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Fortalecimento das Políticas Públicas para a População LGBT + em Mato Grosso do Sul
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Identificação
1.Título
2. Dados do proponente
Viviane Luiza
3. Instituição interveniente
5. Redatores
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SUMÁRIO
SIGLAS ...................................................................................................... p. 05
INTRODUÇÃO ........................................................................................... p. 09
OBJETIVOS ............................................................................................... p. 11
METODOLOGIA ........................................................................................ p. 12
DESENVOLVIMENTO ............................................................................... p. 14
(SubsLGBT/MS) ........................................................................... p. 25
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o Carteira de Identificação por Nome Social (CNS) ...... p. 37
o Núcleo de Estudos e Pesquisas ................................. p. 38
o Cartilhas ..................................................................... p. 38
Convênio ............................................................................. p. 43
Instrumentos de Pesquisa ................................................. p. 44
– FUNTRAB ....................................................................... p. 85
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REFERÊNCIAS .................................................................................. p. 270
SIGLAS
LGBT+ - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros e qualquer outro recorte de gênero que não
tenha sido representada pelas outras
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MPT/MS - Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
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SIGO - Sistema Integrado de Gestão Operacional
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INTRODUÇÃO
Políticas públicas, em termos gerais, são ações desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em
prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis. A necessidade dessas
ações emerge frente a problemas e demandas sociais, que exigem decisões e processos elaborados
para intervir de forma eficiente e eficaz para atender às questões da sociedade.
“As políticas públicas são definidas como um sistema de decisões públicas
que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas,
destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social,
por meio da definição de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos
recursos necessários para atingir os objetivos estabelecidos” (Saravia, 2006, p.29).
Para além de direitos garantidos por lei, outros que não estejam podem vir a ser garantidos através
de uma política pública. Isso pode acontecer com direitos que, com o passar do tempo, sejam
identificados como uma necessidade da sociedade. A finalidade dessa dinâmica tem por objetivo a
consolidação da democracia, justiça social, manutenção do poder, acesso e garantia de direitos e
promoção da cidadania.
Pode-se dizer que políticas públicas são necessárias para a promoção do bem-estar da sociedade,
sendo relacionado à ações bem desenvolvidas, e a sua execução em diversas áreas, tais como,
saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou
seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo. A partir desse princípio, para atingir
resultados satisfatórios em diferentes áreas, os governos (federal, estaduais ou municipais) se
utilizam das políticas públicas.
O Brasil é composto por vários grupos sociais, dentre eles, a população LGBT+. Compreender a
realidade e vivências dessa população no país, nos faz refletir que pessoas LGBT+, principalmente
pessoas trans, são vítimas de estigmas sociais, de preconceito e violência, colocando-as em
situação de vulnerabilidade pelo fato de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Para
melhor compreensão dessa realidade é preciso que essa seja dialogada com a necessidade de uma
visibilidade ampliada, possibilitando evidenciar suas demandas, particularidades e necessidades,
sendo elas na área da saúde, educação, moradia, renda, dentre outras, na busca pelo combate ao
preconceito e rompimento de “tabus” perante essa pauta.
Com isso, para uma possível atenuação dessas vulnerabilidades, verifica-se a necessidade de
construção de Políticas Públicas especificas direcionadas à população LGBT+, principalmente para
as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica.
No Estado de Mato Grosso do Sul foi iniciada essa discussão sobre políticas públicas para a
população LGBT+ em 2006 através da Lei nº 3.157, de 27 de dezembro de 2005, a qual dispõe
sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no âmbito do Estado de
Mato Grosso do Sul, sendo criado posteriormente o Centro de Referência em Direitos Humanos de
Combate à Homofobia (CENTRHO), uma das primeiras conquistas para a população LGBT+ no
Estado do MS, juntamente com outros sucessos nas legislações: Lei Nº 3.416 de 4 de setembro
de 2007, que altera dispositivos da Lei nº 3.287, de 10 de novembro de 2006, dispõe sobre a
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obrigatoriedade da disciplina de Relações de Gênero no conteúdo curricular dos cursos de formação
de Policiais Civis e Militares e Bombeiros Militares, e acrescentando a disciplina de combate à
homofobia; Decreto nº 13.266 de 21 de setembro de 2011, que institui o Conselho Estadual da
Diversidade Sexual, e dá outras providências, reorganizado pelo Decreto nº 14.970 de 16 de março
de 2018; Lei nº 4.031 de 26 de maio de 2011, que institui o Dia Estadual de Combate à Homofobia
em Mato Grosso do Sul; Decreto nº 13.684 de 12 de julho de 2013, que assegura às pessoas
travestis e transexuais a identificação pelo nome social em documentos de prestação de serviço
quando atendidas nos órgãos da Administração Pública direta e indireta, e dá outras providências;
todas essas, por meio de muita luta dos movimentos sociais e demais órgãos e setores envolvidos.
Ressalta-se que essa é uma luta que está longe de terminar, vislumbrando que nosso país possui
em seu território déficit de políticas específicas, a nível estadual e federal, para a garantia de
direitos e promoção da cidadania para a população LGBT+.
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OBJETIVOS
Com uma atuação no sentido de levantar informações e dados situacionais sobre a população
LGBT+ juntamente com as políticas públicas LGBT+ ofertadas no Estado do Mato Grosso do Sul,
e assim ao coletar, sistematizar e analisar essas, seguiu-se, levando em consideração como as
políticas públicas para a população LGBT+ são implementadas e vivenciadas dentro do poder
público estadual e de seus municípios, além de como os usuários e/ou representantes da população
LGBT+, para além dos que os assistem também, observam, vivenciam e se afetam pela presença
ou pela ausência de direitos, e de políticas públicas nesse território.
Objeto
Objetivo geral
Ampliar as Políticas Públicas para a População LGBT+ nas regiões de Fronteira e cidades Polos do
estado do Mato Grosso do Sul.
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METODOLOGIA
Partindo da premissa de que o campo de estudos relacionados às Políticas Públicas LGBT+ ainda
permanece em ajuste, merecendo ainda mais atenção quando falamos de países considerados
menos desenvolvidos, principalmente quando relatamos sobre o desenvolvimento e o impacto
econômico com a promoção da inclusão social, corroborando com Souza (2006), esse estudo
enfatizou-se na cuidadosa elaboração de questionamentos a fim da análise sobre o papel e/
ou gestão do Estado e demais órgãos na administração dos problemas e das intervenções
institucionais perante essa pauta; para tanto, entende-se o envolvimento dos conflitos devidos às
decisões políticas, coalizões, elaborações, e implementações das Políticas Públicas, e a partir
desses, entende-se, uma vez que, como impasses, esses possam ser originários de âmbito social,
político ou burocrático, e assim, atinge diretamente o processo para a efetivação das mesmas.
Assim como descrito por Souza (2015), para melhor entendimento desses trâmites técnicos que
são investidos no aparato governamental para a transformação e/ou manutenção da ordem social,
descreve-se essa pesquisa considerando também as relações históricas, morais e sociais, as quais
direcionam as escolhas de como determinada Política Pública será efetivada, uma vez que sabemos
a importância em “tratar as políticas públicas como parte desse processo do ‘fazer-se Estado’,
maleável, mutável”, onde os significados são compartilhados em “largo espectro e profundidade
temporal”.
Nesse sentido, para a concretização do objetivo, a construção dessa pesquisa seguiu norteando-se
através da avaliação da relação entre a formulação e as resultantes da construção ou aplicação de
qualquer Política Pública em prol dessa população.
Portanto, apesar do projeto ter sido elaborado no ano de 2020 e somente em Junho do ano de
2022 ter dado início, o presente estudo foi desenvolvido em 09 (nove) meses, seguido por etapas,
cursando desde a estruturação e planejamento, elaboração / validação / aplicação de instrumentos
de pesquisas (questionários), validação dos dados, até a redação desse.
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Durante o período de planejamento dessa pesquisa, foi discutida a possibilidade na realização da
aplicação em centros físicos e online. Apesar do alcance aos segmentos da população sem acesso
à internet e maior disseminação a nível local através de parcerias com ONG’s (Organizações não
Governamentais), centros locais e outros órgãos/setores. Entretanto, para garantir a uniformidade da
metodologia, optou-se pelo uso do método online. Tendo em vista que 83% dos domicílios urbanos
brasileiros, 71 % dos domicílios rurais brasileiros, e ao se obter um dado quantitativo relevante sob
essa análise, 83 % dos domiciliados na região Centro-oeste do Brasil possuem acesso à internet
(NIC.BR, 2021), a aplicação online, auxiliada por ampla divulgação, seria a melhor opção de coleta
a nível estadual.
Ao longo da construção dessa pesquisa, além de outras informações, foi inserido na mesma o
tópico elencado como Governança da Políticas Públicas LGBT+ no MS, afim de salientar sobre as
Políticas pautadas e seu trajeto, em prol do estado de Mato Grosso do Sul, seguido na descrição
sobre o percurso da Cidadania LGBT+, descrevendo sobre itens marcantes, tais como o Programa
Brasil sem Homofobia, e assim, o curso dessa gestão, o qual discorre sobre a criação do Centro
de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO), um
marco histórico em nosso Estado, precedido de tudo o que o envolve, até a concretização da
Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT (seus órgãos Colegiados, Programas, Campanhas, e
outros envolventes), e sua vinculação e assessoramento através do Centro Estadual de Cidadania
LGBT+.
Com o propósito de evidenciar a situação das Políticas Públicas em que a população LGBT+ vulnerável
está inserida, seja ela com baixa renda per capta, e/ou grau de vivência sob violência, e assim analisar
as experiências ligadas diretamente com o problema pesquisado, na sequência foi efetuado um
levantamento dos órgãos/instituições que assistem à esse público, conduzindo a metodologia para
além de um levantamento bibliográfico e em demais redes de acesso à atualidades, à requisição de
dados sobre a população atendida e demais associados em relevância nesses órgãos, para então,
também, inserirmos a coleta de entrevistas/preenchimentos via online, através dos Instrumentos de
pesquisa elaborados para tal: “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no
Estado de Mato Grosso do Sul”, “EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”, “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”, e,
“CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS”.
Esses Instrumentos de pesquisa, foram elaborados para que se obtivesse um amplo conhecimento
sobre a vivência do público LGBT+, e também sob o olhar dos profissionais que assistem estes,
tomando como base pesquisas confiáveis, realizadas anteriormente nas áreas temáticas abrangidas
por esta pesquisa, além da preocupação na manutenção das terminologias, fazendo-se com
que os mesmos fossem formatados de maneira mais compreensível possível, se aproximando
mais do senso comum do que dos termos técnicos empregados atualmente, para garantir que o
questionário fosse acessível para a maior parcela possível dessa população, independentemente
de conhecimento sobre a temática.
Descritos unitariamente melhor no item “Pesquisa de Políticas Públicas LGBT+”, estes foram
direcionados como procedimento de coleta de dados, através de divulgação na plataforma
online desenvolvida, https://linklist.bio/mapeamento-subslgbt-2022 (apêndice), para livre acesso
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à população proposta. Entrevistas presenciais foram realizadas em eventos promovidos pela
SubsLGBT/MS – CECLGBT+/MS, e além de reuniões estratégicas realizadas com pontos focais
ligados à esses eixos, foram enviados também às Secretarias Municipais do Mato Grosso do Sul,
além de outros órgãos e demais grupos vinculados aos mesmos.
Sabendo-se a composição do público-alvo desse projeto ter como base a população LGBT de
Mato Grosso do Sul, em especial as em situação de vulnerabilidade e com os vínculos familiares e
comunitários rompidos e/ou fragilizados, as pessoas travestis e transexuais, e a população LGBT
nos municípios na região de fronteira seca e fluvial, e, na intenção de atingirmos grande parte
deste, foi dado ênfase no preenchimento dos mesmos pelo público ligados aos eixos, assistidos
pelos mesmos, familiares/círculo de convívio, assim como público LGBT+ no Mato Grosso do Sul
em geral.
Enfatizando esse porém, foram delimitados assim, no item “Enfrentamento à Violência LGBT+
e Boas Práticas”, a descrição sobre a atuação dos órgãos governamentais estaduais do MS sob
essa pauta; neste, foram solicitados através de ofícios, dados referentes à população LGBT+, tais
como a quantidade de pessoas atendidas, intercorrências associadas às questões de gênero e/
ou orientação sexual, medidas promovidas no âmbito da efetividade acima dos Direitos Humanos
realizadas pelo órgão em questão, além de ações desenvolvidas pelo mesmo (atividades formativas
e/ou informativas aos profissionais neste existentes e/ou para o público LGBT+), relatando assim,
sobre a atuação desses órgãos frente à realidade por essa população. São estes: Agência de
Habitação Popular de Mato Grosso do Sul – AGEHAB, Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul,
Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul – FUNTRAB, Secretaria de Estado de Educação
– SED, Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – SEDHAST,
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, Secretaria de Estado de Saúde –
SES, Ministério Público da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – MMFDH, Ministério Público
– Mato Grosso do Sul – MPMS, Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul – MPT/MS.
Após todo esse processo, todos dados obtidos foram interpretados no campo denominado
“Mapeamento situacional da população LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, para análise
tanto em quantidade como em qualidade para se constatar um melhor mapeamento.
Para tanto, “deve-se pensar não só nas elaborações e formulações de determinada política pública,
mas também nas composições e impasses durante sua implementação, em níveis burocráticos,
políticos e sociais, obtendo a manutenção ou a sua própria transformação” (Souza Lima, Castro,
2015).
Em 2001 (Rocha, 2021), a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou em Durban, na África
do Sul, uma conferência mundial contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância
sendo um dos frutos da reunião, a Declaração e Programa de Ação de Durban, que reuniu ações de
combate à intolerância; nesse mesmo ano, o Brasil estabeleceu o Conselho Nacional de Combate à
Discriminação, uma das primeiras medidas adotadas pelo governo brasileiro para a implementação
das recomendações da conferência da ONU.
Mas conforme relato de Pereira (2022), ao longo da luta nacional, na década de 1990, iniciativas
voltadas à garantia de direitos e combate à discriminação contra LGBT+ foram construídas no
âmbito das políticas de enfrentamento à epidemia do HIV-Aids estando, portanto, a maior parte
dessas políticas direcionadas a área da saúde; dentre os marcos estão: III Encontro Brasileiro de
Homossexuais (III EBHO), VI Encontro Brasileiro de Homossexuais (VI EBHO), I Encontro Nacional
de Travestis e Liberados, Marcha pela Cidadania Plena de Gays e Lésbicas – I Parada do Orgulho
LGBTI+ do Rio de Janeiro (sendo a Primeira Parada do Brasil), I Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH 1), Disque Defesa Homossexual (DDH).
Além da realização do II Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 2) em 2002, em 2004, com
o lançamento do Programa BSH (Brasil Sem Homofobia), houve um importante marco na trajetória
das políticas para a população LGBT+ no governo federal, uma vez que o programa apresentava
caráter transversal, isto é, previa ações em diversos setores de políticas públicas, como segurança,
educação, cultura, entre outras, onde os grupos e ativistas do movimento LGBT+ foram essenciais
para a construção do programa, pois pressionaram o governo a apresentar programas que não
se limitassem ao enfrentamento do HIV-Aids, dentre outros. Uma das fragilidades do programa
era sua baixa vinculação formal ao Orçamento da União, pois a inclusão de ações específicas no
orçamento importa para as políticas, pois facilitam a destinação de recursos a elas, seja por parte
do Executivo, seja por emendas parlamentares; a partir do LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2006,
as ações orçamentárias específicas para políticas LGBT+ foram incluídas.
Foi também constituído o Comitê Técnico para a formulação de proposta da política nacional
de saúde da população de gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais (Portaria nº 2.227/2004),
realização do “Seminário Nacional de Segurança Pública e Cidadania LGBT”, proposição de
Diretrizes Nacionais para o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS) (Portaria
nº 457/2008), a I Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT (resultou
na construção do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT, propondo
ações que envolviam diversos ministérios e secretarias do governo federal, e estabelecia de forma
mais clara responsabilidades e prazos para o cumprimento das ações), o III Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH 3), e a Criação da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos LGBT
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(formalizando na secretaria um setor dedicado ao tema, direcionando a atividade de seus membros
exclusivamente a essas políticas); em 2010, a reformulação do Conselho Nacional de Combate à
Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
(CNCD/LGBT), aprofundando a participação social nessa área.
Após essas, através da Portaria nº 2.836/2011, instaurou-se a Política Nacional de Saúde Integral
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, apresentação do Módulo LGBT no Disque
100 (Disque Direitos Humanos), e também o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
da união homoafetiva, e conseguinte realização da II Conferência Nacional de Políticas Públicas e
Direitos Humanos de LGBT.
Mas em 2013 o Sistema Nacional LGBT (Portaria nº 766/2013) redefiniu e ampliou o Processo
Transexualizador no SUS (Portaria nº 2.803/2013), e a Resolução nº 175/2013 dispôs sobre a
habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento,
entre pessoas de mesmo sexo, trazendo outros inúmeros progressos: o Comitê Nacional de
Políticas Públicas LGBT (Portaria nº 767/2013), a III Conferência Nacional de Políticas Públicas
e Direitos Humanos de LGBT, o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero
de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica
e fundacional (Decreto nº 8.727/2016), o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
da possibilidade de adequação do registro civil (quanto ao prenome e classificação de gênero)
por transexuais e transgêneros que não tenham realizado cirurgia de transgenitalização (não
se exigindo para tanto nada além da manifestação de vontade do indivíduo),a regulamentação
do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento da pessoa transgênero no
Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN) sem a obrigatoriedade da comprovação de cirurgia
de transgenitalização ou de decisão judicial (Provimento nº 73/2018), o reconhecimento pelo STF
da criminalização da homofobia e transfobia tais como crimes de racismo, reconhecimento pelo
STF da inconstitucionalidade de dispositivos da Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde e da
Resolução RDC 34/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a proibição para doação
de sangue dos homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais
em 12 meses antecedentes. Já em 2019 a presidência da República decretou a reformulação do
Conselho Nacional de Combate à Discriminação (Decreto nº 9.883, de 27 de junho de 2019), e
em 2020 a presidência da República publicou outro decreto (nº 10.346, de 11 de maio de 2020),
revogando a realização da 4ª Conferência Nacional LGBT, descontinuando assim a realização das
conferências nacionais nessa área; em 2021, o Decreto nº 10.883, de 6 de dezembro de 2021, deu
fim à existência de um órgão exclusivamente dedicado a políticas para LGBT+ no governo federal,
o Departamento de Promoção dos Direitos de LGBTQIAP+, sendo fundido a outros e dando origem
ao Departamento de Proteção de Direitos de Minorias Sociais e Populações em Situações de Risco.
E em 2023, com o novo governo atuante, constituiu-se a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa
dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, sendo parte integrante da equipe que coordena as ações e
políticas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; neste, as políticas públicas para a
população LGBT+ são desenvolvidas, pela Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (DPLGBT).
Visto que para uma análise da política pública que verse sobre a população LGBT+ precisa não só
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passar pelo entendimento dos critérios técnicos, administrativos e políticos que povoam qualquer
implementação de ação governamental ou de normativa pública, mas também precisa “considerar
as relações históricas, morais e sociais que usualmente modulam os direcionamentos e as
escolhas de como determinada política pública vai ser efetivada localmente (Souza Lima, Castro,
2015), discorremos sob nosso “perímetro estadual” no âmbito das políticas públicas em prol dessa
população. A Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul, criada
em 14 de março de 2017, pela Lei nº 4.982, subordinada à Secretaria de Estado de Cidadania e
Cultura (SECIC) (Lei nº 5.652, de 29 de abril de 2021), tem como missão promover e garantir os
direitos sociais, bem como combater a discriminação da população LGBT+, por meio de elaboração
e a execução de políticas e diretrizes governamentais para o fomento e o desenvolvimento de
programas, projetos e atividades de integração das ações voltadas à população LGBT+, e também,
a realização de estudos, debates e pesquisas sobre as condições de vida dessa população, a fim
de promover a inclusão social.
Com a visão em ser reconhecida e consolidar-se como um espaço destinado a garantir o respeito
e convívio com as diferenças no sentido de assegurar os direitos, de combate à violência e
implementação das políticas públicas da comunidade LGBT+, e como valores, a cidadania,
equidade, participação social e transparência, essa Subsecretaria conta com toda uma estrutura
organizacional, que pôde proporcionar a constituição de seu arcabouço legislativo, descrito adiante.
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Cidadania LGBT+
A luta por direitos da população LGBT+ percorre por longos anos da história do Brasil, porem no
final de 1980 surge algumas ações governamentais voltadas para a população LGBT+, nesse
período eram ações mais voltadas no âmbito da saúde e segurança pública. A partir do ano de
2002, os diálogos entre as lideranças do movimento LGBT+ e o Governo se iniciaram, sendo
inédita a iniciativa do Governo à atenção nas questões LGBT+.
Porém a execução do Programa “Brasil sem Homofobia” enfrentou muitas dificuldades na ampliação
e transversalização das políticas públicas, tendo como ações realizadas, o apoio a projetos de
ONGs; capacitação de militantes e ativistas; criação de núcleos de pesquisa em universidades
públicas; projetos de capacitação de professores da rede pública; programas na área de saúde
e prevenção de IST/AIDS; e criação de Centros de Referência em direitos humanos e combate a
crimes de homofobia.
Até 2008, as atividades do Programa eram dispersas e sem continuidade, envolvendo muito mais
as próprias ONGs que fazem ativismo do que órgãos estatais. Nesse sentido, as ações deste
tiveram o protagonismo da execução centralizado apenas nas mãos das ONGs de ativismo, o
que demonstra uma dificuldade e limitação no debate sobre a garantia dos direitos LGBT+, e que
pode ser reflexo de uma histórica não responsabilização do Estado na participação e prestação de
serviços sociais a essa população.
Desse modo o Programa apresentou uma implementação falha e, sendo corrigida apenas em 2009
com o lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT,
que definiu metas, prazos e órgãos responsáveis pelas ações. Compilando as propostas da 1ª.
Conferência Nacional de Políticas Públicas LGBT, realizada em 2008, em 2 (dois) eixos estratégicos:
Em 2009, foi instituída a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos Humanos LGBT, primeiro
setor específico na estrutura e organograma da Secretaria Especial de Direitos Humanos para a
política LGBT+, e em 2010, foi criado o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção
dos Direitos LGBT. Já no ano de 2013, foi lançado o Sistema Nacional de Enfrentamento a Violência
LGBT, com o intuito de fomentar uma rede de atenção a essa população.
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Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia
(CENTRHO)
A existência de legislação específica para o combate à homofobia em Mato Grosso do Sul foi
fundamental para respaldar as atividades do CENTRHO, uma vez que apresentava as principais
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situações de discriminação no Art. 2º da lei, bem como previa as punições aos agressores, inclusive
com aplicação de multas.
A importância política da criação deste serviço no âmbito do Governo do Estado solidifica a pauta
de reivindicações e proporciona reconhecimento por parte do poder público às demandas LGBT+.
O CENTRHO foi criado com a finalidade de prestar atendimento especializado através de orientação
jurídica, psicológica e social as vítimas de discriminação e violência homofobia, promover ações
de promoção da cidadania, combate ao preconceito, enfrentamento a violência e à discriminação
praticada contra a população LGBT+, por meio de encontros, seminários e palestras, receber
reclamações e denúncias por atos de discriminação, pratica de violência, sendo de ordem física,
psicológica, cultural e verbal ou de manifestação de caráter preconceituoso motivado por orientação
sexual e gênero. O CENTRHO também era responsável pela apuração das denúncias através de
processos administrativos caso fosse comprovada a denúncia.
Desde sua criação até o ano de 2016, esta fez parte da estrutura da Secretaria de Estado de Direitos
Humanos, Assistência Social e Trabalho (SEDHAST). Em 2017 com a criação da Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT dentro da estrutura da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC),
o CENTRHO foi vinculado à estrutura desta Secretaria, sob a coordenação da Subsecretaria dita
anteriormente.
“Em 2017, foram 445 pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) mortas em
crimes motivados por homofobia no Brasil. O levantamento foi realizado pelo Grupo Gay da Bahia
(GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o
monitoramento anual começou a ser elaborado, há 38 anos. De 2005 até 2017, o grupo calcula um
total de 3.287 homicídios contra a população LGBT. Os dados de 2017 representam um aumento
de 30% em relação a 2016, quando foram registrados 343 casos. De acordo com o relatório, o
saldo de crimes violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que o observado
há 10 anos, quando foram identificados 142 casos. Das 445 mortes registradas em 2017, 194 eram
gays, 191 eram pessoas trans, 43 eram lésbicas, 5 eram bissexuais e 12 eram heterossexuais. Em
relação à maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111
foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 ocorreram após espancamento e 22 foram mortos
por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do
rosto. Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da
vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por
espancamento. Já com gays em geral, mortes por esfaqueamento ou asfixia são as mais comuns.
Um exemplo foi o assassinato da travesti Dandara, de 42 anos. Ela foi espancada, apedrejada e
depois morta a tiros por 8 pessoas em Fortaleza no dia 15 de fevereiro de 2017. Os autores ainda
registraram o crime em vídeo, que teve grande circulação nas redes sociais.” (Noticia, Poder 360
– publicado em 19/01/2018)
É através de cenários como este, que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul acaba por
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se destacar como pioneiro na implantação e implementação de políticas públicas: responsáveis
por deflagrar uma série de ações que visam o enfrentamento ao preconceito, a discriminação e
a qualquer forma de violência, em 2017 através da reorganização da estrutura básica do Poder
Executivo deste Estado, pela Lei n° 4.982 de 14 de março de 2017, foi criada a Secretaria de
Estado de Cultura e Cidadania (SECC), a qual instituiu, como subordinada, a Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS).
Com sua criação, o Estado de Mato Grosso do Sul passa a ser o primeiro Estado brasileiro a dar
mais visibilidade às ações de conscientização e enfrentamento a violência praticada contra esse
público. Sendo a primeira Subsecretaria do país com a pauta LGBT, elevando o status institucional de
discussão da pauta que se refere a essa parcela tão importante da população sul-mato-grossense.
Em 21 de março de 2017, o Decreto nº 14.692, acaba por definir a organização da estrutura básica
da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC), onde o Centro de Referência em Direitos
Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO) fica vinculado a Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT do MS (SubsLGBT/MS).
Em 2018 ocorreu mais uma alteração na estrutura do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso
do Sul. A Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC) é extinta e instituída a Subsecretaria
Especial da Cidadania (SECID), que é subordinada à Secretaria de Estado de Governo e Gestão
Estratégica (SEGOV). Nesse momento a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT passa a ser
subordinada à Subsecretaria Especial da Cidadania (SECID), onde essa estrutura permanece até
abril de 2021, e, pela Lei nº 5.652 de 29 de abril de 2021, a Estrutura Básica do Poder Executivo do
Estado de Mato Grosso do Sul é novamente reorganizada.
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Órgãos Colegiados
O Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul (CELGBT/MS) surgiu após a reorganização
e a revogação da criação do antigo Conselho Estadual da Diversidade Sexual do Estado de Mato
Grosso do Sul (CEDS/MS), instituído em 2011 pelo Decreto nº 13.266, de 21 de setembro de 2011,
como órgão colegiado vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS).
A criação do Conselho no ano de 2011 foi um marco para a luta LGBT+, pois o Mato Grosso do
Sul era um dos poucos Estados a ter no Plano Estadual, um Conselho que discutisse a pauta
LGBT+, além de uma estrutura na gestão que articulasse a política LGBT+, a qual era realizada
apenas pelo CENTRHO. Dentre os objetivos do CEDS/MS estava o de assessorar e acompanhar
a implementação de políticas públicas destinadas à essa população, e no ano de 2017 passou a
estar vinculado à SECC (Decreto nº 14.692, de 21 de março de 2017).
Em 2018 pelo Decreto nº 14.974, de 26 de março de 2018, o nome do Conselho é alterado; o que
antes era o CEDS/MS, passa a ser Conselho Estadual LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul
(CELGBT/MS).
Este foi reorganizado pelo Decreto nº 14.979, de 16 de março de 2018, e alterado pelo Decreto
nº 15.743, de 10 de agosto de 2021, sendo um órgão colegiado, deliberativo, paritário, vinculado
a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS), unidade
pertencente à estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura de Mato
Grosso do Sul (SECIC/MS), tendo como finalidades precípuas propor e fiscalizar políticas públicas
destinadas às pessoas que se identificam como LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Transexuais e com outras orientações sexuais e identidades de gênero não contempladas pela
sigla), no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, assegurando-lhes o exercício pleno dos seus
direitos e cidadania.
A Comissão Especial Processante de Mato Grosso do Sul (CEPLGBT/MS) instituída pelo Decreto
nº 15.334, de 19 de outubro de 2020, e alterado pelo Decreto nº 15.742, de 10 de agosto de 2021, é
um órgão permanente, autônomo, consultivo e deliberativo, vinculado à Subsecretaria de Políticas
Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS).
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as provas apresentadas e encaminhar os processos conforme a legislação vigente. Segundo a
Lei nº 3.157, qualquer cidadão ou cidadã que se sentir constrangido, intimidado ou violentado
em estabelecimentos comerciais (como lojas, hotéis, shopping centers, etc.) ou por pessoas
(funcionários públicos e privados, militares, empregadores, condôminos, etc.) poderá comunicar à
Comissão.
As reclamações são apuradas em processo administrativo, e caso julgado culpado por qualquer
conduta discriminatórias o denunciado poderá receber como pena desde advertência por escrito;
multa no valor de 80 a 150 (oitenta à cento e cinquenta) UFERMS (Unidade Fiscal Estadual de
Referência do Estado de Mato Grosso do Sul), até a proibição de contratar com a administração
pública estadual pelo prazo de 1 (um) ano.
Com objetivo em elaborar estratégias para prevenir, enfrentar e reduzir as diversas formas de
violência praticadas contra a população LGBT+, e assessorar os órgãos da Administração direta,
as autarquias e as fundações do Poder Executivo Estadual sobre as temáticas relacionadas à
criminalização da homotransfobia, esta Comissão conta com a Lei nº 3.157, de 27 de dezembro
de 2005, que dispõe sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no
âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul para assim acompanhar a apuração das violações de
direitos e as infrações penais cometidas contra essa população.
Foi assim denominado que a CEVLGBT deverá ser composta por 09 (nove) membros titulares e
igual número de suplentes, e serão indicados pelos dirigentes da unidade, órgãos, poderes e das
entidades que representam, além de serem designados por resolução de pessoal de sua Secretaria
de Estado, para mandato de 02 (dois) anos, permitida a designação para até 02 (dois) mandatos
consecutivos, sendo 01 (um) da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul,
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01 (um) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul,
01 (um) do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Coordenadoria-Geral de
Perícias de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul,
01 (um) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, 01 (um) do Fórum Estadual LGBT
de Mato Grosso do Sul, e 01 (um) do Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul.
Programas e Campanhas
No ano de 2011, foi instituído o Dia Estadual de Combate à Homofobia em Mato Grosso do Sul,
através da Lei nº 4.031, de 26 de maio de 2011, a ser comemorada, anualmente, no dia 17 de maio.
o Maio da Diversidade
1. Orientar a execução das políticas públicas estaduais, bem como de combate às desigualdades
ao preconceito e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero;
4. Promover à população LGBT + a garantia de direitos sociais e do acesso com qualidade aos
serviços públicos.
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o Pacto MS + amor
2. Criar campos para a inclusão de identidade de gênero e orientação sexual nas fichas de cadastro,
formulários e prontuários para atendimento de serviços prestados por qualquer órgão municipal;
5. Criar uma unidade gestora de políticas públicas LGBT+ ou destacar/lotar um/uma servidor/a com
uma equipe habilitada especificamente para a gestão de políticas públicas LGBT+;
7. Instituir e normatizar medidas que incluam o uso do nome social nos serviços públicos municipais;
9. Promover ações que visem reparar o direito violado, bem como trabalhem na inserção e
assistência a população LGBT+, na perspectiva da proteção e prevenção;
10. Qualificar os profissionais da assistência social, educação, saúde e guarda municipal para o
atendimento à população LGBT+ em situação de violência e/ou vulnerabilidade social;
13. Realização de ações que promovam o exercício pleno da cidadania pela população LGBT+,
livre de violência;
14. Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas, em diversos formatos, de maneira
permanente e abrangente, direcionadas a todos os segmentos e faixas etárias da população LGBT+;
17. Fomentar a prática desportiva e participação de LGBT+ nos eventos esportivos nas diversas
modalidades e categorias;
18. Realização de seminários com ampla participação social para discussão de políticas LGBT+ e
apresentação das ações já executadas na área;
20. Elaboração de relatórios e/ou dossiês sobre violência LGBT+, como forma de identificar as
causas e propor estratégias de enfrentamento;
21. Garantir a participação dos segmentos LGBT+ nas instâncias de controle social, como conselhos,
comissões, ouvidorias e grupos de trabalho para intervir na formulação de políticas públicas e
acompanhar as denúncias de violação de direitos LGBT.
Acima das metas propostas, de acordo com o Art. 3º do Decreto nº. 15.678 de 19 de maio de 2021,
os objetivos propostos pelo Pacto Cidadania LGBT+ são:
c) Buscar maior cooperação e atuação conjunta com os municípios a fim de implementar políticas
públicas destinadas à população LGBT+.
Através desses objetivos, a atuação se dará diante dos seguintes eixos, os quais serão melhor
explanados abaixo:
a) Atendimento;
b) Institucionalização e normatização;
c) Defesa e responsabilização;
d) Promoção de direitos;
e) Prevenção.
Eixo I – Atendimento:
• Definir e pactuar o fluxo de atendimento da população LGBT+ no município;
• Criar campos para a inclusão de identidade de gênero e orientação sexual nas fichas de cadastros,
formulários e prontuários para atendimento de serviços prestados por qualquer órgão municipal;
• Construir uma rede de proteção social para as pessoas transexuais por intermédio de ações
afirmativas que promovam sua autonomia e segurança, primando pelo direito à convivência familiar,
à sexualidade, à saúde reprodutiva, à inserção escolar, ao trabalho e ao culto religioso.
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Eixo II – Institucionalização e Normatização:
• Instituir e normatizar medidas que incluam o uso do nome social nos serviços públicos municipais;
• Promover ações que visem reparar o direito violado, bem como trabalhem na inserção e assistência
a população LGBT+, na perspectiva da proteção e prevenção;
• Qualificar os profissionais da Assistência Social, Educação, Saúde e Guarda Civil Municipal para
o atendimento à População LGBT+ em situação de violência e/ou vulnerabilidade social;
• Realização de ações que promovam o exercício pleno da cidadania pela população LGBT+, livre
de violência;
• Fomentar a pratica desportiva e participação de LGBT+ nos eventos esportivos nas diversas
modalidades e categorias.
Eixo V – Prevenção
• Realização de seminários com ampla participação social para discussão de políticas LGBT+ e
apresentação das ações já executadas na área;
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• Criação e divulgação de campanhas contra a discriminação da população LGBT+ nos órgãos
municipais;
• Elaboração de relatórios e/ou dossiês sobre violência LGBT+, como forma de identificar as causas
e propor estratégias de enfrentamento;
• Garantir a participação dos segmentos LGBT+ nas instâncias de controle social, como Conselhos,
Comissões, Ouvidorias e Grupos de Trabalho para intervir na formulação de políticas públicas e
acompanhar as denúncias de violação dos direitos LGBT+.
Durante a Campanha “Maio da Diversidade” de 2021, foi lançado o site “Cidadania LGBT+”, criado
pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Subsecretaria de Estado de Políticas
Públicas LGBT, sendo possível ser acessado pelo link www.cidadanialgbt.ms.gov.br (apêndice).
O site, reúne informações sobre como denunciar a LGBTfobia para o CECLGBT+, conceitos,
cartilhas sobre a pauta LGBT+, estudos e pesquisas, legislações acerca dos direitos LGBT+, notícias
sobre ações desenvolvidas pela Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT, informações sobre os
órgãos colegiados, instituições LGBT+, entre outros temas visando contribuir para a efetivação de
garantias legais e consolidação da cidadania. Com o lançamento do site, Mato Grosso do Sul para
a ser o primeiro Estado do país a ter um site institucional específico para a pauta LGBT+.
o Plano de Governo
Comprometido com um novo jeito de fazer política o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, na
sua gestão 2019-2022, baseou-se na responsabilidade em governar para as pessoas, eliminando
os privilégios, encarando pautas importantes para o estado e para o país. No que diz respeito a
promoção de Cidadania e Cultura dentro do novo plano de governo, tem por objetivo:
• Promover a política pública de cultura pautada pelo princípio da cidadania cultural com gestão
integrada e sistêmica;
Além de contribuir para a defesa e promoção dos direitos e cidadania da população LGBT+, por
meio de ações que visem ao enfrentamento da violência e discriminação por orientação sexual
e identidade de gênero, em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, o mesmo, propôs também
em sua gestão, o fortalecimento no caracterização individual e social das identidades de gênero
e orientações sexuais, o acolhimento, orientação e apoio às pessoas na construção de sua
autonomia, para o enfrentamento às violências e discriminações em razão de suas identidades de
gênero e orientações sexuais, e promoção ao acesso das pessoas aos seus direitos de cidadania,
através de ações articuladas e encaminhamentos para as demais políticas públicas.
o Público atendido
Não existe uma faixa etária definida para atendimento, considerando que as questões sobre
orientação sexual e a identidade de gênero, bem como as consequências advindas disso, não têm
relação com faixa etária, senão com o contexto social, mas, na condução das ações do CECLGBT+/
MS destaca-se como recorte etário, o público adolescente e adulto. Considerando estando esta
perante a administração pública do Estado de Mato Grosso do Sul, a competência de vinculação
aos atendimentos e acompanhamentos do CECLGBT+/MS é de moradores do Estado de Mato
Grosso do Sul.
Após análise perante dados posicionados pela SubsLGBT+/MS e do próprio CECLGBT+/MS, temos
como quantitativo de pessoas atendidas até dezembro de 2022, 531 atendidos.
Ações pontuais são realizadas em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema
Penitenciário (AGEPEN/MS) para a população LGBT+ em situação de privação de liberdade nos
presídios do Estado.
Também são atendidos órgãos e entidades integrantes da estrutura organizacional dos municípios
por meio de apoio técnico sobre a temática de gênero, diversidade sexual e população LGBT+.
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III - Monitorar denúncias de LGBTfobia;
VII - Responder à Ouvidoria Nacional do Governo Federal, sobre as demandas apresentadas pelo
Disque 100;
XIV - Contribuir para a articulação do Núcleo de Estudos e Pesquisas com outras instâncias;
o Denúncias
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agressores e testemunhas, analisar as provas apresentadas e encaminhar os processos conforme
a legislação vigente.
O fluxo das denúncias se inicia pela coleta da denúncia por atendimento espontâneo diretamente
no CECLGBT+/MS, presencialmente, via telefone, por e-mail, Correio ou outras formas de contato.
Primeiramente é necessário registrar os fatos ocorridos, este podendo ser através de um formulário
específico disponível pelo site www.cidadanialgbt.ms.gov.br, na aba “denúncia”, caso a vítima queira
encaminhar por e-mail ou correio; caso queira fazer a denúncia presencialmente, o usuário procura
diretamente o CECLGBT+/MS, podendo já levar o formulário da coleta da denúncia preenchido
e entregar para a equipe técnica. Esta, necessitando atendimento, informações, acolhida ou
encaminhamentos, serão realizados pela equipe técnica do CECLGBT+/MS.
As reclamações serão apuradas em processo administrativo, e caso julgado culpado por qualquer
conduta discriminatórias, o denunciado poderá receber como pena desde advertência por escrito,
multa no valor de 80 a 150 (oitenta à cento e cinquenta) UFERMS (Unidade Fiscal Estadual de
Referência do Estado de Mato Grosso do Sul), e até mesmo, a proibição de contratar com a
administração pública estadual pelo prazo de 1(um) ano, conforme relatado anteriormente.
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o Núcleo de Estudos e Pesquisas
II- mapear, sistematizar e divulgar pesquisas em âmbito local e estadual concernentes à temática;
III- Coletar dados, analisar e produzir perfil sociodemográfico da população LGBT+ em Mato Grosso
do Sul que acessam os serviços;
IV- estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior (IES), e outras instituições, nacionais
ou internacionais, para o desenvolvimento de estudos e pesquisas;
V- estimular a participação dos (as) membros (as) dos órgãos colegiados em seminários, simpósios,
workshops, cursos e afins;
VII- promover eventos, tais como: roda de conversa, palestra e encontros entre diversos setores,
sociedade civil e instituições para discussão e monitoramento das políticas públicas direcionadas
às pessoas LGBT+;
VIII- participar e estimular a participação da comunidade LGBT+ nas ações desenvolvidas pelo
Núcleo, inclusive, daquelas realizadas em parceria com outras instituições;
o Cartilhas
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Cartilha LÉSBI (2020)
Essa Cartilha foi elaborada a partir do desejo de dialogar com o segmento de mulheres
lésbicas e bissexuais e, dessa forma, estreitar laços, para que possam caminhar de mãos
dadas na direção de uma sociedade capaz de respeitar as diferenças, livre de preconceito
e discriminação. Trata-se apenas do início de um diálogo sobre o combate a LGBTfobia,
principalmente a LESBOfobia, e, dentre outros, orienta sobre a Lei Maria da Penha que
ampara mulheres lésbicas e bissexuais.
Corroborando com a ideia de Souza (2003) “os governos traduzem seus propósitos em programas
e ações, que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real”, sabemos que
as Políticas Públicas têm como produto governamental os impactos em curto prazo, mas como
horizonte temporal primordial, manter os mesmos a longo prazo.
Mas a formulação das Políticas Públicas não evolui desacompanhada; se dá através da mútua
preocupação de um coletivo, com a qualidade de vida dessa população, perpassando pela
reprodução da violência, mas vislumbrando a condição social em sua totalidade.
Responsáveis por também planejar e promover ações direcionadas à preservação dos direitos
humanos da referida população, os Órgãos Gestores LGBT+ do MS, têm contribuído para a
multiplicação de estudos sobre Políticas Públicas, a partir da compreensão da atuação dos elementos
estruturantes nessas ações, o envolvimento desses, e seu contínuo engajamento articulando com
outros setores, para se obter o produto para concretização sob um mesmo propósito.
Elencamos abaixo alguns importantes órgãos que interagem nesse aspecto em Mato Grosso do
Sul, para um melhor entendimento sobre tais:
Começando como uma manifestação pequena no ano de 2014, a partir da iniciativa espontânea de
artistas e ativistas da cultura em Campo Grande/MS, em 2017 passou a realizar suas atividades
na Praça dos Imigrantes – Campo Grande/MS, se tornando conhecido por reunir e atrair diferentes
artistas da música, dança, performance, teatro, artes visuais, artesãos e por também ser um espaço
de grande circulação de pessoas, atraiu comerciantes da gastronomia local, proporcionando assim
um amparo para exposições desses, revelando talentos musicais, proporcionando lhes visibilidade
e a oportunidade de contato com profissionais consagrados, além de movimentar a economia da
cidade.
No ano de 2020 foi fundada a Associação Cultural Sarau de Segunda, localizada em Campo Grande
– MS, tendo como preceito principal atividades com Associações de Defesa de Direitos Sociais, e
através deste feito, obteve um passo importante para a organização e manutenção dessas, as
quais também se dão com responsabilidade frente a gestão municipal. Com o início da pandemia
do COVID-19, o Sarau de Segunda se fez de maneira virtual, para assim manter e perpetuar suas
atividades, em casa de amigos/as, com um número restrito de pessoas, criando uma rede de
músicos.
Em 2021, o mesmo retornou suas atividades, mas em novo local, na Praça Cabeça de Boi/Praça
Cuiabá – Campo Grande/MS, em conformidade com a Lei nº 8.548/2017, em Segundas-feiras
alternadas, com expectativa de público diverso, atrações culturais, gastronomia, artes e artesanato.
Assim se seguiu em 2022 através de apoio público e também de incentivos particulares para a
realização de tais eventos.
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Associação Diversidade em Ação – Divação
É uma associação sem fins lucrativos de promoção e defesa dos Direitos Humanos para a população
LGBT+ em Mato Grosso do Sul, que oferece apoio e acolhimento jurídico e psicológico, além de
realizar parcerias com outras instituições na realização de campanhas e amparo social à pessoas
em situação de vulnerabilidade.
A ATMS fundada em 13 de janeiro de 2001, é uma instituição sem fins lucrativos, que trabalha com
ações culturais, sociais, defesa dos direitos humanos, assistência, saúde e prevenção das IST/
HIV/AIDS e HV. Precursora do movimento LGBT+ no estado do MS, a Associação é responsável
pela Parada da Cidadania LGBT+, Show da Diversidade e Miss Trans/Travesti MS Oficial, e em
seu histórico aglutinam-se várias narrativas de luta e persistência, bem como ganhos sociais e
avanços na luta por cidadania. Tem como missão defender gays, lésbicas, travestis e transexuais
nas violações contra seus direitos humanos por discriminação e violência, suas sexualidades e/
ou identidades de gênero, além de oferecer orientação jurídica, promover o controle social das
políticas públicas, e encaminhar casos que devem ser atendidos em outras instituições e órgãos
públicos.
Essa Associação Solidária busca a mudança social, econômica, política, cultural e emocional de
pessoas em situação de vulnerabilidade.
Normatizada como uma Associação para atividades em defesa de direitos sociais, promoção de
cultura e arte para a população LGBT+, a Associação Três Lagoense de Gays, Lésbicas e Travestis,
fundada em 03 de Maio de 2004, foi declarada como de utilidade pública pela Câmara Municipal de
Três Lagoas/MS, em 20 de Dezembro de 2005, através da Lei nº 2026.
Casa Satine
A Casa Satine é uma iniciativa do Instituto de Cidadania e Juventude de Mato Grosso do Sul, que
visa acolher institucionalmente a população LGBT+ maiores de 18 anos com os vínculos familiares
rompidos e em situação de alta vulnerabilidade. Conectados com a realidade e aos desafios
para revertê-la, os idealizadores conceberam esse projeto, resultando na primeira República
de acolhimento e Espaço Cultural LGBT+ do Mato Grosso do Sul, portando sempre como ideal
proporcionar através da combinação de arte, educação e cultura, a retomada do projeto de vida
desses sujeitos, tendo como base as ações para o fortalecimento da autonomia dos mesmos.
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Coordenadoria de Políticas Públicas LGBT - SDHU - Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos
Campo Grande/MS - GAPRE
Dentre alguns serviços de apoio estão as orientações e encaminhamentos sobre troca de nome
e gênero no registro civil e demais documento, recebimento de cestas básicas, retirada do cartão
SUS com nome social, serviços de saúde, assistência, educação, trabalho e renda entre outro, além
devido ao “processo transexualizador” via fluxograma da Secretária Municipal de Saúde e o uso do
nome social. Realiza também eventos, palestras, seminários e capacitações em direitos humanos
e cidadania da população LGBT+, e blitz educativas com ações de prevenção e orientações sobre
direitos e deveres das pessoas profissionais do sexo nas ruas, além da participação em Conselhos
deliberativos que tratam a pauta LGBT+. Auxilia na promoção de visitas no sistema prisional
para atendimento e orientações das pessoas LGBT+ privadas de liberdade, no recebimento de
denúncias, orientações e encaminhamentos aos órgãos competentes.
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Portanto, a missão da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MS está estabelecida em
protagonizar debates, matérias, projetos e ações no campo da diversidade sexual, na perspectiva
de primar pela defesa da cidadania, dos direitos humanos e pela incessante busca por igualdade,
a fim de que as garantias e direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais) possam ser plenamente exercitados.
• Convênio
Em nosso estado, Mato Grosso do Sul, um complexo de 357 145,532 km², dividido em 79 (setenta e
nove) municípios, sendo uma das 27 (vinte e sete) unidades federativas do Brasil, localizado ao sul
da Região Centro-Oeste, temos o prestígio em se fazer o primeiro estado a criar um órgão gestor
com status de Subsecretaria no país, e ao longo dos últimos dez anos, contar com um arcabouço
legislativo para proteção e promoção dos direitos da população LGBT+.
A fim de promover a ampliação das Políticas Públicas para a população LGBT+ nas cidades do
MS, e consequentemente a ascensão no acesso aos serviços públicos para tais, ao desenvolver o
mapeamento dessa situação, certos de que foram acrescentados em todos os aspectos, induzindo-
se a descrição de indicadores socioambientais para norteamento dessas políticas em alguns
âmbitos, sendo esses na área da saúde, assistência, educação, cultura e segurança pública, além
das de mercado de trabalho.
• Instrumentos de pesquisa
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mapeamento-subslgbt-2022 (apêndice) criada para essa finalidade em específico, restringindo-se
como público alvo pessoas com mais de 14 (quatorze) anos e que são residentes em Mato Grosso
do Sul. Estes foram divulgados através de cartazes (apêndice), redes sociais, rede de contatos
de WhatsApp, e-mails e ofícios encaminhados à órgãos e setores vinculados a esse propósito, às
Secretarias Municipais de Assistência Social, às Secretarias Municipais de Educação e Cultura,
às Secretarias Municipais de Saúde, e às Secretarias Estaduais do Estado de Mato Grosso do
Sul, para além da divulgação, serem efetuadas reuniões estratégicas com sumidades estaduais
referente à área proposta.
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assistência social, a sua orientação em relação aos serviços do CECLGBT+/MS, vivência durante
o período da pandemia do COVID-19, e ocorrência de violação de direitos.
Questionamentos: Possui alguma formação técnica e/ou cursos de qualificação profissional?; Se sim,
qual nível?; Possui interesse em fazer algum curso de qualificação profissional?;Possui experiência
profissional?; Se sim, qual?; Você está trabalhando atualmente?; Se sim, como; Durante o período
de pandemia você interrompeu sua educação em algum nível?; Na sua experiência/vivência, qual
a maior dificuldade para o acesso e/ou permanência ao mercado de trabalho?; Para pessoas trans
- Não ter realizado a retificação de documentos; O não reconhecimento/respeito do uso do nome
(social ou retificado) e ou gênero pelo qual a pessoa se identifica.
Delimitados como dados iniciais, pessoas com mais de 14 (quatorze) anos e que são
residentes em Mato Grosso do Sul, conforme anteriormente descrito, seguiu-se a elaboração
desse instrumento de pesquisa, traçando a mesma rotina: caso houvesse negativa em algum
desses quesitos, por parte dos entrevistados, assim como presencialmente, essa forma de
abordagem online encerraria a entrevista. Para conhecimento do público LGBT+ perante a
área da educação, e também aos que os assistem, nossa plataforma, após os dados iniciais,
direcionava o entrevistado devido ao que ele mesmo se auto denominou: “pertencente
ao público LGBT+” ou “profissional da área da educação que assiste ao público LGBT+”,
não limitando a mais de uma resposta, caso o mesmo entrevistado quisesse preencher o
formulário por 02 (duas) vezes demarcando, se auto denominando tanto um quanto outro
público (“pertencente ao público LGBT+” ou “profissional da área da educação que assiste
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ao público LGBT+”), igualmente proposto nos instrumentos de pesquisa da Saúde e Cultura
também.
Este foi divulgado na plataforma online https://forms.gle/Xq4RbMRJ3Ux6dRSH9 , em
Agosto/2022, e a partir dessa data, foram feitas entrevistas presenciais nos eventos e
divulgados: “Seminário Estadual de Políticas Públicas LGBT+ e Controle Social” (01/09/2022);
“Seminário Nacional de Gestores de Políticas Públicas LGBT+” (02/09/2022); Bares Públicos
(16/09/2022); “Reunião Ordinária da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência
LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22), “Seminário de Saúde Integral LGBT+” (21/09/22),
“Campão Cultural - 1º Festival de Arte , Diversidade e Cidadania - Campão Cultural Oficina
de Fotografia” (MIS - 13/10/22), “Campão Cultural - Palco tráfico de informações – Ball” (Av.
Afonso Pena – Praça do Rádio – 14/10/22), “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda
LGBT+ no Mercado de Trabalho” (21/10/22), “TV Alems – Programa Cidadania LGBT+”
(31/10/22), “Palestra Cidadania LGBT+ e Homotransfobia” (17/11/22), e na “Roda de
conversa com o NUDEM” (22/11/22); Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência
contra as mulheres” (25/11/22); além dos veiculados oficialmente e/ou através de e-mails
institucionais para as Secretarias Municipais de Educação do MS, órgãos / setores do
MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS, CEPLGBT/MS), entidades / órgãos
gestores LGBT+ do MS, e divulgações para o público em geral. Para melhor estratégica de
divulgação e assim um alcance amplo do público educacional, foi também realizada uma
reunião com a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande – SEMED, e também
com a Secretaria de Estadual de Educação de MS – SED/MS, as quais colaboraram com a
divulgação do mesmo.
Para a aquisição de conhecimento sobre como essa população é atendida na área da educação
e assim obter dados específicos de tais, esse instrumento dividiu-se em subseções, estas na
busca sobre seus dados primordiais, o acesso, conhecimento individual, e direcionamentos
sobre a temática em si (pelos colegas de escola e profissionais escolares de interação
rotineiras), além de todas as referências envolvidas perante o profissional que assiste essa
população no âmbito escolar.
Seguem-se os questionamentos abordados no mesmo: “Dados sociodemográficos”
(Município que reside; idade; Identidade de gênero; orientação sexual; cor / raça; você
possui algum tipo de deficiência ?; Se sim, qual?; escolaridade); Acesso à educação no
Estado do MS (Você estuda em escola; como você se locomove para ir estudar?; caso
utilize transporte público (municipal ou intermunicipal), recebe algum tipo de auxílio ou
gratuidade no transporte?; se sim, qual o tipo de auxílio; a escola em que você estuda possui
projetos, ações, palestras, ou disciplinas que abordam as temáticas voltadas para questões
de gênero e diversidade sexual?; se sim, quais são essas ações?; você já vivenciou ou
presenciou algum tipo de preconceito e/ou discriminação na escola por conta de orientação
sexual ou identidade de gênero?; se sim, qual?; se sim, a pessoa responsável pela violência,
preconceito e/ou discriminação era; foi registrado (a) formalmente algum tipo de ocorrência/
protesto/queixa, de forma pública?; quem apresentou o registro e/ou denúncia?; qual a sua
relação com a pessoa que foi vítima de discriminação?; você conhece a Resolução/SED
nº 3.443, de 17 de abril de 2018 que dispõe sobre o uso e o registro do nome social e o
reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos
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escolares, e dá outras providências?; você sabia que conforme o Art. nº 3 da resolução nº
1, de 19 de janeiro de 2018 do Ministério da Educação: alunos maiores de 18 (dezoito) anos
podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento sem a
necessidade de mediação ?; você sabia que conforme o Art. nº 4 da Resolução nº 1, de 19
de janeiro de 2018 do Ministério da Educação: alunos menores de 18 (dezoito) anos podem
solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento, por meio de seus
representantes legais, em conformidade com o disposto no Artigo nº 1.690 do Código Civil e
no Estatuto da criança e do adolescente ?; qual ou quais obstáculos que você encontra para
ter acesso aos serviços de educação ?); “Situação dos profissionais da área da educação
que atendem à população LGBT+ no Estado do MS” (Qual o município de atuação que você
está vinculado?; você trabalha em escola; como educador (a), você já trabalhou em sala de
aula com questões relacionadas a gênero e/ou orientações sexuais -temática relacionadas
à transexualidade, homossexualidade, bissexualidade, lgbtfobia, população LGBT+, etc ?;
você já presenciou alguma situação, em sala de aula ou no intervalo de aula, em que um
(a) aluno (a) foi alvo de preconceito e/ou discriminação por parte de colegas, por apresentar
comportamentos que não são considerados “culturalmente” adequados em relação ao seu
sexo?; se sim, poderia nos relatar o ocorrido e quais foram as medidas tomadas?; você
conhece algum aluno LGBT+ que tenha interrompido os estudos por conta de seu gênero e/
ou orientação sexual?; se sim, qual?).
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(17/11/22), e na “Roda de conversa com o NUDEM” (22/11/22); Campanha “16 dias de ativismo
pelo fim da violência contra as mulheres” (25/11/22); além dos veiculados oficialmente e/ou através
de e-mails institucionais para as Secretarias Municipais de Saúde do MS, órgãos / setores do
MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS, CEPLGBT/MS), entidades / órgãos gestores
LGBT+ do MS, e divulgações para o público em geral. Com a proposta de um melhor alcance desse
público, foi realizada também uma reunião estratégica com a Secretaria Estadual de Saúde do MS
– SES/MS, a qual nos atendeu prontamente e se prontificou com a colaboração na divulgação do
mesmo.
Esse instrumento de pesquisa, delimitado também como dados iniciais, pessoas com mais
de 14 (quatorze) anos e que são residentes em Mato Grosso do Sul, e havendo negativa
por parte dos entrevistados, assim como presencialmente, essa forma de abordagem online
daria coo encerrado a mesma. Com a finalidade no conhecimento tanto do público LGBT+
que aprecia a área cultural, quanto à situação dos artistas LGBT+ que expõem a sua arte em
MS, nossa plataforma, após os dados iniciais, direcionava o entrevistado devido ao que ele
mesmo se auto denominou: “pertencente ao público LGBT+” (apreciador da arte cultural em
MS), ou “profissional LGBT+ da área cultural”, não limitando a mais de uma resposta, caso o
mesmo entrevistado seja pertencente às duas finalidades acima denominadas.
Na plataforma online, este foi divulgado perante o link https://forms.gle/hEcQqMvxHjf6YYRS6
, em Agosto/2022, e a partir dessa data, foram divulgados nesses eventos em específico,
além do encaminhamento detalhado anteriormente: “Seminário Estadual de Políticas
Públicas LGBT+ e Controle Social” (01/09/2022); “Seminário Nacional de Gestores de
Políticas Públicas LGBT+” (02/09/2022); Bares Públicos (16/09/2022); “Reunião Ordinária
da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22),
“Seminário de Saúde Integral LGBT+” (21/09/22), “Campão Cultural - 1º Festival de Arte
, Diversidade e Cidadania - Campão Cultural Oficina de Fotografia” (MIS - 13/10/22),
“Campão Cultural - Palco tráfico de informações – Ball” (Av. Afonso Pena – Praça do Rádio
– 14/10/22), “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de Trabalho”
(21/10/22), “TV Alems – Programa Cidadania LGBT+” (31/10/22), “Palestra Cidadania
LGBT+ e Homotransfobia” (17/11/22), e na “Roda de conversa com o NUDEM” (22/11/22);
Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” (25/11/22); além dos
veiculados oficialmente e/ou através de e-mails institucionais para as Secretarias Municipais
de Saúde do MS, órgãos / setores do MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS,
CEPLGBT/MS), entidades / órgãos gestores LGBT+ do MS, e divulgações para o público
em geral. Seguindo o proposto do nosso estudo, e para amplitude do público atingido por
este, sendo bem recebidos ao realizarmos uma reunião estratégica de divulgação com a
Fundação de Cultura do MS – FCMS, obtivemos a colaboração deste para esta finalidade.
Seguem-se os questionamentos abordados no mesmo: “Dados sociodemográficos”
(Município que reside; idade; Identidade de gênero; orientação sexual; cor / raça); “Acesso à
cultura no Estado do MS” (Em sua cidade possui espaços que desenvolvam ações culturais
para a população LGBT+? - Bares, espaços culturais; atualmente você frequenta locais que
desenvolvam ações culturais para a população LGBT+ ?; se sim, qual ou quais os locais ?;
você está satisfeito com as ações culturais desenvolvidas para a população LGBT+ na sua
cidade ?; Qual ou quais obstáculos que você encontra para ter acesso a eventos culturais?;
Qual ou quais eventos culturais LGBT+ você já participou? - como artista ou como público);
50
“Situação dos artistas LGBT+ que expõe a sua arte no Estado do MS” (Qual ou quais suas
linguagens artísticas?; você trabalha/atua como artista LGBT+ a quanto tempo?; atualmente
sua renda principal vem da sua arte?; qual a média da renda mensal que você consegue
através da sua arte ou que envolva sua arte?; durante a pandemia o trabalho de muitos
artistas foi afetado de várias maneiras, principalmente na área financeira; como você se
manteve financeiramente durante a pandemia?; você já sofreu algum tipo de violência ou
preconceito relativa a sua arte?; durante alguma apresentação, exposição, vendas na rua,
entre outras; você como artista LGBT+, sente que é valorizado na sua cidade?; quais são as
principais dificuldades em ser um artista LGBT+ no Estado do MS?).
A violência foi definida pela Organização Mundial da Saúde - OMS (OMS, 2002) como o “uso
intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si mesmo, outra
pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão,
morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações”. Em qualquer classificação
quanto à sua natureza (abuso físico, psicológico, sexual e envolvendo abandono, negligência e
privação de cuidados), ou presente em umas de suas categorias, tornando-se esta, um problema
com sérias consequências para a saúde, extrapolada em muito essa esfera, e a qual continua
atualmente sendo uma situação de vida, dada toda a complexidade que a mesma implica; pela
OMS, essas categorias, são elencadas como: violência dirigida contra si mesmo (auto infligida);
violência interpessoal (violência intrafamiliar ou doméstica – entre parceiros íntimos ou membros
da família; violência comunitária – que ocorre no ambiente social em geral, entre conhecidos e
desconhecidos); e violência coletiva (atos violentos que acontecem nos âmbitos macrossociais,
políticos e econômicos, caracterizados pela dominação de grupos e do estado).
Temas relativos à identidade de gênero e à orientação sexual no Brasil, apesar de obter um visível
crescimento através do debate público, segue sendo marcado por altos índices de violência e de
discriminação contra LGBT+ em nosso país. Uma pesquisa recente publicada pela Antra (Associação
Nacional de Travestis e Transexuais) identificou ao menos 140 (cento e quarenta) assassinatos de
pessoas trans no Brasil em 2021 (e uma média de 123,8 casos anuais entre 2008 e 2021), dentre
uma série de outras violações de direitos humanos dessa população, como a negativa do uso do
nome social ou de acesso a espaços públicos.
Uma vez que a violência contra a pessoa humana se expressa de diversas formas e modalidades,
a necessidade na construção de uma Rede de Proteção se torna necessária, requerendo assim a
reunião de instrumentos, mecanismos, instituições, ações públicas e comunitárias em um esforço
comum para prevenir, atender e erradicar todas as formas de violação dos direitos humanos.
Através de nossos levantamentos bibliográficos, pudemos apurar que desde 2003, quando o tema
referente a esse público ganha espaço na agenda do governo federal para além da área da saúde,
apesar da tentativa em lidar com as formas de discriminação e violência contra a população LGBT+
no Brasil, as secretarias e ministérios de direitos humanos, órgãos nos quais a maior parte das
políticas públicas LGBT+ foi construída e coordenadas, ainda permanecem limitados.
51
No contexto histórico, observa-se que as políticas para LGBT+ no governo federal foram fortalecidas
e estruturadas ao longo da década de 2000, mas na década seguinte, predominaram tensões e
recuos em torno dessas políticas, apesar da manutenção de grande parte da estrutura que as
sustentou. A partir de 2019, essa estrutura e as iniciativas passam a ser gradualmente modificadas
sejam elas: as construções de programas de políticas públicas de garantia de direitos de LGBT+
que envolvam ações em diversas áreas de políticas públicas, a criação ou o fechamento de órgãos
dentro da burocracia pública dedicados de forma exclusiva às políticas para LGBT+ mudanças em
conselhos e em conferências de políticas públicas dedicados exclusivamente a políticas LGBT+, a
inclusão ou exclusão de ações orçamentárias específicas para políticas LGBT+ no orçamento das
pastas de direitos humanos, dentre outras.
Promover a habitação de interesse social em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, mediante a
construção de moradias, em especial para as classes menos favorecidas; incentivar a melhoria da
qualidade e ao aumento da produtividade no setor da habitação, visando gerar empregos diretos e
indiretos agregados à construção civil no Estado; e promover estudos dos problemas de habitação
popular e executar programas de construção de unidades habitacionais, para a diminuição do déficit
habitacional do Estado, em especial para a população menos favorecida, são as bases da cultura
organizacional da AGEHAB.
Com o intuito no conhecimento de como este órgão interage com o público LGBT+, solicitamos
alguns dados, como: a quantidade de pessoas atendidas por este órgão, as ocorrências associadas
às questões de gênero e/ou orientação sexual durante suas atuações; ações desenvolvidas para
essa população; ocorrência de ofertas associadas à empregabilidade na construção civil; além de
ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos profissionais deste órgão e
ao público LGBT+, usuários deste serviço (ex.: rodas de conversa, palestras presenciais ou online,
cursos e outro).
Quando relatado “em nossa ficha de cadastro coletamos o nome social, que poderia ser um
instrumento para identificar pessoas que fazem parte da população LGBT+”, indagamos o
especificado, e a mesma retornou, reiterando que foi considerado apenas inscrições atualizadas
nos últimos 02 (dois) anos, constatando em relação a quantidade de pessoas relativas ao público
em questão que inseriram nome social na inscrição da AGEHAB foram 690 (seiscentos e noventa)
inscrições com preenchimento no campo “Nome social”, 658 (seiscentos e cinquenta e oito)
inscrições “cônjuges com o mesmo sexo”, e no conjunto de inscrições com preenchimento de “Nome
social” e “cônjuges com o mesmo sexo” totalizam-se 11 (onze) inscrições. Mesmo expondo esses
dados, o referido órgão ressaltou que “não foi possível identificar, fidedignamente, o quantitativo
de pessoas com nome social que fazem parte do grupo LGBT+, tendo em vista que a população
não possui conhecimento do conceito Nome Social. Como resultado, temos inscrições preenchidas
erroneamente no campo específico como exemplo: nome da mãe, apelido, sobrenome e etc.”.
Foi salientado também que “a Agência Popular de Habitação de Mato Grosso do Sul realiza os
processos de seleção por meio de sistema eletrônico, de forma transparente e auditável, atendendo
as normas de cada programa habitacional”, e que a mesma segue os critérios estaduais de pré-
seleção, e estes são aprovados pelo Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso do Sul,
estando disponíveis nas Portarias AGEHAB/MS nº 66 de 20/12/2016 e nº 01, de 03/01/2017 - Lote
Urbanizado e Decreto nº 14.251 de 28/08/2015 referente ao Programa Financiado e Subsidiado
com Recursos do FGTS. Quanto aos programas habitacionais de interesse social com recursos
do governo federal, informaram-nos que o ente responsável pelos critérios de pré-seleção é o
Ministério de Desenvolvimento Regional, e dessa forma, são aplicados os critérios da Portaria nº
163, 06/05/2016 do antigo Ministério das Cidades e Portaria nº 2.042, de 23/06/2022 Ministério do
Desenvolvimento Regional.
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Objetivando a interação dos serviços prestados através da Defensoria Pública de Mato Grosso do
Sul, a fim de contribuir para esse estudo, e certos que esse órgão conduz sua missão no intuito de
garantir e promover o acesso da população hipossuficiente e vulnerável à ordem jurídica justa por
meio da tutela eficiente de direitos individuais e coletivos, priorizando a via extrajudicial e, sempre
que necessário, pela judicial, solicitamos oficialmente a colaboração para a obtenção de dados
referentes à essa população atendida através de setores vinculados à esse órgão.
53
de Pesquisas e Estudos da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso Do Sul, fomos orientados
quanto à realização de novo pedido para melhor esclarecimento do mesmo.
Como dados gerais, o mesmo nos forneceu dados referentes ao total de atendidos, número de
assistidos, aos que informaram Nome Social, aos que especificaram ou não sobre o seu gênero
sexual; seguindo a repassagem, foi nos informado a faixa etária dos assistidos, à raça/cor/etnia
dos assistidos, quais desses assistidos são pertencentes à classe de Pessoa Com Deficiência
(PCD), total de registros de atendimento delimitado por Comarca, profissão relatada pelas pessoas
assistidas, e qual o assunto ou natureza do atendimento desse assistido.
Relata que foram atendidos o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado.
Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)
54
*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.
Faixa Etária* - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a 2022
Inferior à Entre 18 Entre 25 Entre 30 Entre 40 Entre 50 Entre 60 Acima de
Vazia
18 anos e 24 anos e 29 anos e 39 anos e 49 anos e 59 anos e 79 anos 80 anos
14 65 435 578 1000 651 283 129 14
*Em inferior a 18 anos podem constar casos de atendimentos via/para terceiros (as).
Fonte: DPE/MS
Gênero - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a 2022
1086 2019 44 8
Fonte: DPE/MS
Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) assistidos, atendidos nas 56 (cinquenta e seis)
comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram como seu gênero sexual como
masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino, 44 (quarenta e quatro) não
especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio. Quando relato sobre assistidos com
Deficiência, totalizou-se 43 (quarenta e três) pessoas, os quais 3.035 (três mil e trinta e cinco)
pessoas descreveram a sua raça/cor/etnia (amarela, branca, indígena, parda, preta), e elencadas
profissões descritas pelo mesmo.
Não
Amarela Branca Indígena Parda Preta Vazio
Informado
55
Comarcas que registraram atendimentos à pessoas LGBTs* - 2019 a 2022
Comarca Nº de Assistidos (as) LGBTs
Campo Grande 934
Dourados 264
Três Lagoas 161
Rio Brilhante 86
Corumbá 76
Naviraí 76
Nova Andradina 73
Ivinhema 67
Aquidauana 66
Coxim 66
Paranaíba 65
Ponta Pora 65
Sidrolândia 64
Chapadão Do Sul 60
Jardim 57
Anastácio 55
Bataguassu 55
Maracaju 55
Fátima do Sul 52
Miranda 47
Camapuã 44
Costa Rica 43
Bonito 40
Caarapó 40
Cassilândia 35
Glória de Dourados 32
São Gabriel Do Oeste 32
Itaquiraí 30
Terenos 29
Mundo Novo 26
Iguatemi 25
Nova Alvorada Do Sul 24
Amambai 23
Deodápolis 21
Bandeirantes 20
Itaporã 20
Inocência 19
Água Clara 18
Dois Irmãos Do Buriti 16
Eldorado 14
Rio Negro 14
Rio Verde De Mato Grosso 14
Angelica 13
Batayporã 13
Brasilândia 13
Nioaque 13
Porto Murtinho 13
Ribas Do Rio Pardo 13
Aparecida Do Taboado 10
56
Anaurilândia 9
Bela Vista 9
Sete Quedas 9
Coronel Sapucaia 7
Sonora 7
Pedro Gomes 5
Fonte: DPE/MS
57
Bancário - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 13
Educação - Uniderp 1
Educação - Uniderp-Anhanguera 2
Imóvel - Outros 1
Indenização - Danos morais 1
Indenização - Outros 1
Orientação 5
Telefonia - Oi 1
Cartório - Família 1
Divórcio - Litigioso 1
(vazio)
Cartório - Família e Sucessões - Andamento 138
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 6
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 34
Alimentos - Exoneração de alimentos 5
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para filhos 3
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 6
Alvará judicial - Levantamento de valores 2
Alvará judicial - Outros 2
Desistência atendimento 1
Divórcio - Consensual 1
Divórcio - Litigioso 14
Guarda - De filhos 11
Guarda - Modificação de guarda de filhos 1
Guarda - Outros 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Abertura 5
Inventário/arrolamento - Outros 11
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 4
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 2
Paternidade/maternidade - Investigação 6
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 2
maternidade
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 9
Visitas - Outros 1
Cartório - Família e Sucessões - Inicial 119
Adoção - Outros 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 29
Alimentos - Exoneração de alimentos 4
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 2
Alimentos - Para filhos 8
Alimentos - Para netos 3
58
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 6
Alvará judicial - Outros 2
Desistência atendimento 2
Divórcio - Consensual 1
Divórcio - Litigioso 11
Guarda - De filhos 9
Guarda - De netos 2
Guarda - Modificação de guarda de filhos 4
Guarda - Outros 1
Indenizatória - Outros 1
Interdição - Outros 1
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Abertura 3
Inventário/arrolamento - Outros 3
Orientação 2
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 1
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 5
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 1
maternidade
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 3
Visitas - Modificação de visitas 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
Cartório - Família e Sucessões - Sucessões 17
Alvará judicial - Levantamento de valores 1
Divórcio - Litigioso 1
Inventário/arrolamento - Abertura 9
Inventário/arrolamento - Outros 5
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 1
Cartório Apoio 4
Acordo - Extrajudicial 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Cartório Juizado 33
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Outras 1
Fraldas - Geriátricas 6
Indenização - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 3
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 1
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 5
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 5
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 4
Cartório NAS (Núcleo de Atenção à Saúde) 19
Fraldas - Geriátricas 8
Fraldas - Não geriátricas 1
59
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 8
Cartório NUFAMD (Núcleo de Fazenda, Morandia e Direitos Sociais) 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 1
casamento/óbito
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
CÍVEL INTERIOR 4578
Ação civil pública 2
Ação Civil Pública - Saúde 2
Ação Penal 36
Ação Penal - Privada 4
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 45
Ações relativas à investidores do mercado imobiliário 2
Acordo - Extrajudicial 21
Acordo - Judicial 6
Adoção - Adoção c.c. destituição do poder familiar 5
Adoção - Consensual 3
Adoção - Litigiosa 2
Adoção - Outros 5
Água e saneamento - Sanesul 4
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 36
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 119
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 769
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 3
Alimentos - Exoneração de alimentos 41
Alimentos - Gravídicos 26
Alimentos - Outros 170
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para cônjuge/convivente 2
Alimentos - Para filhos 443
Alimentos - Para netos 9
Alimentos - Revisional de alimentos de ascendentes 2
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 124
Alimentos - Revisional de alimentos de netos 1
Alvará - Cirurgia de esterilização 3
Alvará - Levantamento de valores 13
Alvará - Outros 7
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Alvará judicial - Levantamento de valores 3
Aparelhos - Home care 1
Apreensão em flagrante 1
Apuração de atos infracionais 1
Atendimento domiciliar - Home care 2
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Autorização de viagem - Nacional 3
Bancário - Cartão de crédito 2
Bancário - Empréstimo consignado 7
Bancário - Empréstimo pessoal 4
Bancário - Outros 2
Busca e apreensão - Alienação fiduciária 1
60
Busca e apreensão - Bens ou direitos 2
Busca e apreensão - Outros 4
Carta precatória 2
Carta precatória - Cível residual 1
Cautelar - Busca e apreensão 2
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 10
Cautelar - Medida de proteção 6
Cirurgia - Bariátrica 1
Cirurgia - Coluna 1
Cirurgia - Face (rosto/nariz/orelha) 1
Cirurgia - Ginecológica 1
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Neurológica 1
Cirurgia - Oftalmológica 4
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 1
Cirurgia - Outras 16
Cirurgia - Ouvido/garganta 2
Cirurgia - Quadril 2
Cirurgia - Renal 1
Cobrança - Recebimento de crédito 7
Cobranças Diversas 24
Comodato - Bem imóvel 1
Concurso Público - Autarquias/Fundações/Empresas Públicas 1
Concurso Público - Estadual 2
Concurso Público - Municipal 5
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 6
Consignação em pagamento - Outros 1
Consulta - Médico neurologista/neurocirurgião 6
Consulta - Médico ortopedista 1
Consulta - Médico psiquiatra 2
Consulta - Outros 8
Conversão de Separação em Divórcio 8
Cumprimento/execução de medidas socioeducativas 1
Declaratória de ausência - Para abertura de inventário 2
Declaratória/Anulatória - Anulação de ato jurídico/sentença/acordo 3
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 1
Declaratória/Anulatória - Outros 6
Deficiente 1
Demais bens e direitos (outros) 28
Desabrigamento 2
Desistência atendimento 5
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 4
Detran/Agetran - Outros 6
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 8
Detran/Agetran)
Devolução de bens - Imóveis 1
Divórcio - Consensual 102
Divórcio - Litigioso 160
Educação - Ceinf (creche) - vaga 8
Educação - Escola pública 1
Educação - Escolas Públicas - transferência 1
61
Educação - Escolas Públicas - vaga 4
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 1
Encaminhamento 1
Energia - Energisa 12
Energia - Outros 4
Exames - Cintilografia 1
Exames - Ecocardiograma/doppler/ECG/outros cardíacos 1
Exames - Eletroneuromiografia 1
Exames - Outros 4
Exames - Ressonância magnética em crânio 1
Exames - Ressonância magnética outras 1
Exames - Sangue diversos 1
Execução - Título judicial 21
Execução penal 35
Execução -Título extrajudicial 16
Fisioterapia - Ambulatorial 1
Guarda - Concessão de guarda 3
Guarda - De filhos 241
Guarda - De netos 26
Guarda - De sobrinhos 19
Guarda - Modificação de guarda 27
Guarda - Modificação de guarda de filhos 36
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Modificação de guarda de sobrinhos 2
Guarda - Outros 33
Guarda - Sem grau de parentesco 1
Honorários - Execução 1
Honorários - Execução de honorários 1
Idoso 4
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 3
Imóveis - Agência Municipal de Habitação 2
Imóveis - Desapropriação 2
Imóveis - Municipal 2
Imóveis - Outros 13
Imóveis construtoras/incorporadoras - Financial 2
Imóvel - Domínio de imóvel 2
Imóvel - Outros 10
Imóvel - Possessória 10
Indenização - Danos materiais 8
Indenização - Danos morais 20
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 10
Indenização - Outros 9
Indenizatória - Danos morais e materiais 5
Indenizatória - Outros 2
Interdição - Levantamento de interdição 3
Interdição - Outros 15
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 18
Interdição - Substituição de curador 11
Internação - vaga hospitalar 3
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 29
químico
62
Internação compulsória - tratamento psiquiátrico/dependente químico 14
Internação involuntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente 10
químico
Internação involuntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 5
Internação voluntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente químico 2
Internação voluntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 1
Inventário/arrolamento - Abertura 77
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Inventário/arrolamento - Habilitação de herdeiro 6
Inventário/arrolamento - Outros 65
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 17
Locação - Arbitramento de aluguel 3
Locação - Despejo 15
Locação - Outros 2
Mandado de segurança 2
Mandado de Segurança - Deficiente 1
Medicamentos - Artrite, artrose, osteoporose e osteoartrose 1
Medicamentos - Autismo 4
Medicamentos - Câncer 2
Medicamentos - Diabetes 21
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 10
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 4
Medicamentos - Hepatite 1
Medicamentos - Imunoterapia 3
Medicamentos - Intolerância alimentar 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 74
Medida de proteção - Acolhimento familiar 5
Medida de proteção - Afastamento da residência 1
Medida de proteção - Desabrigamento 4
Medida de proteção - Outros 21
Medida protetiva - Afastamento do lar 8
Medida protetiva - Outras 12
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 2
Monitória - Outros documentos 1
Monitória - Títulos prescritos 1
Orientação 279
Orientação familiar 14
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 177
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 8
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 95
Paternidade/maternidade - Outros 8
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 21
maternidade
Pedido de providências - Com desacolhimento 1
Pedido de providências - Outros 8
Plano de saúde - Cassems 1
Pocesso administrativo - Não disciplinar 1
Possessórias - Demarcatória 1
63
Possessórias - Interdito Proibitório 1
Possessórias - Outros 6
Possessórias - Reintegração de posse 20
Possessórias - Reivindicatória 4
Prestação de contas - Outros 1
Previdenciário - Aposentadoria por idade 1
Previdenciário - Auxílio doença 6
Previdenciário - BPC 4
Previdenciário - outros 17
Próteses/órteses - Outras 4
Registros Públicos - Alteração de nome/patronímico 14
Registros Públicos - Anulatória de Registro Civil 1
Registros Públicos - Inclusão de etnia indígena 1
Registros Públicos - Outros 10
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 3
Registros Públicos - Registro de óbito tardio 1
Registros Públicos - Registro tardio indígena 1
Registros Públicos - Restauração de registro 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 38
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 34
casamento/óbito
Registros Públicos - Retificação de Registros de imóveis 1
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
Registros Públicos - Suprimento de Registro 1
Regularização fundiária - Outros 4
Regularização fundiária - Posse/Domínio de Imóvel 2
Rescisória - Desconstituição de sentença/acordão 1
Servidor Público - Licença saúde 1
Servidor Público - Municipal 2
Servidor Público - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Outros 2
Sobrepartilha de bens - Sonegados no divórcio/separação judicial 2
Sociedade - Extinção/dissolução 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 6
Suprimento Judicial - De idade para casamento 1
Suprimento Judicial - Outros 2
Suprimento/Autorização Judicial - Suprimento de consentimento para 1
casamento
Suprimento/Autorização Judicial - Suprimento de idade para casamento 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 5
Telefonia - Outros 1
Trabalhista - Direitos diversos 6
Transporte - Outros 1
Transporte - Tratamento fora do domicílio - TFD 2
Tributos - Execução fiscal estadual 1
Tributos - Execução fiscal municipal 7
Tributos - Isenção de custas judiciais (taxa judiciária) 2
Tributos - Isenção de IPTU (LOAS) 1
Tributos - Outros 1
Tutela - Nomeação de tutor 2
União estável - Conversão da união estável em casamento 2
64
União estável - De relações homoafetivas 1
União estável - Outros 5
União estável - Reconhecimento 2
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 11
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 111
Urbanismo 1
Usucapião - Bem imóvel 38
Usucapião - Bem móvel 1
Vacinas - Diversas 2
Violência Doméstica 5
Visitas - Conselho Tutelar 1
Visitas - CREAS 1
Visitas - Fixação de visitas 11
Visitas - Modificação de visitas 4
Visitas - Modificação/Revisional de visitas 2
Visitas - Outras 8
Visitas - Outros 5
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 31
Visitas - Regulamentação de visitas de netos 5
(vazio)
Coord. - NUCCON (Núcleo do Consumidor) 8
Água e saneamento - Sanesul 1
Bancário - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 2
Energia - Energisa 1
Imóvel - Possessória 1
Outros assuntos - espécies 2
(vazio)
Coordenadoria - Unidade Centro 139
Encaminhamento 2
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Inventário/arrolamento - Outros 1
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 133
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
CRIMINAL INTERIOR 1102
Ação Penal 146
Ação Penal - Privada 5
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 2
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 380
Acordo - Extrajudicial 4
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 4
Alimentos - Para filhos 3
Apreensão em flagrante 5
Apuração de atos infracionais 3
Audiência - Custódia 1
Autorização de viagem - Nacional 1
Carta precatória 1
Cautelar - Medida de proteção 2
Cautelar - Outros 1
65
Cobranças Diversas 1
Contravenção penal 1
Delegacia/Presídios 4
Desistência atendimento 3
Devolução de bens - Outros 1
Divórcio - Litigioso 2
Educação - Escolas Públicas - vaga 1
Execução - Título judicial 1
Execução penal 310
Guarda - De filhos 2
Habeas Corpus - Individual 4
Imóveis construtoras/incorporadoras - ADMS 1
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 1
Infração/penalidade administrativa - Estadual 1
Interdição - Outros 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Medida de proteção - Acolhimento familiar 1
Medida de proteção - Afastamento da residência 4
Medida de proteção - Desabrigamento 1
Medida de proteção - Outros 9
Medida protetiva - Afastamento do lar 7
Medida protetiva - Outras 18
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 5
Medida socioeducativa - Execução meio aberto 3
Medida socioeducativa - Outros 2
Medida socioeducativa - Remissão da medida 1
Orientação 73
Orientação familiar 14
Outros assuntos 22
Outros assuntos - espécies 20
Prisão em Flagrante 11
Registros Públicos - Outros 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 2
Violência Doméstica 10
Visitas - Outras 1
Visitas - Outros 1
(vazio)
Criminal Juri 9
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 9
Defensorias Cíveis de 2ª Instância 1
Orientação 1
(vazio)
Defensorias Criminais de 2ª Instância 1
Orientação 1
(vazio)
DEFESA - Matérias Cíveis Residuais 22
Acordo - Extrajudicial 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 2
66
Alimentos - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 2
Devolução de bens - Imóveis 1
Honorários - Execução 1
Imóvel - Outros 1
Imóvel - Possessória 1
Indenização - Danos materiais 2
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 2
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 4
Defesa do Homem 37
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 13
Execução penal 1
Violência Doméstica 23
(vazio)
Direitos Transindividuais Específicos, Falências, Recuperações, 55
Insolvências e Precatórias Cíveis
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 1
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Para filhos 1
Carta precatória - Cível residual 3
Carta precatória - Outros 35
Cumprimento de sentença em ACP/Ação coletiva 1
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 1
Detran/Agetran)
Encaminhamento 1
Honorários - Execução 2
Indenização - Danos morais 2
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 3
Paternidade/maternidade - Investigação 1
(vazio)
Emei / Escola 16
Educação - Ceinf (creche) - transferência 4
Educação - Ceinf (creche) - vaga 6
Educação - Escolas Públicas - transferência 2
Educação - Escolas Públicas - vaga 4
Escala de Plantão 16
Ação Penal 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Medida administrativa 2
Medida protetiva - Outras 1
Orientação 6
Orientação familiar 1
Outros assuntos - espécies 1
Execução Fiscal 1
Tributos - Execução fiscal municipal 1
Execução Penal - Regime Fechado 22
Execução penal 22
Família e Sucessões - Andamento 864
67
Ação Civil Pública 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 55
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 237
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Exoneração de alimentos 22
Alimentos - Gravídicos 5
Alimentos - Outros 49
Alimentos - Para ascendentes 3
Alimentos - Para filhos 41
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 27
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Alvará judicial - Levantamento de valores 3
Alvará judicial - Outros 2
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 1
Cautelar - Busca e apreensão de pessoa incapaz 1
Cautelar - Guarda de pessoas 2
Cobranças Diversas 1
Declaratória de ausência - Para abertura de inventário 1
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Desistência atendimento 30
Divórcio - Consensual 11
Divórcio - Litigioso 57
Encaminhamento 2
Guarda - De filhos 68
Guarda - De netos 9
Guarda - Modificação de guarda de filhos 11
Guarda - Modificação de guarda de netos 2
Guarda - Outros 4
Indenização - Outros 1
Indenizatória - Outros 2
Interdição - Levantamento de interdição 1
Interdição - Outros 7
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 5
Interdição - Substituição de curador 3
Inventário/arrolamento - Abertura 7
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Inventário/arrolamento - Habilitação de herdeiro 4
Inventário/arrolamento - Outros 40
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 15
Orientação 18
Orientação familiar 3
Outros assuntos - espécies 24
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 1
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 20
Paternidade/maternidade - Outros 2
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 2
maternidade
68
Sobrepartilha de bens - Outros 3
Suprimento Judicial - Outros 1
Tutela - Substituição de tutor 1
União estável - De relações homoafetivas 1
União estável - Outros 3
União estável - Reconhecimento 2
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 5
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 21
Usucapião - Bem imóvel 1
Visitas - Modificação de visitas 1
Visitas - Outros 9
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 4
Visitas - Regulamentação de visitas de netos 1
(vazio)
Família e Sucessões - Inicial 997
Acordo - Extrajudicial 3
Adoção - Consensual 1
Adoção - Outros 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 8
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 12
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 159
Alimentos - Exoneração de alimentos 12
Alimentos - Gravídicos 6
Alimentos - Outros 48
Alimentos - Para ascendentes 8
Alimentos - Para cônjuge/convivente 1
Alimentos - Para filhos 109
Alimentos - Para netos 4
Alimentos - Revisional de alimentos de ascendentes 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 54
Alvará - Cirurgia de esterilização 2
Alvará - Levantamento de valores 6
Alvará judicial - Levantamento de valores 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Outros 1
Carta precatória - Cível residual 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 4
Cautelar - Busca e apreensão de pessoa incapaz 1
Cautelar - Guarda de pessoas 1
Cobranças Diversas 1
Conversão de Separação em Divórcio 1
Demais bens e direitos (outros) 6
Desistência atendimento 7
Divórcio - Consensual 25
Divórcio - Litigioso 88
Encaminhamento 8
Energia - Energia Rural 1
Energia - Outros 1
Execução - Título judicial 1
Execução -Título extrajudicial 1
69
Guarda - De filhos 68
Guarda - De netos 16
Guarda - De sobrinhos 3
Guarda - Modificação de guarda 5
Guarda - Modificação de guarda de filhos 21
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Outros 6
Interdição - De ébrios habituais/viciados em tóxicos 1
Interdição - Outros 6
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 18
Interdição - Substituição de curador 5
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 1
químico
Inventário/arrolamento - Abertura 11
Inventário/arrolamento - Outros 6
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Medida de proteção - Desabrigamento 1
Medida de proteção - Outros 2
Orientação 61
Orientação familiar 4
Outros assuntos - espécies 49
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 4
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 46
Paternidade/maternidade - Outros 2
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 10
maternidade
Pedido de providências - Outros 4
Possessórias - Reintegração de posse 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 2
casamento/óbito
Sobrepartilha de bens - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Sonegados na dissolução da união estável 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 2
Tutela - Nomeação de tutor 2
União estável - Outros 1
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 3
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 23
Visitas - Fixação de visitas 2
Visitas - Modificação de visitas 4
Visitas - Outros 5
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 10
(vazio)
Família e Sucessões - Sucessões 212
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 24
Alimentos - Exoneração de alimentos 3
Alimentos - Outros 5
Alimentos - Para filhos 9
70
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 5
Alvará - Levantamento de valores 4
Alvará - Outros 4
Alvará judicial - Levantamento de valores 10
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 1
Demais bens e direitos (outros) 1
Desistência atendimento 2
Divórcio - Consensual 2
Divórcio - Litigioso 12
Guarda - De filhos 4
Guarda - De netos 2
Guarda - De sobrinhos 2
Guarda - Modificação de guarda de sobrinhos 1
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Inventário/arrolamento - Abertura 71
Inventário/arrolamento - Outros 27
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Medida de proteção - Outros 1
Orientação 5
Outros assuntos - espécies 7
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
(vazio)
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 274
Ação Penal 1
Ação Penal - Privada 1
Acordo - Extrajudicial 1
Acordo - Judicial 1
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 3
Água e saneamento - Outros 2
Água e saneamento - Sanesul 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 6
Alimentos - Para filhos 1
Alvará Judicial - Diversos 1
Aparelhos - Home care 1
Bancário - Cheque especial 1
Bancário - Outros 3
Cirurgia - Cardíaca 1
Cirurgia - Ouvido/garganta 1
Cobrança - Recebimento de crédito 8
Cobranças Diversas 37
Concurso Público - Municipal 2
Consulta - Médico reumatologista 1
Consulta - Outros 3
Contravenção penal 1
Declaratória/Anulatória - Anulação de ato jurídico/sentença/acordo 1
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Defeitos e vícios - Produtos 1
Defeitos e vícios - Serviços 1
71
Demais bens e direitos (outros) 1
Detran/Agetran - Outros 2
Divórcio - Consensual 1
Encaminhamento 1
Energia - Elektro 1
Energia - Energisa 5
Energia - Outros 2
Exames - Outros 2
Execução - Título judicial 15
Execução -Título extrajudicial 27
Fisioterapia - Domiciliar 1
Imóveis - Outros 1
Indenização - Danos materiais 17
Indenização - Danos morais 16
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 5
Indenização - Outros 7
Indenizatória - Danos morais e materiais 4
Internação - vaga hospitalar 1
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 5
químico
Locação - Arbitramento de aluguel 1
Locação - Despejo 1
Locação - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 12
Medida de proteção - Outros 1
Orientação 24
Outros assuntos - espécies 27
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Previdenciário - outros 2
Protesto - Título extrajudicial 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 2
(vazio)
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 41
Ação Penal 2
Ação Penal - Privada 4
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 15
Cautelar - Medida de proteção 1
Contravenção penal 3
Demais bens e direitos (outros) 1
Medida judicial 1
Orientação 10
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 1
(vazio)
Matérias Cíveis Residuais 133
Ações relativas à investidores do mercado imobiliário 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
72
Alimentos - Para cônjuge/convivente 1
Alvará - Outros 1
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Bancário - Cartão de crédito 1
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Empréstimo pessoal 1
Cobranças Diversas 5
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 3
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem móvel 1
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 2
Declaratória/Anulatória - Outros 3
Demais bens e direitos (outros) 1
Detran/Agetran - Outros 1
Divórcio - Litigioso 1
Educação - Outros 1
Encaminhamento 2
Execução -Título extrajudicial 2
Imóveis - Outros 5
Imóveis construtoras/incorporadoras - Financial 1
Imóvel - Possessória 2
Indenização - Danos materiais 4
Indenização - Danos morais 4
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 1
Indenização - Outros 1
Indenizatória - Danos morais e materiais 1
Interdição - Outros 2
Interdição - Substituição de curador 2
Inventário/arrolamento - Outros 1
Locação - Despejo 1
Locação - Outros 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 22
Outros assuntos - espécies 21
Planos de saúde - outros 1
Possessórias - Imissão na posse 1
Possessórias - Interdito Proibitório 1
Possessórias - Outros 1
Possessórias - Reintegração de posse 4
Possessórias - Reivindicatória 1
Previdenciário - Aposentadoria por idade 1
Protesto - Título extrajudicial 1
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 1
Registros Públicos - Registro tardio indígena 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 2
casamento/óbito
Tributos - Execução fiscal municipal 2
Usucapião - Bem imóvel 10
Visitas - Fixação de visitas 1
Visitas - Outras 1
NAS - Núcleo de Atenção à Saúde 188
73
Aparelhos - Cadeira de roda motorizada 1
Aparelhos - Concentrador de oxigênio 1
Aparelhos - Home care 1
Aparelhos - Outros 1
Aparelhos - Oxigênio/cilindro 2
Atendimento domiciliar - Home care 8
Cirurgia - Coluna 3
Cirurgia - Gastrointestinal 1
Cirurgia - Ginecológica 1
Cirurgia - Joelho 6
Cirurgia - Mão 2
Cirurgia - Oftalmológica 3
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 1
Cirurgia - Outras 7
Cirurgia - Quadril 4
Cirurgia- Pé 2
Consulta - Cirurgião dentista/odontológica 3
Consulta - Médico neurologista/neurocirurgião 1
Consulta - Médico ortopedista 5
Consulta - Médico reumatologista 1
Consulta - Outros 6
Desistência atendimento 6
Exames - Cintilografia 2
Exames - Outros 6
Exames - Ressonância coluna cervical/lombar 1
Exames - Ressonância magnética outras 4
Fisioterapia - Ambulatorial 2
Fisioterapia - Domiciliar 5
Fraldas - Geriátricas 2
Internação - vaga hospitalar 6
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 3
químico
Internação compulsória - tratamento psiquiátrico/dependente químico 1
Internação involuntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente 3
químico
Internação involuntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 3
Medicamentos - Artrite, artrose, osteoporose e osteoartrose 1
Medicamentos - Câncer 1
Medicamentos - Diabetes 5
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 6
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1
Medicamentos - Imunoterapia 1
Medicamentos - Infecções 1
Medicamentos - Lúpus 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 29
Orientação 10
Outros assuntos - espécies 7
Próteses/órteses - Outras 1
Radioterapia convencional 1
74
Registros Públicos - Outros 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 6
Transporte - Deficiente 1
Transporte - Isenção tarifária (patologia) 1
Tratamentos odontológicos - Diversos 1
Tributos - Execução fiscal municipal 1
Vacinas - Diversas 1
(vazio)
NUCCON - Núcleo de Proteção e Defesa do Consumidor e demais 505
Matérias Cíveis Residuais
Acordo - Extrajudicial 3
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 12
Água e saneamento - Sanesul 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Alimentos - Para filhos 1
Bancário - Cartão de crédito 3
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Empréstimo pessoal 3
Bancário - Outros 9
Busca e apreensão - Alienação fiduciária 1
Cirurgia - Outras 1
Cobranças Diversas 12
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Defeitos e vícios - Produtos 3
Defeitos e vícios - Serviços 6
Demais bens e direitos (outros) 140
Desistência atendimento 4
Devolução de bens - Imóveis 1
Educação - Estácio de Sá 3
Educação - Outros 3
Educação - Uniderp 5
Educação - Uniderp-Anhanguera 10
Energia - Energia Rural 1
Energia - Energisa 23
Execução -Título extrajudicial 3
Honorários - Execução 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - Degrau 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - MRV 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - Outras 1
Imóvel - Domínio de imóvel 2
Imóvel - Outros 27
Imóvel - Possessória 16
Indenização - Danos materiais 7
Indenização - Danos morais 20
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 14
Indenização - Outros 9
Locação - Despejo 4
Locação - Outros 10
Monitória - Outros documentos 2
Monitória - Títulos prescritos 1
Orientação 84
75
Outros assuntos - espécies 23
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Plano de saúde - Cassems 2
Plano de saúde - Cassi - Banco do Brasil 3
Plano de saúde - Unimed 4
Planos de saúde - outros 2
Possessórias - Outros 1
Protesto - Outros 2
Protesto - Título extrajudicial 1
Regularização fundiária - Posse/Domínio de Imóvel 1
Telefonia - Claro 4
Telefonia - Oi 1
Telefonia - Tim 1
Telefonia - Vivo 1
Usucapião - Bem imóvel 6
(vazio)
Núcleo Cartório - CENTRO 23
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 1
Imóveis - Estadual 3
Imóveis - Municipal 2
Imóveis - Outros 12
Outros assuntos - espécies 5
(vazio)
Núcleo de Mediação - CEJUSC 15
Alimentos - Gravídicos 1
Alimentos - Para filhos 1
Divórcio - Consensual 6
Divórcio - Litigioso 1
Guarda - De filhos 4
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 2
Núcleo Juizado - ESPECIAL 112
Ação Penal 1
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 3
Acordo - Judicial 3
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 2
Bancário - Cheques 2
Cobranças Diversas 11
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 1
Demais bens e direitos (outros) 12
Desistência atendimento 1
Educação - Outros 1
Execução -Título extrajudicial 1
Fisioterapia - Domiciliar 1
Indenização - Danos estéticos 1
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 5
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 1
Indenização - Outros 2
Locação - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 1
76
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 34
Outros assuntos - espécies 21
Processo administrativo - Outros 1
Protesto - Título extrajudicial 1
Telefonia - Outros 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 2
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 1
Detran/Agetran)
Fisioterapia - Ambulatorial 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 1 ao 10 - LIVRE 33
Cirurgia - Joelho 2
Cobrança - Recebimento de crédito 1
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 2
Fraldas - Geriátricas 4
Fraldas - Não geriátricas 2
Medicamentos - Diabetes 1
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 3
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 1
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 6
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 10
Núcleo Juizado - FAZENDA 1 e 2 43
Desistência atendimento 1
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 5
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 2
Detran/Agetran)
Exames - Ressonância magnética outras 1
Fraldas - Não geriátricas 4
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 3
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 4
Medicamentos - Lúpus 3
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 6
Servidor Público - Municipal 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 11
Núcleo Juizado - FAZENDA 3 e 4 31
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 4
Cobrança - Recebimento de crédito 2
Consulta - Outros 1
Desistência atendimento 1
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 2
Detran/Agetran)
Exames - Outros 1
Fisioterapia - Domiciliar 1
Fraldas - Geriátricas 5
Internação - vaga hospitalar 1
Medicamentos - Câncer 1
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 5
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1
77
Medicamentos - Outras/diversas palologias 6
Núcleo Juizado - FAZENDA 5 e 6 31
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Outras 1
Desistência atendimento 4
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 4
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 3
Detran/Agetran)
Exames - Outros 2
Fraldas - Geriátricas 8
Internação - vaga hospitalar 1
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 3
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 7 e 8 67
Cirurgia - Joelho 3
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 4
Cobrança - Recebimento de crédito 3
Desistência atendimento 9
Detran/Agetran - Outros 1
Exames - Cintilografia 1
Fraldas - Geriátricas 5
Indenização - Danos materiais 1
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 1
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 3
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 9
Medicamentos - Tireoide 4
Orientação 8
Outros assuntos - espécies 1
Servidor Público - Cominatória desvio de função 2
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 4
Núcleo Juizado - FAZENDA 9 e 0 33
Aparelhos - Outros 1
Atendimento domiciliar - Home care 3
Cirurgia - Joelho 1
Cirurgia - Outras 2
Consulta - Outros 1
Desistência atendimento 1
Fraldas - Geriátricas 7
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 5
Outros assuntos - espécies 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 9
Núcleos Criminal, Júri e Defesa do Homem 82
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 48
Energia - Energisa 1
Indenizatória - Danos morais e materiais 1
78
Outros assuntos 21
Violência Doméstica 10
(vazio)
NUDECA - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da 128
Criança e do Adolescente
Ação Civil Pública - Assuntos relativos aos Conselhos Tutelares 1
Ação Penal 2
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 2
Adoção - Adoção c.c. destituição do poder familiar 1
Adoção - Outros 1
Alimentos - Outros 4
Alimentos - Para filhos 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 2
Cautelar - Guarda de pessoas 6
Cautelar - Medida de proteção 3
Cobranças Diversas 1
Educação - Ceinf (creche) - vaga 8
Educação - Escola pública 3
Educação - Escolas Públicas - vaga 1
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 3
Execução -Título extrajudicial 1
Guarda - Concessão de guarda 14
Guarda - De filhos 7
Guarda - De netos 8
Guarda - De sobrinhos 1
Guarda - Modificação de guarda 1
Guarda - Outros 1
Guarda - Outros 5
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 1
Mandado de segurança 1
Medida de proteção - Acolhimento familiar 4
Medida de proteção - Afastamento da residência 1
Medida de proteção - Desabrigamento 4
Medida de proteção - Outros 5
Medida protetiva - Outras 1
Medida socioeducativa - Execução Unei 1
Orientação 20
Orientação familiar 1
Outros assuntos 1
Outros assuntos - espécies 3
Procedimento de apuração de atos infracionais junto ao Ministério 3
Público
Suspensão/Destituição de poder familiar 2
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Domiciliar 1
(vazio)
NUDECA - Psicossocial 6
Cautelar - Outros 1
Guarda - Outros 1
Medida de proteção - Desabrigamento 1
79
Orientação 3
NUDECA - Vagas Escolar 9
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 9
NUDEDH - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos 3
Humanos
Medida de proteção - Outros 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 1
NUDEM - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Mulher 319
Ação Penal 19
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 6
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Gravídicos 1
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 1
Atendimento na Casa da Mulher Brasileira 4
Cautelar - Busca e apreensão de bens 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 2
Divórcio - Litigioso 27
Guarda - De filhos 37
Guarda - Modificação de guarda de filhos 2
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Outros 2
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 6
Indenização - Outros 1
Mediação 1
Medida de proteção - Outros 1
Medida protetiva - Afastamento do lar 1
Medida protetiva - Outras 37
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 8
Orientação 77
Orientação familiar 30
Outros assuntos - espécies 21
Paternidade/maternidade - Investigação 2
Registros Públicos - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Sonegados na dissolução da união estável 1
União estável - Conversão da união estável em casamento 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 18
(vazio)
NUFAMD - Núcleo da Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais 227
Atendimento domiciliar - Home care 1
Ato administrativo - Municipal 1
Cobrança - Recebimento de crédito 6
Desistência atendimento 24
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 10
Detran/Agetran - Baixa de veículo 1
Detran/Agetran - Outros 6
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 6
Detran/Agetran)
80
Fraldas - Não geriátricas 1
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 8
Imóveis - Agência Municipal de Habitação 5
Imóveis - Municipal 4
Imóveis - Outros 3
Imóveis - Usucapião de imóvel Estadual/AGEHAB - desafetado 1
Indenização - Danos materiais 2
Indenização - Danos morais 3
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 2
Indenização - Outros 5
Indenizatória - Danos morais e materiais 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 1
Outros assuntos - espécies 10
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Paternidade/maternidade - Outros 1
Previdenciário - outros 1
Registros Públicos - Alteração de nome/patronímico 2
Registros Públicos - Anulatória de Registro Civil 1
Registros Públicos - Outros 11
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 33
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 37
casamento/óbito
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
Servidor Público - Cominatória desvio de função 1
Servidor Público - Municipal 1
Tributos - Execução fiscal estadual 4
Tributos - Execução fiscal municipal 18
Tributos - Isenção de custas judiciais (taxa judiciária) 2
Tributos - Isenção de IPTU (LOAS) 2
Tributos - Municipal 5
Tributos - Outros 2
Usucapião - Bem imóvel 1
NUPEMEC - Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução 6
de Conflitos
Alimentos - Gravídicos 1
Divórcio - Consensual 2
Guarda - De filhos 1
Outros assuntos - espécies 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
(vazio)
NUSPEN - Núcleo Institucional do Sistema Penitenciário 317
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 11
Cobranças Diversas 1
Execução penal 303
Outros assuntos 2
(vazio)
Peticionamento - Família e Sucessões - Andamento 44
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 12
Alimentos - Exoneração de alimentos 3
81
Alimentos - Outros 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 2
Divórcio - Litigioso 4
Guarda - De filhos 5
Guarda - Outros 1
Inventário/arrolamento - Outros 5
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Orientação 3
Paternidade/maternidade - Investigação 1
União estável - Reconhecimento 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Peticionamento - Família e Sucessões - Inicial 35
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 8
Alimentos - Outros 3
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para filhos 1
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 4
Divórcio - Litigioso 6
Guarda - De filhos 5
Guarda - Modificação de guarda de filhos 1
Guarda - Outros 1
Inventário/arrolamento - Abertura 1
Paternidade/maternidade - Investigação 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
Peticionamento - Sucessões 2
Inventário/arrolamento - Abertura 2
Processos de fora - Cível 4
Divórcio - Litigioso 1
Orientação 2
Outros assuntos - espécies 1
Processos de fora - Criminal 9
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 7
Outros assuntos 1
Prisão em Flagrante 1
Psicossocial - NUDEM 8
Mandado de segurança 1
Orientação 6
Orientação familiar 1
(vazio)
Residual Criminal 158
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 151
Delegacia/Presídios 2
Execução penal 1
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 1
(vazio)
Residual Criminal e Defesa do Homem 1
Execução penal 1
82
Sucessões - Andamento 11
Inventário/arrolamento - Abertura 1
Inventário/arrolamento - Outros 7
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Orientação 1
Sucessões - Inicial 9
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Encaminhamento 1
Inventário/arrolamento - Abertura 2
Inventário/arrolamento - Outros 1
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 3
Orientação 1
* O número de atendimentos totais aqui resulta em 11.442 por, em alguns casos, o item de atendimento não
ser descrito, constando somente a área. Por exemplo: área Cível Interior.
Fonte: DPE/MS
Referente às ações desenvolvidas por esse órgão com o intuito formativo e/ou informativo para
defensores (as), servidores (as) e assistidos (as) da Defensoria, segundo o arquivo repassado
“Levantamento NUDEDH 2019-2022”, o mesmo retornou com demandas dos anos de 2019
à 2022, totalizando 76 (setenta e seis) ações, sendo essas tanto para análise de providências,
retificação de registro civil de gênero, acompanhamento, participação da coordenação/núcleo,
ou denúncia de LGBTfobia, essas com atendimento coletivo ou individual, e elencadas como
levantamento de informações, evento/parceria/participação, ou acompanhamento; para o ano
de 2019, nos foram repassadas: “Apurar a existência/eficiência de políticas públicas voltadas a
população LGBTQI+, notadamente a existência de campo próprio para preenchimento de nome
social quando do preenchimento de fichas de cadastro, formulários, prontuários e documentos
congêneres, bem como a capacitação de servidores públicos para o uso e orientação à população
dessa funcionalidade (Estado de Mato Grosso do Sul e Município de Campo Grande); Executar
capacitação aos servidores administrativos da DPEMS referente aos direitos da população LGBT;
Foram feitos vários encontros presenciais ao longo de 2019 nas cidades de Dourados, Maracajú,
Aquidauana, Ponta Porã e Três Lagoas; Analisar sobre a necessidade de organização de mutirão
de retificação extrajudicial de nome e gênero, nos termos do provimento 73/2018 CNJ.”
83
o Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO)
está em funcionamento em razão da pandemia pela Covid19; Lançamento cartilha - Direitos das
Mulheres Lésbicas e Bissexxuais; Acompanhamento da composição e o funcionamento da Comissão
Especial Processante LGBT+ (CEPLGBT+); Acompanhamento da criação da Comissão Estadual
de Enfrentamento à Violência contra a população LGBT+ (CEVLGBT+); Registrar, acompanhar
e eventualmente apontar caminhos a solucionar a questão acerca de informação advinda por
e-mail de resposta ao ofício da Defensoria Pública da Comarca de Sete Quedas onde constou o
indeferimento de inclusão do nome social em CNH da assistida A.R.B
Acompanhar não reconhecimento do direito à isenção de taxas para retificação de registro civil
da pessoa trans relatada por e-mail advindo CENTRHO em razão da negativa à L.A.S.M; Analisar
a proposta de parceria com Aliança Nacional LGBTI+; Registrar e tomar providências acerca da
alegação de violação de direitos de pessoa transexual A.J.P, supostamente humilhada na cidade
de Dourados/MS.”
Em 2022, foram realizadas: “Providências a serem tomadas pelo NUDEDH referente ao atendimento
à SUBLGBT/MS no Dia Nacional da Visibilidade Trans (dia 28 de janeiro de 2022); Solicitação de
alteração de nome social e gênero realizada no atendimento ocorrido no dia 28 de janeiro de
2022 na Subsecretaria LGBT na cidade de Campo Grande/MS; Denúncia de transfobia conta a
Sra. V, registrada civilmente como J.G.M, interna da Penitenciária Estadual de Dourados – MS;
Denúncia de ameaças de morte por agentes e presos da Gameleira II, contra mulheres transgênero
84
custodiadas naquela unidade penal, em especial a Sra. Malu Diniz; Acompanhamento do caso de
transfobia e descaso contra a mulher trans, noticiado pelo site Campo Grande News; Participação do
Coordenador do NUDEDH no Programa Cidadania LGBT, realizado pela Subsecretaria de Estado
de Políticas Públicas LGBT+ e a Assembleia Legislativa; Solicitação de informações pertinentes ao
procedimento de retificação de registro civil da pessoa civilmente registrada como E. F. C realizada
pelo NUPIIR; Levantamento de informações sobre quais estabelecimentos penais de Mato Grosso
do Sul possuem alas ou celas específicas para custodiados(as) LGBTQIA+; Solicitação de alteração
no Regimento Interno Básico das Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Com a missão de combater o desemprego e promover a proteção social do trabalhador com base
nas políticas nacionais e estaduais de inclusão social, com ênfase nos vetores da intersetorialidade,
responsabilidade social corporativa, cidadania e economia solidária, de modo a contribuir para
o desenvolvimento sustentável sul-mato-grossense e para o estabelecimento de uma sociedade
mais igualitária, ao oficiada, a Coordenação de Estudos e Pesquisas da FUNTRAB/MS, mesmo
no empenho em integrar as ações na área do trabalho, mais especificamente na formulação e
execução das Políticas Públicas de amparo aos quesitos elencados acima, expressou que “vem
estruturando a Política Pública de Emprego, Trabalho e Renda de forma coerente, no sentido que
sejam alcançadas maior eficiência, eficácia e efetividade social nas ações desenvolvidas nessa
área em nosso Estado”.
85
órgão destinadas à essa população, dentre outras ações como a oferta de apoio associado à
empregabilidade e empreendedorismo.
O referido órgão descreveu que, “buscando colaborar com o subsidio das decisões para ações
governamentais, através da elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados
ao mercado de trabalho”, o mesmo utiliza-se em suas análises o BGIMO (Base de Gestão da
Intermediação de Mão de Obra), um sistema gerencial do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
que fornece informações essenciais para acompanhamento da ação da Intermediação de Mão de
Obra.
Apesar do BGIMO auxiliar o MTE e as Entidades Conveniadas nas tomadas de decisões, objetivando
o aumento da eficácia e a efetividade na execução da ação, além de fornecer informações para a
avaliação e acompanhamento de ações estratégicas, em resposta, a FUNTRAB esclareceu que
“não conseguiu identificar formas de atender a demanda solicitada”, pois ao examinar os dados
contidos no referido sistema, observou que o mesmo não contempla informações referentes ao
público LGBT+.
Em 2021, segundo o retorno do referido órgão, foram cadastradas, de acordo com o sexo de
autodenominação perante preenchimento na plataforma online MS Contrata +:
Categoria Quantidade
Feminino 35716
Masculino 28546
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)
86
Em 2022, segundo o retorno do referido órgão, foram cadastradas, de acordo com o sexo de
autodenominação perante preenchimento na plataforma online MS Contrata +:
Categoria Quantidade
Feminino 23932
Masculino 20621
Desconhecido 3
Homem Transexual 18
Mulher Transgênero 19
Mulher Transexual 19
Outros 27
Homem Transgênero 37
Não respondido 48
Mesmo não fornecendo dados salientes, a FUNTRAB relatou que irá provocar os responsáveis
pela manutenção do BGIMO para que ocorra essa alteração e que de alguma forma esse público
seja contemplado nos dados do sistema.
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
A Secretaria de Estado de Educação, com a visão em ser referência em educação pela qualidade
dos serviços prestados, por meio de ações inovadoras, na valorização, do respeito aos servidores
87
e do cumprimento dos preceitos legais e da ética, busca garantir a qualidade do ensino e da
aprendizagem nas escolas da Rede Estadual de Ensino, fortalecendo-as e respeitando a diversidade
do cidadão sul-mato-grossense.
A unânime busca permanente desses valores facilitou o diálogo perante a solicitação na colaboração
para obtenção de dados referentes ao público LGBT+ do MS. Diante as considerações descritas
pela mesma, a Coordenadoria de Políticas Específicas para a Educação - SED/MS expôs:
“Considerando o estabelecido na legislação brasileira, principalmente ao que se refere à garantia
de direito à educação especificados na Constituição Federal, artigos 227 e 208, na LDB/1996,
artigo 4º e artigos 10 e 11, no ECA/1990, artigos 3º, 4º, 54 e 56, e no Plano Nacional de Educa-
ção (PNE) - Lei 13.005/2014”; Considerando que a Deliberação nº 10.814/2016, do Conselho
Estadual de Educação (CEE/MS), reafirma as normas para a educação básica e a articulação
dos componentes curriculares e áreas de conhecimento das etapas de ensino, com destaque aos
temas abrangentes e contemporâneos, com ênfase à saúde, sexualidade e gênero, vida família
e social (art. 15, § 2º); Considerando que a Resolução CNE/CP nº 2, de 22/12/2017, ao instituir
a obrigatoriedade de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às etapas e
modalidades de ensino da educação básica, dá indício (art. 22) da “elaboração de normas es-
pecíficas sobre [...] orientação sexual e identidade de gênero”, ao longo da trajetória escolar dos
estudantes do país; Considerando que a Resolução/SED nº 3.443, de 17 de abril de 2018, trata
do uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e tran-
sexuais nos documentos escolares, cujo teor “veda o uso de expressões pejorativas e discrimi-
natórias para se referir a pessoas travestis e transexuais”, sendo que, para a inclusão do nome
social, é necessário a solicitação do estudante ou do responsável, conforme previsto no art. 3º:
Art. 3º O estudante travesti ou transexual deve manifestar, por
escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
matrícula ou no decorrer do ano letivo.
§1º o No caso de estudante menor de dezoito anos de idade, a
inclusão do nome social deverá ser manifestada, por escrito, pelos
pais ou responsáveis.
§2º o Quando do uso da prerrogativa prevista neste artigo, o
estudante não precisa comprovar a anotação do nome social. ”
Quando indagados sobre um melhor relato quantitativo perante o que tange o Art. 3º “O estudante
travesti ou transexual deve manifestar, por escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato
da matrícula ou no decorrer do ano letivo”, ou seja, a quantidade de estudantes que manifestaram-
se descrevendo o seu Nome social, o referido órgão retornou com o dado de que “até o dia 31 de
dezembro de 2022, constam registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162
(cento e sessenta e dois) estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.
Para tanto, o referido órgão relatou que “contempladas no planejamento pedagógico e previstas no
Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar, na perspectiva de garantia de direitos
de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na Rede Estadual de Ensino (REE/MS).
Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria conduzem e direcionam a gestão
escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no atendimento às necessidades e
especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar, diante da realidade de cada escola
e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e o desenvolvimento de uma proposta
pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua diversidade”.
Assim, conforme relatado, “as orientações direcionadas pela SED/MS em demanda às escolas
estaduais do MS devem garantir a utilização do banheiro escolar pelas pessoas conforme sua
identidade de gênero, ou seja, meninas e mulheres transexuais devem utilizar o banheiro feminino
e meninos e homens transexuais devem utilizar o banheiro masculino. Quanto às pessoas Queer
e intersexuais, essa construção deverá ser realizada em conjunto com o estudante. Em ambos os
casos, o acolhimento é premissa fundamental na concepção de escola democrática e protetora de
direitos”.
Através do questionamento sobre as ações desenvolvidas pela SED/MS para essa população
LGBT+, dentre estas atividades formativas e/ou informativas para professores e/ou alunos, o mesmo
órgão nos forneceu na devolutiva a descrição sobre como conduz a demais: “Em atendimento à
meta 7, Qualidade na Educação, estratégia 7.33 do Plano Estadual de Educação (PEE/MS), a
Secretaria de Estado de Educação (SED/MS) realizou parceria com o Ministério Público Estadual
(MPE), por intermédio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, e, também, realizou
formação continuada para os profissionais da Educação, com carga horária 40 horas, em Direitos
Humanos e Políticas Públicas - Sexualidade e População LGBT, no 2º semestre de 2021, com
previsão para nova turma no 1º semestre de 2023. No ano de 2022, foi realizado o “Seminário
Gênero e Diversidade na Escola” em parceria com as Subsecretaria de Políticas Públicas para a
População LGBT+”.
Diante esta devolutiva, a SED/MS afirma o compromisso com o ordenamento educacional vigente,
com a finalidade de assegurar e garantir a efetivação dos direitos, com vistas à aprendizagem e ao
desenvolvimento científico, cultural e humano das crianças e adolescentes presentes à REE/MS.
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Com a missão de desenvolver ações voltadas para as políticas públicas de assistência social, defesa
do consumidor, de trabalho, de cidadania, buscando exercer seu papel de forma articulada com as
89
demais políticas públicas, no âmbito Federal, Estadual e Municipal e Sociedade Civil, para então
realizar uma gestão descentralizada, visando assegurar os direitos sociais do indivíduo e da família
vulnerabilizada, criando condições para promover a sua integração, autonomia, e participação ativa
na sociedade, a SEDHAST possui como meta consolidar ações por meio de benefícios, serviços,
programas e projetos, que promovam o desenvolvimento social, a geração de emprego e renda, o
combate à fome e à violação dos direitos humanos.
“A violência, sob diversas formas, tem sido uma constante na formação, na existência e nas
relações de todas as sociedades. No entanto, a compreensão a respeito da determinação social,
política e econômica das diversas manifestações do fenômeno e o avanço na definição dos direitos
humanos, ao tempo em que identifica como violência as situações cotidianas, têm feito com que,
cada vez mais, ela seja desnaturalizada. A compreensão da violência implica abordá-la e vê-la,
também, como um problema prioritário de saúde... Daí a necessidade de se dispor de informação
mais sistemática, trabalhada, oportuna e acessível sobre a ocorrência de manifestações da
violência, sua magnitude, a distribuição na população e no espaço da cidade, o perfil das vítimas
e dos agressores, as circunstâncias envolvidas etc.”. (Trecho extraído do resumo da experiência “Observatório da
Violência: Articulação Intersetorial de Registros dos Serviços de Atenção a Pessoas Vítimas de Acidentes e Violências na Bahia”)
Diante todo o processo de desenvolvimento desse estudo, o órgão em questão se fez colaborativo
e sempre presente em atos que reafirme a cooperação no que vincula a pauta LGBT+, e o que for
mediante a sua alçada.
91
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Perante o retorno, a Coordenadoria de Ações em Saúde da SES esclarece que “as execuções
das ações de saúde são de competência das Secretarias Municipais de Saúde, cabendo a elas o
planejamento operacional e execução das políticas de saúde existentes, com ênfase nas ações
de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde de sua população”; salientando, a
Gerência de Equidade em Saúde e Ações Estratégicas retornou, relatando sua autonomia em
garantir ações de promoção à saúde, por meio do fortalecimento e integração da Atenção Primária
e da Vigilância em Saúde, objetivando ampliar o acesso e qualidade da Atenção Primária à Saúde,
tendo como meta a implementação das Políticas de Promoção da Equidade no cuidado à saúde
nas populações vulneráveis.
Para que tais aconteçam, a mesma relata que “vem reorganizando as ações de saúde na perspectiva
de reduzir as desigualdades sociais garantindo acesso da população a serviços de qualidade, com
equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde”.
“A política de promoção da equidade tem como objetivo diminuir as vulnerabilidades a que certos
grupos populacionais estão mais expostos, minimizando o preconceito à comunidade LGBT+,
população negra, migrante e discriminação social, como o racismo, a misoginia, e a exclusão social
de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as
do campo, da floresta, das águas, dos quilombos, indígenas e em nomadismo, como no caso dos
ciganos” adiciona.
Fica imprescindível e importante considerar as ações de promoção a equidade em saúde como uma
política social, assumindo a saúde como um dos direitos inerentes à condição de cidadania, com
a plena participação dos indivíduos na sociedade política a partir de sua inserção como cidadãos.
A mesma Secretaria tem como propósito “intensificar as ações voltadas a diminuir as desigualdades,
92
combater o racismo, homofobia, xenofobia, fortalecer e instituir mecanismos legislativos que
amparem a construção de propostas de melhorias da saúde das populações Negra, LGBT+, de
Rua, Ribeirinha, Migrantes, Indígenas, Albina, Privados de liberdade, do Campo, Águas e Florestas,
Quilombos, Ciganos”.
Conforme devolutiva, “no ano de 2021, mesmo com a situação da pandemia, que prejudicou
imensamente as ações anteriormente planejadas, obtiveram avanço na elaboração da Política
Estadual de Promoção a Equidade em Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul, onde foi realizada
diversas reuniões com as áreas técnicas da Secretaria de Estado de Saúde, para que cada área
fosse devidamente contemplada nesta Política, a qual só foi instituída de fato em 22 de março de
2022 por meio da Resolução N. 23/SES/MS (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.798, de 06
de março de 2022). Com a finalidade nas discussões quanto aos direitos, deveres e necessidades da
população LGBT+ e possibilidade de articulação de diversas instituições na busca do atendimento
às necessidades iminentes desta população, foi colocada em pauta e aprovada a Resolução n. 97/
SES/MS, de 22 de novembro de 2021 (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.692 de 30 de
novembro de 2021), a qual descreve o Regimento Interno do Comitê Técnico de Saúde Integral
da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (Comitê Técnico LGBT), no Estado
de Mato Grosso do Sul, e sucessivamente a Resolução “P” SES N. 664/SES, de 01 dezembro de
2021 (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.700, de 8 de dezembro de 2021) que efetuou a
designação dos membros indicados para compor o referido Comitê”.
Foi realizada também, uma reunião com a AGEPEN/MS (Agência Estado de Administração do
Sistema Penitenciário do MS), no 2º quadrimestre de 2021, onde foi construída parceria para
atenção à população LGBT+ nas Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul, principalmente no
que se refere a assistência prestada a pessoas trans privadas de liberdade a serem chamadas
pelo nome social, direito a vestimentas, liberação do apoio das ONGs na entrega de materiais de
higiene pessoal e outros pontos relevantes, uma vez que conforme relatado por tal Gerência, essa
população LGBT+ totaliza 455 (quatrocentas e cinquenta e cinco) pessoas nas unidades penais.
Seguindo, a mesma relata que foram iniciadas tratativas com a equipe do Ambulatório
Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de saúde do sistema
prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão privadas de liberdade,
principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia, a qual se deu como
efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a Gerência de Saúde do
Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário/
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto, nomeado como “Manejo
clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais, privados de liberdade do
93
Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP), Naviraí (01 e APP), Nova
Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30 (trinta) profissionais,
fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos internos trans.
Como um dos objetivos desta Gerência é o de minimizar a discriminação, sendo esse também
para este público privado de liberdade, foi relatada a realização de uma visita in loco, com o intuito
de identificar a situação vivenciada pela população LGBT+, principalmente a pessoas trans, no
sistema prisional do Estado; iniciando com os presídios femininos e masculinos de Amambai/MS
e Ponta Porã/MS, onde foi notado que além do sucesso com o respeito perante a identificação
pessoal e utilização do Nome Social, a direção direciona apesar de toda dificuldade inerente a
situação, separa as celas da melhor maneira prevista, ficando a critério do indivíduo a escolha.
Fonte: SES/MS
NOTA: O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica
(DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do
Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para
ampliar a qualidade no atendimento à população; sua estratégia geral faz referência ao processo
de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico.
95
Pessoas do sexo feminino que responderam o campo identidade de gênero e orientação
sexual na ficha e-SUS ab
Sabe-se, e relata-se pela própria SES/MS, que esses quadros “ainda está em fase de ajustas,
porém, os municípios com maior população fizeram a migração das informações para este
centralizador. Este levantamento leva em conta as pessoas que foram cadastradas no e-SUS ab e
que responderam os campos identidade de gênero e orientação sexual. Mesmo assim, temos que
96
ter em mente que nem todos os municípios possuem cobertura de Agente Comunitário de Saúde
- ACS em sua amplitude, pois este profissional é o responsável para realizar o cadastro completo
no e-SUS ab.”.
Como dado facilitatório, e na finalidade de manutenção do trabalho desse órgão “de forma
ordenada e identificar as maiores necessidades de saúde para esta população”, foi realizado um
levantamento do número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais do estado no ano de 2022
(informe datado de Abril/2021) e descrito com as informações conforme tabela abaixo; mas como
atualização, nos foi repassada esta sobre o número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais
do Estado, a quantidade de 455 (quatrocentos e cinquenta e cinco) pessoas, conforme fonte do
Sistema Integrado de Administração Penitenciária (SIAPEN / AGEPEN/MS – 03/02/2023).
IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), é responsável pela articulação
interministerial e intersetorial das políticas de promoção e proteção dos Direitos Humanos no
Brasil. Possui em sua estruturação, oito unidades finalísticas: Secretaria Nacional de Proteção
Global (SNPG), Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), Secretaria
Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), Secretaria Nacional de Promoção
e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente (SNDCA), Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), Secretaria
Nacional da Juventude (SNJ) e Secretaria Nacional da Família (SNF).
Analisando a sua atuação na promoção dos direitos humanos, considerando as diversidades que
compõem individualmente cada sujeito de direito e cada coletivo no qual se inserem esses sujeitos
na sociedade, e as particularidades dos indivíduos e grupos sociais moldados por um percurso
peculiar conforme seus contextos sociais, políticos, econômicos e culturais, solicitamos à esse
Ministério o repasse de dados referentes à essa população atendida através de setores vinculados
a esse órgão. Dentre o questionamento solicitado, estão: a quantidade de pessoas atendidas,
especialmente através dos serviços Disque 100 e Disque 180; intercorrências associadas às
questões de gênero e/ou orientação sexual; medidas promovidas, necessárias à promoção dos
97
Direitos Humanos, além de ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos
profissionais deste tocante, assim como aos usuários.
Nos foi repassado que no âmbito da SNPG, destaca-se a competência deste Departamento para
coordenar e manifestar-se com relação às ações governamentais e às medidas referentes à
promoção dos direitos LGBT´s, conforme art. 205 da Portaria 86, de 10 de janeiro de 2022, bem
como do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, nos termos do Decreto nº 9.833/2019,
como um órgão colegiado de consulta, assessoramento, estudo, articulação e colaboração do
MMFDH nas questões relativas à proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais afetados por
discriminação e intolerância.
Cabe ressaltar que por intermédio do MMFDH (representado pela SNPG), a UNIÃO, ao publicar
o Edital nº 2 de 2020 (destinado a apoiar projetos governamentais de empregabilidade LGBT,
geridos por estados e municípios), e o Edital nº 02 de 2021 (destinado ao apoio de organizações
da sociedade civil), objetivou a constituição da concessão de apoio financeiro para a execução de
projetos que promovam ações de inclusão do público LGBT+, em conformidade com as diretrizes
contidas no Plano Nacional de Empregabilidade LGBT, no qual entre elas se destacam: desenvolver
ações de formação e qualificação profissional da população LGBT, com enfoque prioritário na
população de travestis e transexuais; desenvolver ações de valorização, inclusão e respeito às
diversas identidades e orientação sexual nos ambientes de trabalho de instituições públicas e
privadas; produzir estudos e diagnósticos sobre a empregabilidade LGBT, no nível local; realizar
parcerias com instituições e organizações para a criação e manutenção de uma rede sustentável
de empregabilidade da população LGBT; promover a qualificação profissional da população LGBT
por meio de ações em projetos e programas de estágios remunerados/trainees nas empresas e
instituições parceiras.
“Considerando que a população LGBT requer atenção quanto à prevenção de todos os tipos de
violência, o Governo Federal vem atualizando o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência
LGBTfóbica, por meio deste Departamento, visando sua maior abrangência e maior efetividade
no combate à violência LGBTfóbica, conjugando, dessa forma, esforços mais contundentes,
mediante atuação coordenada e integrada entre os pactuantes e aderentes, para realização,
compartilhamento e sincronização de ações voltadas à prevenção e ao combate à violência dirigida
à população LGBT.”, cita o referido órgão, sendo declarado também que este Pacto, foi instituído
por intermédio da Portaria nº 202, de 10 de maio de 2018, com vigência de 2 (dois) anos, e recebeu,
à época, a adesão de 18 (dezoito) estados, dentre eles, o Mato Grosso do Sul.
Informado pelo referido órgão, através da Coordenação Geral de Gestão do Disque Direitos Humanos,
ainda no que diz respeito às violações de direitos de LGBT, discorre-se sobre o DISQUE 100
pois, “além de ampliar os canais de denúncia (Whatsapp, videochamadas, Telegram, App Direitos
Humanos Brasil, chats), passou, a partir dezembro de 2020, a disponibilizar o Painel Interativo de
Direitos Humanos, que pode ser acessado diretamente pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos
Humanos (ONDH) por cidadãos, cidadãs e gestores estaduais e municipais que atuam no tema” (
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/paineldedadosdaondh )
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/paineldedadosdaondh
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Por ser o encarregado, no âmbito das relações de trabalho, da defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, o Ministério Público do Trabalho,
ao organizar-se como um dos ramos do Ministério Público da União, sob o perene juramento de
cumprir fielmente a Constituição e as demais leis da República, para a construção de uma sociedade
livre, justa, solidária e sem preconceito, esse órgão colaborou para a obtenção de dados referentes
100
à essa população atendida através de setores vinculados, e assim, obtivemos os seguintes dados
abaixo elencados.
“A respeito das ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos
profissionais deste tocante, em 2018 esta Procuradoria Regional implementou o Projeto Cozinha
e Voz, que resultou na formatura das 19 mulheres em situação de vulnerabilidade, incluídas
mulheres transsexuais, em curso de expressão e de auxiliar de cozinha. E, em 2022, realizou
o evento interinstitucional Diversidade & Trabalho, em parceria com a SubsLGBT+, que contou
com a participação da palestrante e drag queen Rita von Hunty, fomentando o debate aos temas
relacionados à população LGBTQIA+, resultando na aproximação das instituições participantes”.
Como ações desenvolvidas para essa população, dentre essas as necessárias à defesa dos
direitos e interesses decorrentes de relações de trabalho, aquelas atuantes na promoção da
defesa de interesses coletivos, ou quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente
garantidos aos trabalhadores, o mesmo órgão relatou que “em âmbito nacional, o Ministério Público
do Trabalho possui o projeto estratégico Empregabilidade LGBT+, em que são previstas diversas
iniciativas como a realização de pesquisas e criação de bancos de dados relacionadas à temática
LGBTQIA+, bem como a realização de audiências públicas, palestras e cursos profissionalizantes”.
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).
Seguindo e corroborando com Mello, Avelar e Maroja (2012), além de juntamente valer-se da
análise elaborada por Sampaio e Araújo Jr. (2006), destacamos que a política pública também se
caracteriza como um diálogo interativo entre o que é proposto pelos gestores e o que realmente
é efetivado materialmente, ocorrendo este entre as etapas de formulação e implementação da
política pública com outros atores sociais. Mello, Avelar e Maroja (2012) em seu estudo, ressaltam a
compreensão de Souza (2003) para reforçar que as políticas públicas são capazes de fornecer um
panorama do perfil dessa população, a partir de dados que, anteriormente, não existiam de forma
101
sistemática e com rigor metodológico.
À descrição anteriormente relatada, nosso objetivo primário foi o levantamento de dados situacionais
sobre a população LGBT+ juntamente com as políticas públicas LGBT+ ofertadas no Estado do Mato
Grosso do Sul, e assim ao coletar, sistematizar e analisar essas, seguimos o trajeto, levando em
consideração como as políticas públicas para a população LGBT+ são implementadas e vivenciadas
dentro do poder público estadual e de seus municípios, contando com o público alvo composto
pelos usuários/representantes LGBT+, para além dos que os assistem também, analisando como
estes observam, vivenciam e se afetam pela presença ou pela ausência de direitos, e de políticas
públicas nesse território.
Para melhor análise desse público, delimitamos esta pesquisa efetuando recortes, não só para
facilitar o levantamento, e o colecionamento dos dados, mas principalmente para o agrupamento
de informações, com a finalidade de na produção de indicadores socioeconômicos, além de
atentarmos para a maneira com que tem sido trabalhado a garantia de uma efetiva construção,
implementação e repasse de políticas públicas que integrem ou que sejam específicas para a
proteção da população LGBT+.
Portanto, para tal, decorreu-se no presente estudo sob os recortes denominados como “Perfil
sociodemográfico”, “Vulnerabilidade”, “Violência”, “Educação”, “Saúde”, “Acesso aos direitos”, e
“Atuação dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS”, os quais serão explanados
a seguir.
Perfil Sociodemográfico
Localizado no sul da Região Centro-Oeste, e limitando-se com 05 (cinco) estados brasileiros, Mato
Grosso (norte), Goiás e Minas Gerais (nordeste), São Paulo (leste) e Paraná (sudeste), e à 02 (dois)
países sul-americanos, Paraguai (sul e sudoeste) e Bolívia (oeste), Mato Grosso do Sul é uma das
27 (vinte e sete) unidades federativas do Brasil. É dividido em 79 municípios, ocupando atualmente
uma área de 357.147,995 km², com uma população estimada de cerca de 2.839.188, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) (2021), mas obtendo-se até a finalização deste,
após divulgação de uma prévia de dados até 25/12/2022, 2.833.742 habitantes, parte integrante da
102
população brasileira de 207.750.291 de pessoas.
NOTA: Devemos enfatizar que a periodicidade da pesquisa do Censo IBGE é decenal. Historicamente,
não houve Censo em 1880, sendo o seguinte realizado apenas em 1890, quando não mais havia
escravizados e já era República. Repetidos toda década, os recenseamentos do período republicano
só falharam em 1910 e 1930, excetuado também no ano de 1990, quando a operação foi adiada
para 1991, e no ano de 2020, o qual foi adiado por conta da pandemia de COVID-19, e começou
apenas em agosto de 2022, e ainda em período de análise, atualmente a mesma é proporcionada
no site do IBGE como prévia de dados. (IBGE)
359 326 33
189 142 47
223 221 2
177 151 26
103
Devido à coleta ter-se limitado em alguns instrumentos perante alguns questionamentos específicos,
estes foram trabalhados diante o quantitativo de 593 (quinhentos e noventa e três) respostas
validadas, e ao delimitar a média de idade dos respondentes de todos os Instrumentos de pesquisa,
forma identificados a população respondente entre 14 (quatorze) e 64 (sessenta e quatro) anos
(conforme tabela abaixo), obtendo como percentual maior, 179 (cento e setenta e nove) pessoas,
com faixa etária de 20 (vinte) à 24 (vinte e quatro) anos (30,2 %).
104
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)
IDENTIDADE DE GÊNERO
Não soube responder 3 0,5%
Travesti 7 1,2%
Outros 11 1,9%
Mulher Trans 13 2,2%
Homem Trans 22 3,7%
Não Binarie 60 10,1%
Mulher Cis 230 38,8%
Homem Cis 247 41,7%
Fonte: própria (dados extraídos das coletas de dados)
A maneira como é vivenciada a sua relação afetiva e/ou sexual, foi declarada em um percentual
perante sua orientação sexual, como 221 (duzentas e vinte e uma) pessoas gays (37,3%), 155
(cento e cinquenta e cinco) bissexuais (26,1%), 114 (cento e quatorze) lésbicas (19,2%), 72 (setenta
e dois) pansexuais (12,1%), e 20 (vinte) heterossexuais ( 3,4%).
105
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Não soube responder 2 0,3%
Outros 9 1,5%
Heterosexual 20 3,4%
Pansexual 72 12,1%
Lésbica 114 19,2%
Bissexual 155 26,1%
Gay 221 37,3%
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)
Ao relatar sob sua cor/raça, os mesmos respondentes, totalizaram-se em 53,5% (317) brancos,
32,9% pardos (195), 10,3 % pretos (61), 2,5 % amarelos (15), e 0,8 % indígenas (5).
COR/RAÇA
Indígena 5 0,8%
Amarela 15 2,5%
Preta 61 10,3%
Parda 195 32,9%
Branca 317 53,5%
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)
Reiterando que foi considerado apenas inscrições atualizadas nos últimos 02 (dois) anos, “foram
atendidos 02 (dois) casais homoafetivos” constatando em relação a quantidade de pessoas relativas
ao público em questão que inseriram nome social na inscrição da AGEHAB “foram 690 (seiscentos
e noventa) inscrições com preenchimento no campo “Nome social”, 658 (seiscentos e cinquenta
e oito) inscrições “cônjuges com o mesmo sexo”, e no conjunto de inscrições com preenchimento
de “Nome social” e “cônjuges com o mesmo sexo” totalizam-se 11 (onze) inscrições. Mesmo
expondo esses dados, o referido órgão ressaltou que “não foi possível identificar, fidedignamente,
o quantitativo de pessoas com nome social que fazem parte do grupo LGBT+, tendo em vista que
a população não possui conhecimento do conceito Nome Social. Como resultado, temos inscrições
preenchidas erroneamente no campo específico como exemplo: nome da mãe, apelido, sobrenome
106
e etc.” (AGEHAB)
Foram atendidos pela DPE/MS, o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado. Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta
e sete) assistidos, atendidos nas comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram
como seu gênero sexual como masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino,
44 (quarenta e quatro) não especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio; 3.035 (três
mil e trinta e cinco) pessoas descreveram a sua raça/cor/etnia (amarela, branca, indígena, parda,
preta). (DPE/MS)
Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)
*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.
FAIXA ETÁRIA* - REF. TOTAL DE ASSISTIDOS (AS) ATENDIDOS (AS) PELA DPE-MS - 2019 A 2022
Inferior à 18 Entre 18 Entre 25 e 29 Entre 30 Entre 40 Entre 50 Entre 60 Acima de 80
Vazia
anos e 24 anos anos e 39 anos e 49 anos e 59 anos e 79 anos anos
14 65 435 578 1000 651 283 129 14
*Em inferior a 18 anos podem constar casos de atendimentos via/para terceiros (as).
Fonte: DPE/MS
Não
Masculino Feminino Vazio
Especificado
1086 2019 44 8
Apesar da FUNTRAB não contemplar informações referentes ao público LGBT+, em seu sistema
(BGIMO), após solicitação referente a plataforma MS Contrata +, foram cadastrados neste, em
2021, 53 (cinquenta e três) homens transgênero, 34 (trinta e quatro) mulheres transgênero, 31
107
(trinta e uma) mulheres transexuais,13 (treze) homens transexuais, dentre outros. Em 2022, 37
(trinta e sete) homens transgênero, 18 (dezoito) homens Transexuais, 19 (dezenove) mulheres
transgênero, 19 (dezenove) mulheres transexuais, dentre outros.
CATEGORIA QUANTIDADE
Feminino 35716
Masculino 28546
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2021)
Categoria Quantidade
Feminino 23932
Masculino 20621
Desconhecido 3
Homem Transexual 18
Mulher Transgênero 19
Mulher Transexual 19
Outros 27
Homem Transgênero 37
Não respondido 48
108
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2022)
No retorno da SED, obtivemos o relato de que “até o dia 31 de dezembro de 2022, constam
registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162 (cento e sessenta e dois)
estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.
Já o órgão responsável pela Segurança pública em nosso Estado, SEJUSP, relatou como atendidos,
efetuando ocorrências referentes à Discriminação por LGBTfobia entre os anos de 2019 à 2022, o
total de 30 (trinta) pessoas, sendo em 2019, 03 (três) ocorridos, em 2020, 10 (dez), em 2021, 08
(oito), e em 2022, 09 (nove) ocorrências.
O mesmo órgão, declarou a reformulação de seu sistema de informação a partir de agosto de 2022,
onde o mesmo pode especificar o tipo de injúria quando esta por LGBTfobia, repassando então o
total de 25 (vinte e cinco) atendidos entre Agosto e Dezembro de 2022.
109
Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)
Partindo de dados referidos perante vítimas LGBT+ sob Lesão Corporal Dolosa, obteve-se retorno
com um total de 94 (noventa e quatro) atendidos, sendo em 2019, 27 (vinte e sete), em 2020, 20
(vinte), em 2021, 19 (dezenove), e em 2022, 28 (vinte e oito) atendidos.
110
Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)
IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR
Fonte: própria (dados extraídos do repasse do Sistema Integrado de Administração Penitenciária - SIAPEN / AGEPEN/MS –
03/02/2023).
Certos que esses dados demonstram um percentual populacional desse público, uma vez que
no próprio painel verifica-se uma observação descrita como “os quantitativos nesse painel
representam somente as denúncias onde a vítima se declarou LGBT”, a mesma plataforma nos
111
apresenta os dados referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. Partindo desta, pode-se relatar
que foram atendidos, no 1º. Semestre de 2020 (01/01/2020 à 30/06/2020), 27 (vinte e sete)
pessoas denunciantes pertencentes à população LGBT; no 2º. Semestre de 2020 (01/07/2020 à
31/12/2020), 16 (dezesseis) pessoas, sendo essas, após especificações fornecidas pela própria,
12 (doze) homossexuais, e 04 (quatro) dados como “outros”; totalizando assim, nesse referido ano,
43 (quarenta e três) atendidos.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
112
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020
(01/01/2020 à 31/12/2020)
Fonte: própria (dados extraídos das plataformas https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020 e
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
Em 2021, já não sendo fornecidos os dados descritos semestralmente, mas sim no período de
01/01/2021 à 31/12/2021, foram atendidas 46 (quarenta e seis) pessoas denunciantes, sendo 21
(vinte e um) homossexuais, 1 (um) bissexual, e 14 (quatorze) dados como “outros”.
113
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Novamente em 2022, foram fornecidos os dados descritos semestralmente, sendo esses no período
de 01/01/2022 à 30/06/2022 (1º. Semestre de 2022), 21 (vinte e uma) pessoas (13 homossexuais,
03 pansexual, 01bissexual e 04 definidos como “outros”); já no 2º. Semestre de 2022 (01/07/2022
à 31/12/2022), 70 (setenta) denunciantes (31 homossexual/gay, 11 bissexual, 09 homossexual/
lésbica, 02 pessoas trans. transgênero, 01 pessoa trans. Transexual, 01 pessoa trans/travesti, e
15 definido como “outros”); proporcionando assim, em 2022, atendimento à 91 (noventa e uma)
pessoas.
114
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
115
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Considerando esses achados, totaliza-se 180 (cento e oitenta) pessoas atendidas por este órgão
nos anos de 2020, 2021 e 2022.
PERÍODO PROTOCOLO DE DENÚNCIAS VIOLAÇÕES
DENÚNCIAS
Ano 2020 38 43 202
(01/01/2020 à
31/12/2020)
Ano 2021 (01/01/2021 à 44 46 211
31/12/2021)
Ano 2022 (01/01/2022 à 85 91 729
31/12/2022)
Essa população alcançada, perante neste estudo através dos Instrumentos de pesquisa, foi
116
proveniente, dentre os 79 (setenta e nove) municípios do nosso Estado, 73 % da capital, Campo
Grande, e 27 % do interior deste.
Quando nos referimos aos municípios alcançados, nessa pesquisa, mesmo não sendo informado 04
(quatro) relatos de residência municipal, obtemos os dados referidos em residentes dos munícipios
de Campo Grande, Dourados, Iguatemi, Naviraí, Miranda, Três Lagoas, Corumbá, Maracaju,
Paranaíba, Terenos, Aquidauana, Ponta Porã, Amambai, Dois Irmãos do Buriti, Bataguassu,
Jardim, Mundo Novo, Paranhos, São Gabriel do Oeste, Anastácio, Bandeirantes, Batayporã, Bonito,
Cassilândia, Ivinhema, Ladário, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paraiso das Águas, e Rio
Verde, totalizando assim, um alcance de 30 (trinta) municípios em MS. Dentre eles, destacam-se
entre os 07 (sete) municípios que obtiveram maior aceitação, os munícipios de Campo Grande
(430), Dourados (62), Iguatemi (16), Naviraí (10), Miranda (09), Três Lagoas (07), Corumbá (05).
MUNICÍPIOS RESPONDENTES
Campo Grande 430
Dourados 62
Iguatemi 16
Naviraí 10
Miranda 9
Três Lagoas 7
Corumbá 5
Maracaju 5
Paranaíba 5
Terenos 5
Aquidauana 4
Ponta Porã 4
Amambai 3
Dado não
3
informado
Dois Irmãos do
3
Buriti
Bataguassu 2
Jardim 2
Mundo Novo 2
Paranhos 2
São Gabriel do
2
Oeste
117
Anastácio 1
Bandeirantes 1
Bataypora 1
Bonito 1
Cassilândia 1
Ivinhema 1
Ladário 1
Não respondeu 1
Nova Andradina 1
Novo Horizonte
1
do Sul
Paraiso das Águas 1
Rio Verde 1
593
Fonte: própria
Sabe-se que o Estado do Mato Grosso do Sul está localizado na região Centro-Oeste do Brasil, e
faz divisa com os Estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, e Paraná, e fronteira
com o Paraguai e Bolívia.
Fonte: IBGE
Ao detalhamos a sua hidrografia, e sua posição na América do Sul (conforme imagens abaixo),
observa-se os seus principais formadores, Bacia do Alto rio Paraná (azul), Bacia do rio Paraguai
(vermelho), Pantanal (verde), e seus principais rios, Paraguai (1), Rio Paraná (2), Rio Amambai
(3), Rio Pardo (4), Rio Sucuriú (5), Rio Taquari (6), Rio Negro (7), e Rio Miranda (8), e demais,
exemplificados na tabela abaixo (caracterização das divisas e fronteiras fluviais/secas do nosso
Estado):
BACIA RIOS FRONTEIRA / DIVISA MUNICÍPIOS
FLUVIAL
Rios Rio Apa Paraguai Caracol / Bela Vista
Paraguai
Rio Nabileque Paraguai Porto Murtinho
Rio Taquari Bolívia Ladário / Corumbá
Rio Taquari Mato Grosso Pedro Gomes / Sonora
Rio Correntes Mato Grosso Alcinópolis
118
Rios Rio Sucuriú Goiás Costa Rica
Paraná
Rio Aporé Goiás Chapadão do Sul / Cassilândia
Rio Quitéria Minas Gerais Paranaíba
Rio Santana São Paulo Aparecida do Taboado
Rio Sucuriú São Paulo Selvíria / Três Lagoas
Rio Verde São Paulo Brasilândia
Rio Pardo São Paulo Santa Rita do Pardo / Bataguassu
Rio Ivinhema São Paulo Anaurilândia / Baitaporã / Taquarussú / Naviraí
Rio Amambai Paraná Itaquiraí / Aral Moreira / Laguna Carapã
Rio Iguatemi Paraná Eldorado / Mundo Novo
Rio Iguatemi Paraguai Japorã / Sete Quedas
Rio Amambai Paraguai Aral Moreira
]Fonte: Própria
Fonte: https://www.researchgate.net/publication/316675436_Checklist_da_ictiofauna_do_Estado_de_Mato_Grosso_do_Sul_Brasil
119
Fonte: PROGETEC - E. .E. Antonio Pinto Pereira - Jardim/MS (http://eeappaulas.blogspot.com/2013/06/hidrografia-de-mato-grosso-
do-sul.html)
Perante municípios da região de fronteira seca em nosso Estado (marco divisório entre dois países,
sem a presença de rio ou lago), conforme dito anteriormente, temos aqueles que fazem fronteira
com as cidades do Paraguai, sendo eles: Coronel Sapucaia (Capitán Bado - Paraguai), Paranhos
(Ypejhú -Paraguai), e Ponta Porã (Pedro Juan Caballero - Paraguai). (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/
panorama ).
Portanto, em nossa análise, diante os 30 (trinta) municípios alcançados, para as regiões descritas
acima, obtiveram-se 40 (quarenta) respondentes, sendo eles provenientes das cidades de Naviraí,
Três Lagoas, Corumbá, Paranaíba, Ponta Porã, Bataguassu, Mundo Novo, Paranhos, Bataiporã,
Cassilândia, e Ladário.
MUNICÍPIOS RESPONDENTES
Naviraí 10
Três Lagoas 7
Corumbá 5
Paranaíba 5
Ponta Porã 4
Bataguassu 2
Mundo Novo 2
Paranhos 2
Bataiporã 1
Cassilândia 1
Ladário 1
40
Fonte: própria
120
Cabe ressaltar que, segundo informações extraídas do IBGE, a inclusão de perguntas sobre a
identidade de gênero e orientação sexual no Censo 2022 foi negada, uma vez que a solicitação
encaminhada fora do tempo hábil (dois meses antes do início da coleta), não seria descrita no
mesmo “com técnica e metodologia responsáveis e adequadas, muito menos com os cuidados e
o respeito que o tema e a sociedade merecem. Haverá impacto financeiro severo, especialmente
se for constatada a necessidade de mudança metodológica, caso as perguntas precisem ser
respondidas individualmente, exigindo que as informações sejam coletadas com a própria pessoa,
o que aumentaria a necessidade de revisitas, correndo o risco de inviabilizar a operação censitária.
Essas mudanças podem diminuir significativamente a produtividade do recenseador e elevar o
tempo de coleta como um todo, aumentando o gasto com mensalistas, aluguéis, dentre outros.”
Mas diante essa solicitação, o mesmo relatou que “Ademais, os quesitos relacionados à identidade
de gênero e orientação sexual já estão previstos para investigação no conjunto de pesquisas que
compõem o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a saber: Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), no primeiro trimestre de 2023; Pesquisa Nacional
de Demografia em Saúde (PNDS), que irá a campo no segundo trimestre de 2023; Pesquisa Nacional
de Saúde (PNS), prevista para ir a campo em 2024; e na próxima edição da Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF). Inserir tais quesitos em um Censo Demográfico, em cima da hora, sem prévios
estudos, testes e treinamentos, seria ignorar a complexidade e o rigor de uma operação censitária
do porte continental da brasileira - cuja discussão e elaboração dos questionários e sucessivos
planejamentos e preparações se iniciaram em 2016. Trata-se de coletar informações em cerca
de 76 milhões de domicílios. Para isso, o IBGE vem contratando e capacitando mais de 200 mil
recenseadores, que vão bater de porta em porta, já a partir de 1º de agosto. Uma operação que já
mobilizou governos (federal, estadual e municipal), Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais,
Forças Armadas, Guardas, Brigadas, Polícias Militares e outras instâncias públicas incluindo
organismos internacionais e organizações não governamentais. Que conta ainda com outros
setores privados. Todos os processos exigiram e envolveram - a longuíssimo prazo - conversações
e negociações estratégicas, com etapas de refinamentos minuciosamente desenhadas. O IBGE
fez no ano passado os testes de homologação dos sistemas - tudo completamente e devidamente
pronto. A avaliação dos técnicos responsáveis é que alterar esses sistemas agora, para inclusão
intempestiva, põe em risco considerável toda a operação censitária. A medida pode gerar impactos
não estimados, no tempo e na qualidade das respostas dos entrevistados; e, evidentemente, causará
aumento de custos (recursos federais) não contemplados no orçamento previsto para o Censo 2022:
cerca de 2,3 bilhões de reais. Seria irresponsabilidade arriscar a integridade do Censo Demográfico
enquanto principal pesquisa do país, ainda que por iniciativa inspirada em legítimas causas e boas
intenções. De tal modo, o IBGE reafirma seu compromisso com a qualidade das pesquisas que
realiza já há 86 anos, sempre com a missão histórica de retratar o Brasil e subsidiar políticas
públicas com dados relevantes. Nesse caso - para dar cumprimento escorreito à liminar da Justiça
do Acre - restaria ao IBGE, como única alternativa possível, o adiamento do Censo 2022. O IBGE
tem ciência de que um novo adiamento do Censo imporá vultosos impactos financeiros e sociais,
inclusive prejudicando vários planejamentos nacionais, como a repartição das verbas dos Fundos
de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), além de repasses de verbas destinadas a
programas sociais. Tecnicamente e metodologicamente, um Censo não pode ser levado a campo
121
partindo de um questionário não estudado, não testado e com equipe não devidamente treinada.
Dessa forma, o IBGE acionou a AGU (Advocacia Geral da União) para recorrer da decisão e evitar
o adiamento do Censo 2022.”
Vulnerabilidade
De origem latina, derivada de vulnus (eris), que significa “ferida”, sua significativa abrangência traz
uma reflexão literal sobre ter seus direitos feridos, englobando vários eixos, perpassando dentre
os da cultura, educação e saúde, denotando então, quais fatores de risco presente em cada um
desses.
Partindo da premissa e corroborando com Oviedo, R. A. M., & Czeresnia, D. (2015) sobre a análise,
salientamos o conceito sobre o proposto recorte:
“O conceito de vulnerabilidade apresenta alta capacidade heurística e
aplicação diferenciada. Neste artigo, ele é caracterizado com base em
complexos processos de fragilização biossocial que exprimem, de maneira
inextrincável, valores biológicos, existenciais e sociais. Esta perspectiva
considera vulnerabilidade como dimensão ontológica constitutiva e constituinte
da vida humana, que reclama distintos e complexos sistemas de segurança.”
Salientamos um ponto importante, a pobreza, sendo esta um fenômeno de várias dimensões. Não
é apenas insuficiência de renda o único aparato para que uma família e/ou indivíduo satisfaça
suas necessidades básicas (como moradia, vestuário, alimentação), mas também a privação e/
ou obstáculos ao acesso sob os serviços essenciais (educação, saúde, transporte coletivo) e aos
direitos sociais básicos (trabalho, moradia, seguridade social, entre outros), demonstrativos esses
também relatados perante aos respondentes, descritos no percentual abaixo.
122
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
123
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Para Martinez (1998), a pobreza é uma situação na qual o sujeito não está em condições de satisfazer
suas necessidades em termos de sobrevivência física e também sobre o seu desenvolvimento
como pessoa, como cidadão.
A fim de estabelecer uma medição das riquezas que foram produzidas no País ou Estado para
comparar o nível do crescimento econômico com outras localidades e evidenciar possíveis
diagnósticos sobre problemas estruturais e financeiros, é produzido o índice PIB (Produto Interno
Bruto); este, é um indicador econômico que está relacionado com a atividade econômica de um
lugar durante um determinado período, representando a soma das riquezas produzidas durante
um determinado período, revelando, então, o crescimento econômico (ou não) de um lugar. (IBGE)
De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) são produzidos 02 (dois) dos
mais importantes índices de preços, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),
considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor); a
diferença entre eles está no uso do termo “amplo”, sendo o IPCA englobador de uma parcela maior
da população, apontando a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1
(um) e 40 (quarenta) salários mínimos, e o INPC, verificador da variação do custo de vida médio
apenas de famílias com renda mensal de 1 (um) a 5 (cinco) salários mínimos, enfatizando assim
os grupos que são mais sensíveis às variações de preços, os quais tendem a gastar todo o seu
rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte etc.
124
Segundo o IBGE, dentre os anos de 2019 e 2021, houve uma diminuição da renda mensal domiciliar
per capita da população total sul-matogrossense, esta aumentada no período que abrange o ano
de 2022.
Fonte: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ms/
Para somar a esses dados, ao avaliar a situação a nível populacional brasileira total, o DIEESE
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), demonstrou as variações
no índice INPC durante os anos de 2013 e 2022.
Seguindo informações do IPEA/IBGE, o Estado de Mato Grosso do Sul obteve uma variação
anual sob o índice INPC durante os anos de 2019 (4,76%), 2020 (aumentando para 7,96%), 2021
(aumentando para 10,85%) e 2022 (abaixando para 5,13%), declarado pelo mesmo, descrito a
seguir perante a variação a nível de MS e Brasil, fechando o ano de 2022 perante a perspectiva
125
demonstrada no gráfico a seguir. Apesar de não termos dados específicos, nesse sentido, para a
população LGBT+, essa avaliação é importante para ressaltar a vulnerabilidade populacional pois,
se o INPC varia positivamente, indica um aumento nos preços. Dessa forma, as famílias terão de
gastar mais para consumir os mesmos produtos; como a renda não aumenta na mesma proporção,
no entanto, o resultado prático é uma queda no consumo, com alguns itens sendo cortados da “lista
de compras” do mês. Por outro lado, se o INPC varia negativamente, indica uma queda nos preços;
dessa forma, as famílias podem gastar menos para consumir os mesmos produtos. Isso cria um
“fôlego” para que as pessoas comprem mais, tenham acesso ao lazer, obtenham uma melhor
qualidade de vida, ou até poupem parte de sua renda.
126
Fonte: IBGE – INPC 2019 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2019_dez.pdf
127
Fonte: IBGE – INPC 2020 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2020_dez.pdf
128
Fonte: IBGE – INPC 2021 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2021_dez.pdf
129
Fonte: IBGE – INPC 2022 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2022_dez.pdf
130
Fonte: IBGE - 2022
Ainda dando seguimento a informações repassadas pelo IPEA, em uma visão geral da conjuntura
econômica brasileira, o mesmo relatou trazendo neste, visões anteriores e perspectivas para
o ano de 2023: “O quadro mundial continua piorando, com inflação alta, juros em elevação e
desaquecimento do nível de atividade. No Brasil, sob o impacto da política monetária apertada,
o ritmo de expansão da atividade econômica em outubro e novembro de 2022 dá sinais de
arrefecimento na indústria e nos serviços. O mercado de trabalho, por sua vez, segue em trajetória
positiva, marcado pela queda da taxa de desocupação e, mais recentemente, pela recuperação
dos rendimentos; o crescimento da massa salarial real também corrobora o quadro positivo do
mercado de trabalho. Quanto à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), após encerrar o primeiro semestre do ano com taxa de variação acumulada em doze
meses de 11,9%, veio se reduzindo continuamente, até 5,9% em novembro. As contas públicas do
governo central se encaminham para fechar 2022 com resultados muito positivos, relativamente a
2021. Para 2023, a discussão recente tem se concentrado nas mudanças a serem realizadas no
orçamento federal e no arcabouço de regras fiscais, visando acomodar os aumentos de despesas
desejados pelo governo eleito. No front subnacional, as finanças públicas estaduais mantiveram,
em termos agregados, resultados primários positivos nos primeiros dez meses de 2022”.
Portanto, fica explícito que durante os anos de 2019, 2020 e 2021, período em que se compreendeu a
pandemia do COVID-19, a renda mensal domiciliar per capita da população total sul-matogrossense
teve um declínio, e o índice IPCN aumentou, favorecendo ainda mais a situação de vulnerabilidade
em nosso Estado.
131
Fonte: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/pib/
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
132
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
A pesquisa perante esses profissionais (“Cultura - Mapeamento da população e dos artistas LGBT
+ em MS”), contabiliza um total de 189 (cento e oitenta e nove) respostas, com total de 142 (cento
e quarenta e duas) respostas válidas, estes respondentes com faixa etária entre 14 (quatorze)
e 64 (sessenta e quatro) anos. Através do público alcançado, 34,5% desconhecem ou relatam
que não existem ações culturais LGBT+ em sua cidade, sendo este percentual evidentemente
ligado as deficiências na valorização às políticas públicas voltada à população artística LGBT+, a
desinformação da população local, e devido as dificuldades para acessar a cultura, como a falta
de eventos culturais (65,5%), barreira social - perfil do público (23,9%), preços elevados (22,5%),
e outros.
133
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Dos entrevistados, 22% relatam ser artista, com idades entre 16 (dezesseis) e 61 (sessenta e
um) anos, a maioria trabalha a mais de 05 (cinco) anos, e os mesmos (45%) relatam não receber
nenhuma renda de sua arte, sendo atuantes e obterem a renda principal somente da sua produção
artística 03% destes, devido a sua autonomia é retirada e assim são obrigados a procurar uma outra
fonte de renda, obtendo piora durante a pandemia COVID-19, onde mais da metade da população
recebeu ajuda de familiares e amigos para se manter.
134
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
135
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
136
Apesar do isolamento ter trazido sofrimento para muitos indivíduos, houve também a parte benéfica
do trabalho em home office, isto porque, o trabalho pode ser um ambiente que traz angústias devido
ao preconceito, contrastando com a intensificação devido à dificuldade para obtenção de renda,
mas também, comumente vivenciadas mediante ao quadro de pandemia ou não.
Seguindo abrangência populacional diante o fator da baixa renda, relacionado com o período
restrito da pandemia COVID-19, pode-se constatar os auxílios vinculados para ocasionalmente
proporcionar uma sustentabilidade minimamente digna.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
A promoção de habitação de interesse social em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, mediante
a construção de moradias, em especial para as classes menos favorecidas, o incentivo perante a
melhoria da qualidade e ao aumento da produtividade no setor da habitação, visando a geração
de empregos diretos e indiretos agregados à construção civil no Estado, e a promoção de estudos
dos problemas de habitação popular e execução de programas para construção de unidades
habitacionais, a fim de proporcionar a diminuição do déficit habitacional do Estado, em especial
para a população menos favorecida, são fatores decritos como bases da cultura organizacional da
AGEHAB. Como a população em geral, a população LGBT+ também sofre devido determinadas
137
ações que são comprometidas por fatores burocráticos, dentre outros, os tornando assim,
vulneráveis.
Perante dados apresentados especificamente relatados por pessoas Trans, Travestis e não Bináries,
pode-se confirmar a inexistência de formação técnica e/ou cursos de qualificação profissional
para muitos desses (apesar de maior percentual para registro CLT – 35,9%, sob a experiência
profissional), levando em consideração o interesse de muitos desses para com a realização de
capacitação formadora com intuito empregatício ou empreendedor.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
138
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
139
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
140
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
141
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
142
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Pelo fato de obterem somente o acesso aos dados preenchidos pelo público diretamente na
plataforma online, o mesmo órgão retornou com os seguintes dados descritos, conforme abaixo.
MS CONTRATA + / 2021
Categoria Quantidade
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)
143
MS CONTRATA + / 2022
Categoria Quantidade
Homem Transexual 18
Desconhecido 03
Mulher Transexual 19
Outros 27
Mulher Transgênero 19
Não respondido 48
Homem Transgênero 37
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)
Partindo do início para que tudo “aconteça”, sabemos que a documentação individual é essencial
para determinados trâmites. Para tanto, com diversas atuações, mas a missão em garantir e
promover o acesso da população hipossuficiente e vulnerável à ordem jurídica justa por meio
da tutela eficiente de direitos individuais e coletivos, priorizando a via extrajudicial e, sempre que
necessário, pela judicial, a DPE/MS, atende o público LGBT+ em determinadas situações.
Relata que foram atendidos o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado.
Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)
*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.
Gênero - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a
2022
1086 2019 44 8
Fonte: DPE/MS
Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) assistidos, atendidos nas 56 (cinquenta e seis)
comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram como seu gênero sexual como
masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino, 44 (quarenta e quatro) não
144
especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio.
145
Ribas Do Rio Pardo 13
Aparecida Do Taboado 10
Anaurilândia 9
Bela Vista 9
Sete Quedas 9
Coronel Sapucaia 7
Sonora 7
Pedro Gomes 5
Fonte: DPE/MS
Nas análises devido à aplicação dos Instrumentos de pesquisa, foi atingido o percentual de 0,3%
dos respondentes relatando que não possuem nenhum documento de identificação.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Ao questionadas as pessoas trans e travestis e não binaries, sobre a obtenção do registro civil
retificado, 80% responderam que não possuem esse documento, fato o mesmo comprovado diante
a obtenção da carteira de nome social (81%).
146
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
147
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
São diversas as atuações da Secretaria de Estado de Educação, a qual, com a visão em ser
referência em educação pela qualidade dos serviços prestados, por meio de ações inovadoras, na
valorização, do respeito aos servidores e do cumprimento dos preceitos legais e da ética, busca
garantir a qualidade do ensino e da aprendizagem nas escolas da Rede Estadual de Ensino,
fortalecendo-as e respeitando a diversidade do cidadão sul-mato-grossense, o que obtém-se
quando 27,6 % dos respondentes estão cursando o ensino superior.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
148
Diante as considerações descritas pela mesma, a Coordenadoria de Políticas Específicas para a
Educação - SED/MS expôs:
Para tanto, o referido órgão relatou que “contempladas no planejamento pedagógico e previstas no
Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar, na perspectiva de garantia de direitos
de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na Rede Estadual de Ensino (REE/MS).
Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria conduzem e direcionam a gestão
escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no atendimento às necessidades e
especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar, diante da realidade de cada escola
e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e o desenvolvimento de uma proposta
pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua diversidade”.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
De acordo com Vasconcellos (2001), a acessibilidade, é a medida mais direta dos efeitos de um
sistema de transporte, e pode ser vista como a facilidade de se atingir os destinos desejados, os
quais podem ser alcançados por uma pessoa, levando-se em conta o tempo, o custo necessário,
e outros, podendo ser este destinado para acesso ao lazer, ou demais compromissos diários
(trabalho, relacionados à saúde, educação, e outros).
Em uma visão mais específica, a existência de um serviço de transporte coletivo acessível, eficiente
e de qualidade, que garanta a acessibilidade da população a todo o espaço urbano, pode aumentar
consideravelmente a disponibilidade de renda e tempo dos mais vulneráveis, propiciar o acesso aos
serviços sociais básicos (saúde, educação, lazer), e às oportunidades de trabalho. Nesse sentido
se entende o transporte coletivo como importante instrumento de combate à pobreza urbana e
150
de promoção da inclusão social para todos os públicos, sendo esses pertencente ao público em
geral, ou como delimitados pela pesquisa, público LGBT+, esse também, sem ou com deficiência
instalada.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
151
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
152
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Em nossas pesquisas, ao extrairmos dados referentes à maneira como o indivíduo se locomove para
ir estudar, e também para ir receber seus atendimentos em saúde, verificamos que grande parte dos
respondentes não possuem carro próprio, dependendo de transporte público municipal, ou efetua
as suas atividades ao ir caminhando (à pé), ou até mesmo através de aplicativos de transportes.
153
Quando referido sob a gratuidade adquirida perante o passe livre, para ao público envolvido na área
da educação obteve-se 24,3% de afirmativas, fato esse dado devido à abordagem da possibilidade
de cadastro municipal estudantil “passe livre”, observada a grande diferença quanto as negativas
(98%) dos respondentes da área da saúde.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
154
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Perante o retorno, a Coordenadoria de Ações em Saúde da SES esclarece que “as execuções
das ações de saúde são de competência das Secretarias Municipais de Saúde, cabendo a elas o
planejamento operacional e execução das políticas de saúde existentes, com ênfase nas ações
de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde de sua população”; salientando, a
Gerência de Equidade em Saúde e Ações Estratégicas retornou, relatando sua autonomia em
garantir ações de promoção à saúde, por meio do fortalecimento e integração da Atenção Primária
e da Vigilância em Saúde, objetivando ampliar o acesso e qualidade da Atenção Primária à Saúde,
tendo como meta a implementação das Políticas de Promoção da Equidade no cuidado à saúde
nas populações vulneráveis.
Para que tais aconteçam, a mesma relata que “vem reorganizando as ações de saúde na perspectiva
de reduzir as desigualdades sociais garantindo acesso da população a serviços de qualidade, com
equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde”.
“A política de promoção da equidade tem como objetivo diminuir as vulnerabilidades a que certos
grupos populacionais estão mais expostos, minimizando o preconceito à comunidade LGBT+,
população negra, migrante e discriminação social, como o racismo, a misoginia, e a exclusão social
de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as
do campo, da floresta, das águas, dos quilombos, indígenas e em nomadismo, como no caso dos
155
ciganos” adiciona a SES/MS.
Fica imprescindível e importante considerar as ações de promoção a equidade em saúde como uma
política social, assumindo a saúde como um dos direitos inerentes à condição de cidadania, com
a plena participação dos indivíduos na sociedade política a partir de sua inserção como cidadãos.
A mesma Secretaria tem como propósito “intensificar as ações voltadas a diminuir as desigualdades,
combater o racismo, homofobia, xenofobia, fortalecer e instituir mecanismos legislativos que
amparem a construção de propostas de melhorias da saúde das populações Negra, LGBT+, de
Rua, Ribeirinha, Migrantes, Indígenas, Albina, Privados de liberdade, do Campo, Águas e Florestas,
Quilombos, Ciganos”.
Conforme devolutiva, “no ano de 2021, mesmo com a situação da pandemia, que prejudicou
imensamente as ações anteriormente planejadas, obtiveram avanço na elaboração da Política
Estadual de Promoção a Equidade em Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul, onde foi realizada
diversas reuniões com as áreas técnicas da Secretaria de Estado de Saúde, para que cada área
fosse devidamente contemplada nesta Política, a qual só foi instituída de fato em 22 de março de
2022 por meio da Resolução N. 23/SES/MS (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.798, de 06
de março de 2022).
Foi realizada também, uma reunião com a AGEPEN/MS (Agência Estado de Administração do
Sistema Penitenciário do MS), no 2º quadrimestre de 2021, onde foi construída parceria para
atenção à população LGBT+ nas Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul, principalmente no
que se refere a assistência prestada a pessoas trans privadas de liberdade a serem chamadas
pelo nome social, direito a vestimentas, liberação do apoio das ONGs na entrega de materiais de
higiene pessoal e outros pontos relevantes, uma vez que conforme relatado por tal Gerência, essa
população LGBT+ totaliza 455 (quatrocentas e cinquenta e cinco) pessoas nas unidades penais.
Seguindo, a mesma relata que foram iniciadas tratativas com a equipe do Ambulatório
Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de saúde do sistema
prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão privadas de liberdade,
principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia, a qual se deu como
efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a Gerência de Saúde do
Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário/
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto, nomeado como “Manejo
clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais, privados de liberdade do
Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP), Naviraí (01 e APP), Nova
Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30 (trinta) profissionais,
156
fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos internos trans.
Como um dos objetivos desta Gerência é o de minimizar a discriminação, sendo esse também
para este público privado de liberdade, foi relatada a realização de uma visita in loco, com o intuito
de identificar a situação vivenciada pela população LGBT+, principalmente a pessoas trans, no
sistema prisional do Estado; iniciando com os presídios femininos e masculinos de Amambai/MS
e Ponta Porã/MS, onde foi notado que além do sucesso com o respeito perante a identificação
pessoal e utilização do Nome Social, a direção direciona apesar de toda dificuldade inerente a
situação, separa as celas da melhor maneira prevista, ficando a critério do indivíduo a escolha.
Apesar de nossa pesquisa obter 40% dos respondentes afirmando fazer uso de hormonioterapia, e
desses 15% buscarem auxílio em rede pública para a realização de tal.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
157
mesmo, pois não possuem uma equipe completa necessária para habilitação do mesmo junto ao
Ministério da Saúde, no entanto, os atendimento estão sendo realizados mas não integralmente,
devido à falta de alguns medicamentos e negativa diante às cirurgias, mesmo somente 25% da
população declarando a tentativa na aquisição de hormônios ou bloqueadores hormonais através
da rede pública de saúde e obtendo sucesso para tal aquisição.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Todos esses quesitos os quais se transformam em obstáculos perante ao acesso aos serviços
de saúde, foram descritos na análise enfatizada anteriormente, afirmando mais uma vez tais
dificuldades encontradas.
Mesmo sem dados significativos perante o órgão citado acima, o painel de dados da OHND/MMFDH
proporciona a situação do grupo vulnerável LGBT+ perante a totalidade dos sul-matogrossenses,
e também ao desagregar em seus municípios; são esses melhor descritos no recorte “Violência” e
abaixo delimitados para colaborar na visão municipal perante a vulnerabilidade.
158
Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma - 1º. Semestre de 2020 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/
primeiro-semestre-de-2020 )
159
Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma – 1º. Semestre de 2022 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-
dados/2022)
Violência
Um estudo de 2019 (VOTE LGBT), mostra a trajetória do ciclo de inclusão e exclusão dessa
população na sociedade, através de uma perspectiva ou não de culminância da violência perante
os mesmos:
160
Fonte: VOTE LGBT Diagnóstico LGBT+ na pandemia 2021
Os ataques à comunidade LGBTQIAP+ aumentaram e, com base nos dados coletados nos anos
2020 e 2021, divulgados no ano de 2022 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houveram
35,2% mais agressões, 7,2% mais homicídios e 88,4% mais estupros. De acordo com o Observatório
de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil (2023) “durante o ano de 2021 ocorreram 316 mortes
LGBT+ de forma violenta no país, onde dessas, 285 foram assassinatos, 26 suicídios e 5 outras
causas”; no ano de 2021, a cada 27 h um cidadão LGBTI+ foi assassinado no Brasil.
Em 2015, a CIDH acolheu a ideia da existência de determinados fatores que deixam as pessoas
LGBT+ mais vulneráveis à violência, ou que agravam as consequências de tal violência, admitindo
que “existe uma estreita relação entre raça, classe socioeconômica e pobreza, que faz com que a
população afrodescendente seja atingida de maneira adversa por múltiplos níveis de discriminação.
Com isso, lança-se a ideia de que uma mulher trans afrodescendente que seja deslocada
internamente para uma zona rural e viva na extrema pobreza experimentará a violência de uma
maneira diferente a um homem gay, branco, com alto poder aquisitivo e que viva numa metrópole”.
161
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
O indivíduo está susceptível à violação de direitos em qualquer ambiente, como vimos anteriormente;
para que se obtivesse uma fragmentação mais específica, delimitamos no “Instrumento de pesquisa
“Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em MS” o questionamento
sobre ocorrência de violência ou preconceito no atendimento à saúde (“Você já sofreu algum
tipo de violência ou preconceito no atendimento à saúde?”), onde 35 % (31) dos respondentes
afirmaram esta questão, contra 65 % de negativas, mostrando que no ambiente do atendimento da
saúde, mesmo relatados o preconceito ou discriminação por conta da orientação sexual (22,7%),
o desrespeito ao tratamento de acordo com o gênero (17%), ter atendimento dificultado ou negado
(12,5%), o desrespeito ao nome social (12,5%), a violência sexual (2,3 %), dentre outros (2,3%),
ainda assim, a trazem como um grande percentual de diferença benéfico para tal.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
162
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Dentre as violências relatadas, segue, com 62,6% sob violência psicológica (204 respondentes),
14,1% sob violência física (46 respondentes), 10,4% sob violência sexual (34 respondentes), e 9,5
% sob algum outro tipo de violência (31 respondentes).
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
163
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Quando questionados sobre o local da violência, o maior percentual foi o de 54,7 % de ocorrência
dentro de casa, no ambiente familiar, com 123 (cento e vinte e três) respondentes, seguidos de 52,9
% de ocorrência da violência no meio urbano (rua), com 119 (cento e dezenove) respondentes.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Ao obter o retorno perante o órgão responsável pela segurança pública do nosso Estado, SEJUSP/
MS, através das denúncias ocorridas nos 04 (quatro) últimos anos (totalizando assim 94 denúncias),
pôde-se constatar a igualdade perante o tipo de local da violência de vítimas LGBT+, sendo nessa
também que a residência dada como primária (41 denúncias), seguida da via urbana (26), presídio/
penitenciaria/reformatório (3), bar/lanchonete/café (3), propriedade rural (2), e outros lugares (19).
164
Vítimas LGBTQIA+ de Lesão Corporal Dolosa em MS
Ano
Tipo de Local Total Geral
2019 2020 2021 2022
RESIDENCIA 13 11 8 9 41
VIA URBANA 7 4 6 9 26
PRESIDIO / PENITENCIARIA / REFORMATORIO 0 0 0 3 3
BAR / LANCHONETE / CAFE 0 0 0 3 3
PROPRIEDADE RURAL 1 0 1 0 2
Outros lugares 6 5 4 4 19
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS.
A violência perante todas as suas formas pode estar presente também no meio cultural; nosso
Estado detém um volume populacional voltado tanto profissionalmente (22 %) quanto àqueles que
prestigiam essa (78%), sendo esses perante. Sendo assim, nossos artistas relataram diante a
pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS” sob 52 % de violência
ou preconceito relativos à sua arte, dentre eles, a violência verbal / ofensas / xingamentos, discurso
de ódio, preconceito pela linguagem artística, ameaça / repreensão, censura, violência sexual /
assédio, e violência física.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
165
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
166
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Neste mesmo ambiente, foram coletados os diversos responsáveis pela violência, preconceito e/
ou discriminação, esses advindos desde perante desconhecido (s) (32,3%), familiar(es) (35,5%),
professor(es) (41,9%), alunos (as) (77,4%), e até mesmo de funcionário(s) administrativos/secretaria
(41,3%).
167
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
De acordo com os outros relatos, também pudemos comprovar a ausência de registros formais
perante a violência apresentada no ambiente escolar (70,3%), mas quando registrada, esta se
deu pela própria vítima (8,1%), eu mesmo (a) (que presenciei) (8,1%), por pessoas desconhecidas
(2,7%) ou por amigos (as) (2,7%).
168
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Perante uma visão profissional, dentre do ambiente escolar, pode-se perceber que 19% dos
entrevistados já presenciaram alguma situação, em sala de aula ou no intervalo de aula, em que
um (a) aluno (a) foi alvo de preconceito e/ou discriminação por parte de colegas, por apresentar
comportamentos que não são considerados “culturalmente” adequados em relação ao seu sexo,
mas quando relacionado especificamente à sua orientação sexual e/ou identidade de gênero, os
mesmos, 19,3 % já presenciaram, 4,4% já vivenciaram, e outros 3,5% já vivenciaram e presenciaram,
sendo essas tanto a partir de violência verbal (bullying, xingamentos, chacota, etc.) (71,8%),
desrespeito ao tratamento de acordo com a identidade de gênero (pessoas trans e não-bináries)
(35,5%), desrespeito ao nome social (35,5%), violência física (12,9%), acesso ao banheiro restrito
ou negado (12,9%), quanto ao ter atendimento escolar dificultado ou negado (3,2%), a grande
efetuados por parte dos alunos (as) (61,3%), seguidos dos desconhecido(s) (9,7%), familiar(es)
(6,5%), e dos professor(es) (3,2%).
169
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
170
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Reiteramos mais uma vez a ausência de denúncias perante a violência apresentada, sendo
esse dado também confirmado através do percentual de 85% no registro formal de ocorrências /
protestos / queixa diante os fatos ocorridos/vivenciados pelo profissional no âmbito escolar, mas
quando efetuados, estes foram através de registro em ata da escola (70,6%), denúncia junto ao
Ministério Público (5,9%), boletim de ocorrência (5,9%), dentre outros (11,8%), com maior caso de
apresentação mediante a pessoa que foi a vítima (47,1%) seguida do entrevistado ter sido o próprio
apresentador do registro (17,6%).
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
171
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Visto isso, foram várias as medidas tomadas, dentre elas, as descritas: “Algo desagradável. Aluno
foi chamado de estranho pelo estilo ousado” (Bullying), foi realizado atendimento pela equipe da
escola e parceria com os pais e responsáveis, e também aplicação do regimento escolar; “Como
professora fui procurada por estudantes passando por situações de preconceito e discriminação na
escola e todas as vezes levei o caso a direção para que fossem tomadas as devidas providências
e sempre fui atendida”; “É comum em sala de aula vermos crianças ou adolescentes usando
termos estereotipados ou palavras ofensivas com algum aluno que apresenta comportamento ou
características diferentes. Quando isso acontece, eu repreendo a atitude e converso com a turma
sobre a liberdade que temos e a diversidade existente”; “Falta de respeito de colegas e professores
ao nome social e à identidade de gênero de pessoa trans, hostilidade no uso do banheiro por
pessoa trans, comentários homofóbicos de professores, perseguição e assédio moral contra
casais de pessoas LGBTI+ estudantes. Quando houve denúncia na Ouvidoria a universidade abriu
procedimento administrativo e realizou conversas com envolvides”; “Ocorreu ao longo do ano, a
172
gestão chamou os garotos para conversar, orientou disse que era errado.”; “Depois teve caso de
homofobia com xenofobia e fizemos palestra com advogada e historiadora. Além de reforçarmos que
na escola não há lugar para preconceitos.”; “Quem mais sofre são os meninos, sendo hostilizados
por possuírem características, mais femininas. Geralmente é muito raro alguém tomar providências,
já tentei levar isso a gestão mas é muito difícil.”; “Situações onde seu comportamento ou jeito não
condizia com o padrão estabelecido e foi alvo de risos, palavrões e atitudes preconceituosas. A
princípio uma conversa com o mesmo sobre como se sentia e do quanto era importante ser aceito
e respeitado pelos outros. Chamamos o seu responsável e também o responsável dos outros, para
conversarmos sobre o ocorrido e a necessidade de respeito dentro e fora da comunidade escolar.
Esclarecer que aceitar é uma opção, mas respeitar é necessário independentemente de qualquer
pré-conceito.”; “Um estudante homossexual tocou no ombro de um estudante heterossexual e este
o bateu dizendo que estava sendo tocado de maneira desrespeitosa.”.
Mas, apesar dessa perspectiva vivenciada por esse profissional da educação, estes (86%) declaram
que não obtém conhecimento sob algum aluno LGBT+ que tenha interrompido os estudos por conta
de seu gênero e/ou orientação sexual.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Quando esse ato é apresentado, a violência, pode-se esta ser efetuada em vários locais. Para tanto,
em ambientes específicos podemos relatar especificamente onde o fato ocorreu, mas quando trata-
se de municípios, mais especificamente bairros municipais em MS onde o fato ocorreu, diante o
repasse da SEJUSP/MS, temos os seguintes dados:
173
MUNICÍPIO DO
BAIRRO DO FATO
FATO
Vila pedreira Anastácio
Aparecida do
Vila barbosa taboado
Aparecida do
Centro taboado
Serraria Aquidauana
Vila volpe II Campo grande
Universitário Campo Grande
Vila carvalho Campo grande
Portal caioba II Campo grande
Guanandi Campo Grande
Amambai Campo grande
Jardim colibri Campo grande
Jardim los angeles Campo grande
Jardim aero rancho Campo grande
Nova campo grande Campo grande
Jardim leblon Campo grande
Vila carvalho Campo grande
Jardim campo nobre Campo grande
Universitário Campo Grande
Universitário Campo Grande
Sem informação Campo grande
Jardim panamá Campo grande
Zona rural área 4 - RU do bandeira Campo grande
Vila serradinho Campo grande
Portal caiobá Campo grande
Universitário Campo Grande
Guanandi Campo Grande
Monte castelo Campo grande
Conjunto aero rancho Campo grande
Universitário Campo Grande
Parque dos Poderes Campo Grande
Parque novo século Campo grande
Vila santa luzia Campo grande
Vila progresso Campo grande
Parque do Lageado Campo Grande
Jardim canguru Campo grande
Parque isabel gardens Campo grande
Vila aimoré Campo grande
Vila romana Campo grande
Sem informação Campo grande
Vila piratininga Campo grande
Jardim aero rancho Campo grande
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Espatodia Chapadão do sul
Centro Chapadão do sul
Sibipiruna Chapadão do sul
174
Sibipiruna Chapadão do sul
Popular nova Corumbá
Centro Corumbá
Piracema Coxim
Sem informação Deodápolis
Jardim agua Boa Dourados
Vila alba Dourados
Aldeia bororó Dourados
Jardim brasília Dourados
Zona rural Dourados
Jardim são paulo Fátima do sul
Centro Fátima do sul
Alta floresta II Ladário
Moreninha Maracaju
Vila margarida Maracaju
Vila adrien Maracaju
Jardim napoleão Maracaju
Sem informação Miranda
Sem informação Miranda
Sem informação Nioaque
Centro Nioaque
Sem informação Nioaque
Nova Alvorada do
Centro Sul
Nova alvorada do
Maria de lourdes sul
Nova alvorada do
Sem informação sul
Distrito nova casa verde Nova andradina
Vila operaria Nova andradina
Sem informação Paranaiba
Santo antônio Paranaiba
Centro Paranaiba
Centro Paranaiba
Jardim maria paula Paranaiba
Santo antônio Paranaiba
Ipe branco I Paranaiba
Sem informação Paranaiba
Jardim das paineiras Paranaiba
Centro Ponta porã
Jardim planalto Ponta porã
Jardim primavera Ponta porã
Zona urbana Ribas do rio pardo
Catulino rodrigues Rio brilhante
São gabriel do
Sem informação oeste
Sem informação Três lagoas
Vila guanabara Três lagoas
Sem informação Três lagoas
Sem informação Três lagoas
Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS
175
Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS
Campo Grande 37
Cassilândia 4
Chapadão do Sul 4
Corumbá 2
Coxim 1
Deodápolis 1
Dourados 5
Fatima do Sul 2
Ladário 1
Maracaju 4
Miranda 2
Nioaque 3
Nova Alvorada do Sul 3
Nova Andradina 2
Paranaíba 9
Ponta Porã 3
Ribas do Rio Pardo 1
Rio Brilhante 1
Sao Gabriel do Oeste 1
Três Lagoas 4
Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS
Segundo informação repassada pela SEJUSP/MS, o sistema interno SIGO foi reformulado,
obtendo-se dados a partir de Agosto de 2022, sendo registrado até Dezembro de 2022, 01 (um)
caso de Discriminação por LGBTfobia no Estado do MS, sendo esse em Campo Grande, no bairro
176
do Centro deste município, não sendo informado a identidade de gênero, orientação sexual, o
indivíduo se auto informando como da cor parda, sexo masculino e pertencente ao público LGBT+.
Das 25 (vinte e cinco) vítimas de Injúria Qualificada por Discriminação em MS, destas, somente
foram descritos corretamente 02 (duas) informações, sendo 01 (um) sexo masculino, identidade de
gênero descrita como “homem”, com orientação sexual homossexual, e outro do sexo masculino,
descrito como orientação sexual homossexual; são todos estes provenientes dos seguintes bairros
e municípios do Estado de MS:
177
Fonte: Própria - Dados vítimas de Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) - SEJUSP/
MS
Quando este relacionado à Identidade de Gênero, à Orientação Sexual, sua raça ou cor, nos anos
de 2019 à 2022, temos os seguintes determinantes ocorridos:
Ano
Sexo Identidade de Gênero Orientação Sexual Total Geral
2019 2020 2021 2022
FEMININO Homem HETEROSSEXUAL 4 3 1 1 9
FEMININO Mulher BISSEXUAL 0 0 1 2 3
FEMININO Mulher HOMOSSEXUAL 1 2 0 0 3
FEMININO Homem HOMOSSEXUAL 2 0 0 0 2
FEMININO Outros HOMOSSEXUAL 1 1 0 0 2
FEMININO Não Informado BISSEXUAL 1 1 0 0 2
FEMININO Não Informado HOMOSSEXUAL 0 1 1 0 2
FEMININO Homem Não Informado 1 0 0 0 1
178
FEMININO Outros OUTRO 1 0 0 0 1
FEMININO Não Informado ASSEXUAL 0 0 0 1 1
MASCULINO Mulher HETEROSSEXUAL 4 2 4 2 12
MASCULINO Não Informado HOMOSSEXUAL 2 1 1 5 9
MASCULINO Homem BISSEXUAL 0 0 1 6 7
MASCULINO Mulher HOMOSSEXUAL 4 2 0 0 6
MASCULINO Mulher Não Informado 1 3 2 0 6
MASCULINO Travesti HOMOSSEXUAL 1 2 1 2 6
MASCULINO Homem HOMOSSEXUAL 0 1 2 2 5
MASCULINO Homem OUTRO 1 0 1 1 3
MASCULINO Transexual HOMOSSEXUAL 1 0 0 2 3
MASCULINO Homem ASSEXUAL 0 0 1 1 2
MASCULINO Outros HETEROSSEXUAL 1 0 1 0 2
MASCULINO Não Informado BISSEXUAL 0 0 0 2 2
MASCULINO Mulher OUTRO 0 0 1 0 1
MASCULINO Outros HOMOSSEXUAL 0 0 0 1 1
MASCULINO Outros OUTRO 0 0 1 0 1
MASCULINO Travesti BISSEXUAL 1 0 0 0 1
MASCULINO Travesti Não Informado 0 1 0 0 1
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código
Penal Brasileiro
Ano
COR DA PELE Total Geral
2019 2020 2021 2022
Parda 16 5 5 10 36
Branca 5 10 6 2 23
Sem Informação 3 2 4 11 20
Negra 3 3 4 5 15
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código
Penal Brasileiro
Essas vítimas de violência, quando delimitadas pela Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo
nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal
Brasileiro), temos:
179
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada
por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro)
A Comissão Especial Processante de Mato Grosso do Sul – CEPLGBT/MS instituída pelo Decreto
nº 15.334, de 19 de outubro de 2020, é um órgão permanente, autônomo, consultivo e deliberativo,
vinculado à Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS),
unidade pertencente a estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura
de Mato Grosso do Sul (SECC/MS), conforme descrito anteriormente, e tem como competência a
apuração dos atos discriminatórios previstos na Lei nº 3.157, de 27 de dezembro de 2005, que dispõe
sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no âmbito do Estado de
Mato Grosso do Sul e prevê sanções. Desde a sua criação em 2020, como fator relevante perante
nosso quadro sob a violência, foram relatados pela mesma, que constam abertos 17 (dezessete)
processos administrativos de denúncias acolhidas pela CEPLGBT/MS até o final de 2022, sendo 02
(dois) no ano de 2021 e 15 (quinze) em 2022, sendo estes provenientes dos municípios de Campo
Grande (15 processos), de Três Lagoas (01 processo), e de Nova Andradina (01 processo), e após
suas análises, desses, 06 (seis) foram encaminhados para os relatores e estão em andamento.
180
Fonte: “Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” – Antra 2022.
Fonte: “Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” – Antra 2022.
181
Verificando as informações detalhadas pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, diante
filtro aplicado no painel de dados para o MS mediante a análise da denúncia, sendo estes descritos
a seguir, ao delimitar as violações de direitos humanos sob a violência contra a população LGBT,
obtemos, os atendidos por este órgão nos anos de 2020, 2021 e 2022, totalizando 893 violações.
PERÍODO DENÚNCIAS VIOLAÇÕES
Ano 2020 36 163
(01/01/2020 à
31/12/2020)
Ano 2021 (01/01/2021 à 17 88
31/12/2021)
Ano 2022 (01/01/2022 à 78 642
31/12/2022)
Anos de 2020, 2021 e 131 893
2022
Fonte: própria (dados extraídos das plataformashttps://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020,
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 ), https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-
dados/2021 , e https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022 ).
No 1º. Semestre de 2020, foram apresentadas no grupo vulnerável LGBT, 22 (vinte e duas)
denúncias, com 139 (cento e trinta e nove) violações de direitos, sendo essas pertencentes de
uma apresentação total de 3.098 (três mil e noventa e oito) denúncias e 16.515 dezesseis mil,
quinhentos e quinze) violações de direitos, total dos grupos vulneráveis registrados no MS.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
No cenário da violação, temos como maior percentual de 38 (trinta e oito) violações de direito, o
ambiente da casa da vítima, seguido de outros cenários, como a casa onde reside a vítima e o
suspeito (30), o ambiente virtual (internet, rede social, aplicativos) (27), estabelecimento de saúde
(21), casa do suspeito (10), órgão público (03), em via pública (03), local da vítima (03), local de
trabalho do agressor (01), e em outros locais (05).
182
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
Quanto aos tipos de violações, nesse período, obtiveram-se várias classificações, dentre elas
violência psicológica (78), agressões que violam a honra (38), violência física (24), que violam o
direito à liberdade (7), crimes contra a vida (4), que violam a liberdade civil e política (1), e violações
gerais (21).
183
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020
No 2º. Semestre de 2020, o próprio painel de dados fornece uma “nuvem de palavras sobre
violações”, demonstrando o que abrange as violações descritas nesse período.
184
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
Neste, foram apresentadas no grupo vulnerável LGBT, 14 (quatorze) denúncias, com 24 (vinte e
quatro) violações de direitos, sendo essas pertencentes de uma apresentação de 2.841 (duas mil,
oitocentos e quarenta e uma) denúncias e 7.222 (sete mil, duzentas e vinte e duas) violações de
direitos, total dos grupos vulneráveis registrados no MS.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
No cenário da violação, temos como maior percentual 8 (oito) violações de direito o ambiente virtual
(no âmbito da internet), seguidos de outros cenários, como casa onde reside a vítima e o suspeito
(06), ambiente de lazer (04), unidade prisional (01), via pública (01), dentre outros (04).
185
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
186
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )
187
No ano de 2021, a “nuvem de palavras violações” anteriormente exemplificada pelo próprio painel,
abrange mais nomenclaturas, considerando um maior montante desses. Para tais violações perante
o grupo vulnerável LGBT, foram registradas 17 (dezessete) denúncias, com 88 (oitenta e oito)
violações de direitos, sendo nesse ano, dados pertencentes a um montante de 5.083 (cinco mil e
oitenta e três) denúncias e 20.772 (vinte mil, setecentos e setenta e duas) violações de direitos total
dos grupos vulneráveis registrados no MS.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
188
Assim como a “nuvem de palavras de violações”, a “nuvem de palavras motivações” em 2021
tornou-se muito mais abrangente: considerou mais nomenclaturas que explanam possíveis atos
que motivam o ocasionamento de tais violações.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
No cenário da violação nesse ano, temos o ambiente da casa da vítima com registros de local da
ocorrência de 42 (quarenta e duas) violações, seguida de 14 (quatorze) ocorrências no ambiente
da casa onde reside a vítima e o suspeito, no shopping (07), no local de trabalho da vítima (04), na
unidade prisional (04), e outros locais (17).
189
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
190
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021
Quando os registros reproduzem a violência com o público LGBT no 1º. Semestre do ano de
2022, perante o painel de dados do MMFDH, tanto as palavras descritas na nuvem de palavras de
violações” quanto na “ nuvem de palavras de motivações” explanam perfeitamente a ocorrência
desta: fator esse o qual não pausa. Para tanto obteve-se para esse determinado período, perante
o grupo vulnerável LGBT, registros de 12 (doze) denúncias, com 57 (cinquenta e sete) violações
de direitos, sendo nesse ano, dados pertencentes a um montante de 2.798 (duas mil, setecentos e
noventa e oito) denúncias e 13.936 (treze mil novecentos e trinta e seis) violações de direitos total
dos grupos vulneráveis registrados no MS.
191
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
192
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Com um percentual de maior ocorrência sendo esta com 28 (vinte e oito) violações de direito no
ambiente de trabalho da vítima no 1º. Semestre do ano de 2022, seguiu-se a descrição dessas,
relatando os demais cenários envolvidos: casa onde reside a vítima e o suspeito (12), casa da
vítima (05), casa de familiares (04), casa do suspeito (04) e instituição de ensino (04).
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
193
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
E assim, para o 2º. Semestre de 2022, diante de 2.977 (duas mil, novecentos e setenta e
sete) denúncias e 18.617 (dezoito mil, seiscentos e dezessete) violações de todos os grupos
vulneráveis do MS registrados no painel de dados da ONHD/MMFDH, quando filtrados os dados
para o grupo vulnerável LGBT, obteve-se o número de 66 (sessenta e seis) denúncias e 585
194
(quinhentos e oitenta e cinco) violações, fator esse que com certeza deve-se ao esforço mútuo
perante o processo informativo da sociedade específica sobre seus direitos, caracterizados
diante das “nuvens de palavras de violações ou de motivações” dessa violência, dentre outros.
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
195
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Distinguiu-se diante o cenário da violação, determinados locais, estes sendo a casa onde reside
a vítima e o suspeito (188), a casa da vítima (146), a via pública (81), estabelecimento de saúde
(54), o ambiente da casa do suspeito (28), ambiente perante órgãos públicos (26), ambiente virtual
(no âmbito da internet) (23), casa de familiares (10), instituição de ensino (10), local de trabalho da
vítima (09), unidade prisional (08), e ambiente de lazer/esporte/entreterimento (04).
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
196
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Fatores da identificação perante a espécie da violação diante esse semestre de 2022, foram
classificados como: 452 (quatrocentos e cinquenta e duas) violações da integridade (273 psíquica,
138 física, 24 negligência, e 17 patrimonial), 51 (cinquenta e uma) violações dos direitos sociais
(10 sob a saúde, 08 sob o trabalho, 07 sob a assistência aos desamparados, 06 moradia, 05
alimentação, 04 educação, 04 previdência social, 04 segurança, 03 transporte), 48 (quarenta e
oito) violações da liberdade (33 sexual, 09 dos direitos individuais, 04 perante a religião ou crença,
e 02 de expressão), 15 (quinze) violações da igualdade (sendo ela devido à discriminação), 08
(oito) violações dos direitos civis e políticos (06 de propriedade, 01 de acesso à informação, e 01
pela retenção de documentos), e 05 (cinco) violações perante à vida (02 sob o feminicídio, 02 sob
incitação ao suicídio, e 01 (uma) sob homicídio).
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
197
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022
Salientando, que desde 2015, a CIDH (Comissão Interamericana dos Direitos Humanos), já se
observava que as “estatísticas disponíveis não reproduzem a dimensão da violência enfrentada
pelas pessoas LGBT+ no continente americano. A Comissão observou que muitos casos de
violência contra essas pessoas não são denunciados, pois muitas pessoas temem represálias e
não querem se identificar como LGBT, ou não confiam na polícia ou no sistema judicial. Além disso,
estigmas e preconceitos internalizados pelas próprias pessoas LGBT também podem dificultar que
os abusos sejam reconhecidos e admitidos como tal.”
Educação
198
Educação (MEC), onde haveria a discussão sobre conjuntura e as ações realizadas na área de
educação após a I Conferência; posteriormente, ocorreu a suspensão do material educativo Escola
Sem Homofobia, apelidado de maneira deletéria pela bancada evangélica de “kit gay”, um material
que preparado através de estudos científicos e pedagógicos, que envolveram atores e especialistas
em educação do Movimento LGBT, da Sociedade Civil, da Unesco e do próprio Ministério da
Educação, objetivava, entre várias formas de conhecimento educativo, combater a homofobia no
ambiente escolar. (Aidar, 2016; França, 2018)
A possibilidade de pessoas travestis e transexuais poderem utilizar seu nome social a partir da
realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2014, e também a Resolução nº
12/2015 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas,
Gays, Bissexuais e Travestis (CNCD/LGBT), compuseram algumas das ações positivas também
ocorreram adiante, fazendo com que pessoas travestis e transexuais tenham a garantia de presença
no sistema educacional. (Aidar, 2016)
Ao concordar com a afirmativa de que “a falta de inclusão social e acolhimento se reflete no acesso
à educação e, como um efeito dominó, limita as chances de inserção no mercado de trabalho”
(#VOTELGBT 2021) e demais associados, promoveu-se a elaboração do Instrumento de pesquisa
Educação - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em MS”, no intuito do
conhecimento mais aprofundado diante a vivência desse público e aos que os assistem na área
da educação. A pesquisa foi realizada com 177 (cento e setenta e sete) pessoas no total, e após
tratamento de dados, foram consideradas 26 (vinte e seis) respondentes LGBT+, 25%, e 114 (cento
e quatorze), 75%, profissionais da área da Educação, esses entre 16 (dezesseis) e 60 (sessenta)
anos, se auto denominando como branca (51,4%), parda (37,8%), negra (10,8%), com um alcance
de 70% para a população proveniente da Capital do Estado, Campo Grande, e 30% do interior.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
199
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
CAPITAL 26 70%
INTERIOR 11 30%
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Esta população questionada, com identidade de gênero de mulher cis (40,5%), homem cis
(35,1%), não binárie (16,2%), mulher trans (5,4%), e travesti (2,7%); já devido à orientação sexual,
os mesmos, 37,8% gay, 27,0% lésbica, 13,5% bissexual, 10,8% pansexual, 5,4% heterossexual.
Cursando o ensino superior (35,1%), e ao relato, esta ser presenciada em escola pública federal ou
em escola particular (27%), (indo de acordo com a pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo
e empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, 27,6%, esta com 326 respostas
válidas, visando que no mesmo Instrumento, 61% relataram não ter interrompido seus estudos
durante a pandemia COVID-19.
200
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
201
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
202
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Perante as 37 (trinta e sete) pessoas alcançadas por esse Instrumento de pesquisa da Educação,
a maioria (35,1%) se locomove até a escola através de veículo próprio, seguido de 29,7% que se
utiliza de transporte público municipal, e 29,7% não recebe auxílio gratuidade para este, enquanto
24,3 % recebe, sendo estes os estudantes, idosos e PCDs.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
203
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
204
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
205
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
“Valores de exclusão são passados de geração para geração e estão na base da LGBTfobia estrutural,
sendo reforçados pelo machismo e pelo modelo heteronormativo que organiza a sociedade, além de
fatores institucionais, religiosos e políticos” (Matos e De Lara, 2018). Segundo os dados do “Dossiê
LGBT+” a respeito da LGBTfobia estrutural, demonstram que 73% das pessoas LGBT+ relataram
já ter sofrido bullying na sua experiência escolar, além de apontar a ocorrência de evasão escolar,
os alunos LGBT+ são 02 (duas) vezes mais propícios a faltar aula por conta da LGBTfobia; 14%
dos profissionais da educação demonstram afirmativamente sobre a desistência aos estudos por
um aluno devido essa situação. Esses são enfatizados na vivência e presença deste ato perante
os alunos (51%), e o presenciamento perante os professores (19%), e de acordo com a pesquisa
anteriormente citada, relatando 83,9% de reprodução da discriminação através do bullying.
206
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
207
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Quando esse ato foi direcionado por uma colega (19%), 77,4% eram os próprios alunos da escola,
mas apenas 8,1% registrou esta em boletim de ocorrênica e 5,4% em ata da escola, o prenchedor
sendo a própria vítima (8,1%) ou a pessoa que presenciou o fato (8,1%).
Segundo a SED/MS, “Considerando o estabelecido na legislação brasileira, principalmente ao que se refere
à garantia de direito à educação especificados na Constituição Federal, artigos 227 e 208, na LDB/1996, ar-
tigo 4º e artigos 10 e 11, no ECA/1990, artigos 3º, 4º, 54 e 56, e no Plano Nacional de Educação (PNE) - Lei
13.005/2014”; Considerando que a Deliberação nº 10.814/2016, do Conselho Estadual de Educação (CEE/
MS), reafirma as normas para a educação básica e a articulação dos componentes curriculares e áreas de co-
nhecimento das etapas de ensino, com destaque aos temas abrangentes e contemporâneos, com ênfase à saú-
de, sexualidade e gênero, vida família e social (art. 15, § 2º); Considerando que a Resolução CNE/CP nº 2, de
22/12/2017, ao instituir a obrigatoriedade de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às
etapas e modalidades de ensino da educação básica, dá indício (art. 22) da “elaboração de normas específicas
sobre [...] orientação sexual e identidade de gênero”, ao longo da trajetória escolar dos estudantes do país; Con-
siderando que a Resolução/SED nº 3.443, de 17 de abril de 2018, trata do uso do nome social e o reconheci-
mento da identidade de gênero de pessoas traves- Art. 3º O estudante travesti ou transexual deve manifestar, por
escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
tis e transexuais nos documentos escolares, cujo matrícula ou no decorrer do ano letivo.
teor “veda o uso de expressões pejorativas e dis- §1º o No caso de estudante menor de dezoito anos de idade, a
criminatórias para se referir a pessoas travestis e inclusão do nome social deverá ser manifestada, por escrito, pelos
transexuais”, sendo que, para a inclusão do nome pais ou responsáveis.
social, é necessário a solicitação do estudante ou §2º o Quando do uso da prerrogativa prevista neste artigo, o
estudante não precisa comprovar a anotação do nome social. ”
do responsável, conforme previsto no art. 3º:
208
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
209
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Para que esse quadro se altere, devemos enfatizar na obtenção do conhecimento dos direitos
por esse assistido e seus assistentes; para tanto, essa pesquisa ao questionar sob a Resolução /
SED nº 3.443, de 17 de que dispõe sobre o uso e o registro do nome social e o reconhecimento
da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos escolares, e dá
outras providências, somente 33% dos estudantes responderam que conhecem, mas 81% dos
profissionais estão informados. O questionamento sobre o conhecimento do Art. 3 da Resolução
nº 1, de 19 de janeiro de 2018 do Ministério da Educação, que dispõe sobre alunos maiores de 18
(dezoito) anos terem o direito de solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer
momento sem a necessidade de mediação, fez com que fosse relatado que 68% dos estudantes
tem esse conhecimento e 87% dos profissionais também, mas esse percentual diminui através da
informação recorrente à menoridade, 54% e 78% dos estudantes e profissionais, respectivamente,
sabem (Art. 4 da Resolução nº 01, de 19 de janeiro de 2018, do Ministério da Educação: alunos
menores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a
qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade com o disposto
no artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente). Quando indagados
210
sobre um melhor relato quantitativo perante o que tange o Art. 3º, a SED/MS: “O estudante travesti
ou transexual deve manifestar, por escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
matrícula ou no decorrer do ano letivo”, ou seja, a quantidade de estudantes que manifestaram-
se descrevendo o seu Nome social, o referido órgão retornou com o dado de que “até o dia 31 de
dezembro de 2022, constam registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162
(cento e sessenta e dois) estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
211
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
212
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Para tanto, o referido órgão relatou que, “as orientações direcionadas pela SED/MS em demanda às
escolas estaduais do MS devem garantir a utilização do banheiro escolar pelas pessoas conforme
sua identidade de gênero, ou seja, meninas e mulheres transexuais devem utilizar o banheiro
feminino e meninos e homens transexuais devem utilizar o banheiro masculino. Quanto às pessoas
Queer e intersexuais, essa construção deverá ser realizada em conjunto com o estudante. Em
ambos os casos, o acolhimento é premissa fundamental na concepção de escola democrática e
protetora de direitos”.
213
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Saúde
Certos que determinados complexo de fatores precisam ser levados em conta para construção
de uma sociedade saudável no Brasil, uma vez que dentre eles está o resultado da urbanização
acelerada, responsável por cidades em que a falta de acesso à água e ao saneamento, os quais
colocam milhões de pessoas sob risco de epidemias como, dengue, zika e chikungunya (SILVA
JUNIOR, 2019) ou em condições crônicas de adoecimento (PINTO, et al., 2019), foi elaborado o
Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em
214
MS”, este abrangendo para além de relações perante acometimentos para a aquisição de um bem
estar na saúde, questionamentos com a finalidade na obtenção de respostas apropriadas para
essa existente situação tão desafiante, com o propósito, além do fortalecimento e da transformação
dos sistemas de saúde no alcance do efetivo acesso universal, também à construção de uma
agenda multissetorial de políticas capazes de incidir nos principais fatores sociais, econômicos e
ambientais, promovendo assim, saúde.
Ardorosamente defendido o direito à saúde para todos, através do conceito de promoção no primeiro
ressaltado como componente essencial dos sistemas de saúde na Declaração de Alma-Ata (1978),
e promovendo uma reflexão mais aprofundada sobre o tema, foi elaborada a Carta de Ottawa
(1986), onde, proclamada pela Assembleia da Organização Mundial de Saúde, produziu o efeito
de reconhecimento perante as agendas locais e globais do setor, e assim, essas passam a atuar
em relação às seguintes constatações: no mundo contemporâneo, a questão social (condições,
situações e estilos de vida), a questão ambiental, e o acesso aos direitos, influenciam fortemente
a saúde individual e coletiva. Para tanto, corroborando com Minayo e Gualhano (2019), a questão
médica é somente parte de um complexo ecossistema saudável, ressaltando-se que não só os
governos, mas também a sociedade e o indivíduo, são corresponsáveis por sua saúde: ela, portanto
é um direito e um dever.
Com um alcance de 75% na capital e 25% no interior do Estado do MS, sendo deste, 40% pertencente
ao público LGBT+, o presente Instrumento de pesquisa específico para a área da saúde totalizou os
seguintes respondentes, com faixa média de idade entre 15 (quinze) e 59 (cinquenta e nove) anos.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
215
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Com o público estimado perante a sua identidade de gênero travesti (3,4%), mulher trans (8,0%),
não binarie (11,4%), mulher cis (34,1%), e homem cis (43,2%), e elencadas especificações de cor/
raça, além das perante sua orientação sexual (heterossexual 4,5%, pansexual 9,1%, lésbica
19,3%, bissexual 25,0%, e gay 39,8%).
216
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
217
Apesar do sistema TabNet DATASUS não fornecer cadastro de procedimentos de pacientes com
código 0303030089 – tratamento hormonal preparatório para cirurgia de redesignação sexual
no processo transexualizador, e 0303030097 – Terapia hormonal no processo transexualizador,
sengundo a SES/MS, ao acreditar que seja pelo fato do HUMAP/EBSERH não possuir
credenciamento e habilitação, sendo que o referido órgão solicitou o levantamento ao hospital, via
ofício, porém não recebeu resposta.
218
Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)
Ressaltando, a própria SES/MS declara que esses quadros “ainda estão em fase de ajustas, porém,
os municípios com maior população fizeram a migração das informações para este centralizador. Este
levantamento leva em conta as pessoas que foram cadastradas no e-SUS ab e que responderam
os campos identidade de gênero e orientação sexual. Mesmo assim, temos que ter em mente
que nem todos os municípios possuem cobertura de Agente Comunitário de Saúde - ACS em sua
amplitude, pois este profissional é o responsável para realizar o cadastro completo no e-SUS ab.”.
Sabendo-se que dentre os privados de liberdade, podemos também constatar um público LGBT+,
e, como dado facilitatório, e na finalidade de manutenção do trabalho da SES/MS “de forma
ordenada e identificar as maiores necessidades de saúde para esta população”, foi realizado um
levantamento do número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais do estado no ano de 2022
(informe datado de Abril/2021) e descrito com as informações conforme tabela abaixo; mas como
atualização, nos foi repassada esta sobre o número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais
do Estado, a quantidade de 455 (quatrocentos e cinquenta e cinco) pessoas, conforme fonte do
Sistema Integrado de Administração Penitenciária (SIAPEN / AGEPEN/MS – 03/02/2023).
IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR
Perante esse público, com uma parcela de 71,6% e 48,5% (Instrumento de pesquisa “Políticas
públicas, empreendedorismo e empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”) dos
respondentes que são usuários de rede pública de saúde, e de 89% que já buscaram atendimento
em alguma rede de atendimento à saúde vinculada ao SUS, dentre eles o Centro Regional de
Saúde (CRS), Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e Unidade Básica de Saúde (UBS).
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
220
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
221
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Uma das dificuldades encontradas pelos usuários, é a falta de auxílio ou gratuidade no transporte
para acesso a tal, uma vez que somente foi referido o passe municipal / transporte coletivo perante
o idoso / pessoa com deficiência.
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
222
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Diante a insatisfação de grande parte do público alcançado (35,2%), e contrastando com o repasse da SES/
MS, verificamos o esforço deste para com a melhora nesse tipo de atendimento específico “ Nas Unidades
de Saúde, com a finalidade de minimizar o preconceito e discriminação social no atendimento
à comunidade LGBT+ nesses locais, discutir estratégias referentes à prevenção, promoção e a
assistência à saúde dessa população, melhorando assim a qualidade no atendimento, favorecendo
um ambiente acolhedor e com o devido respeito à diversidade sexual, a SES/MS relatou a realização
de 02 (dois) webinários sobre “Acolhimento do Público LGBT+ nas Unidades de Saúde em Mato
Grosso do Sul, tendo como público alvo os Agentes Comunitários de Saúde e Recepcionistas das
Unidades de Saúde.”
223
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
224
Quando os questionamentos são direcionados ao público Trans/Travestis/Não Bináries e esses
fazem uso da hormonioterapia (40%), dos 20% que fazem acompanhamento médico, 15% o faz
através da rede pública de saúde, além desses terem tentado adquirir a terapia através dessa rede,
e não ter obtido sucesso (25%).
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
225
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Devido à “Tratamento com Prep - dificuldade para retorno e mais medicação”, “Preconceito e eles
tentarem me empurra anticoncepcional feminino a todo custo mesmo sendo uma pessoa trans
Masc”, “Porque já alcançou o resultado que queria”, “Por condições financeira”, “Parei com o remédio
devido a sensação de mal estar mais conversei com a médica responsável e ela suspendeu”,
dentre outros relatos dos respondentes, 30% responderam ter abandonado o tratamento. Ao não
possuirem uma equipe completa necessária para habilitação do Ambulatório Transexualizador
do HU/EBSERH, junto ao Ministério da Saúde, os atendimento estão sendo realizados mas não
integralmente, devido à falta de alguns medicamentos e negativa diante às cirurgias (fato esse
confirmado pela ausência afirmativa a essa questão).
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
226
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Explando novamente sobre dificuldades apresentadas, no setor da saúde, 33% de uma pesquisa
relatam que a encontram, e quando o público é mais específico, esse percentual aumenta (55%),
sendo essas o maior relato perante ao atendimento (28%), falta de organização no ambiente de
atendimento (atraso no horário de atendimento, ausência de profissionais, falta de informação /
outros na recepcão da unidade, etc), e dificuldade no agendamento para atendimento (48%).
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
227
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
228
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
O profissional da área da saúde é um dos fatores de maior importância diante o acesso desse
público à saúde: é ele o “cartão de visitas”, o acolhedor e detentor do conhecimento diante a
fragilidade desse indivíduo. Em nossos questionamentos, pudemos constatar que o mesmo não
possui um momento de interação ou discussão / capacitação para o atendimento ao público lgbt+
(65%), obtendo também o dado de que 22 % não se sentem aptos na realização de um atendimento
específico, sendo por falta de capacitação ou instrução (57%) ou por falta de conhecimento sobre
a pauta (43%).
229
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Com a finalidade na melhora desse quadro, a SES/MS relatou que foram iniciadas tratativas com
a equipe do Ambulatório Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de
saúde do sistema prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão
privadas de liberdade, principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia,
a qual se deu como efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a
Gerência de Saúde do Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do
Hospital Universitário/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto,
nomeado como “Manejo clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais,
privados de liberdade do Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP),
230
Naviraí (01 e APP), Nova Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30
(trinta) profissionais, fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos
internos trans.
A extensão dos mesmos direitos usufruídos por todas as pessoas LGBT+ apoia-se em dois
princípios fundamentais que sustentam o regime internacional de direitos humanos: igualdade e
não discriminação.
O direito à igualdade e não discriminação são princípios fundamentais dos direitos humanos,
consagrados na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos
tratados internacionais de direitos humanos. As palavras da abertura da Declaração Universal dos
Direitos Humanos são inequívocas: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
e direitos”. A garantia de igualdade e não discriminação oferecida pelo direito internacional dos
direitos humanos se aplica a todas as pessoas, independentemente de sexo, orientação sexual e
identidade de gênero.
Algumas das formas mais comuns de violações dos direitos cometidos contra indivíduos com base
em sua orientação sexual e identidade de gênero são:
• Ataques violentos, que vão desde abuso verbal agressivo e intimidação psicológica
até agressão física, espancamentos, tortura, sequestro e assassinatos seletivos.
• Leis discriminatórias, muitas vezes usadas para assediar e punir as pessoas LGBT,
incluindo leis que criminalizam relações consensuais de pessoas do mesmo sexo, que violam
os direitos à privacidade e à não discriminação.
• Cerceamento à liberdade de expressão, restrições ao exercício dos direitos de
liberdade de associação e reunião, incluindo as leis que proíbem a divulgação de informações
231
sobre a sexualidade entre pessoas do mesmo sexo, sob o pretexto de restringir a propagação
da chamada “propaganda” LGBT.
• Tratamento discriminatório, que pode ocorrer de diversas formas diariamente, incluindo
locais de trabalho, escolas, lares e hospitais. Sem leis nacionais que proíbam a discriminação
por terceiros com base na orientação sexual e na identidade de gênero, estes tratamentos
discriminatórios continuam sem controle, deixando poucos recursos para as pessoas afetadas.
Nesse contexto, a falta de reconhecimento legal das relações de pessoas do mesmo sexo ou
da identidade de gênero de uma pessoa também pode ter um impacto discriminatório em muitas
pessoas LGBT.
No instrumento utilizado “Políticas públicas, empreendedorismo e empregabilidade LGBT+
no Estado de Mato Grosso do Sul” foram coletadas 326 respostas válidas para análise dos
dados. Nos quais foram identificados que 39,9% são homens cisgereno; 39,3% são mulheres
cisgenero; 10,4% são pessoas não bináries; 6,1% são homens trans ou transmasculines;
2,5% são mulheres trans; 0,6% são travestis e 1,2% se identificam por outras identidades de
gênero não citadas na pesquisa.
OUTROS 1,2%
TRAVESTI 0,6%
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
232
08 - DOCUMENTOS
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Dos entrevistados, foram identificadas 64 (sessenta e quatro) pessoas trans, travestis e não
bináries, dentre as quais 80% declarou que não possui o Registro Civil retificado, e 20% declarou
já ter retificado o nome e gênero no Registro Civil.
8.01 - Com registro civil retificado
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Dentre o mesmo recorte de pessoas trans, travestis e não bináries, 81% declararam que não
possuem Carteira de Identificação por Nome Social (CNS), já 19% declara que possuem a CNS.
233
8.02 - Com Carteira de Identificação por Nome Social
19%
Sem CNS
Com CNS
81%
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (1993) a política de Assistência Social está
organizada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), presente em todo o Brasil.
Seu objetivo é garantir a proteção social aos cidadãos, ou seja, apoio a indivíduos, famílias e à
comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços, benefícios, programas
e projetos.
A política de assistência social oferece um conjunto de serviços para garantir que o cidadão não
fique desamparado quando ocorram situações inesperadas, nas quais a sua capacidade de acessar
direitos sociais fica comprometida. Essas situações podem estar relacionadas à idade, deficiência,
desemprego, situações de violência, desastre natural, entre outros.
Os benefícios assistenciais fazem parte da política de Assistência Social e são um direito do cidadão
e dever do Estado. São eles: o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC),
o Auxílio-Inclusão e os Benefícios Eventuais, Benefícios de Transferência de Renda, entre outros.
Nos anos entre 2020 a 2022, dentre os entrevistados 68,4% não receberam nenhum benefício
socioassistencial; 27,6% receberam Auxilio Emergencial; 4,9% Bolsa Família/Auxilio Brasil; 2,1%
receberam outros benefícios não especificados entre as opções.
10.02 - Recebeu algum benefício socioassistencial nos últimos dois anos?
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
234
Em setembro de 2021, por meio do Decreto nº15.755, o Centro Estadual de Cidadania LGBT+
(CECLGBT+) foi instituído, vinculado à estrutura da Secretaria de Estado responsável pelas
Políticas Públicas LGBT, sob a coordenação da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT
(SubsLGBT), tem por sua competência:
I - realizar o atendimento, a orientação técnica e proceder aos encaminhamentos necessários,
quando ocorrer a violação dos direitos das pessoas LGBT+;
II - emitir a Carteira de Identificação por Nome Social, prevista no Decreto Estadual nº 15.677,
de 19 de maio de 2021;
III - disponibilizar apoio técnico aos órgãos e às entidades integrantes da estrutura organizacional dos
municípios sobre a temática de gênero e diversidade sexual;
VII - assessorar a SubsLGBT na coleta e sistematização de dados que servirão de base para
o monitoramento de esforços e resultados de políticas públicas LGBT+ em Mato Grosso do
Sul.
Da população entrevistada, foi identificado que 19% desconhecem do trabalho ofertado pelo Centro
Estadual de Cidadania LGBT+, 33% responderam que nunca procuraram qualquer tipo de
serviço do CECLGBT+, e 18% declararam que já procuraram ou tiveram acesso a algum
serviço ofertado do CECLGBT+
10.04 - Já procurou ou teve acesso a algum serviço do Centro Estadual de Cidadania LGBT+?
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Dentre os entrevistados, 83,1% não tiveram acesso a nenhum serviço ou evento realizado pelo
CECLGBT+, essa informação independe de conhecer o trabalho ofertado do Centro; 9,8%
participaram de evento voltado para o esporte, lazer e cultura, 7,7% de palestras, cursos de
formação e rodas de conversa, e 3,1% de atendimentos, orientações e encaminhamentos.
235
10.05 - Se sim, já teve acesso para:
Denúncia por
5 1,5%
LGBTfobia
Confecção de carteira
Se sim, já teve acesso para:
de identificação por 10 3,1%
nome social NÃO TIVE ACESSO À NENHUM
Atendimento/Orientaç SERVIÇO OU EVENTO 83,1%
ão
10 3,1%
Técnica/Encaminhame PARTICIPAÇÃO EM EVENTO DE
ESPORTE/LAZER/CULTURA 9,8%
nto
Participação em
Palestra/Cursos de PARTICIPAÇÃO EM
PALESTRA/CURSOS DE FORMAÇÃO/… 7,7%
formação/
25 7,7%
Eventos ATENDIMENTO/ORIENTAÇÃO
científicos/Roda de TÉCNICA/ENCAMINHAMENTO 3,1%
conversa
Participação em CONFECÇÃO DE CARTEIRA DE
evento de 32 9,8% IDENTIFICAÇÃO POR NOME SOCIAL 3,1%
Esporte/Lazer/Cultura
Não tive acesso à DENÚNCIA POR LGBTFOBIA 1,5%
nenhum serviço ou 271 83,1%
evento
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Perante o conhecimento da Resolução/SED no. 3.443, de 17 de abril de 2018, a qual dispõe sobre
o uso e o registro do nome social, além do reconhecimento da identidade de gênero de pessoas
travestis e transexuais nos documentos escolares, 67% dos estudantes não a conheciam, mas
81% dos profissionais da área da Educação sim.
236
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
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Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
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Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
SOU
PROFISSIONAL
75% DA ÁREA DA
EDUCAÇÃO
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
239
06 (seis) respostas de profissionais, equivalente a 5,3% do total da pesquisa. No alcance geral,
foram alcançados 90 (noventa) profissionais que atuam no interior, correspondendo a 79% e 24
(vinte e quatro) profissionais que atuam na Capital, correspondendo a 21% no alcance total da
pesquisa.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Dos 114 (cento e quatorze) profissionais alcançados na pesquisa, foram identificados que em sua
maioria, que atuam na rede pública de ensino, sendo que 50% atuam na rede pública municipal,
46,5% na rede pública estadual, 0,9% na rede pública federal e 2,6% responderam que atuam em
outras redes de ensino não sendo pública ou privada.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Na análise embasada na visão desse profissional da área da educação, ao ser questionado sobre
se estes já trabalharam em sala de aula questões relacionadas a gênero e sexualidade, tais como,
orientação sexual, identidade de gênero, lgbtfobia, população LGBT+, entre outros assuntos, dos
profissionais 72 (setenta e dois), correspondendo a 63%, responderam que não trabalharam essa
temática em sala de aula, já 35 (trinta e cinco) responderam que sim, correspondendo a 31%; 07
(sete) profissionais responderam que não são educadores ou professores, neste caso, como a
pesquisa não estava limitada a apenas professores atuantes em sala de aula, também poderiam
responder a pesquisa, gestores da área da educação, diretores, coordenadores, entre outras
240
funções além de professores.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
No ano de 2018 o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul instituiu a resolução/SED n. 3.443,
de 17 de abril de 2018, que estabelece sobre o uso e o registro do nome social e o reconhecimento
da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos escolares, e dá outras
providências.
Art. 1º Determinar que as unidades escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso
do Sul, em respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo e à
dignidade humana, registrem o nome social de travestis e transexuais nos documentos
escolares.
Na pesquisa foi questionado o conhecimento por parte dos profissionais da educação sobre a
resolução/SED n. 3.443, de 17 de abril de 2018. Dentre as respostas, foi identificado que 92
(noventa e dois) dos profissionais entrevistados, correspondendo a 81% dos entrevistados, tinham
conhecimento da resolução. Já 22 profissionais, sendo 19%, não tinham conhecimento sobre a
resolução da SED.
241
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Art.2º Fica instituída, por meio da presente Resolução, a possibilidade de uso do nome social
de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica
Art. 3º Alunos maiores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a
matrícula ou a qualquer momento sem a necessidade de mediação.
Art. 4º Alunos menores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a
matrícula ou a qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade
com o disposto no artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ao questionar o conhecimento do Art. 3º no qual dispõe que alunos maiores de 18 (dezoito) anos
podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento sem a necessidade
de mediação, dos 114 (cento e quatorze) profissionais entrevistados, 87% responderam que
possuem conhecimento do artigo da resolução, e apenas 13% não possuem conhecimento do
mesmo.
242
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Segundo uma pesquisa realizada em 2016 pelo presidente da Comissão da Diversidade Sexual da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o defensor público João Paulo Carvalho Dias, estima que
no Brasil 82% das pessoas trans e travestis tenham abandonado os estudos ainda na Educação
Básica. Na instituição onde trabalhavam, os profissionais educacionais, responderam se havia
alguma política de enfrentamento ou estratégia para o combate a evasão escolar de pessoas
LGBT+. Dentre os entrevistados, 57% responderam que a instituição não exista qualquer tipo de
estratégia ou política especifica para o combate à evasão escolar de pessoas LGBT+, por outro lado
43% dos entrevistados responderam que a instituição possui algum tipo de política ou estratégia.
243
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)
Com um olhar já em uma análise embasada na visão do profissional da área da saúde, perante o
mapeamento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em
MS”, foi obtido 221 (cento e vinte e uma) respostas válidas, sendo 88 (oitenta e oito) respostas
de pessoas LGBT+ e 133 (cento e trinta e três) profissionais da saúde. A pesquisa foi direcionada
para profissionais da saúde que atuam na rede pública e privada do Estado, não exclusivamente
para profissionais LGBT+, pois o intuito era compreender o trabalho e a atuação dos profissionais
em suas áreas no atendimento à população LGBT+ do Estado. Foram identificados, do total de
respostas válidas, 60% delas foi feita por profissionais da área da saúde.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Nessa mesma pesquisa foi questionado aos profissionais da saúde se durante o trabalho existe
um momento de interação, discussão e/ou capacitação para o atendimento ao público LGBT+. Dos
133 (cento e trinta e três) profissionais de saúde entrevistados, 65% responderam que não possui
esse momento ou capacitação sobre o tema, enquanto 35% responderam que há momentos de
discussão e capacitação sobre o atendimento ao público LGBT+, sendo estes, afirmantes quando
78% declaram estarem aptos em realizar um atendimento à população LGBT+ em sua área, e 22%
declaram não estarem aptos para realizar um atendimento, e à análise das respostas negativas
obtidas, foram identificados que 57% das respostas eram em relação a falta de capacitação ou
instrução, e 43% estão relacionadas a falta de conhecimento sobre a temática.
244
.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
Quando o assunto se especifica na atuação da garantia e promoção dos direitos humanos, fator
esse ofertados pelos órgãos públicos do MS, obtemos, através do desempenho dos profissionais
presentes nesta, os seguintes destaques:
A Defensoria Pública Estadual/MS, quando descreve sobre, se referente às ações desenvolvidas por
esse órgão com o intuito formativo e/ou informativo para defensores (as), servidores (as) e assistidos
(as) da Defensoria, segundo o arquivo repassado “Levantamento NUDEDH 2019-2022”, o mesmo
retornou com demandas dos anos de 2019 à 2022, totalizando 76 (setenta e seis) ações, sendo
essas tanto para análise de providências, retificação de registro civil de gênero, acompanhamento,
participação da coordenação/núcleo, ou denúncia de LGBTfobia, essas com atendimento coletivo
245
ou individual, e elencadas como levantamento de informações, evento/parceria/participação, ou
acompanhamento; para o ano de 2019, nos foram repassadas: “Apurar a existência/eficiência de
políticas públicas voltadas a população LGBTQI+, notadamente a existência de campo próprio
para preenchimento de nome social quando do preenchimento de fichas de cadastro, formulários,
prontuários e documentos congêneres, bem como a capacitação de servidores públicos para o
uso e orientação à população dessa funcionalidade (Estado de Mato Grosso do Sul e Município
de Campo Grande); Executar capacitação aos servidores administrativos da DPEMS referente aos
direitos da população LGBT; Foram feitos vários encontros presenciais ao longo de 2019 nas cidades
de Dourados, Maracajú, Aquidauana, Ponta Porã e Três Lagoas; Analisar sobre a necessidade de
organização de mutirão de retificação extrajudicial de nome e gênero, nos termos do provimento
73/2018 CNJ.”
Em 2022, foram realizadas, “Providências a serem tomadas pelo NUDEDH referente ao atendimento
à SUBLGBT/MS no Dia Nacional da Visibilidade Trans (dia 28 de janeiro de 2022); Solicitação de
alteração de nome social e gênero realizada no atendimento ocorrido no dia 28 de janeiro de
2022 na Subsecretaria LGBT na cidade de Campo Grande/MS; Denúncia de transfobia conta a
Sra. V, registrada civilmente como J.G.M, interna da Penitenciária Estadual de Dourados – MS;
Denúncia de ameaças de morte por agentes e presos da Gameleira II, contra mulheres transgênero
custodiadas naquela unidade penal, em especial a Sra. Malu Diniz; Acompanhamento do caso de
transfobia e descaso contra a mulher trans, noticiado pelo site Campo Grande News; Participação do
Coordenador do NUDEDH no Programa Cidadania LGBT, realizado pela Subsecretaria de Estado
de Políticas Públicas LGBT+ e a Assembleia Legislativa; Solicitação de informações pertinentes ao
procedimento de retificação de registro civil da pessoa civilmente registrada como E. F. C realizada
pelo NUPIIR; Levantamento de informações sobre quais estabelecimentos penais de Mato Grosso
do Sul possuem alas ou celas específicas para custodiados(as) LGBTQIA+; Solicitação de alteração
no Regimento Interno Básico das Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul; Inauguração do
Centro Estadual de Cidadania LGBT+ - CECLGBT+; Acompanhamento de gratuidade de retificação
do registro de pessoas transgênero; Denúncia de LGBTfobia - agente da Guarda Civil Metropolitana
de Campo Grande - Visita UAIFA I; Solicitação de alteração de nome social e gênero realizada no
atendimento ocorrido em evento realizado na Praça Ari Coelho; Acompanhamento da composição
e o funcionamento da Comissão Especial Processante LGBT+ (CEPLGBT+); Acompanhamento
da Comissão Estadual de Enfrentamento à Violência contra a população LGBT+ - CEVLGBT+;
Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul - CELGBT/MS.”
247
Rótulos de
Contagem de ANO Coluna
Total
Rótulos de Linha 2019 2020 2021 2022 Geral
Coletivo 4 12 6 10 32
Individual 5 6 33 44
Total Geral 4 17 12 43 76
Fonte: DPE/MS
Quando relacionamos esta visão ao retorno da FUNTRAB/MS, esta fez a seguinte menção:
“Mesmo não fornecendo dados salientes, a FUNTRAB relatou que irá provocar os responsáveis
pela manutenção do BGIMO para que ocorra essa alteração e que de alguma forma esse público
seja contemplado nos dados do sistema”.
Já através do questionamento sobre as ações desenvolvidas pela SED/MS para essa população
LGBT+, dentre estas atividades formativas e/ou informativas para professores e/ou alunos, o mesmo
órgão nos forneceu na devolutiva a descrição sobre como conduz a demais: “Em atendimento à
meta 7, Qualidade na Educação, estratégia 7.33 do Plano Estadual de Educação (PEE/MS), a
Secretaria de Estado de Educação (SED/MS) realizou parceria com o Ministério Público Estadual
(MPE), por intermédio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, e, também, realizou
formação continuada para os profissionais da Educação, com carga horária 40 horas, em Direitos
Humanos e Políticas Públicas - Sexualidade e População LGBT, no 2º semestre de 2021, com
previsão para nova turma no 1º semestre de 2023. No ano de 2022, foi realizado o “Seminário
Gênero e Diversidade na Escola” em parceria com as Subsecretaria de Políticas Públicas para a
População LGBT+”. Diante esta devolutiva, a SED/MS afirma o compromisso com o ordenamento
educacional vigente, com a finalidade de assegurar e garantir a efetivação dos direitos, com vistas
à aprendizagem e ao desenvolvimento científico, cultural e humano das crianças e adolescentes
presentes à REE/MS.
Oficialmente, a SES/MS, relatou que nas Unidades de Saúde, com a finalidade de minimizar o
preconceito e discriminação social no atendimento à comunidade LGBT+ nesses locais, discutir
estratégias referentes à prevenção, promoção e a assistência à saúde dessa população, melhorando
assim a qualidade no atendimento, favorecendo um ambiente acolhedor e com o devido respeito
à diversidade sexual, a SES/MS relatou a realização de 02 (dois) webinários sobre “Acolhimento
do Público LGBT+ nas Unidades de Saúde em Mato Grosso do Sul, tendo como público alvo os
Agentes Comunitários de Saúde e Recepcionistas das Unidades de Saúde.
Fonte: SES/MS
248
Com o propósito de avançar no desenvolvimento dos trabalhos e ações voltadas a população
vulnerável, a SES/MS, com o foco na divulgação do conceito de equidade em saúde, na definição
correta e forma de identificação dessa população, além da importância no reconhecimento de
tais, uma vez que esse princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde (SUS) não está sendo
desenvolvido adequadamente pelos profissionais de nossos municípios. Para capacitar esses
profissionais, apresentando as diversas políticas que contemplam a população em situação de
vulnerabilidade e almejar o aumento do cadastro no e-SUS AB (e-SUS Atenção Básica), a fim
de possibilitar a identificação da população albina, quilombola, população rural, e também a
identificação de raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, indígenas (aldeados e não
aldeados), migrantes, e pessoas em situação de rua. Esse processo iniciou-se na microrregião de
Ponta Porã/MS, e contemplou os municípios de Amambai/MS, Antônio João/MS, Aral Moreira/MS,
Coronel Sapucaia/MS, Paranhos/MS, Ponta Porã/MS, Sete Quedas/MS e Tacuru/MS.
NOTA: O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica
(DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do
Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para
ampliar a qualidade no atendimento à população; sua estratégia geral faz referência ao processo
de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico.
“A respeito das ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos profissionais
deste tocante, em 2018 esta Procuradoria Regional implementou o Projeto Cozinha e Voz, que resultou
na formatura das 19 mulheres em situação de vulnerabilidade, incluídas mulheres transsexuais,
em curso de expressão e de auxiliar de cozinha. E, em 2022, realizou o evento interinstitucional
Diversidade & Trabalho, em parceria com a SubsLGBT+, que contou com a participação da
palestrante e drag queen Rita von Hunty, fomentando o debate aos temas relacionados à população
249
LGBTQIA+, resultando na aproximação das instituições participantes”. Como ações desenvolvidas
para essa população, dentre essas as necessárias à defesa dos direitos e interesses decorrentes
de relações de trabalho, aquelas atuantes na promoção da defesa de interesses coletivos, ou
quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos aos trabalhadores, o
mesmo órgão relatou que “em âmbito nacional, o Ministério Público do Trabalho possui o projeto
estratégico Empregabilidade LGBT+, em que são previstas diversas iniciativas como a realização
de pesquisas e criação de bancos de dados relacionadas à temática LGBTQIA+, bem como a
realização de audiências públicas, palestras e cursos profissionalizantes”.
Analisando a sua atuação na promoção dos direitos humanos, considerando as diversidades que
compõem individualmente cada sujeito de direito e cada coletivo no qual se inserem esses sujeitos
na sociedade, e as particularidades dos indivíduos e grupos sociais moldados por um percurso
peculiar conforme seus contextos sociais, políticos, econômicos e culturais, o MMFDH, considerando
o papel da ONDH em assegurar o funcionamento permanente de canais de comunicação com
a sociedade, mantem esses acessíveis ao acolhimento de denúncias acerca de violações de
direitos humanos, contribuindo para o desiderato estatal de preservar garantias individuais, direitos
humanos e a concretização de direitos fundamentais, onde, para consecução desse objetivo, este
setor opera sob “dois serviços fundamentais: o Disque Direitos Humanos - Disque 100 e a Central
de Atendimento à Mulher – Ligue 180, e, para além destes, possui outros canais para o recebimento
de denúncias de violações de direitos humanos: o site ouvidoria.mdh.gov.br; os aplicativos “Direitos
Humanos Brasil” (DH Brasil) e “Sabe – Conhecer, Aprender e Proteger”, com chat e sistema de
videochamadas em Libras; além de atendimento via Telegram (Direitoshumanosbrasil) e WhatsApp
(61 99656-5008)”.
• BAHIA (BA)
A Área Técnica de Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ATS LGBT)
é uma instância formuladora, articuladora, avaliativa e coordenadora das políticas públicas de
saúde relacionadas à população LGBT no âmbito do estado da Bahia. Tem como principal objetivo
promover e fortalecer a Política Nacional de Saúde Integral (Portaria GM MS nº 2836/2011), bem
como promover a saúde integral de LGBT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional
para a redução das iniquidades e a consolidação do SUS enquanto sistema universal, integral
e equitativo. Assim, contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, além do incentivar a produção de conhecimentos e o fortalecimento das
instâncias de controle social, dentre elas:
- Apoio aos municípios, junto aos Núcleos Regionais de Saúde – NRS, no sentido de buscar garantir
à ampliação do acesso da população LGBT nas Redes de Atenção à Saúde – RAS, nos diferentes
pontos de atenção, garantindo às pessoas o respeito e a prestação de serviços com qualidade e
resolução de suas demandas e necessidades;
- Divulgação dos direitos à saúde de travestis e transexuais, a exemplo do uso do nome social nos
serviços, e dos riscos à saúde, como os causados pelo uso do silicone industrial de acordo com a
Portaria GM MS nº 1820/2009 (Carta dos direitos dos usuários da Saúde) e a Política Nacional de
Saúde Integral LGBT;
- Coordenação do Comitê Técnico Estadual de Saúde LGBT, instância de caráter consultivo que
tem por objetivo acompanhar e monitorar a implantação/implementação da Política Nacional de
Saúde LGBT na instância estadual, assim como produzir conhecimento na temática Saúde LGBT
e fortalecer o controle social;
- Incentivo à inclusão dos quesitos de identidade de gênero e de orientação sexual nos formulários,
prontuários e sistemas de informação em saúde;
- Fomento a realização de estudos e pesquisas voltados para a população LGBT, incluindo recortes
étnico-racial;
- Articulação inter e intrainstitucional no sentido de realizar e apoiar ações e estratégias que visam
a Educação Permanente em Saúde – EPS para gestores, profissionais e trabalhadores da saúde,
voltadas para temas das especificidades da população LGBT;
251
- Apoio aos movimentos sociais organizados LGBT para atuação e a conscientização sobre o direito
à saúde e a importância da defesa do SUS.
- O projeto “Pelo direito de amar – Casamento Coletivo LGBT” tem o objetivo de promover a
oficialização das uniões homoafetivas. Realizado pela Defensoria Pública da Bahia, a iniciativa
procura destacar os ensinamentos acerca do respeito social à identidade de gênero e orientação
sexual de cada indivíduo, assim como estimular o empoderamento do movimento de luta por direitos
pelo público LGBT.
- Cursos de formação – SENAC/BA: o Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD/
LGBT), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com
o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/BA), desenvolveram um projeto, o qual
oferta cursos técnicos gratuitos para a população LGBTQIAPN+, podendo assim optar pelos
cursos de Formação de Preço e Venda, nas áreas de “Como Vender na Internet e Redes Sociais”,
“Qualidade de Atendimento em Serviços de Alimentos e Bebidas”, “Rotinas de Departamento
Pessoal”, “Técnicas de Atendimento e Recepção”, “Administração de Contas a Pagar, a Receber”,
“Tesouraria” e “Gestão de Pequenos Negócios.
Disponível em:
https://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/saude-de-todos-nos/saudelgbt/#:~:text=A%20
amplia%C3%A7%C3%A3o%20das%20a%C3%A7%C3%B5es%20e,transexual%20e%20o%20
acesso%20a
http://www.justicasocial.ba.gov.br/2023/03/5372/CPDD-LGBT-e-SENAC-oferecem-cursos-
profissionalizantes-para-pessoas-LGBTQIAPN.html
• CEARÁ (CE)
Disponível em:
Disponível em:
https://sedh.es.gov.br/Not%C3%ADcia/espirito-santo-conquista-tres-importantes-colocacoes-no-
premio-atenas-de-politicas-publicas
261
Ações e Serviços desenvolvidos:
- O Programa Rio Sem LGBTIfobia conta com 16 (desesseis) equipamentos espalhados pelo Estado
do Rio de Janeiro. Os Centros de Cidadania LGBTI oferecem todo o suporte necessário à população
LGBTQIA+, com atendimento social e psicológico, além de acompanhamento jurídico dos casos
necessários. As unidades também são espaços de informações, acolhimento e mobilização voltado
para mobilização de combate à LGBTIfobia.
- Disque Cidadania LGBT (Sede – Centro do Rio). Tel.: 2334-9572 / 0800 0234567 disquecidadania.
dhrj@gmail.com
- Outras ações, programas e serviços LGBTI+ disponibilizados no Rio De Janeiro estão relatados
no “Relatório Final da Pesquisa de Mapeamento do Projeto Observatório de Políticas Públicas
LGBTI+ no Estado do Rio de Janeiro.”
Disponível em:
https://secretarias.rj.gov.br/secretaria/PaginaDetalhe.aspx?id_pagina=15138
PIRES, B.; LAURENTINO, A. C.; SILVA, C. N. (org.). ALIANÇA NACIONAL LGBTI+ Relatório Final
da Pesquisa de Mapeamento do Projeto Observatório de Políticas Públicas LGBTI+ no Estado
do Rio de Janeiro. Aliança Nacional LGBTI+ & Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, 2021. 192p.
A Área Técnica da Saúde LGBT da Divisão de Políticas de Promoção da Equidade em Saúde atua
promovendo e fortalecendo a Política de Atenção Integral à Saúde da População de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) proporcionando qualificação profissional frente
à diversidade sexual e de gênero visando o acesso equânime e integral à rede de atenção à saúde
e a redução das desigualdades e vulnerabilidades de saúde vivenciadas por esta população.
A política foi institucionalizada em 2014, com a publicação da Portaria 343, de 09 de maio de 2014. A
área técnica da saúde LGBT surge em 2013 a partir da criação de um Grupo de Trabalho intersetorial
voltado à saúde desta população, visto que a saúde LGBT perpassa as demais políticas como uma
temática transversal. Ainda em 2013, foi criado o Comitê Técnico de Saúde da População LGBT do
Rio Grande do Sul com objetivo de ser um canal de discussão entre movimentos sociais, gestão e
trabalhadores de saúde.
262
Ações e Serviços desenvolvidos:
A Área Técnica da Saúde LGBT realiza fóruns proporcionando a discussão e debate sobre questões
relacionadas às demandas de saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Os
eventos, que contam com apoio de variadas instituições, visam fortalecer a implementação da
política de atenção integral à saúde da população LGBT no Estado. Cada fórum possui temática
variada, no ano de 2016 foram realizados quatro encontros possuindo respectivamente os temas:
Política de Saúde LGBT - construção, implementação e o direito à saúde; Adolescência LGBT;
Maternidade e Paternidade no Contexto de Famílias LGBT e Negritude LGBT. Em 2017, na quinta
edição, o tema foi a nutrição no contexto do cuidado em saúde de travestis e transexuais, e na
sexta edição realizada em 2019, o tema foi “Construindo caminhos para a Saúde LGBT no RS”.
Os Planos Operativos Bianuais desta área técnica possuem o eixo Pesquisa, Educação permanente
e educação popular em saúde com foco na população LGBT. Portanto são realizadas atividades
objetivando fortalecer a implementação das Políticas Nacional e Estadual de Saúde Integral da
População LGBT e a qualificação do atendimento em saúde abordando os principais agravos, as
boas práticas em saúde e estratégias para combater a discriminação.
A área técnica da Saúde LGBT é campo de estágio para residentes e estudantes de graduação
e pós-graduação de instituições conveniadas como Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Centro Universitário
Ritter dos Reis (Uniritter), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA),
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e outras.
Além destas atividades de ensino e educação permanente a área técnica da saúde LGBT presta
apoio técnico institucional a projetos da temática, como o projeto A Política Nacional de Saúde
Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT): estratégias de análise,
avaliação e formação para o aprimoramento do sistema único de saúde, desenvolvido pela UFRGS
e IFRS. Também cabe citar que a área técnica também compôs o grupo de pesquisa do projeto
Análise e Avaliação das Situações de Violência no Estado do Rio Grande do Sul Segundo Raça/
Cor, Identidade de Gênero e Orientação Sexual: contribuição para o aprimoramento da vigilância
em saúde de populações vulneráveis no SUS cujo projeto “Contribuições para o aprimoramento da
vigilância da violência interpessoal/autoprovocada contra populações vulneráveis no Rio Grande
do Sul: o Sinan, a equidade em saúde e a intersetorialidade”, foi premiado com o 3° lugar na
categoria Vigilância, prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, das causas
externas e ações de promoção da saúde na 16ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas
em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). Desde 2014 há a inclusão da
notificação de violência motivada por lesbofobia, homofobia, bifobia e transfobia (LGBTfobia) no
Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN). A partir da versão 5.0 dessa ficha há
campos para preenchimento do nome social (quando houver), identidade de gênero e orientação
sexual da pessoa que foi agredida.
Em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Saúde Coletiva da UFRGS e
IFRS realiza capacitações sobre notificação de violência motivada por LGBTfobia tendo em vista
263
que a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais se depara com situações
de iniquidades e vulnerabilidades em saúde, muitas vezes relacionadas à discriminação e ao
preconceito ainda presentes na sociedade.
- Formação EaD em Saúde Integral de Travestis e Transexuais para Profissionais de Saúde (Em
parceria com a Psicologia Social da PUCRS);
- Curso de Promotores e Promotoras da Saúde LGBT (Em parceria com a Saúde Coletiva da
UFRGS);
Disponível em:
RIO GRANDE DO SUL. Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Secretaria da Sáude. Saúde da
População LGBT. Disponível em: https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/saude-da-populacao-lgbt.
Acesso em: 29 mar. 2023.
- A 16ª Feira Cultural LGBT aconteceu no Vale do Anhangabaú no dia 26 de maio. O evento contou
com apoio do Governo do Estado de São Paulo e foi organizado pela APOGLBT (Associação da
Parada do Orgulho GLBT). A Tenda do Poder Público foi montada pelas secretarias da Administração
Penitenciária (SAP), da Justiça e Defesa da Cidadania, Coordenações de Políticas para Diversidade
Sexual e Casa Civil. A campanha “Seja um agente de mudança”, promovida pela SAP, foi exposta
na feira com divulgação dos cartazes e vídeos que compõem a iniciativa. Essa campanha visa
atender as necessidades e garantir os direitos da população LGBT, sejam presos, funcionários ou
visitantes, conforme prevê a Resolução SAP de 30 de janeiro de 2014.
Disponível em:
- CAMALEAO.CO
- CASA TRANSFORMAR
264
A Casa TransFormar é uma ONG que oferece acolhimento a pessoas LGBTQIA+ na cidade de
Fortaleza/CE. O projeto começou como uma casa para acolher vítimas da marginalização causada
pela LGBTQIA+fobia no Ceará, mas evoluiu para dar formação artística e profissional para os
acolhidos.
Disponível em:
https://www.instagram.com/casatransformar/
Elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz, esse aplicativo permite o mapeamento e coleta de dados
qualificados sobre violência LGBTIfóbica, orientando e acolhendo usuários(as) e lançando luz sobre
uma realidade que tem sido historicamente invisibilizada.
Disponível em:
https://www.gov.br/pt-br/apps/dandarah-resistencia-arco-iris
- EDUCATRANSFORMA
https://educatransforma.com.br/
265
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com isso, este relatório objetivou levantar e mapear as Políticas Públicas executadas no Governo
do Estado de Mato Grosso do Sul direcionadas à população LGBT+, levando em consideração como
essas são implementadas e vivenciadas dentro do poder público estadual e de seus municípios.
Para além disso, ações de promoção da cidadania, acesso a direitos básicos, como saúde, moradia
e educação, e o conhecimento de profissionais atuantes na saúde e educação acerca de seus
trabalhos com pessoas LGBT+, formação e vivências com esse público. Outro objetivo foi o de
elaborar uma amostragem de dados sobre a população LGBT+ residente no Estado com o intuito
no levantamento de informações e dados sociodemográficos sobre a população, contemplando a
área das Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade, Saúde, Educação e Cultura,
respeitando a história e considerando cada recorte populacional.
O principal desafio da produção e elaboração deste relatório estava na execução de suas metas
dentro de seu tempo de execução, resultando em dados os quais poderiam ser mais relevantes
pois, ao mapear um Estado que, de acordo com o IBGE, possui uma área de 357.147,995 km² e
79 (setenta e nove) municípios, o tempo de execução, contando estudo, pesquisa bibliográfica,
construção de instrumentos de pesquisa, divulgação, aplicação, levantamento dos dados, devolução
dos órgãos solicitados, tabulação dos mesmos, escrita e entrega, foram de apenas 09 (nove) meses,
impossibilitando um amplo retorno nesse quesito.
Uma coleta de dados, sozinha, não resolverá o processo histórico da negação de Direitos à
população LGBT+, mas, sem esta não é possível comprovar e cobrar Políticas Públicas e afirmativas
imprescindíveis para reverter a situação.
A primeira edição a contabilizar a população residente com cônjuges do mesmo sexo foi realizada
em 2010, mesmo assim, ainda não criando dados que condiz com a totalidade de homossexuais que
vivem de acordo com esses critérios, Conforme o descrito nesse estudo, e informações colhidas,
espera-se que em 2023 tenha-se resultados de coletas demográficas nacionais e estaduais mais
específicas para a população LGBT+ perante o IBGE, uma vez que essa omissão impede a
formulação de políticas públicas que atendam as necessidades dessa população, fazendo com
que assim sejam melhor descritas as informações sobre essa população.
Em uma avaliação realizada no ano de 20221, cinco eixos foram analisados, sendo estes: Políticas
Matriciais (presença de órgão gestor para coordenação geral da estrutura pública, conselho
para deliberação e participação comunitária e presença de plano e programa com orçamento
para implementação das políticas nas regiões do estado); Políticas Setoriais (divididas em nove
temas: segurança pública, educação, saúde, trabalho e renda, esportes e lazer, administração
266
penitenciária, turismo, cultura, assistência social); Justiça e Cidadania (legislações estaduais para
avaliar a conquista de direitos e de garantias pela população LGBTI+); Sistema de Controle (os
serviços e as políticas especificas para a população LGBTI+ em órgãos como Ministério Público,
Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Polícia Civil e Assembleia Legislativa); e respostas obtidas
via Lei de Acesso à Informação.
Através desse levantamento do Programa Atenas, uma aliança de diversas entidades que monitora
políticas públicas para essa parcela da população, o mesmo concluiu que, das 27 (vinte e sete)
unidades da Federação, 19 (dezenove) não têm um plano ou programa específico para a população
LGBT+, sendo que de acordo com os responsáveis pela pesquisa, o combate à discriminação contra
esta parcela da população esbarra na falta de comprometimento dos governos locais, pois, embora
já existam alguns mecanismos legais, mesmo com a Política Nacional de Saúde Integral LGBT
(2011), a ausência de uma norma nacional, a exemplo dos Estatutos da Criança e do Adolescente
(ECA) ou do Idoso, faz com que cada estado, município e órgão federal aja da forma que achar
melhor ao tratar dos direitos LGBT+; além disso, só 52% das unidades da Federação têm leis para
o uso do nome social de transexuais e travestis e 51% estabelecem penalidades administrativas
por preconceito de sexo e orientação sexual.
O apagamento da população LGBT+ através do Censo contribui para aumentar ainda mais a falta
de acesso a cidadania. A falta ou inexistência de dados específicos sobre população LGBT+, pode
ser também devido à um reflexo da heteronormativade2 em uma sociedade que nega ou dificulta o
acesso de pessoas dessas pessoas à cidadania, pois é a esta quem age normatizando os modos
de vivenciar a sexualidade, e quando não é reconhecida a existência dessa população, deixando
fora de coleta de dados, acaba negando Políticas Públicas e afirmativas para o acesso aos direitos
fundamentais.
Políticas públicas são elaboradas para a população, considerando cada recorte social, sendo de
renda, racial e de gênero, e essa construção deve ser criada em consonância com o público alvo
dessa política, pois não se cria algo para uma população sem compreender a realidade subjetiva do
mesmo. Dar voz e espaço para um recorte populacional visto historicamente e socialmente como
minoria é compreender o protagonismo de um grupo historicamente diminuído e silenciado dentro
de sua própria história, sem que ele dependa de um mediador para que suas questões sejam
conhecidas.
2
Lanz(2014) afirma que a heteronormatividade diz-se da disposição político-cultural, falsamente naturalizada como determinismo biológico, que estabelece a heterossexualidade como o único tipo
de orientação sexual normal, o que faz com que todos os demais tipos de sexualidade humana sejam considerados antinatural e sócio desviante.
267
Enfatizamos ainda um olhar atento a pactuações de acordos de melhorias, seja em âmbito municipal
ou estadual, no intuito da promoção mais intensa do marco legal que proteje as pessoas LGBT+ e
puna criminalmente as discriminações, discursos de ódio e violências (físicas, verbais, simbólicas
e institucionais) com base na orientação sexual e/ou identidade de gênero, conforme determinação
já instaurada, principalmente no acesso aos serviços públicos, como a saúde, a educação, a
assistência social, dentre outros, para que seja efetivo o combate à LGBTfobia institucional e na
sociedade.
Para superar os entraves sociais para a população LGBT+ e promover a inclusão e cidadania, se
faz necessário expandir ações afirmativas no Estado de Mato Grosso do Sul, Estado este que por
muitas vezes foi pioneiro em Políticas Públicas para pessoas LGBT+, ainda burocratiza o acesso a
políticas públicas eficazes e necessárias para a população LGBT+.
Reiteramos também, no campo da saúde, que além da falta de acesso ao transporte para auxílio à
saúde, informação sobre direitos perante esse âmbito, organização no ambiente de atendimento à
saúde, falta de profissionais especialistas disponíveis e capacitados para o atendimento, verificou-se
que as políticas de saúde para Mulheres Travestis e Transexuais, Homens Transexuais e Pessoas
Intersexo e Não Bináries, ainda se faz deficiente perante a efetivação da Portaria Ministerial nº
2.803, de novembro de 2013, que regulamenta as políticas integrais dos Ambulatórios e Serviços
Transexualizadores no Brasil, visto que nosso Estado não possui uma equipe com real atuação
para este.
Apesar de ser criticada por uma parcela da população caracterizada como conservadora, as ações
afirmativas são políticas focais que designam recursos contemplando pessoas pertencentes a grupos
discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Trata-se de
medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero,
de classe ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso
à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento
cultural.
268
Por fim, para criar e instaurar políticas públicas se faz necessário a compreensão dos marcadores
sociais que transpõe pessoas LGBT+, tornando esse um primeiro passo para suprir demandas
que surgem dessa população, principalmente de pessoas que residem no interior do Estado e em
regiões fronteiriças, para assim resultar em um intenso conhecimento e identificação da população
no qual não possui o mesmo acesso que pessoas que residem na Capital do Estado. Para tanto,
deve-se então, tornar o sistema de coleta de dados dessa população mais eficaz, obtendo o
acompanhamento da situação populacional LGBT+ no Estado de forma continua e sistematizada,
de maneira permanente devido ao resultado do movimento populacional entre municípios e estados.
269
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270
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VASCONCELLOS, E. A. Urban transport, environment and equity: the case for deloping
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277
APÊNDICE
278
Instrumento de pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade
LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”
279
280
281
Instrumento de pesquisa “EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”
282
283
284
285
286
287
288
289
Instrumento de pesquisa “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população
LGBT+ em MS”
290
291
292
293
294
Instrumento de pesquisa “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT +
em MS”
295
296
297
298
299
Plataforma online
https://linklist.bio/mapeamento-subslgbt-2022
300
Cartaz informativo
301
Cronograma de atividades/ações desenvolvidas
METAS E ETAPAS JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
META 1
ETAPA 8
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas
LGBT+ “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT X
+ em MS”
ETAPA 9
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+
“SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ X X
em MS”
ETAPA 10
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+ X X
“EDUCAÇÃO - Mapeamento/ Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”
ETAPA 11
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+ X
“Análise dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS”
META 2
ETAPA 4
X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: Saúde/MS
ETAPA 5
X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: Cultura/MS
META 3
X X X X X X X X X
Levantar e analisar dados quantitativos e qualitativos
ETAPA 1
Construção e Lançamento da Pesquisa de Políticas Públicas no X X
site Cidadania LGBT+ Plataforma online: https://linklist.bio/
mapeamento-subslgbt-2022
ETAPA 2
Aplicação In loco do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X
Grosso do Sul” – Local: XIX Parada da Cidadania LGBTQIA+ e Show
da Diversidade – 2022.
ETAPA 3
Divulgação do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X X X
Grosso do Sul, através de e-mails, Ofícios, Mensagem direta
(Whatsapp) e Redes sociais.
ETAPA 4
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA - Mapeamento
da população e dos artistas LGBT + em MS”, “SAÚDE - Mapeamento/
Assistência Profissional à população LGBT+ em MS” e “EDUCAÇÃO - X X X X
Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”,
através de e-mails, Ofícios, Mensagem direta (Whatsapp) e Redes
sociais.
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 5
Reuniões estratégicas com órgãos competentes para alinhamentos
e divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA -
Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS”, “SAÚDE X X
- Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”
e “EDUCAÇÃO - Mapeamento/Assistência Profissional à população
LGBT+ em MS”.
ETAPA 6
Apresentação de dados da aplicação in loco / virtual (via
Google Forms) do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas, X
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de
Mato Grosso do Sul” na palestra intitulada “Dados de Violência e
Empregabilidade” - Reunião Ordinária do CELGBT/MS (05/08/2022).
ETAPA 7
Alinhamento de material pedagógico - Reunião SUPAS X
(Superintendências da Política de Assistência Social)
ETAPA 8
Aplicação Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” - Local: 21º Festival de Inverno de Bonito/MS (25 X
à 28/08/2022)
ETAPA 9
Roda de conversa Cidadania LGBT+ Local: 21º Festival de Inverno
X
de Bonito/MS (26/08/2022)
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 10
Visita técnica ao CREAS de Bonito/MS - Local: 21º Festival de X
Inverno de Bonito/MS (26/08/2022)
ETAPA 11
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X X X
Pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade
LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”
ETAPA 12
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X X
Pesquisa “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas
LGBT + em MS”
ETAPA 13
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento X X X
de Pesquisa “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à
população LGBT+ em MS”
ETAPA 14
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X
Pesquisa “EDUCAÇÃO - Mapeamento/Assistência profissional à
população LGBT+ em MS”
ETAPA 15
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas, X
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” - Seminário
Estadual de Políticas Públicas LGBT+ e Controle Social (01/09/2022).
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 16
Apresentação de dados da aplicação in loco / virtual (via X
Google Forms) do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” na palestra intitulada “Mapeamento de Direitos
da População LGBT+ e Diagnóstico de Empregabilidade LGBT+ em
MS” - Seminário Nacional de Gestores de Políticas Públicas LGBT+
(02/09/2022).
ETAPA 18
Reunião Coletivo Transpor UFMS - Local: SubsLGBT/MS X
(15/09/2022)
ETAPA 17 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” – Bares Públicos
(16/09/2022).
ETAPA 19 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA/SAÚDE/
EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS” - Reunião Ordinária da Comissão Estadual de
Enfrentamento a Violência LGBTfóbica (CEVLGBT+) (20/09/2022).
ETAPA 20 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA/SAÚDE/
EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS” - Seminário de Saúde Integral LGBT+ (21/09/2022).
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 21
Aplicação Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X
Grosso do Sul” e “CULTURA - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS” – Local: Campão Cultural (13 e 14/10/22)
ETAPA 22
Roda de conversa com o tema “Ballroom – resistência e X
protagonismo periférico” – Local: Campão Cultural (14/10/22)
ETAPA 23
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Palestra “Governança das Políticas Públicas LGBT+ em MS” – Local:
Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de
Trabalho (21/10/22)
ETAPA 24
Participação na Oficina “Mitologia dos Povos Originários e Danças X
Circulares” - Local: Espaço Cidadania Viva (29/10/22)
ETAPA 25
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através do
Programa “Cidadania LGBT+”- Local: - TV ALEMS (31/10/22) X
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 26
Apresentação das Ações em Saúde LGBT+ na “4ª. Reunião Ordinária X
da Comissão Intersetorial de Política de Promoção de Equidade no
SUS” - Local: Auditório do CES (08/11/22)
ETAPA 27
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Palestra “Cidadania LGBT+ e Homotransfobia” – Local: Procuradoria
Geral de Justiça do MS (17/11/22)
ETAPA 28
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Roda de Conversa com o NUDEM – Local: Defensoria Pública do MS
(22/11/22)
ETAPA 29
2º. Seminário sobre o Pacto Nacional de Implementação dos X
Direitos da Pessoa Idosa – Local: Auditório Bioparque do Pantanal
(22/11/22)
ETAPA 30
Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as
mulheres” – “Dia internacional da não violência contra as mulheres”
- Local: Auditório da Governadoria do MS (25/11/22) X
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 31
Reunião do Conselho Estadual LGBT/MS (CELGBT/MS) e X
Apresentação do Relatório de Biênio 2021-2022 – Local: Biblioteca
Estadual “Izaias Paim” (06/12/22)
ETAPA 32
Reunião de Planejamento Estratégico - SubsLGBT/MS (06 e X
07/12/22)
ETAPA 33
X
Organização “Ação Transcidadania – 2023” (12/2022)
ETAPA 34
X
Organização Seminário “Integrativo Transversalidades” (12/2022)
ETAPA 35
Estudo e pesquisa de pessoas Trans para colaboração na definição X
de Cards – “Transvisibilize 2023” (12/2022)
ETAPA 36
X X X
Envio de ofícios solicitando dados
ETAPA 37
X X X X X X
Acompanhamento de todas solicitações de dados enviados
META 4
X X X X X
Produção do Relatório Técnico
ETAPA 1
X X X
Tabulação dos dados obtidos
ETAPA 2
X X X
Elaboração de gráficos dos dados obtidos
ETAPA 3
X X X X X
Construção descritiva
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ENTREGA FINAL X
ANEXO
311
312
Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul
313
314
315
316
Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul – FUNTRAB
317
318
319
320
Secretaria de Estado de Educação – SED
321
322
323
324
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP
325
326
327
Secretaria de Estado de Saúde – SES
328
329
330
331
332
333
334
/
335
336
337
Ministério Público da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos - MMFDH
338
339
340
341
painel
342
Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul – MPT/MS
343
344
345
346
347
348