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"Não perca esta oferta!

A corporação Capsula acaba de lançar sua nova linha de


carros WMX86, padronizada e pronta para comprar! Adquira as primeiras unidades por
apenas 400,000 Zennies cada, com custo unitário! "

"Cansado de ter uma casa mal localizada? Experimente as casas desenvolvidas pela
corporação Capsula! Com um simples toque, você pode converter sua casa em uma
cápsula e levá-la para onde quiser. A partir de 2,000,000 de Zennies, você pode ter
a sua própria casa móvel! "

"Oh, querido, machuquei minhas mãos hoje e não posso cozinhar... Mas não se
preocupe! Com as novas cápsulas de comida gourmet, podemos desfrutar de um banquete
com apenas um toque!"

O rádio do carro transmitia várias propagandas enquanto uma mão nervosa trocava de
estação.

"A mídia só fala disso! Cadê as músicas eletrônicas que a ZTV costumava tocar?"

Uma jovem de cabelos azuis e roupa escolar preta dirigia um carro WMX86 pelas
estradas rurais e montanhosas da Região Paozu, pertencente à província de Yanshi.

Esta região é conhecida por abrigar diversas escolas de artes marciais do estilo
Son

"Aqui começa a estrada de terra. Ah, droga, meu carro vai ficar todo sujo",
resmungou a garota.

Enquanto dirigia pela estrada, ela pegou um mapa que estava no porta-luvas..

"Será que eu fiz um bom negócio comprando por 100,000 zennies? Será que este
tesouro vai mesmo me dizer onde está ela?" pensou a garota enquanto estacionava o
carro à beira da estrada.

Bulma se recordou do momento em que comprou o mapa:

Ela havia parado em um posto de gasolina na região montanhosa em busca de


informações sobre o paradeiro de sua amiga desaparecida.

O posto de gasolina era pequeno, com apenas uma bomba de gasolina antiga e algumas
prateleiras com produtos de conveniência. O cheiro forte de gasolina impregnava o
ar e o barulho dos carros passando na estrada próxima se misturava ao som de uma
música pop tocando no rádio do balcão.

O balconista era um homem de meia idade com seus alguns fios de cabelo sobrando
(Ele usava um boné para disfarçar.) E vestia uma camiseta branca surrada, com
algumas manchas de café nela.

Ele olhou com desprezo e perguntou de forma sarcástica:

"Heh! O que uma estudante como você faz aqui nesse fim de mundo? Veio procurar
pirulitos?"

Uma senhora que estava próxima ouviu a pergunta e respondeu prontamente:

"Você não sabe quem ela é? É a filha do Dr. Briefs! Seu imbecil!"

A senhora usava um lenço estampado na cabeça e usava um vestido de bolinhas


desgastado, essas vestimentas eram comuns para os habitantes daquela região pobre
da província de Yanshi
Envergonhado, o balconista se desculpou:

"O-O quê?! A filha do homem mais rico do mundo?"

No entanto, Bulma não gostou da forma como foi mencionada.

"Por favor, meu nome é Bulma, não há necessidade de mencionar meu pai. E estou aqui
em busca de uma amiga desaparecida, não de pirulitos."

O balconista, constrangido, pediu desculpas mais uma vez:

"M-Me desculpe, Não tive a intenção de ofendê-la."

O balconista do posto parecia mais interessado em jogar baralho com seus amigos do
que em ajudar Bulma. Ele a olhava com desinteresse, como se não pudesse imaginar
por que alguém como ela estaria naquele lugar tão distante da cidade grande.

"De todo modo, você viu uma garota passar por aqui? Ela é assim", perguntou Bulma,
enquanto mostrava uma foto dela e de sua amiga.

"Hmm... Não, não a vi. Você a viu? Senhora Kuri?", respondeu o balconista
desinteressado.

A senhora Kuri, que estava sentada em um banco em frente à lojinha, levantou-se


para examinar a fotografia com mais atenção, mas também não reconheceu a amiga de
Bulma.

"Sinto muito. Não a vi. Você deveria acionar a polícia", aconselhou a senhora.

Bulma sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela sabia que estava em uma corrida
contra o tempo para encontrar sua amiga desaparecida, e a falta de pistas estava
deixando-a desesperada. As lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto enquanto ela
tentava pensar em um próximo passo.

A idosa viu aquilo e ficou com pena, mas logo ela se lembrou quem aquela garota
era.

A idosa e o balconista trocaram um olhar cúmplice ao verem a jovem desesperada em


busca de sua amiga perdida.

"Ai, ai, ai! Olha só pra essa coitadinha! Vamos aproveitar essa situação para
lucrar um pouco, hein?", sussurrou a velha para o balconista.

"Mas como vamos enganá-la? Ela parece bem esperta", respondeu o balconista.

"Ai, meu Deus! Você não consegue ver que ela quer salvar a amiga dela? Vamos usar
isso! Deixa comigo", disse a idosa confiante.

Com sorrisos exagerados e maliciosos, os dois se aproximaram da jovem.

"Ei, ei, ei! Calma aí, mocinha! Nós temos uma informação que pode te ajudar a
encontrar sua amiga!", disse a velha com falsa gentileza.

"O quê? Como? Fala logo!", respondeu a jovem ansiosa.

"Que falta de educação! Primeiro as apresentações! Eu sou a senhora Kuri e esse


aqui é o meu assistente, o Eiji", apresentou-se a idosa.
"Mas e a informação?", insistiu a jovem.

"Calma, calma! É o seguinte, ouvimos falar de um tesouro mágico que pode trazer de
volta as pessoas que foram perdidas. Ele está escondido em uma caverna nas
montanhas, bem perto daqui", disse Eiji.

A jovem arregalou os olhos, sentindo um misto de excitação e ceticismo.

"Um tesouro mágico? Isso parece bom demais para ser verdade."

"Ah, mas é verdade, sim! Ele tem o poder de trazer de volta amigas de colegiais
ricas desaparecidas. Basta você... esfregar a lâmpada mágica!", disse a senhora
Kuri com um sorriso malicioso.

A jovem franziu a testa, desconfiada.

"Isso parece bem específico." Pensou Bulma

"Como vocês podem garantir que funciona?"

"Mas é claro que funciona! Nós não estaríamos falando disso se não fosse verdade",
disse a idosa.

"Então onde fica essa caverna? Como eu chego lá?", perguntou a jovem, ainda cética.

Eiji sorriu satisfeito e disse:

"É fácil! Eu tenho um mapa aqui mesmo. E você pode comprá-lo por apenas 100,000
Zennies!"

"Hã?! Vocês acham que eu sou boba? Cem mil por um mapa? Isso claramente é um
golpe!", disse a jovem indignada.

"Ah, não! Não deu certo! O que vamos fazer?", lamentou-se o balconista.

"Calma, calma! Hora do plano B!", disse a idosa em tom conspiratório.

Ela colocou a mão no ombro da jovem e começou um discurso emocional.

"Escute aqui, minha querida. Nós não fomos atrás do tesouro porque somos fracos
demais e já estamos no fim da nossa jornada. E como o Eiji disse, o tesouro é para
salvar amigas de colegiais ricas desaparecidas. Pense no destino, e pense na sua
amiga! E se... você pergunta? Você não quer salvá-la? O que são 100,000 Zennies
para você? A vida humana não tem preço!"

Bulma olhou para a senhora Kuri com desconfiança, mas ao mesmo tempo sentiu um
aperto no coração. Ela realmente queria encontrar sua amiga e faria qualquer coisa
para salvá-la.

"Eu... eu não sei... Não tenho tanto dinheiro assim...", respondeu ela, ainda
incerta.

"Mas você tem algo mais valioso do que dinheiro, garota. Você tem o amor e a
amizade. Pense nisso. Talvez seja a sua única chance de salvar sua amiga. O que
você está disposta a fazer por ela?", disse a senhora Kuri com uma voz
melodramática.

Bulma ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras da senhora


Kuri. Ela sabia que a situação era suspeita, mas não podia ignorar a possibilidade
de salvar sua amiga.

"Está bem... eu vou comprar o mapa", disse ela finalmente.

"Ótimo! Ótima escolha, garota! Você não vai se arrepender", disse Eiji com um
sorriso vitorioso.

Bulma pegou sua carteira e tirou as notas, entregando-as ao balconista

"Mas... como eu vou encontrar a caverna? E se eu me perder?", perguntou ela,


preocupada.

"Ah, não se preocupe com isso. Nós vamos te dar todas as informações que precisa. É
só seguir o mapa e você vai chegar lá em pouco tempo", respondeu a senhora Kuri com
um sorriso falso.

Bulma pegou o mapa e saiu da loja, ainda sentindo uma mistura de emoções. Ela sabia
que a situação era estranha, mas não podia ignorar a chance de salvar sua amiga.
Decidida, ela partiu em busca da caverna do tesouro mágico.

Ela abriu o mapa e começou a estudar as coordenadas para encontrar o tesouro que
buscava.

"Pelas coordenadas do GPS do carro, estamos na região oeste, entre duas grandes
cadeias de montanhas... É muita montanha por aqui... Mas aqui diz que é próximo a
um santuário lunar... Ah, é ali!", exclamou a garota, apontando para um ponto no
mapa.

Com as informações confirmadas, a garota desceu do carro e caminhou rapidamente em


direção ao templo em busca do tesouro.

Ao chegar no templo lunar, Bulma se deparou com um prédio majestoso e antigo, com
um telhado em formato de pagode, apoiado em pilares de madeira vermelha escura. A
pintura das paredes, outrora brilhante e vibrante, estava desbotada e descascada, e
a madeira parecia corroída pelo tempo. Os portões de madeira, um deles parcialmente
quebrado, rangeu ao ser empurrado por Bulma. O interior do templo era escuro e
sombrio, com a luz do sol quebrando em feixes através das janelas de papel
queimado. Havia teias de aranha penduradas em todos os cantos, e poeira se
acumulava nas bordas das estruturas de madeira ornamentadas. O chão estava coberto
por folhas secas, e pequenos arbustos cresciam entre as pedras dos caminhos. Havia
um silêncio opressivo que pairava no ar, como se o templo estivesse suspirando por
sua antiga glória, agora perdida.

Enquanto Bulma procurava pela lâmpada mágica, seus olhos se fixaram no interior do
templo lunar abandonado. O local estava repleto de teias de aranha e pó, o que
evidenciava o abandono e a falta de visitantes. O design oriental do templo era
surpreendentemente belo, com detalhes em dourado e vermelho que pareciam vibrar na
fraca luz que entrava pelas janelas. Apenas algumas velas acesas iluminavam o
interior do templo, criando uma atmosfera misteriosa e sombria.

No centro do templo, havia um altar, no topo do qual se encontrava uma caixa. Ao se


aproximar, Bulma notou que a caixa era ornamentada com símbolos estranhos e
mágicos. Seria aquilo o tesouro mágico tão desejado? Com um esforço, ela conseguiu
abrir a caixa e se deparou apenas com um papel.

"Um papel? O que está escrito nele?" ela se perguntou

Ao ler o papel, ela viu exatamente essas palavras:


"Não existe tesouro mágico, idiota! hahaha!"

Bulma parecia uma pimenta ardente de tão vermelha que ficou. Ela se sentiu
completamente enganada pelos dois caloteiros e o pior de tudo é que ela meio que
sabia que isso ia acontecer. Ela só deixou suas emoções tomarem conta dela.

"Aqueles trapaceiros vão me pagar caro por essa! Vou fazer com que eles se
arrependam de terem mexido comigo!"

Bulma respirou fundo e tentou se acalmar. Ela olhou em volta, percebendo que o
templo estava silencioso e sombrio. Parecia que ela estava sozinha ali, exceto
pelas teias de aranha e poeira que enchiam o ar.

Ela se perguntou se havia algo mais a ser encontrado no templo, mas desistiu
rapidamente da ideia. Se aqueles dois trapaceiros já haviam vasculhado o lugar, não
havia muito o que ela pudesse encontrar ali.

Bulma soltou um suspiro frustrado e começou a se afastar do altar. Ela olhou em


volta da sala, tentando pensar no que fazer a seguir, mas foi interrompida por um
som vindo da entrada do templo. Alguém estava se aproximando.

"Oh, o que temos aqui, pessoal? Uma donzela em apuros ou uma aventureira corajosa?"
disse o líder dos quatro bandidos que viviam nas redondezas do templo.

"Ah, não, não, não! São trombadinhas, né? Eu não estou preparada para isso. Será
que não dá para cancelar essa cena?" pensou Bulma, desesperada.

"Não precisa ficar com medo, coisinha. Mas se você não entregar sua grana agora,
vai ficar em uma situação bastante desagradável", ameaçou o bandido.

Bulma sentiu o suor escorrer pela testa. Ela parecia completamente indefesa diante
daqueles quatro malfeitores.

"E-Eu sou pobre, não tenho nada comigo... Haha!"

Bulma gaguejou, tentando convencer os bandidos de que não tinha nada de valor com
ela. Ela sabia que era uma mentira descarada, mas não queria dar mais motivos para
aqueles quatro ladrões a roubarem.

"Você acha que somos idiotas? Olha só para essa roupa chique que você está vestindo
e esse colar brilhante no seu pescoço", disse um dos bandidos, enquanto caminhava
lentamente em direção a Bulma.

"Ah, parece que não tenho outra opção, não é mesmo?" disse Bulma, resignada.

"Isso mesmo, haha, passa tudo aí."

Mas quando o bandido se aproximou, Bulma surpreendeu-o ao lançar-lhe um banho de


gosma usando uma cápsula, deixando-o temporariamente incapacitado.

"Ah! O que isso?! O que você fez?! Sua vadiazinha!"

"Quem mandou mexer com a pessoa errada, seu otário!" Disse Bulma, enquanto corria
em alta velocidade dos bandidos.

"Peguem ela! Agora!", gritou o líder dos bandidos enquanto os outros três corriam
atrás de Bulma.
Desesperada, ela correu em direção ao seu carro, determinada a escapar. "Eu vou
pegar o meu carro e dar o fora daqui! Marin, me aguarde, por favor... Eu voltarei
com ajuda.", pensou ela enquanto corria.

Porém, quando finalmente chegou perto do carro, seu coração afundou ao ver que
estava cercado por mais bandidos. Eles estavam de olho nela e não permitiriam que
ela escapasse tão facilmente.

"Ah, não! Eles cercaram meu carro! O que eu faço agora?", pensou Bulma,
desesperada. Ela olhou ao redor em busca de uma solução e avistou um beco escuro.
"É minha chance!", ela pensou, e correu em direção ao beco, tentando despistar os
bandidos.

Os bandidos a seguiram, mas ficaram desorientados no beco escuro, permitindo que


Bulma se afastasse. Ela continuou correndo até que chegou em uma outra estrada,
próxima ao lago.

"Ufa, eu consegui escapar", disse ela para si mesma, aliviada. "Agora preciso
encontrar um telefone para chamar a polícia e pedir ajuda. Por quê fui esquecer meu
celular no carro?!"

Bulma caminhou em uma direção aleatória pela estrada, mas mesmo após algumas horas
de caminhada não havia encontrado nenhum sinal de civilização. Ela estava exausta e
seu fôlego estava quase acabando.

"Arf... isso não está certo... Eu deveria ter trazido outra cápsula de carro",
disse ela ofegante enquanto olhava ao redor em busca de alguma ajuda.

Bulma finalmente encontrou uma pequena cabana no meio da floresta. A casa era
modesta, com um telhado azul desbotado e uma porta de madeira que rangia ao abrir.
Apesar de parecer antiga e frágil, a casa era acolhedora e convidativa, com uma
pequena varanda que tinha uma cadeira de balanço e algumas plantas bem cuidadas ao
redor.

Bulma bateu na porta e chamou: "Olá? Alguém?" Mas não obteve resposta, e a porta se
abriu após as batidas, como se já estivesse aberta.

Ao entrar na casa, Bulma notou poucos móveis, mas tudo muito organizado e limpo.
Havia uma mesa com duas cadeiras, uma cama de solteiro, uma lareira e uma
prateleira com alguns livros antigos. O ambiente era simples e rústico, mas com um
ar de aconchego e conforto. Sentindo-se aliviada por ter encontrado aquele refúgio
na floresta, Bulma exclamou: "Não há quase nenhuma poeira. Com certeza alguém mora
aqui!"

Animada com a possibilidade de encontrar ajuda, Bulma decidiu esperar a chegada do


morador na cama. Ela estava cansada da longa caminhada em busca de socorro e
inicialmente pensou em esperar do lado de fora para evitar invadir a propriedade,
mas seu cansaço venceu e acabou adormecendo poucos minutos depois.

A noite já havia caído e Bulma ainda dormia profundamente na cama. Enquanto isso,
uma figura misteriosa se aproximou dela e a observou em silêncio.

Era um estranho garoto, com um cabelo peculiar, curvou-se para examiná-la de perto
antes de sair sorrateiramente da cabana.

Ao amanhecer, Bulma finalmente acordou, sentindo as costas doloridas por causa da


cama dura.

"Essa cama não é nada confortável", reclamou ela ao se levantar.


Ela olhou em volta, mas não encontrou nada fora do comum.

"Será que o dono desta cabana ainda não voltou?" pensou ela consigo mesma. "Que
tipo de pessoa deixa a porta aberta assim?"

Bulma suspirou aliviada ao perceber que tinha sido a única pessoa a encontrar
aquele refúgio e não algum ladrão ou vagabundo.

Bulma decidiu sair da cabana, acreditando que os bandidos haviam desistido dela.
Porém, antes de partir, ela notou um objeto peculiar sobre um mini-altar. Era uma
esfera laranja com quatro estrelas.

"O que é isso? Uma decoração?" questionou Bulma, intrigada com o objeto.

Enquanto ela se preparava para tocar na esfera, algo saiu repentinamente do meio do
mato e correu em sua direção.

"Não toque aí!" gritou o garoto.

Bulma ficou tão assustada que seu corpo quase congelou por completo.

"Você está louco, garoto? Você me assustou pra caralho!"

Bulma observou com maior atenção e notou a presença de um jovem rapaz, com cerca de
1,50 m de altura, cabelos negros espetados e desgrenhados, parecendo uma palmeira,
vestindo um gi azul e uma camisa de manga longa vermelha por baixo. Ela também
notou um detalhe curioso: ele tinha um rabo. A princípio, Bulma pensou que fosse
uma fantasia.

O rapaz segurava um bastão vermelho e a ameaçava enquanto se aproximava


cautelosamente.

"O que você está fazendo na minha casa? E por que você está tentando levar meu
avô?", perguntou ele.

Bulma ficou surpresa com a pergunta do garoto. Ela não tinha a menor ideia do que
ele estava falando.

"Eu não quero levar ninguém, garoto. Eu só estava procurando por ajuda... Quem é
você, afinal?" Respondeu Bulma com um tom de desconfiança.

O garoto no entanto não respondeu a Bulma e permaneceu com sua guarda alta e com o
bastão levantado.

Bulma percebeu que precisava explicar a situação para o garoto para evitar mal-
entendidos.

"Eu não sabia que esta era a sua casa. Eu me perdi na floresta e acabei encontrando
esta cabana. Eu estava procurando ajuda para lidar com uns trombadinhas que
roubaram meu carro."

O garoto pareceu mais calmo com a explicação de Bulma.

"Hmmm..." O Garoto observou atentamente a Bulma e ficou mais calmo.

Bulma ficou um pouco confusa com a reação do garoto

"O-O que foi?"


"Você... É uma garota?" Perguntou o garoto.

"Claro que sou! Não consegue ver por si só?" Bulma respondeu com um tom de
desaprovação.

"Hm! Que garoto rude! Ele está querendo zombar de mim dizendo que eu pareço
homem?!" bulma pensa

"Ah! Então peço desculpas." Diz o garoto enquanto abaixa o bastão "Meu avô disse
que eu devo ser gentil com as garotas." disse o garoto.

Bulma suspirou aliviada ao ver que o garoto havia abaixado o bastão e parecia mais
amigável.

"Tudo bem, sem problemas...". Mas a sua mente ainda estava presa ao fato de que o
garoto a havia confundido com um menino. Ela pensou para si mesma: "Acho que ele só
é burro demais para saber diferenciar garotos de garotas...".

"Parece que você já estava me olhando daquele mato. A quanto tempo estava lá?".

"Desde ontem.", respondeu o garoto.

"O quê? E você não fez nada engraçado enquanto eu dormia... Né?", perguntou Bulma
com um sorriso irônico no rosto, mas o garoto não parecia entender a piada. Bulma
percebeu a inocência em seu rosto e decidiu deixar esse detalhe para lá.

"Bom, esquece... Sinto muito por invadir a sua casa. Eu não tinha a intenção de
roubar nada, apenas fiquei curiosa com essa esfera aqui", disse Bulma, apontando
para a esfera do dragão.

"É o meu avô", respondeu o garoto, em um tom mais triste.

"Seu o quê?", perguntou Bulma, um pouco confusa.

"É... O que restou do meu avô...", disse o garoto, com uma expressão melancólica no
rosto.

"Ah... Minha nossa... Me desculpa...", disse Bulma, sentindo compaixão pelo garoto.
Ela agora percebia que havia julgado mal o garoto, e se arrependia de ter invadido
a sua casa.

Então essa esfera tem algum significado especial para você?" perguntou Bulma,
tentando mudar o assunto.

"Sim, é a única lembrança que tenho do meu avô. Ele me deu essa esfera antes de
morrer e me pediu para protegê-la. Eu não sei o que ela é exatamente, mas sinto que
é importante", explicou o garoto.

Bulma se sentiu tocada pela história e pela determinação do garoto em proteger algo
tão valioso para ele.

"Entendo, bom, eu já vou indo. Ah... E isso aqui é o aluguel por eu ter dormido
aqui ontem."

Bulma entregou uma cápsula para o garoto, com um sorriso no rosto: "Vamos, aperta
aí e vê a surpresa."

O garoto, olhando desconfiado para a cápsula, recusou educadamente: "Não, obrigado,


seu presente é muito ruim."

Bulma ficou indignada e pensou: "Ai, que menino mais atrevido! Ele nem sabe o que
tem dentro e já tá recusando!"

"Vamos, não seja tímido... É só apertar esse botão."

Mas o garoto continuou teimoso: "Não quero, não."

Bulma, já irritada, pegou a cápsula de volta: "Ah, tudo bem, se você não quer..."

"Eu iria dar isso para o meu primo, mas eu nem gosto tanto dele assim. É um
brinquedo do robô imperador, um dos mais caros da loja!"

Goku no entanto decidiu ignorar o que bulma estava falando e tomou seu rumo para
sua casa.

"Você acha que eu estou blefando? Então toma essa!" Bulma apertou a cápsula, que
revelou um brinquedo do robô imperador na mão de Bulma.

"Viu? Era só ter dado uma chanc..." Bulma ia dizer, quando foi interrompida pelo
garoto que, de repente, partiu para cima dela com um bastão.

"Abaixe-se! É um inimigo! Vou acabar com ele!", gritou o garoto, enquanto Bulma se
assustava

"Aaaah! O quê?!"

Bulma soltou o brinquedo da mão e saiu correndo em pânico. Enquanto isso, o garoto
pegou seu bastão e começou a bater no brinquedo com uma violência descomunal, como
se estivesse tentando acabar com uma praga que ameaçava sua vila. Ele golpeava com
tanta força que o brinquedo parecia ter sido atacado por um furacão. Quando
finalmente terminou, sobravam apenas pedaços do que um dia foi o robô imperador.
Bulma, escondida atrás de uma árvore, assistia horrorizada àquela cena. "Bom, acho
que nunca mais vou tentar presentear uma criança com algo que não seja comestível",
pensou ela, enquanto lamentava pelo destino trágico do brinquedo.

"Você está bem?" O garoto perguntou para Bulma enquanto se aproximava dela.

"Você tá me zuando, né? Você me atacou com um bastão e agora vem perguntar se eu
estou bem?" respondeu Bulma, indignada.

"Que ingrata... Eu acabei de te proteger de um monstro."

"Me proteger? Aquilo era um brinquedo, entende? Brin-que-do! Você quase me matou!
Se queria me proteger, devia ter pensado duas vezes antes de vir com um bastão
gigante em minha direção." rebateu Bulma, irritada.

"O garoto acha que está em um filme de samurai, é isso?", pensou Bulma enquanto
olhava para o garoto com uma mistura de medo e incredulidade. "De qualquer forma,
parece que esse brinquedo do robô imperador acabou de se tornar o ex-robô
imperador", ela suspirou, olhando para os pedaços do brinquedo espalhados pelo
chão. "Bom, não me importa essas coisas de garoto mesmo."

Enquanto isso, o garoto insistia que tinha feito um grande serviço para a
humanidade.

"Então quer dizer que eu não devia ter feito isso? Parecia ser um monstro",
perguntou ele
"Ah, claro, agora eu entendo. Você achou que esse brinquedo estava possuído pelo
espírito do robô imperador e tinha que ser destruído a todo custo, é isso?" Bulma
respondeu com um sorriso irônico.

O garoto olhou para ela confuso, sem entender a piada. "Ah, garotas são um
mistério, se me dá licença, eu tenho que ir treinar meus golpes de bastão. Nunca se
sabe quando o próximo monstro vai aparecer."

Bulma apenas balançou a cabeça e continuou seu caminho, pensando em como a vida
podia ser estranha às vezes. "Bem, pelo menos eu tenho uma história engraçada para
contar agora", ela pensou. "É um aviso para nunca mais dar brinquedos para crianças
com bastões."

Enquanto continuava a caminhar, Bulma ficou pensativa mais uma vez.

"Será que esses bandidos fizeram alguma coisa com Marin? Se ela se perdeu por aqui,
é bem possível..."

De repente, ela percebeu que havia duas sombras seguindo-a de perto. Eram os
bandidos que a estavam procurando.

"Te encontramos! Hihihi!" disseram eles.

Enquanto isso, o garoto estava um pouco mais distante, acabara de pescar um enorme
peixe usando sua cauda como isca.

"Agora é só pegar um pouco de lenha para cozinhar..." pensou Goku.

Enquanto ele ia em busca da lenha, ouviu um grito de socorro vindo de longe. A voz
parecia familiar, e era da garota que ele havia conhecido mais cedo.

"Será que é ela?" pensou o garoto.

Ele deixou as lenhas cair no chão e correu em direção ao grito de socorro, sua
preocupação agora era ajudar a garota em perigo.

"Me deixem em paz!"

Bulma se debatia desesperadamente enquanto o bandido a segurava com força,


sufocando-a lentamente. Ela tentava encontrar alguma brecha para escapar, mas as
mãos do bandido eram como garras de aço.

De repente, o som de um estrondo ecoou pelo ar, fazendo os bandidos recuarem,


atordoados. Bulma aproveitou a oportunidade para se soltar, mas antes que pudesse
recuperar o fôlego, o líder dos bandidos a atingiu com um soco violento no
estômago.

Bulma caiu no chão, se contorcendo de dor e com a respiração ofegante. Ela mal
conseguia se mover, tão forte era a dor que sentia. O bandido chefe se aproximou
dela, pisando em sua cabeça.

"Você achou que poderia escapar de nós, princesinha? Não seja tola." Ele riu,
desfrutando do sofrimento dela.

Os outros bandidos se juntaram ao deboche, gargalhando e aplaudindo a brutalidade.


Bulma estava em apuros.

De repente, o bandido chefe puxou seus cabelos, forçando sua cabeça para trás.
Bulma gritou de dor, implorando para que ele a deixasse em paz.

"Eu posso poupar sua vida, mas apenas se você se tornar minha escrava sexual. O que
acha?" Ele riu, enquanto os outros bandidos se aproximavam dela com olhares
maliciosos.

Bulma começou a chorar, sentindo o medo tomar conta dela. Seria esse o fim? Seria
essa a última coisa que veria em sua vida? Ela fechou os olhos, esperando pelo
pior.

Mas então, a cena mudou completamente.

As risadas pararam, e o bandido líder estranhou.

"O que foi? Perderem o gás?"

Um estrondo forte e súbito ressoou pelo ar, e os dois bandidos ao lado do líder
caíram no chão, desacordados. O líder ficou perplexo, sem entender o que estava
acontecendo.

"Que porra é essa?! Ei! Pessoal!"

os bandidos não responderam, estavam completamente nocauteados.

"O que diabos está acontecendo aqui?" ele rosnou

"Chefe! Atrás de você!" O último bandido o alertou.

O líder virou-se em um movimento rápido, mas era tarde demais. Um garoto estava
segurando um bastão longo e fino, pronto para desferir um golpe mortal. O líder dos
bandidos mal teve tempo para reagir antes de ser atingido pelo bastão, caindo
inconsciente ao lado de seus companheiros.

Bulma se levantou com esforço, ainda atordoada pela dor, e observou tudo com
surpresa e admiração. A luta tinha sido desigual desde o começo, e ela não podia
acreditar que um único garoto tinha conseguido derrotar todos aqueles bandidos
sozinho.

O último bandido, claramente nervoso e desesperado, agarrou Bulma e apontou um


canivete em seu pescoço. Seus olhos estavam arregalados e ele tremia visivelmente.

"Não chega mais perto! Eu juro que vou degolar ela!" Ele gritou, parecendo mais
assustado do que ameaçador. Bulma podia sentir a lâmina fria do canivete contra sua
pele, e sua respiração ficou rápida e superficial. O garoto com o bastão hesitou,
seus olhos fixos na cena diante dele. O bandido continuou a tremer, tentando manter
a mão firme enquanto olhava ao redor, como se estivesse procurando uma saída.

"Ei." O garoto chamou por Bulma.

"Você não vai ficar brava, se eu acabar ele, vai?" perguntou o garoto.

Bulma recuperou um pouco de seu fôlego e falou.

"Nem pensar! Pode acabar com ele!"

Ao ouvir aquilo, o bandido soltou a Bulma e recuou, tropeçando em seus próprios pés
enquanto tentava escapar.

Antes que ele pudesse fazer mais alguma coisa, o garoto já estava na frente dele, e
o bandido se ajoelhou pedindo misericórdia.

"Eu não queria machucá-la, eu só estava seguindo ordens", disse ele.

O garoto, porém, não acreditou em suas palavras. "Você parecia estar gostando de
machucá-la", disse ele.

"Meu avô me ensinou que é há um tratamento especial para aqueles que gostam de
ferir pessoas inocentes."

"Isso é... Encher eles de porrada."

O bandido gritou de dor enquanto recebia a surra daquele garoto, aprendendo da pior
maneira possível que suas ações têm consequências.

Após deixar todos os bandidos inconscientes, ele foi em direção de Bulma.

Bulma ainda tremia, seus olhos fixos no garoto com o bastão. Ela nunca tinha visto
alguém lutar como ele, com tanta segurança e confiança. Ele se aproximou dela.

"Você está bem?"

Ela assentiu, ainda em estado de choque.

"Eu... Eu não sei como agradecer."

"Não precisa. Eu só estou cumprindo meu objetivo."

Bulma olhou para ele, sentindo uma mistura de gratidão e admiração. Ela não sabia
quem ele era, mas sabia que tinha acabado de presenciar algo incrível. Eles ficaram
em silêncio por um momento, até que o garoto se virou para ir embora.

"Espere!" Bulma o chamou. "Como você se chama?"

Ele sorriu de leve.

"Eu me chamo Son Goku."

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