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Janeiro
Instituto de Química
Manual de Práticas
Química Orgânica
Experimental II
A equipe organizadora agradece a inestimável colaboração da Profa. Lucia Paiva, Diretora Adjunta
de Graduação do Instituto de Química da UFRJ, pelo grande incentivo à elaboração da primeira
versão desse Manual e disponibilização do modelo básico de editoração do Manual de Práticas do
Departamento de Bioquimica, assim como a todos os professores e funcionários que colaboraram
com esta edição.
Manual de Química Orgânica Experimental II • 8ª edição 3
ÍNDICE
__/__ 2 p-NO2-acetanilida
__/__ 3 p-NO2-anilina
__/__ 5 Corantes
LEMBRETES IMPORTANTES
2. Confira todo o material do armário que vai utilizar, avisando aos responsáveis a falta de qualquer
item, antes do início da atividade prática.
3. Cuidado ao manusear vidraria, pois em caso de quebra o aluno está passível de arcar com os custos
da mesma. Cuidado com choques térmicos provocados quando a vidraria quente é depositada sobre
a superfície fria da bancada. Tenha sempre a mão uma tela de amianto ou outro material isolante, para
depositar a vidraria quente.
4. Todo material utilizado deverá ser guardado limpo em seus respectivos armários. Para lavar a
vidraria, usar detergente, seguido de enxague com água corrente e rinsagem com álcool,quando
necessário. Lembre-se que outros alunos irão utilizar esse mesmo material após sua aula prática.
5. Não jogar sólidos nos ralos ou pias, tanto reagentes químicos como outros materiais, tais como
palitos de fósforo, capilares, pedaços de papel de filtro e pérolas de vidro. No caso de resíduos de
reagentes consultar o professor ou o técnico sobre os locais de descarte no laboratório.
6. Da mesma forma que o material, também a bancada deverá ser limpa após o término da aula. Use
seu perfex ou papel toalha para isso.
7. Ao utilizar vácuo, fique atento ao nível de líquido filtrado no kitassato para que não alcance a saída
lateral, porque poderá danificar a bomba de vácuo! Lembre-se de esvaziar o kitazato após usar o
sistema de vácuo, para que o próximo usuário o encontre vazio.
9. Quando manusear um reagente líquido, vertê-lo pelo lado oposto ao rótulo. Após a transferência,
fechá-lo com a tampa respectiva. No caso de um reagente sólido, usar sua espátula, previamente
limpa. Lembre-se de limpar novamente sua espátula após a transferência do reagente.
10. O produto obtido durante a aula deverá ser guardado na prateleira reservada para esse fim no
laboratório, rotulado com o nome do produto, nome do aluno, turma, nome do professor e data.
TÍTULO – Deve dar uma idéia clara e exata do que trata o trabalho. O título não é um texto, deve
ser portanto conciso e auto-explicativo.
ESQUEMA – Deve ser o esquema ilustrando a reação realizada
1. INTRODUÇÃO
Deve conter: Objetivo do trabalho, Importância do trabalho, Informações teóricas pertinentes ao
trabalho disponíveis na literatura.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Pode ser apresentado em itens, de acordo com o experimento realizado.
Materiais: é uma lista de todos os reagentes e vidrarias que foram utilizados para a execução do
experimento.
Métodos: é uma descrição detalhada com as informações necessárias para que este experimento possa
ser reproduzido exatamente da mesma maneira como foi realizado. Por exemplo, deve conter
quantidades de reagentes e tamanho da vidraria.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pode ser apresentado em itens, de acordo com o experimento realizado.
Deve conter os resultados e a discussão de cada experimento, de acordo com as informações teóricas
disponíveis na literatura. Cada experimento tem um objetivo específico, que visa obter informações
para que o objetivo geral seja atingido. A discussão é feita pensando sempre no objetivo do seu
trabalho. Deve conter um esquema de intermediários da reação, as respostas ao questionário e
o cálculo do rendimento.
4. CONCLUSÃO
Este item deve descrever de forma clara e objetiva as conclusões tiradas do trabalho. É uma resposta
direta às questões formuladas pelo seu objetivo.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lista dos livros, artigos publicados em revistas científicas ou outras fontes teóricas utilizadas na
realização do trabalho. Toda referência bibliográfica deve conter:
Se livro: nome dos autores, título do livro, editores, ano da publicação, edição, volume, páginas
consultadas.
Se artigo científico: nome dos autores (iniciais seguidas do último sobrenome por extenso), nome da
revista científica, ano (em negrito), volume (em itálico), número da página inicial.
Existem normas que especificam a maneira como as informações devem estar dispostas no item de
referências bibliográficas. Informe-se na sua biblioteca, para poder seguir corretamente uma das
normas vigentes.
[1] Acetanilida
Em becher de 250 mL, na capela, pesar 7,75 g de anilina. Adicionar 60 mL de água destilada
e agitar (1). Mantendo a agitação, adicionar 9,7 g de anidrido acético. Observar a formação da
acetanilida (2). Adicionar 50 mL de água destilada gelada, sob forte agitação (3). Resfriar a mistura
reacional em banho de gelo, filtrar o material precipitado em funil de Büchner e lavar o sólido com
água gelada (4).
TESTE DE SOLUBILIDADE
Em um tubo de ensaio colocar 2 gotas de anilina e 4 gotas de água, agitar, em seguida adicionar
4 gotas de solução aquosa a 20% (v/v) de HCl. Num outro tubo, colocar alguns cristais da acetanilida
obtida com 6 gotas da solução aquosa 20% de HCl (5). Observar e anotar o que ocorreu.
QUESTIONÁRIO
CÁLCULOS
Calcular o rendimento
[2] p-Nitro-acetanilida
QUESTIONÁRIO
CÁLCULOS
Calcular o rendimento.
[3] p-Nitro-anilina
Pôr em refluxo (1) em um balão de 125 mL utilizando placa de aquecimento (sem banho de
óleo) durante 30 minutos uma mistura de 3,75 g de p-nitro acetanilida com 20 mL de solução de
ácido sulfúrico 70% (p/p) (2). Após este tempo a mistura reacional, ainda quente, é vertida sobre 100
mL de água fria com gelo. A p-nitro-anilina é precipitada pela adição de leve excesso de solução
aquosa de NaOH 20% (p/v) (90mL), com agitação (3).Colocar a mistura em banho de gelo. Após o
resfriamento o produto é filtrado e lavado com pouca água gelada (4).
OBS: Fazer o cálculo do ácido 70% e do volume de hidróxido de sódio necessário para
completa neutralização dos ácidos.
REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO
Em um pequeno vidro de relógio separado, misturar cristais de p-nitro-anilina com 2 gotas de
solução de aldeído p-dimetilaminobenzóico dissolvido em ácido acético glacial. O aparecimento de
uma coloração vermelha intensa (base de Schiff) indica teste positivo para amina aromática primária
ou secundária. Repetir o ensaio com a p-nitro acetanilida preparada na aula anterior (5).
QUESTIONÁRIO
CÁLCULOS
Calcular o rendimento.
Em um balão seco de 125 mL, colocar 10,2 g de anilina e adicionar cuidadosamente 25,8 g de
ácido sulfúrico concentrado em pequenas porções, agitando durante a adição e mantendo fria a
mistura reacional por imersão ocasional do balão em cuba com água fria. Observar a precipitação de
sulfato ácido de anilina e liberação de vapores.
Aquecer a mistura em banho de óleo a 190-195ºC por 45 minutos, controlando rigorosamente
a temperatura, de forma a evitar a carbonização do reagente.
Após o término do aquecimento, resfriar até cerca de 50ºC, e verter cuidadosamente o
conteúdo do balão sobre 100 mL de água gelada com gelo, agitando vigorosamente durante a adição.
Deixar em repouso por 10 minutos. Filtrar o ácido sulfanílico que cristalizar em funil de Büchner,
lavando com pouca água e secando bem.
QUESTIONÁRIO
CÀLCULOS
Calcular o rendimento.
Alternativa:
[4.1] Ácido sulfanílico
empregando MO
QUESTIONÁRIO
CÀLCULOS
Calcular o rendimento.
Referências:
Em um frasco separado de 100 mL, colocar 1,75g de p-nitro anilina preparada, adicionar uma
mistura de 3,8 mL de água e 4,4 g de HCl concentrado (d=1,17). Resfriar a mistura até a temperatura
ambiente e adicionar 10 g de gelo picado, mergulhando o becher em banho de gelo com sal. Em
seguida, adicionar solução de 0,9 g de NaNO2 em 2 mL de água, lentamente e com agitação, mantendo
no banho de gelo e sal. Deixar em repouso por 10 minutos. Terminada a etapa de diazotação, manter
esta solução a baixa temperatura (0-5ºC) até a hora de sua utilização.
REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO
Em um tubo de ensaio contendo 1ml de solução alcoólica de KOH adicionar pequena porção
do corante. O aparecimento de uma coloração violeta intensa confirma a presença do produto.
[6] Sabão
Em um becher pequeno, preparar uma solução de 1,5 g de NaOH em 6,0 mL de água e 10,0
mL de etanol (1).
Em um balão de 250 mL, introduzir 3,0 g de gordura de coco, 5,5 g de ácido esteárico e
adicionar a solução de NaOH preparada acima. Adaptar ao balão um condensador e colocar o sistema
em refluxo por 20 minutos em banho-maria. Terminado o refluxo, não demorar a tirar a mistura do
aquecimento para não solidificar.
Mantendo a agitação, acrescentar a mistura 2,0 mL de glicerol, 5-7 gotas da essência escolhida
e gotas de corante até obter a cor desejada. Verter na forma ainda quente. O sabão fica com pH entre
7,5-8,0.
QUESTIONÁRIO
1) Qual a finalidade do uso de etanol como solvente nesta reação?
2) Cite as vantagens e desvantagens do uso de sabões de diferentes pH.
3) Quais reagentes podem ser adicionados a um sabão para dar transparência ?
4) Qual a finalidade do ácido esteárico ?
QUESTIONÁRIO
CÁLCULOS : Rendimento
* Para realizar o teste, colocar 2 gotas da solução de FeCl3 1% em um vidro de relógio Para ver a coloração positiva do
teste, realizar o ensaio do FeCl3 com o ácido de partida.
Em um balão de fundo redondo de 100 mL, adicionar 0,125 mol de álcool n-butílico (ou
isoamílico) e 0,25 mol de ácido acético glacial. Misturar bem e adicionar cautelosamente 5 gotas de
H2SO4 concentrado (1). Adaptar um Dean-Stark, encher a extremidade fechada do tubo com água
destilada até a marca azul e remover 2,5 mL com pipeta Pasteur (aproximadamente até a marca
vermelha), em seguida condensador de refluxo e aquecer à ebulição em banho de óleo até que a
interface água-óleo não se altere mais (aproximadamente 30 minutos).
Terminado o refluxo, derramar a mistura reacional sobre 100 mL de água gelada e transferir
toda a mistura para um funil de separação de 250 mL.
Desprezar a fase aquosa (camada inferior) (2) e lavar a fase orgânica com 50 mL de solução aquosa
saturada de NaHCO3 (3), desprezar a fase aquosa. Lavar com mais 25 mL de solução saturada de
NaCl.
Transferir o éster bruto para um erlenmeyer de 50 mL seco e adicionar cerca de 2 g de
Na2SO4 ou MgSO4 (4) anidro. Após algum tempo, filtrar o éster em papel de filtro pregueado ou
sobre algodão, recolhendo o filtrado e descartando o sólido. Medir o volume do filtrado em proveta
para medir o rendimento.
QUESTIONÁRIO
[9] Ftalimida
Misturar em gral 7,5 g de anidrido ftálico com 4 g de ureia. Transferir a mistura para balão de
fundo redondo de 125 mL, imerso em banho de óleo. Vedar frouxamente a boca do balão com rolha
de cortiça furada (1). Aquecer o banho de óleo a 150oC (2), dando início a reação (3).
Em seguida, elevar gradativamente a temperatura do banho até 190-200oC e manter esta
temperatura durante 45 minutos. Finalmente remover o banho de óleo, deixar esfriar e desagregar
com cuidado a massa sólida com bastão de vidro, juntando 50 mL de água.
Filtrar a ftalimida a vácuo em funil de Büchner, lavando o balão com água destilada gelada e
transferindo esta para o papel de filtro. Colocar o material obtido para secar ao ar.
QUESTIONÁRIO
[10] Fluoresceína
BIBLIOGRAFIA
Bastos, R.S., Cunha, A.S., Silva, L.C., Oliveira, C.C.P., Rezende, C.M., Pinto, A.C., Quimica Nova
2008, 31, 172.
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Publishing, 1997.
Geris, R., Santos, N.A.C., Amaral, B.A., Maia, I.S., Castro, V.D., Carvalho J.R.M. Química Nova
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Mano, E.B. Seabra, A.P. Práticas de Química Orgânica. Editora Edgard Blücher Ltda, 3a ed., 1987.
Madureira, A.M., Santana, A., Valente, V., Ferreira, M.J.U. Synthesis of Dibenzalacetone 2,4-
dinitrophenylhydrazone. In Comprehensive Organic Chemistry for the Laboratory, p272-276.
RSC, 2017. Informações suplementares disponíveis em <
https://www.rsc.org/suppdata/books/184973/9781849739634/bk9781849739634-
chapter%204.1.2.pdf>. Acesso em 12 Abr 2022.
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Vogel, A.I. Química Orgânica. Análise Orgânica Qualitativa. Editora Ao Livro Técnico S.A., 1982.