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Brasil

Com peso de transportes, inflação avança mais


no Sul
Diferentes ritmos da atividade regional também impactam os índices de preço

Por Anaïs Fernandes e Marta Watanabe — De São Paulo


30/09/2021 05h01 · Atualizado há 6 horas

Com evolução mais forte da atividade e peso grande de transportes no IPCA, os


preços avançam mais rápido no Sul do que em outras regiões do país, aponta o
Monitor Regional do Itaú Unibanco. Na variação anual, a alta em agosto é de 11,2%,
contra 10% no Norte, 9,9% no Centro-Oeste, 9,7% no Nordeste e 9,1% no Sudeste.

“Olhando para o Sul, em Curitiba, por exemplo, mais de 25% da cesta é relacionada a
itens de transporte, que teve alta forte por causa do aumento dos combustíveis. Já
no Norte e Nordeste, muitos itens são ligados a alimentação e também subiram com
repasses dos preços de commodities”, explica Igor Barreto, economista do Itaú.

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O IBGE disponibiliza a inflação apenas para certas capitais e/ou regiões


metropolitanas, de modo que o índice regional cheio é calculado pelo Itaú a partir
das ponderações das regiões no IPCA.

Ainda que a tendência de inflação ao longo do tempo seja similar entre as regiões, já
que a política monetária é comum a todo o país, há espaços para heterogeneidades
no curto prazo. A região Sudeste, por exemplo, por ter forte peso do setor
manufatureiro e menor do agropecuário, produz bens cujos preços parecem mais
relacionados à dinâmica de juros, aponta o Itaú.

Os diferentes ritmos da atividade regional também impactam os índices de preço.


Em geral, regiões com evolução mais forte nos últimos 12 meses são aquelas que
mostram um reajuste mais alto no mesmo período, aponta o monitor, citando o Sul
e o Norte. “A indústria pode estar sofrendo um pouco no Sul, mas o varejo vem forte,
então, encontra espaço para repasse de preços”, diz Barreto.

A exceção para essa correlação entre atividade aquecida e mais inflação parece ser o
Centro-Oeste, o que pode ser explicado pelas quebras de safra nos últimos meses e
pelo peso do setor agropecuário no PIB da região, o que, no fim, acaba gerando uma
relação maior com o cenário global do que com o doméstico, observa Barreto. “A
atividade do Centro-Oeste está um pouco abaixo das outras regiões, mas a inflação
está pressionada.”

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Pedro Renault, também economista do Itaú, pondera que, às vezes, o crescimento


corrente é mais fraco porque a queda lá atrás foi menor. No caso do Centro-Oeste, a
“renda da terra” (a “margem” do produtor) pressiona a inflação via compra de
veículos, imóveis. “Por mais que, talvez, na taxa de crescimento mês contra mês você
não veja esse dinamismo, como ela já está num nível mais elevado, gera essa
dinâmica de preços que pode ser mais forte.”

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