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A Territorialização Da Atenção Básica À Saúde Do Sistema Único
A Territorialização Da Atenção Básica À Saúde Do Sistema Único
30662018 4521
artigo article
de Saúde do Brasil
Os DS representavam, então, essa menor esca- ção-regionalização, passou a ser mais fortemente
la de planejamento do SUS onde os processos de debatido a partir da publicação das Normas Ope-
descentralização ganhariam concretude e as ações racionais de Assistência Social (NOAS 01 e NOAS
de saúde coletiva seriam efetivamente imple- 02)17,18. Compreendeu-se, naquele momento, que
mentadas. Todavia, a ideia esbarrava num vazio a municipalização, por si só, não é capaz, por ra-
de políticas programáticas para a atenção básica, zões políticas e organizacionais, de integrar o SUS
sobretudo os modos de financiamento e estrutu- e oferecer uma atenção universalizada e equitati-
ração do modelo assistencial a ser adotado pelo va. Ao contrário, segundo Santos e Campos21, a
país. Em outras palavras, era necessário definir municipalização acabou fortalecendo ações de
as ações para a atenção básica e torná-las opera- caráter clientelistas e privatistas e acentuou a
cionalizáveis nesse espaço político-institucional. ineficiência do Estado brasileiro em romper com
É esse o contexto político da criação do “Progra- os processos de centralização e o fracionamento
ma Agentes Comunitários da Saúde” (PACS), em municipal. Por isso, a regionalização, embora já
1991, e “Programa Saúde da Família” (PSF), em prevista constitucionalmente, passou agora a ser
1994, no sentido de se resolver o vazio programá- o caminho para aglutinar um SUS autarquizado
tico da municipalização-distritalização. e fragmentado em milhares de municípios assi-
A consolidação dessa política de municipali- métricos. Eis, pois, o desafio da territorialização e
zação da saúde no Brasil vai ocorrer com a NOB- do debate do planejamento territorial.
9616. Ali as responsabilidades federativas foram Com as NOAS 01 e 02 produziu-se, então,
mais bem delineadas. No caso do município, por um debate mais vigoroso para a conformação
exemplo, foi um avanço a plena responsabilização de uma nova realidade territorial de gestão do
pela atenção básica, não importando o modelo SUS, necessária para a integralidade das ações e
de gestão, se plena da atenção básica ou plena do serviços hierarquicamente. Essa nova realidade
sistema municipal. Essa responsabilização é ainda passou a ser consorciada através do Plano Dire-
acompanhada pela sistematização do financia- tor de Regionalização (PDR) e colocou o estado
mento, através da criação do Piso da Atenção Bá- como ente coordenador e regular de um processo
sica (PAB fixo e variável) e o incentivo à expansão de negociação compartilhada de ações e serviços
do PSF. entre municípios. Todavia, embora as NOAS te-
Com a NOB-96 o PSF vai ganhar vida longa, nham encaminhado soluções importantes, ainda
mais que a inicialmente prevista na sua forma não estava bem delineado, política e administra-
programática. Por isso, um ano depois, através tivamente, como processar tudo isso. Na verdade,
da Portaria nº 1.88620, passou a ser compreen- as NOAS definem bem as diretrizes da regionali-
dido como uma possibilidade estratégica para o zação, mas não os instrumentos técnicos e opera-
reordenamento do modelo assistencial e para a cionais. E isso acabou dificultando para superar
própria consolidação do SUS no Brasil. Não por a fragmentação produzida na autarquização mu-
acaso, essa mesma Portaria refere como primeira nicipal do SUS.
diretriz organizativa do PSF o seu caráter substi- Compreendeu-se, então, que os sistemas re-
tutivo em relação às práticas tradicionais das uni- gionais de saúde, tal como proposto nas NOAS,
dades básicas de saúde. A segunda diretriz é a ter- só poderiam ser implementados mediante pro-
ritorialização. Mencione-se que esse é o primeiro cessos de pactuação federativa. Era necessário
documento normativo do SUS a fazer menção à um sistema de gestão compartilhada dessas regi-
territorialização dos serviços. ões, sob o risco do fracasso do próprio projeto
Com a expansão do PSF, a distritalização dos de descentralização e regionalização do SUS. Era
serviços foi perdendo importância no debate ter- também necessário definir melhor o próprio sis-
ritorial do SUS no município. Isso aconteceu de tema municipal, de maneira especial no que refe-
maneira bastante evidenciada nos municípios de re aos princípios da atenção básica e sua orienta-
pequeno e médio porte, pois a gestão territorial ção assistencial. Portanto, apresentavam-se, entre
dos serviços, dada a dimensão do município, pas- outros, três grandes desafios do planejamento
sou a ser viabilizada apenas com a definição das territorial do SUS ainda no início de século, quais
áreas de abrangência das unidades de saúde da sejam: a sistematização da atenção básica no mu-
família, de tal forma que a territorialização, antes nicípio, a regionalização e a integração e unifica-
debatida em relação aos DS, passou a ser agora ção dos sistemas municipal e regional. Esse é o
feita em relação ao PSF. contexto da apresentação de uma série de regu-
O segundo movimento do planejamento ter- lamentações produzidas a partir do “Pacto pela
ritorial do SUS, assim designado municipaliza- Vida, em Defesa do SUS e da Gestão”19.
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que as repostas estejam relacionadas tanto com delo indutivo é o artifício utilizado, por exemplo,
a dimensão da política de Estado para o sistema na expansão da ESF, que é uma forma de criar
público de saúde no Brasil, quanto com o orde- demandas através de incentivos dados pelo Mi-
namento ou planejamento interno ao SUS. nistério da Saúde. Não há planejamento sistêmi-
O financiamento, por exemplo, que é uma co nesse modelo, pois cabe unicamente ao mu-
dimensão da política de Estado, representa um nicípio a decisão de aderir ou não ao programa.
dos principais entraves ao projeto universalista Todavia, para além da desresponsabilizarão fe-
do SUS. O fato é que ainda não foi encontrada deral com o planejamento da ABS, esse processo
uma solução financeira a esse projeto. De acor- foi ainda acompanhado pela progressiva erosão
do com Barros e Piola30, o Brasil é o único país da capacidade indutiva de reorientação assisten-
do mundo que dispõe de um sistema de saúde cial. Por conseguinte, foi ficando cada vez mais
universal em que o gasto público é menor que o oneroso para os cofres municipais a manutenção
privado. Em 2014, por exemplo, o SUS consumiu dos serviços de ABS, processo que foi ainda in-
3,9% do PIB brasileiro. Nos países da OCDE com tensificado pela falta de reajuste dos repasses fe-
sistemas de saúde semelhantes, como Espanha, derais às ESF. Isso levou, como era de esperar, ao
Alemanha, França, por exemplo, esse valor foi de estrangulamento financeiro dos municípios e de
cerca de 8%31. sua capacidade de reorientar a ABS sob um único
O subfinanciamento é um problema crônico modelo assistencial.
do SUS que já era grave até o Pacto pela Saúde, Em relação ao ordenamento interno ao SUS,
ampliou-se, a partir de 2007, com o fim da Con- no que respeita às decisões estruturais relaciona-
tribuição Provisória sobre Movimentação Finan- das ao financiamento, o problema se agrava por
ceira (CPMF), pois os fundos não foram repos- decisões políticas e assistenciais equivocadas que
tos; e parece caminhar para o desvanecimento jogam contra o modelo estratégico que se quer
com o regime fiscal que define o congelamento adotar. É o que ocorre na distribuição dos recur-
dos gastos por vinte anos32. O problema se inten- sos entre os níveis de atenção à saúde do SUS. O
sifica porque o regime de congelamento é feito estudo de Mendes e Marques36 mostra, por exem-
sob uma realidade já extremamente precarizada plo, que entre 2001 e 2011, houve redução da
de contenção de gastos e de regulamentações que participação relativa do bloco de financiamento
levam à desconstrução do SUS. federal para a ABS (de 32% para 23%) em com-
Outro problema que incide diretamente na paração à atenção de média e alta complexidade
capacidade de ofertar serviços territorialmen- (de 57% para 67%). E isso é um problema, pois
te acessíveis é o estrangulamento financeiro dos não há convergência do modelo assistencial sem
municípios. A descentralização não foi acompa- uma convergência financeira condizente. Por-
nhada, na mesma velocidade, da transferência de tanto, a proposta da territorialização da ABS e
recursos pelo governo federal. Esse problema se de mudança no modelo assistencial disposto na
intensificou após a Ementa Constitucional (EC) PNAB não foi capaz de alterar essa priorização
nº 2933, que aglutinou as normativas anteriores dos recursos aos níveis hierárquicos superiores
e regulou o montante mínimo a ser aplicado no do sistema de atenção. Ou seja, estamos a finan-
SUS pelos três entes federativos31. Para se ter uma ciar uma estrutura estranha à proposta política
ideia, entre 2000 e 2011, a participação relativa contida no instrumento normativo do próprio
da União nos custos com o SUS caiu 26,6%, en- SUS.
quanto os municípios aumentaram sua partici- Como os instrumentos normativos estavam a
pação em 36,4%30. A EC-29 só foi regulamentada pressionar a efetivação política, era necessário ou
em 2012, através da Lei Complementar (LC) nº dar consequência aos instrumentos ou reformulá
14134, que foi uma normativa bastante aguarda- -los. Depois da publicação da PNAB em 2006, vá-
da na esperança de que resolvesse o subfinan- rias ações foram tomadas ora no sentido da con-
ciamento do SUS. Mas ela não alterou a partici- vergência ao modelo, ora de desconstrução. De
pação federal no financiamento público para a maneira geral, os instrumentos normativos e a
saúde e as regulamentações posteriores fizeram prática política corroboraram para efetivar a ESF.
ainda agravar o problema. É o caso do Programa Nacional de Melhoria do
Todos esses instrumentos normativos, que Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMA-
são políticos e refletem uma visão política da Q-AB)37, que se colocou como um instrumento
saúde, levaram ao que Campos e Pereira-Junior35 indutor da ampliação do acesso e melhoria da
chamam de esgotamento do modelo indutivo de qualidade da atenção básica, além de alterar os
constituição das redes de ABS no Brasil. O mo- modos de financiamento38.
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vulneráveis. Portanto, uma eSF pode manter um que é quarenta horas, pode inviabilizar ações de
único ACS e ela estará atendendo a legislação. prevenção e promoção da saúde no território.
Além disso, raramente o município vai desenvol- Portanto, sem a busca ativa que é feita pelo ACS
ver uma classificação das vulnerabilidades do seu e sem condições de desenvolver ações territoria-
território que exija dele uma cobertura total de lizadas, a eAB não muda o modelo de atenção.
ACS em algumas áreas, e isso não apenas por falta Em suma, tal como expresso no texto da Por-
de vontade política, mas pelo fato de que se trata taria nº 2.3465, serão reconhecidas outras estraté-
de algo relativo e difícil de ser disposto em lei. gias de atenção básica. Então, não se trata de rea-
Essa desobrigação é um golpe para a reorien- linhar ou de reorientar o modelo de atenção, mas
tação do modelo assistencial que vinha sendo de acomodar uma situação que definitivamente
pretendido e acentua ainda mais a proposta de não rompe com uma visão médico-assistencial
uma ABS seletiva. De fato, fica claro que os ser- na ABS e, ao mesmo tempo, fortalece os dispositi-
viços dos ACS serão destinados, principalmente, vos privados de oferta de saúde para a população.
aos pobres. E isso é reduzir o potencial desse ser- Não há alteração, por exemplo, nos dispositivos
viço para a ABS como um todo, sobretudo em re- de financiamento, mantém-se uma sobrecarga de
lação a coordenação dos fluxos e a continuidade responsabilidades do município (na verdade, elas
da atenção. A territorialização, por exemplo, só aumentaram), e como solução, será permito toda
pode ser viabilizada pela busca ativa, que é algo sorte de arranjos a partir de uma equipe mínima.
quase sempre feito pelo ACS e sem a qual se torna Portanto, atribui-se aos municípios toda sorte de
bem mais difícil a identificação e a consequente obrigações num cenário inviável e que os incen-
intervenção nos determinantes sociais de saúde. tiva a redesenhar o próprio modelo assistencial
Então, é curioso que a nova PNAB coloque a ter- sob novas bases.
ritorialização como uma de suas diretrizes (que é
algo novo, não presente nas edições anteriores) e,
ao mesmo tempo, a inviabiliza. A territorializa- Considerações finais
ção é uma atribuição comum a todos os profis-
sionais da ABS, assim está posto na PNAB. Mas a A territorialização é uma política fundamental
verdade é que o profissional que mais entra nesse para dar consequência aos princípios do SUS no
território e o reconhece é o ACS. E isso é absolu- Brasil. Todavia, convivemos ainda hoje com mo-
tamente contraditório na nova PNAB. delos de atenção desterritorializados e fragmen-
A política de desconstrução do ACS ficou tados em ações descontínuas, casuísticas e pouco
definitivamente clara na recente publicação da resolutivas. A convergência assistencial, no sen-
Portaria nº 8347, que pretende ofertar formação tido de criar redes de atenção territorializadas a
técnica em enfermagem a todos os ACS. Então, partir da ABS, é uma proposta constitucional que
a defesa da formação profissional, que era uma foi sistematizada em diversos documentos ainda
bandeira para o fortalecimento das ações de vigi- na década de 1990. Mas o Brasil demorou muito
lância à saúde territorializada, foi simplesmente para unificar seu modelo de atenção. Demorou
transformada numa política de conversão profis- também para pensar os sistemas locais em relação
sional. Consequentemente, nesse contexto, o ACS aos sistemas regionais e de constituir mecanismos
deixa de existir para se tornar outro. coerentes de modelagem das redes e da própria re-
O segundo encaminhamento que rompe com gionalização do SUS. Isso levou à sobreposição de
a unificação do modelo de ABS é reconhecimen- modelos, o estrangulamento financeiro dos muni-
to de uma nova forma de trabalho em equipe, a cípios e a precarização da ABS e do próprio SUS.
chamada equipe da Atenção Básica (eAB). Ou- Diversos instrumentos criados nesse início de
tras modalidades de equipes já estavam previs- século foram importantes para se produzir um
tas na legislação anterior, mas a eAB representa discurso unificador da ABS. A PNAB foi, certa-
claramente uma mudança do modelo assisten- mente, um dos maiores avanços. Depois dela, foi
cial. Na verdade, a eAB é um rearranjo criado importante a implementação do sistema de ava-
para manter o desarranjo das UBS tradicionais, liação através do PMAQ e a regulação da forma-
apenas que com uma nova roupa. A composição ção médica pelo PMM. Ficou mais claro também
mínima, que é a quase sempre adotada, é repre- o papel da ABS nas redes e na própria pactuação
sentada basicamente por médicos, enfermeiros e regional. Mas não se resolveu o problema finan-
técnicos. Não é obrigatório, por exemplo, a pre- ceiro para viabilizar um sistema de atenção ter-
sença do ACS. A carga horária mínima de dez ritorializado. Então, as normativas passaram a
horas por categoria profissional, diferente da eSF, orientar o modelo, mas a ideologia financeira era
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