow, que haviam encontrado
a vibração da frequência dos organismos vivos que oscilava entre 300 e 2000 nanômetros,
onde na época também conceberam o entendimento verificado de que os indivíduos aptos de
conduzir uma transferência desse campo bioenergético com sucesso também possuíam um
biocampo bem mais extenso e forte. Essas concepções foram verificadas pela Academia de
Ciências Médicas de Moscou e igualmente foram legitimadas em outras investigações
produzidas na Polônia, Holanda e Grã-Bretanha. A autora por fim apresentou as evidências
que mais lhe haviam chamado a atenção, condizentes com a comprovação da associação das
cores dos campos de energia a Hertz (ciclos por segundo) com a capacidade de sensitivos de
observá-las:

A Dra. Dora Kunz [...] trabalhou durante muito anos com profissionais da medicina
e com curas. Em The Spiritual Aspects of the Healing Arts, ela observou que, "
quando o campo vital é saudável, há em seu interior um ritmo autônomo natural”, e
que " cada órgão do corpo tem o ritmo energético correspondente no campo elétrico.
Entre as esferas dos vários órgãos, os ritmos diferentes interagem como se estivesse
ocorrendo uma função de transferência; estando o corpo inteiro e sadio, os ritmos se
transferem facilmente de órgão para órgão. Com a patologia, porém, tanto os ritmos
como os níveis de energia se modificam. O resíduo, por exemplo, de uma
apendicectomia cirúrgica pode ser percebido no campo. Os tecidos físicos agora
adjacentes uns aos outros têm a função de transferência de energia alterada em
relação à que foi anteriormente modulada pelo apêndice. Em física, dá-se-lhe o
nome de combinação de impedância[...]. Cada tecido adjacente apresenta uma
"combinação de impedância", o que quer dizer que a energia flui facilmente através
de todo o tecido. A cirurgia ou a enfermidade modifica a combinação de
impedância, de modo que a energia, até certo ponto, é mais dissipada que que
transferida. O estudo mais emocionante que vi sobre a aura humana foi feito pela
Dra. Valorie Hunt e outros da UCLA. Numa análise dos efeitos do rolfing sobre o
corpo e a psique ("estudo do campo de energia neuromuscular estrutural e dos
enfoques emocionais"), ela registrou a frequência de sinais de milivoltagem baixa
emitidos pelo corpo durante uma série de sessões de rolfing. Para fazer os registros,
utilizou eletrodos elementares feitos de prata/cloreto de prata colocados sobre a pele.
Simultaneamente, com o registro dos sinais eletrônicos, a Rev. Rosalyn Bruyere, do
Centro de Luz Curativa, de Glendale, na Califórnia, observou as auras não só do
agente da sessão, como também do seu paciente. Seus comentários foram
registrados na mesma fita de gravação dos dados eletrônicos. Ela fez um registro
contínuo da cor, do tamanho e dos movimentos da energia do chakras e das nuvens
áuricas envolvidos. Em seguida, os cientistas analisaram, à luz da matemática, os
modelos de ondas registrados por uma análise de Fourier e uma análise da
freqüência de um sonograma. Ambas ostentaram resultados notáveis. Formas e
freqüências constantes de ondas correlacionavam-se especificamente com as cores
registradas pela Rev. Bruyere. Em outras palavras, quando a Rev. Bruyere
observava a cor azul na aura, em qualquer localização específica, as mensurações
eletrônicas mostravam sempre a forma e a freqüência de ondas azuis, características
nas mesmas localizações. A Dra. Hunt repetiu a experiência com sete outros leitores
de auras. Eles viram cores áuricas que se correlacionavam com os mesmos modelos
de freqüência/onda. [...] Diz a Dra Hunt, em todo o correr dos séculos em que os
sensitivos viram e descreveram as emissões áuricas, esta é a primeira prova
eletrônica objetiva da frequência, da amplitude e do tempo que lhes valida a
observação subjetiva da descarga de cor.(BRENNAN, 1987, p.57).

Quanto ao campo da Enfermagem Quântica mais especificamente, um dos livros mais


importantes (e um dos pilares literários internacionais de consulta desta profissão) a ser
apontado é o Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I (NANDA). Esta obra norteia o
processo do diagnóstico ao enfermeiro, e tem sido uma ferramenta de crucial relevância para
conduzir a padronização da linguagem dos diagnósticos de enfermagem, propiciando a
elaboração dos mesmos de forma aprimorada, apropriada e padronizada segundo uma
organização taxonômica de categorias classificadas como "Padrões de Respostas Humanas"
(BRAGA & CRUZ, 2003).
Bonfim e Borrel (2018) o aludem como uma ferramenta literária muito importante no meio da
enfermagem para uma elaboração adequada de diagnósticos de enfermagem, principalmente
no caso de pacientes vulneráveis, conforme se pode acompanhar:

Diante da vulnerabilidade física e emocional do recém-nascido (RN) internado em


Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e de sua família, os profissionais de
saúde, em particular a equipe de enfermagem, deve implementar uma assistência
individualizada no atendimento com orientações e retirada de dúvidas, de acordo
com as necessidades apresentadas, mostrando o papel importante que os pais
exercem na recuperação do RN oferecendo assim um tratamento mais humanizado.
Todavia, para isso é imprescindível que o enfermeiro tenha conhecimento técnico-
cientifico e faça o levantamento dos diagnósticos de enfermagem, para poder
realizar seu planejamento assistencial de forma adequada. A Sistematização de
Assistência de Enfermagem (SAE) surgiu como norteador das ações a serem
executadas para o paciente, de forma dinâmica e objetiva, tornando possível a
implementação do Processo de Enfermagem, sendo constituído por cinco etapas,
quais sejam: investigação (anamnese e exame físico); diagnóstico de enfermagem,
sendo esse o objeto do presente estudo; planejamento dos resultados esperados;
prescrição de enfermagem e avaliação assistencial. (ALVIM,2017). Esse estudo
justifica-se por poder contribuir em uma maior conscientização dos enfermeiros
quanto a importância da elaboração dos diagnósticos de enfermagem, para o
planejamento e a qualidade assistencial, principalmente nas unidades de terapia
intensiva neonatal. O estudo evidencia os diagnósticos da North American Nursing
Diagnosis Association, ou seja, NANDA Internacional, aplicados na área Neonatal
(BONFIM & BORREL, 2018, p.1).

Com vistas de fornecer uma boa assistência de enfermagem, essa obra sempre está
sofrendo alterações periódicas, sendo a atual a versão 2018-2020, a qual pertence ao modelo
das 14 necessidades de Virgínia Henderson, cujo foco do enfermeiro condiz em oferecer um
cuidado para ajudar o paciente a aumentar, propiciar a sua própria manutenção e se possível
for, recuperar sua independência quanto suas necessidades básicas. Ele é composto por 3
níveis estruturais, os Domínios (referente a uma área comportamental ou funcional do
indivíduo, onde 13 foram tipificados como domínios), Classes (gênero, grupo, ou classe que
há uma coparticipação de atributos em comum, estas totalizando-se em 46), sendo uma
subdivisão de caráter de qualidade, grau ou classificação do indivíduo ou item de caráter
qualificativo, por grau, ou posição. Essas classes foram projetadas para fornecer fundamento
às decisões de intervenção na Enfermagem. Nelas existem 167 diagnósticos (BOMBINO;
HERNÁNDEZ & SARDIÑAS, 2020), dos quais busca-se dar a atenção aqui ao de
“Equilíbrio de Energia”, pertencente ao Domínio 4 e Classe 3 do NANDA Código do
diagnóstico 00273), aprovado em 2016. Trata-se de um diagnóstico cuja definição é descrita
pelo NANDA como “Ruptura no fluxo vital de energia humana que costuma ser um todo
contínuo único, dinâmico, criativo e não linear”. Quanto às características definidoras, em
sentido geral ao NANDA, Herdman e Kamitsuru (2018), descrevem como
“Indicadores/inferências observáveis, que se agrupam como manifestações de um diagnóstico
com foco no problema, de promoção da saúde ou de síndrome.”, dos quais listam-se abaixo as
características definidoras à seguir (HERDMAN & KAMITSURU, 2018, p.416):

Características definidoras

Bloqueio do fluxo energético


Congestionamento do fluxo energético
Déficit de energia do fluxo energético
Diferenciais de temperatura fria no fluxo energético
Diferenciais de temperatura quente no fluxo energético
Empuxo magnético para uma área do campo de energia
Expressão da necessidade de recuperar a experiência do todo
Frequência de pulsação para uma frequência de batimentos dos padrões do campo de
energia
Hiperatividade do fluxo energético
Padrões aleatórios do campo de energia
Padrões arrítmicos do campo de energia
Padrões congestionados do campo de energia
Padrões fortes do campo de energia
Padrões fracos do campo de energia
Padrões irregulares do campo de energia
Padrões lentos do campo de energia
Padrões rápidos do campo de energia
Padrões tumultuados do campo de energia
Pulsações sentidas no fluxo energético
Ritmos assincrônicos sentidos no fluxo energético
Ritmos dissonantes dos padrões do campo de energia
Sensação de formigamento no fluxo energético

Conforme pode se observar, foi introduzido nesta recente versão do NANDA um


diagnóstico e características definidoras de caráter claramente tipificado pela FQ (a considerar
que esse campo de energia é representado pelo já explicitado biocampo) para ser utilizado por
profissionais devidamente qualificados da enfermagem.
Em relação às práticas da enfermagem, também podemos constatar que terapias
complementares estão a cada dia mais sendo utilizadas e incentivadas por órgãos e
instituições para uso dos enfermeiros:

Com a divulgação da PNPIC e do constante incentivo da OMS pela difusão das PIC
como atividade multidisciplinar, várias organizações de saúde não participantes do
SUS começaram a aceitar a acupuntura como prática de várias profissões da saúde.
Um exemplo é a portaria NR 07/DGP de 2007, que aprovou o exercício da
acupuntura no âmbito dos serviços de saúde do exército, reconhecendo-a, também,
como prática multidisciplinar.21 Especificamente na enfermagem, a acupuntura pode
ser considerada uma tecnologia de cuidado a ser aplicada ao conjunto de
intervenções terapêuticas dos enfermeiros, em seus diversos campos de
atuação.21 Este reconhecimento iniciou em 2008, quando o COFEN regulamentou a
atividade de acupuntura e a considerou como especialidade do
enfermeiro.22Atualmente, as Terapias Holísticas e Complementares são reafirmadas
como especialidade de Enfermagem por meio da Resolução COFEN nº 581 de 2018,
assegurando a segurança e o respaldo desse profissional para atuação nesse cenário,
bem como para desenvolver pesquisas na área das PIC em geral.23Em 2009, o CNS
recomendou à ANS que as operadoras de saúde que oferecessem os serviços de
acupuntura incluíssem no seu quadro de profissionais credenciados, todos aqueles de
nível superior com especialidade em acupuntura, incluindo os
enfermeiros.24 Também, em 2012, advertiu aos gestores e prestadores de serviços de
saúde que atentassem para o caráter multiprofissional das PIC em todos os níveis da
rede assistencial, bem como na implementação de políticas ou programas de saúde
referentes a elas; e aos conselhos estaduais e municipais de saúde que adotassem
providências oportunas para cumprir a política nacional, a fim de divulgar o caráter
multiprofissional da acupuntura e expandir o seu acesso.[...] Mais recentemente, a
OMS, juntamente com a Federação Mundial das Sociedades de Acupuntura-
Moxabustão e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), que reconhece a acupuntura como patrimônio cultural imaterial
da humanidade, emitiram a Declaração de Paris de 2018, estabelecendo o dia 15 de
novembro como o dia mundial da acupuntura. Esse documento visa promover a
internacionalização da educação em acupuntura e moxabustão, por meio da
integração cultural; promover a legislação de acupuntura e moxabustão em todos os
países, a fim de garantir um serviço seguro, eficaz e acessível; atribuir importância à
preservação e ao desenvolvimento inovador dessas práticas; fomentar o
desenvolvimento transdisciplinar da acupuntura; e melhorar a capacidade e o nível
de qualidade dessas terapias na prevenção e cura de doenças e na preservação da
saúde.30 [...]No que tange ao caráter transdisciplinar/multidisciplinar da acupuntura,
ressalta-se que ela se baseia no estabelecimento de diagnósticos energéticos, que em
nada se relacionam aos diagnósticos nosológicos. (AZEVEDO et al, 2020, p.4-5).

No entanto, apesar da ascensão de práticas de competência da enfermagem com


pilares basais delineados pela FQ, quase não existem conteúdos disponíveis nacional ou
internacionalmente sobre a Enfermagem Quântica que possibilitem uma imersão maior nesta
área. Ressalta-se, porém, que a Enfermagem tem sua extensão à partir de classes disciplinares
como a psicologia, a ética e a metodologia de técnicas condizentes à área que também
recebem influencias de parâmetros científicos, hoje em modificação pela ciência moderna. É
de aberto conhecimento a severa adequação requerida para o exercer da prática de
Enfermagem, a qual deve dispor do jaez holístico e humanizado em proveito da prevenção,
promoção, preservação e recuperação da higidez do paciente, do acolhimento e orientação a
família envolvida ao cuidado, contando com o auxílio da equipe multiprofissional. Esse
preparo recebido nas instituições que professam a Enfermagem conta, em adição, com as
alterações sofridas quanto aos processos e cuidados que foram remodelados devido a fatores
do meio, como o desenvolvimentos de superbactérias e demais itens que configuram um
grupo de dados informativos. Esses dados vem a compor as bases cuja a validação ou rejeição
possuem dependência de evidências conquistadas pelos moldes da ciência. São essas
evidências que facultarão ao enfermeiro o sentimento de segurança de seu preparo
profissional e da qualidade do seu cuidado prestado. Todavia, nem sempre se é possível
estabelecer-se as condições limítrofes de segurança. Quando as condições que avizinham o
objeto em verificação transcendem a possibilidade de aquisição de evidências plausíveis,
poderá descender-se inúmeros resultados da prática de um procedimento, sendo uma das
razões, a de que várias são as variáveis envolvidas no processo de adoecer, tratar, recuperar
ou mesmo de falecer de um paciente, e não há como os fenômenos em si serem comandados
pelo Enfermeiro. Assim, o estudo do que foge das mãos da Enfermagem mediante a
impossibilidade de se definir as consequências é o que se nomeia como sendo a Enfermagem
Quântica. Essa disposição crítica deixada por Brasileiro (2007) bem como a que vem a seguir,
devem ser cuidadosamente perquiridas, em vista das repercussões que podem entreprender:

A distância entre a certeza obtida pelos experimentos científicos e a improbabilidade


distanciada pelo fato da enfermagem não ser uma atividade estanque, conduz à
metaenfermagem[...]. Diante disso, o questionamento que move essa análise é: a
enfermagem quântica explica a incerteza que o enfermeiro possui diante dos
procedimentos? [...] Faz-se necessário compreender as nuances da física e mecânica
quântica, antes de se prosseguir com a enfermagem quântica. Para tanto, é preciso
lançar mão da Terceira Lei de Newton [...] a respeito de fenômenos físicos que se
repetem com características exatas e, portanto, previsíveis, com ações e reações
correlacionadas. No entanto, inevitavelmente, esse Princípio [...] nem sempre é
visualizado após um procedimento de enfermagem.[...] a Mecânica Quântica [...]
trabalha com probabilidades e incertezas.[...] Na radiação eletromagnética, a forma
de energia que inclui a luz, a quantidade de energia em cada quantum depende da
frequência da radiação. É por isso que, quando se aquece uma barra de metal, ela
fica vermelha, depois amarela e finalmente branca. Enquanto a temperatura sobe,
os quanta dos raios de luz ganham mais energia. Isso aumenta as frequências dos
raios e a luz muda de cor. Para compreender essa mudança de cor é preciso estudar
os fenômenos que ocorrem [...] nas moléculas e nos átomos. A pele do paciente
acamado também muda de cor à medida que permanece sob uma superfície por
muito tempo. O diagnóstico de enfermagem “Perfusão tissular ineficaz”. (NANDA,
2015) indica essa baixa oxigenação dos tecidos, mas não a explica. A sedação [...]
do enfermo, mantendo-o quimicamente restrito no leito, é um dos diversos
elementos que contribuem para a formação de úlceras por pressão. [...]Nesses
processos, o laser de baixa intensidade acelera cicatrização, o laser azul ajuda na
limpeza de ferimentos infeccionados, enquanto uma luz vermelha age na circulação.
[...] Nesse mesmo caminho, a enfermagem clássica subjugada aos domínios
microscópicos vem se inspirando na física e mecânica quântica para que alguns
enfermeiros busquem aperfeiçoar o pensamento metodológico para além da
enfermaria. [...] Para melhor compreensão de como a enfermagem quântica é
possível, resta-nos analisar as sete faces que interferem no resultado da ação do
enfermeiro e que explicam a enfermagem quântica: o profissional, o procedimento,
os instrumentais, as substâncias, o paciente, o ambiente, o microcosmo. [...] Fatores
tais como o estado do paciente, as precauções utilizadas na prevenção de infecções,
a temperatura ambiental, agem de maneira sinérgica, como disse, para o sucesso ou
não da recuperação do paciente. [...] O problema da enfermagem quântica torna-se
mais evidente uma vez que é o enfermeiro quem permanece maior parte do tempo
com o paciente e, não raras vezes é este profissional que o paciente chama quando o
medo da morte o ronda. [...] a Enfermagem quântica deve levar em consideração que
é preciso compreender a instabilidade da natureza humana. É preciso, portanto,
valorizar os cuidados objetivos e subjetivos, individuais e coletivos, pois o todo é
dependente de cada partícula. Ambiente, corpo e mente podem interagir
indefinidamente [...] Nesse sentido, o quantum de cada indivíduo deve ser levado em
consideração. A partir do momento que não é possível prever com exatidão as
reações do organismo humano, nem mesmo sua estrutura emocional e psicológica,
resta trabalhar com a probabilidade. Ainda assim, tal probabilidade é dependente da
equipe multiprofissional, multidisciplinar e de uma miríade de fatores que se
combinam e recombinam ao infinito.Ressalta-se a necessidade de se verificar todas
as variáveis, a probabilidade diante das incertezas e da subjetividade, em busca da
complementaridade que possibilitará um critério ideal de assistência, que leve em
consideração a segurança do paciente. Desse modo, a Enfermagem Quântica abre
novas vertentes de estudos para os diversos ramos da Enfermagem. Brasileiro (2013,
p. 134).

Dessa maneira, a doença transpassa as barreiras ditas orgânicas sob o conceito


classicista da medicina, onde antigos postulados antes desconsiderados pela medicina passam
a ser reincorporados, juntamente com as comprovações que gradativamente vão servindo de
expoentes à nova Ciência.
Por fim, Nahas (2017) difunde a explanação da origem primordial de toda a matéria
quântica, a qual chegou junto às provas de parâmetros científicos. Ele começa sua explanação
por intermédio das palavras de Claus C. Schnorrenberger, físico que afirma que o fenômeno
primário da FQ é a relação que se interconecta a matéria e não a matéria em si. De acordo
com o físico, a matéria não é constituída pela matéria, ela é só uma decorrência secundária
representada pela forma cristalizada. Após as secções da matéria às partículas diminutas, o
remanescente seria, de acordo com ele, o Espírito, ao que ele se refere como algo "holístico,
aberto e vivo" uma "potencialidade". A matéria seria, então, o subproduto desse potencial, ou
em outras palavras, o "Espírito solidificado". E da onde viria esse Espírito solidificado? Após
várias experimentações, os cientistas vieram a comprovar que a matéria provém das
oscilações do vácuo quântico. O vácuo, segundo Nahas, é pleno de partículas, as quais pairam
interminavelmente nos liames do que existe e não existe. O “nada” de onde elas se derivam
seria, por conseguinte, esse vácuo quântico, de constituição transitória, que em dado momento
volta, mais uma vez, a desvanecer. Esse período de vida dessas partículas provindas do vazio
é tão breve, que esses fenômenos são intitulados como “partículas virtuais”. É dizer, o mundo
dito real e palpável que se pode ver tem sua formação em diminutas oscilações de
manifestações da energia, onde, nas oscilações entre os estados desse vácuo, a matéria é
originada. Daí surge a denominada “visão pós-quântica”, dissertada como uma concepção de
autêntica geometria e informação onde a matéria se encerraria sob a significação da energia
(em formato de luz) aprisionada pela força da gravidade. Sob essa perspectiva (ao que o autor
intitula como Física Subquântica), é que a onda quântica viria a ostentar a consciência
transcendente do espaço-tempo, mencionada durante o corpo dessa peça.
Assim, todos os campos quânticos aos quais se exerceu meticulosa menção, campos
estes que são significadores não só do processo saúde-doença, mas da vida e da existência do
tudo que há, seria, portanto, variações de campo ou de perspectivas sobre ele provenientes
desse vácuo, de essência nitidamente informativa. É dessa informação que a energia, então,
deriva, sendo essa energia inteligente a origem da utilizada nas terapias como as PICs e que,
segundo outras tradições, como a da medicina asiática, é representada através da terminologia
Chi.

5.0. RESULTADO E DISCUSSÃO

A Medicina e a Enfermagem Quântica a cada dia alcançam mais espaço, transpassando do


meio científico para a sociedade. Gradativamente ela passa a incorporar os meios de
comunicação, bem como o educacional também, despontando-se publicações em livros,
artigos, e sites, e esse transpor do meio da comunicação é abreviadamente aclarado por Cruz
(2010):

A Mecânica Quântica extrapolou em muito os muros da academia e os bancos


escolares das universidades. Uma simples busca no google pode mostrar que
existem cerca de 9. 070. 000 entradas para medicina quântica, 3 380 000 para terapia
ou cura quântica, 6. 090. 000 para psicologia quântica, 2. 910. 000 para mente
quântica [...] (CRUZ, 2010, p. 301).

O princípio da incerteza Heisemberg, bem como a FQ como um todo, vem, com


efeito, não só para dicotomizar pensamentos e crenças científicas de seu antigo patamar, mas
igualmente para levar a sociedade à luz da reflexão, quando conduzido a outros processos de
análises. Os exemplos de campos e tópicos sociais que estarão, portanto, requerendo que se
realize uma revisão se ampliam ao passo que a FQ se expande na sociedade. Na área da saúde,
como da enfermagem e da medicina, vários são os assuntos sobre o tema apontando para que
o mesmo seja revisto por profissionais qualificados para tal, sob a reserva que a segurança e a
preservação do bem-estar possa ser oferecida e por que não dizer, melhor compreendida e
preservada. Após a insurgência da FQ, vários foram os autores que identificaram a
prerrogativa de mudanças de todos os ângulos, dos quais os emergentes do setor da saúde
devem estar atentos. A incerteza antes mesmo do aparecimento da FQ já tem sido um foco de
preocupação. Isso pode ser bem demonstrado pelo princípio da incerteza já existente na área
médica, assim classificado como “ Princípio da Equipoise” (BRANDÃO, 2016). O Princípio
da Equipoise na medicina tem seu estabelecimento quando não existem padrões que sirvam de
embase para que haja a permissiva da intercessão em humanos, como no caso de
determinadas pesquisas ou para o uso e contagem de dispêndios de ordem financeira, entre
outros. Com os adventos dessas novas descobertas e a incompletude do cabedal de
conhecimento sobre o nível da implicância da FQ nos experimentos e práticas de saúde,
questionamentos legítimos não só poder-se-ão ser elucubrados, como deverão assim o ser, dos
que se pode citar, como se deve encarar os próximos experimentos a serem realizados? Qual
linha de parâmetro de raciocínio e de limitações deverá ser tomada para o preparo dos
mesmos? Como legitimar e discernir experiências que ferem a integridade física ou mesmo a
bioética quando a base científica dos princípios e tecnologias a nortear ainda encontram-se
embrionárias? E pensando em questionamentos como esse que Brandão, então, assevera:

É legítima a importância de pesquisas científicas em humanos, no entanto a partir do


momento em que estes se tornam objetos, mais precisamente cobaias, há de se
questionar a legitimidade da justificativa e da execução de um experimento. Como
se pode balizar uma pesquisa em humanos onde o princípio justificativo para sua
execução é o da incerteza? [...] As revoluções científicas acontecidas no século XX
foram imensas, em todos os campos das ciências, e no campo da Saúde não poderia
ter sido diferente. Com a descoberta de novas doenças, a influência do higienismo
francês, a formação de Instituições de Pesquisa em Saúde, a crescente parasitologia,
tudo corroborava para que essas evoluções científicas se solidificassem. Todo esse
crescimento e evolução científica que se tem como destino a população afetam a
cada um tanto direta quanto indiretamente. As pesquisas científicas que afetam
diretamente a seres humanos e que os toma como parte desta, em níveis técnicos,
precisa passar por um comitê de ética e ainda está embasada nos princípios de
bioética. É fato que, é muito difícil dissociar a história e avanços da medicina das
experiências com humanos e, no entanto a formação de uma consciência ética para
pesquisas em seres humanos começa a ter evidência depois do final da Segunda
Guerra e um pouco mais com a exposição dos crimes de guerra expostos pelo
Tribunal de Nuremberg (BRANDAO, 2016, p.2;3).
Neto e Trevisan (2014) também ratificam essa afirmativa expandindo a relevância do
mundo subatômico ao globo, reforçando que os profissionais que venham a fazer uso desses
recursos da MQ não devem mais protelar a aquisição do conhecimento de caráter
fundamental, com a enunciação do seguinte testemunho.

A Mecânica Quântica (MQ), formulada para estudar o mundo microscópico, torna-


se hoje o alicerce de sustentação da tecnologia quântica em benefício do mundo
macroscópico, podendo ser vista em diversas aplicações pontuais, como o
dispositivo de produção de imagens por ressonância magnética (NMR), a tomografia
por emissão de pósitrons (PET), o microscópio eletrônico de varredura por
tunelamento e o relógio atômico do sistema de posicionamento global (GPS) e as
próprias TIC, derivadas do transístor. Em suma, sua vasta gama de aplicações parece
inesgotável. O ensino da FQ também pode proporcionar uma visão contemporânea
da prática científica, na qual a ciência é encarada como construção humana e,
portanto, inacabada, aberta e historicamente datada (Ostermann et al., 2009). Todos
esses elementos tornam inadiável a necessidade de se propiciar aos profissionais das
carreiras que mais utilizam esses recursos o conhecimento de fundamentos da MQ
[...]Defendemos que se deva propor o estudo da MQ por meio de métodos que
proporcionem ao aluno criar representações mentais que o auxiliem no entendimento
fenomenológico dos conceitos quânticos. (NETO & TREVISAN, 2014, p. 2; 4).

A Medicina e a Enfermagem são áreas que compõem algumas dessas carreiras que
Neto & Trevisan se referiram, dado ao fato de que os proeminentes expoentes de técnicas e
procedimentos que vem sendo utilizados por elas desde há tempos, mas que agora despertam
o seu despontar ativo na sociedade, encontram-se progressivamente mais e mais sedimentados
nos conceitos que florescem a partir da FQ, mas que, ainda assim, não são corretamente
adequados ao conhecimento ausente que lhe faz pertinência. A amostra dessa alusão vem em
consoante ao já envergado por Azevedo, mais esmiuçado a seguir (2020):

Após a implementação do SUS e mudanças de paradigmas de assistência à saúde, a


formação do enfermeiro generalista foi centrada no modelo holístico, com o intuito
de desenvolver habilidades críticas e reflexivas neste profissional, que respondam as
demandas de saúde da população. Embora exista essa proposta, ainda há lacunas nas
grades curriculares dos cursos de enfermagem em relação a novas demandas, como
as das PIC, que já tinham propostas de regularização no SUS desde a Oitava
Conferência Nacional de Saúde.35 Os primeiros registros da inclusão de disciplinas
acerca das PIC datam da década de 90 com a disciplina "Métodos Terapêuticos
Alternativos", na Universidade Federal de Santa Catarina, onde eram ensinadas
práticas como cura interior e imposição de mãos, parapsicologia, massoterapia,
antroposofia, Tui-na, acupuntura, ioga, geoterapia e fitoterapia. Embora à época, a
disciplina fosse bem aceita pelo corpo discente, a implantação encontrou resistência
de um grupo de docentes.36 Atualmente, além dessas dificuldades, a diminuição da
carga horária do currículo de enfermagem fragiliza a implantação dessas
disciplinas.35 Das 87 instituições públicas brasileiras, apenas 23 (26,1%) oferecem
disciplinas relacionadas às PIC, sendo que destas, apenas seis (26,1%) têm caráter
obrigatório.35 Esses dados ratificam as lacunas no ensino na graduação e o
desacordo das grades curriculares com a PNPIC, que prevê em suas diretrizes a
ampliação da inserção formal da Medicina Tradicional Chinesa/ acupuntura e outras
práticas nos cursos de graduação e pós- -graduação para as profissões da saúde. [...]
a maioria do contato dos enfermeiros com as PIC ocorre apenas em cursos de
especialidades e qualificações, o conhecimento acerca das terapias é insuficiente e
os profissionais não conseguem indicá-las ou descrevê-las aos usuários.37 Em
função do conhecimento deficiente, o ceticismo em relação às PIC no meio
acadêmico dificulta a sua implementação.38 [...] A formação do enfermeiro está
pautada na Lei nº 7.498, de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da
Enfermagem e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, que foi
atualizado pela Resolução nº 564 de 2017, ambas do COFEN.33 Além disso, é
baseada nas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pelo Ministério da
Educação.34 A partir desses documentos, as instituições de ensino de enfermagem
constroem os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP), que sofrem forte influência do
modelo assistencial vigente..4. [...] o interesse e a aceitação dos usuários e o clima
favorável com a equipe tem contribuído para a implementação das PIC em
diferentes cenários. A prática das PIC por enfermeiros e sua remuneração no SUS
englobam a acupuntura, outras técnicas da MTC, práticas corporais, atividade física
e medicina antroposófica pela Portaria nº 853, de 17 de 2006, que inclui, na Tabela
de Serviços/classificações do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (SCNES), as PIC descritas.40 Embora práticas como fitoterapia, termalismo e
crenoterapia não estejam descritas na tabela, elas também podem ser desenvolvidas
por enfermeiros no âmbito do SUS e do setor privado. Todavia, os enfermeiros
ainda representam uma pequena parcela dos profissionais que utilizam as PIC em
sua prática. A análise dos dados do Sistema Ambulatorial do SUS (SIA-SUS) revela
que, em 2015, dos 928.436 procedimentos de acupuntura realizados, 45% foram por
médicos, 40% por fisioterapeutas, 6% por psicólogos e 4% por enfermeiros.. Sendo
assim, as escolas e profissionais de enfermagem devem buscar se inteirar sobre essas
diversas ferramentas terapêuticas, que como intervenção de enfermagem, também
considera o indivíduo em sua integralidade.[...] . (AZEVEDO et al, 2020, p.4-5).

Esse reconhecimento apresentado por si só justifica a importância do aprendizado


dessa área da Física. Mas além mesmo do conhecimento acadêmico que capacita profissionais
para o entendimento e atuação apropriada frente a esses processos e técnicas referenciadas, a
aplicação desse estudo tanto no ensino médio como no ensino superior poderão vir a
encarrilar os futuros educandos a entenderem-se e assim, bem como se justaporem a um
mundo cuja a essência da básica científica por ela se consolida. Os argumentos de Machado &
Tijero vem como aporte explicativo desse enaltecer (2006):

[...] um dos conceitos fundamentais da física moderna, a existência de antimatéria,


tem aplicação na medicina, na chamada tomografia por emissão de pósitrons (PET
na sigla em inglês). Ela consiste na produção de imagens tomográficas digitais do
organismo que são obtidas pela detecção da radiação produzida na aniquilação do
pósitron com o elétron. [...] O desenvolvimento do PET, técnica de diagnóstico por
imagem de extrema importância na medicina, teve início 22 anos depois dos estudos
iniciais sobre anti-matéria por Dirac. No entanto, é fato que, sem o conhecimento
prévio sobre as interações entre matéria e anti-matéria, não seria possível idealizar
um scanner para a radiação produzida na aniquilação de partículas elementares que
por sua vez, gera uma imagem funcional dos órgãos. Por outro lado, grande parte da
pesquisa em física nuclear como o estudo de reações nucleares, determinação de
vidas médias, estudo das propriedades e síntese de isótopos radioativos, etc, tiveram
como objetivo estudar a física do núcleo atômico. [...] Por outro lado, a radiação
eletromagnética, que foi uma das primeiras aplicações da física na medicina através
dos raios-X, ainda é muito utilizada no tratamento do câncer [34,35,36], e mesmo os
núcleons (próton e nêutron) são usados em terapias contra essa doença [37]. Existem
muitas outras aplicações da FPE também em áreas diferentes da medicina, e da
tecnologia, por exemplo a dos nêutrons ultrafrios em ciências dos materias, etc. Uma
das grandes dificuldades no ensino e aprendizagem da Física é a ausência de
possíveis aplicações de seus conceitos teóricos. O exemplo descrito [...] pode ser um
incentivo ao aprendizado desses conceitos para o público em geral e,
especificamente, para que alunos de ensino médio e graduação compreenderem as
possíveis aplicações da pesquisa básica em física. É interessante, portanto, que o
professor tenha conhecimento desses dados e que eles sejam levados para a sala de
aula, a fim de serem discutidos com os alunos, mostrando a importância da física
básica para o desenvolvimento de novas tecnologias. Numa época onde os
constituintes do núcleo atômico, os prótons e os nêutrons, são cada vez mais ubíquos
nos hospitais modernos e também na indústria, reforça a proposta de que a física de
partículas deveria ser ensinada já na escola básica e uma maneira de como fazê-lo já
existe na literatura em português [33]. (MACHADO, A.C.B.; PLEITEZ, V.;
TIJERO, M.C., 2006, p.1).

Essas e outras considerações levam a sociedade e instituições ao diagnóstico crítico


quanto a inevitável imprescindibilidade de se minuciar ciências como a FQ, que
universalizam a cada dia o seu raio social de alcance, bem como o ambiente e tecnologias
envolto por ela. Mais que isso, as evidencias apresentadas atravessam a ponte representativa
do paradoxo, não só pelo constituído com os fenômenos da MQ, mas o da sequência de
práticas que já se encontram em uso e da utilização de tecnologias e materiais desenvolvidos
pelas leis da FQ sem que o devido respaldo atualizado ao conhecimento científico à Física
Moderna esteja plenamente estabelecido em literaturas, estudos, práticas e materiais seguros e
meios de ensino, o que pode resultar em possíveis perigos não só aos profissionais envolvidos
a estes, como ao público que destes fazem uso. Assim, conclui-se que o meio de educação
precisa ser o quanto antes reformulado para que seja possível acompanhar o transcorrer da
Ciência Moderna de maneira a poder garantir não só o favorecimento do mercado de trabalho
aos futuros estudantes das instituições de ensino, mas também poder propiciar a estes um
ambiente com menor índice de imprevistos ou malefícios que afetem a segurança (em
diversos níveis) da sociedade. A realização da reformulação da grade dos cursos da
Enfermagem e da Medicina, já propiciaria a possibilidade de se oferecer um sensato
aprendizado holístico segundo as promulgações dos órgãos que enviesam o saber dos
profissionais quanto as modalidades da Medicina e da Enfermagem. Dessa maneira, a Física
Quântica que já se encontra em vivo curso, se corretamente abarcada, facultaria não só a estas
práticas mas à realidade como um todo través das pesquisas e estudos que se fosse oferecidos
aos profissionais de suas respectivas classes, responder mais perguntas que venham a auxiliar
às praticas fundamentais tanto quanto a humanidade.
6.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com efeito, uma reavaliação da importância de se introduzir a FQ nas universidades,


principalmente nos segmentos da tecnologia, saúde e segurança, os quais compartilham a
qualidade de serem inerentes ao bem estar de todos, também deve ser levantada. Com efeito,
poder-se-á criar profissionais mais capacitados, instaurar-se mais terapias como as benéficas
práticas de meditação e alargar os números das já existentes, tudo adequadamente embasado
pela aprendizagem da FQ. Ou seja, um meio científico-social equiparadamente mais
responsável para lidar com a revolução científica que se instaurou com a introdução desses
novos saberes, os quais podem vir a configurar um milagre pelas descobertas que
representam, como possíveis armas de desastrosas consequências a ameaçar alguns dos bens
mais preciosos a todos: a saúde e a vida. Dessa forma, é de obrigação de todos que os fatores
que envolvem estes fenômenos caminhem junto com o abarcar dos mesmos pela inteiração
coletiva e participativa da sociedade, donde o nicho atual da Física, sendo constituinte de um
novo nível de entendimento como o é, possa vir a ter a chance de auxiliar um dia a eliminar o
sofrimento condizente às doenças pela instauração de conhecimentos, procedimentos e
ambientes mais seguros junto à comunidade, bem como ser capaz de responder ao mundo as
perguntas mais significativas a respeito dos fenômenos que representam, de fato, a vigente
realidade.

7. 0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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