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LIVRO
1
3 BIOLOGIA
CIÊNCIAS DA Índice
NATUREZA E SUAS Genética
TECNOLOGIAS 1 – A Teoria Cromossômica da Herança . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 – Engenharia Genética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
CLÉZIO MORANDINI e
LUIZ CARLOS BELLINELLO Biologia Vegetal e Ecologia
Coordenadores e Professores
do Curso e Colégio Objetivo 1 – Reino Fungi e Liquens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
CONSTANTINO CARNELOS 2 – Regulação Hormonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Professor do Curso e Colégio Objetivo
3 – Os Tecidos Vegetais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
4 – Os Conceitos Ecológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5 – As Cadeias Alimentares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
6 – O Fluxo de Energia nos Seres Vivos . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
7 – Ciclos Biogeoquímicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
8 – As Relações entre os Seres Vivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
9 – Estudo das Populações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
10 – Sucessão Ecológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
11 – Biociclos Aquáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
12 – Solo, Agricultura e Meio Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . 139
13 – A Poluição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
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Biologia Animal
1 – Os Poríferos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
2 – Os Celenterados ou Cnidários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
3 – Os Platielmintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
4 – Os Nematelmintos (Nematoides) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
5 – Os Anelídeos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
6 – Os Moluscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
7 – Artrópodes (Classe dos Crustáceos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
8 – Artrópodes (Classe dos Insetos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
9 – Artrópodes (Classes: Aracnídeos, Quilópodes e Diplópodes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
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CAPÍTULO
Genética
15 A TEORIA CROMOSSÔMICA
DA HERANÇA
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3. Determinação do sexo
pela cromatina sexual
(corpúsculo de Barr)
A identificação do sexo por meio do exame de
Fig. 2 – O tipo XO. cromossomos sexuais só é possível nas células em divi-
são. Todavia, mesmo em células em interfase, nas quais
não se distinguem os cromossomos, podemos determinar
e identificar o sexo.
No sistema ZW, os cromossomos sexuais são inver- Com efeito, as mulheres normais apresentam, em al-
tidos: o macho apresenta dois cromossomos sexuais ta proporção, nos núcleos das células interfásicas, um
iguais, ZZ, enquanto a fêmea apresenta dois diferentes, grânulo de cromatina aposto à membrana nuclear. Tal
um Z e outro W. Tal sistema aparece em lepidópteros grânulo, que identifica o sexo feminino, é denominado
(borboletas, mariposas), peixes e aves. cromatina sexual ou corpúsculo de Barr, assim chamado
No sistema ZW, a determinação segue o esquema em homenagem a seu descobridor, Murray Barr.
apresentado na figura 3. Facilmente reconhecemos a cromatina sexual
(corpúsculo de Barr) (Fig. 5) em esfregaços da mucosa
bucal, em células de sedimentos urinários, células
nervosas, células musculares lisas e de outros tecidos.
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Genótipos Fenótipos
XBXB
olho vermelho
XBXb
XbXb olho branco
XBY olho vermelho
XbY olho branco
Fig. 7 – Haplodiploidismo em abelhas.
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Como têm dois cromossomos X, as fêmeas podem dora, o que é pouco provável, de modo que a frequência
ser tanto homozigotas (XBXB) quanto heterozigotas do daltonismo na mulher é menor.
(XBXb) para um gene ligado ao sexo. Na figura 10, aparece um teste para a identificação
Como possui apenas um desses, o macho é conhe- do daltonismo. Um indivíduo normal lerá a palavra
cido como hemizigoto. onion, que em inglês significa cebola. O daltônico, ao
A figura 9 esquematiza o cruzamento clássico: confundir vermelho com verde, lerá color, do inglês cor.
Uma pessoa incapaz de distinguir cores não consegue ler
Alelos: W+ (vermelho) e W (branco) qualquer palavra.
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O heredograma a seguir mostra a ocorrência de he- é recessivo. Todo indivíduo CC será calvo, qualquer que
mofilia entre os descendentes da rainha Vitória: seja o sexo, enquanto o indivíduo Cc será calvo somente
se for do sexo masculino.
Dessa maneira, podemos estabelecer os seguintes
genótipos e fenótipos:
Fenótipos
Genótipos
Homem Mulher
CC calvo calva
cc normal normal
Cc calvo normal
9. A segregação independente
A distrofia muscular de Duchenne é um grave distúr- Os genes não alelos, situados em cromossomos dife-
bio em que o indivíduo afetado, embora aparentemente rentes, distribuem-se nos gametas segundo todas as com-
normal no início da infância, exibe uma progressiva atro- binações possíveis. Assim, um di-híbrido (AaBb) pode
fia dos músculos, resultando em paralisia aos 12 anos de formar, em idênticas proporções, quatro tipos de
idade e morte na juventude. Trata-se de um gene recessi- gametas: AB, Ab, aB e ab, segundo o esquema da Fig. 11.
vo, situado no cromossomo X.
7. Herança holândrica
ou restrita ao sexo
Os chamados genes holândricos são exclusivos do
cromossomo Y. Tais genes só ocorrem nos indivíduos de
sexo masculino e passam de geração a geração, sempre
pela linhagem masculina. Atuando em dose simples, os
genes holândricos nunca apresentam relação de domi-
nância ou de recessividade.
A hipertricose, presença de longos pelos nas orelhas,
já foi considerada um exemplo clássico. A existência de
homens com hipertricose que tiveram filhos sem pelos
acabou invalidando o exemplo. No cromossomo Y, aparece
o gene SRY (Sex-Determining Region Y), responsável
pela masculinidade. Também é conhecido como gene
determinante do testículo ou TDF (Testis-Determining
Fig. 11 – A segregação independente.
Factor). A presença ou a ausência desse gene determina
o desenvolvimento das primitivas gônadas fetais em
Assim, temos:
testículos ou ovários.
8. Herança
influenciada pelo sexo
É aquela em que os genes se comportam como domi-
nantes em um sexo e recessivos no outro. Tais genes não
se localizam nos heterocromossomos, mas sim nos autos-
somos.
O caso típico é o gene da calvície: no homem, o gene
C condicionador da calvície é dominante; nas mulheres,
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Exemplo:
10. Ligação fatorial (linkage)
Quando dois ou mais genes estão localizados no
mesmo cromossomo, diz-se que estão ligados.
Os genes ligados (ligação fatorial) não sofrem segre-
gação independente e permanecem juntos durante a for-
mação dos gametas.
Um di-híbrido com ligação fatorial será representado
11. Recombinação ou
por AB/ab. Os genes à esquerda do travessão ( / ) estão permutação (crossing over)
em um cromossomo, e aqueles à direita estão no cromos- Durante a meiose, os cromossomos duplicados for-
somo homólogo. Tal híbrido formará 2 tipos de gametas: mam pares (sinapse) e entre eles pode ocorrer a chamada
AB e ab (Fig. 12). permutação ou crossing over.
Tal fenômeno consiste na troca de segmentos entre
duas cromátides homólogas. O processo envolve somen-
te dois dos quatro fios e ocorre em qualquer ponto dos
cromossomos (Fig. 13).
Assim, temos:
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A tabela a seguir mostra, de acordo com a geração, a Convencionou-se que a frequência de permuta entre
posição dos genes no cromossomo. dois genes é igual à distância que os separa no cromossomo.
Assim, por exemplo, se a porcentagem (frequência)
de permuta entre dois genes for de 10%, eles distarão de
10 unidades no mapa genético. A citada unidade foi cha-
mada de morganídeo, em homenagem a Morgan, princi-
pal responsável por tais conceitos.
Exemplo prático:
Genes Frequência de Permuta
AeB 16%
BeC 8%
AeD 10%
DeC 14%
BeD 6%
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1. (MODELO ENEM) – De acordo com o princípio de Hardy-Weinberg, 2. (MODELO ENEM) – Fazendo-se cruzamentos sucessivos entre
quando uma população se encontra em equilíbrio genético, as vários genes ligados, consegue-se determinar a distância entre os
frequências gênicas e genotípicas ocorrem de acordo com a tabela genes de um cromossomo e a posição relativa destes genes ao
abaixo. longo do cromossomo, com suas respectivas distâncias, isto é, o
mapa cromossômico ou genético. Pela frequência de recombinação
Frequência Gênicas Frequências Genotípicas
entre os genes, pode-se determinar a distância entre eles,
Genes Frequências Genótipos Frequências localizá-Ios e construir o mapa genético.
Os genes A, D, R, S e T estão ligados. A tabela abaixo mostra
A p AA p2 algumas frequências de permutação que acontecem entre eles.
a q aa q2 Genes Frequência
De acordo com o princípio de Hardy-Weinberg, teoricamente, a Qual é a sequência desses genes no cromossomo?
quantidade de indivíduos heterozigotos (Aa) deverá ser igual a a) ASRDT. b) ARSDT. c) RDSTA.
a) 270. b) 580. c) 980. d) 1 260. e) 1 890.
d) SATRD. e) DARST.
Resolução
Total de fenótipos = 2 730 + 270 = 3 000 Resolução
Frequência de aa = 270/3 000 = 0,09
Frequência de a =
0,09 = 0,3
Frequência de A = 1 – 0,3 = 0,7
Frequência de Aa = 2 . 0,7 . 0,3 = 0,42 = 42%
42% de 3 000 = 1 260
Resposta: D
Resposta: B
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3. (PUC-SP) – O cão doméstico apresenta 39 cromossomos em 7. (UNESP) – A cromatina sexual aparece, à microscopia óptica,
seus gametas normais. Sabendo que essa espécie tem deter- como uma massa densa, colada ao envoltório nuclear de células
minação do sexo idêntica à da espécie humana, responda: em interfase. Nos esquemas a seguir estão diagramados padrões
a) Quantos autossomos devem ser encontrados em um de cromatina sexual (1, 2, 3) e de cariótipos (4, 5 e 6).
neurônio de um cão normal?
b) Quantos cromossomos sexuais devem ser encontrados em
um óvulo de uma cadela normal?
c) Quantas cromátides devem ser encontradas em uma
metáfase de uma cadela embrionária normal dessa espécie?
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c) A probabilidade de o genitor masculino produzir gametas do 13. A distrofia muscular de Duchenne é uma doença em que há
tipo Y é maior que a do tipo X. degeneração gradual das fibras musculares estriadas,
d) O embrião XX desenvolverá testículos e o embrião XY ocasionando grave paralisia dos músculos de uma pessoa.
desenvolverá ovários. Habitualmente, há lesão do miocárdio, e a morte ocorre por
insuficiência cardíaca. Dificilmente uma pessoa sobrevive além
e) O sexo genético é determinado pelo número de
dos 20 ou 25 anos. Considere alguns casos dessa doença em
cromossomos X presentes no embrião.
uma família, como ilustra a genealogia.
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16. (UECE) – Sabendo-se que o padrão listrado nas penas de 20. (FUVEST) – Na revista Nature, em 11 de agosto de 2005, foi
galináceos é dominante e ligado ao sexo, a proporção fenotípica publicada uma carta em que os autores sugeriram que as histórias
obtida num cruzamento entre um macho listrado heterozigoto e do jovem “bruxo” Harry Potter, escritas por J. K. Rowling, pode-
uma fêmea listrada é de riam ser úteis no ensino da hereditariedade.
a) 100% listrado, independentemente do sexo. Nessas histórias, os indivíduos podem ser “bruxos” ou “trouxas”.
b) 50% de machos, todos listrados, e 50% de fêmeas, sendo a I. Harry Potter é filho único de um casal de “bruxos”.
metade listrada e a metade não listrada. II. O amigo de Potter, Ron Weasley, é “bruxo” e tem pai e mãe
c) 50% de machos, sendo metade listrada e metade não listrada, “bruxos”. Os irmãos de Ron, Fred e George, e sua irmã Gina
e 50% de fêmeas, sendo metade listrada e metade não listrada. também são “bruxos”.
d) 50% de machos, sendo metade listrada e metade não listrada, III. A jovem “bruxa” Hermione nasceu do casamento entre uma
e 50% de fêmeas, todas listradas. “trouxa” e um “trouxa”.
IV. O “bruxo” Draco Malfoy, inimigo de Potter, tem pai e mãe
17. (FUVEST) – No heredograma abaixo, ocorrem dois meninos hemo- “bruxos”.
fílicos. A hemofilia tem herança recessiva ligada ao cromossomo X.
Com base nessas informações, responda:
a) Supondo que ser “bruxo” ou “trouxa” é um caráter hereditário
monogênico, qual(quais) das famílias permite(m) concluir que
o gene que determina tal característica não se localiza no
cromossomo X? Justifique.
b) O “bruxo” Draco Malfoy despreza pessoas como Hermione, que
têm pais “trouxas”, pois se considera um “bruxo” de sangue pu-
ro. Se vierem a se casar com “bruxos”, quem tem maior proba-
bilidade de ter crianças “bruxas”, Draco ou Hermione? Por quê?
Localização nos
Genótipos Gametas
cromossomos
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24. (UFRGS) – O esquema abaixo refere-se a uma célula diploide 28. (FUVEST) – Do cruzamento entre duas variedades de plantas da
que, durante a meiose, sofrerá permutação entre os genes A e B. mesma espécie, resultaram os seguintes indivíduos:
315 com flores brancas e frutos esféricos;
108 com flores brancas e frutos alongados;
101 com flores vermelhas e frutos esféricos; e
33 com flores vermelhas e frutos alongados.
Esses resultados indicam que as características cor da flor e
forma do fruto são determinadas por
a) genes que se situam em um mesmo cromossomo e sofrem
crossing over.
b) genes que se situam em um mesmo cromossomo e não se
segregam na meiose.
c) dois pares de genes que se segregam independentemente.
d) dois pares de genes que interagem, somando seus efeitos.
Assinale a alternativa que apresenta todos os tipos de gametas e) um par de genes alelos, entre os quais não há dominância.
normais que podem ser formados por essa célula.
a) AbCe; abCe; aBCe; ABCe. 29. (VUNESP) – Uma planta di-híbrida, que produzia flores púrpuras e
b) AbC; e; aBC; e. grãos de pólen longos, foi cruzada com uma planta recessiva, que
c) AbCe; ABCe. produzia flores vermelhas e grãos de pólen esféricos. Os resultados
d) AbCe; aBCe. obtidos foram de 145 plantas que produziram flores púrpuras e
e) AabCe; AaBCe; AbCe; aBCe. grãos de pólen longos, 65 plantas que produziram flores púrpuras e
grãos de pólen esféricos, 55 plantas que produziram flores verme-
25. (PUC-SP) – O cruzamento entre um heterozigoto AaBb e um lhas e grãos de pólen longos, e 135 plantas que produziram flores
homozigoto recessivo aabb produziu uma descendência com as vermelhas e grãos de pólen esféricos. A partir desse resultado,
seguintes taxas: pode-se concluir que os alelos da planta di-híbrida estão na posição
AaBb – 2,5% a) CIS, e a taxa de permutação é de 30%.
Aabb – 47,5% b) CIS, e a taxa de permutação é de 40%.
aaBb – 47,5% c) TRANS, e a taxa de permutação é de 70%.
aabb – 2,5% d) TRANS, e a taxa de permutação é de 15%.
e) TRANS, e a taxa de permutação é de 30%.
Em relação ao resultado obtido, foram feitas cinco afirmações.
Assinale a única incorreta. 30. (FUVEST) – Drosophila melanogaster, com corpo marrom e asas
a) O resultado não está de acordo com a segunda lei de Mendel. normais (BbVgvg), foram cruzadas com Drosophila melanogaster,
b) No caso de herança mendeliana, o resultado esperado seria de com corpo preto e asas vestigiais (bbvgvg). Os resultados esperados,
25% para cada classe de descendente. segundo as Leis de Mendel, eram BbVgvg (575); bbvgvg (575);
c) Os genes em questão localizam-se no mesmo cromossomo, a Bbvgvg (575); bbVgvg (575); entretanto, os genótipos observados
uma distância de 5 unidades de recombinação. foram: BbVgvg (965); bbvgvg (944); Bbvgvg (206); bbVgvg (185). Que
d) O heterozigoto utilizado no cruzamento produz gametas Ab e conclusão é possível tirar do experimento?
aB por permutação ou crossing over. a) O gene da cor do corpo e o gene da cor da asa em Drosophila
e) O heterozigoto utilizado no cruzamento apresenta constituição melanogaster estão em cromossomos diferentes e se
TRANS. segregam independentemente.
b) Os genes para a cor do corpo e para o tamanho da asa em
26. (UNAERP) – Em Drosophila, as asas enroladas (curled) e a Drosophila melanogaster estão ligados no mesmo cromos-
ausência de cerdas (spineless) são caracteres recessivos por somo e não se segregam independentemente.
genes localizados no mesmo cromossomo autossômico. c) Os genes para a cor do corpo e para o tamanho da asa em
Cruzando-se um duplo-heterozigoto com um duplo-recessivo, Drosophila melanogaster estão ligados no mesmo cromos-
Cs cs somo e se segregam independentemente.
(CcSs x ccss ou —– x —–), obtiveram-se:
cs cs d) O gene da cor do corpo e o gene da cor da asa em Drosophila
517 moscas do tipo selvagem, melanogaster estão em cromossomos diferentes e não se
438 moscas curled e spineless, segregam independentemente.
23 moscas apenas curled e e) Os genes para a cor do corpo e para o tamanho da asa em
22 moscas apenas spineless. Drosophila melanogaster são resultados de recombinações,
estão em cromossomos diferentes e se segregam indepen-
Considerando as informações acima, podemos afirmar que a dis- dentemente.
tância, em UR ou morganídeos, entre os genes c e s ligados é
a) 22,5. b) 22. c) 23. d) 4,5. e) 995. 31. Entre genes localizados no mesmo par de cromossomos
homólogos, foram realizados os seguintes cruzamentos-testes:
27. (FMTM) – Em tomateiro, o alelo A determina fruto vermelho e é Pais Geração
dominante sobre o alelo a, que determina fruto amarelo. Em outro AaBb – 35%
lócus, no mesmo cromossomo, o alelo B determina planta alta e é Aabb – 15%
dominante sobre o alelo b, que determina planta baixa. Uma planta AaBb x aabb
aaBb – 15%
de genótipo AaBb, cujos alelos estão dispostos na posição cis, foi aabb – 35%
cruzada com uma planta baixa, com fruto amarelo. Desse cruza-
BbCc – 30%
mento, originaram-se 50% de plantas altas com frutos vermelhos e
Bbcc – 20%
50% de plantas baixas com frutos amarelos. Esse cruzamento foi BbCc x bbcc
bbCc – 20%
repetido algumas vezes e os resultados foram os mesmos.
bbcc – 30%
Considerando a planta AaBb usada no cruzamento, pode-se
concluir que AaCc – 45%
a) ocorreu permutação em 50% de suas células reprodutivas. Aacc – 5%
AaCc x aacc
b) ocorreu permutação em 25% de suas células reprodutivas. aaCc – 5%
c) não ocorreu permutação nas suas células reprodutivas. aacc – 45%
d) ela produziu 50% de gametas Ab e 50% de gametas aB.
e) ela produziu gametas (AB, Ab, aB, ab) na proporção de 25% cada. a) Quais são as frequências de permutação entre os três genes?
b) Qual é a posição relativa desses três genes no cromossomo?
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32. Os genes A, B, C e D, localizados no mesmo cromossomo, 36. (PUC-SP) – Sabendo-se que a distância entre dois genes, A e B, é de
apresentam as seguintes frequências de recombinação: Ab ab
8 unidades, o resultado esperado do cruzamento ––– x ––– será:
aB ab
Genes Frequência de permutação
A–B 32% AB Ab aB ab
–––– –––– –––– ––––
A–C 45% ab ab ab ab
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43. A mancha dourada no dorso de certa espécie de borboleta é 46. (VUNESP) – Considerando o sistema ABO em uma população
condicionada por gene autossômico e recessivo. Numa população que se encontra em equilíbrio de Hardy-Weinberg, sabendo que a
perfeitamente em equilíbrio, composta de 3 600 indivíduos, 1 296 frequência do alelo IA é o dobro da frequência do alelo i e que a
borboletas são possuidoras do caráter em questão. Pergunta-se: frequência do alelo IB é metade da frequência de IA, pode-se
qual a quantidade aproximada de indivíduos heterozigotos na afirmar corretamente que a frequência de indivíduos do grupo B
população? nessa população é de
a) 1/4. b) 1/2. c) 1/16. d) 1/8. e) 3/16.
44. Em uma população, geneticamente equilibrada, as frequências
dos genes determinantes do sistema ABO aparecem na tabela 47. (CESGRANRIO) – Uma população (I) de 1 000 indivíduos com as
abaixo: seguintes frequências gênicas: A = 20% e a = 80% funde-se com
uma população (II) de 4 000 indivíduos, na qual as frequências
Genes Frequências
gênicas são A = 80% e a = 20%. Quais as frequências gênicas na
IA 0,3 população híbrida resultante dessa fusão?
IB 0,2 A a
i 0,5 a) 80% 20%
b) 20% 80%
Qual é a probabilidade de acontecer um casamento entre um
indivíduo do grupo A e outro do grupo B? c) 50% 50%
45. (UFRB) – O grupo sanguíneo MN é determinado por dois alelos d) 32% 68%
codominantes. A frequência dos genótipos desse grupo e) 68% 32%
sanguíneo foi amostrada em duas populações humanas e os
resultados são apresentados na tabela abaixo.
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I–2 Cc VE ve Ve vE
F1
II – 2 CC ve 145 VE/ve 135 ve/ve 65 Ve/ve 55 vE/ve
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CAPÍTULO
Genética
25 ENGENHARIA GENÉTICA
2. Usos potenciais
da Engenharia Genética
• Identificação e função de genes em animais e
vegetais.
• Desenvolvimento de doenças humanas em animais,
facilitando o seu estudo e a busca de novas terapias.
• Produção de proteínas de interesse médico por As enzimas de restrição são produzidas pelas bacté-
meio dos animais transgênicos. rias e servem para destruir um DNA estranho que penetra
• Desenvolvimento de animais transgênicos para doa- na célula, trazido, por exemplo, por um bacteriófago. No
ção de tecidos ou órgãos para o transplante em humanos. quadro a seguir, mostramos a ação de algumas endonu-
• Desenvolvimento de vegetais mais resistentes a cleases de restrição.
pragas e de melhor qualidade.
• Desenvolvimento de raças de animais transgêni-
cos de crescimento mais rápido e de melhor qualidade
para o consumo.
3. Enzimas de restrição
As enzimas ou endonucleases de restrição reconhe-
cem curtas sequências de bases e cortam em segmentos a
dupla hélice do DNA.
As sequências reconhecidas pelas enzimas de restri-
ção são os palíndromos. Entendemos por palíndromos
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A figura 1 mostra como as enzimas de restrição re- Ao observarmos a estrutura de uma bactéria, nota-
conhecem e cortam os palíndromos. Desse modo, for- mos que, além do DNA existente no cromossomo único,
mam-se segmentos de DNA que apresentam as chamadas aparece o plasmídeo, uma molécula circular de DNA que
extremidades coesivas ou pegajosas, uma vez que se replica e se multiplica para as células-filhas, quando a
podem unir-se com quaisquer fragmentos de DNA cor- bactéria se divide. O plasmídeo é extraído da bactéria e
tados pela mesma enzima. cortado através de uma enzima de restrição. A seguir,
com o auxílio da DNA ligase, o plasmídeo fragmentado
é ligado a um fragmento de DNA de outro organismo,
submetido à ação da mesma enzima de restrição. Forma-se,
desse modo, um plasmídeo chamado vetor, constituído por
um DNA recombinante. Agora, o vetor é introduzido na
célula bacteriana, em que se replica.
Quando o vetor é colocado num meio de cultura, não
é absorvido por todas as bactérias. Para selecionar as
bactérias que o incorporarão, os engenheiros genéticos
utilizam o seguinte artifício: o plasmídeo vetor sempre
apresenta genes resistentes a determinado antibiótico, de
modo que, quando cultivados em meio que o contém,
apenas as células portadoras do vetor sobrevivem e se
multiplicam. Forma-se, então, uma população de bactérias
contendo o DNA recombinante produzido. Este processo
constitui a clonagem molecular (Fig. 3).
4. O DNA recombinante
O DNA recombinante é uma molécula híbrida, obti-
da em laboratório, pela união de DNA derivados de fon-
tes biologicamente diferentes.
Segmentos de DNA diferentes, cortados pelas enzi-
mas de restrição, são unidos pela enzima DNA ligase,
produzindo uma molécula híbrida, o DNA recombinante
(Fig. 2).
5. A clonagem molecular
O processo de clonagem molecular consiste em
construir um DNA recombinante que se replica quando é
introduzido numa célula bacteriana. Fig. 3 – A clonagem molecular.
20
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6. A livraria gênica
Por meio da clonagem gênica, é possível obter o ge-
noma (conjunto de genes) de um organismo fragmentado
e clonado em plasmídeos ou no material genético de
fagos. É o que se chama de livraria gênica (Fig. 4).
8. Os organismos transgênicos
Organismos transgênicos são aqueles que apresen-
tam um DNA exógeno, artificialmente introduzido no
seu genoma. O DNA exógeno representa um gene que é
transferido de um organismo para outro.
4. os núcleos das células da glândula mamária foram extraídos e implantados no óvulo retirado da ovelha A;
5. a nova célula, assim formada, iniciou o processo de divisão, originando um embrião, que foi implantado no útero
de uma ovelha C (Fig. 9).
12. É possível
clonar um animal morto?
Não, porque apenas os tecidos cultivados in vitro fun- Animais em extinção, como o mico-leão-dourado, o
cionam como doadores de núcleos e as células só podem tigre-de-bengala e o urso panda, poderiam ser repro-
ser cultivadas se apresentarem organelas intactas. Logo, duzidos por meio da clonagem.
tufos de cabelos e outros tecidos fósseis, como dinos-
sauros, não podem ser clonados. O processo também não 14. A terapia gênica
pode ser realizado com cadáveres preservados a baixas
temperaturas (nitrogênio líquido), pois as organelas celu- Terapia gênica é a cura pelo DNA. Genes defeituo-
lares são destruídas por cristais de gelo. sos que produzem anomalias, como a hemofilia, a talas-
semia, entre outras, são trocados por genes normais, isto
13. Clones valiosos é, saudáveis. A figura 10 apresenta duas estratégias a
serem usadas.
A clonagem de animais poderia ser extremamente
valiosa para o homem. Veja uma série de possíveis
empregos da clonagem.
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Fig. 11 – O código genético da criança é uma combinação entre os códigos da mãe e do pai verdadeiro (o número 1).
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Fig. 14 – A necrose.
Fig. 15 – A apoptose.
19. Apoptose
Exemplos de apoptose
• Ao se transformar em sapo adulto, o girino eli-
Existem dois processos que provocam a morte mina, por apoptose, as células da cauda e das brânquias.
celular: necrose e apoptose. • Numerosas células sofrem apoptose quando uma
Necrose é a morte patológica ou acidental de uma lagarta se transforma em borboleta.
célula, impedida de realizar suas funções vitais. A
• No embrião humano, a apoptose elimina as mem-
necrose pode ser causada por agentes externos, físicos ou
branas interdigitais.
químicos, como toxinas, falta de oxigênio, temperaturas
extremas e traumas. Também tem origem biológica • Na pele humana, a camada mais externa é for-
quando é causada por vírus e bactérias. O núcleo não se mada por células mortas por apoptose e queratinizadas.
modifica; organoides e especialmente as mitocôndrias
são danificados, impedindo o controle interno, principal- Comando genético
mente em relação à permeabilidade seletiva. Água e íons, As primeiras evidências da regulação gênica na
normalmente bombeados para fora, persistem no cito- apoptose vieram do estudo meticuloso do nematoide
plasma, de maneira que a célula incha, provocando a rup- Caenorhabditis elegans, por ter o corpo formado apenas
tura da membrana plasmática. O conteúdo celular, rico por 1 090 células, das quais 131 morrem durante o
em proteases e toxinas, extravasa, afetando as células desenvolvimento. Estudos confirmaram que a morte das
vizinhas e causando processos inflamatórios (Fig. 14). 131 células é condicionada por dois genes chamados cde
(cell-death abnormal – fonte: Revista Nature).
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Apoptose e doenças
Qualquer problema acarretando a falta ou o excesso BIOFARMACÊUTICOS
de apoptose pode ser a causa de doenças. Apoptose
excessiva provoca doenças neurovegetativas, como o Biofarmacêuticos são produtos farmacêuticos
mal de Parkinson e o de Alzheimer. Já a ausência de produzidos por engenharia genética. Antes do
apoptose pode causar o Lúpus eritematoso sistêmico, evento do DNA recombinante, proteínas biofar-
uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico macêuticas, como a insulina e os hormônios de
ataca o próprio organismo, acarretando vasculite, crescimento, eram obtidas, respectivamente, a
degeneração do colágeno e nefrite. partir de tecidos do pâncreas e da hipófise, por
meio de processos onerosos, com o risco de serem
contaminados por agentes infecciosos, como os
20. Herança extranuclear vírus. Atualmente, graças à biotecnologia, genes
A herança extranuclear é determinada pelos genes humanos são introduzidos em organismos
contidos nos organoides celulares que possuem DNA transgênicos, que fabricam esses produtos farma-
próprio, como é o caso de mitocôndrias e cloroplastos. cêuticos. Na tabela a seguir, citamos alguns desses
Por conterem DNA é que esses organoides possuem a produtos.
capacidade de autoduplicação. De acordo com a teoria
proposta por Lynn Margulis, mitocôndrias e cloroplastos
se originaram de primitivas bactérias que foram Biofarmacêuticos Tratamento
englobadas por células eucarióticas. O DNA
mitocondrial (DNAmt) e o DNA do cloroplasto Insulina Diabete
(DNAcp) possuem estrutura circular e fita dupla e são
herdados a partir do citoplasma do óvulo e da oosfera, Eritropoetina Anemia
respectivamente. No caso humano, sabemos que as
mitocôndrias do espermatozoide não penetram no óvulo Hormônio de crescimento Nanismo
e mutações no DNAmt causam doenças. O DNAmt é um
padrão de herança materna ou matrilinear, ou seja, é Fator VIII de coagulação Hemofilia A
idêntico em todos os familiares por parte de mãe. A
análise do DNAmt já solucionou casos de genética
forense, como a identificação de pessoas mortas ou
desaparecidas, por comparação com os parentes.
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3. Na tecnologia do DNA recombinante são utilizadas enzimas bac- 6. (UNESP) – Considere o cartum.
terianas que têm a propriedade de cortar a molécula de DNA em
pontos específicos, o que permite, por exemplo, que genes
humanos que codificam proteínas de interesse médico ou
comercial sejam extraídos, clonados em bactérias ou vírus, e
depois transferidos para animais de laboratório, que passam a
produzir sistematicamente tais proteínas.
Pergunta-se:
a) Qual é o nome genérico que se dá a essas enzimas?
b) Na natureza, qual deve ser o papel desempenhado por elas?
c) Como são chamados os pontos específicos, cortados pelas
enzimas?
d) Como são chamados os organismos que recebem e incor-
poram genes de outra espécie?
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c) O DNA gênico endógeno é inserido no núcleo de células hos- 12. (UFRJ) – A hipótese sobre a origem das células eucarióticas com
pedeiras por meio de plasmídeos funcionais. maior número de adeptos é a hipótese da endossimbiose
d) O DNA endógeno é transferido para genomas hospedeiros sequencial, proposta pela bioquímica Lynn Margulis. De acordo
por meio de plasmídeos mitocondriais. com essa hipótese, podemos dizer que as células dos animais
têm dois genomas e as das plantas têm três; nos dois casos, os
e) Fragmentos de genes exógenos são inseridos no genoma das
genomas funcionam de forma integrada.
células hospedeiras por meio de plastídios nucleares. Identifique em quais organelas das células dos animais e das
plantas estão localizados esses genomas.
9. (MACKENZIE) – Atualmente, os alimentos transgênicos repre-
sentam um tema de grande discussão. A esse respeito, conside-
re as seguintes afirmações. 13. (ENEM) – Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou
I. Trata-se de alimentos sintéticos, fabricados com produtos ge- recentemente ter criado uma “célula sintética”, uma bactéria
neticamente modificados. chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores mon-
II. Pode-se gerar um animal transgênico que tenha a capacidade taram uma sequência de nucleotídeos, que formam o único cro-
de produzir maior quantidade de leite com menor taxa de gor- mossomo dessa bactéria, o qual foi introduzido em outra espécie
dura. de bactéria, a Mycoplasma capricolum. Após a introdução, o
III. Não se sabe quais serão as possíveis consequências da inges- cromossomo da M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo
tão desses alimentos. artificial da M. mycoides começou a gerenciar a célula,
IV. Os ecologistas temem que as plantas transgênicas possam produzindo suas proteínas.
afetar o equilíbrio ecológico.
(Gilbson et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically
Estão corretas: synthesized Genome. Science, v. 329, 2010. Adaptado.)
a) I, II, III e IV. b) I, II e IV, apenas. c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas. e) II, III e IV, apenas. A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade
científica se deve à
a) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para
10. (UNESP) – A primeira liberação comercial de uma planta serem usados como receptores de cromossomos artificiais.
transgênica no Brasil foi a soja RR, da Monsanto. O principal b) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida,
argumento apresentado pela CNTBio para sua liberação foi que utilizando substâncias como carboidratos e lipídios.
se tratava de espécie autógama (autofecundação) e sem c) possibilidade de produção em massa da bactéria Mycoplasma
parentes silvestres no Brasil. Já a segunda e última liberação, do capricolum para sua distribuição em ambientes naturais.
algodão BT, também da Monsanto, tratou-se de uma espécie d) possibilidade de programar geneticamente micro-organismos
alógama (fecundação cruzada) com parentes silvestres no Brasil. ou seres mais complexos para produzir medicamentos,
(Painel do Leitor, Folha de S.Paulo, 2 mar. 2006.) vacinas e combustíveis.
a) O que são plantas transgênicas e por que elas são de inte- e) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar
resse comercial? suas proteínas na bactéria sintética e estas serem usadas na
b) No que se refere ao eventual impacto ecológico consequente indústria.
da introdução de plantas transgênicas no meio ambiente, qual a
diferença entre a planta ser autógama e sem parentes silvestres
no Brasil e ser alógama e com parentes silvestres no Brasil? 14. A figura que se segue apresenta o padrão de bandas, similar ao
código de barras usado no comércio, de 19 locos distintos, de 6
indivíduos, identificados de 1 a 6.
11. (UNICAMP) – Testes de paternidade comparando o DNA pre-
sente em amostras biológicas são cada vez mais comuns e são
considerados praticamente infalíveis, já que apresentam 99,99%
de acerto. Nesses testes podem ser comparados fragmentos do
DNA do pai e da mãe com os do filho. Um teste de DNA foi
solicitado por uma mulher que queria confirmar a paternidade dos
filhos. Ela levou ao laboratório amostras de cabelos dela, do
marido, dos dois filhos e de um outro homem que poderia ser o
pai. Os resultados obtidos estão mostrados na figura a seguir.
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22. (PUC-RJ) – A ovelha Dolly, primeiro clone animal oficialmente de- b) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% do genes
clarado, após adulta foi acasalada com um macho não aparentado. mitocondriais da fêmea pit bull e 50% dos genes
Desse cruzamento resultou o nascimento de um filhote com mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a gestação.
características “normais”. Este filhote: c) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes
a) é geneticamente idêntico à sua mãe, a ovelha Dolly. mitocondriais de Booger, 50% do genes mitocondriais da
b) é geneticamente igual à sua avó, mãe da ovelha Dolly. fêmea pit bull e nenhum material genético da fêmea na qual
c) não tem nenhum patrimônio genético de seu pai. ocorreu a gestação.
d) tem todo seu patrimônio genético herdado de seu pai. d) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes nu-
e) tem parte do material genético de seu pai e parte de sua mãe. cleares da fêmea pit bull e 100% dos genes mitocondriais da
fêmea na qual ocorreu a gestação.
23. (UERJ) – Os conhecimentos atuais de biologia celular, biologia e) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos genes
molecular e engenharia genética podem, muitas vezes, estabe- nucleares e 50% dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e
lecer com segurança o parentesco entre pessoas, mesmo quando 50% dos genes mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a
elas pertencem a gerações afastadas entre si. gestação.
O heredograma abaixo mostra os descendentes do casal João e
Maria. 26. (UNIFESP) – Em abril de 2005, a revista Pesquisa FAPESP refor-
çava a importância da aprovação da Lei de Biossegurança para as
pesquisas brasileiras com células-tronco e, ao mesmo tempo,
ponderava:
Nos últimos anos, enquanto os trabalhos com células-tronco em-
brionárias de origem humana permaneciam vetados, os cientistas
brasileiros não ficaram parados. Fizeram o que a legislação permitia:
desenvolveram linhas de pesquisa com células-tronco de animais e
células-tronco humanas retiradas de tecidos adultos, em geral de
medula óssea e do sangue de cordão umbilical.
Atualmente, de toda essa família, apenas Maria e todos os seus (...) Não há evidências irrefutáveis de que as células-tronco
bisnetos estão vivos, e se apresentaram para a identificação de adultas possam exibir a mesma plasticidade das embrionárias. (...)
herdeiros do casal citado. Por não haver documentos legais Menos versáteis que as embrionárias, as células-tronco adultas têm
comprobatórios da relação de parentesco, nem ser possível a uma vantagem: parecem ser mais seguras. Nas terapias expe-
coleta de material genético dos membros falecidos da família, foi rimentais são injetadas nos pacientes células-tronco extraídas, em
utilizada, dentre outras, a técnica de identificação por meio do geral, deles mesmos.
estudo do DNA extranuclear.
(Marcos Pivetta.
Indique o número de:
Disponível em: <www.revistapesquisa.fapesp.br>. Adaptado.)
a) bisnetos do sexo masculino e do sexo feminino que poderiam
ser identificados com aproximadamente 100% de certeza, por Considerando o texto da revista, responda:
técnicas que determinam a homologia entre amostras de DNA a) O que se quer dizer ao se afirmar que as células-tronco adultas
extranuclear, e justifique sua resposta; são “menos versáteis que as embrionárias”?
b) netos e bisnetos de João e Maria que possuíram ou possuem b) Qual a vantagem de se injetar nos pacientes células-tronco
o cromossomo Y idêntico ao de João e justifique sua resposta. extraídas deles mesmos?
24. (UEMS) – Um cientista tentou sintetizar in vitro uma molécula
27. (UFU) – Dentre as aplicações atuais da genética molecular, temos
proteica partindo do RNA mensageiro das células de uma galinha,
os testes de identificação de pessoas por meio do DNA. Essa
com o RNA transportador das células de uma bactéria, os ribosso-
técnica, que pode ser usada para identificar suspeitos em investi-
mos das células de um gafanhoto e os aminoácidos ativados das
gações policiais, consiste em detectar e comparar sequências re-
células de uma vaca. Supondo que o cientista tenha obtido êxito
petitivas ao longo de trechos da molécula de DNA, regiões conhe-
em seu experimento, a proteína produzida teria sua estrutura cidas como VNTR (número variável de repetições em sequência).
primária idêntica à
a) da vaca.
b) da bactéria.
c) da galinha.
d) do gafanhoto.
e) uma mistura de todos os componentes.
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A figura anterior ilustra os padrões de VNTR de quatro pessoas 32. (PUCCamp) – Considere os seguintes fatos:
envolvidas (uma vítima (V) e 3 suspeitos (S1, S2 e S3) em uma in- I. uma célula do miocárdio morta por falta de oxigênio durante
vestigação policial e de uma prova (P) coletada no local do crime. um ataque cardíaco;
Considerando as afirmações e a figura apresentada, responda: II. uma célula morta pelas toxinas produzidas por bactérias
a) A qual dos suspeitos (S1, S2 e S3) pertence a prova (P)? invasoras;
Justifique a sua resposta. III. uma célula da camada germinativa da epiderme, que morre e
b) Que tipo de material pode ser coletado e servir de prova em sofre queratinização.
um caso como esse? A apoptose ou morte programada das células é verificada
c) Por que os resultados desse tipo de análise têm alto grau de somente em
confiabilidade? a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.
28. (UFTM) – Um experimento pioneiro foi realizado em dezembro de 33. (UFF) – Os estudos de evolução humana utilizam frequentemente
2001 por médicos do Pró-Cardíaco em convênio com a Universi- como alvo para análise molecular o DNA mitocondrial, devido a
dade Federal do Rio de Janeiro e Instituto do Coração do Texas. sua herança exclusivamente materna.
Os médicos retiraram células-tronco da medula óssea dos pacien- Assinale a alternativa que descreve o papel do DNA mitocondrial
tes e as reintroduziram em vários pontos deficientes do coração na fisiologia da célula.
por meio de um cateter. O objetivo era testar a capacidade das a) Conter informações para a síntese de enzimas mitocondriais.
células-tronco em restaurar artérias e recuperar o coração de b) Fornecer informações para proteínas envolvidas na contração
seres humanos. Segundo os médicos, dos quatro pacientes, dois mitocondrial, durante a respiração celular.
conseguiram recuperação de 100%, um teve melhora de 60% e c) Fornecer energia à célula pelo ciclo de Krebs.
apenas um deles não obteve resultado significativo. d) Conter informações para a síntese de enzimas da via
A restauração do tecido cardíaco doente resulta do fato de as glicolítica.
células-tronco poderem e) Fornecer informações para a duplicação do DNA nuclear.
a) recombinar genes funcionais com as células do tecido, res-
tabelecendo a síntese de proteínas necessárias à recuperação 34. (FGV) – Mama África não é só refrão de reggae. Um estudo pu-
do tecido doente. blicado hoje na revista Nature acaba de confirmar que o homem
b) inserir nas células cardíacas genes da medula óssea, em subs- moderno surgiu mesmo no continente africano e começou a se
tituição aos genes alterados do tecido doente. espalhar pelo mundo em algum momento ao redor de 52 mil
c) se diferenciar em tecidos funcionais, em substituição ao anos atrás. (...) Sequenciando o DNA _________ de 53 indivíduos
tecido doente. de várias regiões do planeta, a equipe de pesquisadores construiu
d) induzir nas células do tecido cardíaco mutações capazes de uma árvore genealógica da espécie, cuja raiz se localiza no conti-
matar as células doentes. nente africano.
e) induzir a resposta imune do paciente, permitindo que anticor- O DNA _________ é uma ótima ferramenta para estudos de
pos específicos reconheçam e destruam o tecido doente. evolução. Como só é transmitido pela mãe, ele escapa ao
embaralhamento genético que acontece no momento da
29. (PUC-SP) – Pesquisas recentes indicam que segmentos de DNA fecundação.
dispostos entre os genes nos cromossomos, conhecidos por (Folha de S.Paulo, 7 dez. 2000.)
“DNA lixo”, teriam importante papel na regulação da atividade No texto original, parte dele acima reproduzida, constava o tipo de
gênica. Até o momento, sabe-se que tais segmentos podem DNA analisado pelos pesquisadores, aqui substituído por um es-
servir de molde na transcrição de moléculas. paço. O tipo de DNA a que o texto se refere é o
Esses segmentos de DNA a) DNA presente no cromossomo X.
a) são capazes de controlar a produção de RNA e estão presen- b) DNA presente na cromatina sexual, ou Corpúsculo de Barr.
tes em apenas algumas células do corpo. c) DNA da mitocôndria.
b) não são capazes de controlar a produção de RNA e estão pre- d) DNA do núcleo do óvulo.
sentes em apenas algumas células do corpo. e) DNA do gene do hormônio progesterona.
c) são capazes de controlar a produção de RNA, sendo trans-
mitidos de uma célula às suas filhas no processo de mitose. 35. (UERJ) – Experimentos recentes indicam que células-tronco reti-
d) não são capazes de controlar a produção de RNA e não são radas da medula óssea de um indivíduo adulto, portador de lesão
transmitidos de uma célula às suas filhas no processo de mitose. no miocárdio, puderam formar tecido normal quando implantadas
e) não são capazes de se replicar nem de controlar a produção de na região lesada do coração. As células-tronco podem ser retiradas,
RNA. também, de embriões em sua fase inicial de desenvolvimento.
A tabela abaixo informa as características de algumas variáveis
30. (UENF) – Em estudos que vêm sendo realizados em torno da varia- analisadas em células-tronco embrionárias e adultas.
bilidade genética em populações, as avaliações sobre o DNA mito-
condrial (mtDNA) e os marcadores do cromossomo Y fornecem va- Tipo de célula-tronco
liosas indicações a respeito dos padrões históricos de acasalamento. Variáveis
Explique por que, na espécie humana, Embrionária Adulta
a) as informações hereditárias contidas no cromossomo Y são
transmitidas exclusivamente pelo ancestral paterno. potencial de diferenciação
I todos alguns
b) as mitocôndrias do zigoto são todas originárias do ancestral em tecidos
materno.
homólogo
II tipo de implante possível homólogo
autólogo
31. (UNIFESP) – No artigo “Retrato molecular do Brasil” (Ciência
Hoje, 2001), Sérgio Penna, pesquisador da Universidade Federal dificuldade de cultivo em
de Minas Gerais, revelou que a contribuição dos europeus na III menor maior
laboratório
composição genética do povo brasileiro fez-se basicamente por
meio de indivíduos do sexo masculino, enquanto a contribuição Considerando o uso terapêutico das células-tronco, a alternativa
genética de povos indígenas e africanos deu-se por meio das que indica o tipo de célula que possui a característica mais
mulheres. Tais conclusões são possíveis com base em estudos vantajosa para as variáveis I, II e III, respectivamente, é:
moleculares, respectivamente, do DNA do cromossomo a) embrionária – adulta – adulta.
a) X e de autossomos. b) Y e de autossomos. b) adulta – embrionária – adulta.
c) Y e do cromossomo X. d) Y e mitocondrial. c) embrionária – adulta – embrionária.
e) X e mitocondrial. d) embrionária – embrionária – embrionária.
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36. (PUC-SP) – Organismos são ditos transgênicos quando, por téc- 40. (UNESP) – Um pesquisador descobriu que uma sequência errada
nica de Engenharia Genética, recebem e incorporam genes de de aminoácidos numa determinada enzima era a causa de uma
outra espécie, os quais podem ser transmitidos aos seus descen- grave doença em ratos. Supondo que fosse possível realizar uma
dentes. Exemplos desses organismos são as plantas transgê- terapia para corrigir permanentemente a sequência de aminoá-
nicas, receptoras de um gene de outro organismo (doador) que cidos, em que ponto do esquema esta terapia deveria atuar?
lhes confere resistência a certos herbicidas. Para que ocorra a Justifique.
síntese da proteína codificada pelo gene inserido no genoma da
espécie receptora, diversas condições devem ser observadas.
Entretanto, fundamentalmente, essa técnica é possível porque
a) cada organismo apresenta seu próprio código genético.
b) o código genético é comum a todos os seres vivos.
c) o código genético é degenerado.
d) a técnica permite trocar o código genético do organismo doa-
dor do gene.
e) a técnica permite trocar o código genético do organismo
receptor do gene.
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45. As células-tronco andam povoando o noticiário e a imaginação dos 49) (FACID) – Aconselhamento genético é, por definição, um
cientistas há algum tempo. Sua utilidade no tratamento e na cura conjunto de técnicas que servem para o portador de qualquer
de doenças humanas e a questão ética envolvendo o seu uso doença hereditária e seus familiares conhecerem as consequên-
(pois há necessidade de destruir embriões humanos) são as cias e também a probabilidade de transmitirem essa doença para
razões principais para tantas discussões, tanto no meio científico os descendentes, bem como os métodos de prevenção e
como fora dele. alternativas de tratamento. Tais técnicas consistem na realização
A utilidade dessas células está relacionada à sua capacidade de de exames que possam detectar as doenças genéticas. Um
a) originar células de qualquer tecido. importante passo para posterior estudo é a montagem de
b) produzir células sem mutações gênicas. genealogias, que são representações gráficas do histórico familiar
c) produzir células que possam ser implantadas sem que haja de um indivíduo, como evidenciado a seguir.
rejeição.
d) dividir-se indiscriminadamente.
e) produzir células específicas de um determinado tecido.
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8) Os organismos geneticamente modificados recebem no seu 19) Todas as bandas de DNA presentes no Bebê 81 estão nos pais
genoma DNA exógeno. da alternativa C.
Resposta: A Resposta: C
9) I – Incorreta. Não são produtos sintéticos, mas sim produzidos
por organismos geneticamente modificados. 20) Genoma é a identificação da sequência de bases do DNA.
Resposta: E Resposta: C
12) Nos animais, há um genoma no núcleo das células e outro 23) a) 2 do sexo masculino e 2 do sexo feminino.
nas mitocôndrias. Nos vegetais, há um genoma no núcleo, Nas condições propostas, homologias entre amostras de
um na mitocôndria e outro no clorosplasto. DNA só seriam possíveis se fossem comparadas amostras
de origem mitocondrial. Como as mitocôndrias dos em-
13) A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade
científica se deve à possibilidade de programar geneticamen- briões formados originam-se, na grande maioria dos casos,
te micro-organismos para a obtenção de medicamentos, diretamente dos óvulos, só poderíamos obter aproxima-
vacinas, combustíveis etc. damente 100% de homologia comparando o DNA mito-
Resposta: D condrial de Maria com os de seus bisnetos e bisnetas,
cujas mães e avós sejam descendentes diretas de Maria.
35
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24) A estrutura da proteína é codificada pelo RNA mensageiro. 38) Total de proteínas: 20 000
Resposta: C Total de aminoácidos: 20 000 x 200 = 4 x 106
Total de bases necessárias para codificar 4 x 106 aminoácidos:
25) A clonagem do cão pit bull falecido seguiu o procedimento 4 x 106 x 3 = 12 x 106 bases
realizado pelos escoceses quando produziram a ovelha Dolly. Porcentagem de bases: 97 x 106 ——————— 100%
As cópias não são clones exatos, pois possuem 100% do DNA 12 x 106 ——————— x%
nuclear das células da orelha do cão Booger e também 100%
12 x 106 x 100 1 200
do DNA mitocondrial proveniente do citoplasma dos óvulos X = ———————— = ——— ≅ 12%
97 x 10 6 97
utilizados.
Resposta: A Resposta: 12%
26) a) Células-tronco embrionárias podem originar qualquer 39) É filha de P2 por apresentar maior coincidência de barras.
Resposta: B
tecido, enquanto as células-tronco adultas podem dar
origem apenas a alguns tipos de tecido. 40) A correção permanente das sequências dos aminoácidos da
b) Injetar células-tronco nos pacientes extraídas deles enzima defeituosa poderia ser obtida por meio da terapia
mesmos elimina a possibilidade de rejeição do organismo gênica, isto é, por alterações nos códons do gene (DNA)
do paciente às células injetadas. codificador da proteína enzimática.
27) a) A prova (P) pertence ao suspeito 3 (S3), pois os padrões de 41) O gene dominante causador da síndrome de Waardenburg
VNTR (bandas escuras) em P e S3 são iguais. não se expressa da mesma forma nos portadores.
b) Um teste como esse geralmente é feito a partir do DNA Resposta: D
extraído de uma amostra de sangue, mas qualquer célula
42) 65% dos portadores do gene (P) manifestaram polidactilia, e
nucleada poderá ceder material genético para esse exame. os 35% restantes não.
c) Como o padrão genético é diferente para cada pessoa Resposta: D
(com exceção dos gêmeos univitelinos), a quebra do DNA
de uma pessoa com enzimas de restrição produzirá um 43) Tendo um filho afetado (aa), os pais de Mário e Elisa são
padrão de fragmentos típicos para cada pessoa, confe- heterozigotos (Aa x Aa).
rindo um grau de confiabilidade que ultrapassa 99,9% para Como Mário e Elisa são normais, a probabilidade de serem
heterozigotos é de 2/3.
esse tipo de análise.
A probabilidade de terem um filho aa =
= 2/3 x 2/3 x 1/4 x 1/2 = 4/72 = 1/18.
28) As células-tronco sofreram diferenciação, originando células
das artérias. 44) (P) LI x Li
Resposta: C (F1) 25% LL – 50% LI – 25% II = 75% variegadas e 25% homo-
gêneas.
29) O “DNA-lixo” é capaz de controlar a produção de RNA e é Porcentagem de variegadas = 95% de 75% = 71,25%
transmitido para as células-filhas no processo de mitose. Resposta: D
Resposta: C
45) As células-tronco são totipotentes, podendo originar qual-
30) a) O cromossomo Y só existe no homem, sendo transmitido quer tipo de célula.
Resposta: A
sempre de pai para filho.
b) Durante a fertilização, somente o DNA nuclear do esper- 46) A informação está errada, pois genoma é a identificação da
matozoide penetra no óvulo. Por esse motivo, o DNA mi- sequência de bases de todo o DNA humano.
tocondrial do zigoto é necessariamente materno. Resposta: C
31) O DNA presente no cromossomo Y é herdado exclusivamente 47) Os bichos-da-seda são transgênicos, por apresentarem DNA
da linhagem paterna. O DNA mitocondrial é herdado da das aranhas.
linhagem materna, por estar presente apenas no citoplasma Resposta: E
do óvulo.
48) Portadores da anomalia = 60% de 25% (bb) = 15%
Resposta: D
Resposta: A
32) A apoptose só ocorreu em III. 49) O caráter passa obrigatoriamente de mães para todos os
Resposta: C filhos, determinado por um gene mitocondrial.
Resposta: C
33) O DNA mitocondrial codifica enzimas mitocondriais.
Resposta: A 50) As enzimas de restrição agem como tesouras, seccionando o
DNA em postos específicos chamados palíndromos, o que
permite a separação de genes.
34) O DNA mitocondrial só existe nas mulheres, por ser originado
Resposta: A
do óvulo.
Resposta: C
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15 REINO FUNGI
E LIQUENS
1. Características do reino res, que têm o micélio formado por hifas cenocíticas (um
citoplasma multinucleado).
O Reino Fungi é formado por todos os fungos. Esses se-
res apresentam muitas peculiaridades, entre elas:
• Nenhum fungo possui clorofila ou outro pigmen-
to capaz de lhe conferir a propriedade de realizar fotos-
síntese. Todos são heterótrofos, isto é, incapazes de sin-
tetizar o seu próprio alimento. Nesse caso podem ser sa-
prófitos ou parasitas. Os saprófitos vivem à custa de ma-
téria orgânica morta que vão decompondo à medida que
se nutrem; os parasitas vivem à custa de outro ser vivo,
vegetal ou animal, provocando doenças.
• Podem ser unicelulares ou pluricelulares. Neste
último caso, o seu corpo, também conhecido por micélio,
é constituído pelo entrelaçamento de filamentos chama-
dos hifas. Fig. 1 – Fungo ficomiceto (bolor). Rhizopus nigricans.
• As suas células apresentam uma parede constituí-
da por quitina, não ocorrendo a celulose.
• A reserva nutritiva é o polissacarídeo chamado
glicogênio; não existe amido.
• A reprodução pode ser sexuada ou assexuada.
Neste último caso, formam-se diversos tipos de esporos.
• Vivem em ambientes terrestres úmidos e sombrea-
dos e em ambientes aquáticos.
2. Eumicetos
(fungos verdadeiros)
São unicelulares ou pluricelulares. Neste caso, o
corpo do fungo, conhecido por micélio, é formado por
um emaranhado de filamentos denominados hifas. Não
formam tecidos verdadeiros, daí a denominação pletên-
quimas, isto é, falsos tecidos que compõem o seu corpo.
São divididos em vários grupos, entre eles:
Existem formas microscópicas e macroscópicas. em gameta. Não há distinção sexual entre gametas, daí
Das espécies microscópicas, podemos citar o gênero utilizar-se os sinais 䊝 e 䊞 para distingui-los. Uma hifa
Saccharomyces (levedo ou levedura de cerveja), 䊝 e outra 䊞 unem-se através das células localizadas no
fermento biológico responsável pela fermentação alcoó- ápice para dar origem a uma célula dicariótica, isto é,
lica. Esses fungos são empregados na fabricação de pães, constituída por dois núcleos.
bolos, cervejas, vinhos etc. Essa célula rapidamente se multiplica e acaba origi-
Entre as macroscópicas, cujo corpo é formado por hi- nando o corpo de frutificação, constituído por um pe-
fas celulares, nas quais cada célula possui apenas um nú- dúnculo e uma parte dilatada superior, denominada cha-
cleo (hifas unicarióticas), podemos citar os gêneros Peni- péu, ou píleo. Na face inferior do chapéu, observam-se as
cillium (produtor de antibióticos); Aspergillus, que se de- lamelas, de onde partem hifas estéreis (paráfises) e hifas
senvolvem sobre grãos (milho, arroz, amendoim etc.), férteis. Nestas, a célula apical dicariótica expande-se e dá
produzindo uma substância tóxica e cancerígena chama- origem a um esporângio chamado basídio. No interior
da aflatoxina; e Neurospora, muito utilizado em pesqui- dele, os núcleos 䊝 e 䊞 se unem para formar um núcleo
sas genéticas. Muitos gêneros são comestíveis (trufas). diploide, que então se divide por meiose, dando origem a
quatro núcleos haploides. A partir desses núcleos,
formam-se quatro esporos, denominados basidiósporos.
Os basidiósporos separam-se dos basídios e são, então,
transportados pelo vento, reiniciando um novo ciclo.
Cogumelo-de-chapéu. Orelhas-de-pau.
Fig. 5
Nota: nos fungos ascomicetos, a reprodução é seme-
lhante, com formação de um corpo de frutificação (asco-
carpo), produzindo esporângios denominados ascos,
contendo 8 esporos no seu interior, os ascósporos.
3. Liquens ou líquenes
Os líquenes são associações entre algas e fungos. A
associação constitui um mutualismo (simbiose), já que
é harmônica e os dois seres levam vantagens. As algas
realizam fotossíntese e fornecem alimento orgânico aos
fungos. Estes envolvem as células das algas com suas hi-
fas, protegendo-as, além de formarem os rizoides, que re-
tiram água e nutrientes minerais do substrato.
Os líquenes são vegetais pioneiros, muito resistentes, Fig. 7 – Corte através do talo de um líquen visto ao microscópio óptico.
que vivem sobre rochas, troncos de árvores etc. Quando
vivem sobre rochas, produzem ácidos que promovem a
sua decomposição, preparando o solo para a vinda de
outros vegetais.
A reprodução desses seres é feita assexuadamente,
por meio de sorédios ou propágulos, que são verdadei-
ros fragmentos do corpo do líquen, constituídos por hifas
do fungo que envolvem algumas células da alga.
Fig. 6 – Líquen.
39
Livro_3_Bio_Keli_2015 11/11/14 08:11 Página 40
1. (UFLA) – O quadro abaixo possui duas colunas, cada uma das Resolução
quais contendo algumas características de determinado grupo de a) As características apresentadas em I são das bactérias per-
seres vivos. Observe seu conteúdo e responda as questões tencentes ao Reino Monera (Eubacteria).
seguintes. b) O grupo II é representado pelos fungos do Reino Fungi.
c) Fungos e bactérias atuam como sapróvoros (decompositores)
GRUPO I GRUPO II responsáveis pela reciclagem da matéria nos ecossistemas.
Alguns componentes Alguns componentes
deste grupo deste grupo
2. (MODELO ENEM) – Os fungos são organismos muito heterogê-
– causam doenças (como a mi- neos. Há espécies microscópicas, entre elas as que realizam fer-
– causam doenças (como a tu- mentação, utilizadas pelo homem na fabricação de pães e bebidas
cose), mas outros produzem
berculose), mas outros pro- alcoólicas. Há as que causam doenças como as micoses da pele,
antibióticos (como a penicili-
duzem antibióticos (como a as que formam o mofo ou bolor e ainda as que produzem antibió-
na);
tirotricina); ticos. Outras espécies são macroscópicas, de formas variadas e
– transformam o açúcar em ál-
– alteram o vinho e o leite, mas coloridas, algumas extremamente tóxicas e outras comestíveis.
cool, e com isso obtemos o
com isso obtemos o vinagre Sobre esses organismos, assinale a opção incorreta:
vinho e a cerveja;
e o iogurte; a) São formados por células eucariontes.
– são venenosos e tóxicos se
– ocasionam a deterioração b) Reproduzem-se assexuadamente, por esporos.
ingeridos, mas outros são
dos alimentos, mas outros c) Armazenam amido como reserva energética.
usados em pães, bolos e bis-
sintetizam vitaminas. d) Não possuem pigmentos fotossintetizantes e são, portanto,
coitos.
heterótrofos.
a) Como se chamam os componentes do GRUPO I e a que reino e) Realizam digestão extracorpórea.
eles pertencem? Resolução
b) Como se chamam os componentes do GRUPO II e a que reino Os fungos são seres eucariontes, com parede celular constituída
eles pertencem? por quitina e reserva de glicogênio.
c) Que atuação os dois grupos apresentam numa cadeia ali- Resposta: C
mentar?
3. (UFSC) – O mofo que ataca os alimentos, os cogumelos comes- 5. (UFPB) – Analise as afirmações relacionadas a seres dos reinos
tíveis e o fermento de fazer o pão são formados por organismos Monera, Protista e Fungi.
que pertencem ao reino Fungi. I. As bactérias são classificadas no reino Monera, onde estão
Com relação a esse grupo assinale a(s) proposição(ões) verda- incluídos os organismos procariontes.
deira(s): II. Os integrantes do reino Fungi podem ser pluricelulares, apre-
I. São organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, sentando tecidos diferenciados.
autotróficos facultativos. III. No reino Protista encontramos organismos autótrofos e orga-
II. O material nutritivo de reserva é o glicogênio. nismos heterótrofos.
III. Em função da nutrição heterótrofa, esses seres podem viver IV. No reino Monera existem apenas organismos heterótrofos.
em mutualismo, em saprobiose ou em parasitismo.
IV. Alguns fungos são utilizados na obtenção de medicamentos. Está(ão) correta(s):
V. Nutrem-se por digestão extracorpórea, isto é, liberam enzimas a) apenas I e III. b) apenas I e II. c) apenas II e III.
digestivas no ambiente, que fragmentam macromoléculas em d) todas. e) apenas a I.
moléculas menores, permitindo sua absorção pelo organismo.
VI. Na alimentação humana são utilizados, por exemplo, na 6. (UFPB) – Sobre os representantes do reino Fungi, pode-se afirmar:
fabricação de queijos, como o roquefort e o gorgonzola. I. Ascomicetos possuem hifas cenocíticas e não possuem as-
VII.Reproduzem-se, apenas, assexuadamente por meio de es- cocarpo (estrutura de frutificação).
poros, formados em estruturas denominadas esporângios, II. Basidiomicetos, além das fases haploides e diploide, apresen-
ascos e basídios. tam uma terceira fase dicariótica.
III. Ascomicetos e Basidiomicetos apresentam ciclo de vida
4. (UFU) – Com relação aos fungos, é correto afirmar que haplobionte (haplonte).
a) são organismos autotróficos que apresentam como principal
substância de reserva o glicogênio. Está(ão) correta(s) apenas:
b) sua reprodução envolve a presença de grãos de pólen que a) II e III. b) I e II. c) I e III.
germinam originando indivíduos haploides. d) I. e) II.
c) micorrizas são associações mutualísticas entre algas e fungos,
com benefícios para os dois organismos. 7. (UFAL) – Hifas, micélio, saprofitismo, esporos, gametângios, oos-
d) alguns fungos como o “champignon” são saprófagos e po- fera e conidiósporos são denominações que podemos associar
dem ser utilizados na alimentação humana. principalmente a
a) vírus. b) bactérias. c) cianofíceas.
d) cogumelos. e) briófitas.
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8. (PUC) – Um organismo aclorofilado, saprófita e cujos núcleos 15. (MODELO ENEM) – Encontram-se, às vezes, em certos ambien-
apresentam carioteca, provavelmente, é tes, pedaços de pão recobertos por bolor. Explica-se esse fato
a) um fungo. b) uma alga. porque o bolor representa
c) uma bactéria. d) um líquen. a) uma colônia de bactérias que se desenvolveu a partir de uma
e) briófita. única bactéria que contaminou o pão.
b) o levedo usado no preparo do pão, que se desenvolveu e
9. (PUC) – Fungos são seres heterotróficos, cuja principal função na tomou uma coloração escura.
natureza é c) um agrupamento de micro-organismos que apareceram no
a) parasitar plantas com folhas suculentas. pão, por geração espontânea.
b) realizar fotossíntese. d) um conjunto de fungos originados de esporos existentes no ar
c) devolver ao solo elementos essenciais, pela decomposição. e que se desenvolveram no pão.
d) fragmentar rochas formando o solo. e) o resultado do apodrecimento da farinha utilizada na fabricação
e) parasitar somente os mamíferos. do pão.
10. (UFF) – Os organismos que podem reproduzir-se por esporos, não 16. (UFSE) – As figuras a seguir mostram indivíduos representantes
apresentam tecidos vasculares nem realizam fotossíntese são do reino Fungi.
classificados
a) somente entre os liquens.
b) somente entre os fungos.
c) somente entre as algas pardas.
d) tanto entre as algas quanto entre os fungos.
e) tanto entre os liquens quanto entre os fungos.
13. (UnB) – Os fungos são seres heterótrofos, apresentam micélios 18. (PUC-SP) – Em relação aos liquens, foram feitas as seguintes
e têm, como substância de reserva, o glicogênio. Os protozoários, afirmações:
também heterótrofos, são unicelulares e possuem vacúolo diges- I. São constituídos pela associação entre algas heterótrofas e
tório, enquanto as algas são autótrofas, em sua maioria aquáticas, fungos quimiossintéticos.
podendo ser uni ou pluricelulares. Em relação a fungos, proto- II. As algas e fungos que constituem o liquen estabelecem um
zoários e algas, julgue os itens seguintes. mutualismo.
(1) Quanto à reprodução, os fungos e as algas apresentam alter- III. Reproduzem-se apenas assexuadamente por meio de propá-
nância de gerações, em que se formam o zigoto e os esporos. gulos conhecidos por sorédios.
(2) O fenômeno maré vermelha caracteriza-se pela proliferação IV. São importantes nas sucessões ecológicas, constituindo espé-
exagerada de algas vermelhas, em sua maioria pluricelulares, cies fundamentais nas comunidades climáticas.
as quais produzem toxinas que podem causar a morte de
animais marinhos. Estão corretas:
(3) Os vacúolos digestivos, presentes nos protozoários de água a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III.
doce, têm funções comparáveis às dos rins dos vertebrados. d) Apenas II e IV. e) Apenas III e IV.
(4) Os micélios são formados por hifas cujas paredes podem ser
constituídas por quitina. 19. (MODELO ENEM) – Os liquens da tundra ártica constituem a
principal fonte de alimento para renas e caribus durante o inverno.
14. (UFGO) – O senhor tem uma escavação no pulmão... As substâncias orgânicas do alimento desses animais, portanto,
são primariamente produzidas por um dos organismos compo-
(Manuel Bandeira. Pneumotórax.) nentes do líquen. Qual é esse organismo e que processo ele
utiliza para produzir substâncias orgânicas?
O pulmão pode ser alvo de diversos agentes patogênicos, tais a) Um fungo; fermentação.
como os fungos. Esse grupo de seres vivos b) Um fungo; fotossíntese.
(1) é constituído de seres heterotróficos e eucariontes, como os c) Um protozoário; fermentação.
cogumelos. d) Uma alga; fotossíntese.
(2) causa várias doenças, como a “frieira”, no homem, e as “fer- e) Uma cianobactéria; quimiossíntese.
rugens”, nas plantas.
(3) é capaz de, ao fermentar, produzir bebidas, como a cerveja e o
vinho.
(4) possui representantes que são empregados na produção de
antibióticos naturais.
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20. (MODELO ENEM) – Liquens são vegetais que podem sobreviver A alternativa que contém os nomes corretos de I e II, respecti-
sobre os mais inóspitos substratos e constituem uma simbiose vamente, é:
entre dois grupos vegetais distintos. Quando associados a outros a) produtores e mutualismo.
vegetais, os liquens são b) consumidores de 1.a ordem e mutualismo.
a) hemiparasitas e não têm clorofila em nenhum dos compo- c) decompositores e mutualismo.
nentes. d) produtores e parasitismo.
b) holoparasitas e têm pigmentos diversos na camada externa. e) produtores e protocooperação.
c) parasitas e não têm clorofila em nenhum dos componentes.
d) epífitas e têm clorofila num dos componentes. 24. (FUVEST) – Os primeiros organismos que se fixam numa rocha
e) saprófitas e têm clorofila nos dois componentes. nua são
a) cianofíceas. b) líquenes. c) fungos.
21. (UFRN) – A figura a seguir representa o corte de um líquen, mos- d) mixomicetos. e) procariontes.
(I) , conhecidas por _____
trando as estruturas de reprodução _____ (II) .
25. Pode-se afirmar que os liquens são uma associação entre
a) algas e fungos com reprodução sexuada por meio de sorédios.
b) algas e bactérias com reprodução assexuada por meio de
esporos.
c) algas e fungos com reprodução assexuada por meio de sorédios.
d) algas e fungos com reprodução assexuada por meio de esporos.
e) algas e fungos com reprodução sexuada por meio de esporos.
3) Afirmações verdadeiras: II, III, IV, V e VI. 6) I – Ascomicetos possuem hifas unicarióticas e ascósporos.
Afirmações falsas: I – Fungos são heterótrofos. VII – Fungos III – Os basidiomicetos produzem estruturas reprodutoras
reproduzem-se de forma assexuada (através de esporos) e sexuadas (basidiósporos) produtoras de esporos meióticos.
sexuada (formando hifas celulares unicarióticas que se Os ascomicetos formam estruturas reprodutivas sexuadas
transformam em gametas). (ascósporos) produtoras de esporos meióticos.
Resposta: E
4) Champignon é exemplo de fungo do grupo basidiomicetos,
que são pluricelulares. Não são tóxicos e podem ser usados 7) Cogumelos são exemplos de fungos comestíveis, formados
na alimentação humana. por: micélio (conjunto de hifas), esporos, oosfera, gametân-
Resposta: D gios e conidiósporos, que são estruturas reprodutivas. São
considerados saprófitos, pois se nutrem de matéria orgânica
5) Os fungos não possuem tecidos diferenciados, sendo morta.
formados por hifas. Resposta: D
Resposta: A
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8) Fungos não possuem clorofila, são heterótrofos (saprófitos) e 19) Os liquens são associações simbiônticas entre algas que são
eucariontes. fotossintéticas e produzem matéria orgânica; e os fungos são
Resposta: A heterozigotos e retiram água e nutrientes minerais do
substrato.
9) Fungos são organismos que fazem parte do processo de Resposta: D
decomposição da matéria orgânica e da ciclagem de
nutrientes. 20) Epífitas são organismos que se apoiam em outros para se
Resposta: C desenvolver, mas não têm comportamento parasita. Liquens
são formados por algas autótrofas e fungos heterótrofos que
10) Fungos não possuem tecidos diferenciados, são aclorofilados se alimentam dos compostos produzidos pelas algas.
e reproduzem-se por esporos. Resposta: D
Resposta: B
21) Sorédios são fragmentos do líquen (pedaços de hifas que
11) Fungos não possuem pigmentos fotossintéticos e são envolvem células da alga) que são transportados pelo vento.
considerados heterótrofos (saprófitos). Resposta: C
Resposta: D
22) As algas que constituem os liquens são clorofiladas, portanto
12) Algas e fungos desenvolvem esporos haploides no ciclo de têm tonalidade verde.
vida. Resposta: A
Resposta: D
23) Mutualismo é uma relação harmônica. Algas fornecem
13) A maré vermelha é causada pela proliferação de dinoflage- matéria orgânica aos fungos que retiram água e nutrientes
lados unicelulares. minerais do substrato.
Os vacúolos digestórios dos protozoários são comparáveis, Resposta: A
fisiologicamente, ao estômago dos vertebrados.
Resposta: Corretos 1 e 4. Incorretos: 2 e 3. 24) Liquens são vegetais pioneiros muito resistentes que
conseguem sobreviver sobre rochas e troncos de árvores.
14) Fungos têm grande importância econômica na produção de Resposta: B
bebidas e antibióticos naturais.
Resposta: Corretos: 1, 2, 3 e 4. 25) Sorédios são fragmentos do líquen (pedaços de hifas que
envolvem células de alga) que são transportados pelo vento.
15) Bolores são as formas microscópicas dos fungos ficomicetos Resposta: C
que parasitam plantas e animais inferiores.
Resposta: D 26) Fungos possuem quitina na parede das células, são aclorofila-
dos e se reproduzem por esporos dispersos pelo vento.
16) Zigomicetos – 1. formas microscópicas (bolor de pão); 2. asco- Resposta: E
miceto em forma de cálice; e 3. basidiomiceto (cogumelo).
Resposta: E 27) Fungos são heterótrofos (saprófitos) e se nutrem de matéria
orgânica em decomposição.
17) a) Algas e fungos. Resposta: D
b) A interação é benéfica e indispensável à sobrevivência dos
dois organismos, constituindo um caso de mutualismo.
43
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25 REGULAÇÃO HORMONAL
1. Crescimento
O crescimento é um fenômeno quantitativo e pode Nessa fase, as células estão em constante divisão por
ser entendido como um aumento irreversível em tama- mitoses. Os tecidos meristemáticos (meristemas), locali-
nho ou volume, geralmente acompanhado por um au- zados na ponta do caule e da raiz, são os que apresentam
mento de peso e de quantidade de protoplasma. células em constante divisão.
O crescimento pode ser estudado no plano celular,
dos tecidos e dos órgãos.
Para medir o crescimento, poderíamos medir a altura
Uma vez cessada a divisão celular, as células devem
ou o peso do indivíduo em função do tempo.
crescer. Esse crescimento ocorre predominantemente por
distensão das paredes celulares.
2. Desenvolvimento Assim, nas células em crescimento, o vacúolo apre-
O desenvolvimento é entendido como as modifica- senta uma pressão sobre as suas paredes celulósicas. Sa-
ções observadas na forma, bem como o estado de com- be-se hoje que as paredes celulósicas aumentam sua plas-
plexidade adquirido por um organismo. ticidade por ação de hormônios vegetais.
Desenvolvimento é, pois, um fenômeno qualitativo, Dessa forma, a pressão hidrostática exercida sobre as
não podendo ser medido. paredes promove a sua distensão e, consequentemente, o
O estudo das modificações observadas em um indi- aumento em tamanho da célula.
víduo, desde a fase de ovo até o estado adulto, constitui Existem células que podem crescer igualmente em
o seu desenvolvimento (ontogênese). todas as dimensões; são as chamadas parenquimatosas.
É claro que desenvolvimento e crescimento são fenô- Outras crescem exageradamente numa dimensão, tornan-
menos que ocorrem ao mesmo tempo e não podem ser do-se muito alongadas, sendo chamadas prosenquima-
separados. Assim, o aspecto qualitativo do fenômeno é o tosas ou fibras.
seu desenvolvimento, enquanto o aspecto quantitativo do
mesmo fenômeno constitui o seu crescimento.
Nessa fase, as células ficam definitivamente adultas
3. Crescimento celular e passam a exercer funções definidas no corpo vegetal.
Todo crescimento de uma planta resulta do cresci-
mento de suas células. Esse crescimento, para efeito di- 4. Cinética do crescimento
dático, pode ser dividido em três fases:
• divisão celular; O crescimento pode ser medido em função do tempo,
• distensão celular; com o objetivo de se conseguir uma curva padrão de
• diferenciação celular. crescimento.
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Células
De modo geral, o AIA aumenta a plasticidade da pa-
rede celular, facilitando a distensão da célula.
O AIA influencia também a multiplicação celular.
Caule
O AIA pode agir como estimulador ou inibidor de
distensão celular, dependendo da concentração.
Fig. 3 – Germinação de semente de gramínea (milho).
Raiz
Várias foram as experiências realizadas por Went O AIA, aqui, também pode ser estimulador ou inibi-
para descobrir um hormônio que controlasse o cresci- dor do crescimento, dependendo da concentração.
mento, por distensão, das células de coleóptilos. A análise do gráfico abaixo mostra que a raiz é mui-
to mais sensível ao AIA que o caule.
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Pequenas concentrações de AIA estimulam o cres- sáveis a polinização e a fecundação, pois foi provado que
cimento radicular, mas, à medida que a concentração au- o tubo polínico e os embriões das sementes em desenvol-
menta, o AIA inibe o crescimento da raiz. vimento produzem AIA, que será recebido pela parede
No caule, as concentrações que promovem o máxi- do ovário, estimulando o seu crescimento.
mo crescimento devem ser muito altas. Ovários que não são polinizados normalmente caem,
não originando frutos.
Gemas laterais Pode-se provar o fato aplicando-se auxinas em ová-
O AIA produzido nas gemas apicais desloca-se pola- rios não fecundados. Estes se desenvolvem e acabam for-
rizado para a base. As gemas laterais (axilares), receben- mando frutos partenocárpicos (sem sementes).
do esse hormônio, ficam inibidas no seu desenvolvimen- A partenocarpia ocorre também, naturalmente, na ba-
to. Dizemos que o AIA produzido na gema apical provo- nana. O ovário da banana produz auxinas em quantidade
ca a dormência das gemas laterais, fenômeno conhecido suficiente para provocar o seu desenvolvimento sem fe-
por dominância apical. cundação.
Quando podamos uma planta, retiramos as gemas O AIA controla também a permanência do fruto no
apicais. Dessa maneira, cessa a inibição e, rapidamente, caule ou a sua queda (abscisão), da mesma maneira como
as gemas laterais se desenvolvem. ocorre com a folha.
Folhas Câmbio
O AIA controla a permanência da folha no caule e O AIA estimula a atividade das células do câmbio.
sua queda (abscisão). De modo geral, o fenômeno é con-
trolado pelo teor relativo de auxinas entre a folha e o cau-
le. Assim:
Estacas
• O teor de auxina na folha é maior do que no cau-
Quando as auxinas são aplicadas na porção inferior
le ⇒ permanece unida ao caule.
de uma estaca (caule cortado), estimulam as divisões ce-
• O teor de auxina na folha é menor do que no cau-
lulares e a produção de raízes adventícias. Tal fato é mui-
le ⇒ a folha se destaca e cai (abscisão). Quando tal fato
to comum em horticultura. Plantas que dificilmente se pro-
acontece, forma-se na base do pecíolo uma camada espe-
pagariam por estacas podem facilmente enraizar quando
cial de células (camada de abscisão), onde as células
tratadas com auxinas, especialmente o ácido indolbutíri-
apresentam paredes celulares finas e em desintegração.
co e o ácido naftalenoacético.
Essa camada é a responsável pela separação da folha do
caule.
Frutos
Flores
Aplicadas no ovário ou estigma de flores não fecun-
dadas, as auxinas estimulam o desenvolvimento do ová-
rio para a formação de frutos partenocárpicos.
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Fig. 11 – Fototropismo.
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Raiz: quando se coloca uma raiz na horizontal, ela Refere-se a fenômenos de crescimento, orientados em
cresce acentuadamente no lado superior, curva-se e pene- relação a uma substância química, mas que ainda não es-
tra o solo. Tal fato ainda se baseia na ação do AIA, que tão muito esclarecidos.
se desloca lateralmente, indo concentrar-se no lado infe- Podemos citar como exemplos:
rior da raiz. A concentração elevada de AIA, nessa re- 1) crescimento do tubo polínico das angiospermas à
gião, inibe o crescimento, enquanto o lado oposto fica procura do óvulo;
com o crescimento acelerado. 2) crescimento das hifas vegetativas dos fungos em
direção ao alimento.
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Fotoblásticas Fotoblásticas
Tratamento
positivas negativas
Luz branca Germinam Não germinam
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Os primeiros interferem nos efeitos de fotoperiodici- Cientistas japoneses estudaram plantas de arroz que
dade. se tornavam muito alongadas quando sofriam infecções
Os efeitos posteriores ao tratamento térmico foram por fungos do gênero Giberella. Conseguiram extrair
observados nas plantas bianuais, isto é, nas plantas que só desses fungos uma substância ativa no crescimento, que
florescem no segundo ano, depois de a planta passar por foi chamada ácido giberélico.
um frio invernal. O fato interessante é que essas plantas Depois desses estudos iniciais, outras substâncias
necessitam de um tratamento a temperaturas baixas, antes semelhantes ao ácido giberélico foram descobertas.
da formação do esboço floral. Muitas plantas bianuais são Hoje, conhecemos muitas substâncias que, generica-
fotoperiodicamente sensíveis, exigem um regime de dias mente, são conhecidas por giberelinas.
longos para completar o processo floral, inclusive depois As giberelinas foram descobertas também nos
de terem sido submetidas a temperaturas baixas. vegetais superiores, e é possível que todas as plantas
A exigência de baixa temperatura para a floração é, tenham capacidade de produzir esses hormônios.
com frequência, uma característica genética da planta.
Assim, existem certas plantas que aparecem em dois
tipos: anual e bianual.
A planta anual produz flores no mesmo ano em que
é plantada e possui um gene dominante insensível ao
frio. Sua floração depende apenas da fotoperiodicidade.
Na planta bianual, o gene é sensível ao frio e a planta só
produz as modificações químicas necessárias para a flo-
ração depois de ser submetida ao frio.
Esse fato também pode ser observado em muitas va-
riedades de cereais.
As variedades anuais, ou de primavera, produzem
flores e frutos no mesmo ano em que são plantadas.
As formas bianuais, ou de inverno, não produzem
normalmente flores e frutos enquanto não passarem por
um inverno. É claro que a baixa temperatura provoca As giberelinas são produzidas no vegetal nas(os):
mudanças químicas capazes de produzir a floração. Ao • folhas jovens;
contrário, nas variedades de primavera, a constituição • embriões de sementes jovens;
genética que determina tal mudança no vegetal faz com • frutos;
que a indução da floração se realize mesmo em tempera- • sementes em germinação etc.
turas elevadas.
Em alguns casos – do centeio, por exemplo –, o fato
de a planta ser de primavera ou de inverno depende de Ao contrário das auxinas, as giberelinas são trans-
um par de genes. O gene para primavera é dominante; e portadas sem polarização (apolar) para as demais partes
o gene para inverno, recessivo. do vegetal.
Denomina-se vernalização o tratamento ao frio a
que se submetem as plantas, com a finalidade de provo-
car a floração.
Caule
As giberelinas provocam um rápido alongamento das
Hormônio ainda não identificado na maioria das plan- células do caule.
tas. É produzido nas folhas e delas transportado até as ge- Foi observado que as plantas geneticamente anãs são
mas do caule (apical e laterais), onde determina a floração. muito mais sensíveis ao tratamento com giberelinas do
Para algumas plantas, como as bromélias, o florígeno que as plantas de tamanho normal. Baseando-se nesses
é a auxina ou o etileno. Para as plantas acaules, com folhas fatos, chegou-se à conclusão de que as plantas geneti-
em roseta (cenoura, nabo, rabanete), o florígeno é a camente anãs eram incapazes de produzir giberelinas.
giberelina.
Folhas
Como acontece no caule, as células das folhas sofrem um
7. Giberelinas acentuado alongamento quando tratadas com giberelinas.
São hormônios vegetais, descobertos no Japão em Este fator pode ser usado na horticultura, para a ob-
1930. tenção de plantas com folhas maiores e mais largas.
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Fruto
Também nesse caso as giberelinas aceleram a dis-
tensão celular.
A aplicação artificial de giberelinas em frutos jovens
pode provocar um acentuado aumento de tamanho.
Quando se aplicam giberelinas em flores fecundadas,
podemos provocar a partenocarpia, isto é, o desenvolvi-
mento do ovário para a formação de frutos sem sementes.
Semente
As giberelinas são capazes de quebrar o estado de
dormência das sementes, provocando a sua germinação.
Fig. 21 – Maturação do fruto relacionada com a respiração.
Também quebram a dormência das gemas laterais.
Floração Assim, os inibidores da respiração, como baixas tem-
As giberelinas induzem a floração de plantas acau- peraturas, concentrações altas de CO2, são capazes de
les, cujas folhas estão dispostas em roseta. inibir a maturação, mas a aplicação de etileno é capaz de
Essas plantas, para florescerem, requerem um trata- acelerar o processo.
mento ao frio durante certo tempo ou, então, um Sabemos hoje que o gás etileno é produzido no fruto,
tratamento com dias longos (veja fotoperiodismo). um pouco antes do climatério, e provavelmente desen-
Foi observado que, na época da floração, esses vege- cadeia o processo de maturação. A sua produção aumenta
tais apresentam um aumento no teor de giberelinas. muito durante o climatério.
• Em algumas plantas, o etileno é capaz de provocar
o início da floração. Ex.: abacaxi.
• O etileno é capaz de provocar a abscisão das fo-
lhas, frutos e flores.
• O etileno é capaz de provocar o aparecimento do
gancho apical no estiolamento.
9. Citocininas
São substâncias capazes de regular as divisões celu-
lares dos vegetais.
Fig. 20 – Ação das giberelinas.
8. Etileno
O gás etileno (H2C = CH2) é um produto do meta-
bolismo das células vegetais e é considerado atualmente
um hormônio vegetal. Essa substância não ocorre naturalmente nos vege-
tais. A cinetina, aplicada juntamente com auxinas, age
numa série de fenômenos:
• O gás etileno é capaz de provocar a maturação • Ativa as divisões celulares em cultura de tecidos
dos frutos. vegetais, provocando o aparecimento de callus (massa de
Foi observado que a maturação de um fruto está rela- células).
cionada com a respiração. O processo respiratório au- • A diferenciação dos tecidos na cultura depende
menta muito durante a maturação, para depois sofrer um das concentrações de cinetina/auxina.
acentuado declínio à medida que os tecidos entram em Assim: cinetina > auxina ⇒ formação de gemas;
decomposição. Esse fenômeno é o climatério. Após o cinetina = auxina ⇒ formação de callus;
climatério, o fruto inicia o processo de maturação. cinetina < auxina ⇒ formação de raízes.
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• Outra observação da atividade dessas substâncias Foi observado que, antes do período desfavorável, a
foi em gemas laterais. planta produz um hormônio, denominado ácido abscísico
A queda da dormência em gemas laterais depende da (dormina), responsável pela dormência das gemas do
relação citocinina/auxina. caule. O ABA provoca a dormência de sementes e o
Assim: auxina > citocinina ⇒ a gema lateral per- fechamento dos estômatos.
manece dormente;
auxina < citocinina ⇒ a gema lateral inicia o seu 11. Fitoalexinas
desenvolvimento.
• Muitas plantas, quando cortadas, mostram nas São produzidas pelas células vivas das plantas em
suas folhas um rápido decréscimo do conteúdo proteico resposta a uma infecção do seu corpo, provocada por
e um consequente aumento no teor de nitrogênio solúvel. fungos. Essas substâncias são fungitóxicas.
Observou-se que a aplicação de citocininas nas fo-
lhas dessas plantas resultava numa permanência maior da 12. Vitaminas
cor verde e na quantidade de proteínas. Dessa maneira, as Nos vegetais, podem ser consideradas hormônios.
citocininas são capazes de provocar um efeito antissenes- São de importância as vitaminas do Complexo B.
cente. Seriam capazes de manter a síntese de ácidos Tiamina (vitamina B1), pirodoxina (vitamina B6),
nucleicos e de proteínas por mais um tempo. ácido nicotínico são produzidos nas folhas e chegam às
raízes, onde agem no seu desenvolvimento normal.
A riboflavina (vitamina B2) parece estar relacionada
à inativação do AIA.
Zeatina
É extraída do milho: 13. Os movimentos dos vegetais
Os movimentos dos vegetais podem ser classificados
em dois tipos:
• movimentos de curvatura (crescimento);
• movimentos de locomoção (deslocamento).
14. Tropismos
As citocininas são produzidas na ponta da raiz e trans- São movimentos de curvatura (crescimento) orien-
portadas para o caule e folhas através do xilema. tados em relação a um agente excitante, isto é, dependem
da direção de onde vem o excitante.
O tropismo pode ser negativo ou positivo.
Exs.: Fototropismo Geotropismo
Folhas Tigmotropismo Quimiotropismo
Regulam o metabolismo e a senescência.
15. Nastismos
Frutos São movimentos de curvatura não orientados em re-
Estimulam a divisão celular e o crescimento. lação ao agente excitante, isto é, não dependem da dire-
ção de onde vem o excitante, e sim da simetria interna do
10. Ácido abscísico (ABA) órgão que reage.
Os nastismos só ocorrem em órgãos dorsiventrais.
Em climas temperados, as estações do ano são nítidas.
Exemplos de nastismos:
Nos períodos favoráveis (primavera e verão), as gemas
das plantas estão em intensa atividade, dividindo cons-
tantemente as suas células e promovendo o crescimento
vegetal. No período desfavorável (inverno ou uma época Há flores que se abrem quando iluminadas, fazendo
de seca), as gemas devem permanecer dormentes e prote- as pétalas um movimento de curvatura para a base da
gidas para suportar, vivas, tais períodos. corola.
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A direção dos raios luminosos não influencia a dire- a sua força de sucção, retirando água da porção inferior,
ção da reação. Esta é sempre orientada para a base da e aumentam a sua turgescência.
flor. Há outras flores que fazem o movimento contrário, Em caso de elevação da folha, ocorre o inverso. O
só se abrindo durante a noite. Essas flores, quando ilumi- fenômeno é conhecido por seismonastia.
nadas, fecham a corola.
16. Tatismos
São movimentos de deslocamento de seres vivos.
Observa-se, por exemplo, nos tentáculos das folhas Orientados em relação ao excitante, podem ser positivos
de Drosera. Estes, irritados por um inseto, sempre se ou negativos.
dobram para o interior da folha. Exemplos de tatismos:
1. (MODELO ENEM) – O crescimento das raízes e caules das plan- e) a concentração de auxina em que se observa maior cres-
tas é devido à ação de hormônios vegetais, dentre eles, as auxi- cimento do caule é menor do que aquela em que se observa
nas. Esse crescimento se deve ao alongamento das células sob a maior crescimento da raiz.
ação desses fitormônios. O gráfico mostra o que ocorre com a raiz Resolução
e o caule em relação a diferentes concentrações de auxina. O gráfico mostra que a raiz é mais sensível à auxina do que o
caule. Baixas concentrações estimulam a distensão das células
radiculares e altas concentrações a inibem.
Resposta: D
A análise do gráfico mostra que Das afirmações acima, a respeito do hormônio vegetal auxina,
a) as células das raízes e caules respondem igualmente às são verdadeiras
concentrações de auxina. a) apenas I, II e III. b) apenas II, III e IV.
b) a mesma concentração de auxina promove o máximo cresci- c) apenas I, III e IV. d) apenas III e IV.
mento das raízes e dos caules. e) I, II, III e IV.
c) o crescimento, tanto das raízes como dos caules, é direta- Resolução
mente proporcional às concentrações crescentes de auxina. IV. Falsa. As auxinas estimulam o crescimento do fruto, mas não
d) concentrações elevadas de auxina que promovem o cresci- induzem o seu amadurecimento, que é provocado pelo etileno.
mento do caule são inibidoras do crescimento das raízes. Resposta: A
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3. (UNESP) – Em ruas e avenidas arborizadas, periodicamente as Observando os resultados, o pesquisador chegou à seguinte
companhias distribuidoras de eletricidade realizam cortes da parte conclusão:
superior das árvores que estão em contato com os fios elétricos a) O efeito das auxinas A e B depende do órgão em que atuam.
de alta tensão. As podas são necessárias para se evitarem proble- b) A ação da auxina é diretamente proporcional à concentração
mas que podem ocorrer em dias chuvosos e de fortes ventos. de auxina usada.
a) O que deverá acontecer com as árvores após o corte da região c) A ação da auxina depende da espécie vegetal considerada na
apical que estava atingindo os fios elétricos? experiência.
b) Que mecanismo explica o resultado obtido com o corte da d) Os resultados obtidos independem do tipo de auxina utilizada.
região apical? e) Os resultados obtidos com a auxina B são os mesmos que
foram obtidos apenas com água.
4. (MODELO ENEM) – Retiradas do local de origem, centenárias
figueiras tiveram suas copas podadas, antes de serem replan- 8. (VUNESP) – A técnica usada nas podas torna-se bem-sucedida
tadas em novo local. A poda das árvores é uma ação que permite quando se elimina a gema apical porque a
a) evitar a perda de água pela superfície exposta e provocar o a) ausência de auxinas produzidas pela gema apical estimula a ati-
desenvolvimento do número de gemas apicais. vidade das gemas laterais, retirando-as do estado de dormência.
b) evitar que aves e insetos quebrem os ramos e facilitar o b) presença das auxinas promove a abscisão das flores, estimu-
deslocamento da planta. lando a ramificação floral.
c) fazer o controle da produção de frutos e manter a temperatura c) giberelina estimula a produção de auxinas pelas gemas axilares.
da planta. d) presença do ácido ascórbico, produzido pela gema apical, ao
d) reduzir a perda de água pela superfície exposta e acelerar o se distribuir, inibe a atividade das gemas laterais.
desenvolvimento das gemas laterais. e) presença do etileno induz à formação de ramos pelas gemas
e) reduzir a superfície foliar, e um transporte mais rápido de subs- axilares das folhas.
tâncias.
9. (UNESP) – Considere o gráfico abaixo:
5. (FUVEST) – Para se obter a ramificação do caule de uma planta,
como a azaleia, por exemplo, deve-se
a) aplicar adubo com alto teor de fosfato na planta, de modo a
estimular a síntese de clorofila e maior produção de ramos.
b) aplicar hormônio auxina nas gemas laterais, de modo a estimu-
lar o seu desenvolvimento e consequente produção de ramos.
c) manter a planta por algum tempo no escuro, de modo a estimu-
lar a produção de gás etileno, um indutor de crescimento caulinar.
d) cortar as pontas das raízes, de modo a evitar seu desenvolvi-
mento e permitir maior crescimento das outras partes da planta.
e) cortar as pontas dos ramos, de modo a eliminar as gemas
apicais que produzem hormônios inibidores do desenvolvi-
mento das gemas laterais.
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11. (UFPB) – Analisando-se o gráfico abaixo, é correto afirmar que: 14. (FUVEST) – Um pesquisador dividiu um lote de plantas jovens em
quatro grupos, dos quais três receberam os tratamentos
indicados a seguir e o quarto foi usado como controle.
As plantas foram então iluminadas unilateralmente.
As plantas
As plantas tiveram as
a) o caule é mais sensível ao AIA do que a raiz. As plantas As plantas
tiveram o folhas
tiveram as não sofreram
b) tanto a raiz como o caule são inibidos em concentrações mais ápice coberto retiradas e o
folhas nenhuma
baixas do AIA. com papel à ápice coberto
retiradas alteração
c) numa determinada concentração, o AIA pode, ao mesmo tem- prova de luz com papel à
po, agir inibindo um órgão (raiz ou caule) e estimulando outro. prova de luz
d) a raiz só é inibida em contrações mais baixas do AIA.
e) raiz e caule só são estimulados em concentrações mais altas
Quais das plantas se curvam em direção à fonte de luz, tal como
do AIA.
as plantas do lote de controle?
a) Nenhuma delas.
12. (MODELO ENEM) – O esquema abaixo representa uma experiên- b) Somente as plantas do grupo I.
cia com hormônios vegetais. c) Somente as plantas do grupo II.
d) Somente as plantas dos grupos I e II.
e) Somente as plantas dos grupos I, II e III.
c) d)
e)
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17. (PUC-SP) – A seguir está representado, esquematicamente, o 22. (FUVEST) – Dois lotes de sementes de uma determinada espécie
ápice de um caule. A seta indica o ponto onde a luz incide. de planta foram semeados, conforme o quadro a seguir:
Lote Condições % de Germinação
I Superfície do solo 97%
II Coberto com terra 2%
Pode-se, então, deduzir que a maior concentração de auxina será 23. O diagrama representa esquematicamente um experimento em
na região numerada por que se verifica a influência do tempo de exposição à luz no pro-
a) 1, mantendo-se o crescimento para cima. cesso de floração, em plantas de dia curto.
b) 2, o que explicará o geotropismo negativo dos caules.
c) 3, o que fará com que o caule cresça no sentido da fonte
luminosa.
d) 3, o que explicará o fototropismo positivo do caule.
e) 4, o que fará com que o caule cresça no sentido da fonte
luminosa.
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25. (FUVEST) – Foi realizado um experimento envolvendo plantas de Considere também os seguintes experimentos realizados com
dia longo e plantas de dia curto, ambas com fotoperíodo crítico de plantas da mesma espécie, submetidas ao fotoperíodo adequado:
12h. Essas plantas foram submetidas a três tratamentos dife- I. planta com muitas folhas;
rentes: II. planta da qual foram retiradas todas as folhas;
I. 14h de luz e 10h de escuro; III. planta da qual foram retiradas todas as folhas, exceto uma.
II. 11h de luz e 13h de escuro;
III. 11h de luz, 3h de escuro, flash de luz e 10h de escuro. Segundo o texto apresentado, espera-se que, nos experimentos
realizados, surjam flores somente em
Com os tratamentos I e III, apenas as plantas de dia longo flores- a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.
ceram; com o tratamento II, floresceram apenas as de dia curto.
Os resultados desse experimento permitem concluir que
a) a floração é controlada pela duração do período contínuo de luz. 30. Observando a tabela abaixo, é correto afirmar
b) a floração é controlada pela duração do período contínuo de
escuro.
c) a floração independe do período de iluminação.
d) o flash de luz interfere apenas na floração das plantas de dia curto.
e) o flash de luz interfere apenas na floração das plantas de dia
longo.
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43. (UERJ) – O esquema a seguir mostra uma célula da alga Spirogyra 45. (PUC) – Se uma planta envasada, em início de crescimento, for
e bactérias. colocada de lado, como indica o esquema a seguir, qual das
alternativas a seguir mostra corretamente o que vai ocorrer com
o caule e a raiz dessa planta em relação a seu crescimento?
44. Se você fosse semear duas espécies de plantas, uma com se- 46. O fotoperiodismo (duração dos dias e das noites) tem influência
mentes fotoblásticas negativas (I) e outra com sementes no crescimento e desenvolvimento das plantas e é responsável
fotoblásticas positivas (II), você as semearia da seguinte forma, por
para obter boa germinação: a) retardar a floração e frutificação das plantas.
a) Deixaria ambas as sementes à superfície da terra. b) iniciar a floração de muitas plantas e provocar a queda das
b) Antes de semear, exporia (I) à luz vermelha de 740nm e en- folhas no outono.
terraria ambas. c) provocar a senescência dos frutos.
c) Antes de semear, exporia (II) à luz vermelha de 740nm e en- d) estimular o crescimento do caule e a germinação de
terraria ambas. sementes.
d) Cobriria (I) com terra e deixaria (II) à superfície. e) inibir o crescimento do sistema radicular.
e) Cobriria (II) com terra e deixaria (I) à superfície.
3) a) Desenvolvimento das gemas laterais para formação de 8) A dominância do AIA acontece do ápice para a base da planta.
novos ramos. Resposta: A
b) As gemas apicais produzem hormônios que inibem o
9) Quando a taxa de auxinas na folha é maior do que no caule, a
desenvolvimento das gemas laterais.
folha permanece unida ao caule.
Resposta: A
4) A poda evita a transpiração foliar e acelera o desenvolvimen-
to das gemas laterais porque impede a inibição apical.
10) As auxinas estimulam o desenvolvimento das raízes quando
Resposta: D
em baixas concentrações.
Resposta: D
5) As gemas apicais produzem hormônios que inibem o desen-
volvimento das gemas laterais. Sem a gema apical, as gemas
11) Raízes, gemas e caules de uma planta respondem de formas
laterais brotam, porque não estão inibidas.
diferentes às variações de (AIA); portanto, determinada
Resposta: E
concentração de hormônio pode estimular um órgão e inibir
outro.
6) A alta taxa de hormônios apicais inibe as gemas laterais, que
Resposta: C
são muito sensíveis; portanto, quando podamos, as gemas
brotam, porque recebem menos hormônios.
Resposta: E 12) Quando a raiz está na horizontal, o AIA se desloca lateralmen-
te, concentrando-se no lado inferior, inibindo o crescimento
7) Raízes, gemas e caules de uma planta respondem de formas nesta parte e promovendo o crescimento do lado superior.
diferentes às variações de (AIA). Raízes respondem à baixa Resposta: D
taxa de (AIA); gemas respondem a taxas maiores do
hormônio do que a raiz. O caule precisa de altas taxas 13) A luz provoca o deslocamento das auxinas, que se concen-
hormonais para seu desenvolvimento. tram do lado escuro, promovendo o crescimento desse lado
Resposta: A do caule.
Resposta: C
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14) A distribuição do AIA se dá no sentido do ápice para a base; 30) Os tomateiros podem ser classificados como plantas indife-
portanto, iluminada unilateralmente, ocorrerá o desloca- rentes ao fotoperiodismo.
mento do hormônio para o lado oposto (escuro), pro- Resposta: B
movendo a curvatura do caule na direção da luz.
Resposta: B 31) O gás etileno é produzido no metabolismo das células
vegetais e considerado um hormônio vegetal.
15) Geotropismo – é o crescimento orientado pela gravidade. Resposta: A
Resposta: A
32) O gás etileno é produzido pelos frutos um pouco antes do seu
16) A principal produção de AIA é no ápice do caule. O ágar usado apodrecimento.
no experimento possui AIA, assim haverá a mesma resposta Resposta: D
de coleóptilos intactos.
Resposta: C 33) O gás etileno é produzido no metabolismo e acelera o
amdurecimento dos frutos.
17) A luz provoca o deslocamento das auxinas, que se concen- Resposta: E
tram do lado 4, aumentando a concentração e promovendo o
crescimento nessa porção do caule. 34) Algumas espécies têm floração estimulada na presença do
Resposta: E gás etileno.
Resposta: B
18) A luz provoca o deslocamento das auxinas, que se concen-
tram na região I, aumentando a concentração e promovendo 35) O gás etileno é capaz de provocar abscisão das folhas.
maior elongação das células nessa região da planta. Resposta: A
Resposta: E
36) O gás etileno é produzido pelos frutos maduros. Então, para
19) O aumento da temperatura e da luminosidade promove o evitar a perda da colheita, os produtores os coletam verdes.
aumento do metabolismo geral da planta e, portanto, da taxa Resposta: D
fotossintética e da produção de hormônios, promovendo
brotamento, floração e frutificação. 37) O ácido abscísico (ABA) provoca a dormência de sementes e
Resposta: D o fechamento dos estômatos.
Resposta: D
20) O número de horas de exposição à luminosidade ou fotoperio-
dismo é essencial para vários processos fisiológicos, como 38) O gás etileno está relacionado com o amadurecimento da
floração, abscisão das folhas e formação de raízes tuberosas, planta, principalmente frutos e folhas.
entre outros. Resposta: C
Resposta: E
39) Os diferentes hormônios produzidos pelas células vegetais
21) A abscisão de folhas é um dos processos fisiológicos influen- favorecem os processos de germinação, crescimento e
ciados pelo comprimento do dia. amadurecimento de flores e frutos.
Resposta: D Resposta: B
22) Fotoblastismo é o efeito da luz sobre a quebra da dormência 40) Tropismos são fenômenos de curvatura (crescimento)
da semente e pode ser positivo ou negativo. orientados em relação a um agente excitante.
Resposta: A Resposta: E
23) Itens falsos:
II – A não floração decorre da diminuição do tempo no escuro. 41) Nastismos são movimentos de curvatura não orientados em
IV – Cada espécie possui fotoperíodo crítico para floração. relação a um agente excitante.
Resposta: B
24) O fotoperiodismo é essencial para vários processos fisioló-
gicos, como floração, abscisão de folhas, formação de raízes 42) Tigmonastismos são movimentos que acontecem nas folhas
tuberosas e formação de bulbos. de algumas plantas quando tocadas por insetos.
Resposta: D Resposta: B
25) A continuidade do tempo no escuro determina processos 43) Quimiotatismo é o movimento cujo agente excitante é uma
fisiológicos, como produção de hormônios que permitem a substância química.
floração. Resposta: D
Resposta: B
44) Sementes fotoblásticas positivas – germinam na presença de
26) Plantas de dia curto só florescem quando o tempo de luz.
exposição à luz for inferior a um valor crítico. Sementes fotoblásticas negativas – germinam na ausência de
Resposta: C luz.
Resposta: D
27) Estiolamento é um mecanismo adaptativo que promove o
alongamento rápido do caule, sem folhas, em direção à 45) a) C – porque o caule cresce em sentido oposto à gravidade
superfície do solo e/ou em direção à luz. e a raiz no mesmo sentido que a gravidade.
Resposta: B b) caule – geotropismo negativo / raiz – geotropismo
positivo.
28) Trata-se de uma planta de dia curto, com fotoperíodo crítico
de 15 horas. 46) O fotoperiodismo influi na floração de muitas plantas e na
Resposta: B queda de folhas de vegetais caducifólios.
Resposta: B
29) Nas folhas, acontecem importantes processos fisiológicos para
o desenvolvimento das plantas: fotossíntese, respiração,
transpiração e produção de hormônios.
Resposta: E
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35 OS TECIDOS VEGETAIS
O crescimento da planta pode ser primário ou secundário. O primário é determinado pelos meristemas
localizados nas pontas do caule e da raiz; e o secundário, pelos meristemas laterais: felogênio e câmbio.
Esses pontos vegetativos são formados por certo nú- Periblema ou meristema fundamental: responsável
mero de células iniciais, as quais, vistas ao microscópio, pela formação da casca ou córtex e da medula (Fig. 3).
tomam aproximadamente a forma cônica. Por divisão
dessas células, obtêm-se outros tecidos meristemáticos
primários, os quais, por sua vez, diferenciam-se nos teci-
dos adultos primários. Assim, as células iniciais, compo-
nentes do ponto vegetativo radicular, dividem-se, for-
mando três zonas meristemáticas primárias, que, da peri-
feria para o centro, são chamadas:
Dermatogênio ou protoderme: responsável pela
formação da epiderme.
Periblema ou meristema fundamental: responsá-
vel pela formação da casca ou córtex, cujo limite é feito
pelo endoderma.
Pleroma ou procâmbio: responsável pela formação
do cilindro vascular.
As células produzidas por esses meristemas são en- Parênquima paliçádico: encontrado, geralmente,
viadas lateralmente, razão pela qual são também chama- abaixo da epiderme superior. É formado por células alon-
das meristemas laterais. gadas, ricas em cloroplastos, dispostas à maneira de uma
Entre os meristemas secundários, podemos citar o paliçada; os espaços intercelulares são meatos.
felogênio, que surge na região da casca, do caule e da Funções: fotossíntese, proteção contra a transpiração,
raiz, produzindo novas células para fora (sentido centrí- filtro de luz solar.
fugo), as quais formarão, por diferenciação, o tecido su- Parênquima lacunoso: encontrado, geralmente, aci-
beroso ou cortiça, e para dentro (sentido centrípeto), cé- ma da epiderme inferior. É formado por células arredon-
lulas que se especializarão em feloderma. dadas ou irregulares, deixando grandes lacunas entre
Câmbio: surge na região do cilindro central do cau- elas. Os cloroplastos dessas células são grandes, quando
le e da raiz, formando novas células para dentro, que se comparados com os do parênquima paliçádico.
especializam, constituindo o tecido de condução secun-
dário (xilema secundário), e células para fora, que se di-
ferenciam no floema secundário. Além de constituir o
tecido de condução, o câmbio também produz novas cé-
lulas parenquimáticas que formam os chamados raios
medulares. Fig. 4 – Aspecto tridimensional de uma célula típica de parênquima.
Função: fotossíntese.
3. Tecidos adultos
Esses tecidos se caracterizam por apresentar células
especializadas, que perderam, em grau maior ou menor,
a capacidade de divisão celular. Suas células realizam
funções determinadas dentro do corpo vegetal.
Um dos fatores que bem caracterizam o tecido adul-
to é a presença dos espaços intercelulares, relacionados
com a circulação de gases por difusão. Esses espaços in-
tercelulares são classificados arbitrariamente em três ti-
pos, dependendo do seu tamanho:
Meatos: espaços intercelulares pequenos, menores
do que as células que os circundam.
Lacunas: espaços que apresentam, aproximadamen- Fig. 5 – Aspecto de um corte transversal de folha,
te, o mesmo tamanho das células que os delimitam. mostrando o mesófilo com os parênquimas paliçádico e lacunoso.
Câmaras: grandes cavidades encontradas dentro dos
tecidos vegetais.
Passamos agora a descrever os principais tecidos Relaciona-se com a reserva de várias substâncias:
vegetais adultos. amido, água, ar, caroteno, sacarose, licopeno, taninos etc.
Parênquima amilífero: é o mais frequente, geral-
mente encontrado em órgãos subterrâneos não expostos à
É um tecido formado por células vivas, pouco espe- luz (raízes e caules). O amido é encontrado nos amilo-
cializadas, capazes de crescer e também de se dividir. Es- plastos ou grãos de amido.
sas células geralmente são poliédricas (parenquimáticas), Parênquima aquífero: relacionado com o acúmulo
mas podem aparecer alongadas ou mesmo estreladas. A de água, é encontrado principalmente em plantas de re-
parede celulósica geralmente é primária. Pode ser tecido giões secas. As células desse parênquima são providas de
primário ou secundário, desempenhando várias funções, uma substância mucilaginosa, que se embebe fortemente
como fotossíntese, reserva, origem de estruturas adventí- com água, promovendo a sua retenção.
cias, secreção e excreção. Ocorre na casca e na medula
do caule e na raiz, formando raios medulares, mesófilos
da folhas etc. Existem vários tipos de parênquima:
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Escudo
Epiderme
Parênquima aquífero
Fig. 15 – Corte transversal da epiderme.
Fig. 13 – Corte radial de uma escama.
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Felogênio
Como já vimos, é um meristema secundário que
ocorre na região da casca – tanto do caule como da raiz
– das plantas que apresentam crescimento secundário em
espessura.
Pela atividade do felogênio, são produzidas novas cé-
lulas para o exterior, que se vão transformando em súber ou
cortiça, e novas células para o interior, que formarão o felo-
derma.
Súber ou cortiça
É um tecido formado por células mortas, geralmente
com formas prismáticas, pela suberificação de suas
paredes celulares.
Com frequência, o lúmen celular está cheio de ar e as
Fig. 20 – Corte longitudinal do floema. células são justapostas, sem deixar espaços intercelulares.
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A suberificação consiste na deposição de suberina Como esses tecidos são mortos, não conseguem acom-
(substância graxa) sobre a membrana primária, geral- panhar o crescimento secundário em espessura que está
mente formando várias camadas. ocorrendo e, em consequência, o ritidoma começa a se
O súber é um tecido de proteção que substitui a epi- romper e cair. A queda do ritidoma pode ser observada em
derme no caule e na raiz. Protege contra ferimentos, per- plantas como a jabuticabeira e a goiabeira, que descascam
da de água por transpiração e também contra variações completamente em determinadas épocas do ano, ou em ou-
de temperatura, já que constitui um eficiente isolamento tras plantas, nas quais o ritidoma cai em pedacinhos, dei-
térmico para as plantas. xando a superfície do caule sulcada e intensamente rugosa.
No súber, encontramos, com frequência, as lenticelas, Finalmente, podemos considerar que, quando uma
que formam saliências macroscópicas nesse tecido. O fe- planta sofre um ferimento, com frequência surge um me-
logênio apresenta, na região da lenticela, maior atividade e ristema de cicatrização, cujo funcionamento é seme-
acaba por produzir um conjunto de células para o meio ex- lhante ao felogênio, que surge naturalmente. Esses meris-
terno, que se caracteriza pela presença de espaços interce- temas de cicatrização produzem súber e feloderma, for-
lulares. Esse é um aspecto, aliás, que difere grandemente mando também um periderma na região ferida.
do tecido suberoso. Esses espaços intercelulares se abrem
para o meio externo e, por eles, podem acontecer trocas
gasosas. Essas trocas ocorrem sem o controle do vegetal,
uma vez que esses poros não são reguláveis.
Nos vegetais, nem sempre se pode distinguir a excre-
ção da secreção.
A excreção seria todo material produzido e não mais
aproveitado no metabolismo vegetal.
A secreção seria o material resultante do metabolis-
mo e que ainda pode ser aproveitado.
Como os vegetais acumulam o material de secreção
e excreção, nem sempre é possível distinguir uma coisa
de outra.
Vários são os elementos que participam da secreção
e da excreção: células secretoras, papilas e pelos secre-
Fig. 22 – Caule mostrando lenticelas.
tores, bolsas secretoras e vasos resiníferos, tubos lac-
tíferos, hidatódios e nectários.
Células secretoras
São células isoladas, praticamente existentes em
qualquer ordem, e que produzem as mais variadas subs-
tâncias. Existem dois casos de células que já conhece-
mos: o de células produtoras de CaC2O4 (oxalato de cál-
cio) e o da célula epidérmica, produtora de cistólito.
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1. (MODELO ENEM) – Ao comermos uma porção de batata frita 2. (UFCE – MODELO ENEM) – Nas células meristemáticas, é co-
ingerimos um tecido vegetal rico em um composto orgânico mum a observação de
energético. O tecido vegetal e o composto orgânico referidos são, a) grandes vacúolos.
respectivamente, b) citoplasma parietal.
c) figuras mitóticas.
a) colênquima e amido. b) esclerênquima e amido.
d) divisão meiótica.
c) parênquima e lipídio d) parênquima e amido. e) núcleo periférico.
e) colênquima e lipídio. Resolução
Resolução Resposta: C
O tecido vegetal com função de reserva é o parênquima. No caso
da batata, encontram-se células do parênquima ricas em
amiloplastos, organoides citoplasmáticos que armazenam amido.
Resposta: D
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3. Quais são as estruturas vegetais relacionadas com as trocas ga- 12. (UFPA) – A madeira utilizada comercialmente é um tecido vegetal
sosas nos vegetais? denominado
a) súber ou cortiça. b) parênquima. c) xilema.
4. Considerando-se uma angiosperma arbórea, verifica-se que três d) esclerênquima. e) líber.
tecidos estão relacionados com a sua sustentação mecânica.
Quais são eles? 13. Assinale o conceito errado:
a) Os vasos lenhosos são mortos, com paredes celulares lignifi-
5. Os meristemas vegetais, quando examinados ao microscópio, cadas, e transportam água e nutrientes minerais.
apresentam abundância de b) Os afídeos são animais parasitas de plantas e, com seus apa-
a) reservas. b) figuras de mitose. relhos bucais, atingem o floema dos vegetais, extraindo a sei-
c) figuras de meiose. d) tecido lenhoso. va elaborada.
e) tecido vascular. c) O esclerênquima é tecido de sustentação mecânica, formado
por células mortas e lignificadas.
6. Em relação aos meristemas secundários, é correto afirmar que d) O súber (cortiça) apresenta células mortas, cheias de ar, im-
a) promovem o crescimento em comprimento. pregnadas com suberina, originadas do câmbio.
b) os mais importantes são o câmbio e o felogênio. e) Os estômatos são anexos epidérmicos encontrados, principal-
c) o câmbio é encontrado somente nas raízes. mente, nas folhas.
d) o felogênio renova e aumenta as raízes das plantas.
e) o câmbio produz a cortiça. 14. O xilema é um tecido especializado
a) no transporte de seiva elaborada.
7. (PUC) – O câmbio e o felogênio são duas formações vegetais b) na fotossíntese.
constituídas por tecido c) no transporte de seiva bruta.
a) meristemático de crescimento. d) na transpiração.
b) meristemático, de crescimento em comprimento, existente na e) na respiração.
raiz.
c) diferenciado, de crescimento, existente no caule e raiz. 15. Dos tecidos vegetais abaixo, somente uma alternativa contém
d) diferenciado para condução, existente nas angiospermas. apenas tecidos constituídos por células mortas. Assinale-a:
e) diferenciado para promover absorção de água, existente nas a) Súber, epiderme, xilema.
raízes. b) Súber, esclerênquima, xilema.
c) Epiderme, esclerênquima, floema.
8. (UFAL) – Dos tecidos vegetais abaixo, é formador do súber: d) Súber, colênquima, xilema.
a) felogênio. b) parênquima secundário. e) Epiderme, colênquima, floema.
c) feloderma. d) floema secundário.
e) cilindro lenhoso. 16. (UnB) – Julgue as frases abaixo:
(0) Os parênquimas são tecidos vegetais vivos e com grande ca-
9. (UFBA) – Qual dos seguintes conjuntos de características é pacidade de divisão celular.
comum a todos os tecidos de sustentação dos vegetais? (1) O câmbio vascular produz floema e xilema secundários.
a) Células mortas, localização periférica e presença de lignina. (2) Colênquima, parênquima, epiderme e floema são tecidos ve-
b) Células em atividade, localização interna e parede reforçada getais formados por células vivas.
com substâncias diversas. (3) Xilema, esclerênquima e meristema possuem células mortas.
c) Células mortas ou em atividade, localização variada e parede (4) Pelos absorventes aumentam a superfície de absorção de
reforçada com substâncias diversas. água e nutrientes minerais nas raízes.
d) Células alongadas, localização periférica e presença de lignina
ou de celulose. 17. Nos últimos anos, muitas empresas automobilísticas voltaram a
e) Células alongadas, mortas, localização interna e parede refor- utilizar fibras de origem vegetal, biodegradáveis, na confecção de
çada com substâncias diversas. várias peças dos automóveis. O tecido vegetal que está sendo
utilizado na confecção dessas peças é o
10. (UFSE) – A conhecida cortiça, de tão larga aplicação na fabricação a) xilema. b) floema. c) meristema.
de rolhas, é retirada de árvores que apresentam abundância do te- d) colênquima. e) esclerênquima.
cido denominado
a) súber. b) lenho. 18. (UFLA) – O esquema a seguir representa uma planta do grupo
c) colênquima. d) esclerênquima. das angiospermas com estruturas numeradas de I a V.
e) líber.
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19. Pontas de raízes são utilizadas para o estudo dos cromossomos III. Os meristemas secundários são responsáveis pelo cresci-
de plantas por apresentarem células mento diametral da planta, isto é, são responsáveis pelo alar-
a) com cromossomos gigantes do tipo politênico. gamento vegetal.
b) com grande número de mitocôndrias. IV. Felogênio e câmbio são os dois tipos de meristemas secun-
c) dotadas de nucléolos bem desenvolvidos. dários.
d) em divisão mitótica. Assinale a alternativa correta.
e) em processo de diferenciação. a) Todas as proposições estão corretas.
b) Todas as proposições estão incorretas.
20. (UEPB) – Os tecidos meristemáticos ou meristemas são tecidos c) Apenas a proposição I está correta.
embrionários ou formativos, responsáveis pelo crescimento dos d) Apenas as proposições II e III estão corretas.
vegetais. Sobre os meristemas, analise as proposições seguintes: e) Apenas as proposições III e IV estão corretas.
I. Os meristemas primários originam-se diretamente das células
do embrião da planta e localizam-se no ápice e ao longo do 21. Células vegetais com núcleo grande, vacúolos pequenos e nu-
caule. merosos, alta atividade metabólica e mitoses sucessivas são
II. Os meristemas primários caracterizam-se por promover o características de
crescimento em extensão (longitudinal) da planta, denominado a) floema. b) xilema. c) parênquima.
crescimento primário. d) colênquima. e) meristema.
3) Epiderme – estômatos. 14) Conduz água e sais minerais, de maneira ascendente, com
Súber – lenticelas. pressão negativa, logo necessita de reforço em suas células:
características presentes no xilema.
4) Colênquima, esclerênquima e lenho (xilema). Resposta: C
5) Células meristemáticas dividem-se continuamente por 15) Súber: reforço de suberina (substância graxa).
mitose. Esclerênquima e xilema: reforço de lignina.
Resposta: B Resposta: B
6) O câmbio forma novas células para dentro, constituindo o 16) (0) F (Grande capacidade de divisão celular caracteriza o
tecido de condução secundário (xilema secundário), e células meristema).
para fora, que se diferenciam no floema secundário. O (1) V (Para dentro: xilema secundário; para fora: floema
felogênio surge na região da casca do caule e da raiz, secundário).
produzindo novas células para fora, que, por diferenciação, (2) V (Não apresentam reforço de lignina, sendo, portanto,
formarão o tecido suberoso ou cortiça, e para dentro, células formados por células vivas).
que se especializarão em feloderma. (3) F (Meristemas são formados por células vivas).
Resposta: B (4) V (Formam a região pilífera, responsável pela absorção
da seiva bruta).
7) Crescimento secundário em espessura (meristema secun-
dário). 17) O esclerênquima é um tecido de sustentação mecânica,
Resposta: A formado por células mortas, extremamente lignificados, o
que lhes dá muita rigidez.
8) O felogênio surge na região da casca, produzindo células que, Resposta: E
por diferenciação, originam o tecido suberoso.
Resposta: A 18) Meristemas primários são encontrados nos ápices (pontas) do
caule e da raiz, formando os pontos vegetativos.
9) Células mortas e reforçadas com lignina: esclerênquima e Resposta: E
xilema (lenho).
Células vivas, sem reforço de lignina, apresentam celulose e 19) As células meristemáticas apresentam grande capacidade de
substâncias pécticas: colênquima. divisão mitótica.
Resposta: C Resposta: D
10) O súber da casca é um tecido originado do felogênio. 20) I. V (Determinando o crescimento em comprimento).
Resposta: A II. V (Crescimento em comprimento pelo fato de o tecido
estar localizado nas regiões de ápice).
11) Por se tratar de um tecido vivo, o colênquima não apresenta III. V (Crescimento em espessura, formando o felogênio e o
reforço de lignina. Ao contrário, o esclerênquima, por ser câmbio).
formado por células mortas, possui reforço de lignina. IV. V (Ambos responsáveis pelo desenvolvimento em espes-
Resposta: A sura).
Resposta: A
12) Por ser um tecido formado por células mortas, reforçadas por
lignina, o xilema é um tecido resistente e compacto. 21) A intensa capacidade de divisão celular é característica típica
Resposta: C do meristema.
Resposta: E
13) O súber é um tecido originado a partir do felogênio.
Resposta: D
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CAPÍTULO Ecologia
45 OS CONCEITOS
ECOLÓGICOS
A palavra ecologia deriva do grego oikos = casa, ambiente + logos = estudo. Na verdade, a ecologia estuda os seres
vivos sob o ponto de vista das relações que mantêm entre si e com o meio ambiente. Atualmente, a ecologia tem sido
definida como a ciência que estuda os ecossistemas.
2. A importância da ecologia
A ecologia é assunto diário na imprensa, no rádio e
na televisão, constituindo um dos temas mais comenta-
dos na atualidade.
Em virtude dos grandes desastres ecológicos que se
sucedem, tal ciência passa a adquirir grande importância
prática. O homem é o ser vivo que mais agride o ambiente.
Até certo tempo atrás, o homem acreditava que podia inter-
Fig. 1 – Cactos do ecossistema do deserto no estado de Arizona (EUA). ferir à vontade. Aos poucos, porém, percebeu que os
subprodutos de sua indústria, ao destruírem vegetais, dimi-
Os ecossistemas são sistemas equilibrados. Assim, por nuíam a quantidade de alimento dos ecossistemas e baixa-
exemplo, um ecossistema consome certa quantidade de vam a produção de oxigênio. E que, matando indiscrimina-
gás carbônico e água, enquanto produz determinado volu- damente insetos através de pesticidas, impedia a poli-
me de oxigênio e alimento. Qualquer mudança na entrada nização e reprodução de plantas, provocando a morte das
ou saída desses elementos desequilibra o sistema, aves que viviam daquelas plantas. A morte das aves trazia,
alterando a produção de alimento e oxigênio. por sua vez, novas alterações ao ecossistema atacado.
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luz
12H2O + 6CO2 ⎯⎯⎯⎯→ C6H12O6 + 6H2O + 6O2
clorofila
No meio terrestre, os produtores são representados,
principalmente, pelas plantas angiospermas. No meio a-
quático, os produtores são representados pelas algas
microscópicas que compõem o fitoplâncton.
Fig. 4 – As diatomáceas são produtores do fitoplâncton. Fig. 7 – Cadeia alimentar com produtores, consumidores e decompositores.
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3. Os conceitos de
habitat e nicho ecológico
Os ecólogos usam o termo habitat para designar o
lugar específico onde o organismo vive; e a expressão
nicho ecológico para significar o papel que o organismo
exerce no ecossistema.
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3. Indique a alternativa que mostra a hierarquia correta, do mais 6. (UFSC) – Atualmente, a Biologia tem a preocupação de estudar
simples para o mais complexo, em nível ecológico: os seres vivos, não isoladamente, mas em conjunto com o meio
a) População → Indivíduo → Comunidade → Ecossistema. ambiente. De acordo com esta proposta, é correto afirmar que:
b) Ecossistema → População → Indivíduo → Comunidade. 01) Ecologia é a parte da biologia que estuda as interações dos
c) Indivíduo → População → Ecossistema → Comunidade. seres vivos, uns com os outros e com o meio ambiente.
d) Ecossistema → Comunidade → População → Indivíduo. 02) População é um conjunto de indivíduos de diferentes espé-
cies, os quais ocupam uma determinada área.
e) Indivíduo → População → Comunidade → Ecossistema.
04) Ecossistema é o conjunto de relações entre os seres vivos e
o mundo físico.
4. Analise as afirmativas abaixo, relacionadas com a ecologia.
08) Habitat é o conjunto dos hábitos ou atividades de uma deter-
I. Conjunto de seres vivos de espécies diferentes que vivem em
minada espécie.
determinado espaço, mantendo relacionamento.
16) Biosfera constitui a porção do planeta habitada pelos seres
II. Papel que o organismo desempenha dentro do seu ecos-
vivos.
sistema.
III. Complexo sistema de inter-relações entre os fatores bióticos
7. Os seres vivos dependem uns dos outros e interagem inti-
e abióticos.
mamente. Se quisermos compreender um ser vivo, temos de
IV. Conjunto de seres vivos da mesma espécie, que vivem em
tomá-lo em relação ao seu meio ambiente, compreendendo quer
determinado espaço.
o aspecto físico, quer suas interações com outros seres vivos. Ele
A que conceitos ecológicos se referem as afirmativas? deve ser considerado dentro do(da)
a) biocenose. b) biótipo. c) ecossistema.
5. (UEM) – Com relação à distribuição dos organismos na biosfera, d) biosfera. e) ecótono.
assinale o que for correto.
01) Quando duas espécies exploram nichos ecológicos se-
8. (FUVEST) – Para se conhecer completamente um ecossistema,
melhantes, estabelece-se, entre elas, competição por um ou
é necessário
mais recursos do meio.
a) fazer um levantamento de todos os níveis tróficos nele exis-
02) A comunidade de uma floresta compõe-se de populações de
tentes.
várias espécies que convivem umas com as outras e que se
b) analisar as variações climáticas, especialmente de tempera-
inter-relacionam.
tura, umidade e luz.
04) Em ambientes equilibrados, não há interferência de fatores
c) verificar a densidade das populações de animais e vegetais
abióticos sobre as populações.
que nele vivem.
08) A distribuição dos organismos independe da radiação solar
d) relacionar as condições ambientais à comunidade biótica.
que atinge a Terra.
e) relacionar os componentes da principal cadeia alimentar.
16) A biosfera é o conjunto de ecossistemas da Terra.
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9. (UNIFESP – MODELO ENEM) – Uma certa espécie de anfíbio 14. Correlacione as duas colunas, tendo por base as formas de orga-
consegue sobreviver em locais entre 18°C e 30°C de temperatura nização dos sistemas vivos.
ambiente (1). A temperatura média variando entre 20°C e 30°C pre- ( ) Conjunto de seres da mesma espécie 1. Comunidade
sente em algumas matas litorâneas do Sudeste brasileiro torna o que vivem no mesmo ambiente.
ambiente ideal para essa espécie viver (2). Esse anfíbio alimenta-se ( ) Conjunto de populações diferentes que 2. Espécie
de pequenos invertebrados, principalmente insetos, que se repro- se relacionam entre si.
duzem nas pequenas lagoas e poças d'água abundantes no interior ( ) Reunião e interação da comunidade
dessas matas (3). 3. População
com o meio físico-químico.
No texto, as informações 1, 2 e 3, referentes a essa espécie, ( ) Conjunto de ecossistemas do nosso
relacionam-se, respectivamente, a: 4. Ecossistema
planeta.
a) habitat, habitat, nicho ecológico. ( ) Indivíduos que são capazes de se repro-
b) habitat, nicho ecológico, nicho ecológico. duzir e originar descendentes férteis. 5. Biosfera
c) habitat, nicho ecológico, habitat.
d) nicho ecológico, habitat, habitat. A sequência verdadeira, de cima para baixo, é:
e) nicho ecológico, habitat, nicho ecológico. a) 4 – 1 – 3 – 5 – 2.
b) 3 – 1 – 4 – 5 – 2.
10. (UFA – MODELO ENEM) – Um observador de aves acompanhou o
c) 1 – 3 – 5 – 2 – 4.
comportamento de sanhaços e sabiás, pássaros que se alimentam
d) 5 – 1 – 4 – 3 – 2.
principalmente de frutos. O texto abaixo faz parte de suas anotações:
e) 4 – 2 – 3 – 1 – 5.
É curioso notar que os dois bandos (de sanhaços e de sabiás) visi-
tavam diariamente uma pitangueira repleta de frutos em diferentes
estágios de maturação. As duas espécies comiam somente os fru-
tos maduros. Os sanhaços se alimentavam dos frutos na própria 15. As cracas são animais marinhos que se nutrem do
árvore, nunca descendo ao chão. Os sabiás comiam apenas os fru- plâncton, na fase de larva são livre-natantes, e na
tos caídos. adulta, fixam-se nas rochas banhadas pelas ondas,
Com os dados apresentados, é possível concluir corretamente sendo animais sésseis. A figura a seguir representa duas popu-
que sanhaços e sabiás lações distintas de cracas (I e II).
a) disputam o mesmo habitat.
b) não compartilham o mesmo habitat. Alta
c) ocupam nichos ecológicos diferentes. Cracas resistentes
(I)
d) competem pelo alimento no mesmo habitat. à dessecação
Média Níveis
e) ocupam níveis tróficos diferentes na cadeia alimentar. das
Zona ocupada pelas marés
11. (UESB) – Um aquário de água doce, balanceado, contém os
Rocha populações I e II
seguintes moradores.
Baixa
15 peixes néon
vertebrados 4 bagres Cracas não resistentes
(II)
6 peixes-borboletas à dessecação
8 caracóis
invertebrados 80 oligoquetos
95 hidras verdes
Analisando-se essas informações, pode-se concluir corretamente
Esses animais constituem
que as populações I e II de cracas apresentam:
a) uma comunidade com duas populações.
a) na fase larvária, mesmo nicho ecológico, mesmo habitat e o
b) uma comunidade com seis populações.
fator limitante das duas populações é o alimento.
c) duas comunidades com seis populações.
b) na fase larvária, mesmo nicho ecológico, mesmo habitat e o
d) uma população com duas comunidades.
fator limitante das duas populações é o espaço.
e) uma população com seis comunidades.
c) na fase larvária, nichos ecológicos diferentes, mesmo habitat
12. (UNEMAT) – Abaixo, estão indicados alguns conceitos ecológicos: e o fator limitante das duas populações é o espaço.
I. Todos os seres vivos do Pantanal Mato-Grossense. d) na fase adulta, nichos ecológicos diferentes, mesmo habitat e
II. O Pantanal Mato-Grossense. o fator limitante das duas populações é a resistência à des-
III. Os jurubus do Pantanal Mato-Grossense. secação.
IV. Uma onça do pantanal caça capivaras e outros animais para e) na fase adulta, nichos ecológicos diferentes, mesmo habitat e
alimentar-se. o fator limitante das duas populações é o alimento.
Assinale a alternativa que contenha os conceitos ecológicos
correspondentes aos itens I, II, III e IV, respectivamente: 16. A biodiversidade é garantida por interações das vá-
a) Ecossistema, comunidade, população, habitat. rias formas de vida e pela estrutura heterogênea dos
b) Comunidade, ecossistema, população, nicho ecológico. habitats.
c) Ecossistema, biosfera, comunidade, nicho ecológico. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a
d) Ecótono, ecossistema, biótopo, biocenose. possibilidade de se preservarem espécies por meio da construção
e) Comunidade, população, sociedade, nicho ecológico. de “bancos genéticos” de sementes, óvulos e espermatozoides.
13. Complete a tabela abaixo. Apesar de os “bancos” preservarem espécimes (indivíduos), sua
Níveis de construção é considerada questionável do ponto de vista ecoló-
Exemplos gico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de estratégia
organização
Uma concha de molusco servindo de I. não preservaria a variabilidade genética das populações;
residência a um crustáceo. II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda
desconhecidas;
Uma lagoa com todos os seres vivos e o meio III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.
físico.
O conjunto de todos os seres vivos de uma Está correto o que se afirma em
mata na Amazônia. a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas.
Os sapos da espécie Buffus marinus vivendo d) II e III, apenas. e) I, II e III.
numa lagoa.
79
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3) A sequência dos níveis de organização em ecologia, do mais 10) Os pássaros ocupam nichos ecológicos distintos porque se
simples para o mais complexo é: indivíduo → população → alimentam dos frutos da pitangueira em locais diferentes.
comunidade → ecossistema. Resposta: C
Resposta: E
11) A comunidade do aquário contém seis populações distintas.
4) I. Comunidade (biocenose). Resposta: B
II. Nicho ecológico.
III. Ecossistema.
12) I. Comunidade: conjunto de populações interagindo.
IV. População.
II. Ecossistema: sistema de interações recíprocas entre a
comunidade (biocenose) e o ambiente (biótopo).
5) 04. Incorreto: em ecossistemas equilibrados, há interação
III. População: conjunto de organismos pertencentes à
entre fatores bióticos (seres vivos) e abióticos (iluminação,
mesma espécie vivendo em determinado ambiente.
temperatura, pressão atmosférica, salinidade etc).
IV. Nicho ecológico: conjunto de características que adaptam
08. Incorreto: A distribuição dos seres vivos na biosfera é
uma população ao seu ambiente.
influenciada pela radiação luminosa que atinge a terra.
Resposta: B
Nas regiões intertropicais, é maior a incidência luminosa
e, consequentemente, maior é a biodiversidade.
13) Habitat – Ecossistema – Comunidade – População.
6) 02. Incorreto: a população é formada por um conjunto de
indivíduos da mesma espécie.
08. Incorreto: Habitat é o espaço geográfico ocupado pela 14) A devida correlação entre as colunas está na alternativa b.
população. Resposta: B
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CAPÍTULO Ecologia
55 AS CADEIAS
ALIMENTARES
1. Cadeia alimentar
Cadeia alimentar, ou cadeia trófica, é uma sequência
de seres vivos na qual uns comem aqueles que os antece- São os carnívoros maiores, que se alimentam de car-
dem na cadeia, antes de serem comidos por aqueles que nívoros menores, como é o caso de um gavião que come
os seguem. A cadeia mostra a transferência de matéria e uma cobra.
energia através de uma série de organismos. De maneira idêntica, poderíamos definir consumido-
res de quarta ordem, quinta ordem etc.
2. Níveis tróficos Normalmente, devido ao desperdício de energia, co-
mo veremos adiante, as cadeias alimentares não ultrapas-
Na cadeia alimentar, distinguem-se os seguintes ní-
sam 5 ou 6 níveis.
veis tróficos ou alimentares:
São os vegetais autótrofos, clorofilados que, através Finalizando a cadeia trófica, aparecem os decomposi-
da fotossíntese, fixam a energia luminosa, utilizam subs- tores, biorredutores ou saprófitas, micro-organismos repre-
tâncias inorgânicas simples (água e gás carbônico) e edi- sentados por bactérias e fungos. Tais organismos atacam os
ficam substâncias orgânicas complexas (glicose, amido). cadáveres e os excrementos, decompondo-os. São muito
No meio terrestre, os principais produtores são os fa- importantes, visto que realizam a reciclagem da matéria,
nerógamos (vegetais com flores); no meio aquático ma- devolvendo os elementos químicos ao meio ambiente.
rinho, são principalmente as algas microscópicas; na
água doce, são as algas e os fanerógamos.
Vivem às expensas dos herbívoros, sendo representa- Fig. 1 – Os níveis tróficos de uma lagoa.
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Teia alimentar:
I – produtor;
II e III – consumidores primários;
IV – consumidor primário e secundário;
V e VI – consumidores secundário e terciário;
VII – consumidor secundário, terciário e quaternário.
3. Teias alimentares
Em um ecossistema, as cadeias alimentares interagem
formando redes alimentares. Na teia, representamos o
máximo de relações tróficas existentes entre os diversos
seres vivos do ecossistema e observamos que um animal, Fig. 5 – Uma teia alimentar é o entrelaçamento de várias cadeias alimentares.
por exemplo, pode pertencer a níveis tróficos diferentes.
É o caso dos onívoros, que consomem simultaneamente
animais e vegetais, e dos carnívoros, que atacam variadas
presas.
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3. (FATEC) – As relações alimentares entre os diversos organismos Com base na figura e nos conceitos de ecologia, considere as
de um ecossistema costumam ser representadas por meio de seguintes afirmações:
diagramas, denominados teias ou redes alimentares. Observe a I. Galinhas podem ocupar os níveis II e IV.
teia alimentar a seguir. II. Bactérias e fungos podem ocupar o nível VI.
III. Minhocas podem ocupar os níveis V e VI.
IV. O ser humano pode ocupar o nível III.
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5. (UNESP) – Observe o gráfico a seguir, que especifica uma teia 8. (FUVEST) – Numa comunidade interagem três populações, cons-
alimentar e os seres que dela participam. tituindo uma cadeia alimentar: produtores, consumidores primá-
gavião rios e consumidores secundários. Um fator externo provocou o
extermínio da população carnívora no tempo X.
camundongo gafanhoto
planta
Assinale:
a) se apenas I estiver correta. 11. (FUVEST) – O modo de nutrição das bactérias é muito diversifi-
b) se apenas II e III estiverem corretas. cado: existem bactérias fotossintetizantes, que obtêm energia da
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas. luz; bactérias quimiossintetizantes, que obtêm energia de reações
d) se apenas I, II e III estiverem corretas. químicas inorgânicas; bactérias saprofágicas, que se alimentam
e) se apenas IV estiver correta. de matéria orgânica morta; bactérias parasitas, que se alimentam
de hospedeiros vivos.
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Indique a alternativa que relaciona corretamente cada um dos 15. (UNIMES) – Em uma cadeia alimentar, estão presentes os seres
tipos de bactéria mencionados com sua posição na teia alimentar: vivos: cobras, gaviões, rãs, larvas e insetos. O que ocorrerá com
a introdução de caramujos, cuja única fonte de alimento são os
Fotos- Quimios-
Saprofágica Parasita produtores?
sintetizante sintetizante
a) Aumento da população de algas.
a) Decompositor Produtor Consumidor Decompositor b) Redução da população de larvas, insetos e rãs.
c) Aumento da população de rãs.
b) Consumidor Consumidor Decompositor Consumidor d) Estimulará maior intensidade de fotossíntese.
c) Produtor Consumidor Decompositor Decompositor e) Não alterará o equilíbrio ecológico.
d) Produtor Decompositor Consumidor Consumidor 16. (UFPE) – O primeiro nível trófico de qualquer ecossistema é ocu-
e) Produtor Produtor Decompositor Consumidor pado pelos organismos
a) autótrofos ou decompositores.
b) autótrofos ou consumidores.
12. (UNESP) – O esquema abaixo mostra as relações tróficas de uma c) autótrofos ou produtores.
comunidade. Cada letra representa um nível trófico. E, F, G e H d) heterótrofos ou consumidores.
indicam, respectivamente: e) heterótrofos ou produtores.
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20. (UFSCar) – Considere os seguintes organismos que compõem Considerando a possibilidade de que você possa inserir-se nessa
uma cadeia alimentar: teia, em diferentes posições, assinale a afirmativa incorreta.
I. inseto; a) Em 1, 5 e 8, você seria heterótrofo em um nível trófico com
II. gavião; maior disponibilidade energética.
III. lagarto. b) Em nenhuma posição como vegetariano você poderia ser
também carnívoro.
c) Nas posições 2 e 3, você seria carnívoro de sequências
A sequência correta desses consumidores na cadeia é:
tróficas diferentes.
a) I – II – III.
d) Em apenas três posições você seria consumidor primário
b) I – III – II.
homeotérmico.
c) II – I – III.
d) II – III – I. 24. (PUC-RJ) – O estudo da comunidade biótica do ecossistema ma-
e) III – II – I. rinho de uma faixa litorânea revelou o esquema montado a seguir.
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CAPÍTULO Ecologia
Fig. 1 – O fluxo de energia através dos níveis tróficos de um ecossistema. Fig. 2 – Fluxos da matéria e energia.
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Produtividade primária bruta é a quantidade de com- É a energia obtida pelo consumidor secundário (car-
postos orgânicos produzidos pelos vegetais fotossintéti- nívoro) ao ingerir os herbívoros.
cos, por unidade de área e tempo.
PPL = PPB – R
Trata-se da produtividade secundária bruta menos a l. O Sol é a fonte de energia para os seres vivos.
energia dispendida na respiração dos consumidores pri- 2. A maior quantidade de energia está nos produtores.
mários. 3. À medida que nos afastamos do produtor, o nível
energético vai diminuindo.
PSL = PSB – R 4. A energia que sai dos seres vivos não é reaproveitada.
5. O fluxo energético é unidirecional.
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1. O gráfico a seguir mostra o percentual de aproveita- e) os carnívoros ingerem até 50% do alimento disponível, en-
mento do alimento ingerido por herbívoros e carní- quanto os herbívoros ingerem apenas 10% do alimento dispo-
voros em relação ao seu peso corporal. nível. As quantidades de matéria orgânica assimilada são as
mesmas para os carnívoros e herbívoros.
Resolução
A análise do gráfico permite evidenciar maior aproveitamento do
alimento nos animais carnívoros.
Resposta: A
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12. (VUNESP) – O diagrama abaixo é de uma pirâmide de energia. 15. (UFPE) – A energia contida em cada nível trófico de uma cadeia
alimentar pode ser representada por gráficos em forma de pirâ-
mide, como mostrado na figura. Assinale a alternativa que apre-
senta a cadeia alimentar correspondente aos níveis tróficos 1, 2,
3 e 4, nesta ordem.
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18. Abaixo está representada uma pirâmide de biomassa: c) tem transferência bidirecional nas cadeias alimentares por
causa da ação dos decompositores.
d) transfere-se ao longo dos níveis tróficos das cadeias alimen-
tares, mantendo-se invariável.
e) aumenta à medida que é transferida de um nível trófico para
outro nas cadeias alimentares.
I II III
23. (UNESP) – João e Antônio apresentaram-se como voluntários
a) a b c para o experimento de um nutricionista. João, depois de passar
um dia em jejum, foi alimentado com 500g de milho cozido. An-
b) a c b
tônio, também depois de jejuar, foi alimentado com 500g da carne
c) b a c de um frango que cresceu alimentado apenas com milho. Com
relação à transferência de energia ao longo da cadeia alimentar,
d) b c a pode-se dizer que, no experimento,
a) a quantidade de energia obtida por Antônio foi igual àquela
e) c b a
necessária para a formação de 500g de carne de frango.
b) a quantidade de energia obtida por João foi igual àquela
20. (FUVEST) – A energia luminosa fornecida pelo Sol necessária para a formação de 500g de milho.
a) é fundamental para a manutenção das cadeias alimentares, c) João e Antônio receberam a mesma quantidade de energia,
mas não é responsável pela manutenção da pirâmide de igual àquela necessária para a formação de 500g de milho.
massa. d) João e Antônio receberam mais energia que aquela necessária
b) é captada pelos seres vivos no processo da fotossíntese e para a formação de 500g de milho.
transferida ao longo das cadeias alimentares. e) João e Antônio receberam menos energia que aquela neces-
sária para a formação de 500g de milho.
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7) Afirmações corretos: 02, 04, 08 e 32. 16) 1 – F – Na base da pirâmide, estão os produtores; no 2.°
Afirmações incorretos: 01, 16 e 64. degrau, os consumidores primários, seguidos dos
consumidores secundários e, no ápice, os consumidores
8) A maior quantidade de energia encontra-se nos produtores. A terciários.
energia diminui progressivamente de um nível trófico para o 2–V 3–V 4–V
seguinte, na direção produtor – consumidores.
Resposta: C 17) Na pirâmide de biomassa, indica-se a massa orgânica dos
organismos correspondentes a cada nível trófico, isto é,
9) Na situação III, existe a participação de mais níveis tróficos do expressa-se a massa seca (“peso seco”) de matéria
que nas situações I e II. inorgânica por nível trófico.
Resposta: C Resposta: A
13) Uma pirâmide de energia apresenta sempre o vértice para 22) Todos os seres vivos necessitam de energia para a manu-
cima, porque a quantidade de energia diminui dos tenção do seu metabolismo. Essa energia é encontrada nas
produtores aos consumidores. células como trifosfato e adenosina (ATP).
Resposta: B Resposta: B
14) Pirâmides ecológicas são representações gráficas das cadeias 23) João e Antônio atuaram como consumidores primários e
alimentares. Cada pirâmide é construída por uma série de secundários, respectivamente. À medida que o nível trófico
degraus ou retângulos sobrepostos, representando os se afasta do produtor (milho, nesse caso) a quantidade de
diversos níveis tróficos da cadeia. energia vai diminuindo.
Resposta: A Resposta: E
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CAPÍTULO Ecologia
75 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
97
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O carbono entra nos seres vivos quando os vegetais, Nos animais, é adquirido direta ou indiretamente do
utilizando o CO2 do ar ou os carbonatos e bicarbonatos Reino Vegetal durante a sua nutrição. Assim, os animais
dissolvidos na água, realizam fotossíntese. Dessa herbívoros recebem dos vegetais os compostos orgânicos
maneira, o carbono é utilizado na síntese dos compostos e, através do seu metabolismo, são capazes de transfor-
orgânicos. Da mesma maneira, as bactérias que realizam má-los e sintetizar novos tipos de substâncias orgânicas.
a quimiossíntese fabricam as suas substâncias orgânicas Tal fato também ocorre com os carnívoros, que se
a partir do carbono do CO2. alimentam dos herbívoros, e assim sucessivamente.
Como já foi visto, os compostos orgânicos formados
são os açúcares (carboidratos). Mas as plantas são capa-
zes de produzir, além dos carboidratos, proteínas,
lipídios, vitaminas, ceras etc.
4. Ciclo do oxigênio
O oxigênio ocupa cerca de 1/5 da atmosfera terrestre
(20%) e aparece dissolvido na água dos rios, oceanos, Fig. 9 – Fotossíntese e respiração são fenômenos opostos.
lagos etc., em proporções variadas, dependendo de fato-
res como pressão e temperatura. 5. Ciclo do nitrogênio
Esse gás é extremamente importante por ser combu-
rente, isto é, por permitir combustão das substâncias.
O nitrogênio é indispensável à vida, uma vez que en-
tra na constituição das proteínas e ácidos nucleicos.
Admite-se que 16% do corpo humano são constituídos
por proteínas.
A mais importante fonte de nitrogênio é a atmosfera.
Cerca de 78% do ar é formado por nitrogênio livre (N2),
mas a maioria dos seres vivos é incapaz de aproveitá-lo
no seu metabolismo.
Para melhor elucidação do ciclo do nitrogênio,
vamos dividi-lo em partes.
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energia NO–2
N2 + O2
NO–3
1. As florestas tropicais úmidas contribuem muito para c) ressalta que o aumento da temperatura decorrente de mu-
a manutenção da vida no planeta, por meio do cha- danças climáticas permite o surgimento de novas espécies.
mado sequestro de carbono atmosférico. Resultados d) mostra a importância das características das zonas frias para a
de observações sucessivas, nas últimas décadas, indicam que a manutenção de outros biomas na Terra.
floresta amazônica é capaz de absorver até 300 milhões de tone- e) evidencia a autonomia dos seres vivos em relação ao habitat,
ladas de carbono por ano. Conclui-se, portanto, que as florestas visto que eles se adaptam rapidamente às mudanças nas con-
exercem importante papel no controle dições climáticas.
a) das chuvas ácidas, que decorrem da liberação, na atmosfera, Resolução
do dióxido de carbono resultante dos desmatamentos por A morte dos ursos por afogamento, consequência da diminuição da
queimadas.
cobertura de gelo, pode causar prejuízo à biodiversidade no Ártico.
b) das inversões térmicas, causadas pelo acúmulo de dióxido de
Resposta: B
carbono resultante da não dispersão dos poluentes para as
regiões mais altas da atmosfera.
c) da destruição da camada de ozônio, causada pela liberação, na 3. A falta de água doce no Planeta será, possivelmente,
atmosfera, do dióxido de carbono contido nos gases do grupo um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se
dos clorofluorcarbonos. que, nos próximos vinte anos, a quantidade de
d) do efeito estufa provocado pelo acúmulo de carbono na at- água doce disponível para cada habitante será drasticamente re-
mosfera, resultante da queima de combustíveis fósseis, como
duzida. Por meio de seus diferentes usos e consumos, as ativida-
carvão mineral e petróleo.
e) da eutrofização das águas, decorrente da dissolução, nos rios, des humanas interferem no ciclo da água, alterando
do excesso de dióxido de carbono presente na atmosfera. a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no
Resolução Planeta.
As florestas fixam o CO2 atmosférico durante a fotossíntese, b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consu-
reduzindo o acúmulo de CO2 no ar e minimizando o efeito estufa. mo das populações.
Resposta: D c) a qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre.
d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios
2. Devido ao aquecimento global e à consequente
e lagos.
diminuição da cobertura de gelo no Ártico, aumenta
e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível
a distância que os ursos polares precisam nadar para
no Planeta.
encontrar alimentos. Apesar de exímios nadadores, eles acabam
Resolução
morrendo afogados devido ao cansaço.
Tanto a qualidade da água quanto a sua quantidade sofrerão sérias
A situação descrita acima
alterações com o aumento desordenado do consumo, causado
a) enfoca o problema da interrupção da cadeia alimentar, o qual
pelo crescimento da população mundial e do uso para a irrigação.
decorre das variações climáticas.
Resposta: B
b) alerta para prejuízos que o aquecimento global pode acarretar
à biodiversidade no Ártico.
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4. (UNICAMP) – A cidade ideal seria aquela em que cada habitante pu- a) I – síntese de aminoácidos; II – excreção; III – inspiração.
desse dispor, pelo menos, de 12m2 de área verde (dados da OMS). b) I – síntese de proteínas; II – respiração; III – nutrição autótrofa.
Curitiba supera essa meta com cerca de 55m2 por habitante. A c) I – síntese de carboidratos; II – excreção; III – nutrição hetró-
política ambiental da prefeitura dessa cidade prioriza a construção trofa.
de parques, bosques e praças que, além de proporcionar áreas de d) I – expiração; II – inspiração; III – nutrição autótrofa.
lazer, desempenham funções como amenizar o clima, melhorar a e) I – fotossíntese; II – respiração; III – nutrição heterótrofa.
qualidade do ar e equilibrar o ciclo hídrico, minimizando a ocorrên-
cia de enchentes. 8. (FUVEST – MODELO ENEM) – O gráfico mostra a variação na
a) Explique como as plantas das áreas verdes participam do ciclo concentração de gás carbônico atmosférico (CO2), nos últimos
hídrico, indicando as estruturas vegetais envolvidas nesse pro- 600 milhões de anos, estimada por diferentes métodos. A relação
cesso e as funções por elas exercidas. entre o declínio da concentração atmosférica de CO2 e o esta-
b) Qual seria o destino da água da chuva não utilizada pelas belecimento e a diversificação das plantas pode ser explicada,
plantas no ciclo hídrico? pelo menos em parte, pelo fato de as plantas
6. (UNESP) – O carbono é utilizado pelos seres vivos e posterior- a) usarem o gás carbônico na respiração celular.
mente liberado. Este ciclo está mais bem representado em: b) transformarem átomos de carbono em átomos de oxigênio.
c) resfriarem a atmosfera evitando o efeito estufa.
d) produzirem gás carbônico na degradação de moléculas de
glicose.
e) imobilizarem carbono em polímeros orgânicos, como celulose
e lignina.
102
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11. (UFPI) – Considere o seguinte esquema do ciclo do carbono: Se o número 1 representa C6H12O6 e O2, tem-se:
A B 2
I II
a) animais plantas
b) plantas animais
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Assinale a alternativa que indica corretamente as etapas que 24. (MODELO ENEM) – Um dos motivos de se alternar o cultivo de
correspondem à absorção e à liberação de gás carbônico. leguminosas (como feijão, por exemplo) com o de outras plantas,
processo que os agricultores chamam de “rotação de culturas”
ou “adubação verde”, é o fato de as leguminosas
Absorção Liberação
a) fixarem diretamente o nitrogênio atmosférico, suprindo o solo
a) I e II III e IV dos nitratos necessários ao bom desenvolvimento das plantas
com as quais se alternam.
b) III e IV I e II b) alimentarem a continuidade do ciclo do nitrogênio, pois trans-
formam o nitrato do solo em gás nitrogênio, substância básica
c) I e III II e IV para a formação dos nitratos.
d) I, II e III IV c) suprirem o solo de nitritos, produzidos pelos nódulos que
estes vegetais desenvolvem em suas raízes.
e) IV I, II e III d) contribuírem para reter a umidade do solo, condição básica
para que as plantas com as quais se alternam possam fixar
nitrogênio atmosférico.
19. (UFSCar) – Os vegetais utilizam vários minerais na sua nutrição. e) fertilizarem o solo, suprindo-o com o nitrogênio fixado pelas
bactérias que vivem nos nódulos de suas raízes.
De que maneira as bactérias Nitrosomonas e Nitrobacter podem
contribuir para esta função vital das plantas?
25. (MODELO ENEM) – O esquema abaixo representa o ciclo do ni-
20. (UNICAMP) – Um agricultor resolveu utilizar uma pequena parte trogênio.
do seu terreno para o plantio de feijão e a maior parte para o culti-
vo de milho. Colheu um pouco de feijão, mas o milho não produziu
praticamente nada. Consultou um técnico que lhe sugeriu, após
análise do solo, que plantasse no terreno uma leguminosa não
comestível, conhecida como “feijão-de-porco”. Essas plantas, de-
pois que dessem frutos, deveriam ser cortadas e misturadas com
a terra, pensando no plantio do milho no ano seguinte.
Por que o técnico sugeriu que ele plantasse uma leguminosa e
por que a planta, depois de cortada, deveria ser incorporada ao
solo?
I II III
bactérias bactérias
a) decompositores
fixadoras denitrificantes
bactérias bactérias
b) decompositores
simbióticas nitrificantes
22. (UNESP) – A fixação biológica de nitrogênio vem sendo estudada bactérias bactérias
e) decompositores
há 50 anos. Neste período, muitos conhecimentos em relação a parasitas denitrificantes
esse processo foram produzidos.
a) Quais são os organismos responsáveis pela fixação biológica
de nitrogênio?
b) Por que a presença desses organismos no solo contribui para 26. (UEL) – A questão da utilização da soja transgênica no Brasil cons-
sua fertilização? titui um debate polêmico. Dentre os argumentos contrários à sua
utilização, destaca-se a possibilidade de se utilizar na sua cultura
23. (ESC. SUP. DE AGRIC. DE LAVRAS) – Os processos abaixo nu- maiores quantidades de herbicidas, o que poderia ser danoso ao
merados fazem parte do ciclo biológico do nitrogênio: meio ambiente e às bactérias que vivem em nódulos de suas raí-
I. Fixação do nitrogênio do ar. zes. A importância destas bactérias nesta cultura é grande, pois elas
II. Devolução do nitrogênio para o ar. a) utilizam o nitrogênio do ar para a síntese de aminoácidos.
III. Transformação de compostos orgânicos em amônia. b) transformam o nitrogênio do ar em nitratos.
IV. Transformação de amônia em nitritos e nitratos. c) são capazes de converter o nitrogênio do ar em proteínas e
amido.
As bactérias são capazes de realizar d) são importantes na fixação do enxofre.
a) apenas os processos I e II. e) assimilam o fósforo do solo tornando-o disponível para a
b) apenas os processos III e IV. planta.
c) apenas os processos I, II e III.
d) apenas os processos I, II e IV.
e) os processos I, II, III e IV.
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27. (VUNESP) – Observe as duas reações, indicadas abaixo, que ocor- 32. Pesquisas recentes estimam o seguinte perfil da
rem na biosfera: concentração de oxigênio (O2) atmosférico ao longo
da história evolutiva da Terra:
+ –
(1) NH4 + 2O2 → 2H2O + NO2 + energia
– –
(2) 2NO2 + O2 → 2NO3 + energia
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4) a) As plantas absorvem água do solo através dos pelos ab- 14) O gás carbônico é absorvido pelos produtores no processo da
sorventes radiculares. O transporte da água até as folhas fotossíntese, no qual o oxigênio é liberado para a atmosfera
é realizado pelos vasos condutores do xilema (lenho). As e incorporado aos seres vivos. Durante a respiração de
plantas e animais, e também através da decomposição, o CO2
folhas eliminam a maior parte da água recebida através
é devolvido para a atmosfera.
dos estômatos, fenômeno conhecido por transpiração. Resposta: C
b) A água não utilizada pelas plantas pode evaporar-se para
a atmosfera, correr para os rios e lagos ou infiltrar-se no 15) C6H12O6 = glicose
solo para formar os lençóis freáticos. A glicose é sintetizada pelos produtores através da fotos-
síntese e utilizada no processo da respiração celular, que
5) I e II – Transpiração. libera como produtos principais CO2 e H2O.
III – Nutrição. Resposta: A
IV – Absorção.
16) A respiração celular é o processo realizado pelos seres vivos
V – Excreção/Egestão.
para obtenção de energia e pode ser resumido através da
seguinte equação química:
6) O carbono entra nos seres vivos quando os vegetais, utilizan-
do o CO2 do ar ou os carbonatos e bicarbonatos dissolvidos C6H12O6 + O2 ⎯⎯→ CO2 + H2O + energia
na água, realizam fotossíntese. O carbono das plantas pode (glicose) (oxigênio) (gás (água)
ser devolvido para a atmosfera sob a forma de CO2 pela carbônico)
respiração; passar para os animais quando estes se alimen- Resposta: C
tam; ou voltar a ser CO2 pela decomposição.
Resposta: B 17) Os seres representados por I são animais e plantas, pois am-
bos utilizam O2 para realizar o processo da respiração celular.
7) O CO2 atmosférico é utilizado pelos vegetais na fotossíntese Em II, temos as plantas, que absorvem o CO2 para realizar a
e devolvido para a atmosfera através da respiração vegetal e fotossíntese e liberam O2 como produto desse processo.
animal. O carbono incorporado pelos vegetais passa para os Resposta: C
animais durante a sua nutrição.
Resposta: E 18) Os produtores sintetizam compostos orgânicos através da
fotossíntese. Para isso, absorvem gás carbônico da atmos-
8) Os vegetais utilizam o carbono para sintetizar diversos fera e este, por sua vez, é devolvido para o ambiente através
compostos orgânicos. da respiração de plantas e animais e também pela queima de
Resposta: E combustíveis.
Resposta: E
9) A fotossíntese é um processo endotérmico, porque absorve
energia solar; já na respiração, ocorre a liberação de energia 19) Nitrosomas e Nitrobacter são bactérias nitrificantes cuja fun-
(processo exotérmico). ção é oxidar a amônia a nitritos e estes a nitratos. Os nitratos
Os produtores sintetizam substâncias complexas a partir de são absorvidos pelas raízes das plantas e utilizados na sín-
moléculas mais simples. A esse processo, dá-se o nome de tese de proteínas e outros compostos nitrogenados, como
anabolismo. Quando essas substâncias complexas são “que- DNA, RNA e clorofilas.
bradas” em substâncias mais simples, fala-se em cata-
bolismo. 20) As leguminosas fixam o N2 da atmosfera. Essa fixação é rea-
Resposta: A lizada por bactérias que vivem nas raízes daquelas plantas. A
incorporação das leguminosas ao solo permite uma aduba-
10) 1 – Fotossíntese. ção nitrogenada (adubação verde).
2 – Combustão.
3, 4 e 5 – Respiração. 21) I. Fixadoras do N2 atmosférico.
II. Decompositoras.
11) I – Combustão.
II – Fotossíntese.
III.
IV.
Nitrosomonas
Nitrobacter }bactérias nitrificantes.
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25) A fixação do nitrogênio gasoso da atmosfera ocorre quando 30) No Brasil, há forte preocupação com a degradação dos ma-
bactérias reduzem o N2 em amônia (NH3), que, posterior- nanciais e o desperdício de água, o que pode gerar grave
mente, será convertida em nitratos (NO3– ). crise nesse setor, apesar de o País ser detentor de uma
Os compostos orgânicos nitrogenados são transformados em grande riqueza em recursos hídricos.
amônia por ação dos decompositores num processo cha- Resposta: E
mado amonização.
As bactérias desnitrificantes são capazes de produzir, a partir
31) Observamos que a indústria decidiu purificar parte da água.
de nitratos, o nitrogênio livre que volta para a atmosfera.
Isto deve ser analisado sob os pontos de vista econômico e
Resposta: A
ambiental, que são fundamentais, pois esse processo diminui
a quantidade de água adquirida e comprometida pelo uso
26) Uma simbiose importante é a associação entre as bactérias
industrial.
do gênero Rhizobium e as raízes de plantas leguminosas.
Resposta: B
Essa simbiose provoca o aparecimento de nódulos, que
envelhecem, morrem e desagregam, enriquecendo o solo
com material nitrogenado. 32) O aumento da concentração de O2 na atmosfera permitiu o
Resposta: B surgimento de animais gigantes, portadores de elevada capa-
cidade respiratória e metabólica.
27) Bactérias do gênero Nitrobacter oxidam o ácido nitroso a Resposta: C
ácido nítrico. Esse processo é denominado nitratação.
Resposta: B 33) O gás carbônico presente no ambiente é absorvido pelos
produtores e utilizado na fotossíntese. Através da respiração,
28) A fixação biológica realizada por bactérias e cianobactérias esse gás é devolvido para o ambiente tanto pelos produtores
permite a transformação do N2 gasoso em nitratos. Estes quanto pelos consumidores.
serão utilizados na síntese de compostos orgânicos nitroge- As moléculas orgânicas sintetizadas pelos produtores são
nados (proteínas, ácido nucleico e outros). transferidas para os consumidores através da cadeia
alimentar; e a energia é devolvida para o ambiente sob a
29) Considerando que os processos de tratamento não resultam forma de calor.
necessariamente em água potável, a água de reúso não deve Resposta: C
ser empregada em atividades ligadas à higiene e ao consumo
da população, nem direcionada aos mananciais, nos quais
pode comprometer reservas estratégicas.
Resposta: E
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CAPÍTULO Ecologia
⎧ ⎧ ou homotípicas
Intraespecíficas
Sociedades
Colônias
⎪Harmônicas ⎪⎨
⎪ ⎪ Interespecíficas ⎧ Protocooperação
⎪ ⎩ ou heterotípicas ⎨ Mutualismo
⎪ ⎩ Inquilinismo
Comensalismo
Relações ⎨
⎪
Fig. 1 – Colônia de espongiários.
⎪ ⎧ Intraespecíficas
Competição intraespecífica
⎪Desarmônicas ⎪⎨
ou homotípicas Canibalismo Colônias homomorfas
⎪ ⎪ Interespecíficas ⎧ Competição interespecífica
Tais colônias são constituídas por indivíduos iguais,
⎪ ⎩ ou heterotípicas ⎨ Amensalismo
Predatismo que realizam as mesmas funções, ou seja, não existe a
⎩ ⎩ Parasitismo chamada divisão de trabalho. Como exemplo, citamos as
colônias de espongiários, de protozoários, de cracas
(crustáceos), entre outras.
2. Relações harmônicas
Nas relações harmônicas, não existe desvantagem Colônias heteromorfas
para nenhuma das espécies consideradas e há benefício As colônias heteromorfas são constituídas por
pelo menos para uma delas. Tais relações podem ser indivíduos morfologicamente diferentes, com funções
divididas em homotípicas e heterotípicas. distintas, caracterizando a chamada divisão de trabalho
fisiológico. Quando formadas por dois tipos de organis-
mos, tais colônias são chamadas de dimórficas. Como
exemplo, citaremos a Obelia, uma colônia de celente-
Também chamadas intraespecíficas, são aquelas que rados na qual aparecem dois tipos de indivíduos: gastro-
ocorrem entre organismos da mesma espécie. Pertencem zoides, para a nutrição; e gonozoides, para a reprodução.
a esse grupo as colônias e as sociedades. Colônias polimórficas são estruturadas por vários
tipos de indivíduos adaptados a distintas funções. Como
Colônias exemplo clássico, aparecem as “caravelas”, complexas
Colônias são constituídas por organismos da mesma colônias de celenterados. Uma caravela apresenta um
espécie que se mantêm anatomicamente unidos entre si. pneumatóforo, vesícula cheia de gás que funciona como
A formação das colônias é determinada por um pro- flutuador. Dela partem indivíduos especializados para
cesso reprodutivo assexuado, o brotamento.
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nutrição (gastrozoides), reprodução (gonozoides), nata- A rainha é a única fêmea fértil da colmeia; saliente-se
ção (nectozoides) e defesa (dactilozoides). que em cada colmeia existe apenas uma rainha. Os zan-
gões são os machos férteis, enquanto as operárias ou
obreiras são fêmeas estéreis. A rainha é fecundada fora
da colmeia durante o voo nupcial; dependendo da espé-
cie, ela é fecundada por um ou vários zangões. Os óvulos
são haploides (n) e quando fecundados originam ovos
diploides (2n), que se transformam em larvas. As larvas
que recebem, como alimento, mel e pólen transformam-se
em operárias; já as que recebem uma secreção glandular
produzida pelas obreiras e chamada geleia real evoluem
para rainhas. Os óvulos não fecundados, por meio de um
processo designado partenogênese (evolução de óvulo
virgem), originam os zangões, que durante o desenvolvi-
Fig. 2 – Recife de corais. Fig. 3 – As caravelas formam mento recebem o mesmo alimento das operárias.
Os corais formam colônias homomorfas. colônias heteromorfas.
As operárias são encarregadas de obter alimento
(pólen e néctar) e produzir a cera e o mel.
A cera é usada para produzir as celas hexagonais onde
são postos os ovos; o mel é fabricado por transformação
do néctar e constituído por glicose e frutose. A única ati-
vidade dos zangões é a fecundação da rainha; após o voo
nupcial, são expulsos e morrem de inanição.
Formigas
As formigas vivem em ninhos subterrâneos chama-
dos formigueiros. A rainha e os machos são férteis, en-
quanto as obreiras são estéreis e pertencem a castas dife-
renciadas. Existem fêmeas estéreis providas de pode-
Fig. 4 – Colônia de obelia com dois tipos de indivíduos: rosas mandíbulas, que são os soldados encarregados da
gastrozoides, para a nutrição; e gonozoides, para a reprodução. defesa do formigueiro. A rainha e os machos são formas
aladas e realizam a fecundação durante o voo nupcial.
Sociedades
Sociedades são associações de indivíduos da mesma Térmitas
espécie que não estão unidos, ou seja, ligados anatomica- Nos cupins, ou térmitas, a rainha (fêmea fértil) apre-
mente, e formam uma organização social que se expres- senta o abdômen hipertrofiado e a sua única função é pôr
sa através do cooperativismo. ovos. As fêmeas estéreis encarregam-se dos diversos
Sociedades altamente desenvolvidas são encontradas trabalhos, ou seja, obtenção de alimento, construção e
entre os insetos sociais, representados por cupins, vespas, limpeza dos ninhos e cuidados com larvas e ovos. Exis-
formigas e abelhas. Para um estudo mais aprofundado, tem, ainda, os soldados, que, com suas fortes mandí-
destacaremos aquelas encontradas em abelhas, formigas e bulas, estão encarregados da defesa do termiteiro.
cupins (térmitas).
Abelhas
Na sociedade das abelhas, distinguem-se três castas:
a rainha, o zangão e as operárias.
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Anu e gado
O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos exis-
tentes na pele do gado, capturando-os diretamente. Em
troca, o gado livra-se dos indesejáveis parasitas.
Mutualismo
Trata-se de uma associação íntima, com benefícios
mútuos. É mais íntima do que a cooperação; é necessária
à sobrevivência das espécies, que não podem viver isola-
damente.
Feromônios
Nos diversos insetos sociais, a comunicação entre os
indivíduos é feita por meio dos feromônios — substân-
cias químicas que servem para a comunicação.
Os feromônios são usados na demarcação de territó-
Fig. 8 – Beija-flores e flores de angiospermas mantêm uma relação do tipo
rios, atração sexual e organização social. mutualismo.
Comensalismo Canibalismo
No comensalismo, uma espécie chamada comensal Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mes-
se beneficia, enquanto a outra, chamada hospedeira, não ma espécie. O canibalismo pode ocorrer em ratos,
leva nenhuma vantagem. quando existe falta de espaço.
Um caso típico é a rêmora, ou peixe-piolho, que vive
como comensal do tubarão. No alto da cabeça, a rêmora
apresenta uma ventosa por meio da qual se fixa no
tubarão. O efeito disso sobre o tubarão é nulo, mas a
Competição interespecífica
rêmora se beneficia porque engole as sobras alimentares
do tubarão, além de se deslocar sem gasto de energia. A competição entre espécies diferentes se estabelece
quando tais espécies possuem o mesmo habitat e o
mesmo nicho ecológico.
É o caso de cobras, corujas e gaviões que vivem na
mesma região e atacam pequenos roedores.
Predatismo
Predador é o indivíduo que ataca e devora outro, cha-
mado presa, pertencente a espécie diferente. Os predado-
res são geralmente maiores e menos numerosos que suas
presas, sendo exemplificados pelos animais carnívoros.
Tanto predadores quanto presas apresentam adapta-
Fig. 9 – Os tubarões e as rêmoras mantêm uma relação de comensalismo. ções para o ataque e a defesa.
Daremos especial destaque para a adaptação deno-
Inquilinismo minada mimetismo.
É a associação em que uma espécie (inquilino) pro- Através do mimetismo, os animais, pela cor ou forma,
cura abrigo ou suporte no corpo de outra espécie (hos- assemelham-se ao meio ambiente, com o qual se confun-
pedeiro), sem prejudicá-la. dem. Tanto as presas como os predadores procuram es-
Trata-se de uma associação semelhante ao comensa- conder-se; os primeiros, a fim de não serem perseguidos;
lismo, não envolvendo alimento. os segundos, para não serem descobertos. Assim, numero-
Citaremos dois exemplos: sos insetos que habitam a vegetação possuem cor verde.
Um interessantíssimo exemplo de mimetismo é dado
Peixe-agulha e holotúria pelo camaleão, um réptil provido de cromatóforos, célu-
O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado las pigmentadas que permitem uma variação na colo-
e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no in- ração do corpo; assim, tal animal é capaz de mudar sua
terior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-las. cor conforme o ambiente em que é colocado. Tal fenô-
meno é denominado homocromia.
Epifitismo
Epífitas são plantas que crescem sobre os troncos de Amensalismo
plantas maiores, sem parasitá-las. Amensalismo é um tipo de associação em que uma
São epífitas as orquídeas e as bromélias, que, viven- espécie, chamada amensal, é inibida no crescimento ou
do sobre árvores, obtêm maior suprimento de luz solar. na reprodução por substâncias secretadas por outra
espécie, chamada inibidora.
3. Relações desarmônicas A relação pode ser exemplificada pelos flagelados
Gonyaulax, causadores das chamadas marés vermelhas.
As relações desarmônicas caracterizam-se por bene-
Em tal caso, os flagelados eliminam toxinas que provo-
ficiar um dos associados e prejudicar o outro. Tais relações
cam a morte da fauna marinha.
também podem ser intraespecíficas e interespecíficas.
Outro caso é representado pelos fungos que produzem
antibióticos, impedindo o desenvolvimento de bactérias.
Parasitismo
Nesse caso, uma das espécies, chamada parasita,
Competição intraespecífica vive na superfície ou no interior de outra, designada
É a relação que se estabelece entre os indivíduos da hospedeiro. O parasita alimenta-se do hospedeiro,
mesma espécie, quando concorrem pelos mesmos fatores podendo até matá-lo. Os exemplos são numerosos e
ambientais, principalmente por espaço e alimento. serão estudados em Biologia Animal.
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6. (UFPR) – Os gráficos a seguir representam o crescimento de Pode-se afirmar que o tipo de associação ecológica existente en-
duas espécies A e B quando estão isoladas (gráfico I) e associa- tre essa planta e o inseto é semelhante ao que se estabelece
das (gráfico II). entre
Responda: A associação entre as espécies A e B é harmônica ou a) alga e fungo, em um líquen. b) hiena e leão.
desarmônica. Justifique a sua resposta. c) pulgão e roseira. d) pulga e rato.
e) cupim e madeira.
c) mutualismo detritívoro consumidor primário 11. (UFCE) – Em condições naturais, bactérias do gênero Rhizobium
vivem há milênios em estreita relação ecológica com plantas legu-
d) comensalismo consumidor primário consumidor primário minosas. Podemos afirmar que as duas espécies se beneficiam
numa relação obrigatória, em que a sobrevivência de uma depen-
e) comensalismo consumidor secundário consumidor primário de da outra. Este tipo de relação interespecífica é conhecida como
a) comensalismo. b) protocooperação.
c) inquilinismo. d) mutualismo.
e) amensalismo.
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12. (UFBR) – Na África, a árvore conhecida como acácia tem espinhos Tipos de associações biológicas:
longos e resistentes. Estes espinhos abrigam colônias de formi- 1 – Protocooperação. 2 – Amensalismo.
gas que se alimentam do néctar produzido pela árvore, e também 3 – Parasitismo. 4 – Epifitismo.
de qualquer inseto que pouse na acácia para se alimentar de suas 5 – Predatismo. 6 – Mutualismo.
folhas. 7 – Colônia.
A associação entre as formigas e a acácia pode ser classificada
como Assinale a alternativa que faça a perfeita correlação entre a
a) parasitismo. b) amensalismo. relação descrita e o tipo de associação.
c) comensalismo. d) protocooperação. a) I – 2; II – 2; III – 5; IV – 1; V – 7.
e) predação. b) I – 3; II – 1; III – 4; IV – 6; V – 6.
c) I – 1; II – 1; III – 6; IV – 7; V – 3.
d) I – 2; II – 3; III – 1; IV – 3; V – 7.
13. (UFSC) – Considere as seguintes características:
e) I – 7; II – 2; III – 2; IV – 4; V – 6.
I. divisão de trabalho;
II. presença de soldados;
18. (UNESP) – O girino, ao se transformar em rã adulta, muda a sua
III. 100% de fêmeas férteis;
dieta alimentar quando passa a comer insetos. Esta relação entre
IV. alimento repartido por todos.
a rã e o inseto é chamada de
a) interação ecológica interespecífica, classificada como
Numa sociedade de cupins, observam-se
predação.
a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV.
b) interespecífica, classificada como comensalismo, pois o
c) apenas I, III e IV. d) apenas II, III e IV.
objetivo é o alimento.
e) I, II, III e IV.
c) competição, pois os animais estão disputando o espaço e o
alimento.
14. (UEL) – Atualmente, no cultivo da soja, a agricultura biológica
d) protocooperação, pois a rã se beneficia e regula a população
substitui os fertilizantes minerais por bactérias que se localizam
de insetos.
nas raízes das plantas e, em troca de açúcares fornecidos pelos
e) desarmônica e intraespecífica.
vegetais, absorvem o nitrogênio atmosférico, transformando-o em
nitratos que são usados pelas plantas na produção de aminoá-
cidos e proteínas. Esta associação é um exemplo de 19. (FUVEST) – O gráfico abaixo representa as variações dos tama-
a) parasitismo. b) comensalismo. nhos populacionais entre duas espécies, que vivem numa mesma
c) mutualismo. d) inquilinismo. área, mantendo relações ecológicas:
e) predatismo.
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22. Duas espécies, A e B, de protozários foram colocadas em um A medida tomada pelos citricultores revelou uma relação ecoló-
único recipiente. Nesse recipiente, próprio para seus gica do tipo
crescimentos, colocou-se, a cada dia, uma quantidade constante a) esclavagismo, sendo desarmônica interespecífica.
de alimento. b) inquilinismo, sendo harmônica e interespecífica.
As contagens diárias do número de indivíduos estão expressas no c) predatismo, sendo desarmônica e interespecífica.
gráfico a seguir: d) predatismo, sendo desarmônica e intraespecífica.
e) esclavagismo, sendo desarmônica e intraespecífica.
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29. (UNOPAR) – As tilápias são peixes africanos que foram introdu- 1 e 2 são, respectivamente,
zidos em algumas regiões do Brasil com a finalidade de combater a) relações desarmônicas intraespecíficas e 1 e 2 representam
o caramujo hospedeiro intermediário da esquistossomose. Após predatismo.
alguns meses, pesquisadores perceberam que as tilápias preferi- b) relações desarmônicas interespecíficas e 1 representa o
ram se alimentar de peixes nativos, deixando de lado os cara- amensalismo e 2 predatismo.
mujos. Isto vem provocando preocupação por conta do dese- c) relações desarmônicas intraespecíficas e 1 representa com-
quilíbrio que estes peixes exóticos, que por vezes comem peixes petição e 2 representa sinfilia.
menores de sua própria espécie, provocam nos ambientes em d) relações desarmônicas interespecíficas e 1 e 2 representam
que foram introduzidos. parasitismo.
e) relações desarmônicas interespecíficas e 1 representa amen-
O texto acima mostra as tilápias como peixes que estabelecem
salismo e 2 representa parasitismo.
relações desarmônicas com outros organismos, tendo sido cita-
das como envolvidas em
a) predatismo e canibalismo. 32. (FGV) – Em Umuarama, interior do Paraná, verdadeiros exércitos de
b) predatismo e parasitismo. formigas-saúva vêm atormentando a população e os agricultores.
c) amensalismo e protocooperação. Na cidade, não há veneno ou água – armas usadas pela comu-
d) comensalismo e competição. nidade – que solucione o problema.
e) canibalismo e comensalismo. No campo, elas atacam as plantações de café e outras culturas.
De cada 10 eucaliptos, 4 são atingidos pelas saúvas.
30. (MODELO ENEM) – Em 1928, Alexander Fleming (1881-1955)
(Noticiado no Jornal Nacional, Rede Globo de Televisão,
descobriu a penicilina. Ao sair de férias por dias ou semanas, deixou
15 ago. 2009. Adaptado.)
uma placa destampada com uma colônia de um determinado orga-
nismo que estava pesquisando. Ao retornar, percebeu que um bolor
havia se desenvolvido dentro da placa, provocando a morte dos A causa mais provável para o ataque das saúvas, o nome que se
organismos de sua pesquisa. O tal bolor tinha sido provocado por dá para a relação intraespecífica que as caracteriza e o nome que
um fungo, o Penicillium notatum. Em vez de jogar fora as culturas se dá para a seleção interespecífica que estabelecem com os
contaminadas, o cientista investigou e descobriu que o fungo vegetais, como o café e eucalipto, são, respectivamente:
liberava alguma substância que inibia o crescimento do organismo a) ausência de predadores, sociedade isomorfa e predatismo.
pesquisado por ele. A análise desse fato permite deduzir que b) migração, colônias e herbivoria.
a) o organismo eliminado pelo fungo só pode ser um vírus. c) nicho disponível, sociedade heteromorfa e parasitismo.
b) a substância inibidora do crescimento é um antibiótico que d) resistência adquirida aos formicidas, comunidade e antibiose.
elimina os vírus. e) indisponibilidade de água, população e competição.
c) o bolor produz substâncias que inibem o crescimento de
outros fungos. 33. (UFMG) – O fungo Penicillium, por causar apodrecimento de
d) o bolor produz substâncias capazes de eliminar outros laranjas, acarreta prejuízos pós-colheita.
organismos. Nesse caso, o controle biológico pode ser feito utilizando-se a
e) o Penicillium notatum é um bolor que elimina substâncias levedura Saccharomycopsis, que mata esse fungo, após perfurar
nocivas a outros fungos, vírus e bactérias. sua parede e absorver seus nutrientes.
31. (VUNESP) – Analise as relações ecológicas abaixo: É correto afirmar que esse tipo de interação é conhecido como
1. Determinadas espécies de plantas produzem substâncias que a) comensalismo.
inibem o crescimento de outras. b) mutualismo.
2. O bicho-de-goiaba é a larva de um inseto que não é um privilé- c) parasitismo.
gio da goiaba; pode ocorrer em outras frutas, como o pêssego d) predatismo.
e o caqui.
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13) Numa sociedade de cupins, apenas a rainha é a fêmea fértil e Competição é a relação que se estabelece entre indivíduos da
apresenta o abdômen hipertrofiado. As fêmeas estéreis mesma espécie ou de espécies diferentes, quando concorrem
encarregam-se de diversos trabalhos, como obtenção de pelos mesmos fatores ambientais, principalmente por espaço
alimento, construção e limpeza dos ninhos e cuidados com e alimento.
larvas e ovos. Resposta: E
Resposta: B
24) O fenômeno da maré vermelha é causado pelos flagelados
14) Essa associação é um exemplo de mutualismo e recebe o pertencentes ao gênero Gonyaulax, os quais eliminam
nome de bacteriorriza, na qual bactérias do gênero toxinas responsáveis pela morte da fauna marinha (+/–).
Rhizobium se associam às raízes de plantas leguminosas. Os cupins ingerem madeira, mas não conseguem digerir a
Resposta: C celulose. No tubo digestório desses animais, existem
protozoários flagelados capazes de realizar tal digestão (+/+).
15) Nesse caso, as abelhas protegem os pomares do ataque de As orquídeas são plantas epífitas, isto é, crescem sobre os
insetos herbívoros, aumentando a produtividade das árvores, troncos de plantas maiores, sem parasitá-las, obtendo maior
além de produzirem mel, que poderá ser comercializado suprimento de luz solar (+/0).
pelos fruticultores. Resposta: D
Resposta: A
25) A medida tomada pelos citricultores revelou uma relação
16) Na protocooperação, as duas espécies se beneficiam, ou seja, ecológica do tipo predatismo, em que as joaninhas se alimen-
a vantagem é mútua, porque, em troca do alimento, a ave tavam dos pulgões.
livra o crocodilo dos parasitas. Essa técnica é conhecida como controle biológico de pragas.
Resposta: A Resposta: C
17) A protocooperação, também conhecida como cooperação, é 26) É possível perceber que, a partir do momento em que as duas
uma associação entre duas espécies diferentes na qual espécies foram colocadas no mesmo local, o número de
ambas se beneficiam; contudo, não é indispensável à indivíduos de ambas aumentou, demonstrando que não
sobrevivência. Já no mutualismo, cada espécie envolvida na houve prejuízo para nenhuma delas.
relação só consegue viver na presença da outra, ou seja, é Resposta: E
uma associação íntima, com benefícios mútuos.
A caravela é um exemplo de colônia heteromorfa constituída 27) O cipó-chumbo possui estruturas em suas raízes que são
por indivíduos morfologicamente diferentes adaptados a capazes de penetrar no caule de uma planta hibisco e
distintas funções. absorver a seiva dos vasos liberianos, prejudicando o
No parasitismo, uma das espécies, chamada parasita, alimen- desenvolvimento da planta hospedeira.
ta-se de outra (hospedeira), podendo até matá-la. Resposta: A
Resposta: C
28) Os fungos parasitas alimentam-se do hospedeiro, prejudicando-o.
18) A relação entre rã e inseto é classificada como interespecífica, Os fungos mutualistas participam de uma associação na qual
porque ocorre entre indivíduos de espécies diferentes, e é um uma espécie depende da outra para sobreviver.
tipo de predatismo, pois o indivíduo predador (nesse caso, a Os fungos saprófagos são responsáveis pela decomposição
rã) ataca e devora outro, chamado presa (o inseto). da matéria orgânica.
Resposta: A Resposta: B
19) Predatismo é uma relação desarmônica interespecífica na 29) Nesse caso, as tilápias, além de predadoras, estão se alimen-
qual os predadores são geralmente menos numerosos que tando de peixes de sua própria espécie, o que é um caso de
suas presas, sendo exemplificados pelos animais carnívoros. canibalismo.
Nesse caso, a espécie 1 é a presa, e a espécie 2, o predador. Resposta: A
Resposta: D
30) Esse fato é um exemplo de amensalismo, no qual uma espécie,
20) Micorrizas são associações entre fungos e raízes de árvores chamada amensal (nesse caso, as bactérias) é inibida no cres-
florestais; e liquens são associações entre algas e fungos. cimento ou na reprodução por substâncias secretadas por
Nesses dois tipos de associações, há o envolvimento obriga- outra espécie, chamada inibidora (é o caso dos fungos).
tório de fungos. Resposta: D
Resposta: A
31) As relações descritas são desarmônicas e ocorrem entre
21) No comensalismo, uma espécie (chamada comensal) se bene- espécies diferentes, sendo que uma espécie se beneficia e a
ficia (a formiga, nesse caso), enquanto a outra não leva outra é prejudicada.
nenhuma vantagem (como o pulgão). Resposta: E
Resposta: B
32) O aumento das saúvas em Uruarama aconteceu porque as
22) A competição entre espécies diferentes se estabelece quando formigas encontraram um nicho ecológico disponível. Socie-
tais espécies possuem o mesmo habitat, o mesmo nicho dade heteromorfa é a relação intraespecífica que as caracte-
ecológico e competem pelos mesmos fatores ambientais. riza, uma vez que, na divisão por castas, seus indivíduos
Resposta: A apresentam diferentes formas e tamanhos. Ao retirar as
folhas dos vegetais, as formigas estão estabelecendo uma
23) Amensalismo é um tipo de associação em que uma espécie, relação de parasitismo com eles.
chamada amensal, é inibida no crescimento ou na Resposta: C
reprodução por substâncias secretadas por outra espécie,
chamada inibidora (+/–). 33) É um caso de parasitismo pelo fato de a levedura
Inquilinismo é a associação em que uma espécie (inquilino) Saccharomycopsis matar o fungo Penicilium após perfurar
procura abrigo ou suporte no corpo de outra espécie sem sua parede e absorver seus nutrientes.
prejudicá-la (+/0). Resposta: C
No mutualismo, uma espécie depende da outra para sobre-
viver (+/+).
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CAPÍTULO Ecologia
1. Conceito
População é um conjunto de seres da mesma espécie Para determinar o tamanho de uma população, deve-se
que habitam a mesma área em determinado espaço de realizar a contagem de seus habitantes. Entre os métodos
tempo. usados, citaremos:
O processo funciona desde que os indivíduos devol- variáveis têm de ser investigadas pelo ecologista que
vidos à população se distribuam ao acaso e não estejam queira adquirir uma noção precisa sobre as características
sujeitos a uma diferente taxa de mortalidade ou de recaptura. da população que está estudando. Assim, temos:
População em crescimento: N + I > M + E
Método de amostragem População estável: N + I = M + E
Emprega-se tal método quando os anteriores não po- População em declínio: N + I < M + E
dem ser utilizados. O ideal é colher uma amostra que seja
a mais representativa possível da população, visando di- 4. Curvas de sobrevivência
minuir a probabilidade de erro. Assim, pode-se avaliar a
Existem três tipos de curvas de sobrevivência.
quantidade de insetos de um campo por meio da conta-
gem de animais presentes em quadrados de amostragem
1) No caso do homem, da drosófila e de numerosos
de 1 metro de lado.
mamíferos, muitos indivíduos têm a mesma duração
vital, determinando curvas convexas.
3. Determinantes
do tamanho populacional
O tamanho de uma população é determinado por
quatro fatores básicos:
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6. Potencial biótico
e resistência ambiental
Dá-se o nome de potencial biótico à capacidade de
crescimento de uma população em condições ambientais
favoráveis.
A resistência ambiental exerce um controle natural,
pois se opõe ao potencial biótico, limitando-o. Por resis-
tência ambiental, entende-se o conjunto de fatores limi- Fig. 7 – A curva sigmoide representa o crescimento normal de uma população.
tantes do crescimento, como alimento, clima, espaço,
competição, predação e parasitismo.
É devido à resistência ambiental que as populações 8. As causas das
não crescem de acordo com o seu potencial biótico.
flutuações das populações
7. Curva normal do As flutuações populacionais são provocadas por di-
crescimento populacional versos fatores, dependentes ou independentes da den-
sidade.
O crescimento de uma população que foi introduzida
em um novo meio ocorre em três fases:
1. Fase de crescimento lento, correspondente à fase
de adaptação ao novo meio. (A)
2. Fase de crescimento rápido, com exploração má- Competição
xima do ambiente. (B) As espécies competem por espaço e alimento, sendo
3. Fase de crescimento retardado, devido à resistên- que tal competição pode ser intra ou interespecífica, e
cia ambiental. (C) pode eliminar um dos competidores. Os gráficos a seguir
Finalmente, a população atinge o equilíbrio dinâmi- mostram as curvas de crescimento de duas populações de
co e passa a apresentar oscilações, isto é, pequenas varia- micróbios, P e P’, quando estão separadas (Gráfico I) e
ções em torno do equilíbrio médio, ou flutuações, quando estão no mesmo meio de cultura (Gráfico II).
grandes variações em torno dele. (D)
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Parasitismo
Na maioria das vezes, as doenças provocadas por
parasitas são endêmicas: a proporção de afetados não varia
com o tempo. Quando aumenta, passa-se para uma epidemia
(se a doença se dissemina pela Terra, tem-se uma pandemia).
Numa epidemia, o aumento da população de parasitas
leva ao aumento no número de doentes graves; com isso,
a população de hospedeiros diminui pelo aumento da taxa
Fig. 8 – Gráfico I. de mortalidade. Mas a população parasita também sofre
uma queda por não ter mais o que parasitar, voltando-se à
situação de endemia.
Alimentação
O aumento da quantidade de alimento provoca ace-
leração do crescimento, aparecimento mais rápido da
maturidade sexual, aumento da fecundidade, redução da
variação do tamanho entre os indivíduos da mesma idade,
Fig. 9 – Gráfico II. aumento do teor de gorduras no organismo e redução do
canibalismo em relação aos filhotes.
Predatismo
A redução na quantidade de alimento acarreta o re-
Suponha uma cadeia alimentar simples:
tardamento do crescimento e da maturidade sexual, redu-
ção da fecundidade, aumento do canibalismo e diminui-
Vegetais → Herbívoro → Carnívoro ção da quantidade de gorduras de reserva.
(Presa) (Predador)
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3. (PUC) – O gráfico abaixo representa o crescimento da população. 11. Os gráficos mostram o crescimento de populações das espécies
A e B. O gráfico 1 mostra o crescimento quando as populações
estão separadas, e o gráfico 2, quando convivem na mesma
região.
4. Qual a diferença existente entre população e comunidade? a) Com base nos gráficos, explique qual a situação mais
favorável para cada uma das espécies.
5. Quais são os quatro fatores básicos que determinam o tamanho
b) Qual a possível relação ecológica entre as espécies A e B na
de uma população?
situação 2?
6. Qual é a importância da resistência ambiental no crescimento
populacional? 12. (MODELO ENEM) – A fauna do Pantanal Mato-Grossense tem
sofrido um processo acelerado de destruição em função do
7. (UNICAMP) – Censo realizado em região tropical sobre a ativida- avanço das atividades mineradoras e agropecuárias, isto sem
de de caça de lagartos nas dunas de uma restinga, em diferentes contar os estragos provocados por atos de vandalismo ou pela
horários, apresentou os seguintes dados: caça predatória e criminosa realizada por pessoas ou grupos com
08h00 – 8 indivíduos de uma única espécie. interesses duvidosos. No sentido de verificar os efeitos desta
10h00 – 32 indivíduos de duas espécies. ação humana, uma determinada ave, tomada como referência, foi
12h00 – 48 indivíduos de quatro espécies. estudada no período de 1975 a 1985.
14h00 – 128 indivíduos de oito espécies. Taxas medidas em (%)
16h00 – 32 indivíduos de oito espécies.
18h00 – 16 indivíduos de quatro espécies. Ano Natalidade Mortalidade Emigração Imigração
20h00 – 4 indivíduos de uma única espécie. 1975 25 11 4 7
Elabore gráfico ilustrando os dados acima e comente a possibili- 1980 21 10 6 12
dade de influência de um determinado fator abiótico na atividade
de caça dos lagartos. 1985 24 8 3 9
8. Considere as seguintes curvas, que representam o crescimento Com base nos dados da tabela acima, qual dos gráficos represen-
de duas populações de micro-organismos que se desenvolvem no ta com maior precisão a taxa de crescimento da população nesse
mesmo meio de cultura. período?
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13. Em uma comunidade, o predador pode ser regulador quando 17. Analise o seguinte gráfico:
a) contribui para diminuir a densidade da população de presas.
b) determina a extinção das presas.
c) contribui para a manutenção da densidade populacional das
presas.
d) mantém e contribui para elevar a taxa da densidade populacional.
e) influi na progressiva extinção das presas.
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21. O Aedes aegypti é vetor transmissor da dengue. Uma Uma vantagem do uso dessas armadilhas, tanto do ponto de vista
pesquisa feita em São Luís – MA, de 2000 a 2002, ambiental como econômico, seria
mapeou os tipos de reservatório onde esse mosquito a) otimizar o uso de produtos agrotóxicos.
era encontrado. A tabela abaixo mostra parte dos dados coletados b) diminuir a população de predadores do bicho-furão.
nessa pesquisa: c) capturar todos os machos do bicho-furão.
d) reduzir a área destinada à plantação de laranjas.
População de Aedes aegypti
Tipos de reservatórios e) espantar o bicho-furão das proximidades do pomar.
2000 2001 2002
24. (UFF) – O estudo do equilíbrio das populações utiliza conceitos
pneu 895 1 658 974
matemáticos e biológicos. Dentre os biológicos, destaca-se o
tambor/tanque/depósito de conceito de predação, relação entre presa e predador, que tende
6 855 46 444 32 787 a estabelecer o equilíbrio entre esses indivíduos. Levando-se em
barro
consideração que não há interferência ou alteração dos fatores
vaso de planta 456 3 191 1 399 ambientais, assinale a opção que melhor representa um exemplo
típico de predação, como é o caso observado entre populações de
material de construção/
271 436 276 lebres e linces.
peça de carro
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4) População: conjunto de indivíduos da mesma espécie. 16) Considerando que as populações possuem o mesmo habitat,
Comunidade: conjunto de populações de espécies diferentes. pode-se concluir através da análise do gráfico que as po-
pulações I e IV competem pelos mesmos fatores ambientais,
5) Taxas de natalidade, mortalidade, imigração e emigração. como espaço e alimento.
Resposta: D
6) Limita o crescimento populacional.
17) Flutuações são grandes variações que ocorrem em torno do
equilíbrio médio quando uma população já atingiu o
7)
equilíbrio dinâmico.
Resposta: C
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CAPÍTULO Ecologia
5
10 SUCESSÃO ECOLÓGICA
4. Tipos de sucessão
As sucessões podem ser primárias, secundárias ou
destrutivas.
6. O ecótono
Sucessões destrutivas são aquelas que não terminam Geralmente, a passagem de uma biocenose para outra
em um clímax final. Nesse caso, as modificações são nunca ocorre de forma abrupta; costuma haver uma zona
devidas a fatores bióticos, e o meio vai sendo destruído, de transição, designada ecótono. Em tal região o número
pouco a pouco, por diferentes seres. É o que acontece de espécies é grande, existindo, além das espécies pró-
com os cadáveres. prias, outras provenientes das comunidades limítrofes.
5. Características
de uma sucessão
Em todas as sucessões, pode-se observar que:
• aumenta a biomassa e a diversidade de espécies;
• nos estágios iniciais, a atividade autotrófica supe-
ra a heterotrófica. Daí a produção bruta (P) ser maior que
a respiração (R) e a relação entre P e R ser maior do que 1;
• nos estágios de clímax, há equilíbrio e a relação Fig. 3 – 1 representa o ecótono, zona de transição entre as comunidades A e B.
P/R = 1.
1. (MODELO ENEM) – Em um frasco (Fig. I) contendo uma cultura ao longo do tempo, até o clímax, em que acontece a maior biodi-
estável (clímax) de uma comunidade constituída de seis espécies versidade.
de organismos microscópicos planctônicos (ver legenda) foi acres- A curva B representa a produção líquida por biomassa (P/B), que
centada uma certa quantidade do mesmo meio de cultura, dando é grande no início da sucessão, diminui à medida que esta ocorre
início a uma nova sucessão ecológica. Após 7, 15 e 22 dias (Figs. e atinge o mínimo no estágio do clímax.
II, III e IV, respectivamente) foram analisados o número de indi- Resposta: A
víduos de cada espécie, a produção líquida por biomassa (P/B) e a
diversidade de espécies. (Obs.: espécies com número menor que 2. (MODELO ENEM) – A Amazônia brasileira vem sendo sistemati-
100 indivíduos não estão representadas nas figuras dos fracos.) camente atingida por um processo de desmatamento que a
destrói, principalmente a partir da borda sul, numa região que
ficou conhecida como “arco sul de desmatamento”.
O processo de desmatamento evolui como demonstrado na
figura abaixo:
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3. (FUVEST) – Uma ilha situada a 20km de distância do continente, 9. (UNIMES) – Considerando o processo de sucessão, indique se é
após a explosão de um vulcão, foi coberta por uma camada verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmativas a seguir.
espessa de cinza quente e nenhuma planta ou animal sobreviveu. ( ) Espécies pioneiras não são capazes de modificar o ambiente,
Alguns anos após, observou-se a presença de liquens seguidos por isso acabam sendo substituídas por outras espécies de
de outras plantas. Posteriormente, foi possível verificar também a plantas e animais.
presença de pequenos animais e, tempos mais tarde, a presença ( ) Comunidade clímax é a comunidade complexa que se
de animais de maior porte. Após várias décadas, a ilha estava estabelece no final de um processo de sucessão.
coberta por uma floresta jovem, mas densa. Pergunta-se: ( ) A sucessão que se estabelece em campos de cultivo
a) Como se chama o fenômeno ecológico ocorrido na ilha, a abandonados é chamada de secundária.
partir da erupção vulcânica?
b) Por que no processo de reorganização das comunidades na A sequência correta é
ilha os organismos heterótrofos não poderiam ter sido os a) F – F – V. b) F – V – V. c) V – F – F.
pioneiros? d) F – V – F. e) V – V – V.
4. No desenvolvimento de uma comunidade, que significa ecesis? 10. (UEL) – Qual das alternativas a seguir exemplifica o processo de
Que são seres? sucessão?
a) Em um meio de cultura, a dominância das algas é seguida pela
dominância de ciliados e esta pela de rotíferos.
5. Que relação existe entre as atividades autotrófica e heterotrófica
b) Em ambientes aquáticos, o fitoplâncton serve de alimento ao
nos estágios iniciais e de clímax de uma sucessão?
zooplâncton e este aos animais de maior porte.
c) Ovos de sapo originam girinos e estes, por metamorfose,
6. (FUVEST) – Considere dois estágios, X e Y, de um processo de transformam-se em animais adultos.
sucessão ecológica. d) No processo de desenvolvimento, o ovo de anfíbio passa por
No estágio X, há maior biomassa e maior variedade de nichos fases de mórula, blástula e gástrula.
ecológicos. e) Certas plantas só florescem quando são submetidas a
No estágio Y, há maior concentração de espécies pioneiras e a períodos consecutivos de claro e escuro.
comunidade está sujeita a variações mais intensas.
a) Qual dos dois estágios representa uma comunidade clímax? 11. (VUNESP) – Considere as afirmativas:
b) Em qual dos estágios há maior biodiversidade? Justifique sua 1. Sucessão ecológica é o nome que se dá ao processo de
resposta. transformações graduais na constituição das comunidades de
c) Descreva o balanço entre a incorporação e a liberação de organismos.
carbono nos estágios X e Y. 2. Quando se atinge um estágio de estabilidade em uma suces-
são, a comunidade correspondente é a comunidade clímax.
7. (MODELO ENEM – UFPB) – Os ecossistemas naturais estão em 3. Numa sucessão ecológica, a diversidade de espécies
constante modificação. A série de mudanças, nas comunidades que aumenta inicialmente, atingindo o ponto mais alto no clímax,
compõem um ecossistema, é denominada de sucessão ecológica. estabilizando-se então.
4. Numa sucessão ecológica ocorre aumento de biomassa.
Ao longo dessa sucessão, até atingir o estágio máximo (clímax),
considere a possibilidade de ocorrência dos eventos a seguir. Assinale:
I. Aumento no número de espécies e no número de nichos eco- a) se todas as afirmativas estiverem incorretas.
lógicos. b) se todas as afirmativas estiverem corretas.
II. Produtividade líquida elevada no início, com diminuição gra- c) se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem corretas.
dativa. d) se somente as afirmativas 2 e 4 estiverem corretas.
III. Aumento da biomassa total. e) se somente as afirmativas 3 e 4 estiverem corretas.
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18. Os organismos pioneiros na sucessão que ocorre em uma lagoa 22. (UNOPAR) – A Floresta Amazônica é considerada uma comu-
são nidade clímax porque durante o processo de sucessão ecológica
a) amebas. ocorreu(ram)
b) bactérias. a) diminuição da biomassa e da diversidade de espécies.
c) algas. b) aumento da biomassa e diminuição da diversidade de espécies.
d) flagelados. c) diminuição da biomassa e aumento da diversidade de espécies.
e) paramécios. d) aumento da biomassa e da diversidade de espécies.
e) invariabilidade da biomassa e da diversidade de espécies.
19. (UFEPI) – Os gráficos abaixo mostram variações nos valores de
biomassa, número de espécies e taxa de respiração ao longo de
15 anos de observação, em três comunidades diferentes. 23. (UEL)
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(MODELO ENEM) – Utilize o texto abaixo para responder as 24. Entre os fatores naturais que aumentam a exposição da borda
questões 24 e 25. florestal à degradação, podemos citar vários fatores. Marque
entre as alternativas abaixo a que não deve ser encontrada em
A redução da floresta original em tais “ilhas de mata” é uma das uma borda florestal:
principais responsáveis pela extinção de espécies animais e vege- a) aumento da exposição a ventos.
tais no ecossistema, porquanto restrigem os habitats naturais, b) aumento da exposição à luz.
comprometendo, assim, a possibilidade de sobrevivência. c) aumento da flamabilidade florestal.
d) aumento da ocorrência de espécies oportunistas.
e) diminuição da densidade populacional vegetal.
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14) Ao longo de uma sucessão de comunidades, ocorre o 21) As sucessões primárias correspondem às instalações dos
aumento da biomassa total, aumentando o número de seres vivos em ambientes que nunca foram habitados.
espécies e o número de nichos ecológicos. Resposta: C
Resposta: E
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CAPÍTULO Ecologia
5
11 BIOCICLOS AQUÁTICOS
Nécton
São os animais livres natantes, representados por
peixes, polvos, mamíferos marinhos, tartarugas etc.
Província bentônica
A divisão da província é baseada no relevo submari-
no e compreende quatro zonas: litorânea, nerítica, batial
As águas continentais possuem pequeno volume,
e abissal.
cerca de 190 000 km3, têm pequena profundidade, ra-
Zona litorânea – é a zona afetada pelas flutuações ramente ultrapassando 400m, e sofrem variações de
das marés, estando ora emersa, ora submersa. É bem temperatura mais intensas do que o mar, sendo, portanto,
iluminada, oxigenada e rica em nutrientes. Apresenta menos estáveis. Existem dois tipos:
algas, microcrustáceos, macrocrustáceos, moluscos e 1. águas lênticas ou dormentes;
peixes. São abundantes os organismos fixados em rochas, 2. águas lóticas ou correntes.
como algas, cracas e mexilhões.
Águas lênticas
Zona nerítica – compreende a chamada plataforma São as aparentes águas paradas; na verdade, corres-
continental, indo até cerca de 200m de profundidade. É a pondem desde a uma poça d’água formada pelas chuvas,
zona de maior importância econômica, pela riqueza lagoas, até aos grandes lagos, como o Superior e o Mar
imensa de plâncton e nécton, principalmente grandes Cáspio (maior lago salgado).
cardumes de peixes. Vamos tomar como exemplo uma lagoa. Os produ-
tores das lagoas são principalmente representados por algas
Zona batial – vai de 200 a até 2 000m de profundidade,
microscópicas que formam o fitoplâncton (diatomáceas,
ocupando o chamado talude continental. Devido à ausência
cianofíceas, dinoflagelados etc.)
de luz, não existe vegetação e os animais são reduzidos.
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De menor importância são os vegetais superiores mais lento e apresenta maior diversificação de vida. O fi-
(geralmente angiospermas) que vivem fixos ao fundo ou toplâncton é representado por algas verdes, diatomáceas,
são flutuantes. Os consumidores são representados pelo cianofíceas etc. Observam-se, ainda, plantas flutuantes
zooplâncton, constituído pelos protozoários, pequenos como o aguapé e outros vegetais que são encontrados nas
crustáceos e outros. margens. O zooplâncton é representado por microcrus-
Entre os animais não pertencentes ao plâncton, temos táceos, larvas de insetos e outros. O curso médio apre-
moluscos, peixes adultos, aves, como as garças, que se senta grande riqueza em peixes e intenso intercâmbio
alimentam dos peixes, e mamíferos, como ariranhas e com animais terrestres.
lontras, que dependem do ecossistema aquático. O curso inferior ou foz (estuário) apresenta grande
Quando os seres vivos morrem, acumulam-se no variação de salinidade (água salobra) e constitui uma
fundo da lagoa e são transformados por ação dos decom- zona de transição com o mar.
positores (bactérias e fungos). O homem influencia decisivamente nas águas con-
tinentais, promovendo drenagens, construções de açudes,
Águas lóticas usinas hidrelétricas e, principalmente, provocando a
Essas águas compreendem os riachos, córregos e poluição das águas. Assim, o lançamento de esgotos
rios. Nelas podemos encontrar três regiões distintas: ricos em nutrientes orgânicos provoca uma intensa ação
nascente, curso médio e curso baixo (foz). dos decompositores, diminuindo o suprimento de O2 e,
O curso superior ou nascente é pobre em seres vivos, consequentemente, eliminando os seres vivos aeróbios.
devido à violência das águas. Ali não ocorre plâncton, po- Muitas vezes, os organismos aquáticos são eliminados
dendo-se verificar algas fixas ao fundo, larvas de insetos etc. por ação de agrotóxicos carregados pelas enxurradas
O curso médio dos rios é o mais importante, pois é durante o período chuvoso para lagos, lagoas e rios.
1. (MODELO ENEM) – Pesquisa feita pela CETESB aponta falha no 2. (MODELO ENEM) – Na música “Bye, bye, Brasil”, de Chico Buar-
tratamento de esgoto em algumas estações de tratamento. que de Holanda e Roberto Menescal, os versos a seguir
Assim, o efluente liberado para o ambiente apresenta uma grande
quantidade de nutrientes, permitindo a proliferação de micro-or- puseram uma usina no mar
ganismos e algas, que podem trazer como consequência talvez fique ruim pra pescar
a) aumento da oxigenação da água no local onde é feito o
despejo, diminuindo a poluição local. poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos Reis, no
b) alteração das comunidades biológicas no ambiente aquático litoral do Estado do Rio de Janeiro.
devido à consequente redução de O2 dissolvido na água. No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal,
c) o desenvolvimento de bactérias, vírus e vermes, causadores dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser causadas
de doenças parasitárias. a) pelo aquecimento das águas, utilizadas para refrigeração da
d) o aumento da poluição devido às substâncias tóxicas usina, que alteraria a fauna marinha.
presentes no esgoto doméstico. b) pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações
e) a produção de gás metano resultante das atividades biológicas que espantariam os peixes.
causadas pelo despejo do esgoto tratado. c) pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que
Resolução provocariam a morte dos peixes.
Os nutrientes lançados na água acarretam eutrofização, provo- d) pela contaminação por metais pesados dos processos de
cando a proliferação de algas e cianobactérias. A morte desses enriquecimento do urânio.
seres leva à decomposição aeróbica, reduzindo a taxa de O2 e) pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado
dissolvido na água. ao mar nas vizinhanças da usina.
Resposta: B Resolução
Para a refrigeração da usina coleta-se água do mar. Esta é
devolvida ao mar aquecida. O aumento da temperatura da água
diminui a solubilidade do ar na água. A diminuição da quantidade
de O2 e CO2 dissolvidos afeta o fitoplâncton, que passa a realizar
menos fotossíntese. Ocorrendo diminuição da população de
fitoplâncton, toda a cadeia alimentar sofrerá alteração.
Resposta: A
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3. Qual é a importância ecológica das algas que constituem o Quantos filhos em vão rezaram!
fitoplâncton marinho? Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
4. Em relação aos ecossistemas aquáticos, responda: Valeu a pena? Tudo vale a pena
a) Que é plâncton? Se a alma não é pequena. (...)
b) Qual o papel ecológico do fitoplâncton e do zooplâncton? (Fernando Pessoa. In: Obra Poética.
3.a ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1969, p. 82.)
5. Considerando o biociclo marinho, responda:
a) Que é fitoplâncton?
A unidade da biosfera citada no poema denomina-se
b) Que relação existe entre a atividade do fitoplâncton e a manu-
a) epinociclo. b) ecótono. c) limnociclo.
tenção do nível de oxigênio no ambiente?
d) biócora. e) talassociclo.
6. Os mares apresentam uma estratificação bem definida quanto
12.
aos componentes bióticos. Conjunto I Conjunto II Conjunto III
Cite os estratos e dê um exemplo para cada um.
Algas verdes Diatomáceas Peixes
7. Quais são os dois grandes grupos de organismos que formam a
comunidade planctônica e como a luminosidade, em função da Antozoários Foraminíferos Cefalópodes
profundidade, interfere na distribuição desses grupos no
ambiente marinho? Crustáceos
Briozoários Rotíferos
decápodes
8. A construção de uma represa para a produção de energia elétrica
Equinodermas Larvas de moluscos Tartarugas
fatalmente irá alterar as condições ambientais da região, apre-
sentando consequências desastrosas para o equilíbrio ecológico.
Aponte e justifique duas dessas alterações com consequências Os conjuntos de organismos I, II e III, da tabela, podem fazer
importantes sobre as comunidades biológicas da região. parte, respectivamente, do(s)
a) nécton, bentos e plâncton. b) nécton, nécton e bentos.
9. Associe os termos ecológicos listados a seguir com suas c) plâncton, bentos e nécton. d) bentos, nécton e plâncton.
respectivas definições. e) bentos, plâncton e nécton.
I. Lêntico.
II. Bioma. 13. Entre as comunidades marinhas, encontramos a categoria cha-
III. Lótico. mada nécton, que corresponde ao conjunto de seres vivos
IV. Ecótono. a) que se deslocam passivamente na água, arrastados pelas
V. Ecótopo. ondas e correntes marinhas.
b) conhecidos por algas, responsáveis pela renovação da maior
( ) Zona de transição entre dois ecossistemas vizinhos. parte do oxigênio do planeta.
( ) Águas paradas, um lago. c) dotados de movimentos ativos, capazes de nadar e vencer as
( ) Local onde vive uma comunidade. correntes.
( ) Flora, fauna e clima de uma região considerados como um d) que vivem no leito do mar, fixos, rastejantes ou nadadores e
todo. que pouco se afastam do fundo.
( ) Águas correntes, um rio. e) conhecidos por anêmonas-do-mar, estrelas-do-mar, ouri-
ços-do-mar e protozoários.
Assinale a sequência correta:
a) V, II, III, I, IV. b) IV, I, V, II, III. c) II, I, V, IV, III. 14. (MODELO ENEM) – Nas águas marinhas ocorre um fenômeno
d) IV, III, I, II, V. e) III, V, I, II, IV. que aumenta a produtividade das algas que compõem o fitoplânc-
ton, denominado ressurgência. A característica das águas pro-
10. É de conhecimento público a nobre campanha que alguns meios fundas que aumenta a produtividade e a proliferação das algas é
de comunicação de São Paulo vem fizeram, no sentido de unir a a) maior quantidade de biomassa planctônica.
população paulista para, num esforço conjunto, despoluir e b) maior disponibilidade de nutrientes minerais.
recuperar o Rio Tietê, devolvendo-lhe a “vida”. Assinale abaixo a c) maior luminosidade.
alternativa que representa os primeiros seres vivos organizados d) maior quantidade de matéria orgânica.
em níveis tróficos que darão início à vida e à permanência desta, e) maior luminosidade e menor temperatura.
na extensão atualmente “morta” do nosso rio:
a) fitoplâncton, zooplâncton, decompositores e consumidores. 15. Artemia é um camarão primitivo que vive em águas
b) fitoplâncton, consumidores, decompositores e zooplâncton. salgadas, sendo considerado um fóssil vivo. Surpre-
c) fitoplâncton, decompositores, zooplâncton e consumidores de endentemente, possui uma propriedade semelhante
primeira, segunda e demais ordens. à dos vegetais, que é a diapausa, isto é, a capacidade de manter
d) fitoplâncton, zooplâncton, consumidores de segunda e ovos dormentes (embriões latentes) por muito tempo. Fatores
demais ordens e decompositores. climáticos ou alterações ambientais podem subitamente ativar a
e) produtores, decompositores, fitoplâncton e zooplâncton. eclosão dos ovos, assim como, nos vegetais, tais alterações indu-
zem a germinação de sementes. Vários estudos têm sido realiza-
11. Leia o texto para a seguir e assinale a alternativa correta. dos com artemias, pois estes animais apresentam características
que sugerem um potencial biológico: possuem alto teor de proteí-
MAR PORTUGUÊS na e são capazes de se alimentar de partículas orgânicas e
inorgânicas em suspensão. Tais características podem servir de
Ó mar salgado, quanto do teu sal
parâmetro para uma avaliação do potencial econômico e
São lágrimas de Portugal!
ecológico da artemia. Considere as seguintes possibilidades:
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
137
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3) As algas são os mais importantes produtores dos ecossiste- 11) As comunidades aquáticas estão incluídas em dois biociclos:
mas marinhos. o talossociclo ou biociclo marinho; e o limnociclo ou biociclo
de água doce.
Resposta: E
4) a) Seres geralmente microscópicos, sem locomoção própria
e que vivem na massa superficial da água.
b) Fitoplâncton: produtores.
12) Bentos: correspondem aos seres vivos que vivem no fundo do
Zooplâncton: consumidores.
mar, fixos ou móveis.
Plâncton: são seres que vivem na superfície da água, geral-
5) a) Algas microscópicas da massa superficial da água. mente transportados passivamente pelo movimento das
b) O fitoplâncton representa o maior produtor de oxigênio no águas.
ambiente marinho. Nécton: são os animais livres natantes.
Resposta: E
6) Componentes bióticos: Plâncton: algas (fitoplâncton), proto-
zoários (zooplâncton). Bentos: algas e animais fixos ou raste-
13) Nécton são os animais livres natantes, representados por
jantes. Nécton: animais livre-natantes.
peixes, polvos, mamíferos marinhos, tartarugas, etc.
Resposta: C
7) O plâncton é dividido em: fitoplâncton, formado por algas mi-
croscópicas fotossintetizantes e que só sobrevivem nas
14) A decomposição da matéria orgânica ocorre preferencial-
regiões iluminadas da superfície; e zooplâncton, que depende
mente nas regiões profundas, promovendo a formação de
do alimento produzido pelo fitoplâncton, mas pode
sais minerais. Estes serão transportados, na ressurgência,
sobreviver em regiões de menor luminosidade.
para a superfície, onde acelerarão a atividade fotossintética
das algas planctônicas.
8) 1. Bloqueio da migração dos peixes para desova, durante a Resposta: B
época de reprodução, na cabeceira dos rios, levando à
extinção de muitas espécies.
2. Seleção de espécies (animais e vegetais) mais adaptadas à 15) A artemia, camarão de alto valor nutritivo, pode alimentar-se
vida em águas paradas, com a formação da represa, de partículas orgânicas e inorgânicas em suspensão,
alterando os nichos ecológicos naturais. resultantes da atividade decompositora. Portanto, são
corretas as afirmações I, II e IV.
Resposta: C
9) A relação numérica correta, de cima para baixo, encontra-se
na alternativa b.
Resposta: B 16) Essa metamorfose apresenta uma vantagem ecológica
porque diminui a competição intraespecífica.
Resposta: C
10) Nesse caso, ocorrerá uma sucessão ecológica secundária, na
qual o fitoplâncton será a primeira etapa da sucessão,
seguida do zooplâncton, que possibilitará a continuidade da
teia alimentar nesse ambiente.
Resposta: D
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CAPÍTULO Ecologia
5
12 SOLO, AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
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O solo deve sempre ter certa quantidade de húmus. Em Micronutrientes – são aqueles de que as plantas
relação a essa quantidade, os solos são classificados em: necessitam em pequenas quantidades. Entre eles, encon-
Humíferos – quando possuem de 5% a 10% de húmus. tram-se o zinco (Zn), o boro (B), o ferro (Fe), o cobre
Humosos – quando possuem de 10% a 20% de húmus. (Cu), o molibdênio (Mo) e o cloro (Cl), entre outros.
Turfosos – quando possuem mais de 20% de húmus.
2. A erosão
MATÉRIA ORGÂNICA
Erosão é a remoção de partículas do solo das partes
| decomposição mais altas e o seu transporte para as partes mais baixas do
↓
terreno ou para o fundo de lagos, lagoas, rios e oceanos.
HÚMUS A erosão é provocada pela ação das águas e dos ventos.
No Brasil, a erosão mais importante é provocada
A minhoca na produção de húmus pela ação da água, também chamada de erosão hídrica.
A criação de minhocas (minhocultura) constitui hoje A erosão realiza-se em duas fases: desagregação e
uma atividade zootécnica muito importante, que tem transporte.
como objetivos: A desagregação é provocada pelo impacto das gotas
– produção de alimento (proteína) para a criação de de chuva e pela água que escorre na superfície. O impac-
vários animais (rãs, peixes etc.); to direto das gotas de chuva no solo desprotegido, cuja
– produção de húmus (esterco de minhoca). vegetação foi destruída, provoca a desagregação da par-
Atualmente, o húmus de minhoca é produzido a tícula. As partículas desagregadas são agora transporta-
partir da minhoca vermelha da Califórnia. O alimento das pelas enxurradas.
normalmente usado é o esterco de gado fermentado ou O transporte depende do tamanho das partículas.
bioestabilizado. Assim, as partículas diminutas de argila e limo são facil-
As minhocas alimentam-se de matéria orgânica em mente carregadas pelas águas das enxurradas.
A erosão provocada pelas águas pode ser superficial
decomposição. Assim, o fato de se encontrar um número
quando o solo vai sendo carregado lentamente, sem que
elevado de minhocas em determinado local significa que
o problema seja notado. Quando os agricultores perce-
o solo é rico em matéria orgânica e também em
bem a erosão, muitas vezes o solo já está improdutivo.
nutrientes minerais.
A erosão pode ocorrer também em forma de sulcos e
Os nossos solos são, em geral, pobres em matéria
em voçorocas. Elas ocorrem quando no terreno, em
orgânica. Isso faz com que as minhocas tenham de inge-
declive, sulcos de valetas são abertos com o transporte do
rir grandes quantidades de terra para obter o alimento
solo. Esse tipo de erosão é o que chama mais a atenção
necessário para a sua sobrevivência. À medida que inge-
dos agricultores, porque torna o solo improdutivo em
rem a terra, cavam verdadeiras galerias no solo, que per-
tempo muito curto.
mitem a circulação do ar, isto é, garantem a porosidade
do solo e a sua fertilidade.
De tudo isso, pode-se concluir que o solo que passa
pelo intestino da minhoca apresenta ao ser expelido, em
relação ao solo circunvizinho, maiores teores de matéria No solo coberto com vegetação, o impacto da água
orgânica e de elementos minerais facilmente assimiláveis da chuva é absorvido e ocorre maior infiltração de água
pela planta, bem como uma rica e diversificada fauna e no solo, evitando a formação de enxurradas.
flora microbiana. As raízes entrelaçadas das plantas seguram mais o
solo, dificultando a erosão. A água infiltrada no solo abas-
tece os lençóis subterrâneos, que depois afloram para for-
Os nutrientes minerais são indispensáveis para o cres- mar as nascentes (olhos-d’água). Como não ocorre a for-
cimento sadio das plantas. São absorvidos por pelos mação de enxurradas, os rios não ficam com seu volume
absorventes das raízes e utilizados para muitas funções muito aumentado, não ocorrendo, consequentemente, as
vitais dos vegetais. Os nutrientes minerais são subdi- enchentes nos campos de cultivos e nas cidades.
vididos em dois grupos: macronutrientes ou macroele- De tudo isso, pode-se concluir que o manejo correto
mentos; e micronutrientes ou microelementos. do solo evita a sua destruição.
Macronutrientes – são aqueles requeridos pelos ve- Existem alguns cuidados importantes que devem ser
getais em maiores quantidades. Entre eles, citamos o ni- tomados para a conservação do solo, entre eles:
trogênio (N), o fósforo (P), o potássio (K), o cálcio (Ca), – A plantação em terrenos em declive deve ser feita
o magnésio (Mg) e o enxofre (S). com o emprego de curvas de nível e terraceamento. Esses
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terrenos devem ser utilizados para reflorestamento e for- – provocam a morte dos micro-organismos que dão
mação de pastagens. Nunca devem ser usados para vida ao solo e que permitem a reciclagem da matéria.
culturas anuais (milho, feijão etc.). Nada vive após a queimada: minhocas, bactérias, fungos,
– As culturas anuais, que exigem aração anual, de- todos morrem;
vem ser feitas em terrenos planos. – provocam a perda de muitos minerais, que são le-
– Nunca deixar o solo nu. Quando se fazem as ca- vados junto com a fumaça. A fumaça contém gás carbô-
pinas, as plantas devem ser roçadas, e não arrancadas do nico e cinzas, que levam os minerais para o ar;
solo. Deixar o solo com a cobertura morta (palhada). – levam a um desequilíbrio mineral da terra. As
Dessa maneira, a vegetação morta forma um acolchoado plantas cultivadas crescem menos e ficam mais vulnerá-
protetor do solo, procurando imitar a natureza. veis ao ataque de pragas. As colheitas diminuem.
– Fazer rotação de culturas. Cada tipo de cultura tem Infelizmente, devido à ignorância e ao desconheci-
exigências diferentes de nutrientes minerais. Na rotação, mento desses malefícios, milhares de quilômetros cober-
as culturas alternam-se no mesmo terreno, evitando um tos com florestas são queimados anualmente no Brasil.
desgaste exagerado do solo. Está provado também que a
rotação elimina muitas pragas de insetos. 5. Derrubar as
– Uso adequado e controlado das máquinas agríco-
las, evitando que o excesso facilite a erosão. florestas para a prática da
– Plantio de grama nos taludes das estradas. agricultura é recomendável?
Não. Os solos são, na verdade, uma mistura de partí-
3. A fertilidade do solo culas minerais e de húmus. As partículas minerais resul-
Os sais minerais são indispensáveis para o cresci- tam da decomposição de rochas por ação da água,
mento das plantas. As plantas retiram os sais do solo para temperatura etc. O húmus resulta da decomposição da
fabricar o seu próprio alimento. O homem colhe os matéria orgânica vegetal e animal; e permite a circulação
vegetais para o seu alimento e o solo vai empobrecendo. do ar. Além disso, contém nitrogênio e outros nutrientes
Diante disso, como manter o solo fértil? minerais essenciais.
Existem alguns processos: Os solos das nossas florestas são muito superficiais e
– Aplicação de adubos (fertilizantes) fabricados pelo frágeis. Abaixo deles existe apenas areia.
homem. São muito caros e nem sempre dão os resultados Quando se destrói a floresta, as chuvas torrenciais
esperados. rapidamente lavam o solo, carregando-o para longe e
– A melhor forma é realizar um processo racional tornando-o muito pobre. As plantas cultivadas crescem
para conservar a saúde do solo, aumentar a produtividade muito pouco e são logo destruídas por pragas de insetos.
e gastar pouco com adubos e venenos. Nesse sentido, são Uma floresta tropical sem as suas árvores deixa de
procedimentos a serem tomados: ser um paraíso luxuriante e verde para se transformar em
• evitar a monocultura, isto é, o cultivo da mesma uma região hostil e improdutiva.
espécie de planta;
• plantar em linhas alternadas duas ou mais culturas
(p. ex.: milho e amendoim); 6. As florestas,
• fazer rotação de culturas, isto é, alternar as culturas; os rios e a preservação
• fazer adubação verde. Devem-se plantar legumi- das florestas tropicais
nosas (amendoim, feijão, soja e outras), que são capazes
de enriquecer o solo com nitrogênio;
• incorporar, no solo, restos mortos de vegetais para
a formação de húmus.
Os ecologistas dizem que as florestas são o sustentá-
culo da vida na Terra.
4. As queimadas As florestas são importantes porque:
As queimadas são utilizadas desde tempos antigos • mantêm o equilíbrio dos gases na atmosfera:
para derrubada das matas e limpeza dos terrenos que absorvem gás carbônico e eliminam oxigênio;
serão utilizados para o cultivo e a formação de pastagens. • estabilizam o clima, equilibrando a temperatura
Esse método, que muitos agricultores dizem ser mais ba- do ar, como um verdadeiro “ar-condicionado”;
rato e facilitar a formação de minerais, é altamente • protegem os rios e o solo;
prejudicial para os ecossistemas. As queimadas devem • fornecem alimento aos animais;
ser evitadas por vários motivos: • auxiliam na formação de nuvens.
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A vegetação perto das nascentes de água nunca pode ser destruída. Sabe por quê?
• Quando chove, as plantas facilitam a infiltração de água no solo.
• A água que penetra no solo encontra rochas impermeáveis.
• A água forma verdadeiros riachos subterrâneos. Esses riachos são os lençóis subterrâneos de água (lençóis
freáticos).
• Esses riachos subterrâneos afloram na surperfície do solo e formam as nascentes ou fontes de água.
• Essas nascentes formam os riachos na superfície do solo, fornecem água para os sítios e fazendas.
A destruição dessa vegetação diminui a infiltração da água no solo, os lençóis subterrâneos (freáticos) secam, as
nascentes e os riachos desaparecem.
Ao longo das margens dos rios e riachos, encontra-se uma vegetação muito importante. Essa vegetação forma as
matas-galerias ou matas ciliares. Essas matas protegem os rios e riachos e abrigam muitos animais.
Quando o homem elimina essa vegetação, podem ocorrer muitos problemas:
– intensa erosão;
– assoreamento;
– enchentes na época das chuvas;
– desaparecimento dos riachos e rios na estiagem.
O assoreamento
Como foi visto, a erosão arrasta partículas do solo, que
acabam se depositando no fundo dos leitos dos riachos, rios,
lagos, lagoas e oceanos. O acúmulo de detritos no fundo
dificulta o escoamento da água, tornando as lagoas e lagos
cada vez mais rasos, até a extinção. O assoreamento provoca
ainda grandes enchentes, nos períodos das grandes chuvas. O
leito raso do rio não comporta o imenso volume de água,
invadindo as margens e alagando os campos e as cidades. Fig. 3 – Destruição da mata: terra pobre, rios rasos e sem peixes, animais
mortos.
142
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Fig. 5 – Mata preservada: terra rica, rios fundos, ricos em peixes e outros animais.
Atualmente, o manto verde do nosso planeta está rapidamente desaparecendo. Florestas inteiras estão sendo
destruídas. O Sol incide no solo nu, refletindo a radiação; à noite, a temperatura cai vertiginosamente, já que nenhum
calor fica retido. O ar e o solo ficam extremamente secos; as chuvas ficam cada vez mais escassas e, quando chove, o
solo é rapidamente lavado e arrastado para longe. Vemos com isso que, à medida que a vegetação é destruída, o clima
muda e o solo sofre erosão. Tais condições são inimigas da vida.
Fig. 6
1. Nativas do Brasil, as várias espécies das plantas 2. Quando um macho do besouro-da-cana localiza uma
conhecidas como fava-d'anta têm lugar garantido no plantação de cana-de-açúcar, ele libera uma substân-
mercado mundial de produtos cosméticos e farma- cia para que outros besouros também localizem essa
cêuticos. Elas praticamente não têm concorrentes, pois apenas plantação, o que causa sérios prejuízos ao agricultor. A substância
uma outra planta chinesa produz os elementos cobiçados pela liberada pelo besouro foi sintetizada em laboratório por um quí-
indústria mundial. As plantas acham-se dispersas no cerrado e a mico brasileiro. Com essa substância sintética, o agricultor pode
sua exploração é feita pela coleta manual das favas ou, ainda, fazer o feitiço virar contra o feiticeiro: usar a substância como isca
com instrumentos rústicos (garfos e forquilhas) que retiram os e atrair os besouros para longe das plantações de cana.
frutos das pontas dos galhos. Alguns catadores quebram galhos (Folha Ciência. In: Folha de S.Paulo,
ou arbustos para facilitar a coleta. Depois da coleta, as vagens 25 mai. 2004. Adaptado.)
são vendidas aos atacadistas locais que as revendem a atacadis-
tas regionais, estes, sim, os revendedores de fava para as Assinale a opção que apresenta corretamente tanto a finalidade
indústrias. Depois de processados, os produtos são exportados. quanto a vantagem ambiental da utilização da substância sintética
Embora os moradores da região tenham um vasto conhecimento mencionada.
sobre hábitos e usos da fauna e flora locais, pouco ou nada
Finalidade Vantagem ambiental
sabem sobre a produção de mudas de espécies nativas e, ainda,
sobre o destino e o aproveitamento da matéria-prima extraída da reduzir as espécies que se
fava-d'anta. a) eliminar os besouros
alimentam de cana-de-açúcar
(Extrativismo e biodiversidade: o caso da fava-d’anta.
Ciência Hoje, jun. 2000. Adaptado.) afastar os predadores reduzir a necessidade de uso
b)
da plantação de agrotóxicos
Ainda que a extração das vagens não seja prejudicial às árvores, a
estratégia usada na sua coleta, aliada à eventual pressão de c) exterminar os besouros eliminar o uso de agrotóxicos
mercado, são fatores que podem prejudicar a renovação natural
da fava-d'anta. Uma proposta viável para que estas plantas nativas evitar a incidência
d) dispersar os besouros
não corram risco de extinção é de novas pragas
a) introduzir a coleta mecanizada das favas, reduzindo tanto as afastar os predadores aumentar a resistência
perdas durante a coleta quanto os eventuais danos às plantas. e)
da plantação dos canaviais
b) conservar o solo e aumentar a produtividade dessas plantas
por meio de irrigação e reposição de sais minerais. Resolução
c) domesticar a espécie, introduzindo viveiros que possam abas- Finalidade: a substância sintetizada atrai os besouros para longe
tecer a região de novas mudas, caso isto se torne necessário. do canavial, reduzindo o ataque dos predadores na cultura.
d) proibir a coleta das favas, aplicando pesadas multas aos Vantagem ambiental: redução do emprego de agrotóxicos.
infratores. Resposta: B
e) diversificar as atividades econômicas na região do cerrado
para aumentar as fontes de renda dos trabalhadores.
Resolução
Uma proposta viável para evitar o risco de extinção da espécie é
o plantio de sementes em viveiros e o transplante de novas
mudas para as regiões onde ocorre diminuição da população.
Resposta: C
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3. A criação de minhocas para a produção de adubo orgânico (hú- 14. Três afirmações são apresentadas a seguir:
mus) é uma atividade zootécnica bastante desenvolvida na região, I. As coivaras ou queimadas auxiliam a fixar, no solo, o carbono
a ponto de os produtores se organizarem numa Associação de proveniente das cinzas.
Minhocultores do Vale do Paraíba. Sendo assim, responda: II. As monoculturas são ecologicamente desvantajosas porque
a) A que filo pertence a minhoca? tendem a exaurir determinados elementos minerais e com-
b) Qual a importância da minhoca para a agricultura? postos orgânicos do solo.
III. O uso de inseticidas sintéticos, na agricultura, é sempre
4. O que é húmus e como se forma? pernicioso.
145
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19. (FATEC) – Um solo fértil é um sistema ecológico constituído por c) a principal alteração do ecossistema foi a presença dos homens,
pequenos fragmentos de rocha, pelo húmus, por micro-organis- pois animais nunca geram desequilíbrios no ecossistema.
mos decompositores e por diversos seres vivos. O mau uso de d) o desequilíbrio só apareceu quando os porcos começaram a
fertilizantes e pesticidas agride o solo, comprometendo sua comer os cabritos pequenos.
capacidade de nutrir as plantas, pois: e) o aumento da biodiversidade, a longo prazo, foi favorecido pela
I. Aumenta a população de micro-organismos decompositores. introdução de mais dois tipos de animais na ilha.
II. A decomposição da matéria orgânica morta fica comprometi-
da, impedindo que compostos orgânicos sejam transformados 24. A biodiversidade diz respeito tanto a genes, es-
em substâncias mais simples. pécies, ecossistemas como a funções e coloca pro-
blemas de gestão muito diferenciados. É carregada
III. Altera a composição química do solo, matando seus habitantes.
de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar
– a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia
Dessas afirmações, está(ão) correta(s) somente: radical;
a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. – a proteção das populações cujos sistemas de produção e de
cultura repousam num dado ecossistema;
20. (UFRS) – Uma equipe da Embrapa (Empresa Brasileira de Pes- – a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a
quisas Agropecuárias) testa, desde 1992, um sistema de pro- biodiversidade como matéria-prima, para produzir mercadorias.
dução agrícola em áreas da Amazônia sem o uso de queimadas,
com trituração da capoeira nativa e enriquecimento com Acacia De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiver-
angustissima, uma leguminosa de rápido crescimento. Essa sidade no Planeta,
técnica possui vantagens sobre o método tradicional de queimar a) o principal desafio é conhecer todos os problemas dos
restos de culturas, exceto pelo fato de que: ecossistemas.
a) a capoeira triturada decompõe-se mais rápido e substitui a b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem
queimada na limpeza da área de plantio. ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico.
b) a capoeira nativa é bastante variada e tem espécies de diver- c) deve-se valorizar o equilíbrio do ambiente, ignorando-se os
sidade funcional, isto é, capazes de devolver ao solo conflitos gerados pelo uso da terra e de seus recursos.
nutrientes importantes. d) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois
c) com as queimadas, muitos dos nutrientes do solo se perdem as necessidades das populações não devem constituir preocu-
e o solo vai empobrecendo, ano após ano. pação para ninguém.
d) o plantio de leguminosas enriquece o teor de nitrogênio do e) há diferentes visões em jogo, tanto as que consideram as-
solo, útil às plantas. pectos ecológicos quanto as que levam em conta aspectos
e) as queimadas são uma forma de recompor os solos empo- sociais e econômicos.
brecidos por muitos anos de uso.
25. (MODELO ENEM) – Em um estudo, pesquisadores adicionaram
21. (UFSCar) – Entre os vários efeitos destrutivos, durante a quei- Iodo obtido no tratamento de esgoto doméstico ao solo de uma
mada da cana-de-açúcar, temos plantação de cana-de-açúcar. Os resultados da ação desse Iodo
a) a incorporação do carbono em compostos orgânicos que são estão apresentados no gráfico.
produzidos em altas temperaturas.
b) a perda de nitrogênio, graças a sua incorporação em compos-
tos insolúveis, formados durante a produção de cinzas.
c) o aumento da taxa respiratória dos micro-organismos de solo.
d) a destruição de parte dos micro-organismos de solo, importan-
tes nos processos de síntese e degradação da matéria
orgânica.
e) a manutenção do sistema radicular e perda da parte aérea da
vegetação local.
146
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8) A área onde a mata foi preservada e com diversificação de 15) Superexploração de espécies lenhosas, perda de diversidade
culturas. O maior sucesso ocorre na área preservada, uma biológica por fragmentação dos habitat, desmatamento das
vez que evita o ataque de pragas nas plantas cultivadas. espécies vegetais nativas e introdução de práticas usuais de
agricultura.
9) Desmatamento e erosão.
16) Um dos benefícios da produção orgânica consiste na manu-
tenção da biodiversidade dos ecossistemas naturais,
10) As queimadas provocam a destruição dos micro-organismos evitando o desequilíbrio ecológico.
decompositores do solo, prejudicando a reciclagem da Resposta: A
matéria.
147
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18) As queimadas diminuem a fertilidade do solo e os níveis de 24) Na preservação da biodiversidade dos ecossistemas, devem
umidade do ar. ser considerados fatores sociais, econômicos e ecológicos.
Resposta: A Resposta: E
19) O mau uso de fertilizantes e pesticidas altera a composição 25) O Iodo contém matéria orgânica. Através da atividade bacte-
física, química e biológica do solo, prejudicando o plantio. riana, o material orgânico é decomposto, formando água, gás
Resposta: D carbônico e nutrientes minerais que representam adubos
(fertilizantes) para os vegetais.
Resposta: B
20) O método das queimadas é altamente prejudicial para os
ecossistemas e deve ser evitado, pois, entre outros motivos,
provoca a morte dos micro-organismos que dão vida ao solo 26) No solo coberto com vegetação, como é o caso da Floresta
e que permitem a reciclagem da matéria. Nada vive após a Amazônica, o impacto da água da chuva é absorvido e ocorre
queimada: minhocas, bactérias, fungos, todos morrem. maior infiltração de água no solo, evitando a formação de
Resposta: E enxurradas.
Resposta: B
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CAPÍTULO Ecologia
5
13 A POLUIÇÃO
O CFC passou a ser usado por ser de baixo custo, não Os CFC sobem lentamente e alcançam altitudes de
inflamável, de baixa toxicidade e bastante estável, ou até 50 mil metros, onde, submetidas às radiações ul-
seja, não se decompõe com facilidade, permanecendo travioleta, as moléculas de CFC são quebradas, liberando
como é por mais de 150 anos. o átomo de cloro. Este reage com o ozônio (O3), transfor-
mando-o em oxigênio molecular (O2). Sabe-se que cada
átomo de cloro liberado na atmosfera destrói cerca de
100 mil moléculas de ozônio. Em 1985, cientistas
britânicos, trabalhando na Antártida, observaram um
enorme buraco na camada de ozônio que envolve a Terra.
Aeronaves supersônicas, que voam na estratosfera, libe-
ram gases que podem reagir com o ozônio, destruindo-o.
À medida que a camada de ozônio vai sendo destruída, a
superfície da Terra passa a receber maior quantidade de
radiação ultravioleta.
Entre os efeitos dessa radiação aparecem: câncer de
pele, catarata, redução de resistência a infecções, redução
das colheitas. Trata-se de um dos grandes problemas eco-
lógicos da atualidade, alvo de intensa e justificada
Fig. 3 –
a) Folha doente exposta à atmosfera b) Folha sadia. campanha em prol de sua preservação, já que a sua des-
rica em ozônio. truição, afinal, diz respeito à natureza como um todo.
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Ocorre que os defensivos químicos empregados no A decomposição aeróbia é muito mais rápida, e os re-
controle de pragas são pouquíssimo específicos, destruindo síduos são: gás carbônico, sais minerais e alguns com-
indiferentemente espécies nocivas e úteis. Existem pragui- postos orgânicos que, mais resistentes à biodegradação,
cidas extremamente tóxicos, mas instáveis. Eles podem não chegam a se decompor totalmente. A decomposição
causar danos imediatos, mas não causam poluição a longo anaeróbia, entretanto, pode originar compostos nocivos,
prazo. Existem praguicidas menos tóxicos, porém mais como gás sulfídrico, mercaptanas e outros compostos
estáveis, ou seja, persistentes em ecossistemas, provocando que podem ser tóxicos ou exalar mau cheiro. O lixo urba-
efeitos por muitos anos. Os praguicidas podem ser transpor- no possui quatro destinos: lixões, aterros sanitários,
tados a longas distâncias, causando danos bem longe das compostagem e incineração.
regiões em que foram aplicados. Outro problema reside no No caso dos lixões, o lixo simplesmente é levado
acúmulo ao longo das cadeias alimentares. Assim, por para terrenos baldios, onde fica exposto e é aproveitado
exemplo, as minhocas, alimentando-se de grandes quan- pelos “catadores de lixo”, que correm o risco de contrair
tidades de folhas mortas e ingerindo partículas do solo, acu- doenças. O “lixão” provoca, ainda, intensa proliferação
mulam no seu organismo elevadas concentrações de inse- de moscas e outros insetos. Outro inconveniente é o
ticidas clorados; as aves que se alimentam de minhocas, chorume, líquido que resulta da decomposição do lixo e
como as galinhas, passam a ingerir grande parte do veneno. polui o solo e os lençóis de água freáticos.
Outro efeito nocivo é que os praguicidas reduzem a O chamado aterro sanitário não é um processo de
biodiversidade das biocenoses. tratamento. Consiste na deposição de camadas de lixo
alternadas com camadas de argila em terrenos bem
drenados. Nessas condições, as camadas de lixo sofrem
decomposição aeróbia e depois anaeróbio. Um inconve-
niente do aterro sanitário é a possibilidade de contamina-
ção das águas subterrâneas, além do não aproveitamento
dos materiais recicláveis.
A incineração é um processo dispendioso, no qual o
lixo é queimado em câmaras de incineração. As cinzas re-
sultantes podem ser usadas por indústrias de fertilizantes.
No processo de compostagem, o material orgânico
do lixo sofre um tratamento biológico, do qual resulta o
chamado “composto”, material utilizado na fertilização e
recondicionamento do solo.
O lixo do brasileiro
Diariamente, produzimos uma média de 600 gramas de
lixo. A quantidade produzida pelos brasileiros durante uma
semana daria para lotar o estádio do Maracanã. De toda essa
sujeira, 70% vão para os lixões a céu aberto; 20%, para
aterros recobertos com terra; 5% são jogados nos rios; e o
Fig. 4 – Diagrama mostrando o efeito acumulativo que resta é incinerado ou vira adubo nas usinas de
de um inseticida organoclorado (DDT) ao longo de uma cadeia alimentar.
compostagem. Menos de 1% do lixo é reciclado.
Lixões
Depósito onde o lixo é simplesmente jogado, expondo a
O chamado controle biológico consiste no combate às
população a sérios riscos de saúde, além de poluir o ambiente.
pragas através de seus inimigos naturais, predadores ou
parasitas. Nesse processo, os parasitas, por serem mais Aterros sanitários
específicos, são preferidos em relação aos predadores. Reservatórios nos quais o lixo é comprimido por
máquinas e coberto com uma camada de terra para evitar
3. Lixo e reciclagem mau cheiro e proliferação de insetos em geral. Em São
Paulo, existem dois aterros sanitários.
tários (areia, borrachas e plásticos sujos); e materiais re- Em relação à fabricação do vidro primário, uma
cicláveis (vidro e papel), que são vendidos e reaproveitados. tonelada reciclada economiza 13% de energia.
Veja a seguir a relação do que pode ou não ser reci- Embalagens de vidro não são biodegradáveis, ou
clado: seja, jamais se decompõem.
Plástico 4. A poluição do mar
Recicláveis: embalagens de material de limpeza e
Os oceanos ocupam 2/3 da superfície da Terra, con-
higiene, de alimentos, copos, pratos e outros utensílios tendo cerca de 1420 x 1015m3 de água. É uma enorme
descartáveis, garrafas de refrigerante, água etc., canos, quantidade de água, capaz de absorver todos os resíduos
tubos e sacos plásticos. que lhe são lançados. Mas a poluição pode ocorrer toda
Não recicláveis: cabos de panela, tomadas, algumas vez que as substâncias tóxicas ficam acumuladas em
embalagens de biscoito. áreas limitadas e não se dissolvem completamente na
Facilite a reciclagem, retirando os rótulos de papel água, ou ainda ficam acumuladas nos organismos vivos.
ou adesivos das embalagens. É o caso de baixas concentrações de dimetil-mer-
O material reciclado não pode virar plástico nova- cúrio e inseticidas organoclorados, que têm efeitos
mente; é usado na fabricação de outros produtos, como nocivos sobre o fitoplâncton (plâncton vegetal). Isso
brinquedos, sacolas e tubulações. pode reduzir a população de peixes. Algumas algas têm a
Metal capacidade de concentrar elementos como o iodo. Outro
Recicláveis: latas de alimento, cerveja e refrigerante, fato preocupante é o acúmulo de resíduos radioativos.
fios de cobre e arame. Além disso, há a poluição do mar pelo mercúrio, em
Não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço e decorrência da atividade humana. Como já sabemos, este
canos. é um metal de efeito acumulativo e muito tóxico.
Cada tonelada de alumínio reciclado economiza 95% de
energia e evita a retirada de 5 toneladas de bauxita da terra.
Cada cem latas de aço reaproveitadas economizam a O derramamento de petróleo no mar é consequência do
energia equivalente a uma lâmpada de 60 watts, acesa naufrágio ou avarias de petroleiros, derrames deliberados
por uma hora. da borra de petróleo ou lavagem dos tanques dos navios.
Em termos puramente físicos, cerca de 1/3 do óleo
Papel derramado é evaporado rapidamente. Sobra na superfície
Recicláveis: jornais, revistas, folhas de caderno, da água um líquido viscoso, contendo fenóis e outras
folhas impressas, papel de fax, caixas, envelopes, carta-
substâncias tóxicas. Esse líquido acaba sufocando o
zes e fotocópias.
fitoplâncton e o zooplâncton.
Não recicláveis: etiquetas adesivas, papel-carbono,
O efeito da poluição por petróleo em pássaros é
fitas-crepes, papel sanitário, plastificado e parafinado,
drástica. As penas ficam encharcadas de óleo, impedindo
tocos de cigarro e fotografias.
o voo. Quando o pássaro procura limpar as suas penas,
Facilite a reciclagem, selecionando o papel limpo e
seco e retirando clipes e grampos. acaba ingerindo grandes quantidades de petróleo, o que o
Cada tonelada de papel reciclado economiza, aproxi- leva à morte por envenenamento. O isolamento térmico
madamente, 20 árvores adultas. produzido pelas penas deixa de existir e os pássaros
Para cada tonelada de papel reciclado, 71% de ener- contraem pneumonia ou morrem de frio.
gia é economizada em relação ao papel primário. As rochas onde se fixam algas e moluscos e se movi-
O maior mercado de papel reciclado é o de embalagens. mentam os crustáceos, quando cobertas por petróleo,
Quando o papel é jogado nos aterros, a degradação é impossibilitam a permanência e a vida desses seres.
bastante lenta: nos EUA, foram encontrados jornais da Quando o petróleo atinge as praias, o turismo fica alta-
década de 1950 ainda em condições de serem lidos. mente prejudicado, ocasionando danos à economia local.
Hoje, sabemos que há bactérias que podem pro-
Vidro
mover a degradação do petróleo. Rochas e praias que
Recicláveis: embalagens, garrafas e copos.
foram cobertas pelo óleo se recuperaram rapidamente e a
Não recicláveis: espelhos, lâmpadas, cerâmicas e
flora e a fauna foram restabelecidas graças à ação dessas
porcelanas.
bactérias decompositoras.
Para facilitar a reciclagem, limpe o recipiente antes de
Têm-se utilizado vários tipos de detergentes para
jogá-lo fora.
Inteiro ou em pedacinhos, o vidro é totalmente dispersar e emulsionar o óleo. Esses detergentes são
reaproveitado. Não há perda de matéria-prima: 1 quilo de eficazes nessa tarefa, mas se mostram muito mais tóxicos
vidro equivale a 1 quilo de vidro novo. para os organismos vivos do que o próprio petróleo.
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1. Quando um reservatório de água é agredido ambien- Quanto mais calor, maior a atividade de micróbios que decom-
talmente por poluição de origem doméstica ou indus- põem matéria orgânica no solo, liberando CO2, o que, por sua
trial, uma rápida providência é fundamental para di- vez, aumenta ainda mais a temperatura.
minuir os danos ecológicos. (Folha Ciência, 08 set. 2005.)
Como o monitoramento constante dessas águas demanda apare-
lhos caros e testes demorados, cientistas têm se utilizado de Analisando-se o texto acima, é correto afirmar que
biodetectores, como peixes, que são colocados em gaiolas dentro a) a quantidade de CO2 liberada do solo é insignificante, com-
da água, podendo ser observados periodicamente. parando-se com a quantidade liberada à atmosfera por outras
Para testar a resistência de três espécies de peixes, cientistas fontes, não constituindo, portanto, motivo de preocupação.
separaram dois grupos de cada espécie, cada um com cem peixes, b) o problema da liberação de CO2 pode ser resolvido se forem
totalizando seis grupos. Foi então adicionada a mesma quantidade eliminados os micróbios responsáveis pela produção desse
de poluentes de origem doméstica e industrial, em separado. gás.
Durante o período de 24 horas, o número de indivíduos passou a c) essa perda de CO2 pelos solos aumenta a taxa de CO2 da
ser contado de hora em hora. atmosfera e favorece a ocorrência do efeito estufa.
d) o aumento na quantidade de CO2 da atmosfera não tem
Os resultados são apresentados abaixo. relação com o efeito estufa.
e) o efeito estufa não ocorre, mesmo que haja aumento na taxa
de CO2 na atmosfera, pois as plantas, por meio da fotos-
síntese, utilizam todo o excesso desse gás.
Resolução
O CO2 é o grande responsável pela retenção das radiações infra-
vermelhas responsáveis pelo aquecimento global (efeito estufa).
Resposta: C
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a) Aumento da quantidade de oxigênio e diminuição da 23. Considere as afirmações abaixo, relativas a inseticidas
quantidade de bactérias anaeróbias. organoclorados utilizados em plantações.
b) Aumento da quantidade de bactérias aeróbias e consequente I. Permanecem no ambiente durante vários anos.
aumento da quantidade de oxigênio. II. São letais para os organismos em qualquer quantidade e
c) Diminuição da quantidade de oxigênio e aumento da concentração.
quantidade de bactérias anaeróbias. III. São transferidos nas cadeias alimentares.
d) Aumento do número de indivíduos herbívoros que eliminam IV. Concentram-se mais nos organismos do último nível trófico.
grande parte do fitoplâncton.
e) Diminuição da quantidade de alimento com consequente São verdadeiras apenas
mortandade dos peixes, a longo prazo. a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III e IV.
d) II, III e IV. e) I e II.
19. Considere os eventos abaixo:
I. grande proliferação de bactérias aeróbias;
II. destruição da flora e da fauna fluviais; 24. Os esgotos domésticos constituem grande ameaça
III. aumento da quantidade de nutrientes disponíveis; aos ecossistemas de lagos ou represas, pois deles
IV. lançamento de dejetos humanos nos rios. decorrem graves desequilíbrios ambientais. Conside-
re o gráfico abaixo, no qual, no intervalo de tempo entre t1 e t3,
No processo de eutroficação das águas, esses eventos ocorrem observou-se a estabilidade em ecossistema de lago, modificado a
na seguinte ordem: partir de t3 pelo maior despejo de esgoto. Assinale a interpretação
a) I → II → III → IV. b) I → II → IV → III. que está de acordo com o gráfico.
c) II → III → IV → I. d) III → IV → II → I.
e) IV → III → I → II.
A sequência em que elas ocorrem é a) Entre t3 e t6, a competição pelo oxigênio leva à multiplicação
a) a → b → c → d → e. b) b → a → e → c → d. de peixes, bactérias e outros produtores.
c) c → e → d → a → b. d) d → b → a → e → c. b) A partir de t3, a decomposição do esgoto é impossibilitada
e) d → a → b → e → c. pela diminuição do oxigênio disponível.
c) A partir de t6, a mortandade de peixes decorre da diminuição
21. O lançamento de dejetos humanos nos rios provoca eutroficação, da população de produtores.
que é um aumento considerável da quantidade de nutrientes d) A mortandade de peixes, a partir de t6, é devida à insuficiência
daquele ambiente. Isto acaba causando uma proliferação de de oxigênio na água.
e) A partir de t3, a produção primária aumenta devido à dimi-
bactérias aeróbias que, consequentemente,
nuição dos consumidores.
a) consomem todo O2 existente na água, levando à morte todas
as formas de vida ali existentes. 25. (MODELO ENEM) – A presença de materiais indesejáveis no ar
b) aumentam o O2 e o crescimento do fitoplâncton, o que altera a composição da atmosfera terrestre, tornando-a pratica-
impede a entrada de luz na água e causa a morte dos peixes. mente irrespirável. Em São Paulo, foi realizado um rigoroso pro-
c) aumentam o CO2, por isso só as algas sobrevivem e os grama de racionamento do tráfego de veículos automotores, com
animais morrem intoxicados. o objetivo de diminuir os índices de poluição.
d) consomem todo CO2, impedindo que ocorra a fotossíntese, e
Com relação a esse problema, escolha a alternativa correta:
só as plantas morrem. a) O ar ideal para se respirar deve ser constituído somente de
e) equilibram a quantidade de O2 e CO2 do rio, aumentando a oxigênio.
propagação da fauna e da flora. b) O ar ideal para se respirar deve ser constituído mais de oxi-
gênio do que de nitrogênio.
22. Em 14 de outubro de 1983, aproximadamente 2 500 toneladas de c) O ar não poluído e adequado ao ser humano deve ser cons-
petróleo foram lançadas no Canal de Bertioga, através do Rio Iriri tituído de nitrogênio, oxigênio e hidrogênio em partes iguais.
(litoral norte de São Paulo), devido ao rompimento de um oleoduto d) A atmosfera terrestre não poluída é constituída mais de nitro-
da Petrobras. Esse acidente se caracterizou como o maior gênio do que de oxigênio.
derramamento de petróleo já verificado no País, vindo a constituir e) A atmosfera ideal é uma mistura heterogênea formada de
o primeiro processo judicial brasileiro por danos ambientais. A vapor d’água e oxigênio.
poluição das águas, devido ao fator acima citado, tem, como
primeira e principal consequência,
a) o acúmulo de substâncias tóxicas que se concentram ao longo 26 . (MODELO ENEM) – No Brasil, pelo menos 70% das espécies de
da cadeia alimentar. peixes exploradas economicamente dependem dos manguezais
b) o bloqueio dos raios luminosos, dificultando a atividade para sobreviver, entre eles a tainha, o robalo e o baiacu. A grande
fotossintética do fitoplâncton. maioria de detritos vegetais nas águas serve de alimento para
c) a intoxicação, asfixia e morte de aves e mamíferos pela micro-organismos e funciona como base da cadeia alimentar.
impregnação de petróleo na superfície dos corpos. Outros animais que frequentam esses ecossistemas são as aves
d) a diminuição da população bentônica, devido à redução das e alguns mamíferos. Os manguezais não apresentam uma flora
trocas gasosas entre a água e o ar (e vice-versa). tão diversificada como a da Mata Atlântica.
e) o aumento populacional de micro-organismos degradadores a) Região tropical e temperada, com desenvolvimento de árvores
de petróleo. de grande porte, vegetação rasteira com raízes fasciculadas e
presença de pneumatóforos.
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b) Região de clima seco, vegetação pobre, com raízes resistentes. Com base nas informações fornecidas pelo esquema, são feitas
c) Região alagada, de água doce, bem arejada, com vegetação as seguintes considerações sobre o processo de depuração do
predominantemente de trepadeiras e epífitas. rio:
d) Região alagada, de fundo lodoso, salobra, mal arejada e os I. A vida aquática superior pode voltar a existir a partir de uma
vegetais característicos são os que apresentam raízes-escoras certa distância do ponto de lançamento dos dejetos;
e/ou pneumatóforos. II. Os organismos decompositores são os que sobrevivem onde
e) Região alagada nos meses de chuva, com vegetação aquática a oferta de oxigênio é baixa ou inexistente e a matéria orgânica
com raízes profundas. é abundante;
III. As comunidades biológicas, apesar da poluição, não se
27. Um rio que é localmente degradado por dejetos or- alteram ao longo do processo de recuperação.
gânicos nele lançados pode passar por um processo
de autodepuração. No entanto, a recuperação depen- Está correto o que se afirma em
de, entre outros fatores, da carga de dejetos recebida, da exten- a) I, apenas.
são e do volume do rio. Nesse processo, a distribuição das po- b) II, apenas.
pulações de organismos consumidores e decompositores varia, c) III, apenas.
conforme mostra o esquema: d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
4) a) Efeito estufa: aumento da concentração de CO2 e outros emissão de poluentes, especialmente os dióxidos de enxofre
gases na atmosfera. e de nitrogênio. Na atmosfera, esses poluentes, em contato
b) Aquecimento do planeta. com o vapor de água, produzem os ácidos sulfúrico e nítrico.
Resposta: D
6) O monóxido de carbono (CO) pode reagir como a hemoglo- 12) Os CFC sobem lentamente e alcançam altitudes de até 50 mil
bina, substituindo o oxigênio, tal fato provoca a morte por metros. É aí que, submetidas às radiações ultravioletas, as
asfixia. moléculas de CFC são quebradas, liberando o átomo de cloro.
Resposta: E Este reage com o ozônio (O3), transformando-o em oxigênio
molecular (O2). Cada átomo de cloro liberado na atmosfera
destrói cerca de 100 mil moléculas de ozônio.
7) No sangue humano, a hemoglobina se combina com o Resposta: D
monóxido de carbono (CO) e não consegue mais realizar a
função de transportar os gases respiratórios, causando
graves danos à saúde. 13) Antes do aparecimento do homem a atmosfera terrestre já
Resposta: B era poluída por tempestades de areia e poeira, erupções
vulcânicas e incêndios florestais.
Resposta: B
8) O efeito estufa é provocado por gases, especialmente o gás
carbônico (CO2), cujo efeito é comparável ao do vidro das estu-
fas, que deixa entrar os raios de sol, mas impede que o excesso 14) a) Sequência correta: 3 – 2 – 4 – 5 – 1.
de calor (infravermelho) seja irradiado de volta para o espaço. b) 3.
Resposta: D
15) a) O aumento da temperatura da água leva ao maior con-
sumo de oxigênio pelos seres aeróbios.
9) A fotossíntese absorve o CO2 do ar e não está relacionada
b) O aumento da temperatura diminui a quantidade de O2
com o CO.
dissolvido na água, levando à morte dos peixes.
Resposta: C
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Resposta: B
17) Os nutrientes minerais levam à proliferação de algas do fito- 23) Os inseticidas organoclorados não são biodegradáveis e
plâncton, que formam uma camada opaca na superfície, impe- acumulam-se nos tecidos dos seres vivos, com máxima
dindo a passagem de luz. A vegetação submersa morre, ocorre concentração nos últimos elos da cadeia alimentar.
decomposição aeróbia, levando à redução da taxa de O2 dis- Resposta: C
solvido na água e, consequentemente, à morte dos peixes.
24) A análise do gráfico permite relacionar o maior despejo de
esgoto doméstico no ambiente, que determina a queda do
18) O material orgânico existente no esgoto serve de alimento teor do oxigênio livre na água. Isso explica o aumentona
para as bactérias decompositoras. Devido à elevada capa- mortalidade dos peixes.
cidade reprodutiva, a população de bactérias aeróbias, que Resposta: D
utilizam O2 para a respiração, aumenta rapidamente, provo-
cando a diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na 25) A atmosfera terrestre apresenta maior concentração de
água. A falta de O2 acarreta a morte de outros organismos N2 (78%) e menor concentração de O2 (21%).
aquáticos e somente as bactérias anaeróbias podem viver Resposta: D
naquele ambiente.
Resposta: C 26) Os manguezais aparecem em regiões nas quais os rios de-
sembocam no mar, carregando detritos orgânicos e forman-
do um fundo lodoso, onde ocorre intensa atividade micro-
19) Eutroficação é o aumento de nutrientes em meio aquático, biana para a decomposição daqueles detritos. O mar invade,
acelerando a produtividade primária, ou seja, intensificando com a maré alta, misturando água doce com água salgada,
o crescimento de algas. tornando o meio salobro, onde vivem poucas espécies de
Resposta: E plantas. Estas apresentam vacúolos com pressões osmóticas
elevadas, glândulas de sal nas folhas para a eliminação do
excesso de NaCl, raízes-escoras para a fixação no solo lodoso
20) Após o lançamento de restos orgânicos na água, ocorre uma e raízes respiratórias (pneumatóforos).
rápida multiplicação de bactérias aeróbias, aumentando o Resposta: D
consumo de O2. Em alguns casos, a superfície da água é
recoberta por um “tapete” de algas, que, por sua vez, liberam 27) I. Correta. A vida aquática superior volta a existir, desde que
o oxigênio para a atmosfera, sem se dissolver na água. Além as águas sejam limpas.
disso, o “tapete” de algas dificulta a penetração de luz e II. Correta. Os dejetos orgânicos são decompostos, inicial-
impossibilita a fotossíntese nas zonas inferiores, reduzindo a mente, por decompositores aeróbios, levando ao deficit
produção de O2, provocando a morte de vegetais submersos de O2 dissolvido na água. Nessas condições, só sobrevi-
e aumentando o número de decompositores. vem os decompositores anaeróbios.
Resposta: D III. Falsa. As comunidades biológicas alteram-se ao longo do
processo de recuperação do rio.
21) As bactérias aeróbias utilizam oxigênio para a respiração, Resposta: D
diminuindo a quantidade de oxigênio dissolvido na água.
Resposta: A
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CAPÍTULO
Biologia Animal
15 OS PORÍFEROS
1. Características gerais
As esponjas são animais sésseis, de forma variada, É constituído por espículas calcáreas e silicosas.
assimétrica ou com simetria radiada. As paredes do corpo
possuem numerosos poros. Não há órgãos e apêndices.
Externamente, o corpo das esponjas é revestido por É constituído por uma rede de fibras de espongina
uma camada de células achatadas, os pinacócitos. (uma escleroproteína). A esponja de banho é apenas o es-
Possuem um esqueleto interno formado por espículas queleto orgânico de esponja.
cristalinas ou fibras orgânicas.
O sistema digestório não existe. A digestão é exclu-
UNIDOS PARA SEMPRE
sivamente intracelular.
O sistema excretor não existe. As células eliminam por
difusão seus catabólitos, diretamente para o meio externo. Algumas espécies de esponjas Euplectella sp
O sistema respiratório não existe. A respiração é apresentam uma relação interessante com uma
aeróbia. Cada célula realiza diretamente com o meio as espécie de camarão.
Um casal de camarões jovens penetra na
trocas respiratórias.
esponja, vivendo no átrio.
As esponjas não possuem sistema circulatório ver- Quando adultos, não conseguem mais sair
dadeiro. do interior do porífero, permanecendo dentro
A reprodução é assexuada, feita por brotamento, da esponja até a morte.
regeneração e gemulação; e sexuada, produzindo uma Depois da morte da esponja, resta apenas
larva ciliada. seu endoesqueleto, contendo internamente os
Elas também não possuem sistema nervoso. esqueletos dos camarões.
No Japão e nas Filipinas, é costume dar como
presente de casamento essa combinação, com
2. Habitat
votos de que a união conjugal seja eterna.
São animais aquáticos, predominantemente marinhos.
Vivem nos mares, em qualquer profundidade, fixados em
rochas ou no solo submarino. Apenas uma família, a 4. Tipos de estrutura
Spongilidae, vive na água doce, em grande distribuição.
Entre os poríferos, distinguem-se diversos tipos de or-
ganização estrutural. O tipo mais simples é chamado áscon;
3. Esqueleto o intermediário, sícon; e o mais evoluído, lêucon ou rágon.
É o principal caráter para a classificação das espon-
Áscon → Sícon → Lêucon
jas. É interno, situando-se entre as duas camadas celula-
res. Pode ser mineral e/ou orgânico. Sequência evolutiva das estruturas das esponjas.
161
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5. Organização
estrutural do tipo áscon
162
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7. Organização
estrutural do tipo sícon
Observada externamente, apresenta-se como uma
urna alongada, fixada pela extremidade inferior. O óscu-
lo, bem alargado, aparece na extremidade superior, cir-
cundado por uma coroa de espículas longas e afiladas. A
superfície do corpo possui numerosas elevações ou papi-
las, das quais saem pequenas espículas. Entre as papilas Organização citológica do sícon.
aparecem os poros.
9. Organização
estrutural do tipo lêucon
Cortada longitudinalmente, apresenta a parede do É o tipo mais evoluído, cujo átrio é reduzido, enquanto
corpo espessa e com uma série de dobras, formando cur- a parede do corpo é bastante desenvolvida e percorrida por
tos canais horizontais. Distinguimos dois tipos de canais: um complicado sistema de canais e câmaras. Os coanócitos
inalantes e exalantes. Os primeiros se abrem na superfí- encontram-se revestindo internamente câmaras esféricas,
cie externa e terminam em fundo cego. Os canais exalan- também denominadas vibráteis, interpostas num sistema de
tes são internos e desembocam no átrio. canais. Os canais que partem dos poros e atingem as câma-
ras transportando água são denominados inalantes ou afe-
rentes.
Das câmaras saem os canais exalantes ou eferentes
que atingem o átrio.
10. Organização
citológica do lêucon
Os coanócitos só aparecem nas câmaras vibráteis. Os
pinacócitos revestem a superfície externa, o átrio e os
diversos canais. No desenvolvimento do mesênquima,
Tipos de simetria do corpo. encontramos amebócitos e espículas.
8. Organização
citológica do sícon
A superfície externa e os canais inalantes são reves-
tidos pela camada dermal, formada por pinacócitos. A
espongiocela também é revestida por pinacócitos, fican-
do os coanócitos limitados aos canais exalantes. O me-
sênquima gelatinoso é bem mais desenvolvido do que no
áscon; contém amebócitos e espículas.
Organização citológica do lêucon.
163
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HIGIENE
12. Reprodução
Há esponjas de diferentes origens que auxi-
liam a vida dos seres humanos.
É feita por regeneração, brotamento e gemulação. O endoesqueleto orgânico de alguns porí-
feros, animais com poros, já foi e continua sendo
Regeneração utilizado pelo homem no banho.
As esponjas apresentam elevado poder de regenera- As fibras de fruto de uma planta angiosper-
ção. Partes do corpo acidentalmente perdidas, por exem- ma, denominada bucha, atualmente são muito
plo, são facilmente regeneradas. Evidencia-se a capaci- utilizadas na higiene do corpo humano, ao to-
dade regenerativa das esponjas na seguinte experiência: mar seu banho.
uma esponja é passada através de uma fina rede, dividin- O ser humano produz, atualmente, muitas es-
ponjas artificiais, com múltiplas utilidades, como
do-se em numerosas células e agregados celulares. As cé-
facilitar a lavagem de louças, encerar o carro,
lulas isoladas, através de movimentos ameboides, entram
esfoliar a pele ao banhar-se, servir de preenchi-
em contato, formando pequenas massas celulares que mento em colchões, sofás etc.
podem regenerar novas esponjas. A grande capacidade de Tanto as esponjas naturais como as artificiais
regeneração é utilizada na cultura de esponjas de banho. podem acumular bactérias. Elas necessitam de
higienização constante.
Não devem ser deixadas em água parada na
Brotamento pia, no chão do banheiro, encharcadas com água,
Numerosas esponjas formam expansões do corpo, com sabão e restos orgânicos.
denominadas brotos. Inicialmente, o broto é formado por O ideal é que seja de uso individual no banho,
e não coletivo, sendo indispensável ser tratadas
um grupo de arqueócitos, que entram em divisão e dife-
com duas colheres de água sanitária, por pelo
renciação. Normalmente, os brotos permanecem ligados
menos trinta minutos, antes do seu uso inicial.
ao indivíduo materno, originando uma colônia.
Gemulação
Em certas esponjas, formam-se gêmulas — estruturas As esponjas podem ser monoicas (hermafroditas) e
de reprodução — constituídas por arqueócitos, envolvidos dioicas (unissexuadas). Não existem órgãos reproduto-
por uma membrana resistente revestida por anfidiscos. res: óvulos e espermatozoides formam-se a partir dos ar-
Quando nos países quentes as águas secam, ou nos países queócitos. A fecundação é interna e indireta — o óvulo per-
frios a temperatura cai, as esponjas de água doce morrem, manece no mesênquima e é fecundado pelo espermato-
desintegram-se, deixando as gêmulas em vida latente. zoide de outra esponja. A fecundação é chamada indireta,
porque o espermatozoide não penetra diretamente no óvulo.
164
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As esponjas apresentam desenvolvimento indireto, e perfurada por numerosos poros; cavidades internas
passando pela larva anfiblástula, que fica sendo deno- revestidas por coanócitos; esqueleto calcáreo, silicioso
minada Olynthus quando se fixa. ou córneo; 5 000 espécies.
Classe 1
Calcárea (Calcispongiae)
Esponjas com esqueleto calcáreo formado por espí-
culas monoaxônicas, trirradiadas e tetraxônicas.
Classe 2
Hexactinellida ou Triaxonida (Hyalospongiae)
Esponjas com espículas silicosas triaxônicas.
Anfiblástula em corte longitudinal. Exemplo: Euplectella aspergillum (vulgarmente cha-
mada cesto de vênus).
13. Sistemática
Classe 3
Demospongiae
São animais pluricelulares, sempre aquáticos e Esqueleto de espículas silicosas, de fibras de espon-
sésseis; em geral formam colônias de forma variada; gina ou de ambos.
apresentam parede do corpo com duas camadas celulares Exemplo: Espongia sp (esponja de banho).
165
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3. (UFSC) – O filo porífera é representado pelas esponjas. Na figura 5. Como é denominada e qual a função da estrutura 1, assinalada a
a seguir, as letras A, B e C referem-se aos aspectos reprodutivos seguir? Em que filo animal ela ocorre?
destes animais.
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9. O desenho a seguir representa seres vivos do reino animal: 12. (UEL) – Invertebrados sésseis, sem órgãos e sem tecidos, com
digestão exclusivamente intracelular, são classificados como
a) esponjas. b) anêmonas-do-mar.
c) lírios-do-mar. d) cracas.
e) mexilhões.
3) Verdadeiros: I, III, IV, V e VII. 9) 1 é parazoário. Os poríferos não possuem tecido verdadeiro.
Falsos: O item II é falso, pois a regeneração é um processo as- 2, 3 e 4 são metazoários.
sexuado. O item VI é falso, porque a reprodução assexuada Resposta: A
produz descendentes geneticamente idênticos.
10) São características dos espongiários (esponjas).
4) Os poríferos possuem apenas um conjunto de células, são Resposta: A
parazoários.
Resposta: E 11) Resposta: C
5) Trata-se de uma espícula, estrutura esquelética das esponjas, 12) Os poríferos não formam tecidos verdadeiros e órgãos.
animais pertencentes ao filo dos poríferos. Resposta: A
6) a) É aquático marinho ou de água doce. Séssil, fixo ou 13) Os coanócitos digerem as partículas alimentares filtradas
sedentário. É bentônico, porque vive no fundo. pelas esponjas.
b) Coanócitos e amebócitos realizam a digestão intracelular. Resposta: C
c) Áscon.
d) Miócitos. 14) Diferentemente dos poríferos, como veremos no próximo
capítulo, os cnidários, por exemplo a água-viva, apresentam
7) São características dos poríferos ou espongiários. um tubo digestório, denominado cavidade gastrovascular.
Resposta: B Resposta: E
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CAPÍTULO
Biologia Animal
25 OS CELENTERADOS OU CNIDÁRIOS
Animais de simetria radiada. Distinguem-se, nesse A maravilhosa cor dos recifes de coral é uma
grupo, animais de dois tipos morfológicos: o pólipo (ge- consequência da associação desse cnidário com
ralmente sedentário) e a medusa (geralmente livre). algas denominadas zooxantelas.
Vivendo endossimbioticamente com o coral,
a alga, protista autótrofo, cede ao cnidário pro-
dutos orgânicos (alimentos) produzidos na fo-
tossíntese e é, também, a responsável por sua
coloração.
O coral protege a alga, cedendo-lhe CO2,
fósforo e produtos nitrogenados.
A destruição dessas algas faz o recife bran-
quear, destacando o exoesqueleto calcáreo do
Polimorfismo nos celenterados. Presença de uma forma lembrando um tubo,
o pólipo, e de outra lembrando a parte superior de um paraquedas aberto, a coral. A causa da morte das algas, autótrofos en-
medusa. dossimbiontes, pode ser decorrente de diferentes
fatores, como do estresse local, do vazamento de
petróleo, dos furacões, dos maremotos, das erup-
ções vulcânicas, dos tsunâmis e até mesmo da
São diblásticos; o corpo apresenta apenas duas ca- atividade antropogênica, ou seja, humana.
madas celulares, uma epiderme externa (ectoderma) e A poluição ambiental, a destruição mecânica
uma gastroderme interna (endoderma). Entre as duas, en- dos recifes que são vendidos aos pedaços aos tu-
contramos a mesogleia, de consistência gelatinosa. Pre- ristas, a pesca predatória, a sedimentação podem
sença de cnidoblastos nas duas camadas celulares. também estar relacionadas ao branqueamento
dos recifes de coral.
Acredita-se que o aquecimento global devido
ao efeito estufa seja um dos principais respon-
Epiderme formada por uma camada celular contendo sáveis por esse branqueamento.
fibras musculares.
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4. Classificação
Phylum Coelenterata
Classe 1 – Hydrozoa
Ordem 1 – Hydroida
Ordem 2 – Siphonophora
Classe 2 – Scyphozoa
Classe 3 – Anthozoa
É do tipo difuso, constituído por uma rede de células Quando o animal é cortado longitudinalmente, nota-
nervosas, situadas na mesogleia. Primeiros animais que mos a existência de uma grande cavidade central, cha-
apresentam o arco reflexo. Existência de células fotos- mada ênteron ou cavidade gastrovascular, comunicada
sensíveis e estatocistos. com cavidades existentes nos tentáculos. A boca é a úni-
ca abertura que comunica o ênteron com o exterior. A
parede do corpo compõe-se de uma camada externa, a
Geralmente, é feita por alternância de geração (meta- epiderme, e outra interna, a gastroderme, ambas consti-
gênese), em que o pólipo representa a fase assexuada e a tuídas por um só estrato de células.
medusa, a fase sexuada. Espécies monoicas e dioicas; fe- Entre as duas camadas, existe uma delgada lamela de
cundação externa e interna; existência de gônadas, des- sustentação, a mesogleia, de natureza gelatinosa, secretada
providas de ductos genitais; presença de larva ciliada pelas duas camadas celulares. Vários tipos celulares são
chamada plânula. encontrados na epiderme e na gastroderme. Assim, temos:
Células sensoriais
São delgadas, tendo no polo apical um curto basto-
nete sensorial. Por intermédio da base, entram em
contato com uma rede de células nervosas.
Células nervosas
Apresentam numerosos prolongamentos, através dos
quais se forma uma rede nervosa adjacente à mesogleia.
Por meio de seus prolongamentos, as células nervosas
entram em comunicação com as células sensoriais e mus-
Anatomia interna de uma Hydra sp, animal do filo dos celenterados e da culares.
classe dos hidrozoários.
6. Ordem Siphonophora
Pode ser assexuada e sexuada.
São colônias natantes polimórficas, com vários tipos
Reprodução assexuada de medusas; marinhas (principalmente em mares quen-
É feita por brotamento e regeneração. tes). A colônia adulta apresenta os seguintes indivíduos:
Brotamento – As células intersticiais, por divisão e
diferenciação, produzem uma expansão lateral chamada
broto.
Regeneração – Se uma hidra for cortada em duas ou É uma medusa que apresenta uma vesícula cheia de
ar, funcionando como órgão flutuador.
mais partes, cada uma poderá regenerar uma completa e
pequena hidra.
Reprodução assexuada.
Apresenta cnidoblastos.
Reprodução sexuada
A maioria das espécies é dioica, existindo um peque-
no número de espécies monoicas. As gônadas são estru-
É um pólipo protetor de outros indivíduos da colônia.
turas temporárias que se formam a partir de células inters-
ticiais, aparecendo como expansões na parede do corpo.
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Pólipos de
antozoários
(corais).
7. Classe 2 – Scyphozoa
Tem como forma predominante as cifomedusas, ori-
ginadas de um estado poliploide, por meio de um pro-
cesso de estrobilização.
O cifopólipo possui quatro septos internos dividindo
o ênteron. As cifomedusas sem véu, com braços orais, Estrutura da anêmona-do-mar.
possuem gônadas formadas a partir da gastroderme. O
estado de pólipo pode faltar completamente, desenvol- ACIDENTES COM CNIDÁRIOS
vendo-se do ovo diretamente uma nova medusa.
Estudaremos, como exemplo típico, a Aurelia aurita.
O delicioso passeio do homem à praia pode
ser comprometido por “queimaduras” ocasio-
nadas pelos animais cnidários.
As terríveis toxinas presentes na água-viva po-
dem produzir vergões dolorosos na pele humana.
Recomenda-se o uso de bolsas de gelo, ou
seja, o resfriamento dos locais do corpo humano
que foram atingidos por essas toxinas, e a
utilização de medicamentos capazes de neutra-
lizar a ação desses venenos.
Alguns desses acidentes podem ocasionar
consequências muito graves, como náuseas, vômi-
Ciclo reprodutivo da Aurelia sp. tos, câimbras, edema de glote, desmaios, dificul-
dades respiratórias (hipóxia), arritmias cardíacas,
É chamada vulgarmente de água-viva. A água-viva, convulsões e até mesmo o choque anafilático.
provavelmente, é a cifomedusa mais frequente nas costas Ventos fortes no litoral, provenientes do mar
brasileiras. aberto, podem lançar um grande número de
Tais medusas flutuam nos mares, ou então nadam caravelas às praias, atingindo, simultaneamente,
lentamente, por contrações da umbela. muitos seres humanos.
São dioicas e apresentam fecundação interna. Apre- Os tentáculos da caravela podem alcançar
sentam a larva plânula. até trinta metros de comprimento e são carre-
gados de cnidoblastos, células urticantes. Podem
vitimar até os experientes mergulhadores.
8. Classe 3 – Anthozoa É importante usar luvas ou pinças na
Não apresentam medusa. Ocorrem pólipos isolados remoção desses tentáculos, utilizar as bolsas de
ou coloniais. Na ordem actinária, encontramos as actí- gelo no local atingido e procurar o auxílio mé-
nias (anêmonas-do-mar), que vivem isoladamente e não dico, dependendo dos sintomas apresentados.
apresentam esqueleto.
172
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1. (UFPEL) – Os cnidários são animais exclusivamente aquáticos de b) 1 (célula glandular) – 2 (célula nervosa) – 3 (célula sensorial) –
corpo mole ou gelatinoso, em sua maioria marinhos, de vida livre ou 4 (célula digestória) – 5 (cnidoblasto)
fixa, podendo viver em colônias ou isolados. A parede corporal c) 1 (célula nervosa) – 2 (cnidoblasto) – 3 (célula glandular) –
desses animais apresenta uma série de células especializadas e 4 (célula digestória) – 5 (célula sensorial)
responsáveis por diversas funções. Na figura a seguir, temos a d) 1 (célula nervosa) – 2 (cnidoblasto) – 3 (célula glandular) –
representação esquemática da estrutura celular do pólipo de uma 4 (célula sensorial) – 5 (célula digestória)
Hydra, onde observamos os diversos tipos de células com funções e) 1 (célula sensorial) – 2 (célula glandular) – 3 (cnidoblasto) –
as mais diversas, entre outras: protetora, digestória e sensitiva. 4 (célula digestória) – 5 (célula sensorial)
Resolução
1 – célula glandular secretora de enzimas digestórias;
2 – célula sensorial para a detecção de presas e inimigos naturais;
3 – célula nervosa que gera e transmite impulsos para as diversas
regiões do corpo do cnidário;
4 – cnidoblasto, célula urticante relacionada com a defesa e a captura
de presas.
5 – célula digestória responsável pela fagocitose e digestão de
partículas alimentares pré-digeridas na cavidade gastrovascular.
Resposta: A
3. (FUVEST) – Os acidentes em que as pessoas são “queimadas” 4. (UNICAMP) – Os corais, espalhados por grande extensão de
por cnidários ocorrem com frequência no litoral brasileiro. Esses regiões tropicais dos oceanos e mares do globo terrestre, formam
animais possuem cnidoblastos ou cnidócitos, células que os recifes ou bancos de corais e vivem em simbiose com alguns
produzem uma substância tóxica, que é composta de várias tipos de algas. No caso do acidente no Golfo do México, o risco
enzimas e fica armazenada em organelas chamadas nemato- para os corais se deve
cistos. a) às substâncias presentes nesse vazamento, que matariam
Os cnidários utilizam essa substância tóxica para sua defesa e vários peixes que serviriam de alimentos para os corais.
captura de presas. b) ao branqueamento dos corais, causado pela quantidade de
a) Em que organela(s) do cnidoblasto ocorre a síntese das ácido clorídrico liberado juntamente com o óleo.
enzimas componentes da substância tóxica? c) à redução na entrada de luz no oceano, que diminuiria a taxa
b) Após a captura da presa pelo cnidário, como ocorrem sua de fotossíntese de algas, reduzindo a liberação de oxigênio e
digestão e distribuição de nutrientes para as células do corpo nutrientes que seriam usados pelos pólipos de corais.
do animal? d) à absorção de substância tóxica pelos pólipos dos cnidários,
formados por colônias de protozoários que se alimentam de
matéria orgânica proveniente das algas.
Texto para a questão 4.
5. (PUC-CAMP) – Se medusas marinhas forem colocadas em água
O vazamento de petróleo no Golfo do México, em abril de destilada, suas células irão
2010, foi considerado o pior da história dos EUA. O vazamento a) diminuir de volume.
causou o aparecimento de uma extensa mancha de óleo na b) aumentar de volume.
superfície do oceano, ameaçando a fauna e a flora da região. c) gastar energia para manter o turgor.
Estima-se que o vazamento foi da ordem de 800 milhões de litros d) eliminar água pelos vacúolos pulsáteis.
de petróleo em cerca de 100 dias. e) acumular sódio e potássio.
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6. A figura representa uma Hydra sp, animal cnidário. Em relação ao 12. (MED-SANTOS) – A “água-viva”, por exemplo, do gênero Aurelia,
animal, assinale a alternativa falsa: dentro da sistemática zoológica, se relaciona mais intimamente
a) às anêmonas-do-mar (Anthozoa).
b) às esponjas-do-mar (Demospongiae).
c) aos briozoários (Bryozoa).
d) aos equinodermas (Echinodermata).
e) aos moluscos (Mollusca).
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18. (PUC) – Uma colônia de pólipos forma, por brotamento, pequenas 22. (UNISA) – Em Hydrozoa, ocorre o fenômeno de “Alternância de
medusas. Estas liberam gametas no ambiente, onde ocorre a Gerações” com as formas pólipo e medusa, que correspondem,
fecundação. Do zigoto, surge uma larva ciliada, que dá origem a respectivamente, às formas de reprodução:
uma nova colônia de pólipos. a) ambas assexuadas.
A descrição acima refere-se a um b) assexuada e sexuada.
a) cnidário, que apresenta alternância de gerações. c) ambas sexuadas.
b) cnidário, que apresenta exclusivamente reprodução sexuada. d) sexuada e assexuada.
c) espongiário, que apresenta exclusivamente reprodução sexua- e) ambas, simultaneamente sexuada e assexuada.
da.
d) espongiário, que apresenta alternância de gerações.
e) platielminte, que apresenta reprodução sexuada e assexuada, 23. (UFRJ) – Os esquemas a seguir mostram os ciclos de vida de
sem alternância de gerações. dois organismos que apresentam alternância de gerações, um
celenterado e uma planta, com a indicação do ponto onde ocorre
a fecundação. No esquema do celenterado, as etapas são
19. (FUND. CARLOS CHAGAS) – O esquema abaixo representa o designadas por letras, no da planta, por números.
ciclo vital de certos celenterados.
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3) a) As enzimas são proteínas sintetizadas nos ribossomos. 13) Os cnidoblastos ocorrem nos cnidários.
b) As presas são digeridas na cavidade gastrovascular, por Resposta: E
via enzimática (digestão extracelular), e no interior das
células, por atividade de enzimas lisossômicas (digestão
intracelular). A distribuição do alimento se faz por difusão 14) Os cnidários possuem uma cavidade gastrovascular que
de célula para célula, uma vez que esses animais não facilita o transporte, por simples difusão, de nutrientes.
possuem sistema circulatório verdadeiro.
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CAPÍTULO
Biologia Animal
35 OS PLATIELMINTOS
L
arva cercária do platielminto denominado
Schistosoma mansoni, agente etiológico da
esquistossomose. A larva apresenta uma cauda bifurcada.
3. Sistema muscular
A parede do corpo do platielminto é constituída pela
epiderme e pelo tubo musculodermático, formado por
três camadas musculares: circular, longitudinal e dorso-
ventral ou oblíqua.
Não há sistema esquelético.
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7. Sistema circulatório
Não existe. A distribuição dos alimentos é realizada
pela ramificação do intestino, por difusão nas células da
parede intestinal.
Na solitária, o alimento penetra diretamente através
da pele (assimilação direta). O corte parcial na região cefálica pode originar uma planária com muitas
cabeças.
8. Sistema nervoso
São os primeiros animais da escala zoológica dota-
dos de um sistema nervoso central. Há maior concentra-
ção de células nervosas nos gânglios cerebrais, sugerindo
um processo de cefalização.
Há cordões nervosos longitudinais, ligados entre si A fecundação cruzada aumenta a biodiversidade.
por comissuras transversais.
O sistema nervoso é do tipo ganglionar e superior ao
difuso dos celenterados.
Os ocelos ou manchas oculares são sensíveis à luz
que recebem, mas não formam imagens.
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1. (UFPR) – Considere o quadro abaixo, que apresenta dados sobre 2. (PUC – MODELO ENEM) –
saneamento básico no ano de 2000 em duas cidades do Paraná:
Proporção de moradores
Curitiba Adrianópolis
Rede geral de
75,7% 13,2%
esgoto
Abastecimento de
98,6% 46,6%
água
Resolução
A cisticercose é adquirida através da ingestão dos ovos da Taenia
solium. O paciente com cisticercose é hospedeiro intermediário
do parasita.
Resposta: E
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3. (UNAERP) – As figuras abaixo representam componentes do ci- 7. (FUVEST) – Uma criança foi internada em um hospital com
clo da esquistossomose. convulsões e problemas neurológicos. Após vários exames, foi
diagnosticada cisticercose cerebral. A mãe da criança iniciou,
então, um processo contra o açougue do qual comprava carne
todos os dias, alegando que este lhe forneceu carne contaminada
com o verme causador da cisticercose.
A acusação contra o açougue
a) não tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pela
ingestão de ovos de tênia eliminados nas fezes dos
hospedeiros.
b) não tem fundamento, pois a cisticercose não é transmitida
pelo consumo de carne, mas, sim, pela picada de mosquitos
vetores.
c) não tem fundamento, pois a cisticercose é contraída quando a
criança nada em lagoas onde vivem caramujos hospedeiros do
verme.
d) tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pelo
consumo de carne contaminada por larvas encistadas, os
Assinale a opção correta: cisticercos.
a) A ordem de composição do ciclo é: 4-3-5-1-2-6. e) tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pelo
b) 2 é a forma adulta do agente causador e instala-se no coração consumo dos ovos da tênia, os cisticercos, que ficam alojados
cujo aumento provoca. na carne do animal hospedeiro.
c) Dentro de 1, 5 multiplica-se e dá origem a 3, que contamina 6.
d) A ordem correta de composição do ciclo é: 4-3-1-5-2-6. 8. (UEL) – No cladograma a seguir, as letras representam grupos de
e) Dentro de 1, 4 desenvolve-se, dando origem a 2, que conta- animais caracterizados de acordo com a legenda. Na falta de
mina 6. saneamento básico e de inspeção das carnes de porco e de boi,
observa-se a ocorrência de uma parasitose em humanos.
4. (FUVEST – MODELO ENEM) – Existem animais que não pos-
suem órgão ou sistema especializado em realizar trocas gasosas.
Na respiração, a absorção do oxigênio e a eliminação do gás
carbônico ocorrem por difusão, através da superfície epidérmica.
É o caso da
a) planária. b) ostra. c) drosófila.
d) barata. e) aranha.
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9. (MACKENZIE) – A esquistossomose é uma parasitose humana 14. (MED-SANTOS) – Devido ao seu modo de vida, certos animais
causada pelo Schistosoma mansoni. A respeito desse parasita, é são inteiramente desprovidos de sistema digestório, como, por
incorreto afirmar que exemplo:
a) além do homem, possui um outro hospedeiro. a) Schistosoma mansoni.
b) tem sexos separados, isto é, há machos e fêmeas. b) Dugesia tigrina.
c) pertence ao mesmo filo da Taenia solium. c) Lumbricus terrestris.
d) possui mais do que um estágio larval. d) Hydra sp.
e) é adquirido pelo homem por meio da ingestão de alimentos e) Taenia solium.
contaminados com as larvas.
15. Como medidas preventivas contra a infestação pelos parasitas
Schistosoma mansoni e Taenia saginata, deve-se evitar, respecti-
10. Qual é a função da célula-flama, solenócito ou protonefrídio? Ela é vamente,
análoga a qual órgão humano? a) comer verduras mal lavadas; andar descalço.
b) comer carne bovina malcozida; nadar em reservatório de água
doce desconhecido.
c) andar descalço; nadar em reservatório de água doce desco-
nhecido.
d) nadar em reservatório de água doce desconhecido; comer car-
ne suína crua ou malcozida.
e) nadar em reservatório de água doce desconhecido; comer car-
ne bovina malcozida.
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3) Dentro do caramujo (1), o miracídeo (5) multiplica-se e dá ori- 16) Trata-se da presença de esquistossomos adultos no fígado.
gem à cercária (3), que contamina o homem (6). Resposta: D
Resposta: C 17) A barriga-d’água está relacionada ao caramujo, molusco gas-
trópodo.
4) A planária respira por difusão, através do tegumento. Ela não Resposta: D
possui sangue.
Resposta: A
18) Trata-se do Schistosoma mansoni, agente etiológico da es-
quistossomose ou barriga-d’água.
5) Os platielmintos possuem três folhetos embrionários, Resposta: D
simetria bilateral e gânglios cerebroides, início de uma
cefalização na escala zoológica.
19) Neste caso, a pedogênese do verme ocorre no organismo hu-
Resposta: E
mano. O doente ingeriu o ovo do parasita.
Resposta: A
6) A descrição caracteriza a esquistossomose ou barriga-d’água,
causada pelo verme Schistosoma mansoni.
20) Epiderme ciliada e pigmentada ocorre na planária, platielmin-
Resposta: E
to da classe dos turbelários.
Resposta: B
7) O homem adquire a cisticercose ingerindo água ou alimentos
infectados, contendo o ovo da Taenia solium.
21) Verminose que o homem adquire ingerindo peixe cru (ex.:
Resposta: A
salmão) contendo o Diphyllobothrium sp, verme do filo dos
platielmintos. Trata-se de um cestoide que causa desconforto
8) a) A parasitose é denominada teníase ou solitária. O agente abdominal.
etiológico pode ser a Taenia solium (suína) ou a Taenia
saginata (bovina), representadas pela letra C. O hos-
22) a) A infestação do homem ocorre na Fase 2, por meio da
pedeiro definitivo é o homem, animal mamífero (letra H).
penetração ativa da cercária pela pele do indivíduo.
O hospedeiro intermediário é o porco (letra H), no caso da
b) • Ventosas para fixação no hospedeiro.
Taenia solium; ou o boi (letra H), no caso da Taenia
• Respiração anaeróbica devido à ausência do oxigênio.
saginata.
• Sistema digestório ausente ou reduzido, devido à absor-
b) A infestação ocorre através da ingestão de carne crua ou
ção direta do alimento do hospedeiro.
malpassada contendo cisticercos.
• Revestimento corpóreo pela cutícula dando proteção
contra o sistema de defesa desenvolvido pelo hospe-
9) A larva cercária penetra per cuten, ou seja, pela pele humana. deiro.
Resposta: E
23) A ausência de saneamento básico e a presenca do caramujo
10) A célula-flama, ou solenócito, é excretora. Ela elimina o ex- nas lagoas estão diretamente relacionados à esquistos-
cesso de água que penetra na planária, por osmose. É análo- somose. Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
ga ao rim humano. Resposta: C
11) Trata-se do ciclo relacionado à barriga-d’água ou esquistos- 24) No ciclo digenético das tênias, os suínos e os bovinos são os
somose. hospedeiros intermediários quando ingerem os ovos dos
Resposta: D vermes, os quais desenvolvem larvas cisticercos em seus
tecidos musculares e nervosos.
12) Neste caso, o homem é o hospedeiro intermediário. Resposta: E
Resposta: C
25) a) Taenia solium. A ingestão de ovos, eliminados nas fezes
de outras pessoas, pode provocar a cisticercose.
13) O homem adquire a cisticercose ao ingerir o ovo da Taenia b) Taenia solium: educação, saneamento básico e fiscaliza-
solium. ção de frigoríficos. Schistosoma mansoni: saneamento
Resposta: E básico e educação.
14) A Taenia solium não possui sistema digestório. Ela absorve 26) Para se evitar a cisticercose, não se pode ingerir o ovo da
as micromoléculas nutritivas diretamente pela pele. Taenia solium.
Resposta: E Para se evitar a teníase suína, não se pode ingerir a carne de
porco contendo o cisticerco da Taenia solium.
15) A barriga-d’água e a solitária bovina são adquiridas, respec- Para se evitar a teníase bovina, não se deve ingerir a carne de
tivamente, nadando em lagoas que contêm caramujos e inge- boi contendo o cisticerco da Taenia saginata.
rindo carne de boi malcozida. Resposta: D
Resposta: E
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CAPÍTULO
Biologia Animal
45 OS NEMATELMINTOS (NEMATOIDES)
1. Características gerais
Os nematelmintos são animais de corpo cilíndrico,
não segmentado, que possuem simetria bilateral; distin-
guem-se dos platielmintos, principalmente, por apresen-
tarem pseudoceloma e tubo digestório completo.
5. Cavidade do corpo
Entre a camada muscular e a parede intestinal, há
uma cavidade, o pseudoceloma. Essa cavidade não repre-
senta um celoma verdadeiro, porque não é revestida to-
talmente pelo mesoderma.
6. Sistema digestório
É do tipo completo e contém boca, faringe, esôfago (faz
a sucção), intestino, ânus terminal ou subterminal. Nos
Anatomia de uma fêmea de Ascaris sp e corte transversal desse pseudoce- machos, há uma cloaca. A digestão é extracelular e
lomado. intracelular; o alimento é digerido por ação enzimática na
cavidade intestinal e é absorvido por células das paredes do
2. Classificação intestino. A digestão completa-se no interior da célula.
A principal classe é a Nematoda.
3. Sistema tegumentário
O corpo é revestido por uma cutícula flexível, acelu-
lar, secretada pela epiderme, que é de natureza sincicial,
sendo desenvolvida nas espécies jovens e atrofiada nas
espécies adultas.
4. Sistema muscular
Apresentam apenas a musculatura longitudinal abai-
Nematoide – sistema digestório.
xo da epiderme.
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11. Reprodução
A maioria dos nematoides possui sexos separados, e
o sistema reprodutor apresenta estrutura simples.
Os machos são sempre menores e de vida curta; dis-
tinguem-se das fêmeas pela extremidade posterior, que se Ascaris lumbricoides.
enrola em espiral ou se expande em bolsa copuladora,
com duas espículas quitinosas que servem para se agarra- Um doente pode eliminar vermes vivos pelo nariz ou
rem à abertura genital das fêmeas. pela boca, ou engoli-los, o que pode ocasionar a morte
por asfixia. Esses vermes podem danificar também os
12. Habitat pulmões, o fígado e o coração.
Existem nematoides de vida livre na água e no solo.
Numerosas espécies vivem como parasitas de animais e
vegetais. Muitos parasitas vivem banhados pelos sucos
digestórios do hospedeiro e resistem à ação digestória,
provavelmente por causa da cutícula, ou ainda pela pro-
dução de antienzimas, substâncias que inibem a ação das Enterobius vermicularis, nematelminto monogenético causador (agente etioló-
enzimas digestórias do hospedeiro. gico) da oxiuríase.
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ELEFANTÍASE
1. (FUVEST – MODELO ENEM) – A figura mostra uma árvore filo- 2. (FAAP – MODELO ENEM) – Leia os versos abaixo:
genética dos grandes grupos de animais invertebrados.
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
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Muitos
Fasciola
a) Extracelular. Echinodermata parasitas de
hepatica
6. (UNICID) – Após um paciente relatar seus sintomas, seu médico outros animais.
suspeitou que ele estivesse com ascaridíase e solicitou um
Alguns
exame de _____________________________ para confirmar seu Ascaris
b) Intracelular. Cnidaria filtradores
diagnóstico, pois, caso haja presença de ovos, o resultado será lumbricoides
marinhos.
positivo. Surpreso, o paciente indagou-se sobre a forma de
contágio, e o médico disse que a forma mais comum é por meio Muitos
de ___________________________________. Necator
c) Extracelular. Asquelminthes parasitas de
americanus
vegetais.
Assinale a alternativa cujas palavras preenchem, correta e
respectivamente, as lacunas do texto. Muitos
a) sangue – alimentos ou água contaminados d) Intracelular. Cnidaria Taenia saginata terrestres de
b) fezes – alimentos ou água contaminados vida livre.
c) sangue – picada de mosquito
d) fezes – picada de mosquito Alguns
Schitosoma
e) sangue – ar contaminado e) Extracelular. Cnidaria predadores
mansoni
aquáticos.
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10. (UEA) – Nove, entre dez exames laboratoriais feitos diariamente 13. (UNNV) – A prefeitura de uma cidade litorânea, como medida de
na Unidade Básica de Saúde e Pronto-Atendimento (UBSPA) combate à leptospirose, soltou gatos na praia para reduzir a
Gebes de Medeiros, em Manaus, acusam a presença de parasi- quantidade de ratos existentes no local. Entretanto, um novo
toses. Segundo os dados, 70% dos pacientes contaminados são problema surgiu: houve um aumento de pessoas contaminadas
crianças. Os parasitas mais comuns identificados nos exames com o bicho-geográfico, causada pelo Ancylostoma braziliensis.
são Ascaris lumbricoides (lombriga), Entamoeba hystolitica a) Explique como os gatos podem transmitir o bicho-geográfico.
(ameba) e Escherichia coli (bactéria). b) A que Reino pertence o agente causador da leptospirose?
Explique como ele é transmitido ao homem.
(Disponível em: <http://portalamazonia.globo.com>. Adaptado.)
Os três parasitas citados no texto têm em comum o fato de 14. Quais são as doenças I, II, III, IV e V que completam corretamente
a) causarem os mesmos sintomas em todas as crianças afetadas. a tabela a seguir?
b) pertencerem à mesma classe, porém a gêneros diferentes.
c) serem unicelulares e viverem no intestino humano.
d) produzirem ovos que, ingeridos, provocam a contaminação. Doença Transmissão Agente(s) Etiológico(s)
e) serem transmitidos por água e alimentos contaminados.
Penetração ativa da larva Ancylostoma duodenale
11. (BRÁS CUBAS) – Vereadores de certa cidade, visando melhorar a I
pela pele. e Necator americanus
situação de saúde da população, elaboraram as seguintes
medidas para combater três doenças: Doença de Chagas,
Ingestão de ovos
Esquistossomose e Ascaridíase:
II embrionados contidos na Ascaris lumbricoides
I. Promover campanha de vacinação.
água ou nos alimentos.
II. Promover uma campanha de educação da população com
relação a noções básicas de higiene, incluindo fervura de água.
III. Construir saneamento básico. Penetração das larvas
III Ancylostoma brasiliensis
IV. Melhorar as condições de edificações das moradias e pela pele.
estimular o uso de telas nas portas e janelas e mosquiteiros
de filó. Ingestão de ovos
V. Realizar campanha de esclarecimento sobre os perigos de embrionados por
banhos nas lagoas. Enterobius vermicularis e
IV autoinfestação,
VI. Aconselhar o uso controlado de inseticidas. Oxyuris vermicularis
heteroinfestação ou
VII. Drenar e aterrar as lagoas do município. retroinfestação.
Para combater a Ascaridíase, a proposta que terá maior benefício
Picada do mosquito
social, se for implementada pela Prefeitura, será: V Wuchereria bancrofti
Culex sp.
a) I. b) III. c) IV. d) V. e) VI.
3. Platielminto trematódeo,
C.
que tem como hospedeiro
Schistosoma III. Teníase
intermediário o caramujo
mansoni
do gênero Biomphalaria.
D. 4. Platielminto hermafrodita,
IV.
Wuchereria transmitido pela ingestão
Esquistossomose
bancrofti de carne de porco.
5. Nematódeo transmitido
E. Ascaris
pelo mosquito do gênero V. Ascaridíase
lumbricoides
Culex.
As características “cavidade corporal” e “exoesqueleto de
quitina” correspondem, respectivamente, aos números
Assinale a alternativa que contém a correlação correta entre as a) 1 e 6.
três colunas. b) 2 e 4.
a) A – 1 – I; B – 4 – III; C – 3 – IV; D – 5 – II; E – 2 – V. c) 2 e 5.
b) A – 2 – I; B – 4 – III; C – 5 – IV; D – 3 – II; E – 1 – V. d) 3 e 4.
c) A – 2 – I; B – 4 – III; C – 3 – IV; D – 5 – II; E – 1 – V. e) 3 e 5.
d) A – 3 – III; B – 4 – I; C – 2 – IV; D – 5 – V; E – 1 – II.
e) A – 3 – III; B – 4 – I; C – 1 – IV; D – 5 – V; E – 2 – II.
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16. (UnB) – Na coluna A, numerados de I a IV, encontram-se nomes 24. (UNIFESP) – Acerca da doença conhecida como amarelão (ou
de doenças parasitárias e, na coluna B, numerados de 1 a 6, uma ancilostomíase), é correto afirmar que:
série de parasitas. Relacione-os e indique a alternativa correta. a) Seu agente causador pertence ao mesmo filo da lombriga
(Ascaris lumbricoides), que causa a ascaridíase, e da tênia
Coluna A Coluna B (Taenia solium), que causa a teníase.
I. Doença de Chagas 1. Taenia solium b) No filo do agente causador do amarelão, os organismos são
II. Esquistossomose 2. Trypanosoma Cruzi sempre parasitas, uma vez que não possuem cavidade celo-
III. Malária 3. Trypanosoma gambiensis mática verdadeira.
IV. Amarelão 4. Ancylostoma duodenale c) O doente apresenta cor amarela na pele porque o parasita
5. Schistosoma mansoni aloja-se nas células hepáticas, produzindo aumento do fígado
6. Plasmodium falciparum (hepatomegalia).
d) O ciclo de vida do agente causador é igual ao da lombriga
a) I – 2; lI – 5; III – 3; IV – 6. (Ascaris lumbricoides), com a diferença de que as larvas do
b) I – 1; II – 6; Ill – 4; IV – 5. amarelão penetram ativamente no corpo do hospedeiro.
c) I – 2; lI – 5; III – 6; IV – 4. e) Medidas de saneamento só são efetivas no combate à doença
d) I – 2; II – 3; III – 5; IV – 1. se forem eliminados também os hospedeiros intermediários.
e) I – 1; II – 5; III – 4; IV – 2.
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28. (PROSEL/ ECMAL) – O ciclo de vida do Ascaris lumbricoides está 29. (UEL) – Para responder à questão, considere o esquema abaixo.
esquematizado na ilustração. Ele mostra o ciclo de vida de um verme parasita do homem,
sendo L1, L2, L3 e L4 seus estágios larvais.
O verme em questão é
a) a tênia.
b) o oxiúro.
c) o ancilóstomo.
d) a filária.
e) o áscaris.
Em relação ao ciclo de vida do Ascaris lumbricoides, pode-se afirmar:
a) O estômago é o habitat preferido da forma adulta do Ascaris. 30. (FUVEST) – O Ancylostoma é um parasita intestinal que provoca
b) O Ascaris é um parasita heteróxeno. o “amarelão”, doença que se pode adquirir
c) A contaminação do hospedeiro ocorre, usualmente, pela pele. a) por picada de um hemíptero (barbeiro).
d) O desenvolvimento de todos os estágios larvais é restrito ao b) comendo carne de porco malcozida.
aparelho digestório. c) comendo carne bovina contaminada.
e) A propagação da ascaridíase é reduzida por meio de cuidados d) por picada de pernilongo.
com a higiene pessoal e com a dos alimentos. e) andando descalço.
3) A lombriga migra no interior do organismo humano, pas- 10) As infecções e infestações mencionadas são adquiridas via
sando pelo sistema respiratório e podendo afetar os oral, ou seja, pela boca.
pulmões. Resposta: E
Resposta: D
11) O saneamento básico, ou seja, o tratamento da água e dos
4) Os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com esgotos, diminui a incidência da ascaridíase.
boca e ânus. Resposta: B
Resposta: B
12) Essa alternativa apresenta a associação correta.
5) O uso de calçado é uma medida profilática relacionada ao Resposta: C
amarelão, porque o nematoide causador da doença
geralmente penetra ativamente pelo pé. 13) a) O Ancylostoma braziliensis pode ser encontrado na urina
Resposta: B e nas fezes de gatos infectados. O parasita penetra
ativamente pela pele.
6) A ascaridíase é uma doença adquirida através da ingestão de b) A bactéria Leptospira sp faz parte do reino monera. É
água ou de alimentos contaminados com fezes humanas, transmitida ao homem através da urina de ratos
onde há ovos embrionados do nematoide parasita. infectados, penetrando pelas mucosas ou ferimentos da
Resposta: B pele humana.
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16) O amarelão tem como agente etiológico também o verme de- 23) Os vermes filamentosos (nematoides) não possuem sistema
nominado Necator americanus. circulatório verdadeiro.
Resposta: C Resposta: A
17) Trata-se de um nematelminto; por exemplo: Ascaris 24) A larva rabditoide do Ancylostoma duodenale penetra ativa-
lumbricoides. mente, pela pele, no corpo do hospedeiro.
Resposta: E Resposta: D
18) A lombriga é unissexuada; a planária é hermafrodita. 25) Trata-se da elefantíase, filaríase ou filariose.
Resposta: D
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CAPÍTULO
Biologia Animal
55 OS ANELÍDEOS
1. Características gerais
Os anelídeos são animais vermiformes, cujo corpo é
composto por segmentos ou metâmeros, semelhantes en-
tre si, em forma de anel, exceção feita aos dois primeiros
e ao último segmento, denominados, respectivamente,
prostômio, peristômio e pigídio.
São triblásticos, com simetria bilateral, e a segmen-
tação é tipicamente homônoma. Organização do parapódio.
3. Sistema muscular
Logo abaixo da epiderme, encontra-se a musculatura
principal do corpo, composta de uma camada externa cir-
cular e uma interna longitudinal, constituindo o tubo
musculodermático, que forma a parede corpórea.
4. Cavidades do corpo
Os anelídeos são animais que apresentam uma cavi-
Anelídeo marinho da classe dos poliquetos. Notar a presença
dade geral secundária espaçosa, o celoma, dividido por
dos parapódios, expansões dermomusculares que lembram “remos”. septos transversais e longitudinais.
Nas sanguessugas (hirudíneos), o celoma é quase
2. Sistema tegumentário totalmente preenchido por um tecido parenquimático.
A epiderme é um epitélio simples, com células senso-
riais, glândulas mucosas e recoberto por uma cutícula
5. Sistema digestório
permeável. Nos oligoquetos (minhocas), há fileiras de cer- É do tipo completo, tubuloso e retilíneo. Inicia-se pe-
das de quitina, dispostas na região ventral. Nos poliquetos la boca, que contém, às vezes, maxilas ou estiletes quiti-
(Eunice), há feixe de cerdas, apenas nos parapódios. nosos; segue-se a faringe, às vezes protrátil, que se co-
Parapódios são expansões dermomusculares laterais, munica com o esôfago, podendo este formar um papo e
que servem como remos, permitindo a natação nos poli- uma moela fortemente musculosa, que serve para ma-
cerar os alimentos; segue-se o intestino, às vezes com um
quetos.
par de sacos intestinais (tiflossole), os quais servem para
A sanguessuga é um anelídeo que não possui cerdas.
aumentar a superfície de absorção; o intestino terminal é
Pertence à classe dos hirudíneos. em geral curto e abre-se para o exterior, por meio do ânus.
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7. Sistema respiratório
A respiração é cutânea. Nos poliquetos, há brânquias
ramificadas na região dorsal dos parapódios, com rede
capilar.
8. Sistema excretor
A excreção é feita por metanefrídeos, dispostos em um
par por segmento. Cada metanefrídeo é formado por 3 par-
tes: nefróstoma, um funil ciliado que recolhe os catabólitos
na cavidade celomática; nefroduto, um canal sinuoso, in-
Lumbricus – corte transversal.
ternamente ciliado, que atravessa o anel e desemboca no
Na parede do tubo digestório, existem células do pe- nefridióporo, um poro excretor situado no anel seguinte.
ritônio, que aumentam consideravelmente seu volume, Os metanefrídeos ocorrem em todos os metâmeros,
servindo para o acúmulo de substâncias de reserva, e exceto no primeiro (prostômio), no segundo (peristômio)
recebem o nome de cloragógenas. e no último (pigídio).
Os metanefrídeos são análogos aos rins dos vertebrados.
6. Sistema circulatório
É do tipo fechado, independente do celoma, consiste
principalmente em dois vasos sanguíneos longitudinais,
colocados dorsal e ventralmente em relação ao tubo di- Segmento do anelídeo, destacando o metanefrídeo.
gestório. O vaso dorsal é contrátil, impelindo o sangue de
trás para diante; no outro, o ventral, o sangue circula em 9. Sistema nervoso
sentido inverso. Em cada metâmero, aparecem capilares O sistema nervoso é ganglionar. Há dois gânglios ce-
transversais, que rodeiam o sistema digestório, estabele- rebrais e um grande gânglio subfaríngeo, ligados por um
cendo uma comunicação entre os vasos dorsal e ventral. anel nervoso, ao redor da faringe, de onde sai um longo
Na região anterior do corpo, alguns vasos podem adqui- cordão nervoso ventral, com dois gânglios por anel.
rir um calibre maior e uma musculatura mais desenvolvi-
da, transformando-se em corações laterais. Na minhoca,
há 5 pares de vasos, os corações, situados ao redor do
esôfago, que impelem o sangue para o vaso ventral.
O sangue é constituído por um plasma, que contém
amebócitos livres e hemoglobina dissolvida. Também há
um pigmento verde, clorocruorina, ou vermelho, hemoe-
ritrina, em outros anelídeos.
Sistema nervoso.
Nos poliquetos, há olhos bem diferenciados. Cada célu- Nas espécies monoicas ou hermafroditas ocorre repro-
la sensorial está em contato com o meio externo e com ter- dução cruzada. Ela aumenta a biodiversidade dos anelídeos.
minações nervosas; possui uma organela especial, a lente,
que converge a luz para neurofibrilas na periferia da célula.
10. Habitat
Em relação ao habitat, os anelídeos podem ser aquá-
ticos, marinhos ou de água doce, e terrestres, vivendo em
Anatomia interna da minhoca – notar o sistema circulatório fechado,
lugares úmidos, debaixo de folhas, ou escavando galerias os 10 corações (5 pares), o testículo e o ovário.
no solo, onde passam a viver.
A importância da minhoca em relação aos solos é Os platielmintos são acelomados. Os nematelmintos
bastante conhecida. Elas melhoram a oxigenação e a re- são pseudocelomados. Os anelídeos são os primeiros ani-
posição de minerais, a partir de detritos orgânicos que mais celomados na escala da evolução zoológica.
comem. O verme Eunice viridis (palolo) serve de alimen-
to aos nativos das ilhas Samoa e Fiji.
No passado, as sanguessugas (Hirudo medicinalis)
foram largamente empregadas em processos de sangria, Na fecundação cruzada da minhoca, os animais se
além do aproveitamento de hirudina, uma substância colocam em posição invertida, unindo-se pelas extremida-
anticoagulante, de interesse médico, produzida em suas des anteriores. Cerdas especiais penetram mutuamente nos
glândulas salivares. dois parceiros, mantendo-os ligados, enquanto o clitelo se-
creta um muco que os envolve. Em cada animal, forma-se
11. Reprodução um par de sulcos seminais, indo do 15.º anel até o clitelo,
São monoicos ou dioicos, com ou sem clitelo; a re- através do qual os espermatozoides de um animal passam
produção sexuada ocorre com frequência por fecundação para o receptáculo seminal do outro, caracterizando a
cruzada; o desenvolvimento pode ser direto ou indireto fecundação cruzada, seguida da separação dos parceiros.
com larva trocófora (nos poliquetos). Há reprodução Logo depois, o clitelo secreta o cócon, ou casulo,
assexuada por brotamento e regeneração. onde são depositados os óvulos. O cócon se desloca para a
frente e, ao passar pelo receptáculo seminal, os óvulos
são fertilizados pelos espermatozoides, que já estavam
depositados. O cócon, que agora contém ovos, sai do ani-
mal, medindo cerca de 7 mm; apenas um ovo se desen-
volve com clivagem holoblástica e desigual. Não apre-
senta larvas.
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A CRIAÇÃO DE MINHOCA
Poliquetos
Possuem corpo com metamerizações externa e inter-
na bem nítidas. Cada metâmero possui um par de expan-
sões laterais, os parapódios, que têm funções na res-
piração branquial e na locomoção. Apresentam cabeça
distinta do corpo e sexos separados, com fecundação
externa e desenvolvimento indireto, por intermédio da
larva trocófora. São quase exclusivamente marinhos.
Ordem 1 – Errantia
Vida livre e brânquias nos parapódios.
Lumbricus terrestris – morfologia externa.
Ex.: Eunice sp e Nereis sp.
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Hirudíneos
É formada de organismos com o corpo de forma
achatada e segmentado, porém a segmentação externa
não corresponde à segmentação interna. Cabeça não dis-
tinta do corpo, ausência de cerdas, tentáculos e parapó-
dios. Possuem duas ventosas e têm o celoma obliterado;
são hermafroditas com clitelo.
Ex.: Hirudo medicinalis, sanguessuga europeia, ecto-
parasitas hematófagos ocasionais do homem e de animais
Sanguessuga, após certo tempo.
domésticos. Vivem em água doce, principalmente brejos. Notar o aumento de volume do corpo, que está “cheio” de sangue humano.
Sanguessugas locomovendo-se.
Atualmente, a sanguessuga ainda tem sido usada na
medicina para melhorar a circulação em órgãos ampu-
Sanguessuga iniciando a retirada de sangue de braço humano.
tados que são reimplantados. Os médicos deixam-nas em
jejum durante vários meses antes de utilizá-las.
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3. (UFTM) – A foto mostra sanguessugas sendo utilizadas para Texto para as questões 8 e 9.
retirada de um hematoma no local onde foi realizada uma cirurgia.
As figuras abaixo representam esquematicamente cortes do
corpo de três diferentes grupos de animais multicelulares:
anelídeos, platelmintos e nematelmintes (não necessariamente
nessa ordem). Elas representam o processo evolutivo que levou
ao surgimento de cavidades no corpo dos animais.
4. (FUVEST) – Um determinado animal adulto é desprovido de 8. (UFPR) – Correlacione cada figura com os grupos animais
crânio e apêndices articulares. Apresenta corpo alongado e cilín- apresentados no enunciado.
drico. Esse animal pode pertencer ao grupo dos
a) répteis ou nematelmintos.
b) platielmintos ou anelídeos. 9. (UFPR) – Discorra sobre duas vantagens trazidas pelo surgimento
c) moluscos ou platielmintos. de cavidades corpóreas.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes. 10. (UNIVAG-Med) – Um pesquisador realizará um estudo fisiológico
sobre a eficiência dos processos de digestão de um invertebrado
5. (PUC-SP) – Um biólogo coletou exemplares de uma espécie celomado. Para tanto, as características físico-químicas de uma
animal desconhecida, os quais foram criados em laboratório e quantidade de partículas alimentares que entram pela boca serão
analisados quanto a diversas características. Concluiu que se comparadas com aquelas que saem pelo ânus.
tratava de representantes do filo Annelida, pois eram animais Ele também examinará como os nutrientes no sangue, que são
a) diblásticos, celomados, segmentados e de simetria radial. transportados todo tempo dentro de vasos, são distribuídos aos
b) triblásticos, celomados, não segmentados e de simetria bilateral. tecidos.
c) triblásticos, acelomados, segmentados e de simetria bilateral. Para esse estudo, o pesquisador deverá usar um animal
d) diblásticos, celomados, segmentados e de simetria bilateral. pertencente ao filo
e) triblásticos, celomados, segmentados e de simetria bilateral. a) Mollusca. b) Arthropoda. c) Cnidaria.
d) Nematoda. e) Annelida.
6. (UEL) – Para entender a evolução animal, o estudo da presença
do celoma é fundamental, porque indica a separação de linhagens 11. (PUC)
importantes.
Considerando assim a classificação tradicional dos animais segundo
esse critério, assinale a alternativa que indica aqueles que são,
respectivamente, acelomados, pseudocelomados e celomados.
a) Planárias, lombrigas e minhocas.
b) Tênias, gafanhotos e medusas.
c) Filárias, protozoários e ancilóstomos.
d) Poliquetos, lesmas e esquistossomos.
e) Camarões, sanguessugas e estrelas-do-mar.
200
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Na realidade, as minhocas, embora hermafroditas, apresentam c) dioicos, isto é, cada indivíduo apresenta tanto órgãos sexuais
fecundação cruzada, o que masculinos como femininos; monoblásticos, isto é, possuem
a) representa uma vantagem em relação à autofecundação, pois apenas um dos dois folhetos embrionários (ectoderma ou
garante maior variabilidade genética, possibilitando maior endoderma); deuterostômio, isto é, apresentam cavidade anal
chance de adaptação da população ao ambiente. originada do blastóporo; e que armazenam o esperma
b) representa uma vantagem em relação à autofecundação, pois, recebido de outra minhoca em seus apêndices carnosos
apesar de não garantir variabilidade genética, possibilita denominados de parapódios.
grande chance de adaptação da população ao ambiente. d) monoicos, isto é, cada indivíduo apresenta tanto órgãos
c) representa uma desvantagem em relação à autofecundação, sexuais masculinos quanto femininos; triploblásticos, isto é,
pois, apesar de garantir maior variabilidade genética, não possuem os três folhetos embrionários; protostômios, isto é,
aumenta a chance de adaptação da população ao ambiente. apresentam a cavidade oral originada do blastóporo; e que
d) representa uma desvantagem em relação à autofecundação, armazenam nas vesículas seminais o esperma recebido de
pois não garante variabilidade genética, o que leva a uma outra minhoca.
menor chance de adaptação da população ao ambiente. e) monoicos, isto é, cada indivíduo apresenta tanto órgãos
e) não representa vantagem nem desvantagem em relação à sexuais masculinos quanto femininos; triploblásticos, isto é,
autofecundação, uma vez que os dois processos garantem o possuem apenas três folhetos embrionários; deuterostômios,
mesmo grau de variabilidade genética e de adaptação da isto é, apresentam a cavidade oral originada do blastóporo; e
população ao ambiente. que liberam o esperma armazenado nas vesículas seminais
quando o casulo contendo óvulos passa pelas aberturas dos
receptáculos seminais.
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18. (VUNESP) – Um determinado animal monoico apresenta clitelo, 20. (MED. TAUBATÉ) – Vermes segmentados marinhos, límnicos e
moela, nefrídeos, cerdas, circulação fechada e respiração cutânea. terrestres, triblásticos, celomados, com segmentação metamé-
Utilizando estas informações, responda: rica e aparentados com os artrópodes.
a) Qual é o nome deste animal e a que filo pertence? Trata-se de
b) Cite um exemplo de outro animal do mesmo filo, mas de dife- a) nematoides.
rente classe. b) cestoides.
c) anelídeos.
19. (FAAP – MODELO ENEM) – Num passado não muito distante, d) platielmintes.
um tipo de animal era vendido em barbearias e em boticários para e) celenterados.
fazer sangria. Acreditava-se que a sangria feita por esses animais
podia curar uma grande série de males que afligissem uma
pessoa. Que animal era utilizado e a qual filo pertence?
a) Lesma, do filo Molusca.
b) Minhoca, do filo Anelida.
c) Lesma, do filo Artropoda.
d) Sanguessuga, do filo Anelida.
e) Amarelão, do filo Asquielminte.
3) A sanguessuga pertence ao filo dos anelídeos. Tiflossole é 12) As minhocas possuem metanefrídeos, sistema nervoso
uma dobra intestinal que aumenta a superfície de absorção ganglionar ventral e celoma verdadeiro.
dos nutrientes, que, consequentemente, passam da cavidade Resposta: A
entérica para o sangue.
13) As minhocas são hermafroditas; possuem três folhetos
4) Os anelídeos e os nematelmintos possuem corpo cilíndrico e germinativos, boca que se origina do blastóporo; e
alongado. Eles não apresentam apêndices articulares nem armazenam espermatozoides nas vesículas seminais.
crânio. Resposta: D
Resposta: D
14) a) A classe dos poliquetos pertence ao filo dos anelídeos.
5) Os anelídeos possuem três folhetos germinativos, celoma b) Os poliquetos possuem expansões laterais, denominadas
verdadeiro, metameria e simetria bilateral. parapódios, com um grande número de cerdas, além de
Resposta: E cabeça diferenciada.
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CAPÍTULO
Biologia Animal
65 OS MOLUSCOS
2. Sistema tegumentário
Esses animais possuem epitélio simples, às vezes
ciliado e muito rico em células glandulares, cuja secreção
torna o tegumento úmido e mole. A parte do tegumento
que recobre a massa visceral forma uma dobra, chamada Conchas de moluscos.
manto ou pallium, que secreta a concha. Chama-se
cavidade palial ao espaço compreendido entre o manto 4. Sistema respiratório
e a superfície do corpo (nessa cavidade se aloja o
aparelho respiratório dos moluscos). A respiração pode ser: cutânea, branquial ou pulmo-
nar. As brânquias estão alojadas na cavidade paleal. A
respiração pulmonar ocorre em gastrópodes terrestres
3. Concha (caracóis); os pulmões são constituídos por um sistema
A concha consiste em uma camada orgânica externa de vasos sanguíneos muito ramificados que se espalham
(perióstraco); uma camada média (prismática), constituí- no teto da cavidade paleal, e há uma comunicação com o
da por cristais prismáticos de aragonita; e uma camada in- exterior através de um orifício chamado pneumóstoma.
terna (nacarada), lisa e brilhante, conhecida como madre-
pérola.
Corte transversal da concha e do manto. Helix (caracol) – corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral.
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6. Sistema circulatório
É do tipo lacunar. O coração tem posição dorsal, apa-
rece no interior de uma cavidade pericárdica e recebe o
sangue proveniente dos órgãos respiratórios por inter-
médio de veias. Pode ter um ou dois átrios e um ventrí-
culo, de onde o sangue é distribuído aos tecidos. O sis-
tema circulatório, apesar do desenvolvimento de artérias,
veias e capilares, é aberto, comunicando-se com lacunas
sanguíneas, situadas em vários órgãos.
5. Sistema digestório
7. Sistema excretor
A excreção é feita por rins (nefrídeos modificados),
que retiram os excretas da cavidade pericárdica e os
eliminam na cavidade paleal, de onde passam para o
Anatomia interna de cefalópode. exterior.
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Os órgãos sensoriais são: estatocistos (equilíbrio), Normalmente, os moluscos são ovíparos e de desen-
células táteis, quimiorreceptoras e os olhos, muito de- volvimento direto ou indireto. Há uma larva ciliada, vé-
senvolvidos nos cefalópodes. liger, livre; ou larvas parasitas de brânquias dos peixes,
os gloquídios; e ainda larva trocófora, em gastrópodes.
10. Habitat
Os moluscos são muito diversificados e vivem nos mais
variados ambientes. Há espécies em terra úmida: caracóis,
lesmas; marinhos, fixos em rochas, como ostras e mariscos;
livres, no fundo, sobre a areia, como os caramujos, que
possuem espécies de água doce e de água salgada; de nata-
ção ativa: lulas e polvos. Alguns aspectos importantes de sua
biologia podem ser abordados. Os cefalópodos, por exemplo,
são invertebrados altamente evoluídos, com grande
capacidade de aprendizado, eficiente mimetismo protetor,
por causa das suas rápidas mudanças de cor e da eliminação
Esquema comparativo dos olhos de uma planária, do polvo e do homem.
O “olho” (ocelo) da planária não é verdadeiro, pois não forma imagens.
de jatos de H2O. As ostras produzem as tão valiosas pérolas.
9. Reprodução A PÉROLA
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11. Classificação
Mollusca é um dos maiores filos do reino animal,
ultrapassado apenas pelo Artropoda. É formado por
100 000 espécies, agrupadas em cinco classes principais:
Amphineura, Scaphopoda, Gastropoda, Pelecypoda e Dentalium sp, molusco escafópodo.
Cephalopoda.
O dente-de-elefante tem pé alongado, cilíndrico e
pontiagudo, usado para cavar, fixando o molusco na
areia. Da abertura basal, junto ao pé, saem “captáculos”,
que são tentáculos táteis e adesivos para a apreensão de
É formada de organismos com corpo oval, ou longo
alimentos. Não existe cabeça. A boca é provida de rádula,
e delgado, com simetria bilateral, cabeça reduzida, des-
mandíbulas e glândulas. Coração sem átrios, sistema
provida de olhos e tentáculos. Concha ausente ou forma-
nervoso composto por gânglios cerebroides, pleurais,
da por 8 placas. Exclusivamente marinhos. Ex.: Chiton
pediais e viscerais. São de sexos separados e de fe-
sp.
cundação externa. São todos marinhos e nutrem-se a par-
tir de micro-organismos, especialmente foraminíferos.
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1. (FEI – MODELO ENEM) – Paella, uma receita saborosa! Este Assinale a explicação correta para o fenômeno observado.
prato típico da cozinha espanhola tem entre seus ingredientes os a) O sal provoca a desintegração das membranas celulares do
deliciosos mariscos e lulas, animais que pertencem ao filo dos caramujo.
a) equinodermos. b) O sal se dissolve no muco que recobre o corpo do caramujo.
b) artrópodes. c) A pele do caramujo reage com o sal, formando um composto
c) anelídeos. instável que rompe as células.
d) moluscos. d) O sal é absorvido pelas células da pele do caramujo, cujo cito-
e) platielmintos. plasma se torna mais concentrado, provocando perda de água
Resolução pelas células.
O marisco e a lula são invertebrados de corpo mole. e) O sal provoca uma reação alérgica no caramujo, resultando na
Resposta: D sua desintegração.
Resolução
2. (MACKENZIE – MODELO ENEM) O sal se dissolve no muco que recobre o corpo do caramujo,
tornando-o hipertônico. Esse muco retira água do molusco, por
osmose.
Resposta: B
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3. Os moluscos são animais invertebrados que possuem corpo Quais das estruturas numeradas correspondem, respectivamen-
mole. São triblásticos, celomados e protostômios. Cite dois exem- te, à cavidade do manto, à massa visceral e ao pé?
plos desses animais, pertencentes a cada uma das seguintes a) I, II e III. b) II, III e IV. c) III, I e V.
classes: cefalópodes, pelecípodes e gastrópodes. d) III, IV e V. e) V, IV e III.
4. (PUC) – Analise a tira de quadrinhos abaixo. 7. (UNICAMP) – Explique, de maneira comparativa, duas caracterís-
ticas que permitem considerar moluscos como animais mais
complexos que celenterados.
Embora hermafroditas, os caramujos normalmente têm fecun- Quais são esses animais e os respectivos filos?
dação cruzada, mecanismo que leva a descendência a apresentar
a) aumento de variabilidade genética em relação à autofecun-
dação e maior chance de adaptação das espécies ao
ambiente.
b) diminuição da variabilidade genética em relação à autofe-
cundação e maior chance de adaptação das espécies ao
ambiente.
c) variabilidade genética semelhante à da autofecundação e as
mesmas chances de adaptação das espécies ao ambiente.
d) diminuição de variabilidade genética em relação à autofe-
cundação e menor chance de adaptação das espécies ao
ambiente.
e) variabilidade genética semelhante à da autofecundação e
menor chance de adaptação das espécies ao ambiente. 9. (UNICAMP) – Alguns moluscos têm importância sanitária. Um
exemplo comprovado é o do planorbídeo Biomphalaria glabrata,
5. (UNILUS – MODELO ENEM) – As ostras perlíferas ocorrem no que está relacionado ao ciclo de uma doença que atinge os humanos.
Indo-Pacífico, estando representadas pelas espécies Pinctada Por outro lado, ainda não foi comprovado se Acathina fulica está
maxima e Pinctada margaritifera. Esses animais vivem fixos a relacionada com a incidência de meningoencefalite. Este gastró-
substratos e possuem a camada interna da concha formada por pode foi introduzido no Brasil, sem estudos prévios, visando subs-
um nácar ou madrepérola brilhante. Constituem a matéria-prima tituir com vantagens o “escargot” (molusco utilizado como alimento).
utilizada para confecção de botões, adornos e objetos de uso a) A qual doença os caramujos Biomphalaria estão relacionados?
pessoal. O interesse maior dos joalheiros é pelo fato de desen- Qual o papel dos caramujos no ciclo desta doença? Em que
volver entre o manto e a concha as famosas pérolas. ambiente ocorre a contaminação dos humanos?
b) Acathina fulica está aumentando rapidamente e está destruin-
É verdadeiro afirmar sobre esses animais:
do a vegetação de algumas regiões. Dê uma explicação pos-
a) Pertencem ao filo molusco. sível, do ponto de vista ecológico, para esta proliferação.
b) Pertencem ao filo porífero.
c) Pertencem ao filo celenterado. 10. (UNESP) – Paella (comida típica espanhola).
d) Pertencem ao filo platielminto. INGREDIENTES:
e) Pertencem ao filo artrópode. 300 g de lula
300 g de polvo
6. (PUCC) – O esquema abaixo representa a organização básica de 300 g de peixe limpo (cação ou badejo)
um molusco. 24 mariscos
6 camarões grandes
1 pimentão verde
2 cebolas grandes
2 tomates
6 dentes de alho
½ pimenta malagueta
½ xícara de óleo de milho
½ xícara de azeite de oliva
4 xícaras de arroz
água e sal
Entre os ingredientes da receita, quais filos do reino Animalia
estão contemplados? Quais os ingredientes da receita que per-
tencem a cada um desses filos?
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11. (UNICAMP) – Os navios são considerados introdutores potenciais 15. (MODELO ENEM) – Uma pessoa tem alergia a moluscos. Em um
de espécies exóticas através da água de lastro (utilizada nos restaurante onde são servidos frutos do mar, ela pode comer, sem
tanques para dar aos navios estabilidade quando vazios). Essa problemas, pratos que contenham
água pode conter organismos de diversos grupos taxonômicos. a) lula e camarão. b) polvo e caranguejo.
Com certa frequência leem-se informações relacionadas a essas c) mexilhão e lagosta. d) lula e polvo.
e) camarão e cação.
introduções:
I. O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), um bivalve de 16. (MACKENZIE) – No ciclo de vida do Schistosoma mansoni, cau-
água doce originário do sul da Ásia, chegou ao Brasil em 1998 sador da esquistossomose, estão envolvidos indivíduos perten-
e já infestou rios, lagos e reservatórios da Região Sul e do Pan- centes aos filos
tanal. Além de causar problemas ecológicos, esse invasor a) Arthropoda e Platyhelminthes.
ameaça o setor elétrico brasileiro, a agricultura irrigada, a b) Coelenterata e Echinodermata.
pesca e o abastecimento de água devido à sua capacidade de c) Porifera e Mollusca.
se incrustar em qualquer superfície submersa. d) Chordata e Mollusca.
(Evanildo da Silveira. “Molusco chinês ameaça ambiente e e) Nemathelminthes e Annelida.
produção no Brasil”. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/204/mar/18/75.htm>. 17. (MED. ABC) – As brânquias de moluscos bivalves e cefalópodes di-
Adaptado.) ferem funcionalmente entre si, porque as dos primeiros citados são
a) somente respiratórias e as dos últimos apenas relacionadas
II. As autoridades sanitárias acreditam que o vibrião colérico, com a alimentação.
originário da Indonésia, chegou ao Peru através de navios e b) somente relacionadas com a alimentação e as dos últimos
de lá se espalhou pela América Latina. apenas respiratórias.
(Ilídia A.G.M. Juras. “Problemas causados pela água de lastro”. Consultoria c) relacionadas com a respiração e a alimentação e as dos últi-
Legislativa da Câmara dos Deputados, 2003. Adaptado.) mos apenas respiratórias.
d) somente respiratórias e as dos últimos relacionadas com a
respiração e a alimentação.
a) Além de problemas como os citados acima, a introdução de
e) somente relacionadas com a alimentação e as dos últimos re-
espécies oferece risco de extinção de espécies nativas.
lacionadas com a alimentação e a respiração.
Explique por quê.
b) Indique uma característica que diferencie os moluscos bival-
18. (MACKENZIE-adaptado) – Há alguns tempo, foi noticiado na
ves das demais classes de moluscos. Indique uma outra
imprensa o aparecimento de moluscos gigantes, identificados
característica que permita incluir os bivalves no filo Mollusca.
como pertencentes à espécie Anodontes trapeziales, na represa
c) Nas áreas de risco de contaminação por vibrião colérico, as au-
Billings. Não é uma espécie nociva ao homem, mas o seu
toridades sanitárias recomendam não ingerir mexilhões e
consumo pode trazer problemas à saúde, pois, sendo animais
ostras crus. Essa recomendação baseia-se no modo como
filtradores, eles acumulam substâncias nocivas, como, por
esses moluscos obtêm alimento. Explique.
exemplo, metais pesados. Esse hábito filtrador ocorre, entre os
moluscos:
12. (UFES – MODELO ENEM) – Esta é a turma do Bob Esponja:
a) em todos os grupos.
b) apenas nos bivalves.
c) apenas nos bivalves e gastrópodes.
d) apenas nos bivalves e cefalópodes.
e) apenas nos moluscos aquáticos.
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3) O polvo e a lula são moluscos da classe dos cefalópodes. A c) Os bivalves obtêm alimentos através da filtração e, conse-
ostra e o mexilhão pertencem à classe dos pelecípodes. O quentemente, podem acumular uma elevada quantidade
caracol e a lesma são animais da classe dos gastrópodes. de micro-organismos patogênicos, como o vibrião colérico,
agente etiológico do cólera.
4) A fecundação cruzada de gametas provenientes de parentais
distintos promove o aumento da variabilidade genética, em 12) A ordem de evolução é: poríferos (esponja-do-mar), molusco
relação à autofecundação. As variações apresentam maiores (lula), artrópode (caranguejo) e equinodermas (estrela-do-mar).
chances de sobrevivência em ambientes que se modificam.
Resposta: B
Resposta: A
5) A ostra é um molusco, da classe dos pelecípodes. 13) O manto secreta a pérola em camadas concêntricas, envol-
Resposta: A vendo uma pedrinha ou verme que penetrou entre ele e a
concha.
6) A seta I indica a boca; a II é o olho pedunculado.
Resposta: D 14) Respectivamente, molusco e cordado.
Resposta: C
7) Os moluscos são triblásticos; e os celenterados, diblásticos.
Os moluscos possuem sistema nervoso ganglionar; e os ce- 15) A lula, o polvo e o mexilhão são moluscos.
lenterados, difuso ou em rede. O camarão é artrópode.
O cação é peixe.
8) Anêmona-do-mar (filo dos celenterados); ermitão (filo dos Resposta: E
artrópodes); concha de caramujo (filo dos moluscos).
16) O homem pertence ao filo dos cordados; o caramujo é um
9) a) O caramujo Biomphalaria glabrata está relacionado com a molusco.
esquistossomose, ou barriga-d’água. Ele é o hospedeiro Resposta: D
intermediário do agente etiológico. A contaminação
ocorre em ambientes de água doce.
17) Na lula, as brânquias são exclusivamente respiratórias.
b) A proliferação rápida pode ser causada, por exemplo, pela Resposta: C
ausência de predadores.
10) O camarão é um animal do filo dos artrópodes. A lula, o polvo 18) Moluscos bentônicos com hábitos filtradores são os repre-
e o marisco são componentes do filo dos moluscos. Cação sentantes da classe bivalves (pelecípodes ou lamelibrânquios).
(peixe cartilaginoso) e badejo (peixe ósseo) são animais do Resposta: B
filo dos cordados.
19) a) Bibalve, lamelibrânquio ou pelecípode. Excreta através de
11) a) A introdução de espécies exóticas pode levar à exploração nefrídeos.
de nichos ecológicos ocupados por espécies nativas. As b) Trata-se de um animal filtrador, consequentemente a taxa
exóticas passam a competir com as nativas, o que pode de um poluente ambiental no seu organismo aumenta
levar à sua eliminação. muito, na filtração, dificultando sua sobrevivência. É muito
b) Como características diferenciais das demais classes de mo- sensível ao poluente e, consequentemente, bom bioindica-
luscos, podemos citar: presença de concha bivalve, brân- dor ambiental.
quias laminares, ausência de rádula e cabeça diferenciada.
Os bivalves apresentam corpo mole e uma dobra do 20) A
tegumento, denominada manto ou pálio, características
dos moluscos.
210
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75 ARTRÓPODES
(CLASSE DOS CRUSTÁCEOS)
1. Artrópodes
Os artrópodes apresentam várias classes, como: classe
1 – Crustacea; classe 2 – Insecta; classe 3 – Arachnida;
Os artrópodes (arthros = articulação; podos = pés) classe 4 – Chilopoda; classe 5 – Diplopoda.
são organismos que apresentam apêndices e patas arti-
culadas.
São metazoários, de simetria bilateral, com corpo
segmentado, triblásticos, protostômios e esquizoce-
lomados; possuem um exoesqueleto quitinoso, que só
permite o crescimento do animal por mudas (ecdises).
São mais de 1 000 000 de espécies diferentes. Elas
apresentam elevado grau de complexidade, são encon-
tradas na maior diversidade de habitats e podem ingerir
uma quantidade de alimento muito maior que os
representantes de qualquer outro filo.
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2. Classe Crustacea
A cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos, cada
A classe Crustacea (do latim crusta = casca) é for- um deles com 1 par de apêndices bifurcados. Há 2 pares
mada de organismos com o corpo revestido por uma cutí- de antenas (tetráceros), 1 par de mandíbulas e 2 pares de
cula quitinosa espessa e rígida, formando o exoesqueleto, maxilas.
que é impregnado de carbonato de cálcio. O tórax apresenta segmentos com números variá-
Apesar de existir uma grande variedade de formas, veis, podendo estar fundidos ou não. Seus apêndices são
pode-se dividir o corpo em cabeça, tórax e abdômen, divididos em dois grupos: maxilípedes e pereiópodes.
ocorrendo, nas formas evoluídas, a fusão dos anéis torá-
cicos com a cabeça, ficando o corpo dividido em cefalo-
tórax e abdômen, como observamos, por exemplo, no ca-
marão.
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Subclasse 2 – Copepoda
Também microscópicos, com muitos representantes
São animais predominantemente aquáticos, marinhos
parasitas de peixes.
e dulçaquícolas. Podem viver na areia das faixas litorâ-
neas (caranguejo), em terra úmida (tatuzinho-de-jardim), Ex.: Cyclops sp, vetor do botriocéfalo e filária de
na lama do mangue (caranguejo-maria-mulata) e fixos às Medina.
rochas, pilares de pontes, cascos de navios etc. (cracas).
ALERGIA AO CAMARÃO
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Isópodos.
3. Diferenciação
Ordem 2 – Amphipoda entre siri e caranguejo
Têm o corpo comprimido lateralmente, vivem na
água salgada e raramente na água doce.
Ex.: Caprella, Gammarus e Hyalella.
1. (PUC-RIO) – O gráfico a seguir mostra uma curva (A), que Com relação ao crescimento do corpo dos artrópodes, podemos
representa o crescimento de um artrópode, e uma curva (B), que afirmar que
representa o crescimento de outros animais. a) é contínuo e acompanha o crescimento do exoesqueleto.
b) ocorre durante a muda.
c) é contínuo e não envolve muda.
d) é descontínuo e ocorre um pouco antes da muda.
e) é descontínuo e ocorre logo após a muda.
Resolução
O artrópode abandona seu exoesqueleto quitinoso, na muda ou
ecdise, e aumenta seu grau de hidratação, crescendo.
Resposta: E
215
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3. ((FUVEST-MODELO ENEM) – Uma pessoa tem alergia a 6. (MACKENZIE) – Um animal é do filo artropoda. A maneira visual
moluscos. Em um restaurante onde são servidos “frutos do mar”, mais precisa de se saber se ele pertence ao grupo dos:
ela pode comer, sem problemas, pratos que contenham
a) lula e camarão. CRUSTÁCEOS,
b) polvo e caranguejo. INSETOS,
c) mexilhão e lagosta. ARACNÍDEOS,
d) lula e polvo. DIPLÓPODOS ou
e) camarão e cação. QUILÓPODOS
5. (UNICASTELO-MED)
Quando uma lapa (molusco), uma craca e um caranguejo 7. (U.ITAÚNA) – Nos mares da Antártida, vive um crustáceo, o Krill,
(crustáceos) são classificados no sistema fenético, que agrupa os que se parece muito com o camarão. O Krill faz parte de uma
organismos em função da semelhança estrutural, e filogenético, complexa rede alimentar. Nutre-se de fitoplâncton, como a ba-
que agrupa os organismos em função das relações evolutivas, leia-azul, e é consumido por muitas espécies, como a própria ba-
obtêm-se resultados diferentes, como mostram os cladogramas leia-azul e o pinguim, que serve de alimento à foca-leopardo.
a seguir:
Nessa cadeia alimentar, o Krill
a) compete com o fitoplâncton pelos nutrientes orgânicos.
b) ocupa o segundo nível trófico, assim como a baleia-azul.
c) poderá ocupar tanto o segundo quanto o terceiro nível trófico.
d) realiza uma competição intraespecífica com a baleia-azul.
5 15
d) ––– e) ––––
22 144
9. (UERJ) –
216
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10. Os anelídeos (I) e os artrópodes (II) apresentam as seguintes 15. (MODELO ENEM) – Num jantar, havia ostra, siri, caranguejo,
características: lagosta, palolo, tubarão, mexilhão, berbigão, ovos de esturjão e
Sistema Sistema polvo. Essa refeição continha, portanto,
Reprodução a) somente crustáceos.
digestório circulatório
b) somente moluscos.
I. incompleto; I. fechado; I. assexuada; c) somente crustáceos e moluscos.
a) d) somente peixes e crustáceos.
II. completo II. aberto II. sexuada
e) crustáceos, moluscos, peixes e anelídeos.
I. completo; I. fechado; I. assexuada;
b)
II. incompleto II. fechado II. sexuada
16. (VUNESP) – Um determinado jornal deu a seguinte notícia: “O
I. completo; I. aberto; I. sexuada; ilustre visitante austríaco ficou impressionado com a exuberância
c)
II. completo II. fechado II. sexuada da Mata Atlântica, onde pôde observar a existência de numerosas
espécies de samambaias e orquídeas, todas parasitas de grandes
I. completo; I. fechado; I. sexuada; árvores. Saboreou o delicioso fruto do cajueiro, tendo-o achado
d)
II. completo II. aberto II. sexuada muito suculento, e não resistiu a um jantar no qual foram servidos
apenas crustáceos, tais como lagosta, camarão, lula, ostra, caran-
I. incompleto; I. aberto; I. sexuada;
e) guejo e mexilhão.”
II. completo II. fechado II. sexuada
O redator desta notícia cometeu alguns enganos biológicos, que
merecem reparos.
Aponte três enganos cometidos pelo redator.
11. Das alternativas abaixo não é característica dos crustáceos:
a) simetria bilateral.
b) pseudoceloma. 17. (UNICAMP) – Joãozinho é estudante do 2°. grau e passou a ma-
c) segmentação metamérica.
nhã toda observando os animais em uma mata. Indique qual o filo
d) respiração branquial.
e) habitat predominantemente aquático. de animais que deveria estar mais representado nas observações
de Joãozinho e duas características importantes deste filo.
12. I. A principal característica dos crustáceos é a presença de 4 18. (PUC) – Numa aula de Biologia, os alunos classificaram os artró-
pares de antenas.
podes que o professor lhes apresentou em 3 grupos, de acordo
II. Os crutáceos têm sistema circulatório aberto ou lacunar, com
hemocianina como pigmento respiratório. com características que distinguiam cada grupo dos demais:
III. A excreção dos crustáceos é feita pelas glândulas verdes. I. aranha e besouro;
II. barata e escorpião;
Está(ão) correta(s): III. caranguejo e siri.
a) todas as frases.
b) apenas as frases I e II. O professor disse que a classificação estava errada.
c) apenas as frases II e III. a) Reagrupe os animais, corrigindo os erros.
d) apenas a frase III. b) Cite uma característica externa exclusiva de cada grupo que
e) apenas as frases III e I. você formou.
13. Anelídeos e artrópodes possuem características anatômicas e 19. (FEI) – Um aluno da FEI foi a um jantar onde havia camarão, ostra,
fisiológicas comuns, o que reforça a hipótese de parentesco evo-
lula e lagosta. Esta refeição continha, portanto,
lutivo entre esses grupos de invertebrados. Assinale a alternativa
a) apenas peixes.
que apresenta, corretamente, duas dessas características
b) apenas crustáceos.
comuns.
c) apenas moluscos.
a) Cordão nervoso dorsal e respiração cutânea.
d) apenas crustáceos e moluscos.
b) Cordão nervoso ventral e corpo segmentado.
e) apenas peixes e moluscos.
c) Vaso sanguíneo dorsal e respiração traqueal.
d) Vaso sanguíneo ventral e corpo segmentado.
e) Cordão nervoso dorsal e vaso sanguíneo dorsal.
20. (UCDB) – Um garoto saiu a pescar e usou, como isca, um animal
que tinha as seguintes características: 2 pares de antenas; corpo
dividido em cefalotórax e abdome; e apêndices locomotores
14. (FUVEST – MODELO ENEM) – Caranguejo, caramujo e anê-
situados no cefalotórax e abdome.
mona-do-mar pertencem a três filos diferentes de animais. A
esses mesmos filos pertencem, respectivamente,
A isca era um
a) lagosta, lula e estrela-do-mar.
a) inseto marinho.
b) abelha, lesma e água-viva.
b) inseto terrestre.
c) camarão, planária e estrela-do-mar.
c) aracnídeo.
d) barata, mexilhão e ouriço-do-mar.
d) molusco de pequeno porte.
e) ouriço-do-mar, polvo e água-viva.
e) crustáceo.
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3) A lula, o polvo e o mexilhão são moluscos. 12) A afirmativa I está incorreta, porque possuem dois pares de
O cação é cordado. O camarão, o caranguejo e a lagosta são antenas, ou seja, são tetráceros.
artrópodes. Resposta: C
Resposta: E
4) Lagosta, camarão, siri, caranguejo etc. são crustáceos comes- 13) Ambos possuem sistema nervoso ventral e metameria.
tíveis pelo homem. Resposta: B
Resposta: D
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85 ARTRÓPODES
(CLASSE DOS INSETOS)
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Os olhos simples são no máximo três, enquanto os O aparelho bucal é adaptado ao tipo de alimentação
olhos compostos são dois, porém formados por 15 000 a do animal:
25 000 unidades visuais, os omatídeos. • mastigador ou triturador (gafanhoto);
• lambedor (abelhas);
• sugador (borboleta);
• picador – sugador (pulgas);
• picador – não sugador (mosca doméstica).
220
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O cérebro é anterior e está ligado aos gânglios subeso- São animais dioicos; com dimorfismo sexual; as fê-
fagianos por um anel nervoso; há ainda a cadeia nervosa ven- meas são sempre maiores. A fecundação é interna e o de-
tral. Essa cadeia ganglionar é semelhante à dos anelídeos. senvolvimento pode ser direto ou indireto, com meta-
morfose. Há casos de partenogênese (afídeos); de neo-
tenia (térmitas); e de poliembrionia (himenópteros).
Subclasse 1 – Apterygota
Insetos sem asas e sem metamorfose (ametábolos).
Sistema nervoso.
Ordem 1 – Thysanura
Ex.: traça-dos-livros.
A visão dos insetos (olhos simples e compostos) dis-
tingue cores até ultravioleta; a sensibilidade auditiva é
Subclasse 2 – Pterygotas
percebida por pelos e órgãos cordotonais das patas; a
Insetos com asas e metamorfose, divididos em dois
sensibilidade olfativa situa-se nas antenas; a sensibili-
dade gustativa está nos palpos bucais; e a sensibilidade grupos:
tátil em cerdas de apêndices.
1°. Grupo – Hemimetábolos
O BICHO-DA-SEDA Com metamorfose parcial: ovo → ninfa → imago
(adulto).
221
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• Subordem 2 – Brachycera
Conhecidos como moscas. Possuem antenas curtas. Coleoptera – Joaninhas.
Ex.: Musca domestica – grande transmissora me-
cânica de germes. Ordem 14 – Hymenoptera
Glossina palpalis – vetor da doença do sono. Exs.: abelhas, vespas e formigas.
1. (PUC) Resolução:
III. Incorreta.
As flores produtoras de néctar são encontradas apenas entre as
angiospermas.
As gimnospermas não produzem flores, e sim estróbilos.
Resposta: B
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3. (MED. SANTOS – MODELO ENEM) – As alternativas apresen- 8. (UNICAMP) – O melhor de Calvin/Bill Watterson
tam estruturas encontradas nos insetos. Assinale a relação que
não está correta.
a) Traqueia – espiráculo.
b) Peças bucais – ferrão.
c) Olho composto – omatídeo.
d) Tubos de Malpighi – trato digestório.
e) Asas – tórax.
4. (UEG) – Um biólogo coletou os artrópodes apresentados a seguir a) Justifique, do ponto de vista biológico, a afirmação de Calvin;
para uma pesquisa. “se elas estiverem me entendendo, nunca mais teremos pro-
blemas com formigas”.
b) Cite dois outros grupos de insetos com modo de vida seme-
lhante ao das formigas.
9. (FUVEST)
Como chegavas do casulo,
— inacabada seda vida —
tuas antenas — fios soltos
da trama de que eras tecida,
e teus olhos, dois grãos da noite
de onde o teu mistério surgia.
(Cecília Meireles)
a) Baseado em seus conhecimentos de zoologia, organize-os em
três classes. a) A que filo e classe pertence o animal de que falam os versos?
b) Justifique a inclusão do organismo B em uma das três classes b) Qual a sequência dos estágios de seu desenvolvimento?
organizadas por você.
10. (MACKENZE)
5. (FUVEST – MODELO ENEM) – De acordo com a Organização A – esquistossomose
Mundial da Saúde (OMS), a dengue voltará com ímpeto. “A Ásia B – doenças de Chagas
e a América Latina serão duramente castigadas este ano [...]”, diz C – malária
José Esparza, coordenador de vacinas da OMS. D – amarelão
(New Scientist n.° 2354, 3 ago. 2004.) E – teníase
Das parasitoses acima, são transmitidas por picadas de insetos
O motivo dessa previsão está no fato de a) apenas B e D.
a) o vírus causador da doença ter se tornado resistente aos anti- b) apenas B e C.
bióticos. c) apenas B, C e D.
b) o uso intenso de vacinas ter selecionado formas virais resis- d) apenas B, C, D e E.
tentes aos anticorpos. e) A, B, C, D e E.
c) o contágio se dar de pessoa a pessoa por meio de bactérias
resistentes a antibióticos. 11. Os mosquitos são insetos vetores das seguintes moléstias:
d) a população de mosquitos transmissores dever aumentar. a) Dengue, febre amarela e malária.
e) a promiscuidade sexual favorecer a dispersão dos vírus. b) Chagas, maleita e elefantíase.
c) Chagas, cólera e malária.
6. (UNICAMP) – A cigarra e a formiga são personagens de uma d) Febre intermitente, amebíase e elefantíase.
fábula que enaltece o trabalho. A biologia dos grupos aos quais e) Úlcera-de-Bauru, Chagas e giardíase.
pertencem esses insetos explica o diferente papel desempenha-
do por eles na fábula. No verão, encontram-se cascas de cigarras 12. (UNIP) – Observe o animal abaixo.
presas nas árvores ou no chão. Há uma crença popular de que as
cigarras “arrebentam de tanto cantar”.
a) Que aspecto da biologia das formigas justifica sua associação
com o trabalho?
b) Qual a função do canto das cigarras?
c) As cascas não são cigarras mortas. Explique o que represen-
tam essas cascas.
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13. (UNICENTRO) – Na maioria das espécies de mosca-varejeiras o I, II, III e IV são medidas para combater, respectivamente, as
ciclo completo, de ovo a adulto, leva cerca de 10 a 12 dias. seguintes doenças:
Criadas em condições assépticas, as larvas de Phaenicia sericata, a) doença de Chagas, malária, esquistossomose e amebíase.
Phormia regina e Lucilia ilustris podem auxiliar no tratamento da b) doença de Chagas, malária, amebíase e esquistossomose.
osteomielite (inflamação da medula óssea). Ao se alimentarem, c) malária, doença de Chagas, esquistossomose e amebíase.
retiram do local lesado bactérias e substâncias nocivas resul- d) malária, doença de Chagas, amebíase e esquistossomose.
tantes do processo inflamatório. Também são úteis em inves- e) doença de Chagas, amebíase, malária e esquistossomose.
tigações criminais, principalmente no caso de homicídios, por
serem as primeiras espécies atraídas por cadáveres. O tempo de
desenvolvimento de larvas e pupas e sua disposição no solo 18. (UELON) – A respiração e a circulação sustentam a alta demanda
permitem que peritos criminais especializados estimem quando a metabólica desses animais durante o voo. Além disso, a respi-
vítima morreu ou tirem conclusões sobre o local da morte. ração traqueal é uma importante adaptação dos insetos para a
vida terrestre. Sobre as relações fisiológicas entre os processos
(Ciência hoje, p. 14/5.) respiratório e circulatório nos insetos, é correto afirmar:
a) O sistema circulatório aberto contém hemocianina, pigmento
As moscas referidas no texto respiratório que facilita o transporte de oxigênio do sistema
a) compartilham o mesmo gênero. traqueal para os tecidos.
b) incluem-se em diferentes reinos. b) O sistema traqueal conduz oxigênio diretamente para os
c) integram o Filo Arthropoda. tecidos e o dióxido de carbono em direção oposta, o que torna
d) fazem parte de classes diferentes. a respiração independente de um sistema circulatório.
e) pertencem à mesma espécie. c) O sistema circulatório fechado contém hemoglobina e é
fundamental para o transporte de oxigênio do sistema traqueal
para os tecidos.
14. (UNESP) – João e Pedro estão caminhando por um parque e d) O sistema traqueal conduz oxigênio da hemolinfa para os
observam, presas ao tronco de uma árvore, “cascas”, que João tecidos, o que torna a respiração dependente de um sistema
identifica como sendo de cigarras. Especialistas chamam essas circulatório.
cascas de exúvias. João conta a Pedro que a tradição popular diz e) O sistema circulatório aberto, apesar de não conter pigmentos
que “as cigarras estouram de tanto cantar”, explica que as respiratórios, é fundamental para o transporte de oxigênio do
cigarras são insetos e descreve o número de apêndices sistema traqueal para os tecidos.
encontrado em um inseto generalizado.
a) Do ponto de vista biológico, é correto afirmar que as exúvias 19. (FUVEST) – De que maneira o gás oxigênio e os nutrientes resul-
são restos do corpo de cigarras que “estouraram de tanto tantes da digestão dos alimentos chegam às diversas células do
cantar”? Justifique sua resposta. corpo de
b) Qual o número de apêndices encontrados no tórax de um a) uma planária?
inseto adulto generalizado? b) um inseto?
16. (UNIP) – O animal abaixo desenhado é um (Fernando Gonsales. Níquel Náusea – botando os bofes de fora. Devir, 2002.)
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21. (FUVEST) – A revista Pesquisa Fapesp, de setembro de 2007, b) Os cientistas entrevistados para tal matéria afirmam que os
publicou matéria com o título “Memórias Póstumas”, que destaca insetos podem revelar que, apesar de um corpo ter sido en-
a importância do conhecimento sobre a ecologia e o desenvol- contrado no Rio de Janeiro, a morte não ocorreu nessa cidade.
vimento de diversas espécies de insetos, para se desvendarem Como isso é possível?
mortes misteriosas.
a) Como a ocorrência de moscas e besouros, que se desenvol-
vem nos corpos em decomposição, pode ser útil para estimar
o tempo decorrido desde a morte?
3) As peças bucais dos insetos não estão diretamente • 3 pares de patas locomotoras – hexápodes;
relacionadas ao ferrão. • corpo dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen;
Resposta: B • 2 pares de asas – tetráptero.
Resposta: C
4) a) Insetos: B, D, E e F.
Aracnídeos: A, C. 13) A mosca-varejeira pertence ao filo dos artrópodes e à classe
Crustáceos: G. dos insetos.
b) A lagarta é uma larva de inseto. Resposta: C
5) A incidência de dengue aumentou, devido ao aumento da 14) a) Não. As exúvias representam o exoesqueleto que o animal
densidade populacional dos mosquitos vetores ou trans- liberou durante a muda ou ecdise.
missores, como o Aedes aegypti. b) Os insetos são hexápodes, podendo ou não possuir asas.
Resposta: D
15) A traça-de-livro não tem metamorfose. O gafanhoto tem
6) a) As formigas vivem em sociedade na qual os indivíduos são metamorfose parcial. A mosca tem metamorfose completa.
divididos em castas, isto é, apresentam divisão de traba- Resposta: A
lho. Assim, têm-se as operárias, os soldados e a casta de
reprodutores. 16) Invertebrado com pata articulada é artrópode (p. ex.: gafa-
b) O “canto” das cigarras, denominado estridulação, é desen- nhoto).
volvido apenas pelos machos, com a finalidade de atração Resposta: C
sexual.
c) As cascas, chamadas de exúvias, representam o exoes- 17) A associação correta entre a profilaxia e as doenças está na
queleto antigo, liberado durante a muda ou ecdise. primeira alternativa.
Resposta: A
7) I – A; II – C; III – B.
18) O sangue dos insetos é incolor, denominado hemolinfa; não
possui pigmentos nem transporta gases respiratórios.
8) a) A formiga é um inseto social. Apresenta vários tipos de in- Resposta: B
divíduos, com divisão de trabalho. Calvin quer que essa so-
ciedade entre em desequilíbrio para se livrar dessas formigas. 19) a) Na planária, o transporte de nutrientes ocorre por difusão,
b) Abelhas e cupins também são insetos sociais. das ramificações intestinais às células do corpo e o
transporte de O2, também por simples difusão, através da
9) a) O Bombyx mori (bicho-da-seda) pertence à ordem dos le- superfície do corpo e de célula em célula.
pidópteros, à classe dos insetos e ao filo dos artrópodes. b) Nos insetos, a condução dos nutrientes é realizada pelo
b) Trata-se de um inseto holometábolo. São estágios do seu sistema circulatório lacunar, enquanto o O2 penetra por
desenvolvimento: ovo → larva → pupa → imago. difusão pelos espiráculos e difunde-se diretamente às
células do corpo por meio dos canais traqueais.
10) São parasitoses transmitidas por picadas de insetos: doença Obs.: O sangue dos insetos não transporta O2.
de Chagas e malária.
A doença de Chagas é transmitida pelo barbeiro ou chupança 20) Anelídeos e insetos são metamerizados e possuem sistema
(hemíptero); e a malária é transmitida pelo mosquito nervoso ganglionar ventral. Nos insetos há um exoesqueleto
anofelino (díptero). quitinoso, enquanto nos anelídeos não há esqueleto.
Resposta: B Resposta: D
11) Os mosquitos, insetos dípteros, são vetores da dengue e da 21) a) Conhecendo-se as diferentes espécies de moscas e besou-
febre amarela, doenças causadas por vírus. Também são ros, bem como as fases de seu desenvolvimento (ovo →
vetores da malária ou maleita, doença causada por → larva → pupa → adulto), que ocorrem durante a su-
protozoário (protoctista). cessão destrutiva típica de um cadáver humano.
O barbeiro, inseto hemíptero, vetor da cardiomegalia b) Existem espécies de insetos que se desenvolvem em uma
chagásica, não é mosquito. É um percevejo. região, mas não em outra.
Resposta: A
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95 ARTRÓPODES (CLASSES:
ARACNÍDEOS, QUILÓPODES E DIPLÓPODES)
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A aranha não devora uma presa, pois apenas pode Os acidentes por aranhas e escorpiões devem ser
absorver líquidos. Injeta-lhe saliva e depois aspira o lí- imediatamente socorridos. O veneno de certas espécies
quido resultante da digestão dos órgãos da presa. pode resultar em consequências graves, até na morte,
quando as vítimas, principalmente crianças, não são de-
vidamente socorridas. Para isso existem soros antiescor-
piônicos e antiaracnídicos específicos:
Soro antiaracnídico
Neutraliza o veneno de aranhas do gênero Loxosceles,
Lycosa e Phoneutria e dos escorpiões do gênero Tityus.
Soro antiescorpiônico
Neutraliza o veneno dos escorpiões do gênero Tityus.
Soro antiloxoscélico
Neutraliza o veneno das aranhas do gênero Loxosceles.
Aranha – anatomia interna.
As aranhas são animais de vida livre e predadoras, O Dermacentor é o parasita do cão e do homem.
alimentando-se, principalmente, de insetos. As caçadoras Há carrapatos ectoparasitas, sugadores de sangue, de
locomovem-se em busca do alimento. A Lycosa derruba mamíferos, de répteis e de aves.
sua presa. A Salticus salta sobre ela. Outras caçam,
tecendo a teia, uma incrível “armadilha”. O veneno mata
rapidamente os invertebrados. O veneno da Eurypelma
pode matar pequenos vertebrados. A maioria das espécies
de aranhas vive cerca de um ano. Seus principais ini-
migos são as aves, os lagartos e certas vespas.
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1. (UNICAMP) – O carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) 2. (SENAC – MODELO ENEM) – Foram analisados dois artrópodes,
pode transmitir ao homem a febre maculosa, uma grave enfer- com as seguintes características:
midade causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse ácaro tem I. apresenta um par de antenas e três pares de patas;
como hospedeiros preferenciais os equinos, mas também ataca II. não apresenta antenas e tem quatro pares de patas.
bovinos, cães, capivaras e outros animais, além do homem. Nos
últimos anos, por falta de predadores naturais, o número de Os animais I e II podem ser, respectivamente,
capivaras vem aumentando em algumas áreas urbanas do interior a) um camarão e uma aranha.
do Estado de São Paulo e, com esse aumento, casos de febre b) um camarão e um gafanhoto.
maculosa têm ocorrido. Folhetos distribuídos pelos órgãos de c) um gafanhoto e um escorpião.
saúde recomendam evitar o contato com a grama e o mato de d) uma aranha e um escorpião.
locais com presença de capivaras, pois as larvas e ninfas do e) um gafanhoto e um camarão.
carrapato ficam nas folhas e acabam se prendendo à pele Resolução
humana. Ao sugar o sangue, o carrapato transmite a Rickettsia. Os animais são, respectivamente, um inseto e um aracnídeo.
Os folhetos informam ainda que a febre maculosa não é Resposta: C
transmitida de uma pessoa para outra.
a) Explique por que a febre maculosa não é transmitida de uma
pessoa para outra.
b) Os carrapatos são artrópodes que pertencem à mesma classe
das aranhas. Explique por que os carrapatos estão incluídos
nessa classe e não entre os insetos ou crustáceos, indicando
duas características morfológicas exclusivas do seu grupo.
c) A capivara é o maior roedor conhecido. Explique como pode
ser diferenciado morfologicamente um roedor de um
carnívoro.
Resolução
a) A febre maculosa é uma infecção transmitida pelo carrapa-
to-estrela devido ao fato de ser hematófogo, ou seja, alimen-
tar-se de sangue. É um hemoparasita. Trata-se do
Amblyomma cajennense.
b) Carrapatos pertencem à classe dos aracnídeos, do filo
artrópodes, porque, entre outras características morfológicas,
são áceros (desprovidos de antenas) e octópodes (possuem 8
patas locomotoras).
c) Roedores possuem incisivos com a capacidade de
crescimento contínuo. Carnívoros apresentam dentes caninos
(ou carniceiros) desenvolvidos.
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3. (FUVEST) – Os animais que conversam na tira abaixo pertencem Esse animal pertence ao mesmo filo que
ao filo dos artrópodes. Apesar de caricaturas, é possível perceber a) pepinos-do-mar e ouriços-do-mar.
3 características externas que os distinguem de qualquer inseto. b) aranhas e carrapatos.
c) tênias e planárias.
d) minhocas e sanguessugas.
e) lesmas e mexilhões.
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Destituídos de antenas e
Parasitas de animais e de
de mandíbulas, 4 pares
II plantas, predadores de
de pernas, geralmente
pequenos animais.
terrestres.
1 par de antenas longas, a) Indique em qual das árvores os animais das fotos a e b são
Predadores de insetos,
tronco com vários mais proximamente aparentados sob o ponto de vista
IV minhocas e outros
segmentos, incapazes de evolutivo. Justifique sua resposta.
animais.
enrolar-se, terrestres. b) Cite um outro animal incluído no grupo taxonômico, mostrado
nas árvores, ao qual pertence o animal da foto c.
1 par de antenas curtas, c) Quanto ao modo de respiração, qual dos três animais (a, b, c)
tronco com vários Alimentam-se de restos apresenta menor adaptação à vida em terra firme? Por quê?
V
segmentos, capazes de de folhagem nos solos.
enrolar-se, terrestres. 16. (MODELO ENEM) – Em uma saída a campo, os alunos do curso
de Biologia tiveram, como tarefa, demarcar uma área de 100 m2,
próxima a uma mata, e determinar as densidades demográficas
As classes I, II, III, IV e V representam, respectivamente: dos vários grupos vegetais e animais encontrados nessa área.
a) Chilopoda, Crustacea, Insecta, Aracnida e Diplopoda. Os organismos encontrados e suas quantidades estão relacio-
b) Diplopoda, Insecta, Crustacea, Aracnida e Chilopoda. nados a seguir.
c) Crustacea, Aracnida, Insecta, Diplopoda e Quilopoda.
d) Crustacea, Aracnida, Insecta, Quilopoda e Diplopoda. Musgos – 20 indivíduos (mesma espécie)
Samambaias – 6 indivíduos (mesma espécie)
Abacateiros – 4 indivíduos (mesma espécie)
13. (UnB) – Coloque V se for verdadeira e F se falsa: Tatuzinhos-de-jardim – 2 indivíduos (mesma espécie)
1. ( ) Nos ácaros, não há uma nítida separação entre cefalo- Minhocas – 2 indivíduos (mesma espécie)
tórax e abdômen. Ácaros – 3 indivíduos (mesma espécie)
2. ( ) Nos insetos ametábolos, as larvas não possuem patas.
3. ( ) Nas aranhas, o abdômen tem ventralmente as abertu- Nessa área, as densidades demográficas das plantas criptógamas,
ras da filotraqueia e o poro genital. das plantas angiospermas e dos artrópodes são, respectivamente,
4. ( ) As glândulas coxais realizam as mesmas funções dos a) 0,26; 0,04 e 0,05. b) 0,10; 0,04 e 0,05.
túbulos de Malpighi, sendo que esta última estrutura c) 0,26; 0,04 e 0,03. d) 0,10; 0,04 e 0,02
não ocorre nos aracnídeos. e) 0,04; 0,26 e 0,05.
5. ( ) Nas aranhas, o sangue pode ter hemocianina quando há
filotraqueias. 17. (UFF – MODELO ENEM) – Os insetos reúnem maior número de
6. ( ) A centopeia ou lacraia é um animal venenoso, de hábi- espécies animais conhecidas, sendo, portanto, o grupo mais
tos carnívoros. diversificado dentro dos artrópodes e, consequentemente, dentre
todos os animais. Os diferentes grupos de artrópodes podem ser
14. (UFMG) –
identificados com base nas características de sua morfologia
externa. A tabela abaixo descreve as características das classes
Insecta, Chilopoda, Diplopoda e Arachnida.
Características
Classes
Divisão do corpo Número de patas
O animal acima esquematizado já teve sua época na história geo- 1 par por segmento
A Cabeça e tronco
lógica da Terra. Hoje está em vias de extinção. O animal em ques- do tronco
tão é o(a)
a) piolho-de-cobra. b) centopeia. Cefalotórax e abdome ou
B 4 pares
c) anelídeo primitivo. d) Peripatus (Onychophora). prossoma e opistossoma
e) poliqueto (anelídeo).
C Cabeça, tórax e abdome 3 pares
15. (FUVEST) – A seguir são mostradas duas propostas de árvores
filogenéticas (I e II) para diversos grupos de animais invertebrados 2 pares por segmento
e fotos de animais (a, b, c), pertencentes a alguns desses grupos. D Cabeça e tronco
do tronco
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Assinale a alternativa que identifica corretamente as classes A, B, Apesar de apresentarem algumas características comuns, tais
C e D, respectivamente. como apêndices locomotores e segmentação do corpo, estes ani-
a) Arachnida, Insecta, Chilopoda e Diplopoda. mais pertencem a filos diferentes.
b) Chilopoda, Diplopoda, Arachnida e Insecta.
c) Chilopoda, Arachnida, Insecta e Diplopoda. Assinale a alternativa correta.
d) Diplopoda, Chilopoda, Insecta e Arachnida. a) O nereis é um anelídeo, a centopeia é um artrópode e ambos
e) Diplopoda, Arachnida, Chilopoda e Insecta. apresentam circulação aberta.
b) O nereis é um artrópode, a centopeia é um anelídeo e ambos
18. (VUNESP) – As figuras a seguir representam dois animais inverte- apresentam circulação fechada.
brados, o nereis, um poliqueto marinho e a centopeia, um quiló- c) O nereis é um asquelminto, a centopeia é um platelminto e
ambos não apresentam sistema circulatório.
pode terrestre.
d) O nereis é um anelídeo, a centopeia é um artrópode e ambos
apresentam exoesqueleto.
e) O nereis é um anelídeo, a centopeia é um artrópode, mas ape-
nas a centopeia apresenta exoesqueleto.
3) a) A tira mostra duas aranhas; elas pertencem à classe dos 12) Os crustáceos têm quatro antenas. Os aracnídeos não têm
aracnídeos. Há também comentário sobre duas borbole- antenas. Os insetos têm seis patas. Os quilópodes, geralmente,
tas; estas pertencem à classe dos insetos. não se enrolam. Os diplópodes, geralmente, enrolam-se.
b) As aranhas não apresentam antenas (áceras), possuem Resposta: D
quatro pares de patas (octópodes) e corpo dividido em ce-
falotórax e abdômen. Já os insetos possuem duas antenas 13) São verdadeiras: 1, 3, 5 e 6.
(díceros), três pares de patas (hexápodes) e corpo dividido São falsas: 2 e 4.
em cabeça, tórax e abdômen. Insetos ametábolos (p. ex.: traça-de-livro) não possuem meta-
morfose.
4) Os aracnídeos não possuem antenas (3). Os crustáceos Aracnídeos possuem túbulos de Malpighi e glândula coxal.
possuem quatro antenas (1). Os insetos possuem seis patas (2).
14) Trata-se do Peripatus sp.
Resposta: D
Resposta: D
5) Os astrópodes eliminam, periodicamente, seu esqueleto du- 15) a) Analisando as árvores filogenéticas (I e II) apresentadas, o
rante a juventude, para crescer. Eles sofrem mudas ou ecdises. animal a (piolho-de-cobra, que é Myriapoda) estaria mais
Resposta: C proximamente aparentado ao animal b (minhoca, que é
Annelida) na árvore I, porque o ancestral comum estaria
6) Os características mencionadas pertencem aos aracnídeos, mais próximo.
animais do filo dos artrópodes. b) O animal c (ácaro) é Chelicerata. São outros exemplos:
Resposta: A aranhas e escorpiões.
c) O animal b (minhoca), porque apresenta respiração
7) Os miriápodes, as aranhas e os carrapatos pertencem todos cutânea, necessitando manter a pele sempre úmida para
ao filo dos artrópodes. facilitar as trocas gasosas. O piolho-de-cobra e o ácaro
Resposta: B apresentam um exoesqueleto que os protege contra a
dessecação.
8) Todos os animais mencionados na penúltima alternativa são
16) Organismos Densidades
artrópodes.
Resposta: D
Musgos – 20,
Criptógamas 26/100 = 0,26
Samambaias – 6
9) O aracnídeo tem quatro pares de patas, é quelicerado e
possui pedipalpos. Angiospermas Abacateiros 4/100 = 0,04
Resposta: E
Tatuzinhos – 2
Artrópodes 5/100 = 0,05
10) Os animais mencionados pertencem ao filo dos artrópodes, à Ácaros – 3
classe dos aracnídeos e à ordem dos ácaros. Resposta: A
Resposta: B
17) É a terceira alternativa que apresenta a associação correta.
11) O Peripatus sp é um animal que possui características de Resposta: C
anelídeos e de artrópodes. A segunda é a alternativa que
apresenta a associação correta. 18) O nereis é um anelídeo, da classe dos poliquetos. A centopeia
Resposta: B é um artrópode, da classe dos quilópodes. Os artrópodes,
como a centopeia, possuem exoesqueleto.
Resposta: E
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