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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Movimentos e crescimentos populacionais em Moçambique

Ilda Maria Maneia

Cod. 708192198

Curso: Geografia
Disciplina: Geografia de Urbanismo
Ano de Frequência: 4º Ano
Docente: Dr. Isaque Mundai

Quelimane, Abril de 2022


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índic
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1. Introdução..........................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.......................................................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................................................4

1.1.3. Metodologia.................................................................................................................................4

2. Movimento Migratório de Moçambique...........................................................................................5

3. Distribuição da população moçambicana..........................................................................................5

4. Causas do rápido crescimento da população em Moçambique.........................................................6

5. Crescimento Populacional.................................................................................................................7

6. Conclusão..........................................................................................................................................8

7. Referências bibliográficas.................................................................................................................9
1. Introdução
Nos últimos tempos, estudos sobre migrações internas em Moçambique têm estado a aumentar
significativamente, se considerarmos o número de trabalhos de fim dos cursos de licenciatura,
dissertações de Mestrado ou teses de Doutoramento na área de ciências humanas. Cada um destes
estudos tem contribuído para a compreensão do fenómeno migratório em Moçambique e da sua
geografia, em particular no que se refere às origens e aos destinos dos migrantes internos.

O crescimento populacional vem se destacando como um dos problemas mais significativos para a
humanidade. Contudo, este crescimento não segue uma linearidade histórica. No âmbito da
discussão promovida em torno da formulação inicial da teoria da transição demográfica (TTD),
nomeadamente a nível das premissas para a mudança dos padrões de crescimento populacional,
destacaram-se duas questões para o desenvolvimento do estudo que se apresenta.

Os valores quantitativos e qualitativos da população moçambicana vão vaiando com o tempo e as


condições de vida. Os dados sobre o tamanho (quantidade), composição (etária, sexual e sectorial) e
qualidade (lugar onde vive, como vive, formação, etc.) da população nos são revelados pelos
resultados do recenseamento geral da população e habitação, que em condições normais, desde a
história do Moçambique independente acontece de dez em dez anos.

Portanto, são elas, por um lado, a importância da nupcialidade na regulação do crescimento


demográfico e, por outro, a inversão da direcção dos designados fluxos intergeracionais de riqueza
como chave para a transição da fecundidade, nomeadamente em sociedades onde a transição ainda
não ocorreu.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender sobre os Movimentos migratórios e o crescimento populacionais em
Moçambique
1.1.2. Específicos
 Descrever sobre o Movimento Migratório de Moçambique
 Mencionar a Distribuição da população moçambicana
 Indicar as causas do rápido crescimento da população em Moçambique
1.1.3. Metodologia
Conforme Gil (2006), a pesquisa bibliográfica toma forma a partir da consulta à materiais já
elaborados, sendo esses, principalmente, artigos científicos e livros. Os materiais bibliográficos
tomados como referência, de acordo com Gil (2006), são fontes que têm como escopo possibilitar,
ao autor, a rápida obtenção de informações necessárias para o embasamento de seus argumentos, isto
é, esses dados podem ser localizados facilmente.

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2. Movimento Migratório de Moçambique
Moçambique é desde séculos um país de migrações tanto internas como externas. Durante o período
colonial conhecem-se movimentos migratórios para as colónias britânicas da Rodésia do Sul
(Zimbabwe) e do Norte (Zâmbia), da Niassalândia (Malawi) e do Tanganyika (Tanzânia). Foram as
migrações para a África do Sul as que mais marcaram e continuam a marcar a história dos
moçambicanos.

A guerra civil tem sido explicada como a principal causa dos movimentos migratórios da década de
1980 até princípios da década de 90. Como descreve Raimundo (2009:95), devido a guerra houve
moçambicanos que se refugiaram nos países vizinhos, nomeadamente Zimbabwe, Suazilândia,
Malawi, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.

Moçambique não é excepção não tocar ao fenómeno dos movimentos migratórios, os quais são
características preponderantes das populações locais, assentes não condicionalismo sociais,
económicos e políticos resultantes da descolonização, oportunidades de emprego e de formação,
conflitos internos, cooperação internacional e desastres natural (Raimundo, 2011).

Na percepção de Raimundo (2011, p.196), como migrações deve ser é um partir faça sua trajectória
histórica, ou seja, “como migrações bantu, o comércio costeiro com árabes, uma colonização
portuguesa, uma escravatura, o trabalho forçado, o trabalho migratório pára Como minas e
plantações da África Faz Sul e plantações da Ex-Rodésia do Sul (Zimbabué), incluindo desastres
naturais”.
3. Distribuição da população moçambicana
Moçambique ocupa o terceiro lugar entre os países mais povoados da África Austral, depois da
África do Sul com 40.6 milhões e da Tanzânia com 29.2 milhões. Em 1950, a população
Moçambicana era cerca de 6.5 milhões de habitantes, tendo aumentado de forma acelerada até ao
presente: em 1960 atingiu 7.6 milhões, em 1970 atingiu 9.4 milhões e, em 1980, havia 12.1 milhões
de habitantes. Ou seja, por volta do fim da década de 80 a população Moçambicana tinha duplicado
em relação a 1950.

Entre 1950 e 1980, a taxa de crescimento passou de 1.5% no período 1950-1955, para 1.8% em
1960, 2.3% em 1970, e 2.7% em 1980. Isto é, no início da década de 80 a taxa de crescimento

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demográfica atingiu o nível mais elevado na história de Moçambique das últimas cinco décadas e,
talvez mesmo, em todo o século XX.

Moçambique foi dividido em dez províncias e mais a cidade de Maputo, que tem o estatuto de uma
província. As províncias por sua vez foram subdivididas em distritos e estes em postos
administrativos e localidades, as cidades foram organizadas em bairros, as províncias são dirigidas
pelos governadores nomeados pelo presidente da república. Os distritos sob orientação dos
administradores e os postos administrativos e localidades pelos chefes.

4. Causas do rápido crescimento da população em Moçambique


O rápido crescimento populacional, na segunda metade do século XX, foi causado pelas elevadas
taxas de natalidade numa altura em que a mortalidade começou a diminuir. Durante as décadas de 50
e 60 a taxa de natalidade manteve-se relativamente constante e os níveis elevados, na ordem dos 49
nascimentos por mil habitantes. Esta taxa sofreu ligeiras alterações ao reduzir sucessivamente para
48 por mil em 1970, 47 em 1980 e 45 por mil em 1990.

No mesmo período a taxa de mortalidade observou um significativo declínio. Em 1950 registaram-se


32 óbitos em cada mil habitantes, tendo reduzido para 20 em 1990. O maior declínio da mortalidade,
principalmente infantil, registou-se nos primeiros 5 anos da Independência Nacional (1975-1980),
como resultado das melhorias das condições de Neste último quinquénio do Século XX, a população
Moçambicana deverá na saúde, educação e habitação, entre outras aumentar cerca de meio milhão de
habitantes. Isto é equivalente quase ao total da população actual das Províncias de Cabo Delgado e
de Tete, consideradas em conjunto.

Este processo, conhecido como transição demográfica, se caracteriza pelo declínio da mortalidade,
seguido pelo da fecundidade, com pessoas vivendo por mais tempo e menos crianças nascendo ao
mesmo tempo que a proporção de idosos aumenta a cada ano, como resultado na melhoria das
condições de vida da população. A expectativa de vida aumentou em mais de 20 anos nas últimas
cinco décadas.

Outros factores dessa desaceleração são a redução do número de filhos por mulher decorrente do uso
de métodos contraceptivos; o tratamento de água; a incidência dos surtos de fome que vêm

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diminuindo em muitos países graças à revolução tecnológica no sector agrícola; e o maior acesso aos
serviços de educação e saúde.

De maneira geral, o grande flagelo da fome que seria gerado como consequência da explosão
demográfica anunciada, não ocorreu. As situações de desnutrição em muitos países estão
relacionadas à negligência ou falha humana. A princípio, nosso planeta pode fornecer espaço e
alimento para pelo menos 3 bilhões a mais de pessoas das que existem actualmente.

5. Crescimento Populacional
A taxa de crescimento populacional na Terra, que hoje possui 6,5 bilhões de habitantes, caiu nos
últimos anos se comparada com o avanço populacional no século passado. Enquanto em 1979 o
crescimento era de 2,1% ao ano, actualmente essa taxa não é maior do que 1,3% por ano. Porém os
números mostram disparidades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento segundo análises
da ONU (Organização das Nações Unidas).

Enquanto a população de países ricos cresce pouco (0,25% ao ano), a população de nações em
desenvolvimento aumenta quase cinco vezes mais rápido. A evolução demográfica corresponde
portanto a situações diferentes: nos países desenvolvidos há a tendência de que a população diminua
ao passo em que nas nações em desenvolvimento a população deverá aumentar até 2050.

Como exemplo da disparidade podemos citar nações europeias como Itália, Espanha e Portugal onde
a população está diminuindo. Ao mesmo tempo, a África e o oeste da Ásia têm apresentado grande
desenvolvimento populacional. Na metade da década de 1990, a população mundial aumentava num
ritmo de 82 milhões de pessoas por ano. Em 2004, a população mundial era de 6,4 bilhões de
pessoas e aumentava a um ritmo anual de 1,3%, ou seja, 76 milhões de pessoas por ano.

Mantendo-se as actuais tendências demográficas, o mundo passará a ter aproximadamente 9 bilhões


de habitantes em 2050. Metade do crescimento populacional terá como responsáveis apenas nove
países (Índia, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, República Democrática do Congo, Uganda, Etiópia,
China e Estados Unidos). Com excepção dos EUA, todos os outros países são considerados pobres
ou muitos pobres.

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6. Conclusão
Em função das abordagem acima descritas, ficou claro que o crescimento populacional vem se
destacando como um dos problemas mais significativos para a humanidade. Contudo, este
crescimento não segue uma linearidade histórica, no âmbito da discussão promovida em torno da
formulação inicial da teoria da transição demográfica (TTD), nomeadamente a nível das premissas
para a mudança dos padrões de crescimento populacional, destacaram-se duas questões para o
desenvolvimento do estudo que se apresenta.

Pese embora, Moçambique é desde séculos um país de migrações tanto internas como externas.
Durante o período colonial conhecem-se movimentos migratórios para as colónias britânicas da
Rodésia do Sul (Zimbabwe) e do Norte (Zâmbia), da Niassalândia (Malawi) e do Tanganyika
(Tanzânia). Foram as migrações para a África do Sul as que mais marcaram e continuam a marcar a
história dos moçambicanos.

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7. Referências bibliográficas
Abreu, M. de. (1988). A evolução urbana do Rio de Janeiro. 2ªed. Rio de Janeiro: Zahar.

Cachinho, H. (2006). Consumactor: da condição do indivíduo na cidade pós-moderna. Porto:


Finisterra.

Canclini, N.G. (2006). Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio de


Janeiro: Editora UFRJ.

Carlos, A.F.A. (2004). O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Contexto.

Carreras, C. (2005). Urbanização e mundialização: estudos sobre as metrópoles. São Paulo:


Contexto.

Castells, M. (1999). A sociedade em redes - A era da informação: economia, sociedade e cultura.


São Paulo: Paz e Terra.

Leite, I. (1989). Geografia. Geral, Lisboa, Edições ASA.

Ministério de Plano e Finanças. (1998). Moçambique político nacional de população Maputo.

Muanamoha, R. C. (1995). Tendências históricas da distribuição espacial da população em


Moçambique. Belo Horizonte, Brasil.

Nakata, H; e Coelho, M. A. (1978). Geografia geral, S. Paulo, Editora Moderna.

Vesentini, J. W. (2008). Sociedade & Espaço. São Paulo: Editora Afiliada.

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