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Possui graduação e pós-graduação em História (UNIBAN/PUC-SP) e graduação em
Filosofia (USJT). Atualmente é professor da Rede Municipal de Educação em São Paulo
e em escola particular da mesma cidade. Dedica-se à pesquisas na área da história da
cultura, teoria da história, história da filosofia, filosofia contemporânea, estética e
filosofia política. Contato: kauevini@hotmail.com
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seguida. Como nos aponta Cury e Pereira (2018), em 1974, quando Tapajós é liberado da
prisão, seu romance já está totalmente datilografado, pronto para ser publicado.2
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Ver CURY, Maria Zilda Ferreira. PEREIRA, Rogério Silva. Em câmera lenta, de
Renato Tapajós, 40 anos: autocrítica pública e sobrevivência. In: estudos de literatura
brasileira contemporânea, n. 54, p. 435-454, maio/ago. 2018.
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CURY, Maria Zilda Ferreira. PEREIRA, Rogério Silva. 2018.
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de outro modo, deve deixar a ideia e o conforto burguês, de uma postura quase kantiana,
para exercer uma escrita e produção pedagógica, nos termos brechtianos, “integrando a
sociedade”, deixando de fornecer os “aparelhos de produção” para atender a tarefa da
“adaptação desses aparelhos” para fins pedagogicamente revolucionários. Penso assim
que Em câmera lenta politiza o gênero romance, ao trazer à tona, nos anos de chumbo, a
memória em cenas escritas da resistência armada, de dentro da cela para as casas dos
brasileiros.
chumbo, pisado por brilhantes coturnos, os autores-produtores, por assim dizer, também
não foram bem vistos e quistos.
Por fim, penso que os jovens que queiram se apropriar da produção cultural
daquela época podem ir ao encontro com esse romance, pois possibilita inúmeros
movimentos interpretativos e estéticos. Um importante marco da literatura nacional ainda
pouco descoberto e explorado fora do círculo especializado.
Referências:
CURY, Maria Zilda Ferreira. PEREIRA, Rogério Silva. Em câmera lenta, de Renato
Tapajós, 40 anos: autocrítica pública e sobrevivência. In: estudos de literatura
brasileira contemporânea, n. 54, p. 435-454, maio/ago. 2018.