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Sumário
O ULTRA-SOM ...................................................................................................................... 3
Os tipos de Ondas ................................................................................................................. 3
Produção do Ultra-Som ......................................................................................................... 5
As Interfaces .......................................................................................................................... 8
Técnica de Aplicação ............................................................................................................. 9
Mecanismos de Interação .................................................................................................... 10
Modo de aplicação ............................................................................................................... 15
A Dose ................................................................................................................................. 17
LASER TERAPÊUTICO ....................................................................................................... 30
A física do laser ................................................................................................................... 30
A produção do laser ............................................................................................................. 32
A classificação de segurança............................................................................................... 35
Os tipos de lasers ................................................................................................................ 37
Efeitos fisiológicos ............................................................................................................... 37
Técnica de Aplicação ........................................................................................................... 40
Parâmetros .......................................................................................................................... 42
Indicações Terapêuticas ...................................................................................................... 45
Contra-Indicações Terapêuticas .......................................................................................... 52
REFERÊNCIA...................................................................................................................... 53
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O ULTRA-SOM
Os tipos de Ondas
- Quanto à direção das ondas: Agora vamos nos deter apenas às ondas
mecânicas, que é o objetivo deste capítulo. Estas ondas podem produzir perturbações
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Produção do Ultra-Som
Efeito Piezoelétrico
Este efeito é um fenômeno encontrado em alguns cristais que quando são
pressionados produzem uma corrente elétrica; e quando são submetidos a uma
corrente elétrica, produzem uma vibração na mesma frequência da corrente. Desta
forma, se submetermos um destes cristais a uma corrente de frequência de 1MHz, o
cristal vai produzir uma onda sonora na frequência de 1MHz, ou seja, vai produzir
Ultra-Som.
Logo abaixo estamos mostrando uma imagem de um destes cristais, e o
posicionamento deste no cabeçote do Ultra-Som.
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Atenuação do Ultra-Som
A atenuação é o fenômeno caracterizado pela diminuição da energia da onda
sonora. Esta diminuição da energia ocorre principalmente pelos seguintes motivos:
reflexão e absorção.
A absorção das ondas sonoras vai depender basicamente de dois fatores: um
é a frequência da onda sonora, e o outro é as características do tecido.
O uso da frequência do Ultra-som é muito amplo, no entanto, terapeuticamente
é muito comum utilizarmos apenas cabeçotes de 1MHz e 3MHz. Atualmente está se
tornando comum também o de 5MHz. Qual a relação entre a absorção e a frequência?
Sabemos que os corpos apresentam inércia, e que essa inércia é tão grande
quanto maior for sua massa. Sendo assim, se quisermos alterar o comportamento de
um corpo, temos que gastar energia para isso, e quanto maior for essa alteração,
maior tem que ser o gasto de energia. Existe um termo que define a resistência que a
massa oferece na tentativa de se opor ao movimento, que chamamos de reatância de
massa (Xm). Essa reatância (algo semelhante à resistência) é conhecida pela
seguinte fórmula: Xm = 2.p.f.m, sendo (f) a frequência e (m) a massa. Isso quer dizer
que quanto maior o movimento que quisermos dar à massa, maior será a reatância
dessa massa, consequentemente, maior terá que ser a energia absorvida para que
esse movimento seja possível. Em fim, se eu quiser que um corpo em vez de vibrar a
1Mhz vibre a 3Mhz, terei que gastar mais energia, ou seja, maior a absorção. Sendo
assim, quanto maior a frequência utilizada, maior será o poder de absorção e mais
intenso será o efeito superficial. Por isso, é verdadeira a frase: quanto maior a
frequência do Ultra-som, menor seu poder de penetração.
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As Interfaces
Podemos definir interface como sendo a barreira formada entre dois meios de
densidades diferentes. Quanto maior for essa diferença de densidade, maior será esta
barreira. É o que ocorre entre a água e o ar. Para o ultra-som, a barreira formada no
limite entre a água e o ar é tão intensa que pode chegar a 100% de reflexão. Veja na
tabela abaixo alguns exemplos:
Hoogland, 1986
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Fica claro, por exemplo, o motivo de não podermos utilizar o cabeçote do ultra-
som sem que o mesmo esteja acoplado ao tecido.
Embora o Gel utilizado para fazer a acoplagem entre o cabeçote e o tecido
tenha um coeficiente de absorção semelhante ao do óleo mineral, o óleo produz uma
interface maior.
Considera agora as seguintes figuras abaixo:
Será que mediante tantas interfaces, o ultra-som tem um poder tão grande de
penetração? Será que é possível utilizar o ultra-som para facilitar a quebra de fibrose
intra-articular?
Podemos considerar razoável que o poder de penetração do ultra-som de
3MHz seja bem significativo até uns 5mm (0,5cm) e que o de 1MHz até uns 15mm
(1,5cm). É claro que o alcance de ambos é bem maior, mas a perda de energia é
muito grande com o percurso.
Técnica de Aplicação
A técnica de aplicação do ultra-som terapêutico é outro fator de fundamental
importância para garantir que o resultado seja satisfatório. Tradicionalmente existem
três formas de aplicação do ultra-som: Com gel; Sub-aquático e Com bolsa de água.
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A imagem acima mostra uma aplicação do ultra-som com gel, sobre a região
anterior do antebraço.
O gel utilizado é específico para essa aplicação. Outros tipos de contados não
são indicados. O óleo mineral pode até facilitar a aplicação, mas não faz uma boa
acoplagem, de forma que boa parte da energia do ultra-som é absorvida pelo óleo,
por isso observamos um aquecimento na pele. Já as pomadas e outros tipos de gel
podem trazer tanto gás em sua composição, que a perda de energia para esse meio
pode tornar a aplicação do ultra-som, ineficaz. Sendo assim, é aconselhável utilizar
gel específico para ultra-som.
Mecanismos de Interação
Considera-se que o ultra-som pode produzir efeitos fisiológicos tanto através
do efeito térmico quanto do efeito atérmico. O efeito térmico do ultra-som pode ser
significativo se utilizarmos um cabeçote com frequência alta (3Mhz ou 5Mhz), no
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entanto esse efeito é superficial. O efeito atérmico é o mais importante promovido pelo
ultra-som, e é promovido pelos seguintes fenômenos:
Ondas Estacionárias
As chamadas ondas estacionárias é um fenômeno que ocorre quando ondas
de mesmas características se encontram. Nas regiões destes encontros, a dose é
duplicada devido ao efeito de somação espacial.
Cavitação
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Correntes Acústicas
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Micro Vibrações
As micro vibrações são vibrações produzidas na matéria devido a aplicação do
ultra-som. Estas vibrações são responsáveis pelo aumento da energia cinética, o que
contribui com um pouco do aumento da temperatura, e é responsável pela diminuição
da viscosidade do tecido e facilitação da quebra de fibrose. Abaixo vemos uma
imagem de um diapasão produzindo vibrações na água.
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Aplicação Sub-aquática
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Modo de aplicação
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A Dose
A dose no Ultra-Som é medida em Watts/cm2. Os equipamentos utilizados no
mercado oferecem na sua maioria uma dose que varia de 0,1 a 2 W/cm 2.
Como vamos encontrar a dose ideal para cada caso? Semelhante ao que foi
discutido anteriormente com o modo, vamos criar uma pequena tabela com algumas
considerações:
A tabela acima tem como objetivo sugerir a melhor dose diante dos objetivos
terapêuticos. No entanto, podemos utilizar doses maiores do que a sugerida: 1
W/Cm2, podemos chegar a 2W/Cm2. Doses como estas (1 a 2), devem ser evitadas
com o uso do Ultra-Som no modo contínuo, já que a possibilidade de ondas
estacionárias e cavitação instável são mais prováveis.
Observamos então que um outro fator que regula a dose é o modo. Se
estivermos usando o modo contínuo, nos limitamos a doses de até 1W/cm 2, mas no
modo pulsátil, podemos usar até 2 W/cm2.
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O mecanismo exato pelo qual essa técnica possa possibilitar esse aumento da
penetração de drogas, ainda não está claro, no entanto, sugere-se que esse efeito
deve-se às cavitações formadas na superfície da pele (principalmente da camada
córnea) pela passagem dos ultra-sons. Na realidade, considera-se que estas
cavitações provocam pequenas lesões ou aberturas na pele, o que facilitaria a
absorção. Há ainda quem justifique com a presença do calor. Uma outra informação
que pode ser considerada é que a absorção aumenta com o aumento da dose do
ultra-som, do tempo de tratamento e da concentração da droga. Há de ser
considerado, no entanto, que em doses elevadas e tempos de exposições
prolongados, são comuns ocorrerem queimaduras na pele.
Ou seja, a fonoforese pode ser utilizada como recurso para aumentar a
penetração e absorção de drogas tópicas, no entanto, essa propriedade ainda não é
consenso. Apenas 70% dos artigos concordam com esse efeito.
Transmissibilidade
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O Ultra-som no Edema
Tipo de edema
Podemos encontrar edemas bem moles, iguais àqueles encontrados em uma
fase aguda de alguns traumas, como na entorse de tornozelo, e podemos encontrar
com consistências mais duras até muito duros como os encontrados em pacientes
com filariose (elefantíase). Independentemente da dureza do edema, o objetivo do
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Parâmetros utilizados
Caso o edema tenha sua consistência elevada e seja indicado o uso do ultra-
som, quais os parâmetros: começando pela frequência, 1Mhz ou 3Mhz? Claro que
isso vai depender da espessura do edema. Em casos como o apresentado na imagem
anterior, onde a espessura do edema é grande, utilizaríamos a frequência de 1Mhz.
Em edemas pequenos e de espessura reduzida, utilizaríamos 3Mhz.
Qual o modo: pulsátil ou contínuo? Optem sempre pelo pulsátil, mas se a
textura do edema for muito consistente, pode-se usar o modo contínuo. Na realidade,
o uso destes modos já foi discutido anteriomente.
A dose também deve seguir o que já foi discutido no tópico sobre a dose do
ultra-som, ou seja, nos casos de edemas, a maioria teria como dose recomendada,
0,5 a 1 J/cm2.
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A aderência
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Efeitos do Ultra-Som
Esporão de Calcâneo
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calcanhar) que podem ser causadas por uma tração excessiva desse osso pelos
tendões ou pela fáscia (o tecido conjuntivo aderido ao osso). A dor na parte inferior do
calcanhar pode ser causada por um esporão de calcâneo”.
Abaixo temos a imagem de esporões de calcâneo. Embora temos a figura de
uma radiografia, essa patologia só é detectada com esse método, quando já está em
estado avançado.
O que mais incomoda o paciente nesta patologia, é a dor que na maioria das
vezes só ocorre quando é feita uma pressão sobre a região plantar em direção ao
calcâneo. Pode também ocorrer uma reação inflamatória devido à presença do
esporão sobre os tecidos.
A ação sobre esse distúrbio é feita através de alongamentos, uso de órteses,
antiinflamatórios. O ultra-som é também um recurso que pode ser utilizado. Mas com
qual objetivo?
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Hematomas
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promovendo reabsorvendo o hematoma. Isso pode ser conseguido com o uso do ultra-
som.
A respeito dos parâmetros temos o seguinte: a frequência será de 1Mhz, se o
hematoma for profundo ou volumoso; e será de 3Mhz, se for superficial. O modo será
o pulsátil, no entanto, se o hematoma estiver bastante duro, é preferível o modo
contínuo. A dose será de 0,5W/Cm2, mas no hematoma já duro, usamos 1W/Cm2.
A pós a aplicação que terá duração dependendo da área (já discutido em
parâmetros do Ultra-som), ainda podemos aplicar calor ou fazermos alguma
manipulação.
Contra-Indicações Terapêuticas
Sobre o Plexo
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Na fase aguda de uma lesão, vamos encontrar uma reação inflamatória aguda,
caracterizada por fenômenos vasculares-exsudativos (vasodilatação, edema
inflamatório, emigração de células), promovendo o chamado sinais flogísticos: dor,
calor, rubor e comprometimento da função.
Se considerarmos um quadro e origem não infecciosa, esse quadro só vai
continuar (levando a uma inflamação crônica), se não for sanada a causa. Sendo
assim, o ultra-som que é contra-indicado numa fase aguda, pode passar a ser indicado
na fase crônica mesmo com reação inflamatória (do tipo crônica).
Vemos na figura seguinte uma reação inflamatória aguda devido a uma lesão
recente (aguda).
Fazer uso do ultra-som nesta fase apenas vai aumentar o quadro flogistico,
visto que o ultra-som aumenta o metabolismo, irrigação, a função das células e diminui
a viscosidade dos tecidos e líquidos, facilitando o edema e extravasamento de
sangue.
Chamo a atenção, no entanto, que em uma reação inflamatória crônica o ultra-
som pode ser utilizado caso a causa possa ser dirimida com seu uso.
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LASER TERAPÊUTICO
A física do laser
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Fica claro então que podemos promover condições em que a energia utilizada
para produção de determinadas radiações pode ser mantida durante seu trajeto, e
que, dependendo do tipo de radiação, esse mecanismo receber um nome: no caso
das microondas, é Maser, e no caso da luz, é o Laser.
Como curiosidade, temos em seguida, uma foto do cientista Charles Townes
ao lado do primeiro equipamento de Maser, e que foi o precursor do Laser.
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A produção do laser
Propriedades
O laser é uma radiação cuja tonalidade de cor poder ser: vermelho, verde, rubi,
infravermelho ou qualquer outro tipo de luz. No entanto, só pode ter uma cor, ou seja,
não existe laser colorido.
A produção funciona da seguinte forma: temos um bulbo espelhado que reflete
100% da luz, exceto em uma das extremidades, que reflete mais ou menos 99% da
luz. Sempre que a luz incide totalmente perpendicular ao espelho que reflete 99%, a
luz passa por esse espelho. Em seguida vemos um bulbo permitindo a saída de laser
vermelho pelo espelho.
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- Quanto Monocromaticidade
Quando falamos em cor, na verdade falamos numa faixa do espectro
eletromagnético, ou seja, vermelho vai desde o vermelho claro até o vermelho escuro,
e assim ocorre com as outras cores, como vemos na imagem abaixo.
Com o laser, essa variação da cor dentro do espectro, não pode ocorrer. O
motivo é que a radiação varia de velocidade conforme sua energia, ou comprimento
de onda, de forma que o vermelho tem maior velocidade do que o verde, e o verde do
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que o azul, e assim por diante. Se o laser fosse composto por mais de um
comprimento de onda, aconteceria o que ocorre com o arco-íris. Ver imagem abaixo:
Para que esse fenômeno não ocorra com o laser, ele tem que ser
monocromático, ou seja, se for vermelho, tem que ser um único tom do vermelho. Por
exemplo: 632,8nm. Assim o laser se mantém em linha reta.
- Quanto à Coerência:
A luz é composta por fótons, e para que esta luz seja chamada de coerente, é
preciso que todos os fótons que compõem a luz, estejam em fase, ou seja, estejam
coincidindo crista com crista e depressão com depressão de cada foto. Além disso, é
necessário que todos estejam no mesmo plano, ou polarizados. Assim haverá um
efeito chamado somação espacial, que amplificará a luz. A imagem abaixo ilustra um
feixe colimado.
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- Quanto à Colimação:
A colimação é uma das propriedades que tem que estar presente no laser, e
consiste no fato de os raios permanecerem paralelos e unidos durante todo o seu
trajeto.
Este fenômeno pode ser conseguido porque só os feixes de luz totalmente
perpendiculares ao espelho do tubo que produz o laser, podem ultrapassar o espelho.
A classificação de segurança
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Como vemos, os lasers utilizados para Fisioterapia diferem dos outros tipos de
laser basicamente pela sua potência, sendo muito importante observar a Classe do
laser em nosso equipamento, antes de usar.
Os tipos de lasers
Podemos fazer uma classificação do laser em relação a sua cor: laser visível e
laser não visível. Esta classificação facilita a determinação do uso do laser, ou seja,
aqueles infravermelhos têm maior poder de penetração e os visíveis têm menor poder
de penetração. No entanto, essa classificação é bem geral. O ideal é que conheçamos
os tipos de laser utilizados na fisioterpia. Exemplos:
Efeitos fisiológicos
- Os mecanismos de interação
- Efeitos térmicos:
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Felizmente, não nos preocupamos com estes tipos de efeitos, pois eles não
estão presentes no laser utilizado na fisioterapia. Apenas aqueles utilizados na
Odontologia, Dermatologia, Oftalmologia e em cirurgias, é que têm o efeito térmico.
- Efeitos atérmicos:
Estes efeitos são os responsáveis pelos efeitos fisiológicos produzidos pelos
lasers utilizados na fisioterapia. Ou seja, devido à baixa potência dos equipamentos
utilizados, nenhum efeito térmico é encontrado.
Os efeitos fisiológicos encontrados com estes tipos de laser, tem seu
mecanismo de interação através das mitocôndrias. Em tese, a radiação laser ao atingir
as mitocôndrias, são absorvidas pela membrana, e devido ao seu alto poder
energético, é aproveitada no ciclo de Krebs e aumenta a produção de ATP na célula.
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- O poder de penetração
É de fundamental importância sabermos sobre o poder de penetração dos
lasers, já que este é o parâmetro que vai ser utilizado para que saibamos qual tipo de
laser escolher. Primeiro vejamos a figura abaixo:
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Técnica de Aplicação
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Existe uma forma de aplicação do laser, que embora seja parado, não é
denominada de pontual, é o caso dos lasers de grandes áreas. Eles são bastante úteis
quando precisamos fazer uma aplicação em uma ferida aberta de área grande. No
entanto, esse tipo de laser só é eficiente quando ele não é produzido a partir de uma
lente divergente, pois neste caso, os raios não incidem perpendicular ao tecido. Em
seguida, temos um exemplo de laser de grande área que não é formado a partir de
uma lente divergente.
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Parâmetros
A Dose
A dosagem utilizada no laser passou por algumas modificações ao longo do
tempo, começando a ser indicada uma dose máxima de 32j/cm2, posteriormente
12j/cm2, e hoje é indicado que não se ultrapasse os 6j/cm2. As doses elevadas podem
eventualmente promover um aumento do metabolismo além do que seria indicado
terapeuticamente. É por esse mesmo motivo que o tempo de tratamento com o laser
também não deve ultrapassar mais do que trinta dias seguidos. Se for o caso, é
indicado um descanso de uns 10 dias ou mais para retomar o tratamento com o laser.
Existem algumas tabelas em que encontramos várias sugestões de doses em
função de alguns efeitos atribuídos ao laser. O quadro a seguir é um exemplo de uma
destas tabelas:
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Diferentemente da tabela anterior, não foi mostrado nesta, qual a dose para:
dor, reação inflamatória, e circulação. Na realidade o laser não tem estas indicações
comprovadas. O que pode ocorrer é que por uma ação indireta, o efeito pode surgir.
Vejamos: um paciente tem epicondilite, e como consequência, ele sente dor. Ao
aplicar o laser, vai ser promovido o aumento da velocidade do reparo, e com isso, a
quantidade de substâncias mediadoras da reação inflamatória irá diminuir. Devido à
diminuição destas substâncias, a dor diminui. Neste caso o laser teve também um
efeito analgésico, mas isto não atribui ao laser o poder de ser analgésico, já que as
causas da dor são distintas e não são amenizadas pelo laser.
O que devemos fazer é aplicar três vezes a dose que determinamos; uma em
cada cm2.
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Indicações Terapêuticas
- Úlceras
A pele, tecido que apresenta bastantes funções, se for submetido à perda de
nutrição, oxigenação e umidade (condição mantida pelo sistema vascular), pode
apresentar o aparecimento de lesões denominadas úlceras. Uma causa bastante
frequente é o decúbito prolongado. Isto dificulta a irrigação sanguínea, e como
consequência promove a formação da úlcera. Neste caso, os principais locais de
encontro são as regiões sacra, o calcâneo e a região dorsal. Aqui estamos mostrando
um exemplo de formação de uma úlcera de decúbito:
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- Lesão Ligamentar
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Algumas hérnias precisarão passar por uma cirurgia, mas outras serão
significativamente reduzidas através da ação da fisioterapia. No entanto, é preciso
que a hérnia seja de fato reduzida para que possamos utilizar o laser. É preciso que
o paciente restabeleça sua postura, diminua a dor, diminua a protrusão do disco, em
fim, é preciso que o paciente tenha passado por um tratamento bom o suficiente para
restabelecer a as atividades do paciente.
A ação do laser é a de fortalecer os ligamentos responsáveis pela estabilidade
e integridade da coluna. Não vão aplicar o laser na região lombar só porque se sabe
que naquela região existe uma hérnia de disco, pois assim, o laser não tem função
alguma. É preciso que o laser atinja a região do ligamento onde houve a protrusão do
disco, e assim, promover um reparo mais eficiente.
Técnica de Aplicação:
Aplicar o laser na hérnia de disco não é tão simples. Veja a figura abaixo:
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Sendo assim, será preciso que saibamos exatamente o local onde houve a
protrusão do disco, seja através da RM, da TC e mesmo da avaliação clínica, e que
tenhamos um conhecimento de anatomia para que possamos direcionar o laser
exatamente para o local da hérnia.
A aplicação do laser em toda região lombar, não traz benefício algum. Não
alivia a dor e não diminui edema, pois estes não são atributos do laser.
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Contra-Indicações Terapêuticas
Em primeiro lugar, deve-se ficar bem claro que estamos falando do laser
terapêutico, classe 3B, e como consequência, não há efeitos térmicos. Em hipótese
alguma, podemos utilizar um laser de classe maior, como os utilizados na
dermatologia ou oftalmologia, para fazer aplicações terapêuticas na fisioterapia.
Assim, também, não teremos nenhum benefício se utilizarmos lasers de potência mais
baixa, como os lasers presentes em apontadores.
Antes das contra-indicações, vamos falar de um cuidado: é sobre o uso dos
óculos. O uso dos óculos é importante, principalmente se a técnica de aplicação for
varredura. Não é que uma aplicação sem o uso dos óculos chegue a proporcionar
uma lesão irreversível nos olhos do terapeuta, no entanto, o uso contínuo de
aplicações sem os óculos pode levar a no mínimo, uma irritação severa da retina.
Uma das contra-indicações, como consequência, é a aplicação do laser sobre
os olhos. Não temos estudos mostrando quais as reais consequências deste
procedimento, mas pelo menos teoricamente, existe o risco de lesão. Outra contra-
indicação, é fazer a aplicação do laser em um tecido com presença de tumor.
Independente do tumor ser maligno ou benigno, pois nos dois casos, o laser tem a
propriedade de aumentar o metabolismo, e a multiplicação celular.
Sendo assim, devemos evitar a aplicação do laser até mesmo em regiões com
distrofia. Abaixo temos um exemplo te de tecido com lesões aparentemente
inofensivas, mas trata-se de um câncer de pele.
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Esta ferida acima está limpa, tratada com anticéptico e com boa aparência. O
laser proporcionará uma boa aceleração do reparo.
Também é contra-indicado o uso do laser nos processos onde está presente
uma reação inflamatória aguda. A única ação do laser neste caso é aumentar ainda
mais o processo inflamatório.
REFERÊNCIA
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