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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema

A influencia dos factores físicos Naturais e Socio económicos na distribuição da População


em Moçambique

Nome da Estudante e código

Antonieta da Costa João: 708208631

Curso: L em ensino de Geografia


Turma: B
Disciplina: Geografia de Moçambique II
Ano de frequência: 3º Ano

Nampula, 05 de Maio de 2022

Docente: Dino Daniel


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema

A influencia dos factores físicos Naturais e Socio económicos na distribuição da População


em Moçambique

Nome da Estudante e código

Antonieta da Costa João: 708208631

Curso: L em ensino de Geografia


Turma: B
Disciplina: Geografia de Moçambique II
Ano de frequência: 3º Ano

Nampula, 05 de Maio de 2022

Docente: Dino Daniel


Índice
Introdução..........................................................................................................................2

1. Fatores da Distribuição da População em Moçambique..............................................3

1.1. Regiões mais e menos povoadas e suas causas..........................................................3

1.2. População de Moçambique.........................................................................................4

1.3. Problemas Rurais e Possíveis Soluções......................................................................5

1.4. Possíveis Soluções......................................................................................................6

2. Dos principais factores que determinam a distribuição territorial da população,


destacam-se: os físico-naturais e humanos........................................................................6

2.1 Factores Físico-Naturais..............................................................................................6

2.2 Factores sócio económico............................................................................................7

3. Distribuição da população moçambicana por Província...............................................8

4. Fatores do aumento da população Moçambique...........................................................9

5. Consequências do aumento populacional....................................................................10

6. Demografia: conceito e seu Objeto de Estudo............................................................11

Conclusão........................................................................................................................13

Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução
No presente trabalho de Geografia de Moçambique, vou falar da Influencia dos factores
físicos naturais e Socio económico na distribuição da população em Moçambique. É
vidente que a população moçambicana está distribuída de forma desigual devido a vários
factores físico naturais e sócio económicos. Os factores sócio económicos que mais se
notabilizam são as guerras do passado, o maior ou menor desenvolvimento da agrícola, da
indústria, dos transportes e outros factores humanos, também estão na origem dos grandes
assentamentos humanos Contudo, actualmente existe uma vontade política de forma a
diminuir a pressão populacional sobre os locais considerados atractivos para ao mesmo
tempo desenvolver outras areas remotas ou cidades menos povoadas e ricas em recursos,
para diminuir as assimetrias regionais que o pais observou nos últimos anos.

Objectivo
 Conhecer a influência dos factores físicos naturais e sócio económicos na
distribuição da População;
 Caracterizar os factores da desigual distribuição da População.
1. Fatores da Distribuição da População em Moçambique
Como acontece com a distribuição da população de qualquer outro país, região, continente
ou mundo, a de Moçambique foi e é também determinada por factores físicos e humanos.
Um estudo deste género pressupõe a recolha de informações sobre a distribuição da
população, sua análise e as relações com os aspectos do meio e todas as modificações que
se operam ao longo do tempo. Os factores físicos da distribuição da população em
Moçambique destaca: o relevo de montanha ou de planície; o clima com as suas variantes
(temperatura e pluviosidade), os solos mais ou menos férteis; a vegetação mais ou menos
abundante; a maior ou menor disponibilidade de recursos do subsolo, interage no sentido
de atracção ou repulsão na distribuição da população.

As guerras do passado, o maior ou menor desenvolvimento da agricultura, da indústria, dos


transportes e outros factores humanos, interagem também na fixação da população. A
desigual distribuição da população em Moçambique foi originada provavelmente por
factores económicos e de natureza conjuntural como por exemplo as migrações forçadas
devido o conflito armado que terminou em Outubro de 1992.

1.1. Regiões mais e menos povoadas e suas causas


Para Arnaldo (2007:16), as áreas costeiras concentram a maior parte da população
moçambicana, dadas as boas condições de habitabilidade e incluem os maiores centros
urbanos. Internamente, os principais movimentos populacionais tomam o sentido do
interior para a costa, ou seja, do Oeste para Leste, e do Norte para o Sul, face aos altos
níveis de desenvolvimento social e económicos vigentes na Região sul. Uma análise da
distribuição da população em Moçambique por exemplo, indica que ela se concentra ao
longo do litoral, nas margens dos principais rios, ao longo dos corredores de transporte e
nos centros urbanos.

1.2. População de Moçambique


A partir da década de 70 sobretudo, Moçambique tem vindo a registar uma rápida taxa de
urbanização. Em 1950, o país era quase totalmente rural. Porém em 1980, a percentagem
de população urbana atingem os 13% e, de acordo com o INE em 1997 a taxa era de
27,6%. A população do País é predominantemente rural. Em 1980, 73% da população total
residia nas áreas rurais enquanto a restante morava nas principais cidades consideradas
urbanas. Só a capital do País, Maputo, acolhia 48% do total da população urbana, o que
demonstra um padrão de distribuição muito heterogéneo. (idem)

Segundo os dados do Censo de Moçambicano de 2007, a Região Centro detinha 42,9% da


população e as regiões Norte e Sul contribuíam com 33,4% e 23,7% respetivamente. As
províncias de Nampula e Zambézia foram as mais populosas e, as menos populosas, as de
Maputo-Cidade e Niassa.

Realçando as constatações do Censo de 1997, as províncias da Região Sul apresentavam


taxas de imigração muito elevadas, destacando-se as províncias de Maputo-Província e
Maputo-Cidade, nas quais, respetivamente, 50% e 60% da população eram imigrantes.
Quanto à densidade populacional, para o país, havia, segundo o Censo 2007, 25,3
habitantes por km2. As províncias costeiras de Nampula, Zambézia, Maputo-Província e
Maputo-Cidade apresentam as mais altas densidades. Comparado a 1997, a província de
Maputo-Cidade capital do país, obteve mais de 426 habitantes por km2, ao passo que as
demais províncias, mais povoadas, obtiveram, em média, um aumento em 12,2 habitantes
por quilómetro quadrado.

A distribuição territorial da população em Moçambique tem conhecido nos últimos anos,


profundas alterações, devido a diversos factores conjunturais de carácter social, político e
económico, dinâmica produtiva e ambiental. Esta distribuição é em geral de carácter
disperso nas zonas rurais e concentrado nas zonas urbanas. Em 1980, a população
considerada urbana isto é vivendo nas 12 cidades era de 1.5 milhões de habitantes; ou seja,
de 13.2%, contra 86.8% das zonas rurais. Em 1991, os 12 centros classificados como
cidades, passaram a ter uma população de 2.5 milhões de habitantes. Comparando este
valor com cerca de 1.5 milhões de 1980 observa-se um crescimento de 994.894 habitantes
para um período de 11 anos, o que equivale a uma taxa média de crescimento anual na
ordem de 4.5%. Contudo, na década de 90 a distribuição espacial foi influenciada por um
conjunto de factores conjunturais que alteram o desenvolvimento normal da distribuição
geográfica da população. Entre estes factores conjunturais adversos, a guerra foi um dos
principais, associados à fraca rede de infra-estruturas sociais e económicas, principalmente
no meio rural, tornando-o extremamente repulsivo, enquanto os espaços urbanos
transformaram-se em centros mais seguros e atractivos. No meio urbano, a distribuição
territorial da população vai progredindo no sentido duma maior concentração à medida que
nos aproximamos do centro urbano. Assim, a população residente nas faixas peri-urbanas
ostentam características de sociedade rural que se misturam com formas económico-sócio-
culturais urbanas.

1.3. Problemas Rurais e Possíveis Soluções


O surgimento de um povoamento rural concentrado, com as características daquele que
está a expandir-se por todo o território da república de Moçambique, num território da
população essencialmente dispersa, além do impacto que está a ter na distribuição da
população rural e dos problemas daí decorrentes, também está a influenciar diversos
aspectos da organização socioeconómica, surgindo novas situações que nem sempre são de
fácil resolução.

Um dos problemas surgidos, diz respeito à localização geográfica das habitações. Durante
a primeira fase do desenvolvimento deste novo tipo de povoamento, a localização era fruto
do acaso ou de alguns conhecimentos empíricos dos camponeses. O movimento de criação
de aldeias não pode ser acompanhado por estudos físico-geográficos e económico-
geográficos que fornecem as bases científicas necessárias para uma correcta localização,
tanto do ponto de vista económico como do ponto de vista físico. Não existiam os quadros
necessários para tão grande tarefa. E assim que, por vezes, surgem aldeias implantadas em
lugares contra-indicadores (vertentes, por exemplo), sem articulação a rede de estradas
com os centros urbanos. Esta situação começou a ser corrigida na segunda fase deste
processo através da relocalização de algumas aldeias em situação mais crítica e da criação
de um sistema de comercialização e aprovisionamento.

A relação entre a quantidade da população agrupada nas aldeias e os recursos naturais


disponíveis (terras, água, florestas), revela-se, por vezes, com desequilíbrios pronunciados,
quando a escassez de terra arável de água e de lenha em áreas próximas da aldeia. É
frequente encontrarem-se aldeias onde a distância média entre habitação e a terra de
cultura é superior a 5km, e a fonte de abastecimento de água mais próximo localiza-se a
mais de 3km.

1.4. Possíveis Soluções


Para minimizar estes problemas, além da localização de algumas aldeias, devem ser
tomadas algumas mediadas no que diz respeito a melhoria do abastecimento de água
potável, de tal forma que os abertura de furos de água estarem próximas das aldeias, a
extensão da rede eléctrica para as zonas rurais. Da formação de bairros satélites, maior
incentivo das cooperativas agrícolas, reorganização das propriedades familiares e
introdução de outras actividades para além da produção agrícola.

2. Dos principais factores que determinam a distribuição territorial da população,


destacam-se: os físico-naturais e humanos.

 Os factores físico-naturais estão relacionados com o meio natural, como: o clima, a


vegetação, o relevo, os solos, os rios, etc.
 Os factores humanos dependem do passado histórico de uma país ou região, das cidades,
das actividades económicas (agricultura, indústria, comércio, serviços e turismo) e das vias
de comunicação.

 2.1 Factores Físico-Naturais


Clima
É o principal factor que condiciona a distribuição espacial da população, através dos seus
elementos: temperatura, humidade e precipitação. Por exemplo, a temperatura ambiente
ideal para o ser humano varia entre os 22º C e os 25º C, sendo que os climas frios e os
climas áridos são dificilmente suportados. As regiões desérticas apresentam temperaturas
extremamente baixas ou elevadas, para além da escassez de água, características estas que
repelem o povoamento destas regiões.
Relevo
As regiões montanhosas são pouco povoadas pois, a altitude afecta para funcionamento
normal do organismo humano em virtude da diminuição da pressão atmosférica, da
temperatura e da proporção do oxigénio no ar. Nestas mesmas áreas montanhosas torna-se
difícil a prática de agricultura. Como principais exemplos de autênticos desertos humanos
encontramos: A cordilheira dos Himalaias (Ásia), o Monte Quilimanjaro (África), os
Montes Alpes e Pirinéus (Europa), as montanhas Rochosas e os Apalaches (América do
Norte) e a cordilheira dos Andes (América do Sul).
 Vegetação
As densas florestas tropicais constituem, em regra, um quadro ambiental repulsivo, pelo
que a população nestas áreas é escassa. Por exemplo, o calor e humidade são condições
favoráveis para o desenvolvimento de microrganismos causadores de doenças, tornando as
florestas espaços desfavoráveis para a fixação populacional.
 
2.2 Factores sócio económico
Fazem parte dos factores sócio económicos as guerras do passado, o maior ou menor
desenvolvimento da agrícola, da indústria, dos transportes e outros factores humanos,
também estão na origem dos grandes assentamentos humanos. Todavia, os factores físicos
e humanos também interagem na fixação da população, perfazendo uma densidade de 20.1
habitantes por quilómetros quadrados. Segundo dados colhidos do RGP de 1980, 86% da
população distribuía-se pelas zonas rurais e os restantes 13 % nas zonas urbanas. A partir
da década 70, o pais tem registado uma elevada taxa de urbanização, um fenómeno que se
confirmou no II RGPH de 1997 em cujos dados estatísticos mostraram uma grande subida
tendo atingido 27.6%.
Tal como os físico-naturais, os factores humanos também podem ser sedutores ou
repulsivos. Por exemplo:
Agricultura – as regiões de solos férteis atraem (seduzem), regra geral, a população, pois
apresentam condições favoráveis para a prática da mesma, sobretudo para as comunidades
agrícolas.
Indústria e serviços – a instalação de uma unidade industrial numa região, atrai a
população dum determinado meio geográfico, bem como outras actividades, a exemplo:
comércio, finanças, seguros, banca, serviços de educação e saúde, etc.
Vias de comunicação – a população (regra geral), tende a fixar-se junto às principais vias
de acesso, nas margens dos rios e lagos navegáveis, ao longo da faixa costeira e à volta das
grandes cidades, pois são locais com facilidade fluidez de informação, bens, etc. Eis que a
maior parte das cidades no mundo e em Moçambique, localiza-se numa zona litoral ou
planície atractiva.
Cidades

Desde sempre o meio urbano, particularmente as cidades, desempenhou um factor


atractivo para a fixação de populações rurais, na medida em que estas oferecem um leque
de condições que permitem o desenvolvimento socioeconómico, pois a cidade oferece-se
como um local de oportunidades. Nalgumas vezes, esse preconceito torna-se abstracto,
visto que estas não conseguem oferecer satisfatoriamente os serviços sociais (saúde,
educação, transporte, água, habitação, entre outros) e absorver a maior parte dos seus
imigrantes, existindo assim mão-de-obra excedentária. Assiste-se actualmente a uma
tendência de crescimento da urbanização, em especial nos Países em Vias de
Desenvolvimento (PVD), como resultado do êxodo rural e pela necessidade de melhorar o
bem-estar nos centros urbanos. E dentro desta visão que Antunes afirma que: «Lá para
meados do próximo século [séc. XXI], mais de metade da população mundial viverá em
cidades. O mundo está a tornar-se progressivamente mais urbano».

3. Distribuição da população moçambicana por Província


Moçambique tem uma população de 20, 579 de acordo com o censo 2007, o que representa
um aumento de 27,86 em relação aos de 16.o,99.246 e numerado no censo 2007 ainda
segundo o censo 2007 a populaça urbana totaliza 6.272.632 equivalendo a 30% do total e a
taxa de masculinidade era de 92,7 com resultado de um total de 9,897.116 homens e
10.682/149 mulheres.

E um pais multinacional de esmagara maior negra, mas os tenções sociais não se verifica
entre os diferentes grupos técnicos, mas o norte (pobre) e o sul (mais desenvolvido)
quando a composição étnica 46,1% são macuas 53%  são betonas, malaios e chanos, 0,9%
outro (dados de 1996).

O número dos brancos e muito reduzido este continuam o ser frequentemente olhados
como colonialistas. Os emigrantes portugueses em tendo números mais ultrapassam as 14
mil. Com o desenvolvimento económico depois e de esperar que  o número de estrangeiros
brancos tenda o aumento.

Cerca de 30% da população consertam se nas cidades e a restante nos campos. As


principais cidades são: Maputo (931600 habitantes) beira (248800) e Nampula (250500)
(dados de 1991).
Apesar da guerra, as catástrofes e epidermes, a taxa de crescimento populacional continua
elevada. Antes da independência (1975) população total de Moçambique passou de
6603651,em 1960, para 8168933, em 1970.

Em 1960, a população branca era de 97268 pessoas. Em 1975 viviam em Moçambique


cerca de 200 000 os portugueses na sua maioria ligados funcionalismo públicos, empresas
portuguesas e internacionais, mas também a agricultura e pequenos comercio. A
comunidade indiana, em 1975 ligados os comércios calcula-se que fossem 20 000 e 30 000
habitantes por altura de independência existia uma pequena comunidade chinesa de cerca
de 4 000 pessoas consertadas em Maputo e na beira dedicando-se sobre tudo aos pequenos
comércios. Os negros constituíam cerca de 98% da população. Os mestiços seriam a cerca
de 0,5% de total.

4. Fatores do aumento da população Moçambique


Os factores que influenciam para a evolução da população mundial são: Factores
Históricos Sociais (o passado histórico e as migrações); Factores Naturais (clima, relevo,
solo e a vegetação) e Factores Humanos (agricultura, as indústrias, vias
de Comunicação, Rios, Lagos e Recursos minerais).

Natalidade
É o número de nados vivos que se verifica numa determinada área e durante um ano. A
taxa bruta de natalidade mede em termos relativos a contribuição dos nascimentos para o
crescimento populacional. Torna-se, porém, evidente que é altamente influenciada pela
distribuição etária e por sexos da população.
Taxa de fecundidade
É o número nascimentos vivos que ocorre, em média, por cada mil mulheres em idade
fértil (com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos), numa dada área e num
determinado período de tempo. (Idem) Crescimento Natural – É a diferença a natalidade e
a mortalidade.

Esperança média de vida


É o número de anos que, em média, cada indivíduo tem probabilidade de viver. A
esperança média de vida tem vindo a aumentar a nível mundial, em consequência directa
da diminuição da taxa de mortalidade.

Migração
Fluxo de genes de uma população para outra. Se os migrantes sobreviverem vão contribuir
com os seus genes para enriquecer o fundo genético da população que os recebe.
Caracteriza-se pela imigração número de pessoas que chegam ao país e emigração número
de pessoas que saem do país. Por movimento ou saldo migratório designamos,
precisamente, aquela parcela da variação populacional observada num dado período, que
fica a dever-se exclusivamente às entradas e saídas de residentes. À semelhança do saldo
natural, também o saldo migratório pode ser expresso como uma taxa de crescimento face
à população residente, exprimindo portanto a contribuição líquida dos fluxos migratórios
para o crescimento populacional.
5. Consequências do aumento populacional
A população tem vindo sempre a aumentar; Uma excepção foi entre 1390 e 1400 com a
peste Negra; O ritmo de crescimento foi lento até 1800 (regime demográfico primitivo); A
partir de 1800, a população começou a crescer a um ritmo acelerado; Nos 100 anos que se
seguiram a 1830, a população duplicou e passou para 2000 milhões (revolução
demográfica); Nos trinta anos seguintes, isto é, de 1930 a 1960, a população teve um
aumento de 5o% e situou-se em 3 mil milhões; Em 1980 a população atingiu 4400
milhões, e, no início do século XXI, os seres humanos são 7000 milhões (explosão
demográfica). Regiões previstas para o maior e menor crescimento até 2050 são: Com
maior crescimento: África central (+175%) e África oriental (+135%); Com menor
crescimento: Europa oriental (-22%) e Rússia (- 22%).
Consequências do aumento populacional
– Escassez de alimentos;
– Aumento da poluição produzida influenciado pelo desenvolvimento industrial;
– A degradação de muitos ecossistemas naturais;
– A propagação de epidemias provocado pelos avanços dos meios de transporte;
– Problemas associados à criação de empregos, meios de habitação,
transportes, educação e saúde.
Medidas Para Conter o Aumento Populacional
– Expansão de serviços de alta qualidade de planeamento familiar e saúde reprodutiva;
– Regulação da fertilidade;
– Aumentar a escolaridade;
– Melhorias na situação económica, social e jurídica das jovens e das mulheres.

6. Demografia: conceito e seu Objeto de Estudo

A palavra Demografia foi usada pela 1ª vez em 1855 por um belga chamado Achille
Guillard, que deriva do grego: DÊMOS = População e GRÁPHEIN = Escrever /
Descrever / Estudar,  portanto, o objectivo da Demografia é analisar populações humanas e
suas características gerais.
Demografia é a ciência da população, onde o campo de estudo da demografia não se
resume, hoje, à contagem da população num dado momento e num dado território. Pelo
contrário, procura também saber como esse número evolui no tempo, quais os factores
marcantes dessa evolução e, num seguimento lógico, quantos seremos num futuro mais ou
menos próximo. Portanto, estudam-se, então, os chamados movimentos populacionais
(nascimentos, óbitos e migrações), elaboram-se estimativas da população entre duas
contagens consecutivas e, finalmente, ensaiam-se projecções do valor da população num
dado momento futuro.
Ao mesmo tempo, introduz-se o estudo da estrutura da população segundo alguns
caracteres qualificativos do indivíduo: idade, sexo, zona geográfica de residência e num
sentido restrito, poder-se-ia considerar serem apenas estes os assuntos tratados pela
demografia.
Objecto de estudo
População
População é o conjunto de habitantes de um determinado lugar em um determinado
tempo. O globo terrestre é habitado hoje por mais de 6 milhões de pessoas (esse número
foi atingido, segundo a Organização das Nações Unidas em Outubro de 1991),
contrariamente no início da década 60, a população mundial era a metade desse total, ou
seja 3 milhões de pessoas.

Em demografia, população é o conjunto de habitantes em um certo espaço geográfico,


entretanto, é necessário especificar as pessoas que são consideradas habitantes da área.
“Por exemplo, militares e diplomatas que estão temporariamente ausentes, são habitantes
do país de origem ou do país onde estão em serviço, e os estudantes que se mudam para a
cidade onde fazem o curso, mas que voltam para casa nos finais de semana e férias, são
habitantes de que cidade”. De acordo com Bandeira (1996), a condição da pessoa no
domicílio, há duas formas de definir população:

População presente: Inclui todas as pessoas que estão, de facto, presentes no domicílio de
uma certa unidade geográfica todas as pessoas presentes, na data de referenciado
levantamento de dados, são consideradas, independentemente de ser morador ou não no
domicílio, incluindo visitantes e turistas.
População residente: Inclui todas as pessoas que pertencem a uma certa unidade
geográfica, por cidadania ou por outro motivo que lhes dá o direito de serem moradores do
domicílio. Considera todos os residentes, estando presentes ou não no domicílio, na data de
referência do levantamento de dados.
A população residente é um termo vago, que permite várias interpretações, já que não
especifica os critérios que levam a considerar uma pessoa como moradora do domicílio.
Para obter alguma compatibilidade, as Nações Unidas recomendam que cada país produza
censos com um total populacional que exclua militares estrangeiros e pessoal diplomata
que actue no país e inclua pessoal actuante no estrangeiro, como das forças armadas,
marinha mercante e diplomatas.

Conclusão
Podemos denominar, a conclusão que o homem é o animal que dentre vários, melhor e
com facilidades consegue adaptar-se a diversos ambientes. Mesmo assim, nem sempre tem
sido uma tarefa fácil essa mesma adaptação, devido às variações climáticas,
geomorfológicas. Eis que existem meios geográficos com muita densidade/concentração
populacional e outros com fracos aglomerados populacionais. Ou seja, à escala planetária,
a distribuição da população é desigual, o que é motivado por diferentes factores que se
combinam, criando condições atraentes ou repulsivas.

Moçambique pode ter menor capacidade de lidar com este assunto do que os países
vizinhos, mas os desafios apresentados por este movimento de massa de pessoas é
semelhante. Além disso os assuntos de habitação urbana, infra-estruturas e a prestação de
serviços não dependem somente da migração.

Numa avaliação da transição urbana na África subsaariana, os seus autores notam que “a
maioria da privação em cidades, e os consequentes problemas de saúde pública urbana
emergentes, relacionam-se com a fraqueza institucional que perpetua a exclusão social e
desigualdades entre o pobre urbano e os ricos.” A governação é agora reconhecida como o
único factor mais importante para a erradicação da pobreza urbana e reforço do
desenvolvimento municipal.
Bibliografia
1. DE ARAÚJO, Manuel Garrido Mendes. As Aldeias Comunais e o seu Papel na
Distribuição Territorial da População Rural na República Popular de Moçambique.
UEM, Maputo, 1994.
2. MANGUE, João etall. Aspectos Sociais, Económicos, Demográficos e de Saúde em
Moçambique1997 á 2007, Maputo, 2011.
3. MINISTÉRIO DE PLANO E FINANÇAS.Moçambique político nacional de
população Maputo, 1998.
4. MUANAMOHA, Ramos Cardoso. Tendências históricas da distribuição espacial da
população em Moçambique. Belo Horizonte, Brasil, 1995.
5. PERFIL DO SECTOR URBANO EM MOÇAMBIQUE.Programa das Nações Unidas
para Assentamentos Humanos Escritório Regional para África e Estados Árabes 2007.
6.http://hidro.ufcg.edu.br/twiki/pub/CienciasdoAmbienteMonica/Monicaaulas/
CRESCIMENTOPOPULACIONAL-2010.1.pdf;https://www.instituto
camoes.pt/images/stories/tecnicas_comunicacao_em_portugues/Geografia/Geografia%20-
%20Factores%20da%20Evolucao%20Demografica.pdf.
7. LUCIA, Maria; et al. Contrastes Geográficos. Lisboa: ASA Editor, s/d.
8. MEDEIROS, João. Geografia Populacional. Brasília: Porto Editora, 1988.
9. RANCISCO, Wagner De Cerqueria E. Crescimento da População Brasileira. Brasil
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-crescimento-da-populacao-
brasileira.htm>.
10. DE ARAÚJO, Manuel Garrido Mendes. As Aldeias Comunais e o seu Papel na
Distribuição Territorial da População Rural na República Popular de Moçambique.
UEM, Maputo, 1994.
11. MANGUE, João etall. Aspectos Sociais, Económicos, Demográficos e de Saúde em
Moçambique1997 á 2007, Maputo, 2011.
12. PERFIL DO SECTOR URBANO EM MOÇAMBIQUE.Programa das Nações
Unidas para Assentamentos Humanos Escritório Regional para África e Estados Árabes
2007.

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