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ATIVIDADE DE HISTÓRIA

Meus queridos alunos e alunas,

Dando seguimento a nossa revisão, continuaremos usando fontes históricas para refletir sobre o
conteúdo já estudado. Alinhado ao capítulo 2, os textos e imagens abaixo são documentos ligados ao fim
do Império do Brasil e ao início da República. Além de uma revisão, esse assunto é importante para dois
conteúdos que estudaremos em breve: A Primeira República a Construção da Democracia.

O texto 1 é o testemunho do político e jornalista Aristides Lobo sobre a Proclamação da República;


O texto 2 é uma análise da imagem de Tiradentes para a Proclamação da República feita por José Murilo
de Carvalho; o texto 3 é um poema sobre a figura de Tiradentes; o texto 4 é um trecho de coluna publicada
por Machado de Assis sobre Tiradentes em um jornal; a imagem 1 é um quadro que representa a
Proclamação da República; e a imagem 2 é um quadro que representa a morte de Tiradentes. Observe-os.

Texto 1:

“O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram
seriamente estar vendo uma parada”.

Aristides Lobo. Diário Popular, 1889.

Texto 2:

“Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado
monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói
republicano radical, mas sim como herói cívico-religioso, como mártir, integrador, portador da imagem do
povo inteiro”.

CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia
das Letras, 1990.
Texto 3:

Ei-lo, o gigante da praça,

O Cristo da multidão!

É Tiradentes quem passa

Deixem passar o Titão.

ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO, J. M. C. A formação das almas. O


imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Texto 4:

“O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes Xavier* o principal dos
inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória. Merecem, decerto, a nossa estima
aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a carregar com os pecadores de Israel, o que chorou
de alegria quando viu comutada a pena de morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada
nele, o enforcado, o esquartejado, o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e
ganhar por todos, visto que pagou por todos”.

*Alferes Xavier refere-se a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 ab. 1892.


Imagem 1:

Quadro do Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. CALIXTO, Benedito. A Proclamação da


República.
Imagem 2:

Quadro retirado do Acervo do Museu Mariano Procópio de Juiz de Fora. AMÉRICO, Pedro. Tiradentes
Esquartejado.

Agora, com base nas fontes históricas acima e em seus conhecimentos, responda no caderno as
questões abaixo:
1. Observando a Imagem 1, quem teria participado do movimento conhecido como Proclamação da
República?

2. Essa imagem confirma ou contradiz ao testemunho escrito no texto 1?

3. Houve uma grande participação popular na derrubada da Monarquia e na Proclamação da República?

4. A República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar
diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. De acordo com o Texto 2, qual foi a figura escolhida?
Essa figura participou ativamente da Proclamação da República?

5. Quais elementos do texto 3 e 4 e da imagem 2 você destaca como importantes na construção dessa
figura como heroica do movimento republicano? A quem comparam Tiradentes?

SUGESTÕES DE RESPOSTAS

Sua reposta pode divergir do modelo abaixo, mas deve tocar principalmente nos seguintes
assuntos: a pouca participação popular na derrubada da monarquia; o predomínio de militares na
Proclamação da República; na construção da figura de Tiradentes como mártir e herói da causa
republicana.

1. Os militares.

2. A imagem 1 confirma o testemunho do texto 1, que afirma que o povo pouco participou da Proclamação
da República.

3. Não.

4. Buscou-se usar a figura de Tiradentes como o herói da causa republicana. Mas Tiradentes não participou
da Proclamação da República, tendo morrido 100 anos antes deste episódio.
5. Tiradentes é retratado como um mártir, é comparado a Cristo, como alguém que teria sacrificado a vida
pela República e por todos nós, que deveria ser cultuado como um herói nacional.

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