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ACÚSTICA BÁSICA
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ACÚSTICA BÁSICA
DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES
Segunda a Sexta das 09:00 as 18:00
ATENDIMENTO AO ALUNO
editorafamart@famart.edu.br
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Sumário
ONDULATÓRIA
Durante bastante tempo os estudiosos discutem sobre a composição do
universo e seu funcionamento. Alguns autores chegam a descrever que tudo que
existe é formado de oscilações energéticas onde seguem em processo constante de
transformação. A cada dia a ciência descreve novas teorias, mas sempre baseada
nas idéias clássicas como a compreensão da Física e suas ramificações. Um caso
envolvente é o estudo do som, que para haver um bom entendimento é feito um
levantamento da organização cronológica de tal caso.
O estudo do som provém da Acústica que faz parte da Ondulatória que é uma
das ramificações da Física Clássica, pois explica os fenômenos naturais que por sua
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ONDA
É toda perturbação (energia potencial gerando energia cinética) capaz de
gerar uma oscilação (movimento de vai e vem) transportando energia. A onda não
transporta matéria, mesmo que interaja com meio material no seu processo de
vibração a onda só transportará energia. Para uma melhor compreensão teórica são
necessárias também ferramentas matemáticas para esclarecer as dúvidas existentes
no processo de emissão e recepção de determinada onda.
CLASSIFICAÇÃO DA ONDA
NATUREZA
Quanto à natureza, ou seja, de acordo com sua existência a onda que
depende da matéria para se propagar é denominada de mecânica e a aquela que
não precisa da matéria para executar a sua propagação é definida como
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eletromagnética.
Onda mecânica
É o tipo de onda que, para existir, necessita de um meio material para se
propagar, pois transporta energia com ajuda da vibração das matérias presente em
um determinado meio. Ótimos exemplos de ondas mecânicas são as ondas do mar,
onda sonora, onda em uma corda, ondas de vibração de um sistema elástico (mola),
em geral serão todas as ondas que utilizam à matéria.
Onda eletromagnética
É a onda independente, pois não precisa de um meio material para se
propagar. O estudo desse tipo de onda é o que leva a tecnologia as mais
interessantes descobertas teóricas e reveladoras do que pode existir no universo. As
ondas eletromagnéticas têm o poder de transmitir energia em altíssimas velocidades
e por isso chega alcançar lugares muito distantes, a principal onda, ou o xodó da
física, é a luz que através da sua propagação e velocidade linear é possível
descreve grandes mistérios do nosso universo, ela chega a atingir os incríveis
300.000.000 m/s (3 . 108 m/s). Uma unidade de medida proveniente dos estudos de
propagação da luz, o anos-luz, que significa o produto da velocidade da luz (metro
por segundo = m/s) e o tempo (segundo = s) gasto originando a grandeza física do
espaço (metro = m).
VIBRAÇÃO
Quanto à propagação a onda é classificada de acordo com a vibração do
meio, quando a onda coincide ou possui sua direção paralela à vibração do meio,
esta é considerada uma onda longitudinal e quando é perpendicular é denominada
de transversal.
Onda longitudinal
Onda transversal
LUZ
VIBRAÇÃO DO MEIO
SOM
DIMENSÃO
A onda também pode ser classificada de acordo com a quantidade de
dimensões utilizadas na formação da onda. Como existem três dimensões físicas da
matéria, logo a onda que utiliza apenas uma dimensão é denominada de
unidimensional, a que ocorre em superfícies é a bidimensional e aquela que
expende em todas as dimensões é definida como tridimensional.
modelo dimensional
Onda unidimensional
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É toda vez que a onda utiliza apenas uma dimensão do meio de propagação
fazendo com que o estudo sobre ela leve em consideração apenas as características
lineares. Exemplo: propagação da onda em uma corda.
https://www.wikiwand.com/pt/Onda
Onda bidimensional
É toda vez que a onda utiliza duas dimensões do meio de propagação
fazendo com que o estudo sobre ela leve em consideração as características
superficiais. Exemplo: propagação da onda na superfície da água.
https://www.resumoescolar.com.br/fisica/frente-de-onda-e-raio-de-onda/
Onda tridimensional
É toda vez que a onda utiliza três dimensões do meio de propagação fazendo
com que o estudo sobre ela leve em consideração as características geométricas
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http://fisicacontextoaplicacoes.blogspot.com/2017/09/som-ondas-mecanicas-
tridimensionais-e.html
FREQUÊNCIA ESPACIAL
B B
II I I II
A C
C
III A´
III IV IV
D D
(pêndulo simples)
Ou
(sistema elástico)
então:
f = 1/T;
se:T = 1/f
logo:
f*T=1
v v .f
T
Importante:
A velocidade de propagação de uma onda mecânica depende de
características vinculadas ao meio no qual a onda está se propagando (densidade,
elasticidade, temperatura); A velocidade de propagação de onda eletromagnética
não depende do meio.
Num dado meio, a velocidade de propagação é constante;
A freqüência, consequentemente,o seu período não dependem do
meio e são características exclusiva da fonte geradora da onda;
O comprimento de onda de uma onda mecânica depende da velocidade e da
freqüência. Portanto, ele pode variar de acordo com as características do meio.
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
Quando uma onda que se propaga num dado meio encontra uma superfície
que separa desse meio de outro (interface), essa onda interage e ocasiona
modificações em sua propagação como retornar ao meio em que estava se
propagando (reflexão) e/ou propagar-se no outro meio (refração).
Princípio de Huygens
“Cada ponto de uma frente de onda pode ser considerado uma nova fonte de
ondas secundárias que se propagam em todas as direções. Em cada instante, a
curva ou superfície que envolve a fronteira dessas ondas secundárias é a nova
frente de onda.”
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http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/otica/universitario/cap09/cap9_01.php
REFLEXÃO DE ONDAS
Quando uma onda que se propaga num dado meio encontra uma superfície
que separa esse meio de outro, essa onda pode, parcial ou totalmente, retornar ao
meio em que estava se propagando. Esse fenômeno é chamado de reflexão.
O fenômeno de reflexão é característico de qualquer propagação ondulatória
que, por alguma razão ou de alguma forma, encontra um obstáculo à sua
propagação (meios com densidades diferentes).
Os pulsos que propagam em cordas refletem-se mantendo a mesma forma do
pulso original, porém se a corda tiver a extremidade fixa, a onda refletida terá
inversão de fase. Se a corda tiver extremidade livre, não haverá inversão de fase.
No caso de ondas bidimensionais (ondas em águas) ou tridimensionais (som
e eletromagnéticas), o estudo fica mais simples se analisarmos o comportamento
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i : ângulo de incidência;
r : ângulo de reflexão;
N : reta normal à superfície.
Leis da reflexão
1ª. O raio incidente A, o raio refletido B e a normal N pertencem ao mesmo
plano (coplanares);
2ª. O ângulo de reflexão r é igual ao ângulo de incidência i: r = i
Tipos de reflexão:
Reverberação: ocorre quando a diferença entre os instantes de
recebimento dos dois sons, propagando-se no ar, é pouco inferior a 0,1 segundos.
Ou seja, o obstáculo deve estar a uma distância menor de 17 metros quando a
velocidade linear de propagação da onda sonora for igual a 340 m/s. A reverberação
pode também ser considerada como “reforço”, quando ocorre quando a diferença
entre os instantes de recebimento do som refletido e do som direto é praticamente
nula. O ouvinte apenas percebe um som mais intenso (maior quantidade de
energia);
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Eco: ocorre quando os dois sons, direto e refletido, são recebidos num
intervalo de tempo superior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo que refletirá o som,
no ar, deve estar a uma distância maior de 17 metros quando a velocidade linear de
propagação da onda sonora for igual a 340 m/s;
REFRAÇÃO DE ONDAS
Vimos que quando uma onda muda de meio de propagação, a sua velocidade
se modifica, consequentemente, muda também o seu comprimento de onda. No
entanto, a freqüência permanece constante. Essa mudança de meio é chamado de
refração.
Assim se a velocidade aumentar (v 2>v1), seu comprimento de onda também
aumentará (V2> V1), e na mesma proporção:
v2 2 f
v1 1
sen i 1 sen i v1
sen r 2 sen r v2
DIFRAÇÃO DE ONDAS
POLARIZAÇÃO
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/polarizacao-ondas.htm
INTERFERÊNCIA DE ONDAS
RESSONÂNCIA
ressonância.
Exemplos:
O vidro de uma janela que se quebra ao entrar em ressonância com as
ondas sonoras produzidas por um avião a jato;
As cordas de violão que se encontram na mesma nota da oitava
correspondente vibram simultaneamente e independente de ser o mesmo
instrumento.
Uma taça que vibra e até quebra quando exposta a entonações vocais que
correspondem a sua frequência peculiar de vibração, ou seja, o som emitido é o
mesmo do produzido pela vibração da taça.
O aparelho de ressonância magnética que emite ondas de reflexão que se
propaga na ida e na volta com a mesma frequência para permitir uma varredura do
volume desejado.
As pontes, assim como outras estruturas, que necessitam de um
dimensionamento vibratório de acordo com as suas funcionalidades e meio de
exposição, caso contrário correm o risco desabamento por entrar em concordância
com vibrações externas.
BATIMENTO
Quando a superposição ocorre com ondas sonoras de freqüência ligeiramente
diferentes, surge o fenômeno do batimento. O batimento consiste em flutuações
periódicas da intensidade do som resultante. O número de batimentos pode ser
calculado pela seguinte equação:
Exemplo: fa= 500 Hz; fb = 550 Hz; então: B = 550 – 500 => B = 50 Hz
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ONDAS ESTACIONÁRIAS
São ondas resultantes da superposição de duas ondas de mesma freqüência,
comprimento de onda e mesma amplitude, que se propagam ao longo de uma
direção, mas de sentidos opostos. É um caso particular de interferência de ondas.
Considere uma corda presa numa das extremidades. Fazendo a outra
extremidade vibrar com movimentos verticais periódicos, originam-se perturbações
regulares, que propagam pela corda. Ao atingirem a extremidade fixa, elas se
refletem, retornando à corda com sentido de deslocamento contrário ao anterior.
Uma onda estacionária se caracteriza pela amplitude variável de ponto para
ponto, isto é, há pontos da corda que não se movimentam (nós), e pontos que
vibram com amplitude máxima (ventres ou anti-nós).
A distância entre dois nós consecutivos corresponde a meio comprimento de
onda (𝜆 /2). Igualmente, a distância entre dois ventres consecutivos é igual a meio
comprimento de onda (λ /2). A distância entre um nós e um ventre consecutivo vale
(λ /4).
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas-estacionarias.htm
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EFEITO DOPPLER
Explicação do Fenômeno
Quando há aproximação da fonte sonora do receptor, há um número maior de
frentes de ondas na unidade de tempo. Portanto, há um aumento de freqüências
ouvidas. Quando há afastamento, há um número menor de frentes de ondas na
unidade de tempo. Portanto, há uma diminuição da freqüência ouvida.
Este efeito ocorre quando a velocidade de movimento da fonte (v F) é menor
que a velocidade do som (v S) no meio.
A freqüência ouvida pelo observador (f’) quando ele está com velocidade (v0),
será:
vs vo
f' f .
vs vF
onde:
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VISUALIZANDO OS SONS
dedicados suas vidas na busca de tudo entender, de tudo explicar, ao longo da linha
de tempo da humanidade.
Percorrendo o espaço vibratório podemos ver que somos dotados de sentidos
que nos permitem ouvir os sons do meio ambiente que estamos e que cobrem uma
faixa média de 20 a 20.000 Hertz ou ciclos por segundo. Podemos sentir o Calor e
podemos ver as Cores.
Quando estudamos a física do som, verificamos como os sons são
percebidos pelos nossos ouvidos, com relação as suas freqüências, suas
intensidades e o timbre. Por causa das relações entre as freqüências de áudio,
podemos denominá-las em toda a extensão da faixa de áudio somente por sete
nomes diferentes: Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.
Ainda em relação às freqüências verificamos que a cada 12 intervalos de
sons subsequêntes, ou 1 oitava, percebemos uma característica especial cada vez
que uma dada frequência é o dobro da outra. A maneira como é organizada a escala
musical temperada guarda um intervalo entre cada nota e sua subsequente que é
igual em toda a escala. Esse valor é igual a 1,0594631, ou seja o quociente entre o
valor da freqüência de um som e a freqüência do som imediatamente inferior, tem
esse valor.
Vendo todo o espectro organizado matematicamente dessa maneira podemos
formular a pergunta: - qual seria a relação entre as freqüências da faixa auditiva
humana e as freqüências dos sinais eletromagnéticos que correspondem as cores?
Assim poderíamos imaginar um virtuose concertista percorrendo o teclado de um
piano e perguntar quais as cores que corresponderiam a cada nota musical tocada.
Vou mostrar como isso realmente funciona e depois mostrarei os cálculos para
chegar a essa conclusão.
Ao contemplar o espectro todo vemos como é interessante notar que
inicialmente detectamos o áudio, passa-se uma larga faixa de freqüências que não
percebemos e logo bem distante das freqüências de som, percebemos as cores
graças aos três tipos de cones de nosso aparelho da visão , cada um deles
responsável por um comprimento de onda, o vermelho, o verde, e o azul, cuja
intensidade de cada um deles, arranjadas convenientemente , acaba por cobrir todo
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ACÚSTICA
É o ramo específico da Ondulatória, subdivisão da Física Clássica, que trata
dos fenômenos relativos ao estudo do som. Para melhor compreensão do estudo da
Acústica é interessante fazer uma abordagem teórica sobre os princípios
fundamentais da Ondulatória.
Assim como o surgimento de todas as ciências, a Acústica também evoluiu e
teve tratamentos específicos permitindo um aprofundamento dos conhecimentos
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HISTÓRICO DA ACÚSTICA
Representação Complexa.
Depois de deduzidas algumas das equações de propagação do som, a
comunidade científica começou a tentar perceber como o sistema auditivo humano
“analisa” as vibrações. Em 1843, Georg Simon Ohm (1789-1854), estabelece que a
sensação de altura, de sons musicais, é proporcional à freqüência fundamental do
som, e o timbre a diferentes combinações da intensidade dos harmônicos, e inicia o
ramo da Psicoacústica.
Em 1860, Gustav Theodor Fechner (1801-1884), baseado em trabalhos
anteriores de Ernst H. Weber (1795-1878), publica Elements of Psychophysics, onde
estabelece o seguinte: Enquanto o estímulo é aumentado multiplicativamente a
sensação é aumentada aditivamente.
Tal lei ficou conhecida por lei de Fechner-Weber. Ainda que se saiba,
atualmente, que não é exata nem universal, tal lei é um pilar da Psicofísica, levando
Fechner a responder aos seus críticos: A Torre de Babel nunca foi completada
porque os trabalhadores não se entendiam no modo como a construir; o meu edifício
psicofísico manter-se-á de pé porque os trabalhadores não se entendem no modo
como o destruir...
Dois anos depois (1862), Helmholtz publica On the Sensations of Tone, onde
dá suporte à lei de Ohm, considerando que o ouvido humano possui vários
ressoadores, sintonizados para diferentes freqüências, efetuando assim uma análise
espectral. Sabe-se hoje que Ohm e Helmholtz estavam no bom caminho, mas o
processamento cerebral, da audição, é mais complexo que uma “simples”
transformação de Fourier.
Só em 1923, Harvey Flecher, possivelmente inspirado no trabalho de
Fechner, introduz o conceito de Unidade de Sensação Auditiva: um incremento de
0.1 no logaritmo, de base 10, do valor médio do quadrado da pressão sonora,
corresponde a um aumento de uma unidade de sensação.
Em 1924 The International Advisory Commitee on Long Distance Telephony
propõe o termo bel, em honra a Alexander Graham Bell (1947-1922), o inventor do
telefone, para a unidade de sensação de Flecher. Passado pouco tempo, o décimo
do bel (decibel, dB), é de utilização generalizada.
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Symonds. Sua família tinha tradição e renome como especialista na correção da fala
e no treinamento de portadores de deficiência auditiva.
O pai, Alexander Melville Bell, passou a se interessar, não só pelo som das
palavras, como também pelas causas desse som. Estudou anatomia - laringe,
cordas vocais, boca, etc. criando o que chamava de “fala visível”. É autor do livro
“Dicção ou Elocução Padrão”.
O avô, Alexander Bell, foi sapateiro em St. Andrews, na Escócia e, enquanto
consertava sapatos, recitava Shakespeare.Fazia isso com tanta freqüência que, aos
valor exato para cada palavra. Abandonou o ofício de sapateiro e seguiu o caminho
do teatro, porém, alguns anos no palco foram suficientes para que descobrisse outra
profissão; tornou-se professor de elocução e dava conferências dramáticas sobre
Shakespeare, desenvolvendo boa prática no tratamento dos defeitos da fala,
especializando-se em foniatria.
Bell, seu pai e seu avô tinham o mesmo prenome - Alexander. Até os 11
anos, se chamava simplesmente Alexander Bell, até que um dia na escola, a
professora sugeriu que adotasse mais um nome para diferenciar-se do avô. Depois
de consultar os familiares, optou por Graham, em homenagem a um grande amigo
de seu pai.
Aos 14 anos, ele e seus irmãos construíram uma curiosa reprodução do
aparelho fonador. Numa caveira montaram um tubo com “cordas vocálicas”, palato,
língua, dentes e lábios, e com um fole, sopravam a traquéia, fazendo a caveira
balbuciar “ma- ma”, imitando uma criança chorona.
Alexander Graham Bell cresceu assim, em um ambiente rico de estudo da voz
e dos sons, o que certamente influenciou no seu interesse nesse campo, além de ter
a mãe que, muito jovem, ficou surda.
Estudou na Universidade de Edimburgo, onde começou a fazer experimentos
sobre pronúncia. Certo dia, um amigo de seu pai falou sobre a obra de certo cientista
alemão chamado Hermann Von Helmholtz , que havia investigado a natureza física
dos sons e da voz. Excitado com a novidade, apressou-se em conseguir uma cópia
do livro. Só havia um problema: o livro estava escrito em alemão, língua que não
entendia. Além disso, trazia muitas equações e conceitos de física, inclusive
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ORQUESTRAS Hz
Órgão da catedral de Worcester (1611) 360,0
Haendel (1740) 422,0
Mozart (1780) 421,6
Ópera de Paris (1822) 431,0
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O tom usado pelas orquestras para afinar os instrumentos está cada vez mais
alto, para desespero dos cantores de ópera e donos de violinos raros. Os primeiros
temem pela voz, uma vez que forçar as cordas vocais para atingir notas cada vez
mais altas pode significar danos irreversíveis. E os músicos não querem ver seus
preciosos Stradivarius serem empenados para executar peças em tom mais elevado
do que o utilizado pelos autores.
Há muito tempo que os cantores líricos reclamaram do fato de ao cantar um lá
maior – na Flauta Mágica, de Mozart, por exemplo – a inflação do tom empurra a
nota para quase um semitom acima do usado na obra, no tempo do compositor.
A escolha do tom tem sido um exercício de anarquia. O diapasão usado no
Século XVIII para uma apresentação do Messiah, de Haendel, produzia o Lá
vibrando a 422,5 hertz. No século seguinte, entretanto, algumas orquestras
mudaram esse tom para 450 hertz. A confusão terminou – ou quase – durante uma
conferência internacional em 1938, que fixou o Lá em 440 hertz.
Escutando-se, com uma diferença de uns poucos minutos, dois sons com
freqüências 552 e 564 Hz, muitos não são capazes de distinguir um do outro. Mas se
esses dois sons alcançam os ouvidos simultaneamente, percebe-se um som cuja
freqüência é 558 Hz, a média das duas freqüências. Sentindo, também, uma peculiar
variação na intensidade: ela aumenta e diminui como se fosse uma nota de
marcação lenta e trêmula, cuja freqüência é 12 Hz, a diferença entre as duas
freqüências originais – fenômeno de batimento.
ESCALA RICHTER
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SISMÓGRAFOS
1 - As movimentções das placas tectônicas são registrada na forma desse
gráfico. A amplitude (na vertical) desses traços é usada no cálculo da magnitude ou
intensidade dos abalos.
2 - O tempo para que os gráficos no sismógrafo registrem o terremoto a partir
de seus primeiros tremores é utilizado na localização do seu epicentro.
VELOCIDADE DO SOM
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Aqui, ∆V/V é a variação fracional em volume produzida por uma variação de pressão
∆ρ. A unidade SI de pressão é o Newton por metro quadrado, que recebeu um nome
especial, o pascal (Pa). A unidade de B também é o pascal. Os sinais de ∆ρ e ∆V são
sempre opostos: quando aumentamos a pressão sobre um elemento de fluído (∆ρ positivo),
seu volume diminui (∆V negativo). Incluímos o sinal negativo para que B seja, por definição,
sempre positivo. Trocando τ por B e μ por ρ na Eq.
é obtido:
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MEIO ºC m/s
Cloro 0 205,3
Hélio 0 965,0
Hidrogênio 0 1284,0
Oxigênio 0 316,0
Ar 0 331,0
Ar 20 343,0
Ar 25 346,0
vapor d´ água 100 404,8
Água 0 1402,0
Água 15 1450,0
Água 20 1482,0
Água 25 1497,0
água do mar 0 1522,0
água do mar 25 1532,8
Benzeno 17 1166,0
Mercúrio 25 1450,0
Cobre 20 3560,0
alumínio 0 6420,0
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alumínio 20 5100,0
alumínio 25 5000,0
ferro 20 5130,0
ferro 25 5200,0
vidro 20 5000,0
vidro 25 4540,0
granito 20 6000,0
aço 0 5941,0
borracha .... 54,0
A densidade da água é quase mil vezes maior que a do ar. Se este fosse o
único fator relevante, poderíamos esperar, que a velocidade do som na água fosse
consideravelmente menor do que no ar, só que esta colocação não é verdadeira.
Podemos, então, concluir que o módulo de elasticidade volumar da água deve
ser mais de 1.000 vezes maior do que o do ar. Isto é verdade. A água é muito mais
incompressível do que o ar, o que é outra ∆V /V maneira de dizer que o seu módulo
de elasticidade volumar é muito maior. (RESNICK, 1996)
A ESCALA deciBEL
. .
. .
120 1012 = 1.000.000.000.000
LIMIAR DE AUDIBILIDADE
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PRODUÇÃO DO SOM
Uma lâmina de aço muito fina é fixada em uma base de apoio qualquer para
que ela possa. Quando deslocamos a lâmina, sua extremidade livre começa a
oscilar para a direita e para a esquerda.
Se a lâmina vibrar com rapidez, produzirá um som sibilante, mostrando que
os sons são produzidos pela matéria em vibração.
À medida que a lâmina oscila para a direita, ela realiza trabalho nas
moléculas do ar, comprimindo-as, transferindo a elas energia na direção da
compressão. Ao mesmo tempo, as moléculas do ar, situadas à esquerda, se
expandem e se tornam rarefeitas, o que retira energia delas.
Quando a lâmina se move no sentido inverso, ela transfere energia para as
moléculas do ar situadas à esquerda, enquanto as da direita perdem energia.
O efeito combinado de compressão e rarefação simultânea transfere energia
das moléculas do ar para a esquerda para a direita, ou da direita para a esquerda na
direção do movimento da lâmina, produzindo ondas longitudinais, nas quais as
moléculas do ar se movimentam para frente e para trás, recebendo energia das
moléculas mais próximas da fonte e transmitindo-a para as moléculas mais
afastadas dela, até chegarem ao ouvido.
No ouvido as ondas atingem uma membrana chamada tímpano. O tímpano
passa a vibrar com a mesma freqüência das ondas, transmitindo ao cérebro, por
impulsos elétricos, a sensação denominada som.
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FONTES SONORAS
Diapasão
Flauta
Violino
Voz (letra a)
Clarineta
As ondas sonoras são longitudinais, isto é, são produzidas por uma seqüência
de pulsos longitudinais.
As ondas sonoras podem se propagar com diversas freqüências, porém o
ouvido humano é sensibilizado somente quando elas chegam a ele com freqüência
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TRANSMISSÃO DO SOM
A maioria dos sons chega ao ouvido transmitido pelo ar, que age como meio
de transmissão. Nas pequenas altitudes, os sons são bem audíveis, o que não
ocorre em altitudes maiores onde o ar é menos denso.
O ar denso é melhor transmissor do som que o ar rarefeito, pois as moléculas
gasosas estão mais próximas e transmitem a energia cinética da onda de umas para
outras com maior facilidade.
Os sons não se transmitem no vácuo, por que exigem um meio material o
para sua propagação. De uma maneira geral, os sólidos transmitem o som melhor
que os líquidos, e estes melhor que os gases.
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QUALIDADES DO SOM
Se a energia emitida pela fonte é grande, isto é, se o som é muito forte, temos
uma sensação desagradável no ouvido, pois a quantidade de energia transmitida
exerce sobre o tímpano uma pressão muito forte. Quanto maior a vibração da fonte
maior a energia sonora, logo, quanto maior a amplitude da onda, maior a intensidade
do som.
Os sons muitos intensos são desagradáveis ao ouvido humano. Sons com
intensidades acima de 130 dB provocam uma sensação dolorosa e sons acima de
160 dB podem romper o tímpano e causar surdez.
De acordo com a freqüência, um som pode ser classificado em agudo ou
grave. Essa qualidade é chamada altura do som. Sons graves ou baixos têm
freqüência menor. Sons agudos ou altos têm freqüência maior.
A voz do homem tem freqüência que varia entre 100 Hz e 200 Hz e a da
mulher, entre 200 Hz e 400 Hz. Portanto, a voz do homem costuma ser grave, ou
grossa, enquanto a da mulher costuma ser aguda, ou fina.
De acordo com Bonjorno, 1996, página 415: “O som não pode se propagar no
vácuo. Por essa razão, a onda sonora é chamada onda material ou onda mecânica.
São também ondas mecânicas as ondas numa corda, na água e numa mola. Essas
ondas precisam de um meio material (sólido, líquido ou gás) para se propagar.”
discriminadas, porque diferem entre si por valores inferiores aos detectáveis pelo
aparelho auditivo. Aparece em um analisador espectral como um espectro largo,
quase contínuo em frequências.
Como exemplo temos: o ruído da chuva, o amassar do papel celofane, etc.
BARULHO: Reserva-se o nome de barulho, em geral, a todo som
indesejável. Difere- se do ruído por apresentar um espectro de frequências, passível
de ser analisado, o que permite os tratamentos acústicos adequados a cada caso.
Depressão
Perda de audição
Agressividade
Perda de atenção e concentração
Perda de memória
Dores de Cabeça
Aumento da pressão arterial
Cansaço
Gastrite e úlcera
Queda de rendimento escolar e no trabalho
Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)
Impotência sexual
Ouvir música pode reduzir dores crônicas em até 21% e depressão em até
25%. A conclusão é de um estudo feito nos Estados Unidos, publicado na nova
edição do periódico britânico Journal of Advanced Nursing.
A pesquisa foi feita com 60 pessoas de ambos os sexos e com entre 21 e 65
anos, todos portadores de dores crônicas não-malignas, estado caracterizado pela
presença de dores resistentes a intervenções tradicionais. Os pacientes sofriam de
problemas como dores nas costas, osteoartrite e artrite reumatóide, em média há
seis anos.
Os voluntários foram divididos em três grupos com 20 integrantes cada um,
dois deles submetidos à sessão de audição musical e um grupo controle que não
ouviu música no período de estudo.
As autoras da pesquisa, Sandra Siedliecki, da Fundação Clínica de
Cleveland, e Marion Good, da Universidade Case Western, verificaram que os
grupos que ouviram música uma hora por dia durante uma semana apresentaram
melhoria nos sintomas físicos e psicológicos em relação ao grupo controle.
“O primeiro grupo foi convidado a escolher o estilo musical preferido, que
variou de rock a baladas melodiosas e de pop a sons da natureza comumente
usados para promover sono ou relaxamento”, explica Sandra em comunicado da
68
PERDA DE AUDIÇÃO
160 -13,4 -3 0
200 -10,9 -2 0
1000 0 0 0
1250 0,6 0 0
1600 1 0 -0,1
exposição por dia pode ser considerado como limite para perda de audição.
O nível critério básico é válido para áreas residenciais com níveis entre 35
dB(A) e 45 dB(A) de ruído externo (na NBR 10151 é considerado apenas 45 dB(A)).
Este nível básico deve ser corrigido dependendo do horário e zoneamento, para
fornecer o nível critério Lr em dB(A).
A diferença entre o nível corrigido Lc e o nível critério Lr dá um indicativo da
reação da comunidade.
A avaliação de ruído em ambientes internos residenciais pode ser obtida
ainda com a correção de Lc dependendo da condição das janelas. No caso de ruído
em ambientes internos não residenciais, as curvas de avaliação NC (NR ou PNC)
podem ser usadas com o nível classificado NC.
Locais dB(A) NC
Hospitais
Serviços 45 - 55 40 - 50
Escolas
Bibliotecas 35 - 45 30 - 40
Circulação 45 - 55 40 - 50
Hoteis
Apartamentos 35 - 45 30 - 40
Residências
Dormitórios 35 - 45 30 - 40
Salas de estar 40 - 50 35 - 45
Auditórios
Escritórios
Salas de reunião 30 - 40 25 - 35
Salas de computadores 45 - 65 40 - 60
Salas de mecanografias 50 - 60 45 - 55
Locais esportivos
REFERÊNCIA