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Ainda que o primeiro resgate nostálgico de Al-Andalus seja perpetrado pelo movimento
Orientalista e abarcado em seu caráter nostálgico pelos árabes na sua primeira fase, é na segunda
fase que se tem uma formação de historiadores árabes, sendo fundamental a atuação do pensador
Taha Hussein. Este havia se formado em estudos na Europa e voltado ao Egito a fim de modernizar
sua nação formando também novos pensadores seguindo o modelo europeu, primeiramente francês.
Posteriormente, Hussein decidiu investir no estudo da Espanha.
Ainda assim o processo de seu resgate e reflexão histórico foi marcado por políticas
posteriores, o que muitas vezes levou a compreensões completamente díspares entre si sobre a
importância e a valorização de Al-Andalus como parte da história Ibérica e árabe.
A historiografia Europeia busca validar sua visão Orientalista por meio do resgate do
passado andalusino, o oriente doméstico, em que as ilusões e os anseios da sociedade oitocentista
vinham expressos, relatos e arquiteturas andalusinos.
Al-Andalus pertence igualmente à história espanhola e à história árabe, porém sem que ela
se adapte para comportar os anseios de cada sociedade contemporânea. Al-Andalus não existe como
um ente sempiterno, não é tangível, nem idílica e nem caótica; ela é uma realidade histórica que
precisa ser reconstruída e discutida por meio de sua própria história, sem a necessidade de se
assemelhar a nenhuma realidade que está além dela.