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Convênio 906962/2020

Fortalecimento das Políticas Públicas para a População LGBT + em Mato Grosso do Sul

MAPA DA POPULAÇÃO LGBT+ VULNERÁVEL


EM MATO GROSSO DO SUL

Mato Grosso do Sul


Março – 2023

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Identificação

1.Título

Mapa da população LGBT+ vulnerável em Mato Grosso do Sul.

2. Dados do proponente

2.1. Instituição proponente

SETESCC – Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania

2.2. Responsável pela instituição proponente

Marcelo Ferreira Miranda

Viviane Luiza

3. Instituição interveniente

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

3.1. Responsável pela instituição interveniente

Eduardo Corrêa Riedel

4. Responsável técnico pelo projeto

Vagner Campos Silva

5. Redatores

Especialista em Políticas Públicas: Joseane Bortolanza de Oliveira

Assistente em Políticas Públicas: Thiago Augusto Lugo da Gama

Colaboradores: Jonatan Oliveira Espindola

Gabrielly Antonieta Lima da Silva

Sarah Martins Ferreira

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SUMÁRIO

SIGLAS ...................................................................................................... p. 05

INTRODUÇÃO ........................................................................................... p. 09

OBJETIVOS ............................................................................................... p. 11

METODOLOGIA ........................................................................................ p. 12

DESENVOLVIMENTO ............................................................................... p. 14

Governança da Políticas Públicas LGBT+ .................................. p. 14

Cidadania LGBT+ .......................................................................... p. 23

 Programa “Brasil sem Homofobia” ...................................... p. 23


 Centro de Referência em Direitos Humanos de

Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO) ..................... p. 24

 Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de MS

(SubsLGBT/MS) ........................................................................... p. 25

Órgãos Colegiados .............................................................. p. 27

o Conselho Estadual LGBT .............................................. p. 27

o Comissão Especial Processante LGBT ......................... p. 27

o Comissão de Enfrentamento à Violência LGBT ............ p. 28

Programas e Campanhas ................................................... p. 29

o Dia Estadual de Combate a Homofobia ........................ p. 29

o Maio da Diversidade ...................................................... p. 29

o Programa Estadual de Cidadania LGBT+ ..................... p. 29

o Pacto MS + amor .......................................................... p. 30

o Site “Cidadania LGBT+” ................................................ p. 33

o Plano de Governo ......................................................... p. 33

 Centro Estadual de Cidadania LGBT+ (CECLGBT+/MS) p. 34


o Público atendido .......................................................... p. 35
o Núcleo de Promoção da Cidadania ............................. p. 35
o Denúncias .................................................................... p. 36

3
o Carteira de Identificação por Nome Social (CNS) ...... p. 37
o Núcleo de Estudos e Pesquisas ................................. p. 38
o Cartilhas ..................................................................... p. 38

 Órgãos Gestores/Instituições LGBT+ de MS ................... p. 40

Pesquisa de Políticas Públicas LGBT+ ..................................... p. 43

 Convênio ............................................................................. p. 43
 Instrumentos de Pesquisa ................................................. p. 44

o Blocos e áreas temáticas ............................................ p. 45

o Amostragem dos dados .............................................. p. 51

Enfrentamento a violência LGBT+ e Boas práticas ............... p. 51

 Agência de Habitação Popular de Mato

Grosso do Sul – AGEHAB ................................................. p. 52

 Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul ............... p. 53


 Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul

– FUNTRAB ....................................................................... p. 85

 Secretaria de Estado de Educação – SED ................. p. 87


 Secretaria de Estado de Direitos Humanos,

Assistência Social e Trabalho – SEDHAST .................... p. 89

 Secretaria de Estado de Justiça e Segurança

Pública – SEJUSP ............................................................ p. 90

Secretaria de Estado de Saúde – SES ....................... p. 92

 Ministério Público da Mulher, da Família e

dos Direitos Humanos – MMFDH .................................... p. 97

Ministério Público – Mato Grosso do Sul – MP/MS p. 100

 Ministério Público do Trabalho em Mato

Grosso do Sul – MPT/MS ................................................. p. 100

MAPEAMENTO SITUACIONAL DA POPULAÇÃO LGBT+

NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL .................................... p. 101

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... p. 266

4
REFERÊNCIAS .................................................................................. p. 270

APÊNDICE ......................................................................................... p. 272

ANEXO ............................................................................................... p.311

SIGLAS

AGEHAB - Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul

AGEPEN/MS - Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do MS

ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais

BGIMO - Base de Gestão da Intermediação de Mão de Obra

BPC - Benefício de Prestação Continuada

CECLGBT+/MS – Centro Estadual de Cidadania para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais e


população do Estado de Mato Grosso do Sul

CEDS/MS - Conselho Estadual da Diversidade Sexual do Estado de Mato Grosso do Sul

CELGBT+/MS – Conselho Estadual para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais e população


do Estado de Mato Grosso do Sul

CENTRHO - Centro de Referência em Direitos Humanos de Combate à Homofobia

CRAS - Centro de Referência de Assistência Social

CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social

CNS - Carteira de Identificação por Nome Social

CEPLGBT - Comissão Especial Processante LGBT

CEVLGBT - Comissão de Enfrentamento à Violência LGBT

COVID-19 - Coronavirus Disease 2019


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CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social

CRS – Centro Regional de Saúde

CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento

DAB - Departamento de Atenção Básica

DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

e-SUS AB - e-Sistema Único de Saúde Atenção Básica

FCMS - Fundação de Cultura do MS

FUNTRAB - Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul

GGB - Grupo Gay da Bahia

HU/EBSERH - Hospital Universitário/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor

IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IST/AIDS - infecções Sexualmente Transmissíveis / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

LGBT+ - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros e qualquer outro recorte de gênero que não
tenha sido representada pelas outras

MEC - Ministério da Educação

MIS – Museu de Imagem e Som

MMFDH - Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

MPE - Ministério Público Estadual

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MPT/MS - Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul

MPMS - Ministério Público – Mato Grosso do Sul

MS - Mato Grosso do Sul

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NOB/SUAS - Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social

ONDH - Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos

ONG - Organização não Governamental

ONU - Organização das Nações Unidas

OMS - Organização Mundial da Saúde

PIB - Produto Interno Bruto

PPA - Plano Plurianual

SECC - Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania

SECIC - Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura de Mato Grosso do Sul

SECID - Subsecretaria Especial da Cidadania

SED - Secretaria de Estado de Educação

SEDH - Secretaria Especial de Direitos Humanos

SEDHAST - Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica

SEJUSP - Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública

SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social - Dourados/MS

SETAS - Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social

SES - Secretaria de Estado de Saúde

SIAPEN - Sistema Integrado de Administração Penitenciária

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SIGO - Sistema Integrado de Gestão Operacional

SUAS - Sistema Único de Assistência Social

SNPG - Secretaria Nacional de Proteção Global

SNPG - Secretaria Nacional de Proteção Global

STF - Supremo Tribunal Federal

SUAS - Sistema Único de Assistência Social

SUS - Sistema Único de Saúde

SubsLGBT/MS – Subsecretaria de Políticas Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais


do Estado de Mato Grosso do Sul

UBS – Unidades Básicas de Saúde

UBSF – Unidades Básicas de Saúde da Família

UFMS – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

UPA – Unidade de Pronto Atendimento

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INTRODUÇÃO

Políticas públicas, em termos gerais, são ações desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em
prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis. A necessidade dessas
ações emerge frente a problemas e demandas sociais, que exigem decisões e processos elaborados
para intervir de forma eficiente e eficaz para atender às questões da sociedade.
“As políticas públicas são definidas como um sistema de decisões públicas
que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas,
destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social,
por meio da definição de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos
recursos necessários para atingir os objetivos estabelecidos” (Saravia, 2006, p.29).

Para além de direitos garantidos por lei, outros que não estejam podem vir a ser garantidos através
de uma política pública. Isso pode acontecer com direitos que, com o passar do tempo, sejam
identificados como uma necessidade da sociedade. A finalidade dessa dinâmica tem por objetivo a
consolidação da democracia, justiça social, manutenção do poder, acesso e garantia de direitos e
promoção da cidadania.

Pode-se dizer que políticas públicas são necessárias para a promoção do bem-estar da sociedade,
sendo relacionado à ações bem desenvolvidas, e a sua execução em diversas áreas, tais como,
saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou
seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo. A partir desse princípio, para atingir
resultados satisfatórios em diferentes áreas, os governos (federal, estaduais ou municipais) se
utilizam das políticas públicas.

O Brasil é composto por vários grupos sociais, dentre eles, a população LGBT+. Compreender a
realidade e vivências dessa população no país, nos faz refletir que pessoas LGBT+, principalmente
pessoas trans, são vítimas de estigmas sociais, de preconceito e violência, colocando-as em
situação de vulnerabilidade pelo fato de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Para
melhor compreensão dessa realidade é preciso que essa seja dialogada com a necessidade de uma
visibilidade ampliada, possibilitando evidenciar suas demandas, particularidades e necessidades,
sendo elas na área da saúde, educação, moradia, renda, dentre outras, na busca pelo combate ao
preconceito e rompimento de “tabus” perante essa pauta.

Com isso, para uma possível atenuação dessas vulnerabilidades, verifica-se a necessidade de
construção de Políticas Públicas especificas direcionadas à população LGBT+, principalmente para
as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica.

No Estado de Mato Grosso do Sul foi iniciada essa discussão sobre políticas públicas para a
população LGBT+ em 2006 através da Lei nº 3.157, de 27 de dezembro de 2005, a qual dispõe
sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no âmbito do Estado de
Mato Grosso do Sul, sendo criado posteriormente o Centro de Referência em Direitos Humanos de
Combate à Homofobia (CENTRHO), uma das primeiras conquistas para a população LGBT+ no
Estado do MS, juntamente com outros sucessos nas legislações: Lei Nº 3.416 de 4 de setembro
de 2007, que altera dispositivos da Lei nº 3.287, de 10 de novembro de 2006, dispõe sobre a
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obrigatoriedade da disciplina de Relações de Gênero no conteúdo curricular dos cursos de formação
de Policiais Civis e Militares e Bombeiros Militares, e acrescentando a disciplina de combate à
homofobia; Decreto nº 13.266 de 21 de setembro de 2011, que institui o Conselho Estadual da
Diversidade Sexual, e dá outras providências, reorganizado pelo Decreto nº 14.970 de 16 de março
de 2018; Lei nº 4.031 de 26 de maio de 2011, que institui o Dia Estadual de Combate à Homofobia
em Mato Grosso do Sul; Decreto nº 13.684 de 12 de julho de 2013, que assegura às pessoas
travestis e transexuais a identificação pelo nome social em documentos de prestação de serviço
quando atendidas nos órgãos da Administração Pública direta e indireta, e dá outras providências;
todas essas, por meio de muita luta dos movimentos sociais e demais órgãos e setores envolvidos.

Ressalta-se que essa é uma luta que está longe de terminar, vislumbrando que nosso país possui
em seu território déficit de políticas específicas, a nível estadual e federal, para a garantia de
direitos e promoção da cidadania para a população LGBT+.

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OBJETIVOS

Com uma atuação no sentido de levantar informações e dados situacionais sobre a população
LGBT+ juntamente com as políticas públicas LGBT+ ofertadas no Estado do Mato Grosso do Sul,
e assim ao coletar, sistematizar e analisar essas, seguiu-se, levando em consideração como as
políticas públicas para a população LGBT+ são implementadas e vivenciadas dentro do poder
público estadual e de seus municípios, além de como os usuários e/ou representantes da população
LGBT+, para além dos que os assistem também, observam, vivenciam e se afetam pela presença
ou pela ausência de direitos, e de políticas públicas nesse território.

Objeto

Implementação de um novo modelo de gestão e ampliação do acesso aos serviços públicos da


população LGBT de Mato Grosso do Sul

Objetivo geral

Ampliar as Políticas Públicas para a População LGBT+ nas regiões de Fronteira e cidades Polos do
estado do Mato Grosso do Sul.

Objetivos específicos propostos

Implementar mecanismos de gestão e monitoramento para atingir maior alcance da criminalização


da LGBTfobia;
Mapear nas regiões de MS as principais violações de direitos da população LGBT+;
Realizar benchmarking: trocar experiências e boas práticas com outros órgãos gestores de políticas
públicas LGBT do país;
Realizar ações socioculturais e educacionais em conjunto com as unidades gestoras estaduais
transversais à pauta LGBT+: prefeituras, legislativo, ministério público, Fórum Estadual LGBT+ e
Conselho Estadual LGBT.

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METODOLOGIA

Partindo da premissa de que o campo de estudos relacionados às Políticas Públicas LGBT+ ainda
permanece em ajuste, merecendo ainda mais atenção quando falamos de países considerados
menos desenvolvidos, principalmente quando relatamos sobre o desenvolvimento e o impacto
econômico com a promoção da inclusão social, corroborando com Souza (2006), esse estudo
enfatizou-se na cuidadosa elaboração de questionamentos a fim da análise sobre o papel e/
ou gestão do Estado e demais órgãos na administração dos problemas e das intervenções
institucionais perante essa pauta; para tanto, entende-se o envolvimento dos conflitos devidos às
decisões políticas, coalizões, elaborações, e implementações das Políticas Públicas, e a partir
desses, entende-se, uma vez que, como impasses, esses possam ser originários de âmbito social,
político ou burocrático, e assim, atinge diretamente o processo para a efetivação das mesmas.

Assim como descrito por Souza (2015), para melhor entendimento desses trâmites técnicos que
são investidos no aparato governamental para a transformação e/ou manutenção da ordem social,
descreve-se essa pesquisa considerando também as relações históricas, morais e sociais, as quais
direcionam as escolhas de como determinada Política Pública será efetivada, uma vez que sabemos
a importância em “tratar as políticas públicas como parte desse processo do ‘fazer-se Estado’,
maleável, mutável”, onde os significados são compartilhados em “largo espectro e profundidade
temporal”.

Nesse sentido, para a concretização do objetivo, a construção dessa pesquisa seguiu norteando-se
através da avaliação da relação entre a formulação e as resultantes da construção ou aplicação de
qualquer Política Pública em prol dessa população.

Baseado na coleta de materiais normativos/informativos e na organização de perguntas de


questionários, e melhor evidenciando assim aspectos relativos à implementação das Políticas
Públicas, esse estudo orientou-se em uma análise descritiva e exploratória, para melhor relacionar
aos objetivos, explanando assim tanto a base teórica quanto efetuando pesquisas de campo para
conclusão de tal estudo.

Com o intuito na descrição de um novo conhecimento a fim de ser desenvolvido na prática a


favor da população LGBT+, esse trabalho foi analisado e desenvolvido de maneira explicativa
para melhor entendimento do mesmo, utilizando da abordagem quali-quantitativa para análise das
informações assim coletadas.

Portanto, apesar do projeto ter sido elaborado no ano de 2020 e somente em Junho do ano de
2022 ter dado início, o presente estudo foi desenvolvido em 09 (nove) meses, seguido por etapas,
cursando desde a estruturação e planejamento, elaboração / validação / aplicação de instrumentos
de pesquisas (questionários), validação dos dados, até a redação desse.

Na etapa de estruturação e planejamento da pesquisa foram selecionados os referenciais teóricos


necessários para definir os conceitos a serem utilizados e as áreas temáticas a serem tratadas, uma
vez que se sabe da sensibilidade desse tema e as diversas pesquisas associadas às identidades
de gênero e orientações sexuais, bem como os tipos de preconceito vividos por essa população.

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Durante o período de planejamento dessa pesquisa, foi discutida a possibilidade na realização da
aplicação em centros físicos e online. Apesar do alcance aos segmentos da população sem acesso
à internet e maior disseminação a nível local através de parcerias com ONG’s (Organizações não
Governamentais), centros locais e outros órgãos/setores. Entretanto, para garantir a uniformidade da
metodologia, optou-se pelo uso do método online. Tendo em vista que 83% dos domicílios urbanos
brasileiros, 71 % dos domicílios rurais brasileiros, e ao se obter um dado quantitativo relevante sob
essa análise, 83 % dos domiciliados na região Centro-oeste do Brasil possuem acesso à internet
(NIC.BR, 2021), a aplicação online, auxiliada por ampla divulgação, seria a melhor opção de coleta
a nível estadual.

Ao longo da construção dessa pesquisa, além de outras informações, foi inserido na mesma o
tópico elencado como Governança da Políticas Públicas LGBT+ no MS, afim de salientar sobre as
Políticas pautadas e seu trajeto, em prol do estado de Mato Grosso do Sul, seguido na descrição
sobre o percurso da Cidadania LGBT+, descrevendo sobre itens marcantes, tais como o Programa
Brasil sem Homofobia, e assim, o curso dessa gestão, o qual discorre sobre a criação do Centro
de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO), um
marco histórico em nosso Estado, precedido de tudo o que o envolve, até a concretização da
Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT (seus órgãos Colegiados, Programas, Campanhas, e
outros envolventes), e sua vinculação e assessoramento através do Centro Estadual de Cidadania
LGBT+.

Com o propósito de evidenciar a situação das Políticas Públicas em que a população LGBT+ vulnerável
está inserida, seja ela com baixa renda per capta, e/ou grau de vivência sob violência, e assim analisar
as experiências ligadas diretamente com o problema pesquisado, na sequência foi efetuado um
levantamento dos órgãos/instituições que assistem à esse público, conduzindo a metodologia para
além de um levantamento bibliográfico e em demais redes de acesso à atualidades, à requisição de
dados sobre a população atendida e demais associados em relevância nesses órgãos, para então,
também, inserirmos a coleta de entrevistas/preenchimentos via online, através dos Instrumentos de
pesquisa elaborados para tal: “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no
Estado de Mato Grosso do Sul”, “EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”, “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”, e,
“CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS”.

Esses Instrumentos de pesquisa, foram elaborados para que se obtivesse um amplo conhecimento
sobre a vivência do público LGBT+, e também sob o olhar dos profissionais que assistem estes,
tomando como base pesquisas confiáveis, realizadas anteriormente nas áreas temáticas abrangidas
por esta pesquisa, além da preocupação na manutenção das terminologias, fazendo-se com
que os mesmos fossem formatados de maneira mais compreensível possível, se aproximando
mais do senso comum do que dos termos técnicos empregados atualmente, para garantir que o
questionário fosse acessível para a maior parcela possível dessa população, independentemente
de conhecimento sobre a temática.

Descritos unitariamente melhor no item “Pesquisa de Políticas Públicas LGBT+”, estes foram
direcionados como procedimento de coleta de dados, através de divulgação na plataforma
online desenvolvida, https://linklist.bio/mapeamento-subslgbt-2022 (apêndice), para livre acesso

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à população proposta. Entrevistas presenciais foram realizadas em eventos promovidos pela
SubsLGBT/MS – CECLGBT+/MS, e além de reuniões estratégicas realizadas com pontos focais
ligados à esses eixos, foram enviados também às Secretarias Municipais do Mato Grosso do Sul,
além de outros órgãos e demais grupos vinculados aos mesmos.

Sabendo-se a composição do público-alvo desse projeto ter como base a população LGBT de
Mato Grosso do Sul, em especial as em situação de vulnerabilidade e com os vínculos familiares e
comunitários rompidos e/ou fragilizados, as pessoas travestis e transexuais, e a população LGBT
nos municípios na região de fronteira seca e fluvial, e, na intenção de atingirmos grande parte
deste, foi dado ênfase no preenchimento dos mesmos pelo público ligados aos eixos, assistidos
pelos mesmos, familiares/círculo de convívio, assim como público LGBT+ no Mato Grosso do Sul
em geral.

Enfatizando esse porém, foram delimitados assim, no item “Enfrentamento à Violência LGBT+
e Boas Práticas”, a descrição sobre a atuação dos órgãos governamentais estaduais do MS sob
essa pauta; neste, foram solicitados através de ofícios, dados referentes à população LGBT+, tais
como a quantidade de pessoas atendidas, intercorrências associadas às questões de gênero e/
ou orientação sexual, medidas promovidas no âmbito da efetividade acima dos Direitos Humanos
realizadas pelo órgão em questão, além de ações desenvolvidas pelo mesmo (atividades formativas
e/ou informativas aos profissionais neste existentes e/ou para o público LGBT+), relatando assim,
sobre a atuação desses órgãos frente à realidade por essa população. São estes: Agência de
Habitação Popular de Mato Grosso do Sul – AGEHAB, Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul,
Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul – FUNTRAB, Secretaria de Estado de Educação
– SED, Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – SEDHAST,
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, Secretaria de Estado de Saúde –
SES, Ministério Público da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – MMFDH, Ministério Público
– Mato Grosso do Sul – MPMS, Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul – MPT/MS.

Após todo esse processo, todos dados obtidos foram interpretados no campo denominado
“Mapeamento situacional da população LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, para análise
tanto em quantidade como em qualidade para se constatar um melhor mapeamento.

Governança da Políticas Públicas LGBT+ no MS

A operacionalização dos programas dos governos, especialmente quando se fala sobre o


sistemático ajuste entre o desenvolvimento e o impacto econômico com a promoção da inclusão
social, pertencentes a uma relação que merece atenção quando falamos de países considerados
menos desenvolvidos, se torna uma grande preocupação do campo denominado políticas públicas
(Souza, 2006).

Para tanto, ao indagar-se sobre a escolha governamental no desenvolvimento de ações


transcorre sobre como as instituições e grupos sociais são organizados. Seguindo, estudos mais
contemporâneos sobre o papel ou a gestão do Estado se espraiam do espaço propriamente
administrativo dos problemas e das intervenções institucionais para uma análise cuidadosa dos
“governos em ação” (Souza, 2006), na medida em que também acompanham os conflitos inerentes
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às decisões políticas, por meio das elaborações, coalizões e implementações das políticas públicas
a partir de seus diversos agentes estatais, assim como do respaldo e da interação com a sociedade
civil organizada (Ramírez, 2010).

Para tanto, “deve-se pensar não só nas elaborações e formulações de determinada política pública,
mas também nas composições e impasses durante sua implementação, em níveis burocráticos,
políticos e sociais, obtendo a manutenção ou a sua própria transformação” (Souza Lima, Castro,
2015).

Em 2001 (Rocha, 2021), a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou em Durban, na África
do Sul, uma conferência mundial contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância
sendo um dos frutos da reunião, a Declaração e Programa de Ação de Durban, que reuniu ações de
combate à intolerância; nesse mesmo ano, o Brasil estabeleceu o Conselho Nacional de Combate à
Discriminação, uma das primeiras medidas adotadas pelo governo brasileiro para a implementação
das recomendações da conferência da ONU.

Mas conforme relato de Pereira (2022), ao longo da luta nacional, na década de 1990, iniciativas
voltadas à garantia de direitos e combate à discriminação contra LGBT+ foram construídas no
âmbito das políticas de enfrentamento à epidemia do HIV-Aids estando, portanto, a maior parte
dessas políticas direcionadas a área da saúde; dentre os marcos estão: III Encontro Brasileiro de
Homossexuais (III EBHO), VI Encontro Brasileiro de Homossexuais (VI EBHO), I Encontro Nacional
de Travestis e Liberados, Marcha pela Cidadania Plena de Gays e Lésbicas – I Parada do Orgulho
LGBTI+ do Rio de Janeiro (sendo a Primeira Parada do Brasil), I Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH 1), Disque Defesa Homossexual (DDH).

Além da realização do II Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 2) em 2002, em 2004, com
o lançamento do Programa BSH (Brasil Sem Homofobia), houve um importante marco na trajetória
das políticas para a população LGBT+ no governo federal, uma vez que o programa apresentava
caráter transversal, isto é, previa ações em diversos setores de políticas públicas, como segurança,
educação, cultura, entre outras, onde os grupos e ativistas do movimento LGBT+ foram essenciais
para a construção do programa, pois pressionaram o governo a apresentar programas que não
se limitassem ao enfrentamento do HIV-Aids, dentre outros. Uma das fragilidades do programa
era sua baixa vinculação formal ao Orçamento da União, pois a inclusão de ações específicas no
orçamento importa para as políticas, pois facilitam a destinação de recursos a elas, seja por parte
do Executivo, seja por emendas parlamentares; a partir do LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2006,
as ações orçamentárias específicas para políticas LGBT+ foram incluídas.

Foi também constituído o Comitê Técnico para a formulação de proposta da política nacional
de saúde da população de gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais (Portaria nº 2.227/2004),
realização do “Seminário Nacional de Segurança Pública e Cidadania LGBT”, proposição de
Diretrizes Nacionais para o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS) (Portaria
nº 457/2008), a I Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT (resultou
na construção do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT, propondo
ações que envolviam diversos ministérios e secretarias do governo federal, e estabelecia de forma
mais clara responsabilidades e prazos para o cumprimento das ações), o III Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH 3), e a Criação da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos LGBT
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(formalizando na secretaria um setor dedicado ao tema, direcionando a atividade de seus membros
exclusivamente a essas políticas); em 2010, a reformulação do Conselho Nacional de Combate à
Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
(CNCD/LGBT), aprofundando a participação social nessa área.

Após essas, através da Portaria nº 2.836/2011, instaurou-se a Política Nacional de Saúde Integral
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, apresentação do Módulo LGBT no Disque
100 (Disque Direitos Humanos), e também o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
da união homoafetiva, e conseguinte realização da II Conferência Nacional de Políticas Públicas e
Direitos Humanos de LGBT.

Mas em 2013 o Sistema Nacional LGBT (Portaria nº 766/2013) redefiniu e ampliou o Processo
Transexualizador no SUS (Portaria nº 2.803/2013), e a Resolução nº 175/2013 dispôs sobre a
habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento,
entre pessoas de mesmo sexo, trazendo outros inúmeros progressos: o Comitê Nacional de
Políticas Públicas LGBT (Portaria nº 767/2013), a III Conferência Nacional de Políticas Públicas
e Direitos Humanos de LGBT, o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero
de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica
e fundacional (Decreto nº 8.727/2016), o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
da possibilidade de adequação do registro civil (quanto ao prenome e classificação de gênero)
por transexuais e transgêneros que não tenham realizado cirurgia de transgenitalização (não
se exigindo para tanto nada além da manifestação de vontade do indivíduo),a regulamentação
do prenome e do gênero nos assentos de nascimento e casamento da pessoa transgênero no
Registro Civil das Pessoas Naturais (RCPN) sem a obrigatoriedade da comprovação de cirurgia
de transgenitalização ou de decisão judicial (Provimento nº 73/2018), o reconhecimento pelo STF
da criminalização da homofobia e transfobia tais como crimes de racismo, reconhecimento pelo
STF da inconstitucionalidade de dispositivos da Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde e da
Resolução RDC 34/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a proibição para doação
de sangue dos homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais
em 12 meses antecedentes. Já em 2019 a presidência da República decretou a reformulação do
Conselho Nacional de Combate à Discriminação (Decreto nº 9.883, de 27 de junho de 2019), e
em 2020 a presidência da República publicou outro decreto (nº 10.346, de 11 de maio de 2020),
revogando a realização da 4ª Conferência Nacional LGBT, descontinuando assim a realização das
conferências nacionais nessa área; em 2021, o Decreto nº 10.883, de 6 de dezembro de 2021, deu
fim à existência de um órgão exclusivamente dedicado a políticas para LGBT+ no governo federal,
o Departamento de Promoção dos Direitos de LGBTQIAP+, sendo fundido a outros e dando origem
ao Departamento de Proteção de Direitos de Minorias Sociais e Populações em Situações de Risco.

E em 2023, com o novo governo atuante, constituiu-se a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa
dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, sendo parte integrante da equipe que coordena as ações e
políticas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; neste, as políticas públicas para a
população LGBT+ são desenvolvidas, pela Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (DPLGBT).

Visto que para uma análise da política pública que verse sobre a população LGBT+ precisa não só

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passar pelo entendimento dos critérios técnicos, administrativos e políticos que povoam qualquer
implementação de ação governamental ou de normativa pública, mas também precisa “considerar
as relações históricas, morais e sociais que usualmente modulam os direcionamentos e as
escolhas de como determinada política pública vai ser efetivada localmente (Souza Lima, Castro,
2015), discorremos sob nosso “perímetro estadual” no âmbito das políticas públicas em prol dessa
população. A Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul, criada
em 14 de março de 2017, pela Lei nº 4.982, subordinada à Secretaria de Estado de Cidadania e
Cultura (SECIC) (Lei nº 5.652, de 29 de abril de 2021), tem como missão promover e garantir os
direitos sociais, bem como combater a discriminação da população LGBT+, por meio de elaboração
e a execução de políticas e diretrizes governamentais para o fomento e o desenvolvimento de
programas, projetos e atividades de integração das ações voltadas à população LGBT+, e também,
a realização de estudos, debates e pesquisas sobre as condições de vida dessa população, a fim
de promover a inclusão social.

Com a visão em ser reconhecida e consolidar-se como um espaço destinado a garantir o respeito
e convívio com as diferenças no sentido de assegurar os direitos, de combate à violência e
implementação das políticas públicas da comunidade LGBT+, e como valores, a cidadania,
equidade, participação social e transparência, essa Subsecretaria conta com toda uma estrutura
organizacional, que pôde proporcionar a constituição de seu arcabouço legislativo, descrito adiante.

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Cidadania LGBT+

 Programa “Brasil sem Homofobia”

A luta por direitos da população LGBT+ percorre por longos anos da história do Brasil, porem no
final de 1980 surge algumas ações governamentais voltadas para a população LGBT+, nesse
período eram ações mais voltadas no âmbito da saúde e segurança pública. A partir do ano de
2002, os diálogos entre as lideranças do movimento LGBT+ e o Governo se iniciaram, sendo
inédita a iniciativa do Governo à atenção nas questões LGBT+.

A formalização de ações do Governo voltadas no combate a violência LGBT+, surge no Plano


Plurianual (PPA 2004-2007), no qual o Programa “Brasil Sem Homofobia” foi previsto. Criado em
2004, através da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), no âmbito do Programa Direitos
Humanos, o Programa “Brasil Sem Homofobia” foi uma iniciativa do Governo Federal articulado com
a sociedade civil organizada, marcou um novo período do reconhecimento da pauta do movimento
LGBTI+ perante a esfera federal brasileira, sendo uma das primeiras iniciativas do Governo Federal
que reconhece a população LGBTI+ como grupo historicamente discriminado e violentado, tendo
como objetivo promover a cidadania LGBT+, a partir da equiparação de direitos e do combate à
violência e à homofobia, respeitando a especificidade de cada um desses grupos populacionais.

Porém a execução do Programa “Brasil sem Homofobia” enfrentou muitas dificuldades na ampliação
e transversalização das políticas públicas, tendo como ações realizadas, o apoio a projetos de
ONGs; capacitação de militantes e ativistas; criação de núcleos de pesquisa em universidades
públicas; projetos de capacitação de professores da rede pública; programas na área de saúde
e prevenção de IST/AIDS; e criação de Centros de Referência em direitos humanos e combate a
crimes de homofobia.

Até 2008, as atividades do Programa eram dispersas e sem continuidade, envolvendo muito mais
as próprias ONGs que fazem ativismo do que órgãos estatais. Nesse sentido, as ações deste
tiveram o protagonismo da execução centralizado apenas nas mãos das ONGs de ativismo, o
que demonstra uma dificuldade e limitação no debate sobre a garantia dos direitos LGBT+, e que
pode ser reflexo de uma histórica não responsabilização do Estado na participação e prestação de
serviços sociais a essa população.

Desse modo o Programa apresentou uma implementação falha e, sendo corrigida apenas em 2009
com o lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT,
que definiu metas, prazos e órgãos responsáveis pelas ações. Compilando as propostas da 1ª.
Conferência Nacional de Políticas Públicas LGBT, realizada em 2008, em 2 (dois) eixos estratégicos:

Em 2009, foi instituída a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos Humanos LGBT, primeiro
setor específico na estrutura e organograma da Secretaria Especial de Direitos Humanos para a
política LGBT+, e em 2010, foi criado o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção
dos Direitos LGBT. Já no ano de 2013, foi lançado o Sistema Nacional de Enfrentamento a Violência
LGBT, com o intuito de fomentar uma rede de atenção a essa população.

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 Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia
(CENTRHO)

Em 2005, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, sensível às questões sobre a


violência à população LGBT+, institui a Lei nº 3.157, de 27 de dezembro 2005 que prevê
medidas para o combate à discriminação por orientação sexual. Em 2006 foi publicado o
Decreto nº 12.212, de 18 de dezembro de 2006 que regulamenta a Lei nº 3.157, de 27 de
dezembro de 2005, que dispõe sobre as medidas de combate à discriminação devido a
orientação sexual no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. Uma conquista possibilitada
pela participação dos Movimentos Sociais LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais). O mesmo decreto relata:
Art. 1º - As medidas de combate à discriminação e à violência física devidas à
orientação sexual no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, previstas na Lei nº
3.157, de 27 de dezembro de 2005, serão aplicadas de acordo com as disposições
deste Decreto, sem prejuízo das demais normas aplicáveis à matéria.
Art. 2º - Entende-se por discriminação qualquer ação ou omissão que, motivada
pela orientação sexual, causar constrangimento, exposição a situação vexatória,
tratamento diferenciado, cobrança de valores adicionais ou preterição no
atendimento a gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e travestis.

A Lei nº 3.157/2005 foi criada visando a necessidade de desenvolver ações de combate à


discriminação devido a orientação sexual e identidade de gênero e de promoção da cidadania da
população LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul. Contudo, mesmo com a aprovação da lei,
não havia na estrutura governamental um órgão específico para a execução de tais medidas de
combate à discriminação.

A necessidade de atendimento especializado à população LGBT+ vítimas de violência, no âmbito


nacional, leva a criação dos Centros de Referência em Direitos Humanos que contemplem o
combate à discriminação e à violência contra a população LGBT+, através do Programa Brasil sem
Homofobia.

A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República apoiou, por meio de


convênios, a criação dos Centros de Referência em todo o Brasil, alocados em ONGs e em Órgãos
Públicos, sendo que em 2008 existiam 47 (quarenta e sete) destes Centros de Referência em
todos os Estados (SETASS, 2008). Os serviços nos Centros objetivam o atendimento às vítimas
de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, assim como orientações diversas
e ações de combate a violência e promoção da cidadania LGBT+.

A transferência de recursos advindos desses convênios proporcionou a estruturação do serviço,


sendo que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul disponibilizou equipe técnica e local para
instalação do serviço.

No Decreto nº 12.212, de 18 de dezembro de 2006, que regulamenta a Lei Estadual nº 3.157/2005,


no Art. 11º institui na estrutura governamental, o Centro de Referência em Direitos Humanos de
Combate à Homofobia (CENTRHO), vinculado à Secretaria de Estado.

A existência de legislação específica para o combate à homofobia em Mato Grosso do Sul foi
fundamental para respaldar as atividades do CENTRHO, uma vez que apresentava as principais

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situações de discriminação no Art. 2º da lei, bem como previa as punições aos agressores, inclusive
com aplicação de multas.

A importância política da criação deste serviço no âmbito do Governo do Estado solidifica a pauta
de reivindicações e proporciona reconhecimento por parte do poder público às demandas LGBT+.

O CENTRHO foi criado com a finalidade de prestar atendimento especializado através de orientação
jurídica, psicológica e social as vítimas de discriminação e violência homofobia, promover ações
de promoção da cidadania, combate ao preconceito, enfrentamento a violência e à discriminação
praticada contra a população LGBT+, por meio de encontros, seminários e palestras, receber
reclamações e denúncias por atos de discriminação, pratica de violência, sendo de ordem física,
psicológica, cultural e verbal ou de manifestação de caráter preconceituoso motivado por orientação
sexual e gênero. O CENTRHO também era responsável pela apuração das denúncias através de
processos administrativos caso fosse comprovada a denúncia.

Desde sua criação até o ano de 2016, esta fez parte da estrutura da Secretaria de Estado de Direitos
Humanos, Assistência Social e Trabalho (SEDHAST). Em 2017 com a criação da Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT dentro da estrutura da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC),
o CENTRHO foi vinculado à estrutura desta Secretaria, sob a coordenação da Subsecretaria dita
anteriormente.

 Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT do MS (SubsLGBT/MS)

“Em 2017, foram 445 pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) mortas em
crimes motivados por homofobia no Brasil. O levantamento foi realizado pelo Grupo Gay da Bahia
(GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o
monitoramento anual começou a ser elaborado, há 38 anos. De 2005 até 2017, o grupo calcula um
total de 3.287 homicídios contra a população LGBT. Os dados de 2017 representam um aumento
de 30% em relação a 2016, quando foram registrados 343 casos. De acordo com o relatório, o
saldo de crimes violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que o observado
há 10 anos, quando foram identificados 142 casos. Das 445 mortes registradas em 2017, 194 eram
gays, 191 eram pessoas trans, 43 eram lésbicas, 5 eram bissexuais e 12 eram heterossexuais. Em
relação à maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de armas de fogo, 111
foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32 ocorreram após espancamento e 22 foram mortos
por asfixia. Há ainda registro de violências como o apedrejamento, degolamento e desfiguração do
rosto. Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da
vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por
espancamento. Já com gays em geral, mortes por esfaqueamento ou asfixia são as mais comuns.
Um exemplo foi o assassinato da travesti Dandara, de 42 anos. Ela foi espancada, apedrejada e
depois morta a tiros por 8 pessoas em Fortaleza no dia 15 de fevereiro de 2017. Os autores ainda
registraram o crime em vídeo, que teve grande circulação nas redes sociais.” (Noticia, Poder 360
– publicado em 19/01/2018)

É através de cenários como este, que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul acaba por
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se destacar como pioneiro na implantação e implementação de políticas públicas: responsáveis
por deflagrar uma série de ações que visam o enfrentamento ao preconceito, a discriminação e
a qualquer forma de violência, em 2017 através da reorganização da estrutura básica do Poder
Executivo deste Estado, pela Lei n° 4.982 de 14 de março de 2017, foi criada a Secretaria de
Estado de Cultura e Cidadania (SECC), a qual instituiu, como subordinada, a Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS).

Com sua criação, o Estado de Mato Grosso do Sul passa a ser o primeiro Estado brasileiro a dar
mais visibilidade às ações de conscientização e enfrentamento a violência praticada contra esse
público. Sendo a primeira Subsecretaria do país com a pauta LGBT, elevando o status institucional de
discussão da pauta que se refere a essa parcela tão importante da população sul-mato-grossense.

Em 21 de março de 2017, o Decreto nº 14.692, acaba por definir a organização da estrutura básica
da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC), onde o Centro de Referência em Direitos
Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO) fica vinculado a Subsecretaria de
Políticas Públicas LGBT do MS (SubsLGBT/MS).

Certos de suas competências, a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT propõe:

a) A elaboração e a execução de políticas e de diretrizes governamentais para o fomento e o


desenvolvimento de programas, projetos e de atividades de integração das ações voltadas à
população LGBT;

b) A realização de estudos, de debates e de pesquisas sobre as condições de vida da população


LGBT, a fim de promover a inclusão social.

Em 2018 ocorreu mais uma alteração na estrutura do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso
do Sul. A Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania (SECC) é extinta e instituída a Subsecretaria
Especial da Cidadania (SECID), que é subordinada à Secretaria de Estado de Governo e Gestão
Estratégica (SEGOV). Nesse momento a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT passa a ser
subordinada à Subsecretaria Especial da Cidadania (SECID), onde essa estrutura permanece até
abril de 2021, e, pela Lei nº 5.652 de 29 de abril de 2021, a Estrutura Básica do Poder Executivo do
Estado de Mato Grosso do Sul é novamente reorganizada.

Adiante, a SECID é extinta, é instituída a Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (SECIC),


mas seguiu-se com a mesma estrutura de Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT, onde, nessa
organização, pelo Decreto nº 15.733 de 15 de julho de 2021, o CENTRHO ainda permaneceu
vinculado a SubsLGBT. Em 2021, o CENTRHO foi reformulado por meio do Decreto nº 15.755,
instituindo-se o Centro Estadual de Cidadania LGBT+ (CECLGBT+) permanecendo como órgão
vinculado à SubsLGBT/MS, compreendendo assim, unidade pertencente à estrutura organizacional
desta.

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Órgãos Colegiados

o Conselho Estadual LGBT

O Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul (CELGBT/MS) surgiu após a reorganização
e a revogação da criação do antigo Conselho Estadual da Diversidade Sexual do Estado de Mato
Grosso do Sul (CEDS/MS), instituído em 2011 pelo Decreto nº 13.266, de 21 de setembro de 2011,
como órgão colegiado vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS).

A criação do Conselho no ano de 2011 foi um marco para a luta LGBT+, pois o Mato Grosso do
Sul era um dos poucos Estados a ter no Plano Estadual, um Conselho que discutisse a pauta
LGBT+, além de uma estrutura na gestão que articulasse a política LGBT+, a qual era realizada
apenas pelo CENTRHO. Dentre os objetivos do CEDS/MS estava o de assessorar e acompanhar
a implementação de políticas públicas destinadas à essa população, e no ano de 2017 passou a
estar vinculado à SECC (Decreto nº 14.692, de 21 de março de 2017).

Em 2018 pelo Decreto nº 14.974, de 26 de março de 2018, o nome do Conselho é alterado; o que
antes era o CEDS/MS, passa a ser Conselho Estadual LGBT do Estado de Mato Grosso do Sul
(CELGBT/MS).

Este foi reorganizado pelo Decreto nº 14.979, de 16 de março de 2018, e alterado pelo Decreto
nº 15.743, de 10 de agosto de 2021, sendo um órgão colegiado, deliberativo, paritário, vinculado
a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS), unidade
pertencente à estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura de Mato
Grosso do Sul (SECIC/MS), tendo como finalidades precípuas propor e fiscalizar políticas públicas
destinadas às pessoas que se identificam como LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Transexuais e com outras orientações sexuais e identidades de gênero não contempladas pela
sigla), no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, assegurando-lhes o exercício pleno dos seus
direitos e cidadania.

o Comissão Especial Processante LGBT

A Comissão Especial Processante de Mato Grosso do Sul (CEPLGBT/MS) instituída pelo Decreto
nº 15.334, de 19 de outubro de 2020, e alterado pelo Decreto nº 15.742, de 10 de agosto de 2021, é
um órgão permanente, autônomo, consultivo e deliberativo, vinculado à Subsecretaria de Políticas
Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS).

Alterando a sua redação e acrescentando dispositivos ao Decreto nº 15.733, de 15 de julho de


2021, o Decreto nº 15.744, de 10 de agosto de 2021, e em estrutura organizacional, se torna órgão
colegiado vinculado à Secretaria de Estado.

No dia 14 de fevereiro de 2022, a SECIC publicou a Resolução SECIC nº 01, de 11 de fevereiro


de 2022, que regulamenta as atividades da Comissão Especial Processante LGBT (CEPLGBT). A
publicação regulava os procedimentos administrativos, desde a composição ao funcionamento da
Comissão, a qual foi instituída para a apuração dos atos discriminatórios previstos na Lei nº 3.157,
de 27 de dezembro de 2005, e tem como papel ouvir as vítimas, agressores e testemunhas, analisar

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as provas apresentadas e encaminhar os processos conforme a legislação vigente. Segundo a
Lei nº 3.157, qualquer cidadão ou cidadã que se sentir constrangido, intimidado ou violentado
em estabelecimentos comerciais (como lojas, hotéis, shopping centers, etc.) ou por pessoas
(funcionários públicos e privados, militares, empregadores, condôminos, etc.) poderá comunicar à
Comissão.

A CEPLGBT é constituída por 05 (cinco) integrantes designados pelo Secretário de Estado de


Cidadania e Cultura, sendo 01 (um) da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso
do Sul, 01(um) da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Polícia Civil de
Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Corregedoria Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, 01 (um) do
Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul.

As reclamações são apuradas em processo administrativo, e caso julgado culpado por qualquer
conduta discriminatórias o denunciado poderá receber como pena desde advertência por escrito;
multa no valor de 80 a 150 (oitenta à cento e cinquenta) UFERMS (Unidade Fiscal Estadual de
Referência do Estado de Mato Grosso do Sul), até a proibição de contratar com a administração
pública estadual pelo prazo de 1 (um) ano.

o Comissão de Enfrentamento à Violência LGBT

A Comissão Estadual de Enfrentamento à Violência contra a População de Lésbicas, Gays,


Bissexuais, Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (CEVLGBT/MS) instituída pelo Decreto
nº 15.334, de 19 de outubro de 2020, e alterado pelo Decreto nº 15.742, de 10 de agosto de 2021, é
um órgão permanente, autônomo, consultivo e deliberativo, vinculado à Subsecretaria de Políticas
Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS).

O Decreto nº 15.744, de 10 de agosto de 2021 altera a redação e acrescenta dispositivos ao


Decreto nº 15.733, de 15 de julho de 2021, que organiza a estrutura básica da Secretaria de
Estado de Cidadania e Cultura (SECIC), acrescentando a Comissão Estadual de Enfrentamento à
Violência contra a População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CEVLGBT)
como órgão colegiado vinculado à mesma.

Com objetivo em elaborar estratégias para prevenir, enfrentar e reduzir as diversas formas de
violência praticadas contra a população LGBT+, e assessorar os órgãos da Administração direta,
as autarquias e as fundações do Poder Executivo Estadual sobre as temáticas relacionadas à
criminalização da homotransfobia, esta Comissão conta com a Lei nº 3.157, de 27 de dezembro
de 2005, que dispõe sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no
âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul para assim acompanhar a apuração das violações de
direitos e as infrações penais cometidas contra essa população.

Foi assim denominado que a CEVLGBT deverá ser composta por 09 (nove) membros titulares e
igual número de suplentes, e serão indicados pelos dirigentes da unidade, órgãos, poderes e das
entidades que representam, além de serem designados por resolução de pessoal de sua Secretaria
de Estado, para mandato de 02 (dois) anos, permitida a designação para até 02 (dois) mandatos
consecutivos, sendo 01 (um) da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul,

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01 (um) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul,
01 (um) do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Coordenadoria-Geral de
Perícias de Mato Grosso do Sul, 01 (um) da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul,
01 (um) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, 01 (um) do Fórum Estadual LGBT
de Mato Grosso do Sul, e 01 (um) do Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul.

Programas e Campanhas

o Dia Estadual de Combate a Homofobia

No ano de 2011, foi instituído o Dia Estadual de Combate à Homofobia em Mato Grosso do Sul,
através da Lei nº 4.031, de 26 de maio de 2011, a ser comemorada, anualmente, no dia 17 de maio.

o Maio da Diversidade

Em alusão ao dia 17 de maio, quando se comemora o Dia Estadual de Combate à Homofobia


em Mato Grosso do Sul, o Governo do estado de Mato Grosso do Sul criou a Campanha “Maio
da Diversidade”. Neste mês são realizadas programações em todo o Estado (rodas de conversa,
seminários, cursos, capacitações, eventos culturais, entre outros), com o intuito na divulgação das
ações e dos serviços públicos voltados a esta temática, promovendo a integração e fortalecendo a
luta pela erradicação da violência e do preconceito contra o público LGBT+.

o Programa Estadual de Cidadania LGBT+

Foi instituído por meio do Decreto nº 15.679 de 19 de maio de 2021, e é um instrumento de


formulação e implementação de políticas públicas para a população LGBT+, elaborado a partir do
reconhecimento das demandas apresentadas por essa população, que historicamente é alvo das
mais diversas formas de violência, o que a coloca em condição de extrema vulnerabilidade e risco
social.

Objetivos desse programa:

1. Orientar a execução das políticas públicas estaduais, bem como de combate às desigualdades
ao preconceito e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero;

2. Promover a cidadania e os direitos humanos LGBT +, primando pela intersetorialidade e


transversalidade na proposição e implementação dessas políticas;

3. Promover à população LGBT + os direitos fundamentais de inviolabilidade do direito à vida, à


liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, conforme artigo 5º da Constituição Federal;

4. Promover à população LGBT + a garantia de direitos sociais e do acesso com qualidade aos
serviços públicos.

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o Pacto MS + amor

O Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, nomeado como “Pacto MS + amor”,


caracteriza-se como uma ação estratégica do Governo Estadual na articulação de ações integrais
que visam a promoção de direitos e o combate à violência LGBTfóbica, por meio de 21 (vinte e uma)
metas, seguindo os seguintes eixos de atuação: gestão participativa e enfrentamento à violência,
os quais foram instituídos por meio do Decreto nº 15.678, de 19 de maio de 2021, sendo essas:

1. Definir e pactuar o fluxo de atendimento da população LGBT+ no município;

2. Criar campos para a inclusão de identidade de gênero e orientação sexual nas fichas de cadastro,
formulários e prontuários para atendimento de serviços prestados por qualquer órgão municipal;

3. Articulação de ações que fomentem a empregabilidade e empreendedorismo da população


LGBT+, bem como a inserção nas políticas locais de qualificação para o trabalho de acordo com a
peculiaridade de cada município;

4. Construir uma rede de proteção social para as pessoas transexuais;

5. Criar uma unidade gestora de políticas públicas LGBT+ ou destacar/lotar um/uma servidor/a com
uma equipe habilitada especificamente para a gestão de políticas públicas LGBT+;

6. Elaborar o plano municipal de políticas públicas LGBT+;

7. Instituir e normatizar medidas que incluam o uso do nome social nos serviços públicos municipais;

8. Elaborar e implementar a política de saúde integral LGBT+;

9. Promover ações que visem reparar o direito violado, bem como trabalhem na inserção e
assistência a população LGBT+, na perspectiva da proteção e prevenção;

10. Qualificar os profissionais da assistência social, educação, saúde e guarda municipal para o
atendimento à população LGBT+ em situação de violência e/ou vulnerabilidade social;

11. Elaborar e pactuar fluxos e instrumentos para o recebimento e encaminhamento de denúncias


referentes a Lei estadual nº 3.157/2005, que dispõe sobre as medidas de combate à discriminação
devido a orientação a sexual no âmbito de Mato Grosso do Sul;

12. Apurar e penalizar administrativamente todos os atos discriminatórios e violência em razão


da orientação sexual, identidade de gênero e/ou expressão de gênero nos órgãos e instituições
públicas;

13. Realização de ações que promovam o exercício pleno da cidadania pela população LGBT+,
livre de violência;

14. Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas, em diversos formatos, de maneira
permanente e abrangente, direcionadas a todos os segmentos e faixas etárias da população LGBT+;

15. Realização de atividades alusivas e direitos e cidadania LGBT+, em especial ao “Dia da


Visibilidade Trans” (29/01), “Dia Estadual de Combate a Homotransfobia” (17/05), “Dia da Visibilidade
Lésbica” (29/08), e “Dia da Visibilidade Bissexual” (23/09), em parceria com outros organismos do
município, tais como, empresas e terceiro setor;
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16. Incentivar e apoiar as manifestações culturais LGBT+;

17. Fomentar a prática desportiva e participação de LGBT+ nos eventos esportivos nas diversas
modalidades e categorias;

18. Realização de seminários com ampla participação social para discussão de políticas LGBT+ e
apresentação das ações já executadas na área;

19. Criação e divulgação de campanhas contra a discriminação;

20. Elaboração de relatórios e/ou dossiês sobre violência LGBT+, como forma de identificar as
causas e propor estratégias de enfrentamento;

21. Garantir a participação dos segmentos LGBT+ nas instâncias de controle social, como conselhos,
comissões, ouvidorias e grupos de trabalho para intervir na formulação de políticas públicas e
acompanhar as denúncias de violação de direitos LGBT.

Acima das metas propostas, de acordo com o Art. 3º do Decreto nº. 15.678 de 19 de maio de 2021,
os objetivos propostos pelo Pacto Cidadania LGBT+ são:

a) Aperfeiçoar o marco normativo de proteção à população LGBT+;

b) Construir e ampliar a rede de proteção e de atendimento à população LGBT+;

c) Buscar maior cooperação e atuação conjunta com os municípios a fim de implementar políticas
públicas destinadas à população LGBT+.

Através desses objetivos, a atuação se dará diante dos seguintes eixos, os quais serão melhor
explanados abaixo:

a) Atendimento;

b) Institucionalização e normatização;

c) Defesa e responsabilização;

d) Promoção de direitos;

e) Prevenção.

Eixo I – Atendimento:
• Definir e pactuar o fluxo de atendimento da população LGBT+ no município;

• Criar campos para a inclusão de identidade de gênero e orientação sexual nas fichas de cadastros,
formulários e prontuários para atendimento de serviços prestados por qualquer órgão municipal;

• Articulação de ações que fomentem a empregabilidade e empreendedorismo da população


LGBT+, bem como a inserção nas políticas locais de qualificação para o trabalho de acordo com a
peculiaridade de cada município;

• Construir uma rede de proteção social para as pessoas transexuais por intermédio de ações
afirmativas que promovam sua autonomia e segurança, primando pelo direito à convivência familiar,
à sexualidade, à saúde reprodutiva, à inserção escolar, ao trabalho e ao culto religioso.

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Eixo II – Institucionalização e Normatização:

• Criar unidade gestora municipal de políticas públicas LGBT+;

• Elaborar e pactuar o Plano Municipal de Políticas Públicas LGBT+;

• Instituir e normatizar medidas que incluam o uso do nome social nos serviços públicos municipais;

• Elaborar e implementar a Política de Saúde Integral LGBT+.

Eixo III – Defesa e Responsabilização:

• Promover ações que visem reparar o direito violado, bem como trabalhem na inserção e assistência
a população LGBT+, na perspectiva da proteção e prevenção;

• Qualificar os profissionais da Assistência Social, Educação, Saúde e Guarda Civil Municipal para
o atendimento à População LGBT+ em situação de violência e/ou vulnerabilidade social;

• Elaborar e pactuar fluxos e instrumentos para o recebimento e encaminhamento de denúncias


referentes a Lei Estadual nº 3.157/2005, que dispõe sobre as medidas de combate à discriminação
devido a orientação sexual no âmbito do Estado do Mato Grosso do Sul;

• Apurar e penalizar administrativamente todos os atos discriminatórios e violência em razão da


orientação sexual, identidade de gênero e/ou expressão de gênero nos órgãos e instituições
públicas.

Eixo IV – Promoção de Direitos:

• Realização de ações que promovam o exercício pleno da cidadania pela população LGBT+, livre
de violência;

• Elaborar material didático e veicular campanhas midiáticas, em diversos formatos, de maneira


permanente e abrangente, direcionadas a todos os segmentos e faixas etárias da população LGBT+;

• Realização de atividades alusivas a direitos e cidadania LGBT+, em especial ao “Dia da Visibilidade


Trans” (29/01), “Dia Estadual de Combate a Homotransfobia” (17/05), “Dia da Visibilidade Lésbica”
(29/08), e “Dia da Visibilidade Bissexual’ (23/09), em parceria com outros organismos do município,
tais como, empresas e terceiro setor;

• Incentivar e apoiar as manifestações culturais LGBT +;

• Fomentar a pratica desportiva e participação de LGBT+ nos eventos esportivos nas diversas
modalidades e categorias.

Eixo V – Prevenção

• Realização de seminários com ampla participação social para discussão de políticas LGBT+ e
apresentação das ações já executadas na área;
32
• Criação e divulgação de campanhas contra a discriminação da população LGBT+ nos órgãos
municipais;

• Elaboração de relatórios e/ou dossiês sobre violência LGBT+, como forma de identificar as causas
e propor estratégias de enfrentamento;

• Garantir a participação dos segmentos LGBT+ nas instâncias de controle social, como Conselhos,
Comissões, Ouvidorias e Grupos de Trabalho para intervir na formulação de políticas públicas e
acompanhar as denúncias de violação dos direitos LGBT+.

o Site “Cidadania LGBT+”

Durante a Campanha “Maio da Diversidade” de 2021, foi lançado o site “Cidadania LGBT+”, criado
pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Subsecretaria de Estado de Políticas
Públicas LGBT, sendo possível ser acessado pelo link www.cidadanialgbt.ms.gov.br (apêndice).

O site, reúne informações sobre como denunciar a LGBTfobia para o CECLGBT+, conceitos,
cartilhas sobre a pauta LGBT+, estudos e pesquisas, legislações acerca dos direitos LGBT+, notícias
sobre ações desenvolvidas pela Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT, informações sobre os
órgãos colegiados, instituições LGBT+, entre outros temas visando contribuir para a efetivação de
garantias legais e consolidação da cidadania. Com o lançamento do site, Mato Grosso do Sul para
a ser o primeiro Estado do país a ter um site institucional específico para a pauta LGBT+.

o Plano de Governo

Comprometido com um novo jeito de fazer política o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, na
sua gestão 2019-2022, baseou-se na responsabilidade em governar para as pessoas, eliminando
os privilégios, encarando pautas importantes para o estado e para o país. No que diz respeito a
promoção de Cidadania e Cultura dentro do novo plano de governo, tem por objetivo:

• Promover a política pública de cultura pautada pelo princípio da cidadania cultural com gestão
integrada e sistêmica;

• Promover o desenvolvimento efetivo dos conceitos de patrimônio cultural, formação, informação,


criação, distribuição e acesso;

• Promover a identificação das potencialidades da sociedade, abrindo espaço para a autonomia


e o protagonismo da coletividade;

• Promover instrumentos que reconheçam na sociedade e em cada um dos seus indivíduos a


principal fonte de produção da cultura;

• Ampliar o acesso da população aos bens culturais;

• Ampliar a produção cultural e permitir sua apropriação pelos indivíduos e o consequente


33
desenvolvimento de uma postura crítica diante da sociedade.

Além de contribuir para a defesa e promoção dos direitos e cidadania da população LGBT+, por
meio de ações que visem ao enfrentamento da violência e discriminação por orientação sexual
e identidade de gênero, em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, o mesmo, propôs também
em sua gestão, o fortalecimento no caracterização individual e social das identidades de gênero
e orientações sexuais, o acolhimento, orientação e apoio às pessoas na construção de sua
autonomia, para o enfrentamento às violências e discriminações em razão de suas identidades de
gênero e orientações sexuais, e promoção ao acesso das pessoas aos seus direitos de cidadania,
através de ações articuladas e encaminhamentos para as demais políticas públicas.

 Centro Estadual de Cidadania LGBT+ (CECLGBT+/MS)

O Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia


(CENTRHO) foi criado em junho de 2006, a partir de uma parceria entre o Governo do
Estado de Mato Grosso do Sul e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência
da República, no âmbito do Programa “Brasil Sem Homofobia” como visto anteriormente.
Em setembro de 2021, este foi reformulado por meio do Decreto nº 15.755 de 3 de setembro
de 2021, que instituiu o Centro Estadual de Cidadania LGBT+ (CECLGBT+/MS), vinculado
à estrutura da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (SECIC), responsável pelas
Políticas Públicas LGBT, sob a coordenação da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT
(SubsLGBT/MS); sendo assim, os serviços oferecidos pelo CECLGBT+/MS expandem o
trabalho já desenvolvido pelo Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e
Combate à Homofobia (CENTRHO).
O CECLGBT+/MS presta informações sobre os crimes de LGBTfobia, englobando todos
os procedimentos necessários, inclusive coletando denúncia, emissão da Carteira de
Identificação por Nome Social, orientação sobre a temática de gênero e diversidade sexual
para os municípios, além da identificação e na sistematização de boas práticas na gestão
das políticas públicas voltadas à população LGBT+.
De acordo com o Decreto nº15.755, CECLGBT+/MS tem como suas competências:
I - realizar o atendimento, a orientação técnica e proceder aos encaminhamentos necessários,
quando ocorrer a violação dos direitos das pessoas LGBT+;
II - emitir a Carteira de Identificação por Nome Social, prevista no Decreto Estadual nº 15.677,
de 19 de maio de 2021;
III - disponibilizar apoio técnico aos órgãos e às entidades integrantes da estrutura
organizacional dos municípios sobre a temática de gênero e diversidade sexual;
IV - assessorar a SubsLGBT/MS na identificação e na sistematização de boas práticas na
gestão das políticas públicas voltadas à população LGBT+;
V - pesquisar, coletar, sistematizar e publicar dados estatísticos sobre a população LGBT+,
podendo para tanto firmar parcerias com instituições da sociedade civil organizada e
instituições de ensino superior e de pesquisa;
VI - organizar repositório de atos normativos relacionados à população LGBT+;
VII - assessorar a SubsLGBT/MS na coleta e sistematização de dados que servirão de base
34
para o monitoramento de esforços e resultados de políticas públicas LGBT+ em Mato Grosso
do Sul.

De acordo com o Regimento Interno da SubsLGBT/MS, o CECLGBT+/MS é composto por 02 (dois)


núcleos, o Núcleo de Estudo e Pesquisa e o Núcleo de Promoção da Cidadania.

o Público atendido

O público atendido pelo CECLGBT+/MS, compreende, prioritariamente as pessoas lésbicas, gays,


bissexuais, transexuais, travestis, pessoas não binárias, intersexuais e outras categorias identitárias,
que são atravessadas pela violência e pela violação de direitos em função de sua orientação sexual
e de identidade de gênero. Soma-se a esse recorte, as pessoas que compõem seus círculos de
convivência, como os familiares, os relacionamentos afetivos, os sexuais e de amizade.

Não existe uma faixa etária definida para atendimento, considerando que as questões sobre
orientação sexual e a identidade de gênero, bem como as consequências advindas disso, não têm
relação com faixa etária, senão com o contexto social, mas, na condução das ações do CECLGBT+/
MS destaca-se como recorte etário, o público adolescente e adulto. Considerando estando esta
perante a administração pública do Estado de Mato Grosso do Sul, a competência de vinculação
aos atendimentos e acompanhamentos do CECLGBT+/MS é de moradores do Estado de Mato
Grosso do Sul.

Após análise perante dados posicionados pela SubsLGBT+/MS e do próprio CECLGBT+/MS, temos
como quantitativo de pessoas atendidas até dezembro de 2022, 531 atendidos.

Atendimentos realizados pelo CENTHRO e CECLGBT+/MS


Período: 2006-2022
2006 à 2021 2022 TOTAL
368 163 531
Fonte: SUBSLGBT/MS e CECLGBT+/MS

Ações pontuais são realizadas em parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema
Penitenciário (AGEPEN/MS) para a população LGBT+ em situação de privação de liberdade nos
presídios do Estado.

Também são atendidos órgãos e entidades integrantes da estrutura organizacional dos municípios
por meio de apoio técnico sobre a temática de gênero, diversidade sexual e população LGBT+.

o Núcleo de Promoção da Cidadania

De acordo com o Regimento interno da SubsLGBT/MS, ao Núcleo de Promoção da Cidadania,


diretamente subordinado ao CECLGBT+/MS compete:

I - Atender a população LGBT+ com direitos violados;

II - Registrar os encaminhamentos realizados;

35
III - Monitorar denúncias de LGBTfobia;

IV - Produzir relatórios sobre atendimentos e denúncias LGBTfóbicas em Mato Grosso do Sul;

V - Incentivar, promover e realizar capacitação e formação continuada para servidores públicos e


sociedade civil em relação a gênero, diversidade sexual e população LGBT+;

V - Emitir a Carteira de Identificação por Nome Social;

VII - Responder à Ouvidoria Nacional do Governo Federal, sobre as demandas apresentadas pelo
Disque 100;

VIII - Orientar os municípios sobre acompanhamento e monitoramento de políticas públicas;

IX - Identificar casos de sucesso nos municípios e estados;

X - Produzir materiais como cartilhas e informativos acerca do público LGBT+;

XI - Mapear, identificar e sistematizar cartilhas, guias e informativos concernentes às políticas


públicas de direitos das pessoas LGBT+;

XII - Mapear, identificar e sistematizar legislação concernente ao público LGBT+;

XIII - Promover a visibilidade das ações desenvolvidas pelo Núcleo;

XIV - Contribuir para a articulação do Núcleo de Estudos e Pesquisas com outras instâncias;

XV - Monitorar o acolhimento das pessoas LGBT+ em privação de liberdade.

Em resumo, o Núcleo de Promoção da Cidadania é responsável pelo atendimento aos usuários,


pela emissão de Carteira de Nome Social, orientação de usuários LGBT+ com direitos violados,
recebimento e coleta de denúncias, encaminhamentos e capacitação e formação para servidores e
sociedade civil em relação a gênero, diversidade sexual e população LGBT+.

o Denúncias

É considerado crime de homotransfobia, decisão emblemática do Supremo Tribunal Federal (STF),


que equiparou o mesmo ao crime de racismo, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
por Omissão – ADO nº 26 e no Mandado de Injunção – MI nº. 4.733, essas pessoas que forem
vítimas de qualquer tipo de violência como motivação a sua orientação sexual ou identidade de
gênero.

Compreendendo a nova estrutura organizacional do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul,


o CECLGBT+/MS se torna o setor responsável em receber e coletar as denúncias de LGBTfobia.
Em Mato Grosso do Sul, a Lei nº 3.157, de 27 de dezembro de 2005, dispõe sobre as medidas
de combate à discriminação devido a orientação sexual no âmbito do Estado de Mato Grosso
do Sul, e o Decreto n° 15.334, de 19 de outubro de 2020, o qual instituiu a Comissão Especial
Processante LGBT (CEPLGBT), com o objetivo de apurar os atos discriminatórios previstos na Lei
nº 3.157, através de denúncias recebidas pelo CECLGBT+/MS, tendo como papel ouvir as vítimas,

36
agressores e testemunhas, analisar as provas apresentadas e encaminhar os processos conforme
a legislação vigente.

O fluxo das denúncias se inicia pela coleta da denúncia por atendimento espontâneo diretamente
no CECLGBT+/MS, presencialmente, via telefone, por e-mail, Correio ou outras formas de contato.

Primeiramente é necessário registrar os fatos ocorridos, este podendo ser através de um formulário
específico disponível pelo site www.cidadanialgbt.ms.gov.br, na aba “denúncia”, caso a vítima queira
encaminhar por e-mail ou correio; caso queira fazer a denúncia presencialmente, o usuário procura
diretamente o CECLGBT+/MS, podendo já levar o formulário da coleta da denúncia preenchido
e entregar para a equipe técnica. Esta, necessitando atendimento, informações, acolhida ou
encaminhamentos, serão realizados pela equipe técnica do CECLGBT+/MS.

Após realizada a coleta de denúncia, o CECLGBT+/MS encaminha para a Comissão Especial


Processante LGBT (CEPLGBT), que tem o papel de ouvir as vítimas, agressores e testemunhas,
analisar os fatos e as provas apresentadas e encaminhar os processos conforme a legislação
estadual vigente.

As reclamações serão apuradas em processo administrativo, e caso julgado culpado por qualquer
conduta discriminatórias, o denunciado poderá receber como pena desde advertência por escrito,
multa no valor de 80 a 150 (oitenta à cento e cinquenta) UFERMS (Unidade Fiscal Estadual de
Referência do Estado de Mato Grosso do Sul), e até mesmo, a proibição de contratar com a
administração pública estadual pelo prazo de 1(um) ano, conforme relatado anteriormente.

o Carteira de Identificação por Nome Social (CNS)

O Nome Social é o nome com o qual as pessoas transexuais e travestis identificam-se e


escolhem ser identificadas, uma vez que seus documentos civis não estão em consonância
com sua identidade de gênero.
Não é um mero apelido ou “nome artístico” para pessoas trans e travestis, sendo a sua
identificação enquanto ser social que se particulariza na relação com as demais pessoas
em seus ambientes de convivência. Dessa forma, o uso do Nome Social deve ser garantido
em todos os espaços de socialização, evitando qualquer constrangimento ou discriminação.
O documento, CNS, é válido para tratamento nominal nos órgãos e entidades da Administração
Pública direta e indireta de Mato Grosso do Sul, visto que o direito de pessoas travestis
e transexuais se identificarem pelo nome social em documentos de prestação de serviço
quando atendidas nos órgãos da Administração Pública, foi assegurado pelo Decreto nº
13.694, de 23 de julho de 2013. Neste Decreto foi estabelecido o modelo padrão da Carteira
de Identificação por Nome Social, de que trata o Decreto nº 13.684, de 12 de julho de 2013.
Em 2021, a publicação no Diário Oficial do Estado do Decreto nº 15.677, de 19 de maio,
revogou o Decreto Estadual nº 13.954, de 6 de maio de 2014. Assim, foram estabelecidos
novos procedimentos e requisitos para a emissão de Carteira de Identificação por Nome
Social.

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o Núcleo de Estudos e Pesquisas

De acordo com o Regimento interno da SubsLGBT/MS, ao Núcleo de Estudos e Pesquisas


diretamente subordinado ao CECLGBT+/MS, compete-se:

I- planejar, elaborar e executar estudos e pesquisas na área de diversidade de gênero, diversidade


sexual e população LGBT+;

II- mapear, sistematizar e divulgar pesquisas em âmbito local e estadual concernentes à temática;

III- Coletar dados, analisar e produzir perfil sociodemográfico da população LGBT+ em Mato Grosso
do Sul que acessam os serviços;

IV- estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior (IES), e outras instituições, nacionais
ou internacionais, para o desenvolvimento de estudos e pesquisas;

V- estimular a participação dos (as) membros (as) dos órgãos colegiados em seminários, simpósios,
workshops, cursos e afins;

VI- promover eventos científicos/acadêmicos, palestras e discussões sobre a temática de gênero,


diversidade sexual e população LGBT+;

VII- promover eventos, tais como: roda de conversa, palestra e encontros entre diversos setores,
sociedade civil e instituições para discussão e monitoramento das políticas públicas direcionadas
às pessoas LGBT+;

VIII- participar e estimular a participação da comunidade LGBT+ nas ações desenvolvidas pelo
Núcleo, inclusive, daquelas realizadas em parceria com outras instituições;

IX- criar, organizar, atualizar e disponibilizar o acervo do Núcleo de Estudos e Pesquisas.

Ou seja, o Núcleo de Estudos e Pesquisas é responsável em construir parcerias de pesquisas


juntamente com Instituições de Ensino Superior, produzindo cartilhas, guias e informativos,
pesquisas afim de coletar dados sociodemograficos da população LGBT+, e promover eventos
com o objetivo na discussão sobre a temática de gênero, diversidade sexual e população LGBT+.

o Cartilhas

Sendo uma das competências do Núcleo de Estudos e Pesquisas, a elaboração de materiais


informativos e educativos sobre os direitos da população LGBT+, enfrentamento a violência,
entre outros assuntos da pauta LGBT+, a produção das Cartilhas é um recurso instrucional,
que serve como material de estudo, orientação, informação e aprendizagem, reunindo
conteúdo sobre a pauta LGBT+ de forma ordenada, tendo como objetivo a facilitação da
leitura, e a compreensão das informações.
As Cartilhas elaboradas podem ser encontradas no site Cidadania LGBT+, dentre elas temos
as seguintes cartilhas denominadas abaixo.

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Cartilha LÉSBI (2020)
Essa Cartilha foi elaborada a partir do desejo de dialogar com o segmento de mulheres
lésbicas e bissexuais e, dessa forma, estreitar laços, para que possam caminhar de mãos
dadas na direção de uma sociedade capaz de respeitar as diferenças, livre de preconceito
e discriminação. Trata-se apenas do início de um diálogo sobre o combate a LGBTfobia,
principalmente a LESBOfobia, e, dentre outros, orienta sobre a Lei Maria da Penha que
ampara mulheres lésbicas e bissexuais.

Cartilha de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica (2020)


Surgiu com o objetivo de divulgar os direitos e contribuir com o enfrentamento da violência
contra a população LGBT +, e também levar informações acerca do tema para os servidores
públicos, operadores do direito e demais setores de Mato Grosso do Sul; foi elaborada em
parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), o Ministério
Público de Mato Grosso do Sul (MP/MS), a Defensoria Púbica de Mato Grosso do Sul, e o
Fórum Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul.

Cartilha de Direitos das Pessoas Trans (2021)


Esta cartilha tem por intuito contribuir para o acesso aos direitos das pessoas trans e
travestis, principalmente no que toca a autodeterminação e dignidade. Pretende-se também
através desta, veicular informações acerca do tema para os servidores públicos, operadores
do direito e demais setores de Mato Grosso do Sul, de modo que o público em questão seja
atendido em suas necessidades com respeito. Nesta, reconhece-se as lutas e obstáculos
diários que as pessoas trans e travestis enfrentam, e anseia-se que todos, de posse de mais
informações sobre seus direitos, possam nutrir a coragem e se fortalecer na luta por uma
sociedade mais justa e equitativa.

Cartilha LÉSBI (2022)


A segunda edição revisada da Cartilha LÉSBI, surge com o objetivo de renovar o compromisso
de pensar, implantar e implementar políticas públicas a fim de atender essa população da
maneira mais eficiente possível, dando continuidade à intenção para que mulheres lésbicas
e bissexuais possam ocupar espaços de discussão com vistas à efetivação das políticas
públicas a elas destinadas e, dessa maneira, possam ser protagonistas de sua própria
história.

Cartilha de Direitos das Pessoas Trans (2022)


Revisada, essa segunda edição, tem por intuito contribuir para o acesso aos direitos das
pessoas trans e travestis, principalmente no que toca a autodeterminação e dignidade.
Continua-se a pretensão em veicular informações acerca do tema para os servidores públicos,
operadores do direito e demais setores de Mato Grosso do Sul, de modo que o público em
questão seja atendido em suas necessidades com respeito. Reconhece-se nesta, as lutas
e obstáculos diários que as pessoas trans e travestis enfrentam, continuando por ansiar-se
para que todos de posse de mais informações sobre seus direitos possam nutrir a coragem
e se fortalecer na luta por uma sociedade mais justa e equitativa.
39
 Órgãos Gestores/Instituições LGBT+ de MS

Corroborando com a ideia de Souza (2003) “os governos traduzem seus propósitos em programas
e ações, que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real”, sabemos que
as Políticas Públicas têm como produto governamental os impactos em curto prazo, mas como
horizonte temporal primordial, manter os mesmos a longo prazo.

Mas a formulação das Políticas Públicas não evolui desacompanhada; se dá através da mútua
preocupação de um coletivo, com a qualidade de vida dessa população, perpassando pela
reprodução da violência, mas vislumbrando a condição social em sua totalidade.

Responsáveis por também planejar e promover ações direcionadas à preservação dos direitos
humanos da referida população, os Órgãos Gestores LGBT+ do MS, têm contribuído para a
multiplicação de estudos sobre Políticas Públicas, a partir da compreensão da atuação dos elementos
estruturantes nessas ações, o envolvimento desses, e seu contínuo engajamento articulando com
outros setores, para se obter o produto para concretização sob um mesmo propósito.

Elencamos abaixo alguns importantes órgãos que interagem nesse aspecto em Mato Grosso do
Sul, para um melhor entendimento sobre tais:

Associação Cultural Sarau de Segunda

Começando como uma manifestação pequena no ano de 2014, a partir da iniciativa espontânea de
artistas e ativistas da cultura em Campo Grande/MS, em 2017 passou a realizar suas atividades
na Praça dos Imigrantes – Campo Grande/MS, se tornando conhecido por reunir e atrair diferentes
artistas da música, dança, performance, teatro, artes visuais, artesãos e por também ser um espaço
de grande circulação de pessoas, atraiu comerciantes da gastronomia local, proporcionando assim
um amparo para exposições desses, revelando talentos musicais, proporcionando lhes visibilidade
e a oportunidade de contato com profissionais consagrados, além de movimentar a economia da
cidade.

No ano de 2020 foi fundada a Associação Cultural Sarau de Segunda, localizada em Campo Grande
– MS, tendo como preceito principal atividades com Associações de Defesa de Direitos Sociais, e
através deste feito, obteve um passo importante para a organização e manutenção dessas, as
quais também se dão com responsabilidade frente a gestão municipal. Com o início da pandemia
do COVID-19, o Sarau de Segunda se fez de maneira virtual, para assim manter e perpetuar suas
atividades, em casa de amigos/as, com um número restrito de pessoas, criando uma rede de
músicos.

Em 2021, o mesmo retornou suas atividades, mas em novo local, na Praça Cabeça de Boi/Praça
Cuiabá – Campo Grande/MS, em conformidade com a Lei nº 8.548/2017, em Segundas-feiras
alternadas, com expectativa de público diverso, atrações culturais, gastronomia, artes e artesanato.
Assim se seguiu em 2022 através de apoio público e também de incentivos particulares para a
realização de tais eventos.

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Associação Diversidade em Ação – Divação

É uma associação sem fins lucrativos de promoção e defesa dos Direitos Humanos para a população
LGBT+ em Mato Grosso do Sul, que oferece apoio e acolhimento jurídico e psicológico, além de
realizar parcerias com outras instituições na realização de campanhas e amparo social à pessoas
em situação de vulnerabilidade.

Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATTMS)

A ATMS fundada em 13 de janeiro de 2001, é uma instituição sem fins lucrativos, que trabalha com
ações culturais, sociais, defesa dos direitos humanos, assistência, saúde e prevenção das IST/
HIV/AIDS e HV. Precursora do movimento LGBT+ no estado do MS, a Associação é responsável
pela Parada da Cidadania LGBT+, Show da Diversidade e Miss Trans/Travesti MS Oficial, e em
seu histórico aglutinam-se várias narrativas de luta e persistência, bem como ganhos sociais e
avanços na luta por cidadania. Tem como missão defender gays, lésbicas, travestis e transexuais
nas violações contra seus direitos humanos por discriminação e violência, suas sexualidades e/
ou identidades de gênero, além de oferecer orientação jurídica, promover o controle social das
políticas públicas, e encaminhar casos que devem ser atendidos em outras instituições e órgãos
públicos.

Associação dos Anglicanos Solidários de Campo Grande

Essa Associação Solidária busca a mudança social, econômica, política, cultural e emocional de
pessoas em situação de vulnerabilidade.

Associação Três Lagoense de Gays, Lésbicas e Travestis

Normatizada como uma Associação para atividades em defesa de direitos sociais, promoção de
cultura e arte para a população LGBT+, a Associação Três Lagoense de Gays, Lésbicas e Travestis,
fundada em 03 de Maio de 2004, foi declarada como de utilidade pública pela Câmara Municipal de
Três Lagoas/MS, em 20 de Dezembro de 2005, através da Lei nº 2026.

Casa Satine

A Casa Satine é uma iniciativa do Instituto de Cidadania e Juventude de Mato Grosso do Sul, que
visa acolher institucionalmente a população LGBT+ maiores de 18 anos com os vínculos familiares
rompidos e em situação de alta vulnerabilidade. Conectados com a realidade e aos desafios
para revertê-la, os idealizadores conceberam esse projeto, resultando na primeira República
de acolhimento e Espaço Cultural LGBT+ do Mato Grosso do Sul, portando sempre como ideal
proporcionar através da combinação de arte, educação e cultura, a retomada do projeto de vida
desses sujeitos, tendo como base as ações para o fortalecimento da autonomia dos mesmos.

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Coordenadoria de Políticas Públicas LGBT - SDHU - Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos
Campo Grande/MS - GAPRE

Norteada pelos princípios da dignidade da pessoa humana, da cidadania, da igualdade, da


valorização e respeito a diversidade, da equidade, da universalidade das políticas públicas e da
justiça social, a Coordenadoria Municipal de Políticas e Assuntos de Diversidade Sexual tem a
missão de promover ações de direitos humanos e cidadania da população LGBT+, fomentar as
Políticas Públicas que garantam condições de dignidade humana, e combater as vulnerabilidades
sociais, os preconceitos e as discriminações LGBTfobicas.

Dentre alguns serviços de apoio estão as orientações e encaminhamentos sobre troca de nome
e gênero no registro civil e demais documento, recebimento de cestas básicas, retirada do cartão
SUS com nome social, serviços de saúde, assistência, educação, trabalho e renda entre outro, além
devido ao “processo transexualizador” via fluxograma da Secretária Municipal de Saúde e o uso do
nome social. Realiza também eventos, palestras, seminários e capacitações em direitos humanos
e cidadania da população LGBT+, e blitz educativas com ações de prevenção e orientações sobre
direitos e deveres das pessoas profissionais do sexo nas ruas, além da participação em Conselhos
deliberativos que tratam a pauta LGBT+. Auxilia na promoção de visitas no sistema prisional
para atendimento e orientações das pessoas LGBT+ privadas de liberdade, no recebimento de
denúncias, orientações e encaminhamentos aos órgãos competentes.

Coordenação do Núcleo de Políticas Públicas LGBT – Dourados/MS

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Dourados/MS, habilitada conforme a


Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS) em nível de Gestão
Pública, através da identificação como Município de Grande Porte, busca constantemente aprimorar
a gestão de modo a cumprir toda exigência legal no que diz respeito à sua função de proteção
social, vigilância social e defesa dos direitos socioassistenciais. A secretaria é um órgão que integra
o Sistema Único de Assistência Social – SUAS e também, através do Núcleo de Políticas Públicas
LGBT - Dourados/MS, busca a promoção desses quesitos elencados acima, sempre valorizando
o ser humano na sua integralidade, respeitando as diferenças individuais (étnica, de gênero, raça,
entre outros), e se comprometendo com a qualidade, humanização e ética profissional nos serviços
ofertados.

Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero OAB/MS - OAB Seccional Campo Grande/MS

A Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero, foi criada em 13 de Janeiro de 2022, através da


Resolução OAB/MS nº 004/2022, em observância às disposições do Art. Nº 130 do RI-OABMS, ao
ser considerada a necessidade de instituir as Comissões Temporárias (Gestão 2022/2024 – OAB/
MS) pela própria, os elencando, conforme disposições estatutárias e regimentais, como sendo
órgãos imprescindíveis de assessoramento à Diretoria Seccional; possui caráter de encaminhamento
dos expedientes quanto às respectivas matérias temáticas, bem como para o desenvolvimento
das demais atividades institucionais. Essa Comissão obteve a sua primeira reunião no dia 23 de
agosto de 2011, durante a XII Conferência dos Advogados de MS, com a participação da presidente
da Comissão Nacional da Diversidade Sexual, reiterando o objetivo em discutir e coordenar as
matérias, projetos e ações da entidade nessa área.

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Portanto, a missão da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MS está estabelecida em
protagonizar debates, matérias, projetos e ações no campo da diversidade sexual, na perspectiva
de primar pela defesa da cidadania, dos direitos humanos e pela incessante busca por igualdade,
a fim de que as garantias e direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais) possam ser plenamente exercitados.

Gerência de Políticas Públicas para LGBTQIA+ / Superintendência de Políticas Públicas – Secretaria


Municipal de Assistência Social e Cidadania de Corumbá/MS

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Corumbá/MS tem por finalidade o


desenvolvimento e promoção social, planejamento, coordenação, supervisão e gestão do Sistema
Único de Assistência Social (SUAS) no Município, além da formulação e implantação de políticas,
programas e projetos que visem a defesa, e a proteção social e cidadã da população.

Através da sua subdivisão, a Superintendência de Políticas Públicas, tendo como subordinada


a Gerência de Políticas Públicas para LGBTQIA+, possui competência para implementação e
avaliação da política de assistência social, contemplando a segurança social em seus programas,
projetos, serviços e benefícios e nas ações de proteção, provisão, convívio e defesa de direitos, e
gestão e manutenção dos sistemas de vigilância social às pessoas em situação de vulnerabilidade
e risco social; promove também a integração das diferentes políticas públicas que possibilitem a
articulação com a sociedade civil, além de parcerias com órgãos da administração pública federal
e estadual, criação de ambientes propícios à formação, e ao desenvolvimento de organizações
não-governamentais e movimentos organizados da sociedade civil que promovam o resgate da
cidadania e defesa dos direitos humanos.

Pesquisa de Políticas Públicas LGBT+

• Convênio

Enfrentar a violência e a discriminação contra populações caracterizadas pela diversidade sexual


e de gênero exige o envolvimento de toda a sociedade, isso significa trabalhar num processo de
articulação centrado em um ambiente efetivo de rede de atendimento, ações concretas e ofertas
de políticas públicas.

Em nosso estado, Mato Grosso do Sul, um complexo de 357 145,532 km², dividido em 79 (setenta e
nove) municípios, sendo uma das 27 (vinte e sete) unidades federativas do Brasil, localizado ao sul
da Região Centro-Oeste, temos o prestígio em se fazer o primeiro estado a criar um órgão gestor
com status de Subsecretaria no país, e ao longo dos últimos dez anos, contar com um arcabouço
legislativo para proteção e promoção dos direitos da população LGBT+.

Sendo realizada através da SubsLGBT/MS, juntamente com todas as atribuições do CECLGBT+/MS,


seguindo o propósito na proteção e promoção da cidadania, nossa pesquisa, como parte integrante
deste convênio, vem a colaborar com o avanço sobre as condições de vida da população LGBT+,
abordando uma perspectiva abrangente quando relacionados à índices atuais sobre essa realidade
em Mato Grosso do Sul, principalmente na população LGBT+ em situação de vulnerabilidade e
com os vínculos familiares e comunitários rompidos e/ou fragilizados.
43
Sendo marcos relevantes diante essa pesquisa, as atividades, ações, atualizações e capacitações
relacionadas ao serviço estabelecido através da SubsLGBT/MS e o CECLGBT+/MS em prol da
pauta, os quais foram exercidos e/ou permanecemos em contato e presenciamos o andamento,
estão descritos nesse descritivo, assim como no “Cronograma de Atividades/Ações desenvolvidas”
(Apêndice); considerando também dentre eles: Ambientação e estudo do Site “Cidadania LGBT”;
Ambientação e estudo sobre o “Regimento Interno da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT do
MS”; Ambientação e estudo sobre o “Legislação LGBT+ do MS”; Apresentação ”Gênero e Diversidade
Sexual”; Organização /elaboração da “Linha do Tempo da Legislação LGBT+ de MS”; Reunião
SUPAS (Superintendências da Política de Assistência Social), Roda de conversa Cidadania LGBT+;
Visita técnica ao CREAS de Bonito/MS; Reunião Coletivo Transpor UFMS; Oficina “Mitologia dos
Povos Originários e Danças Circulares”; Roda de conversa com o tema “Ballroom – resistência e
protagonismo periférico”; Apresentação das Ações em Saúde LGBT+ na “4ª. Reunião Ordinária da
Comissão Intersetorial de Política de Promoção de Equidade no SUS”; 2º. Seminário sobre o Pacto
Nacional de Implementação dos Direitos da Pessoa Idosa; Campanha “16 dias de ativismo pelo fim
da violência contra as mulheres” – “Dia internacional da não violência contra as mulheres”; Reunião
do Conselho Estadual LGBT/MS (CELGBT/MS) e Apresentação do Relatório de Biênio 2021-2022;
Reunião de Planejamento Estratégico - SubsLGBT/MS; Organização “Ação Transcidadania – 2023”;
Organização Seminário “Integrativo Transversalidades”; Estudo e pesquisa de pessoas Trans para
colaboração na definição de Cards – “Transvisibilize 2023”.

A fim de promover a ampliação das Políticas Públicas para a população LGBT+ nas cidades do
MS, e consequentemente a ascensão no acesso aos serviços públicos para tais, ao desenvolver o
mapeamento dessa situação, certos de que foram acrescentados em todos os aspectos, induzindo-
se a descrição de indicadores socioambientais para norteamento dessas políticas em alguns
âmbitos, sendo esses na área da saúde, assistência, educação, cultura e segurança pública, além
das de mercado de trabalho.

• Instrumentos de pesquisa

Para uma melhor descrição situacional, e a obtenção do conhecimento sobre a qualidade


de vida dessa população LGBT+, foram elaborados 04 (quatro) Instrumentos de pesquisas
pensados como garantia de dados voltados na política pública em geral, no quesito econômico,
e também abrangentes nos eixos da saúde, cultura e educação; são estes: “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, “EDUCAÇÃO
-Mapeamento/Assistência profissional à população LGBT+ em MS”, “SAÚDE - Mapeamento/
Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”, e, “CULTURA - Mapeamento da população e
dos artistas LGBT + em MS” (apêndice). Por consenso, devido ao tempo hábil observado no retorno
dos dados, mesmo desenvolvendo um Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+
voltado para a “Análise dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS”, este não foi
disponibilizado para o preenchimento pelos relacionados.

Além da atenção na elaboração dos mesmos, seja devido ao questionamento abordado, às


terminologias utilizadas, e também com as validações efetuadas através de sumidades nas áreas
abrangidas, direcionamos a coleta dos dados, que se fez no período de Julho/2022 à Janeiro/2023,
tanto em intervenções presenciais, quanto online através da plataforma https://linklist.bio/

44
mapeamento-subslgbt-2022 (apêndice) criada para essa finalidade em específico, restringindo-se
como público alvo pessoas com mais de 14 (quatorze) anos e que são residentes em Mato Grosso
do Sul. Estes foram divulgados através de cartazes (apêndice), redes sociais, rede de contatos
de WhatsApp, e-mails e ofícios encaminhados à órgãos e setores vinculados a esse propósito, às
Secretarias Municipais de Assistência Social, às Secretarias Municipais de Educação e Cultura,
às Secretarias Municipais de Saúde, e às Secretarias Estaduais do Estado de Mato Grosso do
Sul, para além da divulgação, serem efetuadas reuniões estratégicas com sumidades estaduais
referente à área proposta.

o Blocos e áreas temáticas:

Instrumento de pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no


Estado de Mato Grosso do Sul”

O Instrumento de pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no


Estado de Mato Grosso do Sul”, foi dividido em subseções as quais cada uma determina um tipo de
questionamento, para assim delimitar melhor as análises, mas ao mesmo tempo com a finalidade
de uma visão geral desse aspecto de como as políticas públicas estão sendo abordadas e sua
interação com público alvo, além de tanger aspecto econômico, no estudo do empreendedorismo
e empregabilidade.

Este foi divulgado primeiramente na plataforma online https://docs.google.com/forms/d/


e/1FAIpQLSdWjtfn-KmOq5hUfvI81qdvmgvd T9 hajpLorbTK51vgupxmNA/viewform , em
Julho/2022, e a partir dessa data, foram feitas entrevistas presenciais nos eventos: “XIX Parada da
Cidadania LGBTQIA+ e Show da Diversidade – 2022” (23/07/22), “21º Festival de Inverno de Bonito”
(26/08/22) e “Bares Públicos” (16/09/22); foram divulgados nesses eventos em específico, além do
encaminhamento detalhado no parágrafo anterior: “XIX Parada da Cidadania LGBTQIA+ e Show da
Diversidade – 2022” (23/07/22), “Reunião Ordinária do CELGBT/MS” (05/08/2022), “21º Festival de
Inverno de Bonito’ (26/08/22), “Seminário Estadual de Políticas Públicas LGBT+ e Controle Social”
(01/09/22), “Seminário Nacional de Gestores de Políticas Públicas LGBT+” (02/09/2022), “Bares
Públicos” (16/09/22), “Reunião Ordinária da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência
LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22), “Seminário de Saúde Integral LGBT+” (21/09/22), “Campão
Cultural - 1º Festival de Arte , Diversidade e Cidadania - Campão Cultural Oficina de Fotografia”
(MIS - 13/10/22), “Campão Cultural - Palco tráfico de informações – Ball” (Av. Afonso Pena – Praça
do Rádio – 14/10/22), “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de Trabalho”
(21/10/22), “TV Alems – Programa Cidadania LGBT+” (31/10/22), “Palestra Cidadania LGBT+ e
Homotransfobia” (17/11/22), e na “Roda de conversa com o NUDEM” (22/11/22).

As questões associadas a esse Instrumento de pesquisa foram elencadas como:

Na subseção “Políticas Públicas”, elaboramos os questionamentos descritos abaixo, com o intuito


em conhecer a distribuição das características demográficas dos respondentes, a sua constituição
documental e/ou intimidade com tais, seu acesso ao sistema de saúde, ao atendimento da

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assistência social, a sua orientação em relação aos serviços do CECLGBT+/MS, vivência durante
o período da pandemia do COVID-19, e ocorrência de violação de direitos.

Questionamentos: “Dados sociodemográficos” (Idade; naturalidade; cidade; Identidade de


gênero; orientação sexual; cor ou raça/etnia; possui alguma deficiência; qual ?; escolaridade);
“Documentação” (Possui documentos de identificação ?; para pessoa transexual ou travesti:
possui registro civil retificado; possui carteira de identificação por nome social); “Saúde” (Realiza
algum acompanhamento ou tratamento de saúde?; Qual rede?; Encontra dificuldade no acesso à
rede de saúde?; Qual dificuldade?); “Assistência social” (Teve atendimento por ONG’s ou Órgãos
da Assistência Social durante a pandemia ?; Se sim, qual / quais ?; Recebeu algum Amparo ou
Benefício Socioassistencial durante a pandemia ?; Se sim, qual?; Ainda utiliza algum atendimento
ou benefício?; Se sim, qual ?); “Cidadania” (Já procurou ou teve acesso a algum serviço do Centro
Estadual de Cidadania LGBT -SUBSLGBT?; Se sim, já teve acesso para; A pandemia do covid-19
impactou o agravamento de diversas questões relacionadas à temática LGBT+, você identifica ter
sido afetado por algum dos impactos mencionados na lista a seguir.); “Violação de direitos” (Você
já sofreu algum tipo de violência por LGBTfobia?; Se sim, qual tipo?; Local; Já fez algum tipo de
denúncia de LGBTfobia?;Local).

Na subseção “Empreendedorismo / Empregabilidade”, com o intuito no conhecimento das devidas


competências adquiridas mediantes à capacitação de determinado indivíduo, suas possibilidades
e dificuldades diárias, sejam elas financeiras ou de acesso, resultando no “tornar” empregável ou
na capacidade em se criar o “auto-emprego” ou seja, ser “patrão de si mesmo” (Ramos, 2001),
consolidamos então, as indagações descritas nesse instrumento.

Questionamentos: Possui alguma formação técnica e/ou cursos de qualificação profissional?; Se sim,
qual nível?; Possui interesse em fazer algum curso de qualificação profissional?;Possui experiência
profissional?; Se sim, qual?; Você está trabalhando atualmente?; Se sim, como; Durante o período
de pandemia você interrompeu sua educação em algum nível?; Na sua experiência/vivência, qual
a maior dificuldade para o acesso e/ou permanência ao mercado de trabalho?; Para pessoas trans
- Não ter realizado a retificação de documentos; O não reconhecimento/respeito do uso do nome
(social ou retificado) e ou gênero pelo qual a pessoa se identifica.

Instrumento de pesquisa “EDUCAÇÃO - Mapeamento/Assistência profissional à população LGBT+


em MS”

Delimitados como dados iniciais, pessoas com mais de 14 (quatorze) anos e que são
residentes em Mato Grosso do Sul, conforme anteriormente descrito, seguiu-se a elaboração
desse instrumento de pesquisa, traçando a mesma rotina: caso houvesse negativa em algum
desses quesitos, por parte dos entrevistados, assim como presencialmente, essa forma de
abordagem online encerraria a entrevista. Para conhecimento do público LGBT+ perante a
área da educação, e também aos que os assistem, nossa plataforma, após os dados iniciais,
direcionava o entrevistado devido ao que ele mesmo se auto denominou: “pertencente
ao público LGBT+” ou “profissional da área da educação que assiste ao público LGBT+”,
não limitando a mais de uma resposta, caso o mesmo entrevistado quisesse preencher o
formulário por 02 (duas) vezes demarcando, se auto denominando tanto um quanto outro
público (“pertencente ao público LGBT+” ou “profissional da área da educação que assiste
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ao público LGBT+”), igualmente proposto nos instrumentos de pesquisa da Saúde e Cultura
também.
Este foi divulgado na plataforma online https://forms.gle/Xq4RbMRJ3Ux6dRSH9 , em
Agosto/2022, e a partir dessa data, foram feitas entrevistas presenciais nos eventos e
divulgados: “Seminário Estadual de Políticas Públicas LGBT+ e Controle Social” (01/09/2022);
“Seminário Nacional de Gestores de Políticas Públicas LGBT+” (02/09/2022); Bares Públicos
(16/09/2022); “Reunião Ordinária da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência
LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22), “Seminário de Saúde Integral LGBT+” (21/09/22),
“Campão Cultural - 1º Festival de Arte , Diversidade e Cidadania - Campão Cultural Oficina
de Fotografia” (MIS - 13/10/22), “Campão Cultural - Palco tráfico de informações – Ball” (Av.
Afonso Pena – Praça do Rádio – 14/10/22), “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda
LGBT+ no Mercado de Trabalho” (21/10/22), “TV Alems – Programa Cidadania LGBT+”
(31/10/22), “Palestra Cidadania LGBT+ e Homotransfobia” (17/11/22), e na “Roda de
conversa com o NUDEM” (22/11/22); Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência
contra as mulheres” (25/11/22); além dos veiculados oficialmente e/ou através de e-mails
institucionais para as Secretarias Municipais de Educação do MS, órgãos / setores do
MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS, CEPLGBT/MS), entidades / órgãos
gestores LGBT+ do MS, e divulgações para o público em geral. Para melhor estratégica de
divulgação e assim um alcance amplo do público educacional, foi também realizada uma
reunião com a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande – SEMED, e também
com a Secretaria de Estadual de Educação de MS – SED/MS, as quais colaboraram com a
divulgação do mesmo.
Para a aquisição de conhecimento sobre como essa população é atendida na área da educação
e assim obter dados específicos de tais, esse instrumento dividiu-se em subseções, estas na
busca sobre seus dados primordiais, o acesso, conhecimento individual, e direcionamentos
sobre a temática em si (pelos colegas de escola e profissionais escolares de interação
rotineiras), além de todas as referências envolvidas perante o profissional que assiste essa
população no âmbito escolar.
Seguem-se os questionamentos abordados no mesmo: “Dados sociodemográficos”
(Município que reside; idade; Identidade de gênero; orientação sexual; cor / raça; você
possui algum tipo de deficiência ?; Se sim, qual?; escolaridade); Acesso à educação no
Estado do MS (Você estuda em escola; como você se locomove para ir estudar?; caso
utilize transporte público (municipal ou intermunicipal), recebe algum tipo de auxílio ou
gratuidade no transporte?; se sim, qual o tipo de auxílio; a escola em que você estuda possui
projetos, ações, palestras, ou disciplinas que abordam as temáticas voltadas para questões
de gênero e diversidade sexual?; se sim, quais são essas ações?; você já vivenciou ou
presenciou algum tipo de preconceito e/ou discriminação na escola por conta de orientação
sexual ou identidade de gênero?; se sim, qual?; se sim, a pessoa responsável pela violência,
preconceito e/ou discriminação era; foi registrado (a) formalmente algum tipo de ocorrência/
protesto/queixa, de forma pública?; quem apresentou o registro e/ou denúncia?; qual a sua
relação com a pessoa que foi vítima de discriminação?; você conhece a Resolução/SED
nº 3.443, de 17 de abril de 2018 que dispõe sobre o uso e o registro do nome social e o
reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos
47
escolares, e dá outras providências?; você sabia que conforme o Art. nº 3 da resolução nº
1, de 19 de janeiro de 2018 do Ministério da Educação: alunos maiores de 18 (dezoito) anos
podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento sem a
necessidade de mediação ?; você sabia que conforme o Art. nº 4 da Resolução nº 1, de 19
de janeiro de 2018 do Ministério da Educação: alunos menores de 18 (dezoito) anos podem
solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento, por meio de seus
representantes legais, em conformidade com o disposto no Artigo nº 1.690 do Código Civil e
no Estatuto da criança e do adolescente ?; qual ou quais obstáculos que você encontra para
ter acesso aos serviços de educação ?); “Situação dos profissionais da área da educação
que atendem à população LGBT+ no Estado do MS” (Qual o município de atuação que você
está vinculado?; você trabalha em escola; como educador (a), você já trabalhou em sala de
aula com questões relacionadas a gênero e/ou orientações sexuais -temática relacionadas
à transexualidade, homossexualidade, bissexualidade, lgbtfobia, população LGBT+, etc ?;
você já presenciou alguma situação, em sala de aula ou no intervalo de aula, em que um
(a) aluno (a) foi alvo de preconceito e/ou discriminação por parte de colegas, por apresentar
comportamentos que não são considerados “culturalmente” adequados em relação ao seu
sexo?; se sim, poderia nos relatar o ocorrido e quais foram as medidas tomadas?; você
conhece algum aluno LGBT+ que tenha interrompido os estudos por conta de seu gênero e/
ou orientação sexual?; se sim, qual?).

Instrumento de pesquisa “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em


MS”

Como explanado anteriormente, todos os Instrumentos de pesquisa foram delimitados como


dados iniciais, pessoas com mais de 14 (quatorze) anos e que são residentes em Mato Grosso
do Sul; caso houvesse negativa por parte dos entrevistados, assim como presencialmente,
essa forma de abordagem online encerraria a entrevista. A fim de conhecer tanto o público
LGBT+ no âmbito da área da saúde e também os que os assistem, nossa plataforma, após
os dados iniciais, direcionava o entrevistado devido ao que ele mesmo se auto denominou:
“pertencente ao público LGBT+” ou “profissional da área da saúde que assiste ao público
LGBT+”, não limitando a mais de uma resposta, caso o mesmo entrevistado seja tanto
pertencente ao público LGBT+, quanto profissional da área que também assiste à essa
população.

Este foi divulgado na plataforma online https://forms.gle/teHGgFsGWqmuw3sK8 em Agosto/2022, e


a partir dessa data, foram feitas entrevistas presenciais nos eventos: “Seminário Estadual de Políticas
Públicas LGBT+ e Controle Social” (01/09/2022); “Seminário Nacional de Gestores de Políticas
Públicas LGBT+” (02/09/2022); Bares Públicos (16/09/2022); “Reunião Ordinária da Comissão
Estadual de Enfrentamento a Violência LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22); “Seminário de Saúde
Integral LGBT+” (21/09/22), “Campão Cultural - 1º Festival de Arte , Diversidade e Cidadania -
Campão Cultural Oficina de Fotografia” (13/10/22), “Campão Cultural - Palco tráfico de informações
– Ball”; “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de Trabalho” (21/10/22), “TV
Alems – Programa Cidadania LGBT+” (31/10/22), “Palestra Cidadania LGBT+ e Homotransfobia”

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(17/11/22), e na “Roda de conversa com o NUDEM” (22/11/22); Campanha “16 dias de ativismo
pelo fim da violência contra as mulheres” (25/11/22); além dos veiculados oficialmente e/ou através
de e-mails institucionais para as Secretarias Municipais de Saúde do MS, órgãos / setores do
MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS, CEPLGBT/MS), entidades / órgãos gestores
LGBT+ do MS, e divulgações para o público em geral. Com a proposta de um melhor alcance desse
público, foi realizada também uma reunião estratégica com a Secretaria Estadual de Saúde do MS
– SES/MS, a qual nos atendeu prontamente e se prontificou com a colaboração na divulgação do
mesmo.

Além de todo o questionamento referente aos dados sociodemográficos dessa população,


com o intuito na aquisição de conhecimento sobre o acesso à área da saúde, seja ele na
busca pelo atendimento médico/medicamentoso-hormonal/cirúrgico, na logística decorrente
ao trajeto ao mesmo, ou até mesmo o conhecimento dessa população às políticas associadas,
e para além deste, também o olhar profissional frente à assistência ofertada, o Instrumento
de pesquisa “Saúde - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”,
com a finalidade em se obter dados específicos seguindo a normativa acima, dividiu-se em
subseções.

Seguem-se os questionamentos abordados no mesmo: “Dados sociodemográficos” (Município que


reside; idade; Identidade de gênero; orientação sexual; cor/raça; possui alguma deficiência; se
sim, qual ?; escolaridade); “Acesso à saúde no Estado do MS” (Quando você busca atendimento
à saúde, você dispõe de atendimento através de; você já buscou atendimento em alguma rede
de atendimento à saúde vinculada ao sistema único de saúde (sus) em Mato Grosso do Sul?; Se
sim, qual?; como você se locomove para ir receber seus atendimentos em saúde?; caso utilize
transporte público (municipal, intermunicipal ou interestadual), recebe algum tipo de auxílio ou
gratuidade no transporte?; se sim, qual o tipo de auxílio; você sabia que existe a política nacional
de saúde integral LGBT+ ?; você realiza algum acompanhamento médico contínuo?; se você faz
acompanhamento médico, utiliza-se de medicações?; você está satisfeito com os serviços de
saúde públicos ofertados para a população LGBT+ em sua cidade?; qual ou quais obstáculos
que você encontra para ter acesso aos serviços de saúde?; você já sofreu algum tipo de violência
ou preconceito no atendimento à saúde?; se sim, qual conduta descreve ou mais se assemelha
à situação vivenciada por você?; para pessoas trans, travestis e não binaries: você faz uso de
hormônios?; se faz uso de medicações/hormônios; esses são adquiridos através de unidades
públicas (posto de saúde / caps / hospital / casa da saúde / etc)?; você faz acompanhamento médico
para essa utilização de hormônios?; se sim, para esse acompanhamento de hormonioterapia você
busca atendimento através de; você já tentou adquirir hormônios ou bloqueadores hormonais
através da rede pública de saúde e não conseguiu ?; se sim, a maneira pela qual você conseguiu
foi através de alguma solicitação, denúncia ou reclamação junto à algum dos órgãos mencionados
abaixo ?; já realizou cirurgias através de atendimento público com finalidade de resignação sexual,
mamoplastia masculinizadora, faloplastia, ou outros?; se realiza acompanhamento para tratamento
de saúde, já abandonou ou suspendeu o tratamento alguma vez?; se sim, pode informar a motivação
do abandono ou suspensão desse tratamento ?; “Situação dos profissionais da área da saúde
que atendem à população LGBT+ no Estado do MS” ( Você trabalhando sozinho ou em equipe
no atendimento ao Público LGBT+, você (s) possui (em) um momento de interação ou discussão
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/ capacitação para atendimento ao público LGBT+ ?; você se sente apto para realização de um
atendimento de uma pessoa LGBT+ na área de saúde?; se não, por qual motivo?.

Instrumento de pesquisa “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS”

Esse instrumento de pesquisa, delimitado também como dados iniciais, pessoas com mais
de 14 (quatorze) anos e que são residentes em Mato Grosso do Sul, e havendo negativa
por parte dos entrevistados, assim como presencialmente, essa forma de abordagem online
daria coo encerrado a mesma. Com a finalidade no conhecimento tanto do público LGBT+
que aprecia a área cultural, quanto à situação dos artistas LGBT+ que expõem a sua arte em
MS, nossa plataforma, após os dados iniciais, direcionava o entrevistado devido ao que ele
mesmo se auto denominou: “pertencente ao público LGBT+” (apreciador da arte cultural em
MS), ou “profissional LGBT+ da área cultural”, não limitando a mais de uma resposta, caso o
mesmo entrevistado seja pertencente às duas finalidades acima denominadas.
Na plataforma online, este foi divulgado perante o link https://forms.gle/hEcQqMvxHjf6YYRS6
, em Agosto/2022, e a partir dessa data, foram divulgados nesses eventos em específico,
além do encaminhamento detalhado anteriormente: “Seminário Estadual de Políticas
Públicas LGBT+ e Controle Social” (01/09/2022); “Seminário Nacional de Gestores de
Políticas Públicas LGBT+” (02/09/2022); Bares Públicos (16/09/2022); “Reunião Ordinária
da Comissão Estadual de Enfrentamento a Violência LGBTfóbica (CEVLGBT+)” (20/09/22),
“Seminário de Saúde Integral LGBT+” (21/09/22), “Campão Cultural - 1º Festival de Arte
, Diversidade e Cidadania - Campão Cultural Oficina de Fotografia” (MIS - 13/10/22),
“Campão Cultural - Palco tráfico de informações – Ball” (Av. Afonso Pena – Praça do Rádio
– 14/10/22), “Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de Trabalho”
(21/10/22), “TV Alems – Programa Cidadania LGBT+” (31/10/22), “Palestra Cidadania
LGBT+ e Homotransfobia” (17/11/22), e na “Roda de conversa com o NUDEM” (22/11/22);
Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” (25/11/22); além dos
veiculados oficialmente e/ou através de e-mails institucionais para as Secretarias Municipais
de Saúde do MS, órgãos / setores do MS, órgãos colegiados (CELGBT/MS, CEVLGBT/MS,
CEPLGBT/MS), entidades / órgãos gestores LGBT+ do MS, e divulgações para o público
em geral. Seguindo o proposto do nosso estudo, e para amplitude do público atingido por
este, sendo bem recebidos ao realizarmos uma reunião estratégica de divulgação com a
Fundação de Cultura do MS – FCMS, obtivemos a colaboração deste para esta finalidade.
Seguem-se os questionamentos abordados no mesmo: “Dados sociodemográficos”
(Município que reside; idade; Identidade de gênero; orientação sexual; cor / raça); “Acesso à
cultura no Estado do MS” (Em sua cidade possui espaços que desenvolvam ações culturais
para a população LGBT+? - Bares, espaços culturais; atualmente você frequenta locais que
desenvolvam ações culturais para a população LGBT+ ?; se sim, qual ou quais os locais ?;
você está satisfeito com as ações culturais desenvolvidas para a população LGBT+ na sua
cidade ?; Qual ou quais obstáculos que você encontra para ter acesso a eventos culturais?;
Qual ou quais eventos culturais LGBT+ você já participou? - como artista ou como público);

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“Situação dos artistas LGBT+ que expõe a sua arte no Estado do MS” (Qual ou quais suas
linguagens artísticas?; você trabalha/atua como artista LGBT+ a quanto tempo?; atualmente
sua renda principal vem da sua arte?; qual a média da renda mensal que você consegue
através da sua arte ou que envolva sua arte?; durante a pandemia o trabalho de muitos
artistas foi afetado de várias maneiras, principalmente na área financeira; como você se
manteve financeiramente durante a pandemia?; você já sofreu algum tipo de violência ou
preconceito relativa a sua arte?; durante alguma apresentação, exposição, vendas na rua,
entre outras; você como artista LGBT+, sente que é valorizado na sua cidade?; quais são as
principais dificuldades em ser um artista LGBT+ no Estado do MS?).

 Amostragem dos dados:

Enfrentamento a violência LGBT+ e Boas práticas

A violência foi definida pela Organização Mundial da Saúde - OMS (OMS, 2002) como o “uso
intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si mesmo, outra
pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão,
morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações”. Em qualquer classificação
quanto à sua natureza (abuso físico, psicológico, sexual e envolvendo abandono, negligência e
privação de cuidados), ou presente em umas de suas categorias, tornando-se esta, um problema
com sérias consequências para a saúde, extrapolada em muito essa esfera, e a qual continua
atualmente sendo uma situação de vida, dada toda a complexidade que a mesma implica; pela
OMS, essas categorias, são elencadas como: violência dirigida contra si mesmo (auto infligida);
violência interpessoal (violência intrafamiliar ou doméstica – entre parceiros íntimos ou membros
da família; violência comunitária – que ocorre no ambiente social em geral, entre conhecidos e
desconhecidos); e violência coletiva (atos violentos que acontecem nos âmbitos macrossociais,
políticos e econômicos, caracterizados pela dominação de grupos e do estado).

Temas relativos à identidade de gênero e à orientação sexual no Brasil, apesar de obter um visível
crescimento através do debate público, segue sendo marcado por altos índices de violência e de
discriminação contra LGBT+ em nosso país. Uma pesquisa recente publicada pela Antra (Associação
Nacional de Travestis e Transexuais) identificou ao menos 140 (cento e quarenta) assassinatos de
pessoas trans no Brasil em 2021 (e uma média de 123,8 casos anuais entre 2008 e 2021), dentre
uma série de outras violações de direitos humanos dessa população, como a negativa do uso do
nome social ou de acesso a espaços públicos.

Uma vez que a violência contra a pessoa humana se expressa de diversas formas e modalidades,
a necessidade na construção de uma Rede de Proteção se torna necessária, requerendo assim a
reunião de instrumentos, mecanismos, instituições, ações públicas e comunitárias em um esforço
comum para prevenir, atender e erradicar todas as formas de violação dos direitos humanos.

Através de nossos levantamentos bibliográficos, pudemos apurar que desde 2003, quando o tema
referente a esse público ganha espaço na agenda do governo federal para além da área da saúde,
apesar da tentativa em lidar com as formas de discriminação e violência contra a população LGBT+
no Brasil, as secretarias e ministérios de direitos humanos, órgãos nos quais a maior parte das
políticas públicas LGBT+ foi construída e coordenadas, ainda permanecem limitados.
51
No contexto histórico, observa-se que as políticas para LGBT+ no governo federal foram fortalecidas
e estruturadas ao longo da década de 2000, mas na década seguinte, predominaram tensões e
recuos em torno dessas políticas, apesar da manutenção de grande parte da estrutura que as
sustentou. A partir de 2019, essa estrutura e as iniciativas passam a ser gradualmente modificadas
sejam elas: as construções de programas de políticas públicas de garantia de direitos de LGBT+
que envolvam ações em diversas áreas de políticas públicas, a criação ou o fechamento de órgãos
dentro da burocracia pública dedicados de forma exclusiva às políticas para LGBT+ mudanças em
conselhos e em conferências de políticas públicas dedicados exclusivamente a políticas LGBT+, a
inclusão ou exclusão de ações orçamentárias específicas para políticas LGBT+ no orçamento das
pastas de direitos humanos, dentre outras.

Com o objetivo na contínua ampliação e melhoria da qualidade de atendimento, identificação


e encaminhamento adequado em situações de violência, logo também, o desenvolvimento
de estratégias efetivas de prevenção, o intuito no estreitamento dos laços, ou seja, no contato
oficial com serviços governamentais do Estado de Mato Grosso do Sul, promoveu amplas visões.
Seguem abaixo órgãos do setor público estadual de MS que regem pela população em geral, e
que contatamos para enriquecer esse estudo com dados dos últimos 04 (quatro) anos, quando
possíveis o repasses temporais nesse sentido, relacionados à população LGBT+.

Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul – AGEHAB

Promover a habitação de interesse social em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, mediante a
construção de moradias, em especial para as classes menos favorecidas; incentivar a melhoria da
qualidade e ao aumento da produtividade no setor da habitação, visando gerar empregos diretos e
indiretos agregados à construção civil no Estado; e promover estudos dos problemas de habitação
popular e executar programas de construção de unidades habitacionais, para a diminuição do déficit
habitacional do Estado, em especial para a população menos favorecida, são as bases da cultura
organizacional da AGEHAB.

Com o intuito no conhecimento de como este órgão interage com o público LGBT+, solicitamos
alguns dados, como: a quantidade de pessoas atendidas por este órgão, as ocorrências associadas
às questões de gênero e/ou orientação sexual durante suas atuações; ações desenvolvidas para
essa população; ocorrência de ofertas associadas à empregabilidade na construção civil; além de
ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos profissionais deste órgão e
ao público LGBT+, usuários deste serviço (ex.: rodas de conversa, palestras presenciais ou online,
cursos e outro).

Na análise do pressuposto e verificação da sua valorosa contribuição para esse documento,


ao solicitarmos a colaboração para a obtenção desses dados esclarecidos acima, obtivemos a
devolutiva da Divisão de Demanda Habitacional da AGEHAB/MS, de que no acesso aos serviços
públicos da população LGBT+, foram obtidos através de levantamento documental, o número de
atendidos “02 (dois) casais homoafetivos”, os quais foram contemplados no Projeto Lote Urbanizado,
não havendo nenhuma intercorrência quando associadas às questões de gênero ou orientação
52
sexual, uma vez relatado que são “seguidas todas as recomendações, garantimos direitos iguais
para acesso a habitação, priorizando os grupos determinados em legislação, sem discriminação
por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero”.

Quando relatado “em nossa ficha de cadastro coletamos o nome social, que poderia ser um
instrumento para identificar pessoas que fazem parte da população LGBT+”, indagamos o
especificado, e a mesma retornou, reiterando que foi considerado apenas inscrições atualizadas
nos últimos 02 (dois) anos, constatando em relação a quantidade de pessoas relativas ao público
em questão que inseriram nome social na inscrição da AGEHAB foram 690 (seiscentos e noventa)
inscrições com preenchimento no campo “Nome social”, 658 (seiscentos e cinquenta e oito)
inscrições “cônjuges com o mesmo sexo”, e no conjunto de inscrições com preenchimento de “Nome
social” e “cônjuges com o mesmo sexo” totalizam-se 11 (onze) inscrições. Mesmo expondo esses
dados, o referido órgão ressaltou que “não foi possível identificar, fidedignamente, o quantitativo
de pessoas com nome social que fazem parte do grupo LGBT+, tendo em vista que a população
não possui conhecimento do conceito Nome Social. Como resultado, temos inscrições preenchidas
erroneamente no campo específico como exemplo: nome da mãe, apelido, sobrenome e etc.”.

Foi salientado também que “a Agência Popular de Habitação de Mato Grosso do Sul realiza os
processos de seleção por meio de sistema eletrônico, de forma transparente e auditável, atendendo
as normas de cada programa habitacional”, e que a mesma segue os critérios estaduais de pré-
seleção, e estes são aprovados pelo Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso do Sul,
estando disponíveis nas Portarias AGEHAB/MS nº 66 de 20/12/2016 e nº 01, de 03/01/2017 - Lote
Urbanizado e Decreto nº 14.251 de 28/08/2015 referente ao Programa Financiado e Subsidiado
com Recursos do FGTS. Quanto aos programas habitacionais de interesse social com recursos
do governo federal, informaram-nos que o ente responsável pelos critérios de pré-seleção é o
Ministério de Desenvolvimento Regional, e dessa forma, são aplicados os critérios da Portaria nº
163, 06/05/2016 do antigo Ministério das Cidades e Portaria nº 2.042, de 23/06/2022 Ministério do
Desenvolvimento Regional.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul

Objetivando a interação dos serviços prestados através da Defensoria Pública de Mato Grosso do
Sul, a fim de contribuir para esse estudo, e certos que esse órgão conduz sua missão no intuito de
garantir e promover o acesso da população hipossuficiente e vulnerável à ordem jurídica justa por
meio da tutela eficiente de direitos individuais e coletivos, priorizando a via extrajudicial e, sempre
que necessário, pela judicial, solicitamos oficialmente a colaboração para a obtenção de dados
referentes à essa população atendida através de setores vinculados à esse órgão.

Em um primeiro momento solicitamos dados, mas em um primeiro retorno, a pedido da Coordenadoria

53
de Pesquisas e Estudos da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso Do Sul, fomos orientados
quanto à realização de novo pedido para melhor esclarecimento do mesmo.

A partir deste nosso retorno esclarecedor, foram solicitados: o quantitativo de atendimentos


individuais ao público LGBT+ realizados, categorizando-se estes de acordo com o gênero sexual e/
ou orientação sexual do (a) atendido (a); quantidade e natureza das demandas dos atendimentos
associada às questões de gênero e/ou orientação sexual; serviços e/ou medidas tomadas
necessárias para a efetividade dos Direitos Humanos, em especial quando há violação de direito
da população LGBT+; além das ações desenvolvidas pela Defensoria Pública de Mato Grosso do
Sul no intuito formativo e/ou informativo para os profissionais que nesse órgão trabalham, como
também promovidas para o público LGBT+.

A partir do nosso entendimento e também da própria Coordenadoria em questão (DPE/MS) sob


a análise do pedido para compartilhamento de informações e dados referentes aos atendimentos
realizados à população LGBT+, se referir com todas as atenções ao que se submete à Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais, como ao que se refere à proteção de dados pessoais como
garantia fundamental da pessoa humana, seguindo também as circunspeções ao trâmite referente
às informações exclusivas cadastradas deste tocante, esse referido órgão nos presenteou com
os dados dos anos de 2019 à 2022, a seguir. Esses dados sobre o número de atendimentos
individuais ao público LGBT+ realizados pela DPE-MS e assunto/natureza das demandas desses
atendimentos, foram fornecidos de maneira compilada (2019 à 2022), e também em estrutura anual
pelo mesmo.

Como dados gerais, o mesmo nos forneceu dados referentes ao total de atendidos, número de
assistidos, aos que informaram Nome Social, aos que especificaram ou não sobre o seu gênero
sexual; seguindo a repassagem, foi nos informado a faixa etária dos assistidos, à raça/cor/etnia
dos assistidos, quais desses assistidos são pertencentes à classe de Pessoa Com Deficiência
(PCD), total de registros de atendimento delimitado por Comarca, profissão relatada pelas pessoas
assistidas, e qual o assunto ou natureza do atendimento desse assistido.

Relata que foram atendidos o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado.

Dados gerais de atendimento pessoas LGBTs - 2019 a 2022

Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)

11.565 3157 970

54
*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.

**Nota explicativa 2: Pode ocorrer no preenchimento de ser repetido o nome de


registro, elevando o nº de nomes sociais, além de as pessoas também indicarem
apelidos, não sendo necessariamente pessoas trans/travesti.
Fonte: DPE/MS

Faixa Etária* - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a 2022
Inferior à Entre 18 Entre 25 Entre 30 Entre 40 Entre 50 Entre 60 Acima de
Vazia
18 anos e 24 anos e 29 anos e 39 anos e 49 anos e 59 anos e 79 anos 80 anos
14 65 435 578 1000 651 283 129 14

*Em inferior a 18 anos podem constar casos de atendimentos via/para terceiros (as).
Fonte: DPE/MS

Gênero - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a 2022

Masculino Feminino Não Especificado Vazio

1086 2019 44 8

Fonte: DPE/MS

Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) assistidos, atendidos nas 56 (cinquenta e seis)
comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram como seu gênero sexual como
masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino, 44 (quarenta e quatro) não
especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio. Quando relato sobre assistidos com
Deficiência, totalizou-se 43 (quarenta e três) pessoas, os quais 3.035 (três mil e trinta e cinco)
pessoas descreveram a sua raça/cor/etnia (amarela, branca, indígena, parda, preta), e elencadas
profissões descritas pelo mesmo.

Raça/Cor/Etnia - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS -


2019 a 2022

Não
Amarela Branca Indígena Parda Preta Vazio
Informado

37 1066 51 116 1626 255 6


Fonte: DPE/MS

Pessoa com Deficiência - Ref. Total


de Assistidos (as) atendidos (as)
pela DPE-MS - 2019 a 2022
Sim Não Vazio
43 725 2389
Fonte: DPE/MS

55
Comarcas que registraram atendimentos à pessoas LGBTs* - 2019 a 2022
Comarca Nº de Assistidos (as) LGBTs
Campo Grande 934
Dourados 264
Três Lagoas 161
Rio Brilhante 86
Corumbá 76
Naviraí 76
Nova Andradina 73
Ivinhema 67
Aquidauana 66
Coxim 66
Paranaíba 65
Ponta Pora 65
Sidrolândia 64
Chapadão Do Sul 60
Jardim 57
Anastácio 55
Bataguassu 55
Maracaju 55
Fátima do Sul 52
Miranda 47
Camapuã 44
Costa Rica 43
Bonito 40
Caarapó 40
Cassilândia 35
Glória de Dourados 32
São Gabriel Do Oeste 32
Itaquiraí 30
Terenos 29
Mundo Novo 26
Iguatemi 25
Nova Alvorada Do Sul 24
Amambai 23
Deodápolis 21
Bandeirantes 20
Itaporã 20
Inocência 19
Água Clara 18
Dois Irmãos Do Buriti 16
Eldorado 14
Rio Negro 14
Rio Verde De Mato Grosso 14
Angelica 13
Batayporã 13
Brasilândia 13
Nioaque 13
Porto Murtinho 13
Ribas Do Rio Pardo 13
Aparecida Do Taboado 10

56
Anaurilândia 9
Bela Vista 9
Sete Quedas 9
Coronel Sapucaia 7
Sonora 7
Pedro Gomes 5
Fonte: DPE/MS

Assunto/Natureza de atendimentos a Assistidos (as) LGBTs - Ref. Total de Assistidos


(as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a 2022
Núcleo/Área e Item/Natureza do atendimento Contagem de
Atendimentos por
Item*
Bancário - NUCCON (Núcleo do Consumidor) 34
Bancário - Cartão de crédito 4
Bancário - Empréstimo consignado 2
Bancário - Empréstimo pessoal 3
Bancário - Outros 16
Busca e apreensão - Alienação fiduciária 5
Demais bens e direitos (outros) 1
Indenização - Danos morais 1
Orientação 2
Câmara de Conciliação / Mediação de Família 53
Acordo - Extrajudicial 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Alimentos - Exoneração de alimentos 2
Alimentos - Outros 3
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para filhos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 1
Divórcio - Consensual 15
Divórcio - Litigioso 1
Guarda - De filhos 7
Guarda - Modificação de guarda 1
Guarda - Modificação de guarda de filhos 3
Guarda - Outros 1
Indenização - Outros 1
Interdição - Substituição de curador 1
Outros assuntos - espécies 1
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 1
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 3
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 2
maternidade
União estável - Conversão da união estável em casamento 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 3
Visitas - Modificação de visitas 2
(vazio)
Câmara de Conciliação Cível e Consumidor 33
Acordo - Extrajudicial 5
Água e saneamento - Sanesul 1
Bancário - Empréstimo consignado 1

57
Bancário - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 13
Educação - Uniderp 1
Educação - Uniderp-Anhanguera 2
Imóvel - Outros 1
Indenização - Danos morais 1
Indenização - Outros 1
Orientação 5
Telefonia - Oi 1
Cartório - Família 1
Divórcio - Litigioso 1
(vazio)
Cartório - Família e Sucessões - Andamento 138
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 6
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 34
Alimentos - Exoneração de alimentos 5
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para filhos 3
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 6
Alvará judicial - Levantamento de valores 2
Alvará judicial - Outros 2
Desistência atendimento 1
Divórcio - Consensual 1
Divórcio - Litigioso 14
Guarda - De filhos 11
Guarda - Modificação de guarda de filhos 1
Guarda - Outros 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Abertura 5
Inventário/arrolamento - Outros 11
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 4
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 2
Paternidade/maternidade - Investigação 6
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 2
maternidade
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 9
Visitas - Outros 1
Cartório - Família e Sucessões - Inicial 119
Adoção - Outros 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 29
Alimentos - Exoneração de alimentos 4
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 2
Alimentos - Para filhos 8
Alimentos - Para netos 3

58
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 6
Alvará judicial - Outros 2
Desistência atendimento 2
Divórcio - Consensual 1
Divórcio - Litigioso 11
Guarda - De filhos 9
Guarda - De netos 2
Guarda - Modificação de guarda de filhos 4
Guarda - Outros 1
Indenizatória - Outros 1
Interdição - Outros 1
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Abertura 3
Inventário/arrolamento - Outros 3
Orientação 2
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 1
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 5
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 1
maternidade
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 3
Visitas - Modificação de visitas 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
Cartório - Família e Sucessões - Sucessões 17
Alvará judicial - Levantamento de valores 1
Divórcio - Litigioso 1
Inventário/arrolamento - Abertura 9
Inventário/arrolamento - Outros 5
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 1
Cartório Apoio 4
Acordo - Extrajudicial 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Cartório Juizado 33
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Outras 1
Fraldas - Geriátricas 6
Indenização - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 3
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 1
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 5
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 5
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 4
Cartório NAS (Núcleo de Atenção à Saúde) 19
Fraldas - Geriátricas 8
Fraldas - Não geriátricas 1

59
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 8
Cartório NUFAMD (Núcleo de Fazenda, Morandia e Direitos Sociais) 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 1
casamento/óbito
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
CÍVEL INTERIOR 4578
Ação civil pública 2
Ação Civil Pública - Saúde 2
Ação Penal 36
Ação Penal - Privada 4
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 45
Ações relativas à investidores do mercado imobiliário 2
Acordo - Extrajudicial 21
Acordo - Judicial 6
Adoção - Adoção c.c. destituição do poder familiar 5
Adoção - Consensual 3
Adoção - Litigiosa 2
Adoção - Outros 5
Água e saneamento - Sanesul 4
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 36
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 119
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 769
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 3
Alimentos - Exoneração de alimentos 41
Alimentos - Gravídicos 26
Alimentos - Outros 170
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para cônjuge/convivente 2
Alimentos - Para filhos 443
Alimentos - Para netos 9
Alimentos - Revisional de alimentos de ascendentes 2
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 124
Alimentos - Revisional de alimentos de netos 1
Alvará - Cirurgia de esterilização 3
Alvará - Levantamento de valores 13
Alvará - Outros 7
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Alvará judicial - Levantamento de valores 3
Aparelhos - Home care 1
Apreensão em flagrante 1
Apuração de atos infracionais 1
Atendimento domiciliar - Home care 2
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Autorização de viagem - Nacional 3
Bancário - Cartão de crédito 2
Bancário - Empréstimo consignado 7
Bancário - Empréstimo pessoal 4
Bancário - Outros 2
Busca e apreensão - Alienação fiduciária 1

60
Busca e apreensão - Bens ou direitos 2
Busca e apreensão - Outros 4
Carta precatória 2
Carta precatória - Cível residual 1
Cautelar - Busca e apreensão 2
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 10
Cautelar - Medida de proteção 6
Cirurgia - Bariátrica 1
Cirurgia - Coluna 1
Cirurgia - Face (rosto/nariz/orelha) 1
Cirurgia - Ginecológica 1
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Neurológica 1
Cirurgia - Oftalmológica 4
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 1
Cirurgia - Outras 16
Cirurgia - Ouvido/garganta 2
Cirurgia - Quadril 2
Cirurgia - Renal 1
Cobrança - Recebimento de crédito 7
Cobranças Diversas 24
Comodato - Bem imóvel 1
Concurso Público - Autarquias/Fundações/Empresas Públicas 1
Concurso Público - Estadual 2
Concurso Público - Municipal 5
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 6
Consignação em pagamento - Outros 1
Consulta - Médico neurologista/neurocirurgião 6
Consulta - Médico ortopedista 1
Consulta - Médico psiquiatra 2
Consulta - Outros 8
Conversão de Separação em Divórcio 8
Cumprimento/execução de medidas socioeducativas 1
Declaratória de ausência - Para abertura de inventário 2
Declaratória/Anulatória - Anulação de ato jurídico/sentença/acordo 3
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 1
Declaratória/Anulatória - Outros 6
Deficiente 1
Demais bens e direitos (outros) 28
Desabrigamento 2
Desistência atendimento 5
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 4
Detran/Agetran - Outros 6
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 8
Detran/Agetran)
Devolução de bens - Imóveis 1
Divórcio - Consensual 102
Divórcio - Litigioso 160
Educação - Ceinf (creche) - vaga 8
Educação - Escola pública 1
Educação - Escolas Públicas - transferência 1

61
Educação - Escolas Públicas - vaga 4
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 1
Encaminhamento 1
Energia - Energisa 12
Energia - Outros 4
Exames - Cintilografia 1
Exames - Ecocardiograma/doppler/ECG/outros cardíacos 1
Exames - Eletroneuromiografia 1
Exames - Outros 4
Exames - Ressonância magnética em crânio 1
Exames - Ressonância magnética outras 1
Exames - Sangue diversos 1
Execução - Título judicial 21
Execução penal 35
Execução -Título extrajudicial 16
Fisioterapia - Ambulatorial 1
Guarda - Concessão de guarda 3
Guarda - De filhos 241
Guarda - De netos 26
Guarda - De sobrinhos 19
Guarda - Modificação de guarda 27
Guarda - Modificação de guarda de filhos 36
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Modificação de guarda de sobrinhos 2
Guarda - Outros 33
Guarda - Sem grau de parentesco 1
Honorários - Execução 1
Honorários - Execução de honorários 1
Idoso 4
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 3
Imóveis - Agência Municipal de Habitação 2
Imóveis - Desapropriação 2
Imóveis - Municipal 2
Imóveis - Outros 13
Imóveis construtoras/incorporadoras - Financial 2
Imóvel - Domínio de imóvel 2
Imóvel - Outros 10
Imóvel - Possessória 10
Indenização - Danos materiais 8
Indenização - Danos morais 20
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 10
Indenização - Outros 9
Indenizatória - Danos morais e materiais 5
Indenizatória - Outros 2
Interdição - Levantamento de interdição 3
Interdição - Outros 15
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 18
Interdição - Substituição de curador 11
Internação - vaga hospitalar 3
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 29
químico

62
Internação compulsória - tratamento psiquiátrico/dependente químico 14
Internação involuntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente 10
químico
Internação involuntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 5
Internação voluntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente químico 2
Internação voluntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 1
Inventário/arrolamento - Abertura 77
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Inventário/arrolamento - Habilitação de herdeiro 6
Inventário/arrolamento - Outros 65
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 17
Locação - Arbitramento de aluguel 3
Locação - Despejo 15
Locação - Outros 2
Mandado de segurança 2
Mandado de Segurança - Deficiente 1
Medicamentos - Artrite, artrose, osteoporose e osteoartrose 1
Medicamentos - Autismo 4
Medicamentos - Câncer 2
Medicamentos - Diabetes 21
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 10
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 4
Medicamentos - Hepatite 1
Medicamentos - Imunoterapia 3
Medicamentos - Intolerância alimentar 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 74
Medida de proteção - Acolhimento familiar 5
Medida de proteção - Afastamento da residência 1
Medida de proteção - Desabrigamento 4
Medida de proteção - Outros 21
Medida protetiva - Afastamento do lar 8
Medida protetiva - Outras 12
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 2
Monitória - Outros documentos 1
Monitória - Títulos prescritos 1
Orientação 279
Orientação familiar 14
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 177
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 8
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 95
Paternidade/maternidade - Outros 8
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 21
maternidade
Pedido de providências - Com desacolhimento 1
Pedido de providências - Outros 8
Plano de saúde - Cassems 1
Pocesso administrativo - Não disciplinar 1
Possessórias - Demarcatória 1

63
Possessórias - Interdito Proibitório 1
Possessórias - Outros 6
Possessórias - Reintegração de posse 20
Possessórias - Reivindicatória 4
Prestação de contas - Outros 1
Previdenciário - Aposentadoria por idade 1
Previdenciário - Auxílio doença 6
Previdenciário - BPC 4
Previdenciário - outros 17
Próteses/órteses - Outras 4
Registros Públicos - Alteração de nome/patronímico 14
Registros Públicos - Anulatória de Registro Civil 1
Registros Públicos - Inclusão de etnia indígena 1
Registros Públicos - Outros 10
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 3
Registros Públicos - Registro de óbito tardio 1
Registros Públicos - Registro tardio indígena 1
Registros Públicos - Restauração de registro 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 38
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 34
casamento/óbito
Registros Públicos - Retificação de Registros de imóveis 1
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
Registros Públicos - Suprimento de Registro 1
Regularização fundiária - Outros 4
Regularização fundiária - Posse/Domínio de Imóvel 2
Rescisória - Desconstituição de sentença/acordão 1
Servidor Público - Licença saúde 1
Servidor Público - Municipal 2
Servidor Público - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Outros 2
Sobrepartilha de bens - Sonegados no divórcio/separação judicial 2
Sociedade - Extinção/dissolução 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 6
Suprimento Judicial - De idade para casamento 1
Suprimento Judicial - Outros 2
Suprimento/Autorização Judicial - Suprimento de consentimento para 1
casamento
Suprimento/Autorização Judicial - Suprimento de idade para casamento 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 5
Telefonia - Outros 1
Trabalhista - Direitos diversos 6
Transporte - Outros 1
Transporte - Tratamento fora do domicílio - TFD 2
Tributos - Execução fiscal estadual 1
Tributos - Execução fiscal municipal 7
Tributos - Isenção de custas judiciais (taxa judiciária) 2
Tributos - Isenção de IPTU (LOAS) 1
Tributos - Outros 1
Tutela - Nomeação de tutor 2
União estável - Conversão da união estável em casamento 2

64
União estável - De relações homoafetivas 1
União estável - Outros 5
União estável - Reconhecimento 2
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 11
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 111
Urbanismo 1
Usucapião - Bem imóvel 38
Usucapião - Bem móvel 1
Vacinas - Diversas 2
Violência Doméstica 5
Visitas - Conselho Tutelar 1
Visitas - CREAS 1
Visitas - Fixação de visitas 11
Visitas - Modificação de visitas 4
Visitas - Modificação/Revisional de visitas 2
Visitas - Outras 8
Visitas - Outros 5
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 31
Visitas - Regulamentação de visitas de netos 5
(vazio)
Coord. - NUCCON (Núcleo do Consumidor) 8
Água e saneamento - Sanesul 1
Bancário - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 2
Energia - Energisa 1
Imóvel - Possessória 1
Outros assuntos - espécies 2
(vazio)
Coordenadoria - Unidade Centro 139
Encaminhamento 2
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Inventário/arrolamento - Outros 1
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 133
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
CRIMINAL INTERIOR 1102
Ação Penal 146
Ação Penal - Privada 5
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 2
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 380
Acordo - Extrajudicial 4
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 4
Alimentos - Para filhos 3
Apreensão em flagrante 5
Apuração de atos infracionais 3
Audiência - Custódia 1
Autorização de viagem - Nacional 1
Carta precatória 1
Cautelar - Medida de proteção 2
Cautelar - Outros 1

65
Cobranças Diversas 1
Contravenção penal 1
Delegacia/Presídios 4
Desistência atendimento 3
Devolução de bens - Outros 1
Divórcio - Litigioso 2
Educação - Escolas Públicas - vaga 1
Execução - Título judicial 1
Execução penal 310
Guarda - De filhos 2
Habeas Corpus - Individual 4
Imóveis construtoras/incorporadoras - ADMS 1
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 1
Infração/penalidade administrativa - Estadual 1
Interdição - Outros 1
Interdição - Substituição de curador 1
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Medida de proteção - Acolhimento familiar 1
Medida de proteção - Afastamento da residência 4
Medida de proteção - Desabrigamento 1
Medida de proteção - Outros 9
Medida protetiva - Afastamento do lar 7
Medida protetiva - Outras 18
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 5
Medida socioeducativa - Execução meio aberto 3
Medida socioeducativa - Outros 2
Medida socioeducativa - Remissão da medida 1
Orientação 73
Orientação familiar 14
Outros assuntos 22
Outros assuntos - espécies 20
Prisão em Flagrante 11
Registros Públicos - Outros 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 2
Violência Doméstica 10
Visitas - Outras 1
Visitas - Outros 1
(vazio)
Criminal Juri 9
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 9
Defensorias Cíveis de 2ª Instância 1
Orientação 1
(vazio)
Defensorias Criminais de 2ª Instância 1
Orientação 1
(vazio)
DEFESA - Matérias Cíveis Residuais 22
Acordo - Extrajudicial 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 2

66
Alimentos - Outros 1
Demais bens e direitos (outros) 2
Devolução de bens - Imóveis 1
Honorários - Execução 1
Imóvel - Outros 1
Imóvel - Possessória 1
Indenização - Danos materiais 2
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 2
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 4
Defesa do Homem 37
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 13
Execução penal 1
Violência Doméstica 23
(vazio)
Direitos Transindividuais Específicos, Falências, Recuperações, 55
Insolvências e Precatórias Cíveis
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 1
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Para filhos 1
Carta precatória - Cível residual 3
Carta precatória - Outros 35
Cumprimento de sentença em ACP/Ação coletiva 1
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 1
Detran/Agetran)
Encaminhamento 1
Honorários - Execução 2
Indenização - Danos morais 2
Orientação 3
Outros assuntos - espécies 3
Paternidade/maternidade - Investigação 1
(vazio)
Emei / Escola 16
Educação - Ceinf (creche) - transferência 4
Educação - Ceinf (creche) - vaga 6
Educação - Escolas Públicas - transferência 2
Educação - Escolas Públicas - vaga 4
Escala de Plantão 16
Ação Penal 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Medida administrativa 2
Medida protetiva - Outras 1
Orientação 6
Orientação familiar 1
Outros assuntos - espécies 1
Execução Fiscal 1
Tributos - Execução fiscal municipal 1
Execução Penal - Regime Fechado 22
Execução penal 22
Família e Sucessões - Andamento 864

67
Ação Civil Pública 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 55
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 237
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Exoneração de alimentos 22
Alimentos - Gravídicos 5
Alimentos - Outros 49
Alimentos - Para ascendentes 3
Alimentos - Para filhos 41
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 27
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Alvará judicial - Levantamento de valores 3
Alvará judicial - Outros 2
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 1
Cautelar - Busca e apreensão de pessoa incapaz 1
Cautelar - Guarda de pessoas 2
Cobranças Diversas 1
Declaratória de ausência - Para abertura de inventário 1
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Desistência atendimento 30
Divórcio - Consensual 11
Divórcio - Litigioso 57
Encaminhamento 2
Guarda - De filhos 68
Guarda - De netos 9
Guarda - Modificação de guarda de filhos 11
Guarda - Modificação de guarda de netos 2
Guarda - Outros 4
Indenização - Outros 1
Indenizatória - Outros 2
Interdição - Levantamento de interdição 1
Interdição - Outros 7
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 5
Interdição - Substituição de curador 3
Inventário/arrolamento - Abertura 7
Inventário/arrolamento - Anulação da partilha 1
Inventário/arrolamento - Habilitação de herdeiro 4
Inventário/arrolamento - Outros 40
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 15
Orientação 18
Orientação familiar 3
Outros assuntos - espécies 24
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 1
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 20
Paternidade/maternidade - Outros 2
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 2
maternidade

68
Sobrepartilha de bens - Outros 3
Suprimento Judicial - Outros 1
Tutela - Substituição de tutor 1
União estável - De relações homoafetivas 1
União estável - Outros 3
União estável - Reconhecimento 2
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 5
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 21
Usucapião - Bem imóvel 1
Visitas - Modificação de visitas 1
Visitas - Outros 9
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 4
Visitas - Regulamentação de visitas de netos 1
(vazio)
Família e Sucessões - Inicial 997
Acordo - Extrajudicial 3
Adoção - Consensual 1
Adoção - Outros 1
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 8
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 12
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 159
Alimentos - Exoneração de alimentos 12
Alimentos - Gravídicos 6
Alimentos - Outros 48
Alimentos - Para ascendentes 8
Alimentos - Para cônjuge/convivente 1
Alimentos - Para filhos 109
Alimentos - Para netos 4
Alimentos - Revisional de alimentos de ascendentes 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 54
Alvará - Cirurgia de esterilização 2
Alvará - Levantamento de valores 6
Alvará judicial - Levantamento de valores 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 1
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Outros 1
Carta precatória - Cível residual 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 4
Cautelar - Busca e apreensão de pessoa incapaz 1
Cautelar - Guarda de pessoas 1
Cobranças Diversas 1
Conversão de Separação em Divórcio 1
Demais bens e direitos (outros) 6
Desistência atendimento 7
Divórcio - Consensual 25
Divórcio - Litigioso 88
Encaminhamento 8
Energia - Energia Rural 1
Energia - Outros 1
Execução - Título judicial 1
Execução -Título extrajudicial 1

69
Guarda - De filhos 68
Guarda - De netos 16
Guarda - De sobrinhos 3
Guarda - Modificação de guarda 5
Guarda - Modificação de guarda de filhos 21
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Outros 6
Interdição - De ébrios habituais/viciados em tóxicos 1
Interdição - Outros 6
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 18
Interdição - Substituição de curador 5
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 1
químico
Inventário/arrolamento - Abertura 11
Inventário/arrolamento - Outros 6
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Medida de proteção - Desabrigamento 1
Medida de proteção - Outros 2
Orientação 61
Orientação familiar 4
Outros assuntos - espécies 49
Paternidade/maternidade - Declaratória de inexistência de filiação c.c. 4
retificação de registro
Paternidade/maternidade - Investigação 46
Paternidade/maternidade - Outros 2
Paternidade/maternidade - Reconhecimento de paternidade/ 10
maternidade
Pedido de providências - Outros 4
Possessórias - Reintegração de posse 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 2
casamento/óbito
Sobrepartilha de bens - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Sonegados na dissolução da união estável 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 2
Tutela - Nomeação de tutor 2
União estável - Outros 1
União estável - Reconhecimento de união estável post mortem 3
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 23
Visitas - Fixação de visitas 2
Visitas - Modificação de visitas 4
Visitas - Outros 5
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 10
(vazio)
Família e Sucessões - Sucessões 212
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 24
Alimentos - Exoneração de alimentos 3
Alimentos - Outros 5
Alimentos - Para filhos 9

70
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 5
Alvará - Levantamento de valores 4
Alvará - Outros 4
Alvará judicial - Levantamento de valores 10
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 1
Demais bens e direitos (outros) 1
Desistência atendimento 2
Divórcio - Consensual 2
Divórcio - Litigioso 12
Guarda - De filhos 4
Guarda - De netos 2
Guarda - De sobrinhos 2
Guarda - Modificação de guarda de sobrinhos 1
Interdição - Por incapacidade total ou parcial 1
Inventário/arrolamento - Abertura 71
Inventário/arrolamento - Outros 27
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Medida de proteção - Outros 1
Orientação 5
Outros assuntos - espécies 7
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Suspensão/Destituição de poder familiar 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
(vazio)
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 274
Ação Penal 1
Ação Penal - Privada 1
Acordo - Extrajudicial 1
Acordo - Judicial 1
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 3
Água e saneamento - Outros 2
Água e saneamento - Sanesul 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 6
Alimentos - Para filhos 1
Alvará Judicial - Diversos 1
Aparelhos - Home care 1
Bancário - Cheque especial 1
Bancário - Outros 3
Cirurgia - Cardíaca 1
Cirurgia - Ouvido/garganta 1
Cobrança - Recebimento de crédito 8
Cobranças Diversas 37
Concurso Público - Municipal 2
Consulta - Médico reumatologista 1
Consulta - Outros 3
Contravenção penal 1
Declaratória/Anulatória - Anulação de ato jurídico/sentença/acordo 1
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Defeitos e vícios - Produtos 1
Defeitos e vícios - Serviços 1

71
Demais bens e direitos (outros) 1
Detran/Agetran - Outros 2
Divórcio - Consensual 1
Encaminhamento 1
Energia - Elektro 1
Energia - Energisa 5
Energia - Outros 2
Exames - Outros 2
Execução - Título judicial 15
Execução -Título extrajudicial 27
Fisioterapia - Domiciliar 1
Imóveis - Outros 1
Indenização - Danos materiais 17
Indenização - Danos morais 16
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 5
Indenização - Outros 7
Indenizatória - Danos morais e materiais 4
Internação - vaga hospitalar 1
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 5
químico
Locação - Arbitramento de aluguel 1
Locação - Despejo 1
Locação - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 12
Medida de proteção - Outros 1
Orientação 24
Outros assuntos - espécies 27
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Previdenciário - outros 2
Protesto - Título extrajudicial 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 2
(vazio)
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 41
Ação Penal 2
Ação Penal - Privada 4
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 15
Cautelar - Medida de proteção 1
Contravenção penal 3
Demais bens e direitos (outros) 1
Medida judicial 1
Orientação 10
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 1
(vazio)
Matérias Cíveis Residuais 133
Ações relativas à investidores do mercado imobiliário 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 1
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1

72
Alimentos - Para cônjuge/convivente 1
Alvará - Outros 1
Alvará judicial - Alienação de Bens 1
Bancário - Cartão de crédito 1
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Empréstimo pessoal 1
Cobranças Diversas 5
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem imóvel 3
Condomínio - Extinção/Divisão de Condomínio de bem móvel 1
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 2
Declaratória/Anulatória - Outros 3
Demais bens e direitos (outros) 1
Detran/Agetran - Outros 1
Divórcio - Litigioso 1
Educação - Outros 1
Encaminhamento 2
Execução -Título extrajudicial 2
Imóveis - Outros 5
Imóveis construtoras/incorporadoras - Financial 1
Imóvel - Possessória 2
Indenização - Danos materiais 4
Indenização - Danos morais 4
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 1
Indenização - Outros 1
Indenizatória - Danos morais e materiais 1
Interdição - Outros 2
Interdição - Substituição de curador 2
Inventário/arrolamento - Outros 1
Locação - Despejo 1
Locação - Outros 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 22
Outros assuntos - espécies 21
Planos de saúde - outros 1
Possessórias - Imissão na posse 1
Possessórias - Interdito Proibitório 1
Possessórias - Outros 1
Possessórias - Reintegração de posse 4
Possessórias - Reivindicatória 1
Previdenciário - Aposentadoria por idade 1
Protesto - Título extrajudicial 1
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 1
Registros Públicos - Registro tardio indígena 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 2
casamento/óbito
Tributos - Execução fiscal municipal 2
Usucapião - Bem imóvel 10
Visitas - Fixação de visitas 1
Visitas - Outras 1
NAS - Núcleo de Atenção à Saúde 188

73
Aparelhos - Cadeira de roda motorizada 1
Aparelhos - Concentrador de oxigênio 1
Aparelhos - Home care 1
Aparelhos - Outros 1
Aparelhos - Oxigênio/cilindro 2
Atendimento domiciliar - Home care 8
Cirurgia - Coluna 3
Cirurgia - Gastrointestinal 1
Cirurgia - Ginecológica 1
Cirurgia - Joelho 6
Cirurgia - Mão 2
Cirurgia - Oftalmológica 3
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 1
Cirurgia - Outras 7
Cirurgia - Quadril 4
Cirurgia- Pé 2
Consulta - Cirurgião dentista/odontológica 3
Consulta - Médico neurologista/neurocirurgião 1
Consulta - Médico ortopedista 5
Consulta - Médico reumatologista 1
Consulta - Outros 6
Desistência atendimento 6
Exames - Cintilografia 2
Exames - Outros 6
Exames - Ressonância coluna cervical/lombar 1
Exames - Ressonância magnética outras 4
Fisioterapia - Ambulatorial 2
Fisioterapia - Domiciliar 5
Fraldas - Geriátricas 2
Internação - vaga hospitalar 6
Internação compulsória - Para tratamento psiquiátrico/dependente 3
químico
Internação compulsória - tratamento psiquiátrico/dependente químico 1
Internação involuntária - Para tratamento psiquiátrico/dependente 3
químico
Internação involuntária - tratamento psiquiátrico/dependente químico 3
Medicamentos - Artrite, artrose, osteoporose e osteoartrose 1
Medicamentos - Câncer 1
Medicamentos - Diabetes 5
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 6
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1
Medicamentos - Imunoterapia 1
Medicamentos - Infecções 1
Medicamentos - Lúpus 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 29
Orientação 10
Outros assuntos - espécies 7
Próteses/órteses - Outras 1
Radioterapia convencional 1

74
Registros Públicos - Outros 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 6
Transporte - Deficiente 1
Transporte - Isenção tarifária (patologia) 1
Tratamentos odontológicos - Diversos 1
Tributos - Execução fiscal municipal 1
Vacinas - Diversas 1
(vazio)
NUCCON - Núcleo de Proteção e Defesa do Consumidor e demais 505
Matérias Cíveis Residuais
Acordo - Extrajudicial 3
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 12
Água e saneamento - Sanesul 2
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Alimentos - Para filhos 1
Bancário - Cartão de crédito 3
Bancário - Empréstimo consignado 1
Bancário - Empréstimo pessoal 3
Bancário - Outros 9
Busca e apreensão - Alienação fiduciária 1
Cirurgia - Outras 1
Cobranças Diversas 12
Declaratória/Anulatória - Outros 1
Defeitos e vícios - Produtos 3
Defeitos e vícios - Serviços 6
Demais bens e direitos (outros) 140
Desistência atendimento 4
Devolução de bens - Imóveis 1
Educação - Estácio de Sá 3
Educação - Outros 3
Educação - Uniderp 5
Educação - Uniderp-Anhanguera 10
Energia - Energia Rural 1
Energia - Energisa 23
Execução -Título extrajudicial 3
Honorários - Execução 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - Degrau 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - MRV 1
Imóveis construtoras/incorporadoras - Outras 1
Imóvel - Domínio de imóvel 2
Imóvel - Outros 27
Imóvel - Possessória 16
Indenização - Danos materiais 7
Indenização - Danos morais 20
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 14
Indenização - Outros 9
Locação - Despejo 4
Locação - Outros 10
Monitória - Outros documentos 2
Monitória - Títulos prescritos 1
Orientação 84

75
Outros assuntos - espécies 23
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Plano de saúde - Cassems 2
Plano de saúde - Cassi - Banco do Brasil 3
Plano de saúde - Unimed 4
Planos de saúde - outros 2
Possessórias - Outros 1
Protesto - Outros 2
Protesto - Título extrajudicial 1
Regularização fundiária - Posse/Domínio de Imóvel 1
Telefonia - Claro 4
Telefonia - Oi 1
Telefonia - Tim 1
Telefonia - Vivo 1
Usucapião - Bem imóvel 6
(vazio)
Núcleo Cartório - CENTRO 23
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 1
Imóveis - Estadual 3
Imóveis - Municipal 2
Imóveis - Outros 12
Outros assuntos - espécies 5
(vazio)
Núcleo de Mediação - CEJUSC 15
Alimentos - Gravídicos 1
Alimentos - Para filhos 1
Divórcio - Consensual 6
Divórcio - Litigioso 1
Guarda - De filhos 4
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 2
Núcleo Juizado - ESPECIAL 112
Ação Penal 1
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 3
Acordo - Judicial 3
Água e saneamento - Águas Guariroba (Campo Grande) 2
Bancário - Cheques 2
Cobranças Diversas 11
Declaratória/Anulatória - Declaratória de nulidade de ato jurídico 1
Demais bens e direitos (outros) 12
Desistência atendimento 1
Educação - Outros 1
Execução -Título extrajudicial 1
Fisioterapia - Domiciliar 1
Indenização - Danos estéticos 1
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 5
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 1
Indenização - Outros 2
Locação - Outros 2
Medicamentos - Diabetes 1

76
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 34
Outros assuntos - espécies 21
Processo administrativo - Outros 1
Protesto - Título extrajudicial 1
Telefonia - Outros 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 2
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 1
Detran/Agetran)
Fisioterapia - Ambulatorial 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 1 ao 10 - LIVRE 33
Cirurgia - Joelho 2
Cobrança - Recebimento de crédito 1
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 2
Fraldas - Geriátricas 4
Fraldas - Não geriátricas 2
Medicamentos - Diabetes 1
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 3
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 1
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 6
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 10
Núcleo Juizado - FAZENDA 1 e 2 43
Desistência atendimento 1
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 5
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 2
Detran/Agetran)
Exames - Ressonância magnética outras 1
Fraldas - Não geriátricas 4
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 3
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 4
Medicamentos - Lúpus 3
Medicamentos - Outras/diversas palologias 1
Orientação 1
Outros assuntos - espécies 6
Servidor Público - Municipal 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 11
Núcleo Juizado - FAZENDA 3 e 4 31
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 4
Cobrança - Recebimento de crédito 2
Consulta - Outros 1
Desistência atendimento 1
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 2
Detran/Agetran)
Exames - Outros 1
Fisioterapia - Domiciliar 1
Fraldas - Geriátricas 5
Internação - vaga hospitalar 1
Medicamentos - Câncer 1
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 5
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1

77
Medicamentos - Outras/diversas palologias 6
Núcleo Juizado - FAZENDA 5 e 6 31
Cirurgia - Joelho 2
Cirurgia - Outras 1
Desistência atendimento 4
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 4
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 3
Detran/Agetran)
Exames - Outros 2
Fraldas - Geriátricas 8
Internação - vaga hospitalar 1
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 3
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 1
Núcleo Juizado - FAZENDA 7 e 8 67
Cirurgia - Joelho 3
Cirurgia - Ombro (manguito-rotador) 4
Cobrança - Recebimento de crédito 3
Desistência atendimento 9
Detran/Agetran - Outros 1
Exames - Cintilografia 1
Fraldas - Geriátricas 5
Indenização - Danos materiais 1
Medicamentos - Diabetes 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 1
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 5
Medicamentos - Doenças cardíacas/cardiopatias 3
Medicamentos - Glaucoma/problemas na visão em geral 1
Medicamentos - Outras/diversas palologias 9
Medicamentos - Tireoide 4
Orientação 8
Outros assuntos - espécies 1
Servidor Público - Cominatória desvio de função 2
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 4
Núcleo Juizado - FAZENDA 9 e 0 33
Aparelhos - Outros 1
Atendimento domiciliar - Home care 3
Cirurgia - Joelho 1
Cirurgia - Outras 2
Consulta - Outros 1
Desistência atendimento 1
Fraldas - Geriátricas 7
Medicamentos - Doença pulmonar obstrutica crônica - DPOC 2
Medicamentos - Outras/diversas palologias 5
Outros assuntos - espécies 1
Suplementos - Nutricionais, espessantes, materiais e insumos 9
Núcleos Criminal, Júri e Defesa do Homem 82
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 48
Energia - Energisa 1
Indenizatória - Danos morais e materiais 1

78
Outros assuntos 21
Violência Doméstica 10
(vazio)
NUDECA - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da 128
Criança e do Adolescente
Ação Civil Pública - Assuntos relativos aos Conselhos Tutelares 1
Ação Penal 2
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 2
Adoção - Adoção c.c. destituição do poder familiar 1
Adoção - Outros 1
Alimentos - Outros 4
Alimentos - Para filhos 1
Autorização de viagem - Exterior (internacional) 2
Cautelar - Guarda de pessoas 6
Cautelar - Medida de proteção 3
Cobranças Diversas 1
Educação - Ceinf (creche) - vaga 8
Educação - Escola pública 3
Educação - Escolas Públicas - vaga 1
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 3
Execução -Título extrajudicial 1
Guarda - Concessão de guarda 14
Guarda - De filhos 7
Guarda - De netos 8
Guarda - De sobrinhos 1
Guarda - Modificação de guarda 1
Guarda - Outros 1
Guarda - Outros 5
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 1
Mandado de segurança 1
Medida de proteção - Acolhimento familiar 4
Medida de proteção - Afastamento da residência 1
Medida de proteção - Desabrigamento 4
Medida de proteção - Outros 5
Medida protetiva - Outras 1
Medida socioeducativa - Execução Unei 1
Orientação 20
Orientação familiar 1
Outros assuntos 1
Outros assuntos - espécies 3
Procedimento de apuração de atos infracionais junto ao Ministério 3
Público
Suspensão/Destituição de poder familiar 2
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Domiciliar 1
(vazio)
NUDECA - Psicossocial 6
Cautelar - Outros 1
Guarda - Outros 1
Medida de proteção - Desabrigamento 1

79
Orientação 3
NUDECA - Vagas Escolar 9
Educação - Vagas em escolas e ceinfs 9
NUDEDH - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos 3
Humanos
Medida de proteção - Outros 2
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 1
NUDEM - Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Mulher 319
Ação Penal 19
Alimentos - Cumprimento (execução) de alimentos provisórios 5
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 6
Alimentos - Execução de alimentos provisórios de títulos extrajudiciais 1
Alimentos - Gravídicos 1
Alimentos - Outros 2
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 1
Atendimento na Casa da Mulher Brasileira 4
Cautelar - Busca e apreensão de bens 1
Cautelar - Busca e apreensão de criança/adolescente 2
Divórcio - Litigioso 27
Guarda - De filhos 37
Guarda - Modificação de guarda de filhos 2
Guarda - Modificação de guarda de netos 1
Guarda - Outros 2
Indenização - Danos materiais 1
Indenização - Danos morais 6
Indenização - Outros 1
Mediação 1
Medida de proteção - Outros 1
Medida protetiva - Afastamento do lar 1
Medida protetiva - Outras 37
Medida protetiva - Proibição de contato com a vítima/familiares 8
Orientação 77
Orientação familiar 30
Outros assuntos - espécies 21
Paternidade/maternidade - Investigação 2
Registros Públicos - Outros 1
Sobrepartilha de bens - Sonegados na dissolução da união estável 1
União estável - Conversão da união estável em casamento 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 18
(vazio)
NUFAMD - Núcleo da Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais 227
Atendimento domiciliar - Home care 1
Ato administrativo - Municipal 1
Cobrança - Recebimento de crédito 6
Desistência atendimento 24
Detran/Agetran - Anulatória de infrações de trânsito/multas/pontuações 10
Detran/Agetran - Baixa de veículo 1
Detran/Agetran - Outros 6
Detran/Agetran - Transferência de Veículos/Multas/Pontuações (Estado/ 6
Detran/Agetran)

80
Fraldas - Não geriátricas 1
Imóveis - Agência Estadual de Habitação 8
Imóveis - Agência Municipal de Habitação 5
Imóveis - Municipal 4
Imóveis - Outros 3
Imóveis - Usucapião de imóvel Estadual/AGEHAB - desafetado 1
Indenização - Danos materiais 2
Indenização - Danos morais 3
Indenização - Danos morais, materiais e/ou estéticos 2
Indenização - Outros 5
Indenizatória - Danos morais e materiais 2
Medicamentos - Distúrbios psiquiátricos/epilepsia 1
Outros assuntos - espécies 10
Paternidade/maternidade - Investigação 1
Paternidade/maternidade - Outros 1
Previdenciário - outros 1
Registros Públicos - Alteração de nome/patronímico 2
Registros Públicos - Anulatória de Registro Civil 1
Registros Públicos - Outros 11
Registros Públicos - Registro de nascimento tardio 1
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil /Nome Social/LGBT 33
Registros Públicos - Retificação de Registro Civil de nascimento/ 37
casamento/óbito
Registros Públicos - Segunda via de Registros Públicos 1
Servidor Público - Cominatória desvio de função 1
Servidor Público - Municipal 1
Tributos - Execução fiscal estadual 4
Tributos - Execução fiscal municipal 18
Tributos - Isenção de custas judiciais (taxa judiciária) 2
Tributos - Isenção de IPTU (LOAS) 2
Tributos - Municipal 5
Tributos - Outros 2
Usucapião - Bem imóvel 1
NUPEMEC - Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução 6
de Conflitos
Alimentos - Gravídicos 1
Divórcio - Consensual 2
Guarda - De filhos 1
Outros assuntos - espécies 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
(vazio)
NUSPEN - Núcleo Institucional do Sistema Penitenciário 317
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 11
Cobranças Diversas 1
Execução penal 303
Outros assuntos 2
(vazio)
Peticionamento - Família e Sucessões - Andamento 44
Alimentos - Cumprimento de sentença - penhora 3
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 12
Alimentos - Exoneração de alimentos 3

81
Alimentos - Outros 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 2
Divórcio - Litigioso 4
Guarda - De filhos 5
Guarda - Outros 1
Inventário/arrolamento - Outros 5
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Orientação 3
Paternidade/maternidade - Investigação 1
União estável - Reconhecimento 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Peticionamento - Família e Sucessões - Inicial 35
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 8
Alimentos - Outros 3
Alimentos - Para ascendentes 1
Alimentos - Para filhos 1
Alimentos - Para netos 1
Alimentos - Revisional de alimentos de filhos 4
Divórcio - Litigioso 6
Guarda - De filhos 5
Guarda - Modificação de guarda de filhos 1
Guarda - Outros 1
Inventário/arrolamento - Abertura 1
Paternidade/maternidade - Investigação 1
União estável - Reconhecimento e dissolução de união estável 1
Visitas - Regulamentação de visitas de filhos 1
Peticionamento - Sucessões 2
Inventário/arrolamento - Abertura 2
Processos de fora - Cível 4
Divórcio - Litigioso 1
Orientação 2
Outros assuntos - espécies 1
Processos de fora - Criminal 9
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 7
Outros assuntos 1
Prisão em Flagrante 1
Psicossocial - NUDEM 8
Mandado de segurança 1
Orientação 6
Orientação familiar 1
(vazio)
Residual Criminal 158
Ação Penal - Privada subsidiária da pública 1
Ação Penal - Pública condicionada/incondicionada 151
Delegacia/Presídios 2
Execução penal 1
Outros assuntos 2
Outros assuntos - espécies 1
(vazio)
Residual Criminal e Defesa do Homem 1
Execução penal 1

82
Sucessões - Andamento 11
Inventário/arrolamento - Abertura 1
Inventário/arrolamento - Outros 7
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 2
Orientação 1
Sucessões - Inicial 9
Alimentos - Cumprimento de sentença - prisão 1
Encaminhamento 1
Inventário/arrolamento - Abertura 2
Inventário/arrolamento - Outros 1
Inventário/arrolamento - Partilha de bens 3
Orientação 1

* O número de atendimentos totais aqui resulta em 11.442 por, em alguns casos, o item de atendimento não
ser descrito, constando somente a área. Por exemplo: área Cível Interior.
Fonte: DPE/MS

Referente às ações desenvolvidas por esse órgão com o intuito formativo e/ou informativo para
defensores (as), servidores (as) e assistidos (as) da Defensoria, segundo o arquivo repassado
“Levantamento NUDEDH 2019-2022”, o mesmo retornou com demandas dos anos de 2019
à 2022, totalizando 76 (setenta e seis) ações, sendo essas tanto para análise de providências,
retificação de registro civil de gênero, acompanhamento, participação da coordenação/núcleo,
ou denúncia de LGBTfobia, essas com atendimento coletivo ou individual, e elencadas como
levantamento de informações, evento/parceria/participação, ou acompanhamento; para o ano
de 2019, nos foram repassadas: “Apurar a existência/eficiência de políticas públicas voltadas a
população LGBTQI+, notadamente a existência de campo próprio para preenchimento de nome
social quando do preenchimento de fichas de cadastro, formulários, prontuários e documentos
congêneres, bem como a capacitação de servidores públicos para o uso e orientação à população
dessa funcionalidade (Estado de Mato Grosso do Sul e Município de Campo Grande); Executar
capacitação aos servidores administrativos da DPEMS referente aos direitos da população LGBT;
Foram feitos vários encontros presenciais ao longo de 2019 nas cidades de Dourados, Maracajú,
Aquidauana, Ponta Porã e Três Lagoas; Analisar sobre a necessidade de organização de mutirão
de retificação extrajudicial de nome e gênero, nos termos do provimento 73/2018 CNJ.”

Seguindo, em 2020, foram realizadas: “Apurar a situação do adolescente LGBT no sistema


socioeducativo no município de Campo Grande Apurar a situação do adolescente LGBT no sistema
socioeducativo no Estado de MS; Apurar se os órgãos de segurança pública do Estado de Mato
Grosso do Sul possuem campo próprio que discrimine, nos registros de ocorrência de crimes,
situações envolvendo homofobia; apurar se há estatísticas de crimes de homofobia no Estado de
Mato Grosso do Sul; apurar se há Delegacia de Polícia especializada em crimes de homofobia; apurar,
por fim, se o Estado de Mato Grosso do Sul está tomando as medidas necessárias para garantir
a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de inconstitucionalidade por
Omissão n. 26/DF; Acompanhamento da jovem A.F.T, que se encontra na UNEI Estrela do Amanhã;
Participação na roda de conversa virtual no combate à solidão; Realização de live sobre direitos da
comunidade LGBTQIA+, desafios e atualidades, dia 14/07/2020, às 19hs, na faculdade Anhanguera
Dourados; Analisar minuta de PAP NUDEDH/NAE acerca do cárcere de pessoa LGBTQIA+, para
acompanhamento das condições de encarceramento das pessoas LGBT no Estado de MS; Aferir se

83
o Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO)
está em funcionamento em razão da pandemia pela Covid19; Lançamento cartilha - Direitos das
Mulheres Lésbicas e Bissexxuais; Acompanhamento da composição e o funcionamento da Comissão
Especial Processante LGBT+ (CEPLGBT+); Acompanhamento da criação da Comissão Estadual
de Enfrentamento à Violência contra a população LGBT+ (CEVLGBT+); Registrar, acompanhar
e eventualmente apontar caminhos a solucionar a questão acerca de informação advinda por
e-mail de resposta ao ofício da Defensoria Pública da Comarca de Sete Quedas onde constou o
indeferimento de inclusão do nome social em CNH da assistida A.R.B

Acompanhar não reconhecimento do direito à isenção de taxas para retificação de registro civil
da pessoa trans relatada por e-mail advindo CENTRHO em razão da negativa à L.A.S.M; Analisar
a proposta de parceria com Aliança Nacional LGBTI+; Registrar e tomar providências acerca da
alegação de violação de direitos de pessoa transexual A.J.P, supostamente humilhada na cidade
de Dourados/MS.”

Já em 2021: “Apuração de informações sobre possível fechamento do Ambulatório Transexualizador


do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP); Atendimento ao Sr. Cícero
Gomes dos Reis, mediante solicitação da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato
Grosso do Sul - SUBLGBT/MT, por meio do Ofício n. 23/SubsLGBT/SEGOV/2021; Participação
do Coordenador do NUDEDH na reunião ampliada que será realizada virtualmente, no dia 20 de
abril de 2021 (terça-feira), às 16h, com o objetivo de tratar sobre questões relacionadas à pauta
MAIO DA DIVERSIDADE, evento promovido pela Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de
MS; Registro do evento palestra on line com tema “Direitos Humanos da População LGBT e
Combate a LGBTFobia”, a qual acontecerá no dia 20 de maio; Registro e processamento do Ofício
n. 254/SubsLGBT/SEGOV/2021, que encaminhou o relatório de atendimento do Sr. D.P.M, sobre
violências física e psicológica sofridas por este em razão de sua identidade de gênero; Acompanhar
a situação de transexual vítima do crime de estupro; Apuração de homofobia e intolerância religiosa
a partir dos fatos noticiados na notícia intitulada “Radicais negacionistas chamam atenção com
ataques a católicos, gays e até relógio da 14 em Campo Grande”, publicada no site MidiaMax;
Registro e apuração de informações sobre caso de homofobia, noticiado no site Campo Grande
News, que teria sofrido o vacinador G.L; Registro e apuração de responsabilidade em razão de
comentários LGBTfóbicos na página do Jornal MidiaMax no Facebook, em notícia intitulada “MS
tem a primeira ‘Casa LGBTQI+’ e ela promete dar o que falar; Registro de atividades da Missão
LGBTI para o Mato Grosso do Sul entre os dias 25 e 28 de outubro, evento promovido pelo MNPCT;
Registro de atendimento da Sra. A.L, mulher transexual que afirma estar sendo vítima de gaslighting
(manipulação psicológica) pelo sublocador do imóvel onde reside; Apuração de caso de homofobia
envolvendo um casal de namoradas em ônibus circular em Campo Grande/MS.”

Em 2022, foram realizadas: “Providências a serem tomadas pelo NUDEDH referente ao atendimento
à SUBLGBT/MS no Dia Nacional da Visibilidade Trans (dia 28 de janeiro de 2022); Solicitação de
alteração de nome social e gênero realizada no atendimento ocorrido no dia 28 de janeiro de
2022 na Subsecretaria LGBT na cidade de Campo Grande/MS; Denúncia de transfobia conta a
Sra. V, registrada civilmente como J.G.M, interna da Penitenciária Estadual de Dourados – MS;
Denúncia de ameaças de morte por agentes e presos da Gameleira II, contra mulheres transgênero

84
custodiadas naquela unidade penal, em especial a Sra. Malu Diniz; Acompanhamento do caso de
transfobia e descaso contra a mulher trans, noticiado pelo site Campo Grande News; Participação do
Coordenador do NUDEDH no Programa Cidadania LGBT, realizado pela Subsecretaria de Estado
de Políticas Públicas LGBT+ e a Assembleia Legislativa; Solicitação de informações pertinentes ao
procedimento de retificação de registro civil da pessoa civilmente registrada como E. F. C realizada
pelo NUPIIR; Levantamento de informações sobre quais estabelecimentos penais de Mato Grosso
do Sul possuem alas ou celas específicas para custodiados(as) LGBTQIA+; Solicitação de alteração
no Regimento Interno Básico das Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul

Inauguração do Centro Estadual de Cidadania LGBT+ - CECLGBT+; Acompanhamento de


gratuidade de retificação do registro de pessoas transgênero; Denúncia de LGBTfobia - agente
da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande - Visita UAIFA I; Solicitação de alteração de
nome social e gênero realizada no atendimento ocorrido em evento realizado na Praça Ari Coelho;
Acompanhamento da composição e o funcionamento da Comissão Especial Processante LGBT+
(CEPLGBT+); Acompanhamento da Comissão Estadual de Enfrentamento à Violência contra a
população LGBT+ - CEVLGBT+;

Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul - CELGBT/MS.”

Contagem de ANO Rótulos de Coluna


Total
Rótulos de Linha 2019 Geral
Coletivo 4 12 6 10 32
Individual 5 6 33 44
Total Geral 4 17 12 43 76
Fonte: DPE/MS

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul – FUNTRAB

Com a missão de combater o desemprego e promover a proteção social do trabalhador com base
nas políticas nacionais e estaduais de inclusão social, com ênfase nos vetores da intersetorialidade,
responsabilidade social corporativa, cidadania e economia solidária, de modo a contribuir para
o desenvolvimento sustentável sul-mato-grossense e para o estabelecimento de uma sociedade
mais igualitária, ao oficiada, a Coordenação de Estudos e Pesquisas da FUNTRAB/MS, mesmo
no empenho em integrar as ações na área do trabalho, mais especificamente na formulação e
execução das Políticas Públicas de amparo aos quesitos elencados acima, expressou que “vem
estruturando a Política Pública de Emprego, Trabalho e Renda de forma coerente, no sentido que
sejam alcançadas maior eficiência, eficácia e efetividade social nas ações desenvolvidas nessa
área em nosso Estado”.

Foram oficialmente solicitados a quantidade de pessoas LGBT+ atendidas, intercorrências


associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual, ações desenvolvidas por esse

85
órgão destinadas à essa população, dentre outras ações como a oferta de apoio associado à
empregabilidade e empreendedorismo.

O referido órgão descreveu que, “buscando colaborar com o subsidio das decisões para ações
governamentais, através da elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados
ao mercado de trabalho”, o mesmo utiliza-se em suas análises o BGIMO (Base de Gestão da
Intermediação de Mão de Obra), um sistema gerencial do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
que fornece informações essenciais para acompanhamento da ação da Intermediação de Mão de
Obra.

Apesar do BGIMO auxiliar o MTE e as Entidades Conveniadas nas tomadas de decisões, objetivando
o aumento da eficácia e a efetividade na execução da ação, além de fornecer informações para a
avaliação e acompanhamento de ações estratégicas, em resposta, a FUNTRAB esclareceu que
“não conseguiu identificar formas de atender a demanda solicitada”, pois ao examinar os dados
contidos no referido sistema, observou que o mesmo não contempla informações referentes ao
público LGBT+.

Ao serem questionados sobre a plataforma MS Contrata +, que funciona no sistema de plataforma


online https://mscontratamais.ms.gov.br/ proporcionada pelo Governo do Estado de Mato Grosso
do Sul, juntamente à FUNTRAB, como uma iniciativa para fomento à empregabilidade, encurtando
as distâncias entre empregadores e trabalhadores sul-mato-grossenses, o mesmo órgão oficiado
relatou que esta plataforma realiza o cadastro do público que procura pela oportunidade de emprego,
onde consegue disponibilizar sua experiência profissional, para que empregadores tenham acesso
à esses e faça o contato direto com o responsável. Pelo fato de obterem somente o acesso aos
dados preenchidos pelo público diretamente na plataforma online, o mesmo órgão retornou com os
seguintes dados descritos em gráficos e tabelas (anexo), conforme abaixo.

Em 2021, segundo o retorno do referido órgão, foram cadastradas, de acordo com o sexo de
autodenominação perante preenchimento na plataforma online MS Contrata +:

Categoria Quantidade
Feminino 35716
Masculino 28546
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)

86
Em 2022, segundo o retorno do referido órgão, foram cadastradas, de acordo com o sexo de
autodenominação perante preenchimento na plataforma online MS Contrata +:

Categoria Quantidade
Feminino 23932
Masculino 20621
Desconhecido 3
Homem Transexual 18
Mulher Transgênero 19
Mulher Transexual 19
Outros 27
Homem Transgênero 37
Não respondido 48

Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)

Mesmo não fornecendo dados salientes, a FUNTRAB relatou que irá provocar os responsáveis
pela manutenção do BGIMO para que ocorra essa alteração e que de alguma forma esse público
seja contemplado nos dados do sistema.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Secretaria de Estado de Educação – SED

A Secretaria de Estado de Educação, com a visão em ser referência em educação pela qualidade
dos serviços prestados, por meio de ações inovadoras, na valorização, do respeito aos servidores

87
e do cumprimento dos preceitos legais e da ética, busca garantir a qualidade do ensino e da
aprendizagem nas escolas da Rede Estadual de Ensino, fortalecendo-as e respeitando a diversidade
do cidadão sul-mato-grossense.

A unânime busca permanente desses valores facilitou o diálogo perante a solicitação na colaboração
para obtenção de dados referentes ao público LGBT+ do MS. Diante as considerações descritas
pela mesma, a Coordenadoria de Políticas Específicas para a Educação - SED/MS expôs:
“Considerando o estabelecido na legislação brasileira, principalmente ao que se refere à garantia
de direito à educação especificados na Constituição Federal, artigos 227 e 208, na LDB/1996,
artigo 4º e artigos 10 e 11, no ECA/1990, artigos 3º, 4º, 54 e 56, e no Plano Nacional de Educa-
ção (PNE) - Lei 13.005/2014”; Considerando que a Deliberação nº 10.814/2016, do Conselho
Estadual de Educação (CEE/MS), reafirma as normas para a educação básica e a articulação
dos componentes curriculares e áreas de conhecimento das etapas de ensino, com destaque aos
temas abrangentes e contemporâneos, com ênfase à saúde, sexualidade e gênero, vida família
e social (art. 15, § 2º); Considerando que a Resolução CNE/CP nº 2, de 22/12/2017, ao instituir
a obrigatoriedade de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às etapas e
modalidades de ensino da educação básica, dá indício (art. 22) da “elaboração de normas es-
pecíficas sobre [...] orientação sexual e identidade de gênero”, ao longo da trajetória escolar dos
estudantes do país; Considerando que a Resolução/SED nº 3.443, de 17 de abril de 2018, trata
do uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e tran-
sexuais nos documentos escolares, cujo teor “veda o uso de expressões pejorativas e discrimi-
natórias para se referir a pessoas travestis e transexuais”, sendo que, para a inclusão do nome
social, é necessário a solicitação do estudante ou do responsável, conforme previsto no art. 3º:
Art. 3º O estudante travesti ou transexual deve manifestar, por
escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
matrícula ou no decorrer do ano letivo.
§1º o No caso de estudante menor de dezoito anos de idade, a
inclusão do nome social deverá ser manifestada, por escrito, pelos
pais ou responsáveis.
§2º o Quando do uso da prerrogativa prevista neste artigo, o
estudante não precisa comprovar a anotação do nome social. ”

Quando indagados sobre um melhor relato quantitativo perante o que tange o Art. 3º “O estudante
travesti ou transexual deve manifestar, por escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato
da matrícula ou no decorrer do ano letivo”, ou seja, a quantidade de estudantes que manifestaram-
se descrevendo o seu Nome social, o referido órgão retornou com o dado de que “até o dia 31 de
dezembro de 2022, constam registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162
(cento e sessenta e dois) estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.

Considerando também intercorrências associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual ou


outra situação que dialoga com o contexto escolar, a SED/MS salientou que considera a utilização
do banheiro escolar, outra questão que perpassa a garantia de direitos de pessoas transexuais, a
qual tem por base, no âmbito legal a Resolução nº 12, de 16 de janeiro de 2015, da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, especificamente o artigo 6º, que assim descreve:
“Deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais
espaços segregados por gênero, quando houver, de acordo com a
identidade de gênero de cada sujeito”

As temáticas de gênero e sexualidade, entre outros temas da contemporaneidade, se relacionam


intrinsecamente à dignidade humana, à equidade educacional e ao respeito à igualdade de direitos
88
manifestos na legislação, sendo que estas abordagens devem ser vivas e presentes no cotidiano
e contexto escolar, para serem traduzidas nas práticas cotidianas, ressaltando-se na dinamicidade
da instituição escolar.

Para tanto, o referido órgão relatou que “contempladas no planejamento pedagógico e previstas no
Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar, na perspectiva de garantia de direitos
de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na Rede Estadual de Ensino (REE/MS).
Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria conduzem e direcionam a gestão
escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no atendimento às necessidades e
especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar, diante da realidade de cada escola
e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e o desenvolvimento de uma proposta
pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua diversidade”.

Assim, conforme relatado, “as orientações direcionadas pela SED/MS em demanda às escolas
estaduais do MS devem garantir a utilização do banheiro escolar pelas pessoas conforme sua
identidade de gênero, ou seja, meninas e mulheres transexuais devem utilizar o banheiro feminino
e meninos e homens transexuais devem utilizar o banheiro masculino. Quanto às pessoas Queer
e intersexuais, essa construção deverá ser realizada em conjunto com o estudante. Em ambos os
casos, o acolhimento é premissa fundamental na concepção de escola democrática e protetora de
direitos”.

Através do questionamento sobre as ações desenvolvidas pela SED/MS para essa população
LGBT+, dentre estas atividades formativas e/ou informativas para professores e/ou alunos, o mesmo
órgão nos forneceu na devolutiva a descrição sobre como conduz a demais: “Em atendimento à
meta 7, Qualidade na Educação, estratégia 7.33 do Plano Estadual de Educação (PEE/MS), a
Secretaria de Estado de Educação (SED/MS) realizou parceria com o Ministério Público Estadual
(MPE), por intermédio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, e, também, realizou
formação continuada para os profissionais da Educação, com carga horária 40 horas, em Direitos
Humanos e Políticas Públicas - Sexualidade e População LGBT, no 2º semestre de 2021, com
previsão para nova turma no 1º semestre de 2023. No ano de 2022, foi realizado o “Seminário
Gênero e Diversidade na Escola” em parceria com as Subsecretaria de Políticas Públicas para a
População LGBT+”.

Diante esta devolutiva, a SED/MS afirma o compromisso com o ordenamento educacional vigente,
com a finalidade de assegurar e garantir a efetivação dos direitos, com vistas à aprendizagem e ao
desenvolvimento científico, cultural e humano das crianças e adolescentes presentes à REE/MS.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – SEDHAST

Com a missão de desenvolver ações voltadas para as políticas públicas de assistência social, defesa
do consumidor, de trabalho, de cidadania, buscando exercer seu papel de forma articulada com as

89
demais políticas públicas, no âmbito Federal, Estadual e Municipal e Sociedade Civil, para então
realizar uma gestão descentralizada, visando assegurar os direitos sociais do indivíduo e da família
vulnerabilizada, criando condições para promover a sua integração, autonomia, e participação ativa
na sociedade, a SEDHAST possui como meta consolidar ações por meio de benefícios, serviços,
programas e projetos, que promovam o desenvolvimento social, a geração de emprego e renda, o
combate à fome e à violação dos direitos humanos.

Ao nos envolver com as informações elencadas acima, solicitamos oficialmente a colaboração


para a obtenção de dados referentes à essa população atendida através de setores vinculados a
esse órgão, tais como a quantidade de pessoas LGBT+ atendidas, intercorrências associadas às
questões de gênero e/ou orientação sexual, ações desenvolvidas assim como a oferta de apoio
psicossocial e atividades formativas e/ou informativas para essa população, mas não obtivemos
retorno desse referido órgão.

Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP

“A violência, sob diversas formas, tem sido uma constante na formação, na existência e nas
relações de todas as sociedades. No entanto, a compreensão a respeito da determinação social,
política e econômica das diversas manifestações do fenômeno e o avanço na definição dos direitos
humanos, ao tempo em que identifica como violência as situações cotidianas, têm feito com que,
cada vez mais, ela seja desnaturalizada. A compreensão da violência implica abordá-la e vê-la,
também, como um problema prioritário de saúde... Daí a necessidade de se dispor de informação
mais sistemática, trabalhada, oportuna e acessível sobre a ocorrência de manifestações da
violência, sua magnitude, a distribuição na população e no espaço da cidade, o perfil das vítimas
e dos agressores, as circunstâncias envolvidas etc.”. (Trecho extraído do resumo da experiência “Observatório da
Violência: Articulação Intersetorial de Registros dos Serviços de Atenção a Pessoas Vítimas de Acidentes e Violências na Bahia”)

Considerando as competências por meio das unidades administrativas e também da administração


do Sistema Penitenciário, pertencentes à estrutura da SEJUSP, esse órgão tem incumbência
na promoção das medidas necessárias à preservação da ordem e da segurança pública, e a
incolumidade da pessoas e do patrimônio, por meio de suas unidades e órgãos subordinados, que,
aliado à conduta de reeducação do internos privados de liberdade e a promoção da sua capacitação
profissional, agregando no desenvolvimento de ações de assistência social, trabalhando também
na implementação de direitos humanos. Seguindo essas informações, solicitamos oficialmente a
colaboração para a obtenção de dados referentes a população LGBT+ atendida por meio de suas
unidades e órgãos subordinados, tais como: a quantidade de pessoas atendidas; intercorrências
associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual; medidas promovidas necessárias à
preservação da ordem e da segurança pública, e à defesa dos direitos humanos, abrangendo tanto
as unidades penais, quanto os distritos policiais; além de ações desenvolvidas, como atividades
formativas e/ou informativas aos profissionais deste tocante.

O referido órgão, através da Coordenadoria de Fiscalização e Controle/SEJUSP, retornou com


dados colhidos de seu próprio sistema de informação, o SIGO (Sistema Integrado de Gestão
90
Operacional), com ocorrências de Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo nº 7.716/1989,
Art. 20), Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) e Lesão
Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ (Art. 128 do Código Penal Brasileiro).

Discriminação por LGBTfobia em MS


Ano
Total Geral
2019 2020 2021 2022
3 10 8 9 30
Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Injúria qualificada por Discriminação em MS


Agosto à Dezembro/2022
Quantidade
Tipo de injúria
LGBTfobia 25

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Vitimas LGBTQIA+ de Lesão Corporal Dolosa em MS


Ano
Total Geral
2019 2020 2021 2022
27 20 19 28 94

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Diante todo o processo de desenvolvimento desse estudo, o órgão em questão se fez colaborativo
e sempre presente em atos que reafirme a cooperação no que vincula a pauta LGBT+, e o que for
mediante a sua alçada.

91
NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Secretaria de Estado de Saúde – SES

Embasando – se em um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), o da Equidade,


que tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça, e assim, busca reconhecer as
diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas, considerando que
o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender a diversidade, solicitamos
oficialmente à Secretaria de Estado de Saúde, órgão que compete nosso Estado, por meio da
Gerência de Equidade em Saúde e Ações Estratégicas, a colaboração dos setores vinculados
a esse órgão para a obtenção de dados sobre o público LGBT+; tais solicitações referem-se a
quantidade de pessoas LGBT+ atendidas, intercorrências associadas às questões de gênero e/ou
orientação sexual, ações desenvolvidas para essa população, dentre outras ações como a oferta
de apoio psicossocial e atividades formativas e/ou informativas tanto para os profissionais da saúde
quanto aos usuários.

Perante o retorno, a Coordenadoria de Ações em Saúde da SES esclarece que “as execuções
das ações de saúde são de competência das Secretarias Municipais de Saúde, cabendo a elas o
planejamento operacional e execução das políticas de saúde existentes, com ênfase nas ações
de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde de sua população”; salientando, a
Gerência de Equidade em Saúde e Ações Estratégicas retornou, relatando sua autonomia em
garantir ações de promoção à saúde, por meio do fortalecimento e integração da Atenção Primária
e da Vigilância em Saúde, objetivando ampliar o acesso e qualidade da Atenção Primária à Saúde,
tendo como meta a implementação das Políticas de Promoção da Equidade no cuidado à saúde
nas populações vulneráveis.

Para que tais aconteçam, a mesma relata que “vem reorganizando as ações de saúde na perspectiva
de reduzir as desigualdades sociais garantindo acesso da população a serviços de qualidade, com
equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde”.

“A política de promoção da equidade tem como objetivo diminuir as vulnerabilidades a que certos
grupos populacionais estão mais expostos, minimizando o preconceito à comunidade LGBT+,
população negra, migrante e discriminação social, como o racismo, a misoginia, e a exclusão social
de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as
do campo, da floresta, das águas, dos quilombos, indígenas e em nomadismo, como no caso dos
ciganos” adiciona.

Fica imprescindível e importante considerar as ações de promoção a equidade em saúde como uma
política social, assumindo a saúde como um dos direitos inerentes à condição de cidadania, com
a plena participação dos indivíduos na sociedade política a partir de sua inserção como cidadãos.

A mesma Secretaria tem como propósito “intensificar as ações voltadas a diminuir as desigualdades,
92
combater o racismo, homofobia, xenofobia, fortalecer e instituir mecanismos legislativos que
amparem a construção de propostas de melhorias da saúde das populações Negra, LGBT+, de
Rua, Ribeirinha, Migrantes, Indígenas, Albina, Privados de liberdade, do Campo, Águas e Florestas,
Quilombos, Ciganos”.

Conforme devolutiva, “no ano de 2021, mesmo com a situação da pandemia, que prejudicou
imensamente as ações anteriormente planejadas, obtiveram avanço na elaboração da Política
Estadual de Promoção a Equidade em Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul, onde foi realizada
diversas reuniões com as áreas técnicas da Secretaria de Estado de Saúde, para que cada área
fosse devidamente contemplada nesta Política, a qual só foi instituída de fato em 22 de março de
2022 por meio da Resolução N. 23/SES/MS (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.798, de 06
de março de 2022). Com a finalidade nas discussões quanto aos direitos, deveres e necessidades da
população LGBT+ e possibilidade de articulação de diversas instituições na busca do atendimento
às necessidades iminentes desta população, foi colocada em pauta e aprovada a Resolução n. 97/
SES/MS, de 22 de novembro de 2021 (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.692 de 30 de
novembro de 2021), a qual descreve o Regimento Interno do Comitê Técnico de Saúde Integral
da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (Comitê Técnico LGBT), no Estado
de Mato Grosso do Sul, e sucessivamente a Resolução “P” SES N. 664/SES, de 01 dezembro de
2021 (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.700, de 8 de dezembro de 2021) que efetuou a
designação dos membros indicados para compor o referido Comitê”.

Seguindo-se os avanços alcançados, ao saber-se que a Gerência de Equidade em Saúde e Ações


Estratégicas – SES/MS participa do Grupo Condutor Estadual de Saúde do Sistema Prisional, a
mesma relatou que tiveram a oportunidade de lançar a pauta na “16ª reunião População LGBT+
Situação atual no atendimento a esta população nos estabelecimentos penais do Estado de MS”;
para o relato das dificuldades que a população LGBT+ privadas de liberdade relataram na vivência
nos presídios de nosso estado, foram convidados representantes do Comitê Técnico de Saúde
Integral LGBT+, obtendo sucesso com as informações compartilhadas por estes.

Foi realizada também, uma reunião com a AGEPEN/MS (Agência Estado de Administração do
Sistema Penitenciário do MS), no 2º quadrimestre de 2021, onde foi construída parceria para
atenção à população LGBT+ nas Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul, principalmente no
que se refere a assistência prestada a pessoas trans privadas de liberdade a serem chamadas
pelo nome social, direito a vestimentas, liberação do apoio das ONGs na entrega de materiais de
higiene pessoal e outros pontos relevantes, uma vez que conforme relatado por tal Gerência, essa
população LGBT+ totaliza 455 (quatrocentas e cinquenta e cinco) pessoas nas unidades penais.

Seguindo, a mesma relata que foram iniciadas tratativas com a equipe do Ambulatório
Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de saúde do sistema
prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão privadas de liberdade,
principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia, a qual se deu como
efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a Gerência de Saúde do
Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário/
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto, nomeado como “Manejo
clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais, privados de liberdade do

93
Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP), Naviraí (01 e APP), Nova
Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30 (trinta) profissionais,
fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos internos trans.

Como um dos objetivos desta Gerência é o de minimizar a discriminação, sendo esse também
para este público privado de liberdade, foi relatada a realização de uma visita in loco, com o intuito
de identificar a situação vivenciada pela população LGBT+, principalmente a pessoas trans, no
sistema prisional do Estado; iniciando com os presídios femininos e masculinos de Amambai/MS
e Ponta Porã/MS, onde foi notado que além do sucesso com o respeito perante a identificação
pessoal e utilização do Nome Social, a direção direciona apesar de toda dificuldade inerente a
situação, separa as celas da melhor maneira prevista, ficando a critério do indivíduo a escolha.

Quando se refere a realidade do Ambulatório Transexualizador do HU/EBSERH, seguindo o


relatório encaminhado, informou-se que apesar de todos os esforços, com reuniões realizadas
entre a equipe de Equidade em saúde e outros profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de
Campo Grande/MS, ainda não obteve-se avanço em relação ao credenciamento e habilitação do
mesmo, pois não possuem uma equipe completa necessária para habilitação do mesmo junto ao
Ministério da Saúde, no entanto, os atendimento estão sendo realizados mas não integralmente,
devido à falta de alguns medicamentos e negativa diante às cirurgias.

Nas Unidades de Saúde, com a finalidade de minimizar o preconceito e discriminação social no


atendimento à comunidade LGBT+ nesses locais, discutir estratégias referentes à prevenção,
promoção e a assistência à saúde dessa população, melhorando assim a qualidade no atendimento,
favorecendo um ambiente acolhedor e com o devido respeito à diversidade sexual, a SES/MS
relatou a realização de 02 (dois) webinários sobre “Acolhimento do Público LGBT+ nas Unidades
de Saúde em Mato Grosso do Sul, tendo como público alvo os Agentes Comunitários de Saúde e
Recepcionistas das Unidades de Saúde.

Fonte: SES/MS

Com o propósito de avançar no desenvolvimento dos trabalhos e ações voltadas a população


vulnerável, a SES/MS, com o foco na divulgação do conceito de equidade em saúde, na definição
correta e forma de identificação dessa população, além da importância no reconhecimento de
tais, uma vez que esse princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde (SUS) não está sendo
desenvolvido adequadamente pelos profissionais de nossos municípios. Para capacitar esses
profissionais, apresentando as diversas políticas que contemplam a população em situação de
vulnerabilidade e almejar o aumento do cadastro no e-SUS AB (e-SUS Atenção Básica), a fim
94
de possibilitar a identificação da população albina, quilombola, população rural, e também a
identificação de raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, indígenas (aldeados e não
aldeados), migrantes, e pessoas em situação de rua. Esse processo iniciou-se na microrregião de
Ponta Porã/MS, e contemplou os municípios de Amambai/MS, Antônio João/MS, Aral Moreira/MS,
Coronel Sapucaia/MS, Paranhos/MS, Ponta Porã/MS, Sete Quedas/MS e Tacuru/MS.

NOTA: O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica
(DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do
Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para
ampliar a qualidade no atendimento à população; sua estratégia geral faz referência ao processo
de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico.

Seguindo o objetivo na melhoria da qualidade do atendimento à população LGBT+ nas Unidades


de Saúde do estado, perfazendo um total de 136 (centro e trinta e seis) profissionais alcançados, e
contando com profissionais multiplicadores convidados (médicos, enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos e o Coordenador de Equidade em saúde de cada município), foi relatado e realizado pela
SES/MS o “Seminário de Saúde Integral da População LGBT+” (em conjunto com a Subsecretaria
de Políticas Públicas LGBT+ do MS), contemplando os seguintes assuntos: Histórico da Construção
da Política de Saúde Integral da População LGBT+, Atendimento no Ambulatório Transexualizador
no Aspecto Psicossocial, Atendimento e Acompanhamento Hormonal de Pessoas Trans, Manejo
Clínico quanto a Utilização de Hormonioterapia aos Pacientes Transexuais Atendidos na Atenção
Primária à Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul. Participaram deste Seminário os seguintes
municípios: Angélica/MS, Antônio João/MS, Aquidauana/MS, Bandeirantes/MS, Bataguassu/
MS, Bela Vista/MS, Bodoquena/MS, Bonito/MS, Brasilândia/MS, Camapuã/MS, Campo Grande/
MS, Cassilândia/MS, Corumbá/MS, Coxim/MS, Dois Irmãos do Buriti/MS, Dourados/MS, Glória
de Dourados/MS, Iguatemi/MS, Inocência/MS, Itaquiraí/MS, Jardim/MS, Jateí/MS, Maracajú/MS,
Naviraí/MS, Nova Andradina/MS, Paraíso das Águas/MS, Pedro Gomes/MS, Ponta Porã/MS,
Rio Brilhante/MS, Ribas do Rio Pardo/MS, Santa Rita do Pardo/MS, São Gabriel do Oeste/MS,
Sidrolândia/MS, Taquarussu/MS, Três Lagoas/MS, Terenos/MS.

Conforme solicitado oficialmente, em referência às informações sobre quantidade de pessoas


atendidas, intercorrências associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual foram
esclarecidos que “muito embora estamos realizando levantamento dos questionamentos referidos
acima, ainda esbarramos em muitas dificuldades. No sistema TabNet DATASUS não há cadastrado
procedimentos de pacientes com código 0303030089 – tratamento hormonal preparatório para
cirurgia de redesignação sexual no processo transexualizador, e 0303030097 – Terapia hormonal no
processo transexualizador, acreditamos que seja pelo fato do HUMAP não possuir credenciamento
e habilitação. Neste tocante, solicitamos então este levantamento ao hospital, via ofício, porém não
recebemos resposta”.

Segundo relato da SES/MS, levando em consideração ao cadastramento pelos municípios através


do e-SUS AB - Centralizador Estadual, foram repassados:

95
Pessoas do sexo feminino que responderam o campo identidade de gênero e orientação
sexual na ficha e-SUS ab

Identidade de Gênero Orientação sexual


Sexo Feminino
Homem Trans Mulher Trans Não Informado Outro Travesti Lésbica/Gay Bissexual
1638 41 70 1477 67 9 1597 41
% 2,5% 4,3% 90,2% 4,1% 0,5% 97,5% 2,5%

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Pessoas do sexo masculino que responderam o campo identidade de gênero e orientação


sexual na ficha e-SUS ab

Identidade de Gênero Orientação sexual


Sexo Masculino
Homem Trans Mulher Trans Não Informado Outro Travesti Lésbica/Gay Bissexual
1209 54 17 1056 41 36 1209 0
% 4,5% 1,4% 87,3% 3,4% 3,0% 100,0% 0,0%

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Sabe-se, e relata-se pela própria SES/MS, que esses quadros “ainda está em fase de ajustas,
porém, os municípios com maior população fizeram a migração das informações para este
centralizador. Este levantamento leva em conta as pessoas que foram cadastradas no e-SUS ab e
que responderam os campos identidade de gênero e orientação sexual. Mesmo assim, temos que

96
ter em mente que nem todos os municípios possuem cobertura de Agente Comunitário de Saúde
- ACS em sua amplitude, pois este profissional é o responsável para realizar o cadastro completo
no e-SUS ab.”.

Como dado facilitatório, e na finalidade de manutenção do trabalho desse órgão “de forma
ordenada e identificar as maiores necessidades de saúde para esta população”, foi realizado um
levantamento do número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais do estado no ano de 2022
(informe datado de Abril/2021) e descrito com as informações conforme tabela abaixo; mas como
atualização, nos foi repassada esta sobre o número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais
do Estado, a quantidade de 455 (quatrocentos e cinquenta e cinco) pessoas, conforme fonte do
Sistema Integrado de Administração Penitenciária (SIAPEN / AGEPEN/MS – 03/02/2023).
IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR

37 5 37 2 83 86 89 77 77 256 73 258 110 38 170 4 9 179 122 29 0 0


Total: 416

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Ministério Público da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – MMFDH

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), é responsável pela articulação
interministerial e intersetorial das políticas de promoção e proteção dos Direitos Humanos no
Brasil. Possui em sua estruturação, oito unidades finalísticas: Secretaria Nacional de Proteção
Global (SNPG), Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), Secretaria
Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), Secretaria Nacional de Promoção
e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente (SNDCA), Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), Secretaria
Nacional da Juventude (SNJ) e Secretaria Nacional da Família (SNF).

Analisando a sua atuação na promoção dos direitos humanos, considerando as diversidades que
compõem individualmente cada sujeito de direito e cada coletivo no qual se inserem esses sujeitos
na sociedade, e as particularidades dos indivíduos e grupos sociais moldados por um percurso
peculiar conforme seus contextos sociais, políticos, econômicos e culturais, solicitamos à esse
Ministério o repasse de dados referentes à essa população atendida através de setores vinculados
a esse órgão. Dentre o questionamento solicitado, estão: a quantidade de pessoas atendidas,
especialmente através dos serviços Disque 100 e Disque 180; intercorrências associadas às
questões de gênero e/ou orientação sexual; medidas promovidas, necessárias à promoção dos
97
Direitos Humanos, além de ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos
profissionais deste tocante, assim como aos usuários.

O mesmo, através da Coordenação de Combate à Discriminação, enfocou a sua resposta nas


principais linhas de ação das políticas públicas adotadas na gestão dos anos de 2019 a 2022,
relatando que de acordo com a Portaria Nº 89, de 10 de janeiro de 2022, o MMFDH é um órgão da
administração pública federal direta e tem como áreas de competência a elaboração de políticas
e diretrizes voltadas à promoção dos direitos humanos das minorias étnicas e sociais e o combate
a todas as formas de violência, preconceito, discriminação e intolerância, dentre outros assuntos/
temas, e para tanto, esse Ministério conta, em sua estrutura organizacional, com órgãos específicos
singulares, como é o caso da Secretaria Nacional de Proteção Global – SNPG.

Nos foi repassado que no âmbito da SNPG, destaca-se a competência deste Departamento para
coordenar e manifestar-se com relação às ações governamentais e às medidas referentes à
promoção dos direitos LGBT´s, conforme art. 205 da Portaria 86, de 10 de janeiro de 2022, bem
como do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, nos termos do Decreto nº 9.833/2019,
como um órgão colegiado de consulta, assessoramento, estudo, articulação e colaboração do
MMFDH nas questões relativas à proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais afetados por
discriminação e intolerância.

Cabe ressaltar que por intermédio do MMFDH (representado pela SNPG), a UNIÃO, ao publicar
o Edital nº 2 de 2020 (destinado a apoiar projetos governamentais de empregabilidade LGBT,
geridos por estados e municípios), e o Edital nº 02 de 2021 (destinado ao apoio de organizações
da sociedade civil), objetivou a constituição da concessão de apoio financeiro para a execução de
projetos que promovam ações de inclusão do público LGBT+, em conformidade com as diretrizes
contidas no Plano Nacional de Empregabilidade LGBT, no qual entre elas se destacam: desenvolver
ações de formação e qualificação profissional da população LGBT, com enfoque prioritário na
população de travestis e transexuais; desenvolver ações de valorização, inclusão e respeito às
diversas identidades e orientação sexual nos ambientes de trabalho de instituições públicas e
privadas; produzir estudos e diagnósticos sobre a empregabilidade LGBT, no nível local; realizar
parcerias com instituições e organizações para a criação e manutenção de uma rede sustentável
de empregabilidade da população LGBT; promover a qualificação profissional da população LGBT
por meio de ações em projetos e programas de estágios remunerados/trainees nas empresas e
instituições parceiras.

“Considerando que a população LGBT requer atenção quanto à prevenção de todos os tipos de
violência, o Governo Federal vem atualizando o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência
LGBTfóbica, por meio deste Departamento, visando sua maior abrangência e maior efetividade
no combate à violência LGBTfóbica, conjugando, dessa forma, esforços mais contundentes,
mediante atuação coordenada e integrada entre os pactuantes e aderentes, para realização,
compartilhamento e sincronização de ações voltadas à prevenção e ao combate à violência dirigida
à população LGBT.”, cita o referido órgão, sendo declarado também que este Pacto, foi instituído
por intermédio da Portaria nº 202, de 10 de maio de 2018, com vigência de 2 (dois) anos, e recebeu,
à época, a adesão de 18 (dezoito) estados, dentre eles, o Mato Grosso do Sul.

Para tanto, no campo do enfrentamento a violações de direitos da população LGBT, a Secretaria


98
Nacional de Proteção Global, por meio do MMFDH, estabeleceu diálogos multilaterais com o
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, bem como
com gestores e gestoras de políticas públicas de outros órgãos e esferas de governo, no sentido
de preparar a coleta de informações para construção de um relatório situacional da população
LGBT carcerária com vistas a prevenir e combater a tortura e outras violações de Direitos Humanos
no ambiente prisional. Esse Relatório final foi publicado no ano de 2020, sob o título “LGBT nas
prisões do Brasil: diagnóstico dos procedimentos institucionais e experiências de encarceramento”,
sendo elaborado através de questionamentos respondidos por 508 (quinhentas e oito) unidades
prisionais, gerando assim recomendações de grande relevância.

Informado pelo referido órgão, através da Coordenação Geral de Gestão do Disque Direitos Humanos,
ainda no que diz respeito às violações de direitos de LGBT, discorre-se sobre o DISQUE 100
pois, “além de ampliar os canais de denúncia (Whatsapp, videochamadas, Telegram, App Direitos
Humanos Brasil, chats), passou, a partir dezembro de 2020, a disponibilizar o Painel Interativo de
Direitos Humanos, que pode ser acessado diretamente pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos
Humanos (ONDH) por cidadãos, cidadãs e gestores estaduais e municipais que atuam no tema” (
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/paineldedadosdaondh )

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/paineldedadosdaondh

Considerando o papel da ONDH em assegurar o funcionamento permanente de canais de


comunicação com a sociedade, mantendo-os acessíveis ao acolhimento de denúncias acerca
de violações de direitos humanos, contribuindo para o desiderato estatal de preservar garantias
individuais, direitos humanos e a concretização de direitos fundamentais, onde, para consecução
desse objetivo, este setor opera sob “dois serviços fundamentais: o Disque Direitos Humanos -
Disque 100 e a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, e, para além destes, possui outros
canais para o recebimento de denúncias de violações de direitos humanos: o site ouvidoria.mdh.
gov.br; os aplicativos “Direitos Humanos Brasil” (DH Brasil) e “Sabe – Conhecer, Aprender e
Proteger”, com chat e sistema de videochamadas em Libras; além de atendimento via Telegram
(Direitoshumanosbrasil) e WhatsApp (61 99656-5008)”.

Quanto ao campo da saúde, referiu-se à “elaboração do Acordo de Cooperação Técnica entre


99
o MMFDH e o Ministério da Saúde para a elaboração de estratégias e ações interministeriais e
intersetoriais para o enfrentamento ao estigma, à discriminação e à violação de Direitos Humanos
relacionados às populações em situação de maior vulnerabilidade social, assegurando a elas o
exercício do direito fundamental à saúde, de forma universal e equânime”. Também nesse intuito
destacou-se, ainda, a produção de Cartilha com informações gerais sobre a prevenção ao Covid-19
para a população LGBT+ e a realização da 1º Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Combate
à Discriminação, realizada em 20 de agosto de 2021.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Ministério Público – Mato Grosso do Sul – MPMS

O Ministério Público, uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,


incumbido da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis, além de zelar pelo efetivo respeito aos direitos assegurados aos cidadãos promovendo
as medidas necessárias à garantia dos direitos sociais e constitucionais, bem como a segurança, a
liberdade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade social e a justiça.

Solicitamos ao referido órgão, a quantidade de pessoas atendidas; intercorrências associadas às


questões de gênero e/ou orientação sexual; medidas promovidas, necessárias à promoção da
justiça social, além de ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos
profissionais deste, assim como aos usuários.

Em um primeiro momento, o mesmo relatou que estaria mobilizando os órgãos de execução do


Ministério Público Estadual no interior do Estado. Após um período temporal, oficialmente, o Núcleo
da Cidadania - MPMS, nos relatou a impossibilidade no atendimento dessa solicitação, mediante a
não disposição dos dados relacionados.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

Ministério Público do Trabalho em MS

Por ser o encarregado, no âmbito das relações de trabalho, da defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, o Ministério Público do Trabalho,
ao organizar-se como um dos ramos do Ministério Público da União, sob o perene juramento de
cumprir fielmente a Constituição e as demais leis da República, para a construção de uma sociedade
livre, justa, solidária e sem preconceito, esse órgão colaborou para a obtenção de dados referentes

100
à essa população atendida através de setores vinculados, e assim, obtivemos os seguintes dados
abaixo elencados.

Quando relacionados à registro de atendimento de intercorrências relacionadas às questões de


gênero e/ou orientação sexual, o referido órgão se manifestou, sendo relatado pela Vice procuradora
chefe do MPT/MS, e encaminhado pela Divisão de Gestão de Pessoas, que houve a autuação de
16 (dezesseis) procedimentos de atuação finalística nos últimos 05 (cinco) anos.

“A respeito das ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos
profissionais deste tocante, em 2018 esta Procuradoria Regional implementou o Projeto Cozinha
e Voz, que resultou na formatura das 19 mulheres em situação de vulnerabilidade, incluídas
mulheres transsexuais, em curso de expressão e de auxiliar de cozinha. E, em 2022, realizou
o evento interinstitucional Diversidade & Trabalho, em parceria com a SubsLGBT+, que contou
com a participação da palestrante e drag queen Rita von Hunty, fomentando o debate aos temas
relacionados à população LGBTQIA+, resultando na aproximação das instituições participantes”.

Como ações desenvolvidas para essa população, dentre essas as necessárias à defesa dos
direitos e interesses decorrentes de relações de trabalho, aquelas atuantes na promoção da
defesa de interesses coletivos, ou quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente
garantidos aos trabalhadores, o mesmo órgão relatou que “em âmbito nacional, o Ministério Público
do Trabalho possui o projeto estratégico Empregabilidade LGBT+, em que são previstas diversas
iniciativas como a realização de pesquisas e criação de bancos de dados relacionadas à temática
LGBTQIA+, bem como a realização de audiências públicas, palestras e cursos profissionalizantes”.

NOTA: Todos os relatos citados estão anexados a esse documento na parte integrante denominada
“Anexo”, estando esses e demais à disposição na Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT/MS
(SubsLGBT/MS) e Centro Estadual de Cidadania LGBT+/MS (CECLGBT+/MS).

MAPEAMENTO SITUACIONAL DA POPULAÇÃO LGBT+ NO ESTADO DE MATO GROSSO DO


SUL

Partimos da premissa de que a “política pública é o resultado de atividades políticas e de gestão


pública na alocação de recursos e na provisão de bens e serviços públicos” (Franco, 2017), ou seja,
em termos técnicos, a política pública compreende um sistema de decisões públicas que objetiva
manter ou alterar o contexto da realidade em que são colocadas, através da destinação de recursos
e estratégias que visem atingir o objetivo proposto.

Seguindo e corroborando com Mello, Avelar e Maroja (2012), além de juntamente valer-se da
análise elaborada por Sampaio e Araújo Jr. (2006), destacamos que a política pública também se
caracteriza como um diálogo interativo entre o que é proposto pelos gestores e o que realmente
é efetivado materialmente, ocorrendo este entre as etapas de formulação e implementação da
política pública com outros atores sociais. Mello, Avelar e Maroja (2012) em seu estudo, ressaltam a
compreensão de Souza (2003) para reforçar que as políticas públicas são capazes de fornecer um
panorama do perfil dessa população, a partir de dados que, anteriormente, não existiam de forma

101
sistemática e com rigor metodológico.

À descrição anteriormente relatada, nosso objetivo primário foi o levantamento de dados situacionais
sobre a população LGBT+ juntamente com as políticas públicas LGBT+ ofertadas no Estado do Mato
Grosso do Sul, e assim ao coletar, sistematizar e analisar essas, seguimos o trajeto, levando em
consideração como as políticas públicas para a população LGBT+ são implementadas e vivenciadas
dentro do poder público estadual e de seus municípios, contando com o público alvo composto
pelos usuários/representantes LGBT+, para além dos que os assistem também, analisando como
estes observam, vivenciam e se afetam pela presença ou pela ausência de direitos, e de políticas
públicas nesse território.

Portanto, apesar da obtenção de uma pequena amostragem, para um melhor delineamento


tanto qualitativo quanto quantitativo, esses foram coletados pelas devolutivas dos instrumentos
de pesquisa disponibilizados e aplicados conforme descrito anteriormente, e sistematizados em
softwares estatísticos como o Microsoft Excel (anexo a esse documento), assim como os dados
obtidos através dos retornos dos órgãos estaduais competentes e demais referências bibliográficas
relacionadas, obtendo no contexto, uma extração da situação da população LGBT+ em MS.

Ao saber-se que a concretização da garantia de direitos é modulada por experiências desiguais em


relação aos “marcadores sociais da diferença” (Piscitelli, 2008) que constituem os sujeitos, deve-se
ter uma atenção mais abrangente para as populações específicas, as que vivenciam a realidade de
maneira mais ou menos precária, vulnerável e/ou abandonada institucionalmente, podendo essas
serem acolhidas em políticas públicas mais integrais e inclusivas.

Para melhor análise desse público, delimitamos esta pesquisa efetuando recortes, não só para
facilitar o levantamento, e o colecionamento dos dados, mas principalmente para o agrupamento
de informações, com a finalidade de na produção de indicadores socioeconômicos, além de
atentarmos para a maneira com que tem sido trabalhado a garantia de uma efetiva construção,
implementação e repasse de políticas públicas que integrem ou que sejam específicas para a
proteção da população LGBT+.

Portanto, para tal, decorreu-se no presente estudo sob os recortes denominados como “Perfil
sociodemográfico”, “Vulnerabilidade”, “Violência”, “Educação”, “Saúde”, “Acesso aos direitos”, e
“Atuação dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS”, os quais serão explanados
a seguir.

Perfil Sociodemográfico

Localizado no sul da Região Centro-Oeste, e limitando-se com 05 (cinco) estados brasileiros, Mato
Grosso (norte), Goiás e Minas Gerais (nordeste), São Paulo (leste) e Paraná (sudeste), e à 02 (dois)
países sul-americanos, Paraguai (sul e sudoeste) e Bolívia (oeste), Mato Grosso do Sul é uma das
27 (vinte e sete) unidades federativas do Brasil. É dividido em 79 municípios, ocupando atualmente
uma área de 357.147,995 km², com uma população estimada de cerca de 2.839.188, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) (2021), mas obtendo-se até a finalização deste,
após divulgação de uma prévia de dados até 25/12/2022, 2.833.742 habitantes, parte integrante da

102
população brasileira de 207.750.291 de pessoas.

CENSO 2010 ESTIMATIVA ESTIMATIVA ESTIMATIVA PRÉVIA 2022


EM 2019 EM 2020 EM 2021
(DADOS ATÉ
25/12/22)
BRASIL 190.755.799 210.147.125 211.755.692 213.317.639 207.750.291
MS 2.449.024 2.778.986 2.809.394 2.839.188 2.833.742
Fonte: própria (dados extraídos de https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao - site IBGE)

NOTA: Devemos enfatizar que a periodicidade da pesquisa do Censo IBGE é decenal. Historicamente,
não houve Censo em 1880, sendo o seguinte realizado apenas em 1890, quando não mais havia
escravizados e já era República. Repetidos toda década, os recenseamentos do período republicano
só falharam em 1910 e 1930, excetuado também no ano de 1990, quando a operação foi adiada
para 1991, e no ano de 2020, o qual foi adiado por conta da pandemia de COVID-19, e começou
apenas em agosto de 2022, e ainda em período de análise, atualmente a mesma é proporcionada
no site do IBGE como prévia de dados. (IBGE)

Sabendo-se de todo o trâmite metodológico dessa pesquisa, descrito anteriormente, dentre


essa população relatada acima, obtivemos 948 (novecentos e quarenta e oito) respostas, sendo
dessas, 108 (cento e oito) respostas inválidas, equivalente à 11 (onze) %, mas seguindo com 840
(oitocentos e quarenta) respostas válidas, equivalente à 89 (oitenta e nove) %. Essas respostas
foram invalidadas seguindo os critérios de exclusão, tais como, idade abaixo de 14 (quatorze) anos,
não residentes em Mato Grosso do Sul e população não pertencente ao público LGBT+.

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

TOTAL DE PESSOAS RESPOSTAS RESPOSTAS


ALCANÇADAS VÁLIDAS INVÁLIDAS

359 326 33

189 142 47

223 221 2

177 151 26

948 840 108

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

103
Devido à coleta ter-se limitado em alguns instrumentos perante alguns questionamentos específicos,
estes foram trabalhados diante o quantitativo de 593 (quinhentos e noventa e três) respostas
validadas, e ao delimitar a média de idade dos respondentes de todos os Instrumentos de pesquisa,
forma identificados a população respondente entre 14 (quatorze) e 64 (sessenta e quatro) anos
(conforme tabela abaixo), obtendo como percentual maior, 179 (cento e setenta e nove) pessoas,
com faixa etária de 20 (vinte) à 24 (vinte e quatro) anos (30,2 %).

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa


QUANTIDADE
FAIXA ETÁRIA
DE PESSOAS
14-19 104 17,5%
20-24 179 30,2%
25-29 139 23,4%
30-34 103 17,4%
35-39 37 6,2%
40-44 10 1,7%
45-49 6 1,0%
50-54 8 1,3%
55-59 3 0,5%
60-64 2 0,3%
Não respondeu 2 0,3%
593
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

Quando se referindo à sua Identidade de gênero, essa população respondente, alcançaram-se


247 (duzentos e quarenta e sete) homens cisgêneros (41,7%), 230 (duzentos e trinta) mulheres
cisgêneros (38,8%), 60 (sessenta) pessoas Não Bináries (10,1%), 22 (vinte e dois) homens Trans
(3,7%), 13 (treze) mulheres Trans (2,2%), e 7 (sete) Travestis (1,2%).

104
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

IDENTIDADE DE GÊNERO
Não soube responder 3 0,5%
Travesti 7 1,2%
Outros 11 1,9%
Mulher Trans 13 2,2%
Homem Trans 22 3,7%
Não Binarie 60 10,1%
Mulher Cis 230 38,8%
Homem Cis 247 41,7%
Fonte: própria (dados extraídos das coletas de dados)

A maneira como é vivenciada a sua relação afetiva e/ou sexual, foi declarada em um percentual
perante sua orientação sexual, como 221 (duzentas e vinte e uma) pessoas gays (37,3%), 155
(cento e cinquenta e cinco) bissexuais (26,1%), 114 (cento e quatorze) lésbicas (19,2%), 72 (setenta
e dois) pansexuais (12,1%), e 20 (vinte) heterossexuais ( 3,4%).

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

105
ORIENTAÇÃO SEXUAL
Não soube responder 2 0,3%
Outros 9 1,5%
Heterosexual 20 3,4%
Pansexual 72 12,1%
Lésbica 114 19,2%
Bissexual 155 26,1%
Gay 221 37,3%
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

Ao relatar sob sua cor/raça, os mesmos respondentes, totalizaram-se em 53,5% (317) brancos,
32,9% pardos (195), 10,3 % pretos (61), 2,5 % amarelos (15), e 0,8 % indígenas (5).

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

COR/RAÇA
Indígena 5 0,8%
Amarela 15 2,5%
Preta 61 10,3%
Parda 195 32,9%
Branca 317 53,5%
Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

Podemos contrastar o público alcançado com os dados fornecidos através de cadastramentos


perante alguns órgãos, mesmo sabendo da debilidade dessa informação relativa aos dados
específicos para a população LGBT+ à solicitação de parâmetros perante os órgãos oficiados,
seguindo assim conforme descrito a seguir.

Reiterando que foi considerado apenas inscrições atualizadas nos últimos 02 (dois) anos, “foram
atendidos 02 (dois) casais homoafetivos” constatando em relação a quantidade de pessoas relativas
ao público em questão que inseriram nome social na inscrição da AGEHAB “foram 690 (seiscentos
e noventa) inscrições com preenchimento no campo “Nome social”, 658 (seiscentos e cinquenta
e oito) inscrições “cônjuges com o mesmo sexo”, e no conjunto de inscrições com preenchimento
de “Nome social” e “cônjuges com o mesmo sexo” totalizam-se 11 (onze) inscrições. Mesmo
expondo esses dados, o referido órgão ressaltou que “não foi possível identificar, fidedignamente,
o quantitativo de pessoas com nome social que fazem parte do grupo LGBT+, tendo em vista que
a população não possui conhecimento do conceito Nome Social. Como resultado, temos inscrições
preenchidas erroneamente no campo específico como exemplo: nome da mãe, apelido, sobrenome

106
e etc.” (AGEHAB)

Foram atendidos pela DPE/MS, o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado. Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta
e sete) assistidos, atendidos nas comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram
como seu gênero sexual como masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino,
44 (quarenta e quatro) não especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio; 3.035 (três
mil e trinta e cinco) pessoas descreveram a sua raça/cor/etnia (amarela, branca, indígena, parda,
preta). (DPE/MS)

DADOS GERAIS DE ATENDIMENTO PESSOAS LGBTS - 2019 A 2022

Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)

11.565 3157 970

*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.

**Nota explicativa 2: Pode ocorrer no preenchimento de ser repetido o nome de


registro, elevando o nº de nomes sociais, além de as pessoas também indicarem
apelidos, não sendo necessariamente pessoas trans/travesti.
Fonte: DPE/MS

FAIXA ETÁRIA* - REF. TOTAL DE ASSISTIDOS (AS) ATENDIDOS (AS) PELA DPE-MS - 2019 A 2022
Inferior à 18 Entre 18 Entre 25 e 29 Entre 30 Entre 40 Entre 50 Entre 60 Acima de 80
Vazia
anos e 24 anos anos e 39 anos e 49 anos e 59 anos e 79 anos anos
14 65 435 578 1000 651 283 129 14

*Em inferior a 18 anos podem constar casos de atendimentos via/para terceiros (as).
Fonte: DPE/MS

GÊNERO - REF. TOTAL DE ASSISTIDOS (AS)


ATENDIDOS (AS) PELA DPE-MS - 2019 A 2022

Não
Masculino Feminino Vazio
Especificado

1086 2019 44 8

Apesar da FUNTRAB não contemplar informações referentes ao público LGBT+, em seu sistema
(BGIMO), após solicitação referente a plataforma MS Contrata +, foram cadastrados neste, em
2021, 53 (cinquenta e três) homens transgênero, 34 (trinta e quatro) mulheres transgênero, 31

107
(trinta e uma) mulheres transexuais,13 (treze) homens transexuais, dentre outros. Em 2022, 37
(trinta e sete) homens transgênero, 18 (dezoito) homens Transexuais, 19 (dezenove) mulheres
transgênero, 19 (dezenove) mulheres transexuais, dentre outros.

CATEGORIA QUANTIDADE
Feminino 35716
Masculino 28546
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2021)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2021)

Categoria Quantidade
Feminino 23932
Masculino 20621
Desconhecido 3
Homem Transexual 18
Mulher Transgênero 19
Mulher Transexual 19
Outros 27
Homem Transgênero 37
Não respondido 48

Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2022)

108
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS-2022)

No retorno da SED, obtivemos o relato de que “até o dia 31 de dezembro de 2022, constam
registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162 (cento e sessenta e dois)
estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.

Já o órgão responsável pela Segurança pública em nosso Estado, SEJUSP, relatou como atendidos,
efetuando ocorrências referentes à Discriminação por LGBTfobia entre os anos de 2019 à 2022, o
total de 30 (trinta) pessoas, sendo em 2019, 03 (três) ocorridos, em 2020, 10 (dez), em 2021, 08
(oito), e em 2022, 09 (nove) ocorrências.

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

O mesmo órgão, declarou a reformulação de seu sistema de informação a partir de agosto de 2022,
onde o mesmo pode especificar o tipo de injúria quando esta por LGBTfobia, repassando então o
total de 25 (vinte e cinco) atendidos entre Agosto e Dezembro de 2022.

109
Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Partindo de dados referidos perante vítimas LGBT+ sob Lesão Corporal Dolosa, obteve-se retorno
com um total de 94 (noventa e quatro) atendidos, sendo em 2019, 27 (vinte e sete), em 2020, 20
(vinte), em 2021, 19 (dezenove), e em 2022, 28 (vinte e oito) atendidos.

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse SEJUSP/MS)

Segundo a SES, levando em consideração ao cadastramento pelos municípios através do e-SUS


AB - Centralizador Estadual, foram repassados o quantitativo de 1.638 pessoas pertencentes ao
público LGBT+, do sexo feminino, e 1.209 do sexo masculino. Para além deste, foi realizado um
levantamento do número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais do estado no ano de 2022
(informe datado de Abril/2021) e descrito com as informações conforme tabela abaixo; mas como
atualização, nos foi repassada esta sobre o número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais
do Estado, a quantidade de 455 (quatrocentos e cinquenta e cinco) pessoas, conforme fonte do
Sistema Integrado de Administração Penitenciária (SIAPEN / AGEPEN/MS – 03/02/2023).

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

110
Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR

37 5 37 2 83 86 89 77 77 256 73 258 110 38 170 4 9 179 122 29 0 0


Total: 416

Fonte: própria (dados extraídos do repasse do Sistema Integrado de Administração Penitenciária - SIAPEN / AGEPEN/MS –
03/02/2023).

No relato apresentado pelo MMFDH, através do painel de dados da Ouvidoria Nacional de


Direitos Humanos, quando analisada a população por denúncia declarada, obtemos os dados
sobre Protocolos de denúncias, que o mesmo descreve como sendo “Quantidade de registros
que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem
uma denúncia. Um protocolo de denúncia pode conter uma ou mais denúncias”; Denúncias, como
“Quantidade de relatos de violação de direitos humanos envolvendo uma vítima e um suspeito. Uma
denúncia pode conter uma ou mais violações de direitos humanos”; e Violações, como “Qualquer
fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual,
tráfico de pessoas”.

Certos que esses dados demonstram um percentual populacional desse público, uma vez que
no próprio painel verifica-se uma observação descrita como “os quantitativos nesse painel
representam somente as denúncias onde a vítima se declarou LGBT”, a mesma plataforma nos
111
apresenta os dados referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. Partindo desta, pode-se relatar
que foram atendidos, no 1º. Semestre de 2020 (01/01/2020 à 30/06/2020), 27 (vinte e sete)
pessoas denunciantes pertencentes à população LGBT; no 2º. Semestre de 2020 (01/07/2020 à
31/12/2020), 16 (dezesseis) pessoas, sendo essas, após especificações fornecidas pela própria,
12 (doze) homossexuais, e 04 (quatro) dados como “outros”; totalizando assim, nesse referido ano,
43 (quarenta e três) atendidos.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

112
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020

PERÍODO PROTOCOLO DE DENÚNCIAS VIOLAÇÕES


DENÚNCIAS
1º. Semestre de 2020 25 27 173
(01/01/2020 à 30/06/2020)
2º. Semestre de 2020 13 16 29
(01/07/2020 à 31/12/2020)
Ano 2020 38 43 202

(01/01/2020 à 31/12/2020)
Fonte: própria (dados extraídos das plataformas https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020 e
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Em 2021, já não sendo fornecidos os dados descritos semestralmente, mas sim no período de
01/01/2021 à 31/12/2021, foram atendidas 46 (quarenta e seis) pessoas denunciantes, sendo 21
(vinte e um) homossexuais, 1 (um) bissexual, e 14 (quatorze) dados como “outros”.

113
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

PERÍODO PROTOCOLO DE DENÚNCIAS VIOLAÇÕES


DENÚNCIAS
Ano 2021 (01/01/2021 à 44 46 211
31/12/2021)
Fonte: própria (dados extraídos da plataforma https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021 )

Novamente em 2022, foram fornecidos os dados descritos semestralmente, sendo esses no período
de 01/01/2022 à 30/06/2022 (1º. Semestre de 2022), 21 (vinte e uma) pessoas (13 homossexuais,
03 pansexual, 01bissexual e 04 definidos como “outros”); já no 2º. Semestre de 2022 (01/07/2022
à 31/12/2022), 70 (setenta) denunciantes (31 homossexual/gay, 11 bissexual, 09 homossexual/
lésbica, 02 pessoas trans. transgênero, 01 pessoa trans. Transexual, 01 pessoa trans/travesti, e
15 definido como “outros”); proporcionando assim, em 2022, atendimento à 91 (noventa e uma)
pessoas.

114
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

115
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

PERÍODO PROTOCOLO DE DENÚNCIAS VIOLAÇÕES


DENÚNCIAS
1º. Semestre de 20 21 108
2022 (01/01/2022 à
30/06/2022)
2º. Semestre de 65 70 621
2022 (01/07/2022 à
31/12/2022)
Ano 2022 (01/01/2022 à 85 91 729
31/12/2022)
Fonte: própria (dados extraídos da plataforma https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022 )

Considerando esses achados, totaliza-se 180 (cento e oitenta) pessoas atendidas por este órgão
nos anos de 2020, 2021 e 2022.
PERÍODO PROTOCOLO DE DENÚNCIAS VIOLAÇÕES
DENÚNCIAS
Ano 2020 38 43 202

(01/01/2020 à
31/12/2020)
Ano 2021 (01/01/2021 à 44 46 211
31/12/2021)
Ano 2022 (01/01/2022 à 85 91 729
31/12/2022)

Anos de 2020, 2021 e 167 180 1.142


2022
Fonte: própria (dados extraídos das plataformashttps://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020,
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 ), https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-
dados/2021 , e https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022 ).

Já pelo Ministério Público do Trabalho, “houve a autuação de 16 (dezesseis) procedimentos de


atuação finalística nos últimos 05 (cinco) anos”. (MPT/MS)

Essa população alcançada, perante neste estudo através dos Instrumentos de pesquisa, foi

116
proveniente, dentre os 79 (setenta e nove) municípios do nosso Estado, 73 % da capital, Campo
Grande, e 27 % do interior deste.

Fonte: Própria (dados extraídos dos Instrumentos de pesquisa)

Quando nos referimos aos municípios alcançados, nessa pesquisa, mesmo não sendo informado 04
(quatro) relatos de residência municipal, obtemos os dados referidos em residentes dos munícipios
de Campo Grande, Dourados, Iguatemi, Naviraí, Miranda, Três Lagoas, Corumbá, Maracaju,
Paranaíba, Terenos, Aquidauana, Ponta Porã, Amambai, Dois Irmãos do Buriti, Bataguassu,
Jardim, Mundo Novo, Paranhos, São Gabriel do Oeste, Anastácio, Bandeirantes, Batayporã, Bonito,
Cassilândia, Ivinhema, Ladário, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paraiso das Águas, e Rio
Verde, totalizando assim, um alcance de 30 (trinta) municípios em MS. Dentre eles, destacam-se
entre os 07 (sete) municípios que obtiveram maior aceitação, os munícipios de Campo Grande
(430), Dourados (62), Iguatemi (16), Naviraí (10), Miranda (09), Três Lagoas (07), Corumbá (05).
MUNICÍPIOS RESPONDENTES
Campo Grande 430
Dourados 62
Iguatemi 16
Naviraí 10
Miranda 9
Três Lagoas 7
Corumbá 5
Maracaju 5
Paranaíba 5
Terenos 5
Aquidauana 4
Ponta Porã 4
Amambai 3
Dado não
3
informado
Dois Irmãos do
3
Buriti
Bataguassu 2
Jardim 2
Mundo Novo 2
Paranhos 2
São Gabriel do
2
Oeste

117
Anastácio 1
Bandeirantes 1
Bataypora 1
Bonito 1
Cassilândia 1
Ivinhema 1
Ladário 1
Não respondeu 1
Nova Andradina 1
Novo Horizonte
1
do Sul
Paraiso das Águas 1
Rio Verde 1
593
Fonte: própria

Sabe-se que o Estado do Mato Grosso do Sul está localizado na região Centro-Oeste do Brasil, e
faz divisa com os Estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, e Paraná, e fronteira
com o Paraguai e Bolívia.

Fonte: IBGE

Ao detalhamos a sua hidrografia, e sua posição na América do Sul (conforme imagens abaixo),
observa-se os seus principais formadores, Bacia do Alto rio Paraná (azul), Bacia do rio Paraguai
(vermelho), Pantanal (verde), e seus principais rios, Paraguai (1), Rio Paraná (2), Rio Amambai
(3), Rio Pardo (4), Rio Sucuriú (5), Rio Taquari (6), Rio Negro (7), e Rio Miranda (8), e demais,
exemplificados na tabela abaixo (caracterização das divisas e fronteiras fluviais/secas do nosso
Estado):
BACIA RIOS FRONTEIRA / DIVISA MUNICÍPIOS
FLUVIAL
Rios Rio Apa Paraguai Caracol / Bela Vista
Paraguai
Rio Nabileque Paraguai Porto Murtinho
Rio Taquari Bolívia Ladário / Corumbá
Rio Taquari Mato Grosso Pedro Gomes / Sonora
Rio Correntes Mato Grosso Alcinópolis

118
Rios Rio Sucuriú Goiás Costa Rica
Paraná
Rio Aporé Goiás Chapadão do Sul / Cassilândia
Rio Quitéria Minas Gerais Paranaíba
Rio Santana São Paulo Aparecida do Taboado
Rio Sucuriú São Paulo Selvíria / Três Lagoas
Rio Verde São Paulo Brasilândia
Rio Pardo São Paulo Santa Rita do Pardo / Bataguassu
Rio Ivinhema São Paulo Anaurilândia / Baitaporã / Taquarussú / Naviraí
Rio Amambai Paraná Itaquiraí / Aral Moreira / Laguna Carapã
Rio Iguatemi Paraná Eldorado / Mundo Novo
Rio Iguatemi Paraguai Japorã / Sete Quedas
Rio Amambai Paraguai Aral Moreira
]Fonte: Própria

Fonte: https://www.researchgate.net/publication/316675436_Checklist_da_ictiofauna_do_Estado_de_Mato_Grosso_do_Sul_Brasil

119
Fonte: PROGETEC - E. .E. Antonio Pinto Pereira - Jardim/MS (http://eeappaulas.blogspot.com/2013/06/hidrografia-de-mato-grosso-
do-sul.html)

Perante municípios da região de fronteira seca em nosso Estado (marco divisório entre dois países,
sem a presença de rio ou lago), conforme dito anteriormente, temos aqueles que fazem fronteira
com as cidades do Paraguai, sendo eles: Coronel Sapucaia (Capitán Bado - Paraguai), Paranhos
(Ypejhú -Paraguai), e Ponta Porã (Pedro Juan Caballero - Paraguai). (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/
panorama ).

Portanto, em nossa análise, diante os 30 (trinta) municípios alcançados, para as regiões descritas
acima, obtiveram-se 40 (quarenta) respondentes, sendo eles provenientes das cidades de Naviraí,
Três Lagoas, Corumbá, Paranaíba, Ponta Porã, Bataguassu, Mundo Novo, Paranhos, Bataiporã,
Cassilândia, e Ladário.
MUNICÍPIOS RESPONDENTES
Naviraí 10
Três Lagoas 7
Corumbá 5
Paranaíba 5
Ponta Porã 4
Bataguassu 2
Mundo Novo 2
Paranhos 2
Bataiporã 1
Cassilândia 1
Ladário 1

40

Fonte: própria

120
Cabe ressaltar que, segundo informações extraídas do IBGE, a inclusão de perguntas sobre a
identidade de gênero e orientação sexual no Censo 2022 foi negada, uma vez que a solicitação
encaminhada fora do tempo hábil (dois meses antes do início da coleta), não seria descrita no
mesmo “com técnica e metodologia responsáveis e adequadas, muito menos com os cuidados e
o respeito que o tema e a sociedade merecem. Haverá impacto financeiro severo, especialmente
se for constatada a necessidade de mudança metodológica, caso as perguntas precisem ser
respondidas individualmente, exigindo que as informações sejam coletadas com a própria pessoa,
o que aumentaria a necessidade de revisitas, correndo o risco de inviabilizar a operação censitária.
Essas mudanças podem diminuir significativamente a produtividade do recenseador e elevar o
tempo de coleta como um todo, aumentando o gasto com mensalistas, aluguéis, dentre outros.”

Mas diante essa solicitação, o mesmo relatou que “Ademais, os quesitos relacionados à identidade
de gênero e orientação sexual já estão previstos para investigação no conjunto de pesquisas que
compõem o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a saber: Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), no primeiro trimestre de 2023; Pesquisa Nacional
de Demografia em Saúde (PNDS), que irá a campo no segundo trimestre de 2023; Pesquisa Nacional
de Saúde (PNS), prevista para ir a campo em 2024; e na próxima edição da Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF). Inserir tais quesitos em um Censo Demográfico, em cima da hora, sem prévios
estudos, testes e treinamentos, seria ignorar a complexidade e o rigor de uma operação censitária
do porte continental da brasileira - cuja discussão e elaboração dos questionários e sucessivos
planejamentos e preparações se iniciaram em 2016. Trata-se de coletar informações em cerca
de 76 milhões de domicílios. Para isso, o IBGE vem contratando e capacitando mais de 200 mil
recenseadores, que vão bater de porta em porta, já a partir de 1º de agosto. Uma operação que já
mobilizou governos (federal, estadual e municipal), Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais,
Forças Armadas, Guardas, Brigadas, Polícias Militares e outras instâncias públicas incluindo
organismos internacionais e organizações não governamentais. Que conta ainda com outros
setores privados. Todos os processos exigiram e envolveram - a longuíssimo prazo - conversações
e negociações estratégicas, com etapas de refinamentos minuciosamente desenhadas. O IBGE
fez no ano passado os testes de homologação dos sistemas - tudo completamente e devidamente
pronto. A avaliação dos técnicos responsáveis é que alterar esses sistemas agora, para inclusão
intempestiva, põe em risco considerável toda a operação censitária. A medida pode gerar impactos
não estimados, no tempo e na qualidade das respostas dos entrevistados; e, evidentemente, causará
aumento de custos (recursos federais) não contemplados no orçamento previsto para o Censo 2022:
cerca de 2,3 bilhões de reais. Seria irresponsabilidade arriscar a integridade do Censo Demográfico
enquanto principal pesquisa do país, ainda que por iniciativa inspirada em legítimas causas e boas
intenções. De tal modo, o IBGE reafirma seu compromisso com a qualidade das pesquisas que
realiza já há 86 anos, sempre com a missão histórica de retratar o Brasil e subsidiar políticas
públicas com dados relevantes. Nesse caso - para dar cumprimento escorreito à liminar da Justiça
do Acre - restaria ao IBGE, como única alternativa possível, o adiamento do Censo 2022. O IBGE
tem ciência de que um novo adiamento do Censo imporá vultosos impactos financeiros e sociais,
inclusive prejudicando vários planejamentos nacionais, como a repartição das verbas dos Fundos
de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), além de repasses de verbas destinadas a
programas sociais. Tecnicamente e metodologicamente, um Censo não pode ser levado a campo

121
partindo de um questionário não estudado, não testado e com equipe não devidamente treinada.
Dessa forma, o IBGE acionou a AGU (Advocacia Geral da União) para recorrer da decisão e evitar
o adiamento do Censo 2022.”

Vulnerabilidade

De origem latina, derivada de vulnus (eris), que significa “ferida”, sua significativa abrangência traz
uma reflexão literal sobre ter seus direitos feridos, englobando vários eixos, perpassando dentre
os da cultura, educação e saúde, denotando então, quais fatores de risco presente em cada um
desses.
Partindo da premissa e corroborando com Oviedo, R. A. M., & Czeresnia, D. (2015) sobre a análise,
salientamos o conceito sobre o proposto recorte:
“O conceito de vulnerabilidade apresenta alta capacidade heurística e
aplicação diferenciada. Neste artigo, ele é caracterizado com base em
complexos processos de fragilização biossocial que exprimem, de maneira
inextrincável, valores biológicos, existenciais e sociais. Esta perspectiva
considera vulnerabilidade como dimensão ontológica constitutiva e constituinte
da vida humana, que reclama distintos e complexos sistemas de segurança.”

Assim sendo, a vulnerabilidade é irredutivelmente definida como “susceptibilidade de se ser ferido”.


A violação dos direitos da população LGBT+ já foi constatada em algumas esferas das políticas,
sendo o governo do Mato Grosso do Sul, um dos pioneiros na criação e aplicação de legislações
que amparam a essa população.

Em alguns momentos, durante os anos estudados, a população global, em especial a comunidade


LGBT+ em vulnerabilidade, mediante ao sofrimento para com preconceitos diários e demais
associados, só se fez a intensificar, perante o quadro instalado.

Salientamos um ponto importante, a pobreza, sendo esta um fenômeno de várias dimensões. Não
é apenas insuficiência de renda o único aparato para que uma família e/ou indivíduo satisfaça
suas necessidades básicas (como moradia, vestuário, alimentação), mas também a privação e/
ou obstáculos ao acesso sob os serviços essenciais (educação, saúde, transporte coletivo) e aos
direitos sociais básicos (trabalho, moradia, seguridade social, entre outros), demonstrativos esses
também relatados perante aos respondentes, descritos no percentual abaixo.

122
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)
123
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Para Martinez (1998), a pobreza é uma situação na qual o sujeito não está em condições de satisfazer
suas necessidades em termos de sobrevivência física e também sobre o seu desenvolvimento
como pessoa, como cidadão.

A fim de estabelecer uma medição das riquezas que foram produzidas no País ou Estado para
comparar o nível do crescimento econômico com outras localidades e evidenciar possíveis
diagnósticos sobre problemas estruturais e financeiros, é produzido o índice PIB (Produto Interno
Bruto); este, é um indicador econômico que está relacionado com a atividade econômica de um
lugar durante um determinado período, representando a soma das riquezas produzidas durante
um determinado período, revelando, então, o crescimento econômico (ou não) de um lugar. (IBGE)

De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) são produzidos 02 (dois) dos
mais importantes índices de preços, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),
considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor); a
diferença entre eles está no uso do termo “amplo”, sendo o IPCA englobador de uma parcela maior
da população, apontando a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1
(um) e 40 (quarenta) salários mínimos, e o INPC, verificador da variação do custo de vida médio
apenas de famílias com renda mensal de 1 (um) a 5 (cinco) salários mínimos, enfatizando assim
os grupos que são mais sensíveis às variações de preços, os quais tendem a gastar todo o seu
rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte etc.

124
Segundo o IBGE, dentre os anos de 2019 e 2021, houve uma diminuição da renda mensal domiciliar
per capita da população total sul-matogrossense, esta aumentada no período que abrange o ano
de 2022.

Fonte: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ms/

Para somar a esses dados, ao avaliar a situação a nível populacional brasileira total, o DIEESE
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), demonstrou as variações
no índice INPC durante os anos de 2013 e 2022.

Fonte: https://www.dieese.org.br/ e https://www.cut.org.br/indicadores/inflacao-mensal-inpc

Seguindo informações do IPEA/IBGE, o Estado de Mato Grosso do Sul obteve uma variação
anual sob o índice INPC durante os anos de 2019 (4,76%), 2020 (aumentando para 7,96%), 2021
(aumentando para 10,85%) e 2022 (abaixando para 5,13%), declarado pelo mesmo, descrito a
seguir perante a variação a nível de MS e Brasil, fechando o ano de 2022 perante a perspectiva
125
demonstrada no gráfico a seguir. Apesar de não termos dados específicos, nesse sentido, para a
população LGBT+, essa avaliação é importante para ressaltar a vulnerabilidade populacional pois,
se o INPC varia positivamente, indica um aumento nos preços. Dessa forma, as famílias terão de
gastar mais para consumir os mesmos produtos; como a renda não aumenta na mesma proporção,
no entanto, o resultado prático é uma queda no consumo, com alguns itens sendo cortados da “lista
de compras” do mês. Por outro lado, se o INPC varia negativamente, indica uma queda nos preços;
dessa forma, as famílias podem gastar menos para consumir os mesmos produtos. Isso cria um
“fôlego” para que as pessoas comprem mais, tenham acesso ao lazer, obtenham uma melhor
qualidade de vida, ou até poupem parte de sua renda.

% VARIAÇÃO ANUAL INPC - MS e BR


PERÍODO: 2019 - 2022
2019 2020 2021 2022
MS 4,76% 7,96% 10,85% 5,13%
BRASIL 4,48% 5,45% 10,16% 5,93%
Fonte: própria – Dados extraídos do IPEA/IBGE

126
Fonte: IBGE – INPC 2019 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2019_dez.pdf

127
Fonte: IBGE – INPC 2020 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2020_dez.pdf

128
Fonte: IBGE – INPC 2021 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2021_dez.pdf

129
Fonte: IBGE – INPC 2022 - https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/236/inpc_ipca_2022_dez.pdf

130
Fonte: IBGE - 2022

Ainda dando seguimento a informações repassadas pelo IPEA, em uma visão geral da conjuntura
econômica brasileira, o mesmo relatou trazendo neste, visões anteriores e perspectivas para
o ano de 2023: “O quadro mundial continua piorando, com inflação alta, juros em elevação e
desaquecimento do nível de atividade. No Brasil, sob o impacto da política monetária apertada,
o ritmo de expansão da atividade econômica em outubro e novembro de 2022 dá sinais de
arrefecimento na indústria e nos serviços. O mercado de trabalho, por sua vez, segue em trajetória
positiva, marcado pela queda da taxa de desocupação e, mais recentemente, pela recuperação
dos rendimentos; o crescimento da massa salarial real também corrobora o quadro positivo do
mercado de trabalho. Quanto à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), após encerrar o primeiro semestre do ano com taxa de variação acumulada em doze
meses de 11,9%, veio se reduzindo continuamente, até 5,9% em novembro. As contas públicas do
governo central se encaminham para fechar 2022 com resultados muito positivos, relativamente a
2021. Para 2023, a discussão recente tem se concentrado nas mudanças a serem realizadas no
orçamento federal e no arcabouço de regras fiscais, visando acomodar os aumentos de despesas
desejados pelo governo eleito. No front subnacional, as finanças públicas estaduais mantiveram,
em termos agregados, resultados primários positivos nos primeiros dez meses de 2022”.

Portanto, fica explícito que durante os anos de 2019, 2020 e 2021, período em que se compreendeu a
pandemia do COVID-19, a renda mensal domiciliar per capita da população total sul-matogrossense
teve um declínio, e o índice IPCN aumentou, favorecendo ainda mais a situação de vulnerabilidade
em nosso Estado.

131
Fonte: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/pib/

Corroborando com os dados acima, e também os obtidos em nossa pesquisa, o #VOTELGBT


(2020) declarou que “os 03 (três) maiores impactos da pandemia na população LGBT foram: piora
na saúde mental, afastamento da rede de apoio, e falta de fonte de renda”.
No ano de 2021 com o agravamento da pandemia, houve também maior agravo da situação
financeira, trazendo consequências como insegurança alimentar e pobreza menstrual, onde de
cada 10 (dez) pessoas, 06 (seis) pessoas LGBT+ tiveram diminuição ou ficaram sem renda, estes
sem emprego à 1 (um) ou mais anos; 04 (quatro) em cada 10 (dez) pessoas LGBT+ vivem em
situação de insegurança alimentar, e quando se trata de pessoas trans esse número sobre para a
metade delas; e 01 (um) em cada 10 (dez) pessoas que menstruam relataram que é comum deixar
de comprar outros itens para comprar absorvente. (VOTE LGBT)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

132
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Compactuando com diversas fontes bibliográficas, sabe-se que as adversidades econômicas,


diante a pandemia, afetaram a população geral. De acordo com o VOTE LGBT (2021), pessoas
LGBT+ mais jovens são os mais vulneráveis economicamente, uma vez que, na maioria dos
casos estão inseridas em trabalhos informais. Ainda em relação a informalidade, por não serem
aceitas no mercado de trabalho, a população acaba focando em atividades relacionadas a
cultura, entretenimento, estética e beleza. As pessoas trans continuaram sofrendo com menos
oportunidades, tendo o trabalho sexual como única alternativa.

As dificuldades se intensificam com que já são comumente excluídos do ambiente de trabalho,


os obstáculos são mais penosos para pessoas mais distantes dos padrões, sendo que parte
considerável da população não tinha vínculo empregatício formal e por conta disso perdeu sua
renda impactando em sua subsistência, fato este declarado perante os respondentes profissionais
artistas de nosso Estado.

A pesquisa perante esses profissionais (“Cultura - Mapeamento da população e dos artistas LGBT
+ em MS”), contabiliza um total de 189 (cento e oitenta e nove) respostas, com total de 142 (cento
e quarenta e duas) respostas válidas, estes respondentes com faixa etária entre 14 (quatorze)
e 64 (sessenta e quatro) anos. Através do público alcançado, 34,5% desconhecem ou relatam
que não existem ações culturais LGBT+ em sua cidade, sendo este percentual evidentemente
ligado as deficiências na valorização às políticas públicas voltada à população artística LGBT+, a
desinformação da população local, e devido as dificuldades para acessar a cultura, como a falta
de eventos culturais (65,5%), barreira social - perfil do público (23,9%), preços elevados (22,5%),
e outros.

133
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Dos entrevistados, 22% relatam ser artista, com idades entre 16 (dezesseis) e 61 (sessenta e
um) anos, a maioria trabalha a mais de 05 (cinco) anos, e os mesmos (45%) relatam não receber
nenhuma renda de sua arte, sendo atuantes e obterem a renda principal somente da sua produção
artística 03% destes, devido a sua autonomia é retirada e assim são obrigados a procurar uma outra
fonte de renda, obtendo piora durante a pandemia COVID-19, onde mais da metade da população
recebeu ajuda de familiares e amigos para se manter.

134
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

135
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

136
Apesar do isolamento ter trazido sofrimento para muitos indivíduos, houve também a parte benéfica
do trabalho em home office, isto porque, o trabalho pode ser um ambiente que traz angústias devido
ao preconceito, contrastando com a intensificação devido à dificuldade para obtenção de renda,
mas também, comumente vivenciadas mediante ao quadro de pandemia ou não.

Seguindo abrangência populacional diante o fator da baixa renda, relacionado com o período
restrito da pandemia COVID-19, pode-se constatar os auxílios vinculados para ocasionalmente
proporcionar uma sustentabilidade minimamente digna.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

A promoção de habitação de interesse social em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, mediante
a construção de moradias, em especial para as classes menos favorecidas, o incentivo perante a
melhoria da qualidade e ao aumento da produtividade no setor da habitação, visando a geração
de empregos diretos e indiretos agregados à construção civil no Estado, e a promoção de estudos
dos problemas de habitação popular e execução de programas para construção de unidades
habitacionais, a fim de proporcionar a diminuição do déficit habitacional do Estado, em especial
para a população menos favorecida, são fatores decritos como bases da cultura organizacional da
AGEHAB. Como a população em geral, a população LGBT+ também sofre devido determinadas

137
ações que são comprometidas por fatores burocráticos, dentre outros, os tornando assim,
vulneráveis.

Certos do fato de que a empregabilidade ou até mesmo o empreendedorismo proporcionam fatores


determinantes para o equilíbrio existencial, após relatos dos respondentes, e após negativas
apresentadas (62% não possuem formação técnica e/ou cursos de qualificação profissional; 32,2%
não estão trabalhando atualmente) constatou-se que além de outros fatores relevantes para tais
respostas, os 31 % e 54,7% Trans/Travestis/Não bináries, equivalentes quando descrito que a
discriminação é a maior dificuldade de permanência ou acesso ao mercado de trabalho) se produz
um fator se não determinante, mas de intensa magnitude.

Perante dados apresentados especificamente relatados por pessoas Trans, Travestis e não Bináries,
pode-se confirmar a inexistência de formação técnica e/ou cursos de qualificação profissional
para muitos desses (apesar de maior percentual para registro CLT – 35,9%, sob a experiência
profissional), levando em consideração o interesse de muitos desses para com a realização de
capacitação formadora com intuito empregatício ou empreendedor.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

138
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

139
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

140
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

141
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

142
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Tratando-se de um órgão referência para a integração de ações na área do trabalho, mais


especificamente na formulação e execução das Políticas Públicas de amparo à esse, em nosso
Estado, como a FUNTRAB, diante do relato anteriormente explanado em nosso estudo, mesmo tal
órgão não obtendo dados específicos para a população LGBT+, ao serem questionados sobre a
plataforma MS Contrata +, que funciona no sistema de plataforma online https://mscontratamais.
ms.gov.br/ proporcionada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, juntamente à FUNTRAB,
como uma iniciativa para fomento à empregabilidade, encurtando as distâncias entre empregadores
e trabalhadores sul-mato-grossenses, o mesmo órgão oficiado relatou que esta plataforma realiza o
cadastro do público que procura pela oportunidade de emprego, onde consegue disponibilizar sua
experiência profissional, para que empregadores tenham acesso à esses e faça o contato direto
com o responsável.

Pelo fato de obterem somente o acesso aos dados preenchidos pelo público diretamente na
plataforma online, o mesmo órgão retornou com os seguintes dados descritos, conforme abaixo.

MS CONTRATA + / 2021
Categoria Quantidade
Homem Transexual 13
Desconhecido 15
Mulher Transexual 31
Outros 32
Mulher Transgênero 34
Não respondido 42
Homem Transgênero 53
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)

143
MS CONTRATA + / 2022
Categoria Quantidade
Homem Transexual 18
Desconhecido 03
Mulher Transexual 19
Outros 27
Mulher Transgênero 19
Não respondido 48
Homem Transgênero 37
Fonte: própria (dados extraídos do repasse Funtrab/MS)

Partindo do início para que tudo “aconteça”, sabemos que a documentação individual é essencial
para determinados trâmites. Para tanto, com diversas atuações, mas a missão em garantir e
promover o acesso da população hipossuficiente e vulnerável à ordem jurídica justa por meio
da tutela eficiente de direitos individuais e coletivos, priorizando a via extrajudicial e, sempre que
necessário, pela judicial, a DPE/MS, atende o público LGBT+ em determinadas situações.

Relata que foram atendidos o total de 11.565 (onze mil quinhentos e sessenta e cinco) pessoas
LGBT+ durante esse período, podendo esse número ser alterado devido ao atendimento múltiplo
de uma mesma pessoa. Desses atendimentos, 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) pessoas
foram assistidas, sendo esses desde a faixa etária inferior à 18 (dezoito) anos (atendimentos via/
para terceiros) à pessoas acima de 80 (oitenta) anos; relatou-se também que 970 (novecentos e
setenta) pessoas, apresentaram-se informando o Nome Social, mas sobressaindo-se o explicativo
referente a probabilidade de ocorrência de repetição nominal perante registro cartorário, além da
verbalização de “apelidos” por parte do atendido (a), não sendo esses necessariamente público
Trans/Travesti, elevando assim o número desse informado.

Dados gerais de atendimento pessoas LGBTs - 2019 a 2022

Nº Total de
Nº Total de Atendimentos* Informaram Nome Social**.
Assistidos (as)

11.565 3157 970

*Nota explicativa 1: Uma mesma pessoa pode ser atendida mais de uma vez,
elevando o nº de atendimentos.

**Nota explicativa 2: Pode ocorrer no preenchimento de ser repetido o nome de


registro, elevando o nº de nomes sociais, além de as pessoas também indicarem
apelidos, não sendo necessariamente pessoas trans/travesti.
Fonte: DPE/MS

Gênero - Ref. Total de Assistidos (as) atendidos (as) pela DPE-MS - 2019 a
2022

Masculino Feminino Não Especificado Vazio

1086 2019 44 8
Fonte: DPE/MS

Desses 3.157 (três mil cento e cinquenta e sete) assistidos, atendidos nas 56 (cinquenta e seis)
comarcas de MS, 1.086 (mil e oitenta e seis) pessoas informaram como seu gênero sexual como
masculino, 2.019 (duas mil e dezenove) pessoas como feminino, 44 (quarenta e quatro) não
144
especificaram e 8 (oito) pessoas deixaram o campo vazio.

Comarcas que registraram atendimentos à pessoas LGBTs* - 2019 a 2022


Comarca Nº de Assistidos (as) LGBTs
Campo Grande 934
Dourados 264
Três Lagoas 161
Rio Brilhante 86
Corumbá 76
Naviraí 76
Nova Andradina 73
Ivinhema 67
Aquidauana 66
Coxim 66
Paranaíba 65
Ponta Pora 65
Sidrolândia 64
Chapadão Do Sul 60
Jardim 57
Anastácio 55
Bataguassu 55
Maracaju 55
Fátima do Sul 52
Miranda 47
Camapuã 44
Costa Rica 43
Bonito 40
Caarapó 40
Cassilândia 35
Glória de Dourados 32
São Gabriel Do Oeste 32
Itaquiraí 30
Terenos 29
Mundo Novo 26
Iguatemi 25
Nova Alvorada Do Sul 24
Amambai 23
Deodápolis 21
Bandeirantes 20
Itaporã 20
Inocência 19
Água Clara 18
Dois Irmãos Do Buriti 16
Eldorado 14
Rio Negro 14
Rio Verde De Mato Grosso 14
Angelica 13
Batayporã 13
Brasilândia 13
Nioaque 13
Porto Murtinho 13

145
Ribas Do Rio Pardo 13
Aparecida Do Taboado 10
Anaurilândia 9
Bela Vista 9
Sete Quedas 9
Coronel Sapucaia 7
Sonora 7
Pedro Gomes 5
Fonte: DPE/MS

Nas análises devido à aplicação dos Instrumentos de pesquisa, foi atingido o percentual de 0,3%
dos respondentes relatando que não possuem nenhum documento de identificação.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Ao questionadas as pessoas trans e travestis e não binaries, sobre a obtenção do registro civil
retificado, 80% responderam que não possuem esse documento, fato o mesmo comprovado diante
a obtenção da carteira de nome social (81%).

146
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

147
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

São diversas as atuações da Secretaria de Estado de Educação, a qual, com a visão em ser
referência em educação pela qualidade dos serviços prestados, por meio de ações inovadoras, na
valorização, do respeito aos servidores e do cumprimento dos preceitos legais e da ética, busca
garantir a qualidade do ensino e da aprendizagem nas escolas da Rede Estadual de Ensino,
fortalecendo-as e respeitando a diversidade do cidadão sul-mato-grossense, o que obtém-se
quando 27,6 % dos respondentes estão cursando o ensino superior.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)
148
Diante as considerações descritas pela mesma, a Coordenadoria de Políticas Específicas para a
Educação - SED/MS expôs:

“Considerando o estabelecido na legislação brasileira, principalmente ao que se refere à garantia


de direito à educação especificados na Constituição Federal, artigos 227 e 208, na LDB/1996, artigo
4º e artigos 10 e 11, no ECA/1990, artigos 3º, 4º, 54 e 56, e no Plano Nacional de Educação (PNE)
- Lei 13.005/2014”; Considerando que a Deliberação nº 10.814/2016, do Conselho Estadual de
Educação (CEE/MS), reafirma as normas para a educação básica e a articulação dos componentes
curriculares e áreas de conhecimento das etapas de ensino, com destaque aos temas abrangentes
e contemporâneos, com ênfase à saúde, sexualidade e gênero, vida família e social (art. 15, §
2º); Considerando que a Resolução CNE/CP nº 2, de 22/12/2017, ao instituir a obrigatoriedade
de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às etapas e modalidades de
ensino da educação básica, dá indício (art. 22) da “elaboração de normas específicas sobre [...]
orientação sexual e identidade de gênero”, ao longo da trajetória escolar dos estudantes do país;
Considerando que a Resolução/SED nº 3.443, de 17 de abril de 2018, trata do uso do nome social
e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos
escolares, cujo teor “veda o uso de expressões pejorativas e discriminatórias para se referir a
pessoas travestis e transexuais”, sendo que, para a inclusão do nome social, é necessário a
solicitação do estudante ou do responsável, conforme previsto em lei, fato esse também relatado
em análises apresentadas anteriormente.

Considerando também intercorrências associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual ou


outra situação que dialoga com o contexto escolar, a SED/MS salientou que considera a utilização
do banheiro escolar, outra questão que perpassa a garantia de direitos de pessoas transexuais, a
qual tem por base, no âmbito legal a Resolução nº 12, de 16 de janeiro de 2015, da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, especificamente o artigo 6º.

As temáticas de gênero e sexualidade, entre outros temas da contemporaneidade, se relacionam


intrinsecamente à dignidade humana, à equidade educacional e ao respeito à igualdade de direitos
manifestos na legislação, sendo que estas abordagens devem ser vivas e presentes no cotidiano
e contexto escolar, para serem traduzidas nas práticas cotidianas, ressaltando-se na dinamicidade
da instituição escolar.

Para tanto, o referido órgão relatou que “contempladas no planejamento pedagógico e previstas no
Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar, na perspectiva de garantia de direitos
de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na Rede Estadual de Ensino (REE/MS).
Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria conduzem e direcionam a gestão
escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no atendimento às necessidades e
especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar, diante da realidade de cada escola
e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e o desenvolvimento de uma proposta
pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua diversidade”.

Assim, conforme relatado, as orientações direcionadas pela SED/MS em demanda às escolas


estaduais do MS “devem garantir a utilização do banheiro escolar pelas pessoas conforme sua
identidade de gênero, ou seja, meninas e mulheres transexuais devem utilizar o banheiro feminino
e meninos e homens transexuais devem utilizar o banheiro masculino, fato esse relatado quando
149
um dos preconceitos e/ou discriminação (22,6%) no ambiente escolar por conta da orientação
sexual e/ou identidade de gênero se referia ao acesso restrito ou negado ao banheiro.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

De acordo com Vasconcellos (2001), a acessibilidade, é a medida mais direta dos efeitos de um
sistema de transporte, e pode ser vista como a facilidade de se atingir os destinos desejados, os
quais podem ser alcançados por uma pessoa, levando-se em conta o tempo, o custo necessário,
e outros, podendo ser este destinado para acesso ao lazer, ou demais compromissos diários
(trabalho, relacionados à saúde, educação, e outros).

Em uma visão mais específica, a existência de um serviço de transporte coletivo acessível, eficiente
e de qualidade, que garanta a acessibilidade da população a todo o espaço urbano, pode aumentar
consideravelmente a disponibilidade de renda e tempo dos mais vulneráveis, propiciar o acesso aos
serviços sociais básicos (saúde, educação, lazer), e às oportunidades de trabalho. Nesse sentido
se entende o transporte coletivo como importante instrumento de combate à pobreza urbana e
150
de promoção da inclusão social para todos os públicos, sendo esses pertencente ao público em
geral, ou como delimitados pela pesquisa, público LGBT+, esse também, sem ou com deficiência
instalada.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

151
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

152
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Pessoa com Deficiência -


Ref. Total de Assistidos (as)
atendidos (as) pela DPE-MS
- 2019 a 2022
Sim Não Vazio
43 725 2389
Fonte: DPE/MS

Em nossas pesquisas, ao extrairmos dados referentes à maneira como o indivíduo se locomove para
ir estudar, e também para ir receber seus atendimentos em saúde, verificamos que grande parte dos
respondentes não possuem carro próprio, dependendo de transporte público municipal, ou efetua
as suas atividades ao ir caminhando (à pé), ou até mesmo através de aplicativos de transportes.

153
Quando referido sob a gratuidade adquirida perante o passe livre, para ao público envolvido na área
da educação obteve-se 24,3% de afirmativas, fato esse dado devido à abordagem da possibilidade
de cadastro municipal estudantil “passe livre”, observada a grande diferença quanto as negativas
(98%) dos respondentes da área da saúde.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

154
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Perante o retorno, a Coordenadoria de Ações em Saúde da SES esclarece que “as execuções
das ações de saúde são de competência das Secretarias Municipais de Saúde, cabendo a elas o
planejamento operacional e execução das políticas de saúde existentes, com ênfase nas ações
de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde de sua população”; salientando, a
Gerência de Equidade em Saúde e Ações Estratégicas retornou, relatando sua autonomia em
garantir ações de promoção à saúde, por meio do fortalecimento e integração da Atenção Primária
e da Vigilância em Saúde, objetivando ampliar o acesso e qualidade da Atenção Primária à Saúde,
tendo como meta a implementação das Políticas de Promoção da Equidade no cuidado à saúde
nas populações vulneráveis.

Para que tais aconteçam, a mesma relata que “vem reorganizando as ações de saúde na perspectiva
de reduzir as desigualdades sociais garantindo acesso da população a serviços de qualidade, com
equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde”.

“A política de promoção da equidade tem como objetivo diminuir as vulnerabilidades a que certos
grupos populacionais estão mais expostos, minimizando o preconceito à comunidade LGBT+,
população negra, migrante e discriminação social, como o racismo, a misoginia, e a exclusão social
de populações que vivem em situação de rua ou em condições de isolamento territorial, como as
do campo, da floresta, das águas, dos quilombos, indígenas e em nomadismo, como no caso dos

155
ciganos” adiciona a SES/MS.

Fica imprescindível e importante considerar as ações de promoção a equidade em saúde como uma
política social, assumindo a saúde como um dos direitos inerentes à condição de cidadania, com
a plena participação dos indivíduos na sociedade política a partir de sua inserção como cidadãos.

A mesma Secretaria tem como propósito “intensificar as ações voltadas a diminuir as desigualdades,
combater o racismo, homofobia, xenofobia, fortalecer e instituir mecanismos legislativos que
amparem a construção de propostas de melhorias da saúde das populações Negra, LGBT+, de
Rua, Ribeirinha, Migrantes, Indígenas, Albina, Privados de liberdade, do Campo, Águas e Florestas,
Quilombos, Ciganos”.

Conforme devolutiva, “no ano de 2021, mesmo com a situação da pandemia, que prejudicou
imensamente as ações anteriormente planejadas, obtiveram avanço na elaboração da Política
Estadual de Promoção a Equidade em Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul, onde foi realizada
diversas reuniões com as áreas técnicas da Secretaria de Estado de Saúde, para que cada área
fosse devidamente contemplada nesta Política, a qual só foi instituída de fato em 22 de março de
2022 por meio da Resolução N. 23/SES/MS (publicada no Diário Oficial Eletrônico n. 10.798, de 06
de março de 2022).

Seguindo-se os avanços alcançados, ao saber-se que a Gerência de Equidade em Saúde e Ações


Estratégicas – SES/MS participa do Grupo Condutor Estadual de Saúde do Sistema Prisional, a
mesma relatou que tiveram a oportunidade de lançar a pauta na “16ª reunião População LGBT+
Situação atual no atendimento a esta população nos estabelecimentos penais do Estado de MS”;
para o relato das dificuldades que a população LGBT+ privadas de liberdade relataram na vivência
nos presídios de nosso estado, foram convidados representantes do Comitê Técnico de Saúde
Integral LGBT+, obtendo sucesso com as informações compartilhadas por estes.

Foi realizada também, uma reunião com a AGEPEN/MS (Agência Estado de Administração do
Sistema Penitenciário do MS), no 2º quadrimestre de 2021, onde foi construída parceria para
atenção à população LGBT+ nas Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul, principalmente no
que se refere a assistência prestada a pessoas trans privadas de liberdade a serem chamadas
pelo nome social, direito a vestimentas, liberação do apoio das ONGs na entrega de materiais de
higiene pessoal e outros pontos relevantes, uma vez que conforme relatado por tal Gerência, essa
população LGBT+ totaliza 455 (quatrocentas e cinquenta e cinco) pessoas nas unidades penais.

Seguindo, a mesma relata que foram iniciadas tratativas com a equipe do Ambulatório
Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de saúde do sistema
prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão privadas de liberdade,
principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia, a qual se deu como
efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a Gerência de Saúde do
Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário/
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto, nomeado como “Manejo
clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais, privados de liberdade do
Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP), Naviraí (01 e APP), Nova
Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30 (trinta) profissionais,

156
fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos internos trans.

Como um dos objetivos desta Gerência é o de minimizar a discriminação, sendo esse também
para este público privado de liberdade, foi relatada a realização de uma visita in loco, com o intuito
de identificar a situação vivenciada pela população LGBT+, principalmente a pessoas trans, no
sistema prisional do Estado; iniciando com os presídios femininos e masculinos de Amambai/MS
e Ponta Porã/MS, onde foi notado que além do sucesso com o respeito perante a identificação
pessoal e utilização do Nome Social, a direção direciona apesar de toda dificuldade inerente a
situação, separa as celas da melhor maneira prevista, ficando a critério do indivíduo a escolha.

Apesar de nossa pesquisa obter 40% dos respondentes afirmando fazer uso de hormonioterapia, e
desses 15% buscarem auxílio em rede pública para a realização de tal.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Quando se refere a realidade do Ambulatório Transexualizador do HU/EBSERH, seguindo o


relatório encaminhado, informou-se que apesar de todos os esforços, com reuniões realizadas
entre a equipe de Equidade em saúde e outros profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de
Campo Grande/MS, ainda não obteve-se avanço em relação ao credenciamento e habilitação do

157
mesmo, pois não possuem uma equipe completa necessária para habilitação do mesmo junto ao
Ministério da Saúde, no entanto, os atendimento estão sendo realizados mas não integralmente,
devido à falta de alguns medicamentos e negativa diante às cirurgias, mesmo somente 25% da
população declarando a tentativa na aquisição de hormônios ou bloqueadores hormonais através
da rede pública de saúde e obtendo sucesso para tal aquisição.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Conforme solicitado oficialmente, em referência às informações sobre quantidade de pessoas


atendidas, intercorrências associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual foram
esclarecidos que “muito embora estamos realizando levantamento dos questionamentos referidos
acima, ainda esbarramos em muitas dificuldades”. No sistema TabNet DATASUS não há cadastrado
procedimentos de pacientes com código 0303030089 – tratamento hormonal preparatório para
cirurgia de redesignação sexual no processo transexualizador, e 0303030097 – Terapia hormonal no
processo transexualizador, acreditamos que seja pelo fato do HUMAP não possuir credenciamento
e habilitação. Neste tocante, solicitamos então este levantamento ao hospital, via ofício, porém não
recebemos resposta”.

Todos esses quesitos os quais se transformam em obstáculos perante ao acesso aos serviços
de saúde, foram descritos na análise enfatizada anteriormente, afirmando mais uma vez tais
dificuldades encontradas.

Buscando o desenvolvimento de ações voltadas para as políticas públicas de assistência social,


defesa do consumidor, de trabalho, de cidadania, e asseguramento dos direitos sociais do indivíduo
e da família vulnerabilizada, na criação de condições para promover a sua integração, autonomia,
e participação ativa na sociedade, oficiamos a SEDHAST, uma vez que a mesma possui como
meta consolidar ações por meio de benefícios, serviços, programas e projetos, que promovam o
desenvolvimento social, a geração de emprego e renda, o combate à fome e à violação dos direitos
humanos, sendo fator importantíssimo para esse recorte, mas não obtivemos retorno com os dados
solicitados.

Mesmo sem dados significativos perante o órgão citado acima, o painel de dados da OHND/MMFDH
proporciona a situação do grupo vulnerável LGBT+ perante a totalidade dos sul-matogrossenses,
e também ao desagregar em seus municípios; são esses melhor descritos no recorte “Violência” e
abaixo delimitados para colaborar na visão municipal perante a vulnerabilidade.

158
Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma - 1º. Semestre de 2020 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/
primeiro-semestre-de-2020 )

Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma - 2º. Semestre de 2020 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/


segundo-semestre-de-2020 )

Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021 )

159
Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma – 1º. Semestre de 2022 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-
dados/2022)

Fonte: Própria (dados extraídos da plataforma – 2º. Semestre de 2022 - https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022)

Violência

Considerando a LGBTfobia como crime de violência, no que se refere a intolerância a pessoas


LGBT+, advinda de uma construção estrutural flexível de que apenas heterossexuais e cisgêneros
estão dentro dos padrões, sendo tudo o que se desvia dessa binariedade, considerado como
não natural. A partir de alguns termos próprios, significando a aversão ou a discriminação contra
bissexuais (Bifobia), o preconceito e a violência contra mulheres lésbicas (Lesbofobia), a denúncia de
atitudes, sentimentos negativos e/ou violentos contra pessoas travestis, transexuais e transgêneros
(Transfobia), e o preconceito e violência contra homens gays (Gayfobia), pode-se discorrer sobre
diferentes formas de violência; ao associar essas, entre elas estão presentes a violência física,
psicológica, patrimonial, religiosa e sexual, além da negação de direitos e informações, sendo
considerados também atos violentos.

Um estudo de 2019 (VOTE LGBT), mostra a trajetória do ciclo de inclusão e exclusão dessa
população na sociedade, através de uma perspectiva ou não de culminância da violência perante
os mesmos:
160
Fonte: VOTE LGBT Diagnóstico LGBT+ na pandemia 2021

Os ataques à comunidade LGBTQIAP+ aumentaram e, com base nos dados coletados nos anos
2020 e 2021, divulgados no ano de 2022 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houveram
35,2% mais agressões, 7,2% mais homicídios e 88,4% mais estupros. De acordo com o Observatório
de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil (2023) “durante o ano de 2021 ocorreram 316 mortes
LGBT+ de forma violenta no país, onde dessas, 285 foram assassinatos, 26 suicídios e 5 outras
causas”; no ano de 2021, a cada 27 h um cidadão LGBTI+ foi assassinado no Brasil.

Em 2015, a CIDH acolheu a ideia da existência de determinados fatores que deixam as pessoas
LGBT+ mais vulneráveis à violência, ou que agravam as consequências de tal violência, admitindo
que “existe uma estreita relação entre raça, classe socioeconômica e pobreza, que faz com que a
população afrodescendente seja atingida de maneira adversa por múltiplos níveis de discriminação.
Com isso, lança-se a ideia de que uma mulher trans afrodescendente que seja deslocada
internamente para uma zona rural e viva na extrema pobreza experimentará a violência de uma
maneira diferente a um homem gay, branco, com alto poder aquisitivo e que viva numa metrópole”.

Com o intuito no conhecimento da vivência da população LGBT+ diante o quadro de violência


instaurada em nosso Estado, podemos perceber que de um total de 326 (trezentos e vinte e seis)
respondentes (Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e empregabilidade
LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”), 69 % (225 pessoas), ou seja, mais da metade dos
participantes dessa pesquisa responderam afirmativamente a esse quesito lastimável.

161
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

O indivíduo está susceptível à violação de direitos em qualquer ambiente, como vimos anteriormente;
para que se obtivesse uma fragmentação mais específica, delimitamos no “Instrumento de pesquisa
“Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em MS” o questionamento
sobre ocorrência de violência ou preconceito no atendimento à saúde (“Você já sofreu algum
tipo de violência ou preconceito no atendimento à saúde?”), onde 35 % (31) dos respondentes
afirmaram esta questão, contra 65 % de negativas, mostrando que no ambiente do atendimento da
saúde, mesmo relatados o preconceito ou discriminação por conta da orientação sexual (22,7%),
o desrespeito ao tratamento de acordo com o gênero (17%), ter atendimento dificultado ou negado
(12,5%), o desrespeito ao nome social (12,5%), a violência sexual (2,3 %), dentre outros (2,3%),
ainda assim, a trazem como um grande percentual de diferença benéfico para tal.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

162
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

O Dossiê dos assassinatos e da violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2019


(Benevides & Nogueira, 2020) informa que:
“As mortes de travestis e transexuais continuam subnotifi cadas. No Brasil, 90%
das travestis e mulheres transexuais ainda vivem da prostituição que, em maioria,
acontece nas ruas, exposição que aumenta ainda mais a vulnerabilidade diante das
inúmeras violências físicas e psicológicas a que são submetidas, e que resultam em
mortes, muitas vezes.”

Dentre as violências relatadas, segue, com 62,6% sob violência psicológica (204 respondentes),
14,1% sob violência física (46 respondentes), 10,4% sob violência sexual (34 respondentes), e 9,5
% sob algum outro tipo de violência (31 respondentes).

Sofri outro tipo


31 9,5%
de violência
Sofri violência
34 10,4%
sexual
Sofri violência
46 14,1%
física
Sofri violência
204 62,6%
psicológica

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

163
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Quando questionados sobre o local da violência, o maior percentual foi o de 54,7 % de ocorrência
dentro de casa, no ambiente familiar, com 123 (cento e vinte e três) respondentes, seguidos de 52,9
% de ocorrência da violência no meio urbano (rua), com 119 (cento e dezenove) respondentes.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Ao obter o retorno perante o órgão responsável pela segurança pública do nosso Estado, SEJUSP/
MS, através das denúncias ocorridas nos 04 (quatro) últimos anos (totalizando assim 94 denúncias),
pôde-se constatar a igualdade perante o tipo de local da violência de vítimas LGBT+, sendo nessa
também que a residência dada como primária (41 denúncias), seguida da via urbana (26), presídio/
penitenciaria/reformatório (3), bar/lanchonete/café (3), propriedade rural (2), e outros lugares (19).

164
Vítimas LGBTQIA+ de Lesão Corporal Dolosa em MS

Ano
Tipo de Local Total Geral
2019 2020 2021 2022
RESIDENCIA 13 11 8 9 41
VIA URBANA 7 4 6 9 26
PRESIDIO / PENITENCIARIA / REFORMATORIO 0 0 0 3 3
BAR / LANCHONETE / CAFE 0 0 0 3 3
PROPRIEDADE RURAL 1 0 1 0 2
Outros lugares 6 5 4 4 19
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS.

A violência perante todas as suas formas pode estar presente também no meio cultural; nosso
Estado detém um volume populacional voltado tanto profissionalmente (22 %) quanto àqueles que
prestigiam essa (78%), sendo esses perante. Sendo assim, nossos artistas relataram diante a
pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS” sob 52 % de violência
ou preconceito relativos à sua arte, dentre eles, a violência verbal / ofensas / xingamentos, discurso
de ódio, preconceito pela linguagem artística, ameaça / repreensão, censura, violência sexual /
assédio, e violência física.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

165
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Cultura - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS”)

Corroborando com os aspectos ambientais (meio onde é reproduzido a violência), seguimos


deparando com a mesma no ambiente escolar, obtendo somente 16% que não à vivenciaram, mas
para a população que já vivenciou a violência (22%), já a presenciou (11%), e para aqueles que já
vivenciaram e presenciaram a mesma (51%); quando dado a relação com a vítima da discriminação
neste, proporcionamos fato percentual de 64,5% a mesma sendo a vítima, ou conhecida da vítima
(61,3%), amigo (41,9%), desconhecido (22,6%), ou familiar (3,2%). Estes divididos perante violência
sexual (6,5%), ter atendimento escolar dificultado ou negado (12,9%), violência física (16,1%),
acesso ao banheiro restrito ou negado (22,6%), desrespeito ao tratamento de acordo com o gênero
(pessoas trans e não-bináries) (51,6%), desrespeito ao nome social (54,8%), ou violência verbal
(bullying, xingamentos, chacota etc.) (83,9%).

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

166
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Neste mesmo ambiente, foram coletados os diversos responsáveis pela violência, preconceito e/
ou discriminação, esses advindos desde perante desconhecido (s) (32,3%), familiar(es) (35,5%),
professor(es) (41,9%), alunos (as) (77,4%), e até mesmo de funcionário(s) administrativos/secretaria
(41,3%).

167
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Na ocorrência da violência, primariamente “deveria-se” praticar ao menos uma ação: a denúncia.


Entende-se todos os fatores que a envolvem, como medo, cautela, e até mesmo o processo
de associação de todos os fatos; perante esses, à questão “Já fez algum tipo de denúncia por
LGBTfobia? Se sim, indique o/os”, obteve-se um percentual de 92,6 % (302) de respostas negativas
ao questionado, seguidos de outros 7,4 % (33) equivalentes com respostas afirmativas e estas
realizadas em ambientes diversos, estes como no CECLGBT+/MS, Ministério Público, Disque 100,
Defensoria Pública, Delegacia, e outro meio.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

De acordo com os outros relatos, também pudemos comprovar a ausência de registros formais
perante a violência apresentada no ambiente escolar (70,3%), mas quando registrada, esta se
deu pela própria vítima (8,1%), eu mesmo (a) (que presenciei) (8,1%), por pessoas desconhecidas
(2,7%) ou por amigos (as) (2,7%).

168
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Perante uma visão profissional, dentre do ambiente escolar, pode-se perceber que 19% dos
entrevistados já presenciaram alguma situação, em sala de aula ou no intervalo de aula, em que
um (a) aluno (a) foi alvo de preconceito e/ou discriminação por parte de colegas, por apresentar
comportamentos que não são considerados “culturalmente” adequados em relação ao seu sexo,
mas quando relacionado especificamente à sua orientação sexual e/ou identidade de gênero, os
mesmos, 19,3 % já presenciaram, 4,4% já vivenciaram, e outros 3,5% já vivenciaram e presenciaram,
sendo essas tanto a partir de violência verbal (bullying, xingamentos, chacota, etc.) (71,8%),
desrespeito ao tratamento de acordo com a identidade de gênero (pessoas trans e não-bináries)
(35,5%), desrespeito ao nome social (35,5%), violência física (12,9%), acesso ao banheiro restrito
ou negado (12,9%), quanto ao ter atendimento escolar dificultado ou negado (3,2%), a grande
efetuados por parte dos alunos (as) (61,3%), seguidos dos desconhecido(s) (9,7%), familiar(es)
(6,5%), e dos professor(es) (3,2%).
169
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

170
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Reiteramos mais uma vez a ausência de denúncias perante a violência apresentada, sendo
esse dado também confirmado através do percentual de 85% no registro formal de ocorrências /
protestos / queixa diante os fatos ocorridos/vivenciados pelo profissional no âmbito escolar, mas
quando efetuados, estes foram através de registro em ata da escola (70,6%), denúncia junto ao
Ministério Público (5,9%), boletim de ocorrência (5,9%), dentre outros (11,8%), com maior caso de
apresentação mediante a pessoa que foi a vítima (47,1%) seguida do entrevistado ter sido o próprio
apresentador do registro (17,6%).

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

171
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Visto isso, foram várias as medidas tomadas, dentre elas, as descritas: “Algo desagradável. Aluno
foi chamado de estranho pelo estilo ousado” (Bullying), foi realizado atendimento pela equipe da
escola e parceria com os pais e responsáveis, e também aplicação do regimento escolar; “Como
professora fui procurada por estudantes passando por situações de preconceito e discriminação na
escola e todas as vezes levei o caso a direção para que fossem tomadas as devidas providências
e sempre fui atendida”; “É comum em sala de aula vermos crianças ou adolescentes usando
termos estereotipados ou palavras ofensivas com algum aluno que apresenta comportamento ou
características diferentes. Quando isso acontece, eu repreendo a atitude e converso com a turma
sobre a liberdade que temos e a diversidade existente”; “Falta de respeito de colegas e professores
ao nome social e à identidade de gênero de pessoa trans, hostilidade no uso do banheiro por
pessoa trans, comentários homofóbicos de professores, perseguição e assédio moral contra
casais de pessoas LGBTI+ estudantes. Quando houve denúncia na Ouvidoria a universidade abriu
procedimento administrativo e realizou conversas com envolvides”; “Ocorreu ao longo do ano, a

172
gestão chamou os garotos para conversar, orientou disse que era errado.”; “Depois teve caso de
homofobia com xenofobia e fizemos palestra com advogada e historiadora. Além de reforçarmos que
na escola não há lugar para preconceitos.”; “Quem mais sofre são os meninos, sendo hostilizados
por possuírem características, mais femininas. Geralmente é muito raro alguém tomar providências,
já tentei levar isso a gestão mas é muito difícil.”; “Situações onde seu comportamento ou jeito não
condizia com o padrão estabelecido e foi alvo de risos, palavrões e atitudes preconceituosas. A
princípio uma conversa com o mesmo sobre como se sentia e do quanto era importante ser aceito
e respeitado pelos outros. Chamamos o seu responsável e também o responsável dos outros, para
conversarmos sobre o ocorrido e a necessidade de respeito dentro e fora da comunidade escolar.
Esclarecer que aceitar é uma opção, mas respeitar é necessário independentemente de qualquer
pré-conceito.”; “Um estudante homossexual tocou no ombro de um estudante heterossexual e este
o bateu dizendo que estava sendo tocado de maneira desrespeitosa.”.

Referente a capacitação de sua equipe educacional, a SED/MS relatou que “contempladas no


planejamento pedagógico e previstas no Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar,
na perspectiva de garantia de direitos de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na
Rede Estadual de Ensino (REE/MS). Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria
conduzem e direcionam a gestão escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no
atendimento às necessidades e especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar,
diante da realidade de cada escola e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e
o desenvolvimento de uma proposta pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua
diversidade”.

Mas, apesar dessa perspectiva vivenciada por esse profissional da educação, estes (86%) declaram
que não obtém conhecimento sob algum aluno LGBT+ que tenha interrompido os estudos por conta
de seu gênero e/ou orientação sexual.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Quando esse ato é apresentado, a violência, pode-se esta ser efetuada em vários locais. Para tanto,
em ambientes específicos podemos relatar especificamente onde o fato ocorreu, mas quando trata-
se de municípios, mais especificamente bairros municipais em MS onde o fato ocorreu, diante o
repasse da SEJUSP/MS, temos os seguintes dados:

173
MUNICÍPIO DO
BAIRRO DO FATO
FATO
Vila pedreira Anastácio
Aparecida do
Vila barbosa taboado
Aparecida do
Centro taboado
Serraria Aquidauana
Vila volpe II Campo grande
Universitário Campo Grande
Vila carvalho Campo grande
Portal caioba II Campo grande
Guanandi Campo Grande
Amambai Campo grande
Jardim colibri Campo grande
Jardim los angeles Campo grande
Jardim aero rancho Campo grande
Nova campo grande Campo grande
Jardim leblon Campo grande
Vila carvalho Campo grande
Jardim campo nobre Campo grande
Universitário Campo Grande
Universitário Campo Grande
Sem informação Campo grande
Jardim panamá Campo grande
Zona rural área 4 - RU do bandeira Campo grande
Vila serradinho Campo grande
Portal caiobá Campo grande
Universitário Campo Grande
Guanandi Campo Grande
Monte castelo Campo grande
Conjunto aero rancho Campo grande
Universitário Campo Grande
Parque dos Poderes Campo Grande
Parque novo século Campo grande
Vila santa luzia Campo grande
Vila progresso Campo grande
Parque do Lageado Campo Grande
Jardim canguru Campo grande
Parque isabel gardens Campo grande
Vila aimoré Campo grande
Vila romana Campo grande
Sem informação Campo grande
Vila piratininga Campo grande
Jardim aero rancho Campo grande
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Centro Cassilândia
Espatodia Chapadão do sul
Centro Chapadão do sul
Sibipiruna Chapadão do sul

174
Sibipiruna Chapadão do sul
Popular nova Corumbá
Centro Corumbá
Piracema Coxim
Sem informação Deodápolis
Jardim agua Boa Dourados
Vila alba Dourados
Aldeia bororó Dourados
Jardim brasília Dourados
Zona rural Dourados
Jardim são paulo Fátima do sul
Centro Fátima do sul
Alta floresta II Ladário
Moreninha Maracaju
Vila margarida Maracaju
Vila adrien Maracaju
Jardim napoleão Maracaju
Sem informação Miranda
Sem informação Miranda
Sem informação Nioaque
Centro Nioaque
Sem informação Nioaque
Nova Alvorada do
Centro Sul
Nova alvorada do
Maria de lourdes sul
Nova alvorada do
Sem informação sul
Distrito nova casa verde Nova andradina
Vila operaria Nova andradina
Sem informação Paranaiba
Santo antônio Paranaiba
Centro Paranaiba
Centro Paranaiba
Jardim maria paula Paranaiba
Santo antônio Paranaiba
Ipe branco I Paranaiba
Sem informação Paranaiba
Jardim das paineiras Paranaiba
Centro Ponta porã
Jardim planalto Ponta porã
Jardim primavera Ponta porã
Zona urbana Ribas do rio pardo
Catulino rodrigues Rio brilhante
São gabriel do
Sem informação oeste
Sem informação Três lagoas
Vila guanabara Três lagoas
Sem informação Três lagoas
Sem informação Três lagoas
Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS

175
Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS

MUNICÍPIO DO FATO TOTAL


Anastácio 1
Aparecida do Taboado 2
Aquidauana 1

Campo Grande 37
Cassilândia 4
Chapadão do Sul 4
Corumbá 2
Coxim 1
Deodápolis 1
Dourados 5
Fatima do Sul 2
Ladário 1
Maracaju 4
Miranda 2
Nioaque 3
Nova Alvorada do Sul 3
Nova Andradina 2
Paranaíba 9
Ponta Porã 3
Ribas do Rio Pardo 1
Rio Brilhante 1
Sao Gabriel do Oeste 1
Três Lagoas 4

Fonte: Própria - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código Penal
Brasileiro - SEJUSP/MS

Segundo informação repassada pela SEJUSP/MS, o sistema interno SIGO foi reformulado,
obtendo-se dados a partir de Agosto de 2022, sendo registrado até Dezembro de 2022, 01 (um)
caso de Discriminação por LGBTfobia no Estado do MS, sendo esse em Campo Grande, no bairro

176
do Centro deste município, não sendo informado a identidade de gênero, orientação sexual, o
indivíduo se auto informando como da cor parda, sexo masculino e pertencente ao público LGBT+.

Vítimas LGBTQIA+ de Discriminação por LGBTFobia


(Racismo - Lei Federal 7.716/89, Art. 20)
de ago./2022 a dez./2022
Centro Campo Grande
Fonte: Própria - Dados vítimas de Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada por

LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) - SEJUSP/MS

Das 25 (vinte e cinco) vítimas de Injúria Qualificada por Discriminação em MS, destas, somente
foram descritos corretamente 02 (duas) informações, sendo 01 (um) sexo masculino, identidade de
gênero descrita como “homem”, com orientação sexual homossexual, e outro do sexo masculino,
descrito como orientação sexual homossexual; são todos estes provenientes dos seguintes bairros
e municípios do Estado de MS:

BAIRRO DO FATO MUNICÍPIO DO FATO


Centro Anaurilândia
Centro Antônio Joao
Serraria Aquidauana
Jose inacio batista Brasilândia
Santo antônio Campo Grande
Conjunto habitacional jardim talisma Campo Grande
Sao francisco Campo Grande
Sao francisco Campo Grande
Vila moreninha II Campo Grande
Centro Campo Grande
Novos estados Campo Grande
Vila marcos roberto Campo Grande
Centro Campo Grande
Centro Campo Grande
Sem informação Corumbá
Sem informação Corumbá
Sem informação Dourados
Centro Dourados
Sem informação Dourados
Centro Fatima do Sul
Sem informação Guia Lopes da Laguna
Sem informação Guia Lopes da Laguna
Centro Jatei
Centro Paranaíba
Sem informação Paranaíba
Centro Rio Negro
Vista alegre Vicentina
Fonte: Própria - Dados vítimas de Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada por

LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) - SEJUSP/MS

177
Fonte: Própria - Dados vítimas de Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) - SEJUSP/
MS

MUNICÍPIO DO FATO TOTAL


Anaurilandia 1
Antonio Joao 1
Aquidauana 1
Brasilandia 1
Campo Grande 10
Corumba 0
Dourados 3
Fatima do Sul 1
Guia Lopes da Laguna 2
Jatei 1
Paranaiba 2
Rio Negro 1
Vicentina 1
Fonte: Própria - Dados vítimas de Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro) - SEJUSP/
MS

Quando este relacionado à Identidade de Gênero, à Orientação Sexual, sua raça ou cor, nos anos
de 2019 à 2022, temos os seguintes determinantes ocorridos:

Vítimas LGBTQIA+ de Lesão Corporal Dolosa em MS

Ano
Sexo Identidade de Gênero Orientação Sexual Total Geral
2019 2020 2021 2022
FEMININO Homem HETEROSSEXUAL 4 3 1 1 9
FEMININO Mulher BISSEXUAL 0 0 1 2 3
FEMININO Mulher HOMOSSEXUAL 1 2 0 0 3
FEMININO Homem HOMOSSEXUAL 2 0 0 0 2
FEMININO Outros HOMOSSEXUAL 1 1 0 0 2
FEMININO Não Informado BISSEXUAL 1 1 0 0 2
FEMININO Não Informado HOMOSSEXUAL 0 1 1 0 2
FEMININO Homem Não Informado 1 0 0 0 1

178
FEMININO Outros OUTRO 1 0 0 0 1
FEMININO Não Informado ASSEXUAL 0 0 0 1 1
MASCULINO Mulher HETEROSSEXUAL 4 2 4 2 12
MASCULINO Não Informado HOMOSSEXUAL 2 1 1 5 9
MASCULINO Homem BISSEXUAL 0 0 1 6 7
MASCULINO Mulher HOMOSSEXUAL 4 2 0 0 6
MASCULINO Mulher Não Informado 1 3 2 0 6
MASCULINO Travesti HOMOSSEXUAL 1 2 1 2 6
MASCULINO Homem HOMOSSEXUAL 0 1 2 2 5
MASCULINO Homem OUTRO 1 0 1 1 3
MASCULINO Transexual HOMOSSEXUAL 1 0 0 2 3
MASCULINO Homem ASSEXUAL 0 0 1 1 2
MASCULINO Outros HETEROSSEXUAL 1 0 1 0 2
MASCULINO Não Informado BISSEXUAL 0 0 0 2 2
MASCULINO Mulher OUTRO 0 0 1 0 1
MASCULINO Outros HOMOSSEXUAL 0 0 0 1 1
MASCULINO Outros OUTRO 0 0 1 0 1
MASCULINO Travesti BISSEXUAL 1 0 0 0 1
MASCULINO Travesti Não Informado 0 1 0 0 1
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código
Penal Brasileiro

Vítimas LGBTQIA+ de Lesão Corporal Dolosa em MS

Ano
COR DA PELE Total Geral
2019 2020 2021 2022
Parda 16 5 5 10 36
Branca 5 10 6 2 23
Sem Informação 3 2 4 11 20
Negra 3 3 4 5 15
Total Geral 27 20 19 28 94
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Lesão Corporal Dolosa com vítimas que se identificam LGBTQIA+ / Art. 128 do Código
Penal Brasileiro

Essas vítimas de violência, quando delimitadas pela Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo
nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal
Brasileiro), temos:

179
Fonte: SEJUSP/MS - Dados vítimas de Discriminação por LGBTfobia (Lei de Racismo nº 7.716/1989, Art. 20), e Injúria Qualificada
por LGBTfobia (artigo 140, Art. nº 3, do código Penal Brasileiro)

A Comissão Especial Processante de Mato Grosso do Sul – CEPLGBT/MS instituída pelo Decreto
nº 15.334, de 19 de outubro de 2020, é um órgão permanente, autônomo, consultivo e deliberativo,
vinculado à Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato Grosso do Sul (SubsLGBT/MS),
unidade pertencente a estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura
de Mato Grosso do Sul (SECC/MS), conforme descrito anteriormente, e tem como competência a
apuração dos atos discriminatórios previstos na Lei nº 3.157, de 27 de dezembro de 2005, que dispõe
sobre as medidas de combate à discriminação devido a orientação sexual no âmbito do Estado de
Mato Grosso do Sul e prevê sanções. Desde a sua criação em 2020, como fator relevante perante
nosso quadro sob a violência, foram relatados pela mesma, que constam abertos 17 (dezessete)
processos administrativos de denúncias acolhidas pela CEPLGBT/MS até o final de 2022, sendo 02
(dois) no ano de 2021 e 15 (quinze) em 2022, sendo estes provenientes dos municípios de Campo
Grande (15 processos), de Três Lagoas (01 processo), e de Nova Andradina (01 processo), e após
suas análises, desses, 06 (seis) foram encaminhados para os relatores e estão em andamento.

Segundo descritivo do “Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras”


em 2022, elaborado pela Antra, o MS não aparece entre os Estados que mais assassinaram
pessoas Trans no período de 2017 à 2021. Apesar desse relato, em uma pesquisa realizada pela
equipe do TvT – Transrespect versus Transphobia World Wilde, o Observatório de pessoas trans
assassinadas no mundo, foi relatado que em um total de 4.042 (quatro mil e quarenta e dois)
assassinatos, 1.549 (mil quinhentos e quarenta e nove) foram no Brasil, este acumulando 38,2% de
todas as mortes de pessoas trans no mundo. Diante o período de outubro/2020 à setembro/2021,
o Brasil permanece como o país que mais assassinou pessoas trans do mundo, com 125 (cento e
vinte e cinco) mortes, seguido do México (65) e Estados Unidos (53).

180
Fonte: “Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” – Antra 2022.

Fonte: “Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” – Antra 2022.

181
Verificando as informações detalhadas pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, diante
filtro aplicado no painel de dados para o MS mediante a análise da denúncia, sendo estes descritos
a seguir, ao delimitar as violações de direitos humanos sob a violência contra a população LGBT,
obtemos, os atendidos por este órgão nos anos de 2020, 2021 e 2022, totalizando 893 violações.
PERÍODO DENÚNCIAS VIOLAÇÕES
Ano 2020 36 163

(01/01/2020 à
31/12/2020)
Ano 2021 (01/01/2021 à 17 88
31/12/2021)
Ano 2022 (01/01/2022 à 78 642
31/12/2022)
Anos de 2020, 2021 e 131 893
2022
Fonte: própria (dados extraídos das plataformashttps://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020,
https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 ), https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-
dados/2021 , e https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022 ).

No 1º. Semestre de 2020, foram apresentadas no grupo vulnerável LGBT, 22 (vinte e duas)
denúncias, com 139 (cento e trinta e nove) violações de direitos, sendo essas pertencentes de
uma apresentação total de 3.098 (três mil e noventa e oito) denúncias e 16.515 dezesseis mil,
quinhentos e quinze) violações de direitos, total dos grupos vulneráveis registrados no MS.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

No cenário da violação, temos como maior percentual de 38 (trinta e oito) violações de direito, o
ambiente da casa da vítima, seguido de outros cenários, como a casa onde reside a vítima e o
suspeito (30), o ambiente virtual (internet, rede social, aplicativos) (27), estabelecimento de saúde
(21), casa do suspeito (10), órgão público (03), em via pública (03), local da vítima (03), local de
trabalho do agressor (01), e em outros locais (05).

182
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

Quanto aos tipos de violações, nesse período, obtiveram-se várias classificações, dentre elas
violência psicológica (78), agressões que violam a honra (38), violência física (24), que violam o
direito à liberdade (7), crimes contra a vida (4), que violam a liberdade civil e política (1), e violações
gerais (21).

183
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/primeiro-semestre-de-2020

No 2º. Semestre de 2020, o próprio painel de dados fornece uma “nuvem de palavras sobre
violações”, demonstrando o que abrange as violações descritas nesse período.

184
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Neste, foram apresentadas no grupo vulnerável LGBT, 14 (quatorze) denúncias, com 24 (vinte e
quatro) violações de direitos, sendo essas pertencentes de uma apresentação de 2.841 (duas mil,
oitocentos e quarenta e uma) denúncias e 7.222 (sete mil, duzentas e vinte e duas) violações de
direitos, total dos grupos vulneráveis registrados no MS.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

No cenário da violação, temos como maior percentual 8 (oito) violações de direito o ambiente virtual
(no âmbito da internet), seguidos de outros cenários, como casa onde reside a vítima e o suspeito
(06), ambiente de lazer (04), unidade prisional (01), via pública (01), dentre outros (04).
185
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Na identificação da espécie da violação, temos como maior percentual 18 (dezoito) violações de


direito da categoria elencada como violação da integridade psíquica, 04 (quatro) da integridade
física, 01 (uma) da violação da liberdade de religião ou crença, e 01 (uma) da liberdade de direitos
individuais, motivas por diversos fatores, assim como exemplificado no próprio painel mediante a
“nuvem de palavras motivação”, possíveis determinantes para tais atos.

186
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/segundo-semestre-de-2020 )

187
No ano de 2021, a “nuvem de palavras violações” anteriormente exemplificada pelo próprio painel,
abrange mais nomenclaturas, considerando um maior montante desses. Para tais violações perante
o grupo vulnerável LGBT, foram registradas 17 (dezessete) denúncias, com 88 (oitenta e oito)
violações de direitos, sendo nesse ano, dados pertencentes a um montante de 5.083 (cinco mil e
oitenta e três) denúncias e 20.772 (vinte mil, setecentos e setenta e duas) violações de direitos total
dos grupos vulneráveis registrados no MS.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

188
Assim como a “nuvem de palavras de violações”, a “nuvem de palavras motivações” em 2021
tornou-se muito mais abrangente: considerou mais nomenclaturas que explanam possíveis atos
que motivam o ocasionamento de tais violações.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

No cenário da violação nesse ano, temos o ambiente da casa da vítima com registros de local da
ocorrência de 42 (quarenta e duas) violações, seguida de 14 (quatorze) ocorrências no ambiente
da casa onde reside a vítima e o suspeito, no shopping (07), no local de trabalho da vítima (04), na
unidade prisional (04), e outros locais (17).

189
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Seguindo as identificações da espécie da violação, temos perante o total de 88 (oitenta e oito)


violações, como maior percentual as 81 (oitenta e uma) violações de direito sob a categoria
elencada como violação da integridade (60 sob a psíquica, 17 sob a física, e 04 sob a patrimonial),
05 (cinco) violações da liberdade (03 sob os direitos individuais, e 02 sob a liberdade sexual), e 02
(duas) violações de direitos civis e políticos (01 da violação da propriedade, e 01 sob a retenção de
documentos).

190
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2021

Quando os registros reproduzem a violência com o público LGBT no 1º. Semestre do ano de
2022, perante o painel de dados do MMFDH, tanto as palavras descritas na nuvem de palavras de
violações” quanto na “ nuvem de palavras de motivações” explanam perfeitamente a ocorrência
desta: fator esse o qual não pausa. Para tanto obteve-se para esse determinado período, perante
o grupo vulnerável LGBT, registros de 12 (doze) denúncias, com 57 (cinquenta e sete) violações
de direitos, sendo nesse ano, dados pertencentes a um montante de 2.798 (duas mil, setecentos e
noventa e oito) denúncias e 13.936 (treze mil novecentos e trinta e seis) violações de direitos total
dos grupos vulneráveis registrados no MS.

191
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

192
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Com um percentual de maior ocorrência sendo esta com 28 (vinte e oito) violações de direito no
ambiente de trabalho da vítima no 1º. Semestre do ano de 2022, seguiu-se a descrição dessas,
relatando os demais cenários envolvidos: casa onde reside a vítima e o suspeito (12), casa da
vítima (05), casa de familiares (04), casa do suspeito (04) e instituição de ensino (04).

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

193
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Promovendo a identificação da espécie da violação, obteve-se dentre as 57 (cinquenta e sete)


violações de direitos, 50 sob a integridade (38 psíquica e 12 física), 05 da categoria elencada como
violação da liberdade (03 dos direitos individuais, e 02 dos sexuais), e 02 sob violações dos direitos
sociais (01 à saúde, e 01 à segurança).

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

E assim, para o 2º. Semestre de 2022, diante de 2.977 (duas mil, novecentos e setenta e
sete) denúncias e 18.617 (dezoito mil, seiscentos e dezessete) violações de todos os grupos
vulneráveis do MS registrados no painel de dados da ONHD/MMFDH, quando filtrados os dados
para o grupo vulnerável LGBT, obteve-se o número de 66 (sessenta e seis) denúncias e 585

194
(quinhentos e oitenta e cinco) violações, fator esse que com certeza deve-se ao esforço mútuo
perante o processo informativo da sociedade específica sobre seus direitos, caracterizados
diante das “nuvens de palavras de violações ou de motivações” dessa violência, dentre outros.

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

195
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Distinguiu-se diante o cenário da violação, determinados locais, estes sendo a casa onde reside
a vítima e o suspeito (188), a casa da vítima (146), a via pública (81), estabelecimento de saúde
(54), o ambiente da casa do suspeito (28), ambiente perante órgãos públicos (26), ambiente virtual
(no âmbito da internet) (23), casa de familiares (10), instituição de ensino (10), local de trabalho da
vítima (09), unidade prisional (08), e ambiente de lazer/esporte/entreterimento (04).

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

196
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Fatores da identificação perante a espécie da violação diante esse semestre de 2022, foram
classificados como: 452 (quatrocentos e cinquenta e duas) violações da integridade (273 psíquica,
138 física, 24 negligência, e 17 patrimonial), 51 (cinquenta e uma) violações dos direitos sociais
(10 sob a saúde, 08 sob o trabalho, 07 sob a assistência aos desamparados, 06 moradia, 05
alimentação, 04 educação, 04 previdência social, 04 segurança, 03 transporte), 48 (quarenta e
oito) violações da liberdade (33 sexual, 09 dos direitos individuais, 04 perante a religião ou crença,
e 02 de expressão), 15 (quinze) violações da igualdade (sendo ela devido à discriminação), 08
(oito) violações dos direitos civis e políticos (06 de propriedade, 01 de acesso à informação, e 01
pela retenção de documentos), e 05 (cinco) violações perante à vida (02 sob o feminicídio, 02 sob
incitação ao suicídio, e 01 (uma) sob homicídio).

Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

197
Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/painel-de-dados/2022

Salientando, que desde 2015, a CIDH (Comissão Interamericana dos Direitos Humanos), já se
observava que as “estatísticas disponíveis não reproduzem a dimensão da violência enfrentada
pelas pessoas LGBT+ no continente americano. A Comissão observou que muitos casos de
violência contra essas pessoas não são denunciados, pois muitas pessoas temem represálias e
não querem se identificar como LGBT, ou não confiam na polícia ou no sistema judicial. Além disso,
estigmas e preconceitos internalizados pelas próprias pessoas LGBT também podem dificultar que
os abusos sejam reconhecidos e admitidos como tal.”

Educação

Historicamente, no período compreendido entre 2000 e 2010, ocorreu-se produtivas relações


entre o movimento LGBT+ e o Governo Federal, fatos esses que “enfraqueceram—se” antes da
realização da II Conferência Nacional LGBT, em 2011, diante da ausência da atual representante
da Presidência da República na abertura do evento e também do representante do Ministério da

198
Educação (MEC), onde haveria a discussão sobre conjuntura e as ações realizadas na área de
educação após a I Conferência; posteriormente, ocorreu a suspensão do material educativo Escola
Sem Homofobia, apelidado de maneira deletéria pela bancada evangélica de “kit gay”, um material
que preparado através de estudos científicos e pedagógicos, que envolveram atores e especialistas
em educação do Movimento LGBT, da Sociedade Civil, da Unesco e do próprio Ministério da
Educação, objetivava, entre várias formas de conhecimento educativo, combater a homofobia no
ambiente escolar. (Aidar, 2016; França, 2018)

A possibilidade de pessoas travestis e transexuais poderem utilizar seu nome social a partir da
realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2014, e também a Resolução nº
12/2015 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas,
Gays, Bissexuais e Travestis (CNCD/LGBT), compuseram algumas das ações positivas também
ocorreram adiante, fazendo com que pessoas travestis e transexuais tenham a garantia de presença
no sistema educacional. (Aidar, 2016)

Ao concordar com a afirmativa de que “a falta de inclusão social e acolhimento se reflete no acesso
à educação e, como um efeito dominó, limita as chances de inserção no mercado de trabalho”
(#VOTELGBT 2021) e demais associados, promoveu-se a elaboração do Instrumento de pesquisa
Educação - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em MS”, no intuito do
conhecimento mais aprofundado diante a vivência desse público e aos que os assistem na área
da educação. A pesquisa foi realizada com 177 (cento e setenta e sete) pessoas no total, e após
tratamento de dados, foram consideradas 26 (vinte e seis) respondentes LGBT+, 25%, e 114 (cento
e quatorze), 75%, profissionais da área da Educação, esses entre 16 (dezesseis) e 60 (sessenta)
anos, se auto denominando como branca (51,4%), parda (37,8%), negra (10,8%), com um alcance
de 70% para a população proveniente da Capital do Estado, Campo Grande, e 30% do interior.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

199
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Campo Grande 26 70,3%


Dois Irmaos do Buriti 1 2,7%
Dourados 3 8,1%
Miranda 1 2,7%
Naviraí 2 5,4%
Novo Horizonte do Sul 1 2,7%
Paranhos 1 2,7%
Terenos 2 5,4%

CAPITAL 26 70%
INTERIOR 11 30%

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Esta população questionada, com identidade de gênero de mulher cis (40,5%), homem cis
(35,1%), não binárie (16,2%), mulher trans (5,4%), e travesti (2,7%); já devido à orientação sexual,
os mesmos, 37,8% gay, 27,0% lésbica, 13,5% bissexual, 10,8% pansexual, 5,4% heterossexual.
Cursando o ensino superior (35,1%), e ao relato, esta ser presenciada em escola pública federal ou
em escola particular (27%), (indo de acordo com a pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo
e empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, 27,6%, esta com 326 respostas
válidas, visando que no mesmo Instrumento, 61% relataram não ter interrompido seus estudos
durante a pandemia COVID-19.

200
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

201
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

202
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Através de uma pesquisa realizada em 2020, a UNESCO pode realizar um levantamento em 14


capitais brasileiras sobre Juventude e Sexualidade, e discriminação homofóbicos no ambiente
escolar; neste, foi relatado que 1/3 (um terço) dos pais dos estudantes não gostariam que seus filhos
tivessem amigos, ou mesmo colegas, homossexuais, e 1/4 (um quarto) dos estudantes também
não gostariam dessa proximidade de relação, caso também relatado por Teixeira (2017) que em
sua análise também relaciona outros estudos para refletir sobre um recorte interessante a respeito
dos agravos e desigualdades que segregam a população LGBT+ do ambiente escolar.

Perante as 37 (trinta e sete) pessoas alcançadas por esse Instrumento de pesquisa da Educação,
a maioria (35,1%) se locomove até a escola através de veículo próprio, seguido de 29,7% que se
utiliza de transporte público municipal, e 29,7% não recebe auxílio gratuidade para este, enquanto
24,3 % recebe, sendo estes os estudantes, idosos e PCDs.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

203
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Apesar deste Instrumento demonstrar através da identificação de um total de 75% de profissionais


da área da educação respondentes, sob 13 (treze) municípios, 90 (noventa) profissionais que atuam
no interior (79%) e 24 (vinte e quatro) profissionais que atuam na Capital (21%), trabalhadores da
rede municipal de ensino (50%), rede estadual (46,5%), rede federal (0,9%), e outras (2,6%), destes
31% já trabalhou em sala de aula com questões relacionadas a gênero e/ou orientação sexual,
percebidos esses, através do retorno de 22% de estudantes relatando que a escola possui ações,
projetos, ou disciplina que abrangem essa temática (palestras, aulas, roda de conversa e projetos).

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

204
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

205
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

“Valores de exclusão são passados de geração para geração e estão na base da LGBTfobia estrutural,
sendo reforçados pelo machismo e pelo modelo heteronormativo que organiza a sociedade, além de
fatores institucionais, religiosos e políticos” (Matos e De Lara, 2018). Segundo os dados do “Dossiê
LGBT+” a respeito da LGBTfobia estrutural, demonstram que 73% das pessoas LGBT+ relataram
já ter sofrido bullying na sua experiência escolar, além de apontar a ocorrência de evasão escolar,
os alunos LGBT+ são 02 (duas) vezes mais propícios a faltar aula por conta da LGBTfobia; 14%
dos profissionais da educação demonstram afirmativamente sobre a desistência aos estudos por
um aluno devido essa situação. Esses são enfatizados na vivência e presença deste ato perante
os alunos (51%), e o presenciamento perante os professores (19%), e de acordo com a pesquisa
anteriormente citada, relatando 83,9% de reprodução da discriminação através do bullying.

Devido a pesquisa realizada em 2016 pelo presidente da Comissão da Diversidade Sexual da


Ordem dos Advogados do Brasil, pelo defensor público João Paulo Carvalho Dias, pode-se
observar que se estima que no Brasil 82% das pessoas trans e travestis tenham abandonado os
estudos ainda na Educação Básica; seguindo essa informação, questionamos os profissionais se
a instituição de ensino que este trabalha possui alguma estratégia ou política de enfrentamento à
evasão escolar para pessoas LGBT+ obtendo assim, 43% de respostas afirmativas, onde, 73%
relatam um ambiente adequado para promoção do ensino,

206
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

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Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Quando esse ato foi direcionado por uma colega (19%), 77,4% eram os próprios alunos da escola,
mas apenas 8,1% registrou esta em boletim de ocorrênica e 5,4% em ata da escola, o prenchedor
sendo a própria vítima (8,1%) ou a pessoa que presenciou o fato (8,1%).
Segundo a SED/MS, “Considerando o estabelecido na legislação brasileira, principalmente ao que se refere
à garantia de direito à educação especificados na Constituição Federal, artigos 227 e 208, na LDB/1996, ar-
tigo 4º e artigos 10 e 11, no ECA/1990, artigos 3º, 4º, 54 e 56, e no Plano Nacional de Educação (PNE) - Lei
13.005/2014”; Considerando que a Deliberação nº 10.814/2016, do Conselho Estadual de Educação (CEE/
MS), reafirma as normas para a educação básica e a articulação dos componentes curriculares e áreas de co-
nhecimento das etapas de ensino, com destaque aos temas abrangentes e contemporâneos, com ênfase à saú-
de, sexualidade e gênero, vida família e social (art. 15, § 2º); Considerando que a Resolução CNE/CP nº 2, de
22/12/2017, ao instituir a obrigatoriedade de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às
etapas e modalidades de ensino da educação básica, dá indício (art. 22) da “elaboração de normas específicas
sobre [...] orientação sexual e identidade de gênero”, ao longo da trajetória escolar dos estudantes do país; Con-
siderando que a Resolução/SED nº 3.443, de 17 de abril de 2018, trata do uso do nome social e o reconheci-
mento da identidade de gênero de pessoas traves- Art. 3º O estudante travesti ou transexual deve manifestar, por
escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
tis e transexuais nos documentos escolares, cujo matrícula ou no decorrer do ano letivo.
teor “veda o uso de expressões pejorativas e dis- §1º o No caso de estudante menor de dezoito anos de idade, a
criminatórias para se referir a pessoas travestis e inclusão do nome social deverá ser manifestada, por escrito, pelos
transexuais”, sendo que, para a inclusão do nome pais ou responsáveis.
social, é necessário a solicitação do estudante ou §2º o Quando do uso da prerrogativa prevista neste artigo, o
estudante não precisa comprovar a anotação do nome social. ”
do responsável, conforme previsto no art. 3º:

208
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

209
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Para que esse quadro se altere, devemos enfatizar na obtenção do conhecimento dos direitos
por esse assistido e seus assistentes; para tanto, essa pesquisa ao questionar sob a Resolução /
SED nº 3.443, de 17 de que dispõe sobre o uso e o registro do nome social e o reconhecimento
da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos escolares, e dá
outras providências, somente 33% dos estudantes responderam que conhecem, mas 81% dos
profissionais estão informados. O questionamento sobre o conhecimento do Art. 3 da Resolução
nº 1, de 19 de janeiro de 2018 do Ministério da Educação, que dispõe sobre alunos maiores de 18
(dezoito) anos terem o direito de solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer
momento sem a necessidade de mediação, fez com que fosse relatado que 68% dos estudantes
tem esse conhecimento e 87% dos profissionais também, mas esse percentual diminui através da
informação recorrente à menoridade, 54% e 78% dos estudantes e profissionais, respectivamente,
sabem (Art. 4 da Resolução nº 01, de 19 de janeiro de 2018, do Ministério da Educação: alunos
menores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a
qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade com o disposto
no artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente). Quando indagados

210
sobre um melhor relato quantitativo perante o que tange o Art. 3º, a SED/MS: “O estudante travesti
ou transexual deve manifestar, por escrito, seu interesse pelo registro do nome social no ato da
matrícula ou no decorrer do ano letivo”, ou seja, a quantidade de estudantes que manifestaram-
se descrevendo o seu Nome social, o referido órgão retornou com o dado de que “até o dia 31 de
dezembro de 2022, constam registrados no Sistema de Gestão de Dados Escolares - SGDE, 162
(cento e sessenta e dois) estudantes com Nome Social, na Rede Estadual de Ensino”.

Confirmando a atuação do Estado, a SED/MS, expõe que “Através do questionamento sobre as


ações desenvolvidas pela SED/MS para essa população LGBT+, dentre estas atividades formativas
e/ou informativas para professores e/ou alunos, o mesmo órgão nos forneceu na devolutiva a
descrição sobre como conduz a demais: “Em atendimento à meta 7, Qualidade na Educação,
estratégia 7.33 do Plano Estadual de Educação (PEE/MS), a Secretaria de Estado de Educação
(SED/MS) realizou parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), por intermédio do Centro
de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, e, também, realizou formação continuada para os
profissionais da Educação, com carga horária 40 horas, em Direitos Humanos e Políticas Públicas
- Sexualidade e População LGBT, no 2º semestre de 2021, com previsão para nova turma no 1º
semestre de 2023. No ano de 2022, foi realizado o “Seminário Gênero e Diversidade na Escola” em
parceria com as Subsecretaria de Políticas Públicas para a População LGBT+”;“contempladas no
planejamento pedagógico e previstas no Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada unidade escolar,
na perspectiva de garantia de direitos de crianças, adolescentes, jovens e adultos matriculados na
Rede Estadual de Ensino (REE/MS). Destaca-se que as orientações emanadas por esta Secretaria
conduzem e direcionam a gestão escolar e equipe pedagógica a criarem caminhos possíveis no
atendimento às necessidades e especificidades dos estudantes LGBTQIA+, bem como buscar,
diante da realidade de cada escola e sua estrutura física, adequar o atendimento, o acolhimento e
o desenvolvimento de uma proposta pedagógica que considera e inclui todos os estudantes e sua
diversidade”. (SED/MS)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

211
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

212
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Considerando também intercorrências associadas às questões de gênero e/ou orientação sexual ou


outra situação que dialoga com o contexto escolar, apesar da afirmativa de 56,8% dos estudantes
não encontrarem nenhum obstáculo para terem acesso aos serviços de educação, mas 29,7%
relatarem o preconceito como, a SED/MS salientou que “considera a utilização do banheiro escolar,
outra questão que perpassa a garantia de direitos de pessoas transexuais, a qual tem por base, no
âmbito legal a Resolução nº 12, de 16 de janeiro de 2015, da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, especificamente o artigo 6º, que assim descreve:
“Deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais
espaços segregados por gênero, quando houver, de acordo com a
identidade de gênero de cada sujeito”

Para tanto, o referido órgão relatou que, “as orientações direcionadas pela SED/MS em demanda às
escolas estaduais do MS devem garantir a utilização do banheiro escolar pelas pessoas conforme
sua identidade de gênero, ou seja, meninas e mulheres transexuais devem utilizar o banheiro
feminino e meninos e homens transexuais devem utilizar o banheiro masculino. Quanto às pessoas
Queer e intersexuais, essa construção deverá ser realizada em conjunto com o estudante. Em
ambos os casos, o acolhimento é premissa fundamental na concepção de escola democrática e
protetora de direitos”.
213
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

As temáticas de gênero e sexualidade, entre outros temas da contemporaneidade, se relacionam


intrinsecamente à dignidade humana, à equidade educacional e ao respeito à igualdade de direitos
manifestos na legislação, sendo que estas abordagens devem ser vivas e presentes no cotidiano
e contexto escolar, para serem traduzidas nas práticas cotidianas, ressaltando-se na dinamicidade
da instituição escolar. Para tanto, o embasamento de Teixeira (2017) sobre o enfrentamento da
LGBTfobia, através da intersetorialidade das políticas públicas, afirma que essa, “representa
elemento central para a promoção da cidadania LGBT+ e requer diálogo e resultados conjuntos,
com o planejamento necessário para a implementação e a avaliação das políticas sociais, entre
elas a educação, o que pode propiciar as mudanças sociais necessárias para o enfrentamento do
preconceito de gênero e de sexualidade”.

Saúde

Certos que determinados complexo de fatores precisam ser levados em conta para construção
de uma sociedade saudável no Brasil, uma vez que dentre eles está o resultado da urbanização
acelerada, responsável por cidades em que a falta de acesso à água e ao saneamento, os quais
colocam milhões de pessoas sob risco de epidemias como, dengue, zika e chikungunya (SILVA
JUNIOR, 2019) ou em condições crônicas de adoecimento (PINTO, et al., 2019), foi elaborado o
Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em

214
MS”, este abrangendo para além de relações perante acometimentos para a aquisição de um bem
estar na saúde, questionamentos com a finalidade na obtenção de respostas apropriadas para
essa existente situação tão desafiante, com o propósito, além do fortalecimento e da transformação
dos sistemas de saúde no alcance do efetivo acesso universal, também à construção de uma
agenda multissetorial de políticas capazes de incidir nos principais fatores sociais, econômicos e
ambientais, promovendo assim, saúde.

Ardorosamente defendido o direito à saúde para todos, através do conceito de promoção no primeiro
ressaltado como componente essencial dos sistemas de saúde na Declaração de Alma-Ata (1978),
e promovendo uma reflexão mais aprofundada sobre o tema, foi elaborada a Carta de Ottawa
(1986), onde, proclamada pela Assembleia da Organização Mundial de Saúde, produziu o efeito
de reconhecimento perante as agendas locais e globais do setor, e assim, essas passam a atuar
em relação às seguintes constatações: no mundo contemporâneo, a questão social (condições,
situações e estilos de vida), a questão ambiental, e o acesso aos direitos, influenciam fortemente
a saúde individual e coletiva. Para tanto, corroborando com Minayo e Gualhano (2019), a questão
médica é somente parte de um complexo ecossistema saudável, ressaltando-se que não só os
governos, mas também a sociedade e o indivíduo, são corresponsáveis por sua saúde: ela, portanto
é um direito e um dever.

Com um alcance de 75% na capital e 25% no interior do Estado do MS, sendo deste, 40% pertencente
ao público LGBT+, o presente Instrumento de pesquisa específico para a área da saúde totalizou os
seguintes respondentes, com faixa média de idade entre 15 (quinze) e 59 (cinquenta e nove) anos.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

215
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Com o público estimado perante a sua identidade de gênero travesti (3,4%), mulher trans (8,0%),
não binarie (11,4%), mulher cis (34,1%), e homem cis (43,2%), e elencadas especificações de cor/
raça, além das perante sua orientação sexual (heterossexual 4,5%, pansexual 9,1%, lésbica
19,3%, bissexual 25,0%, e gay 39,8%).

216
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

217
Apesar do sistema TabNet DATASUS não fornecer cadastro de procedimentos de pacientes com
código 0303030089 – tratamento hormonal preparatório para cirurgia de redesignação sexual
no processo transexualizador, e 0303030097 – Terapia hormonal no processo transexualizador,
sengundo a SES/MS, ao acreditar que seja pelo fato do HUMAP/EBSERH não possuir
credenciamento e habilitação, sendo que o referido órgão solicitou o levantamento ao hospital, via
ofício, porém não recebeu resposta.

Conforme também descrito anteriormente, levando em consideração ao cadastramento pelos


municípios através do e-SUS AB - Centralizador Estadual, foram repassados:

Pessoas do sexo feminino que responderam o campo identidade de gênero e orientação


sexual na ficha e-SUS ab

Identidade de Gênero Orientação sexual


Sexo Feminino
Homem Trans Mulher Trans Não Informado Outro Travesti Lésbica/Gay Bissexual
1638 41 70 1477 67 9 1597 41
% 2,5% 4,3% 90,2% 4,1% 0,5% 97,5% 2,5%

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Pessoas do sexo masculino que responderam o campo identidade de gênero e orientação


sexual na ficha e-SUS ab

Identidade de Gênero Orientação sexual


Sexo Masculino
Homem Trans Mulher Trans Não Informado Outro Travesti Lésbica/Gay Bissexual
1209 54 17 1056 41 36 1209 0
% 4,5% 1,4% 87,3% 3,4% 3,0% 100,0% 0,0%

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

218
Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Ressaltando, a própria SES/MS declara que esses quadros “ainda estão em fase de ajustas, porém,
os municípios com maior população fizeram a migração das informações para este centralizador. Este
levantamento leva em conta as pessoas que foram cadastradas no e-SUS ab e que responderam
os campos identidade de gênero e orientação sexual. Mesmo assim, temos que ter em mente
que nem todos os municípios possuem cobertura de Agente Comunitário de Saúde - ACS em sua
amplitude, pois este profissional é o responsável para realizar o cadastro completo no e-SUS ab.”.

Sabendo-se que dentre os privados de liberdade, podemos também constatar um público LGBT+,
e, como dado facilitatório, e na finalidade de manutenção do trabalho da SES/MS “de forma
ordenada e identificar as maiores necessidades de saúde para esta população”, foi realizado um
levantamento do número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais do estado no ano de 2022
(informe datado de Abril/2021) e descrito com as informações conforme tabela abaixo; mas como
atualização, nos foi repassada esta sobre o número de pessoas LGBT+ nas Unidades Prisionais
do Estado, a quantidade de 455 (quatrocentos e cinquenta e cinco) pessoas, conforme fonte do
Sistema Integrado de Administração Penitenciária (SIAPEN / AGEPEN/MS – 03/02/2023).
IDENTIDADE DE ORIENTAÇÃO
PESSOAS LGBT+ IDADE
GÊNERO SEXUAL
ACO ACO
PRES MPA MPA PESS
MULH HOME MULH HOME PRES PESS PESS PESS PESS
INTER OS NHAD NHAD OAS ACIM
ER M TRAV LÉSBI ERES NS OS OAS OAS OAS OAS 30 A 60 A
SEXU GAYS PROVI AS OS AMA 18 A 29 41 A 59 A DE
TRAN TRAN ESTI CAS BISSE BISSE COND BRAN PRET PARD INDIG 40 70
AIS SÓRIO POR POR RELA 70
S S XUAIS XUAIS ENAD CAS AS AS ENAS
S ADVO DEFE S
OS
GADO NSOR

37 5 37 2 83 86 89 77 77 256 73 258 110 38 170 4 9 179 122 29 0 0


Total: 416

Fonte: própria (dados extraídos do repasse e-SUS ab (Centralizador Estadual)

Perante esse público, com uma parcela de 71,6% e 48,5% (Instrumento de pesquisa “Políticas
públicas, empreendedorismo e empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”) dos
respondentes que são usuários de rede pública de saúde, e de 89% que já buscaram atendimento
em alguma rede de atendimento à saúde vinculada ao SUS, dentre eles o Centro Regional de
Saúde (CRS), Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e Unidade Básica de Saúde (UBS).

Em nossa Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e empregabilidade


LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”, 51% dos respondentes fazem acompanhamento
de saúde, e desses 48,9% são Não-binarie, 36,2% Homem Trans, 10,6% Mulher Trans, e 4,3%
Travesti, sendo atendidos, a grande maioria pela rede pública (63,8%).
219
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

220
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Parta acesso ao atendimento da saúde, os respondentes informaram que se utilizam de veículo


próprio, ou se direcionam através de caminhada à pé, aplicativo de transporte ou com transportes
municipais, intermunicipais, interestaduais e outros.

221
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Uma das dificuldades encontradas pelos usuários, é a falta de auxílio ou gratuidade no transporte
para acesso a tal, uma vez que somente foi referido o passe municipal / transporte coletivo perante
o idoso / pessoa com deficiência.

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

222
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Através da Portaria nº 2.836 de 1º de dezembro de 2011, promover a saúde integral de lésbicas,


gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional,
bem como contribuir para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema
universal, integral e equitativo, são os objetivos da Política Nacional de Saúde Integral LGBT+.
Muitos dos entrevistados relataram que não a conhecem (64%).

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Diante a insatisfação de grande parte do público alcançado (35,2%), e contrastando com o repasse da SES/
MS, verificamos o esforço deste para com a melhora nesse tipo de atendimento específico “ Nas Unidades
de Saúde, com a finalidade de minimizar o preconceito e discriminação social no atendimento
à comunidade LGBT+ nesses locais, discutir estratégias referentes à prevenção, promoção e a
assistência à saúde dessa população, melhorando assim a qualidade no atendimento, favorecendo
um ambiente acolhedor e com o devido respeito à diversidade sexual, a SES/MS relatou a realização
de 02 (dois) webinários sobre “Acolhimento do Público LGBT+ nas Unidades de Saúde em Mato
Grosso do Sul, tendo como público alvo os Agentes Comunitários de Saúde e Recepcionistas das
Unidades de Saúde.”

223
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

224
Quando os questionamentos são direcionados ao público Trans/Travestis/Não Bináries e esses
fazem uso da hormonioterapia (40%), dos 20% que fazem acompanhamento médico, 15% o faz
através da rede pública de saúde, além desses terem tentado adquirir a terapia através dessa rede,
e não ter obtido sucesso (25%).

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

225
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Devido à “Tratamento com Prep - dificuldade para retorno e mais medicação”, “Preconceito e eles
tentarem me empurra anticoncepcional feminino a todo custo mesmo sendo uma pessoa trans
Masc”, “Porque já alcançou o resultado que queria”, “Por condições financeira”, “Parei com o remédio
devido a sensação de mal estar mais conversei com a médica responsável e ela suspendeu”,
dentre outros relatos dos respondentes, 30% responderam ter abandonado o tratamento. Ao não
possuirem uma equipe completa necessária para habilitação do Ambulatório Transexualizador
do HU/EBSERH, junto ao Ministério da Saúde, os atendimento estão sendo realizados mas não
integralmente, devido à falta de alguns medicamentos e negativa diante às cirurgias (fato esse
confirmado pela ausência afirmativa a essa questão).

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

226
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Explando novamente sobre dificuldades apresentadas, no setor da saúde, 33% de uma pesquisa
relatam que a encontram, e quando o público é mais específico, esse percentual aumenta (55%),
sendo essas o maior relato perante ao atendimento (28%), falta de organização no ambiente de
atendimento (atraso no horário de atendimento, ausência de profissionais, falta de informação /
outros na recepcão da unidade, etc), e dificuldade no agendamento para atendimento (48%).

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

227
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

228
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

O profissional da área da saúde é um dos fatores de maior importância diante o acesso desse
público à saúde: é ele o “cartão de visitas”, o acolhedor e detentor do conhecimento diante a
fragilidade desse indivíduo. Em nossos questionamentos, pudemos constatar que o mesmo não
possui um momento de interação ou discussão / capacitação para o atendimento ao público lgbt+
(65%), obtendo também o dado de que 22 % não se sentem aptos na realização de um atendimento
específico, sendo por falta de capacitação ou instrução (57%) ou por falta de conhecimento sobre
a pauta (43%).

229
Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Com a finalidade na melhora desse quadro, a SES/MS relatou que foram iniciadas tratativas com
a equipe do Ambulatório Transexualizador, a fim de programar uma capacitação para a equipe de
saúde do sistema prisional com para a realização de atendimento à população trans que estão
privadas de liberdade, principalmente no que se refere ao atendimento clínico e hormonioterapia,
a qual se deu como efetivada, mesmo que através da Educação à Distância, em conjunto com a
Gerência de Saúde do Sistema Prisional e a equipe de saúde do Ambulatório Transexualizador do
Hospital Universitário/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU/EBSERH). Esse projeto,
nomeado como “Manejo clínico quanto a utilização de hormonioterapia, aos pacientes transexuais,
privados de liberdade do Sistema prisional”, teve início na macrorregião de Dourados (02 e APP),

230
Naviraí (01 e APP), Nova Andradina (01 e APP), Ponta Porã (02 e APP), onde foram capacitados 30
(trinta) profissionais, fazendo assim com que seja dado continuidade na utilização hormonal pelos
internos trans.

A fim de capacitar esses profissionais, apresentando as diversas políticas que contemplam a


população em situação de vulnerabilidade e almejar o aumento do cadastro no e-SUS AB (e-SUS
Atenção Básica), e assim possibilitar a identificação da população albina, quilombola, população
rural, além da identificação de raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, indígenas
(aldeados e não aldeados), migrantes, e pessoas em situação de rua, esta, iniciou um proceso na
microrregião de Ponta Porã/MS, já contemplando os municípios de Amambai/MS, Antônio João/
MS, Aral Moreira/MS, Coronel Sapucaia/MS, Paranhos/MS, Ponta Porã/MS, Sete Quedas/MS e
Tacuru/MS.

Seguindo o objetivo na melhoria da qualidade do atendimento à população LGBT+ nas Unidades


de Saúde do estado, perfazendo um total de 136 (centro e trinta e seis) profissionais alcançados, e
contando com profissionais multiplicadores convidados (médicos, enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos e o Coordenador de Equidade em saúde de cada município), foi também relatado
a realização do “Seminário de Saúde Integral da População LGBT+”, sendo esse efetuado em
conjunto com a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT+ do MS.

Acesso aos direitos

A extensão dos mesmos direitos usufruídos por todas as pessoas LGBT+ apoia-se em dois
princípios fundamentais que sustentam o regime internacional de direitos humanos: igualdade e
não discriminação.

O direito à igualdade e não discriminação são princípios fundamentais dos direitos humanos,
consagrados na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos
tratados internacionais de direitos humanos. As palavras da abertura da Declaração Universal dos
Direitos Humanos são inequívocas: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
e direitos”. A garantia de igualdade e não discriminação oferecida pelo direito internacional dos
direitos humanos se aplica a todas as pessoas, independentemente de sexo, orientação sexual e
identidade de gênero.

Algumas das formas mais comuns de violações dos direitos cometidos contra indivíduos com base
em sua orientação sexual e identidade de gênero são:
• Ataques violentos, que vão desde abuso verbal agressivo e intimidação psicológica
até agressão física, espancamentos, tortura, sequestro e assassinatos seletivos.
• Leis discriminatórias, muitas vezes usadas para assediar e punir as pessoas LGBT,
incluindo leis que criminalizam relações consensuais de pessoas do mesmo sexo, que violam
os direitos à privacidade e à não discriminação.
• Cerceamento à liberdade de expressão, restrições ao exercício dos direitos de
liberdade de associação e reunião, incluindo as leis que proíbem a divulgação de informações

231
sobre a sexualidade entre pessoas do mesmo sexo, sob o pretexto de restringir a propagação
da chamada “propaganda” LGBT.
• Tratamento discriminatório, que pode ocorrer de diversas formas diariamente, incluindo
locais de trabalho, escolas, lares e hospitais. Sem leis nacionais que proíbam a discriminação
por terceiros com base na orientação sexual e na identidade de gênero, estes tratamentos
discriminatórios continuam sem controle, deixando poucos recursos para as pessoas afetadas.
Nesse contexto, a falta de reconhecimento legal das relações de pessoas do mesmo sexo ou
da identidade de gênero de uma pessoa também pode ter um impacto discriminatório em muitas
pessoas LGBT.
No instrumento utilizado “Políticas públicas, empreendedorismo e empregabilidade LGBT+
no Estado de Mato Grosso do Sul” foram coletadas 326 respostas válidas para análise dos
dados. Nos quais foram identificados que 39,9% são homens cisgereno; 39,3% são mulheres
cisgenero; 10,4% são pessoas não bináries; 6,1% são homens trans ou transmasculines;
2,5% são mulheres trans; 0,6% são travestis e 1,2% se identificam por outras identidades de
gênero não citadas na pesquisa.

Travesti 2 0,6% IDENTIDADE DE GÊNERO


Outros 4 1,2%
Mulher Trans 8 2,5% HOMEM CIS 39,9%
Homem Trans 20 6,1%
MULHER CIS 39,3%
Não Binarie 34 10,4%
NÃO BINARIE 10,4%
Mulher Cis 128 39,3%
Homem Cis 130 39,9% HOMEM TRANS 6,1%
TOTAL 326 MULHER TRANS 2,5%

OUTROS 1,2%

TRAVESTI 0,6%

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

O registro civil é um direito humano fundamental para o exercício da cidadania. O documento


é crucial para acessar serviços nas áreas da educação, saúde e assistência social, pois é a
partir da certidão de nascimento que é possível obter os demais documentos básicos. Sobre a
documentação, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) é a documentação que a maioria, sendo 96,9%,
dos entrevistados possui; seguido do Registro Geral (RG) com 94,8% e do Cartão do SUS com
90,2%. Vale ressaltar que 1 pessoa declarou que não possui nenhum documento de identificação,
e nenhuma pessoa que possui o Registro Nacional de Estrangeiro respondeu a pesquisa.

232
08 - DOCUMENTOS

Possuo RNE - Registro DOCUMENTOS


Nacional de 0 0,0%
Estrangeiro
Não possuo
POSSUO CPF 96,9%
documentos de 1 0,3%
identificação
Possuo CNH (Carteira
POSSUO RG 94,8%
Nacional de 160 49,1%
Habilitação)
Possuo registro civil
POSSUO CARTÃO SUS 90,2%
de nascimento ou 259 79,4%
casamento
Possuo Carteira de
260 79,8% POSSUO TÍTULO DE ELEITOR 89,6%
Trabalho
Possuo Título de
292 89,6%
Eleitor
POSSUO CARTEIRA DE TRABALHO 79,8%
Possuo Cartão SUS 294 90,2%
Possuo RG 309 94,8%
POSSUO REGISTRO CIVIL DE
Possuo CPF 316 96,9% 79,4%
NASCIMENTO OU CASAMENTO

POSSUO CNH (CARTEIRA


49,1%
NACIONAL DE HABILITAÇÃO)

NÃO POSSUO DOCUMENTOS DE


0,3%
IDENTIFICAÇÃO

POSSUO RNE - REGISTRO


0,0%
NACIONAL DE ESTRANGEIRO

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Dos entrevistados, foram identificadas 64 (sessenta e quatro) pessoas trans, travestis e não
bináries, dentre as quais 80% declarou que não possui o Registro Civil retificado, e 20% declarou
já ter retificado o nome e gênero no Registro Civil.
8.01 - Com registro civil retificado

Sem registro civil


Com registro civil retificado
51 80%
retificado
Com registro civil
13 20%
retificado
20% Sem registro civil
retificado
Com registro civil
80% retificado

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Dentre o mesmo recorte de pessoas trans, travestis e não bináries, 81% declararam que não
possuem Carteira de Identificação por Nome Social (CNS), já 19% declara que possuem a CNS.

233
8.02 - Com Carteira de Identificação por Nome Social

Sem CNS 52 81% Com Carteira de Identificação por Nome


Social
Com CNS 12 19%

19%
Sem CNS
Com CNS
81%

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (1993) a política de Assistência Social está
organizada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), presente em todo o Brasil.
Seu objetivo é garantir a proteção social aos cidadãos, ou seja, apoio a indivíduos, famílias e à
comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços, benefícios, programas
e projetos.

A política de assistência social oferece um conjunto de serviços para garantir que o cidadão não
fique desamparado quando ocorram situações inesperadas, nas quais a sua capacidade de acessar
direitos sociais fica comprometida. Essas situações podem estar relacionadas à idade, deficiência,
desemprego, situações de violência, desastre natural, entre outros.

Os benefícios assistenciais fazem parte da política de Assistência Social e são um direito do cidadão
e dever do Estado. São eles: o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC),
o Auxílio-Inclusão e os Benefícios Eventuais, Benefícios de Transferência de Renda, entre outros.

Nos anos entre 2020 a 2022, dentre os entrevistados 68,4% não receberam nenhum benefício
socioassistencial; 27,6% receberam Auxilio Emergencial; 4,9% Bolsa Família/Auxilio Brasil; 2,1%
receberam outros benefícios não especificados entre as opções.
10.02 - Recebeu algum benefício socioassistencial nos últimos dois anos?

Recebi BPC/LOAS 0 0,0% Recebeu algum benefício socioassistencial nos últimos


Recebi Programa + dois anos?
1 0,3%
Social
Recebi Cesta Básica 3 0,9% NÃO RECEBI BENEFÍCIO 68,4%
Outros 7 2,1% RECEBI AUXÍLIO EMERGENCIAL 27,6%
Recebi Auxílio
16 4,9% RECEBI AUXÍLIO BRASIL/BOLSA FAMÍLIA 4,9%
Brasil/Bolsa Família
Recebi Auxílio OUTROS 2,1%
90 27,6%
Emergencial
RECEBI CESTA BÁSICA 0,9%
Não recebi benefício 223 68,4%
RECEBI PROGRAMA + SOCIAL 0,3%
RECEBI BPC/LOAS 0,0%

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

234
Em setembro de 2021, por meio do Decreto nº15.755, o Centro Estadual de Cidadania LGBT+
(CECLGBT+) foi instituído, vinculado à estrutura da Secretaria de Estado responsável pelas
Políticas Públicas LGBT, sob a coordenação da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT
(SubsLGBT), tem por sua competência:
I - realizar o atendimento, a orientação técnica e proceder aos encaminhamentos necessários,
quando ocorrer a violação dos direitos das pessoas LGBT+;

II - emitir a Carteira de Identificação por Nome Social, prevista no Decreto Estadual nº 15.677,
de 19 de maio de 2021;

III - disponibilizar apoio técnico aos órgãos e às entidades integrantes da estrutura organizacional dos
municípios sobre a temática de gênero e diversidade sexual;

IV - assessorar a SubsLGBT na identificação e na sistematização de boas práticas na gestão


das políticas públicas voltadas à população LGBT+;

V - pesquisar, coletar, sistematizar e publicar dados estatísticos sobre a população LGBT+,


podendo para tanto firmar parcerias com instituições da sociedade civil organizada e
instituições de ensino superior e de pesquisa;

VI - organizar repositório de atos normativos relacionados à população LGBT+;

VII - assessorar a SubsLGBT na coleta e sistematização de dados que servirão de base para
o monitoramento de esforços e resultados de políticas públicas LGBT+ em Mato Grosso do
Sul.

Da população entrevistada, foi identificado que 19% desconhecem do trabalho ofertado pelo Centro
Estadual de Cidadania LGBT+, 33% responderam que nunca procuraram qualquer tipo de
serviço do CECLGBT+, e 18% declararam que já procuraram ou tiveram acesso a algum
serviço ofertado do CECLGBT+
10.04 - Já procurou ou teve acesso a algum serviço do Centro Estadual de Cidadania LGBT+?

Já procurou ou teve acesso a algum serviço do Centro Estadual de


Sim 58 18%
Cidadania LGBT+?
Não 109 33%
Não, desconheço o
trabalho 18%
159 49%
do Centro Estadual de
Cidadania LGBT+ 49%
33%

Sim Não Não, desconheço o trabalho


do Centro Estadual de…

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Dentre os entrevistados, 83,1% não tiveram acesso a nenhum serviço ou evento realizado pelo
CECLGBT+, essa informação independe de conhecer o trabalho ofertado do Centro; 9,8%
participaram de evento voltado para o esporte, lazer e cultura, 7,7% de palestras, cursos de
formação e rodas de conversa, e 3,1% de atendimentos, orientações e encaminhamentos.

235
10.05 - Se sim, já teve acesso para:

Denúncia por
5 1,5%
LGBTfobia
Confecção de carteira
Se sim, já teve acesso para:
de identificação por 10 3,1%
nome social NÃO TIVE ACESSO À NENHUM
Atendimento/Orientaç SERVIÇO OU EVENTO 83,1%
ão
10 3,1%
Técnica/Encaminhame PARTICIPAÇÃO EM EVENTO DE
ESPORTE/LAZER/CULTURA 9,8%
nto
Participação em
Palestra/Cursos de PARTICIPAÇÃO EM
PALESTRA/CURSOS DE FORMAÇÃO/… 7,7%
formação/
25 7,7%
Eventos ATENDIMENTO/ORIENTAÇÃO
científicos/Roda de TÉCNICA/ENCAMINHAMENTO 3,1%
conversa
Participação em CONFECÇÃO DE CARTEIRA DE
evento de 32 9,8% IDENTIFICAÇÃO POR NOME SOCIAL 3,1%
Esporte/Lazer/Cultura
Não tive acesso à DENÚNCIA POR LGBTFOBIA 1,5%
nenhum serviço ou 271 83,1%
evento

Fonte: própria (dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Políticas públicas, empreendedorismo e
empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”)

Através de questionamentos perante ao acesso aos direitos da população LGBT+, ao questionarmos


sobre o conhecimento da existência da Política Nacional de Saúde Integral LGBT+, 64% não sabia
do que esta se referia.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Perante o conhecimento da Resolução/SED no. 3.443, de 17 de abril de 2018, a qual dispõe sobre
o uso e o registro do nome social, além do reconhecimento da identidade de gênero de pessoas
travestis e transexuais nos documentos escolares, 67% dos estudantes não a conheciam, mas
81% dos profissionais da área da Educação sim.

236
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

O art. 3 da Resolução nº 01, de 19 de janeiro de 2018, do Ministério da Educação rege que,


alunos maiores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou
a qualquer momento sem a necessidade de mediação. Esse direito instaurado, é de conhecimento
de 68% dos estudantes e 87% dos profissionais da área da Educação respondentes.

Já para alunos menores de 18 (dezoito) anos, conforme o art. 4 da Resolução nº 01, de 19 de


janeiro de 2018 do Ministério da Educação, estes podem solicitar o uso do nome social durante a
matrícula ou a qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade com
o disposto no Artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Para tal
informação, 54% dos estudantes afirmaram saber da existência deste, e 78% dos profissionais da
área da Educação também.

237
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

238
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Atuação dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS

O mapeamento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+


em MS” obteve 151 (cento e cinquenta e uma) respostas válidas sendo 37 (trinta e sete) respostas
de pessoas LGBT+ (25%) e 114 (cento e quatorze) profissionais da educação (75%). A pesquisa
para profissionais foi direcionada para profissionais da educação em geral, não exclusivamente
para profissionais LGBT+, pois o intuito era compreender o trabalho com o corpo discente LGBT+
das escolas do Estado, e o conhecimento de algumas legislações que garantem direito a pessoas
LGBT+ na área da educação.

SOU UMA PESSOA


37 25%
LGBT+ VOCÊ É UMA PESSOA LGBT+ OU
SOU PROFISSIONAL PROFISSIONAL DA ÁREA DA EDUCAÇÃO?
DA ÁREA DA 114 75%
EDUCAÇÃO SOU UMA
total 151 PESSOA LGBT+
25%

SOU
PROFISSIONAL
75% DA ÁREA DA
EDUCAÇÃO

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Sendo identificado um total de 75% de profissionais da área da educação respondentes, foi


observado que estes, sob os 13 (treze) municípios alcançados com o Instrumento de pesquisa
“Educação - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em MS”, obteve-se o
maior número de respostas em Deodápolis com 69 (sessenta e nove) profissionais respondendo
a pesquisa, correspondendo a 60,5% do total das respostas, seguido por Campo Grande com 24
(vinte e quatro) profissionais respondendo, correspondendo a 21,1% e Novo Horizonte do Sul com

239
06 (seis) respostas de profissionais, equivalente a 5,3% do total da pesquisa. No alcance geral,
foram alcançados 90 (noventa) profissionais que atuam no interior, correspondendo a 79% e 24
(vinte e quatro) profissionais que atuam na Capital, correspondendo a 21% no alcance total da
pesquisa.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Dos 114 (cento e quatorze) profissionais alcançados na pesquisa, foram identificados que em sua
maioria, que atuam na rede pública de ensino, sendo que 50% atuam na rede pública municipal,
46,5% na rede pública estadual, 0,9% na rede pública federal e 2,6% responderam que atuam em
outras redes de ensino não sendo pública ou privada.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Na análise embasada na visão desse profissional da área da educação, ao ser questionado sobre
se estes já trabalharam em sala de aula questões relacionadas a gênero e sexualidade, tais como,
orientação sexual, identidade de gênero, lgbtfobia, população LGBT+, entre outros assuntos, dos
profissionais 72 (setenta e dois), correspondendo a 63%, responderam que não trabalharam essa
temática em sala de aula, já 35 (trinta e cinco) responderam que sim, correspondendo a 31%; 07
(sete) profissionais responderam que não são educadores ou professores, neste caso, como a
pesquisa não estava limitada a apenas professores atuantes em sala de aula, também poderiam
responder a pesquisa, gestores da área da educação, diretores, coordenadores, entre outras
240
funções além de professores.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

No ano de 2018 o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul instituiu a resolução/SED n. 3.443,
de 17 de abril de 2018, que estabelece sobre o uso e o registro do nome social e o reconhecimento
da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais nos documentos escolares, e dá outras
providências.
Art. 1º Determinar que as unidades escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso
do Sul, em respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo e à
dignidade humana, registrem o nome social de travestis e transexuais nos documentos
escolares.

Parágrafo único. É vedado o uso de expressões pejorativas e discriminatórias para se referir


às pessoas travestis ou transexuais.

Art. 2º Para os fins desta Resolução, considera-se:

I - Nome social – designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é


socialmente reconhecida.

II - Identidade de gênero – dimensão da identidade de uma pessoa no que diz respeito à


forma como se relaciona com as representações de masculinidade e feminilidade e como
isso se traduz em sua prática social, sem guardar relação necessária com o sexo atribuído
no nascimento.
Art. 3º O estudante travesti ou transexual deve manifestar, por escrito, seu interesse pelo
registro do nome social no ato da matrícula ou no decorrer do ano letivo.

Na pesquisa foi questionado o conhecimento por parte dos profissionais da educação sobre a
resolução/SED n. 3.443, de 17 de abril de 2018. Dentre as respostas, foi identificado que 92
(noventa e dois) dos profissionais entrevistados, correspondendo a 81% dos entrevistados, tinham
conhecimento da resolução. Já 22 profissionais, sendo 19%, não tinham conhecimento sobre a
resolução da SED.

241
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Em 2018 o Ministério da Educação elaborou juntamente com o Conselho Nacional de Educação


(CNE), a resolução nº 1, de 19 de janeiro de 2018, que dispõe sobre o uso do nome social de
travestis e transexuais nos registros escolares. Vale ressaltar a importância desta Resolução, pois
possibilitou ao menor transexual ou travesti ser matriculado com o seu nome social, e no caso de
menores de 18 anos, é necessária a representação dos pais ou representante legal para que o
menor transgênero seja chamado pelo seu nome social.
Art. 1º Na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos,
os sistemas de ensino e as escolas de educação básica brasileiras devem assegurar diretrizes
e práticas com o objetivo de combater quaisquer formas de discriminação em função de
orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários
e respectivos familiares.

Art.2º Fica instituída, por meio da presente Resolução, a possibilidade de uso do nome social
de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica

Art. 3º Alunos maiores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a
matrícula ou a qualquer momento sem a necessidade de mediação.

Art. 4º Alunos menores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a
matrícula ou a qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade
com o disposto no artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ao questionar o conhecimento do Art. 3º no qual dispõe que alunos maiores de 18 (dezoito) anos
podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou a qualquer momento sem a necessidade
de mediação, dos 114 (cento e quatorze) profissionais entrevistados, 87% responderam que
possuem conhecimento do artigo da resolução, e apenas 13% não possuem conhecimento do
mesmo.

242
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

No artigo 4º da resolução nº 1 do Ministério da Educação, de 19 de janeiro de 2018, dispõe que


alunos menores de 18 (dezoito) anos podem solicitar o uso do nome social durante a matrícula ou
a qualquer momento, por meio de seus representantes legais, em conformidade com o disposto no
artigo 1.690 do Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. No Art. 1.690 do Código
Civil dispõe que compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar
os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem
emancipados. Foi, então, questionado aos profissionais o conhecimento do Art. 4º da resolução nº
1 do Ministério da Educação, de 19 de janeiro de 2018. Sendo que 78% responderam que possuem
o conhecimento do direito disposto no artigo 4º da resolução mencionada, e 22% não conhecem o
direito disposto no artigo 4º da mesma.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Segundo uma pesquisa realizada em 2016 pelo presidente da Comissão da Diversidade Sexual da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o defensor público João Paulo Carvalho Dias, estima que
no Brasil 82% das pessoas trans e travestis tenham abandonado os estudos ainda na Educação
Básica. Na instituição onde trabalhavam, os profissionais educacionais, responderam se havia
alguma política de enfrentamento ou estratégia para o combate a evasão escolar de pessoas
LGBT+. Dentre os entrevistados, 57% responderam que a instituição não exista qualquer tipo de
estratégia ou política especifica para o combate à evasão escolar de pessoas LGBT+, por outro lado
43% dos entrevistados responderam que a instituição possui algum tipo de política ou estratégia.
243
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Educação - Mapeamento/assistência
profissional à população LGBT+ em MS”)

Com um olhar já em uma análise embasada na visão do profissional da área da saúde, perante o
mapeamento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional à população LGBT+ em
MS”, foi obtido 221 (cento e vinte e uma) respostas válidas, sendo 88 (oitenta e oito) respostas
de pessoas LGBT+ e 133 (cento e trinta e três) profissionais da saúde. A pesquisa foi direcionada
para profissionais da saúde que atuam na rede pública e privada do Estado, não exclusivamente
para profissionais LGBT+, pois o intuito era compreender o trabalho e a atuação dos profissionais
em suas áreas no atendimento à população LGBT+ do Estado. Foram identificados, do total de
respostas válidas, 60% delas foi feita por profissionais da área da saúde.

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Nessa mesma pesquisa foi questionado aos profissionais da saúde se durante o trabalho existe
um momento de interação, discussão e/ou capacitação para o atendimento ao público LGBT+. Dos
133 (cento e trinta e três) profissionais de saúde entrevistados, 65% responderam que não possui
esse momento ou capacitação sobre o tema, enquanto 35% responderam que há momentos de
discussão e capacitação sobre o atendimento ao público LGBT+, sendo estes, afirmantes quando
78% declaram estarem aptos em realizar um atendimento à população LGBT+ em sua área, e 22%
declaram não estarem aptos para realizar um atendimento, e à análise das respostas negativas
obtidas, foram identificados que 57% das respostas eram em relação a falta de capacitação ou
instrução, e 43% estão relacionadas a falta de conhecimento sobre a temática.

244
.
Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Fonte: Própria (Dados extraídos da tabulação dos dados do Instrumento de pesquisa “Saúde - Mapeamento/assistência profissional
à população LGBT+ em MS”)

Quando o assunto se especifica na atuação da garantia e promoção dos direitos humanos, fator
esse ofertados pelos órgãos públicos do MS, obtemos, através do desempenho dos profissionais
presentes nesta, os seguintes destaques:

A Defensoria Pública Estadual/MS, quando descreve sobre, se referente às ações desenvolvidas por
esse órgão com o intuito formativo e/ou informativo para defensores (as), servidores (as) e assistidos
(as) da Defensoria, segundo o arquivo repassado “Levantamento NUDEDH 2019-2022”, o mesmo
retornou com demandas dos anos de 2019 à 2022, totalizando 76 (setenta e seis) ações, sendo
essas tanto para análise de providências, retificação de registro civil de gênero, acompanhamento,
participação da coordenação/núcleo, ou denúncia de LGBTfobia, essas com atendimento coletivo
245
ou individual, e elencadas como levantamento de informações, evento/parceria/participação, ou
acompanhamento; para o ano de 2019, nos foram repassadas: “Apurar a existência/eficiência de
políticas públicas voltadas a população LGBTQI+, notadamente a existência de campo próprio
para preenchimento de nome social quando do preenchimento de fichas de cadastro, formulários,
prontuários e documentos congêneres, bem como a capacitação de servidores públicos para o
uso e orientação à população dessa funcionalidade (Estado de Mato Grosso do Sul e Município
de Campo Grande); Executar capacitação aos servidores administrativos da DPEMS referente aos
direitos da população LGBT; Foram feitos vários encontros presenciais ao longo de 2019 nas cidades
de Dourados, Maracajú, Aquidauana, Ponta Porã e Três Lagoas; Analisar sobre a necessidade de
organização de mutirão de retificação extrajudicial de nome e gênero, nos termos do provimento
73/2018 CNJ.”

Seguindo, em 2020, foram realizadas: “Apurar a situação do adolescente LGBT no sistema


socioeducativo no município de Campo Grande Apurar a situação do adolescente LGBT no sistema
socioeducativo no Estado de MS; Apurar se os órgãos de segurança pública do Estado de Mato
Grosso do Sul possuem campo próprio que discrimine, nos registros de ocorrência de crimes,
situações envolvendo homofobia; apurar se há estatísticas de crimes de homofobia no Estado de
Mato Grosso do Sul; apurar se há Delegacia de Polícia especializada em crimes de homofobia; apurar,
por fim, se o Estado de Mato Grosso do Sul está tomando as medidas necessárias para garantir
a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de inconstitucionalidade por
Omissão n. 26/DF; Acompanhamento da jovem A.F.T, que se encontra na UNEI Estrela do Amanhã;
Participação na roda de conversa virtual no combate à solidão; Realização de live sobre direitos da
comunidade LGBTQIA+, desafios e atualidades, dia 14/07/2020, às 19hs, na faculdade Anhanguera
Dourados; Analisar minuta de PAP NUDEDH/NAE acerca do cárcere de pessoa LGBTQIA+, para
acompanhamento das condições de encarceramento das pessoas LGBT no Estado de MS; Aferir se
o Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (CENTRHO)
está em funcionamento em razão da pandemia pela Covid19; Lançamento cartilha - Direitos das
Mulheres Lésbicas e Bissexuais; Acompanhamento da composição e o funcionamento da Comissão
Especial Processante LGBT+ (CEPLGBT+); Acompanhamento da criação da Comissão Estadual
de Enfrentamento à Violência contra a população LGBT+ (CEVLGBT+); Registrar, acompanhar e
eventualmente apontar caminhos a solucionar a questão acerca de informação advinda por e-mail de
resposta ao ofício da Defensoria Pública da Comarca de Sete Quedas onde constou o indeferimento
de inclusão do nome social em CNH da assistida A.R.B; Acompanhar não reconhecimento do direito
à isenção de taxas para retificação de registro civil da pessoa trans relatada por e-mail advindo
CENTRHO em razão da negativa à L.A.S.M; Analisar a proposta de parceria com Aliança Nacional
LGBTI+; Registrar e tomar providências acerca da alegação de violação de direitos de pessoa
transexual A.J.P, supostamente humilhada na cidade de Dourados/MS.”

Já em 2021, “Apuração de informações sobre possível fechamento do Ambulatório Transexualizador


do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP); Atendimento ao Sr. Cícero
Gomes dos Reis, mediante solicitação da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de Mato
Grosso do Sul - SUBLGBT/MT, por meio do Ofício n. 23/SubsLGBT/SEGOV/2021; Participação
do Coordenador do NUDEDH na reunião ampliada que será realizada virtualmente, no dia 20 de
abril de 2021 (terça-feira), às 16h, com o objetivo de tratar sobre questões relacionadas à pauta
246
MAIO DA DIVERSIDADE, evento promovido pela Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT de
MS; Registro do evento palestra on line com tema “Direitos Humanos da População LGBT e
Combate a LGBTFobia”, a qual acontecerá no dia 20 de maio; Registro e processamento do Ofício
n. 254/SubsLGBT/SEGOV/2021, que encaminhou o relatório de atendimento do Sr. D.P.M, sobre
violências física e psicológica sofridas por este em razão de sua identidade de gênero; Acompanhar
a situação de transexual vítima do crime de estupro; Apuração de homofobia e intolerância religiosa
a partir dos fatos noticiados na notícia intitulada “Radicais negacionistas chamam atenção com
ataques a católicos, gays e até relógio da 14 em Campo Grande”, publicada no site MidiaMax;
Registro e apuração de informações sobre caso de homofobia, noticiado no site Campo Grande
News, que teria sofrido o vacinador G.L; Registro e apuração de responsabilidade em razão de
comentários LGBTfóbicos na página do Jornal MidiaMax no Facebook, em notícia intitulada “MS
tem a primeira ‘Casa LGBTQI+’ e ela promete dar o que falar; Registro de atividades da Missão
LGBTI para o Mato Grosso do Sul entre os dias 25 e 28 de outubro, evento promovido pelo MNPCT;
Registro de atendimento da Sra. A.L, mulher transexual que afirma estar sendo vítima de gaslighting
(manipulação psicológica) pelo sublocador do imóvel onde reside; Apuração de caso de homofobia
envolvendo um casal de namoradas em ônibus circular em Campo Grande/MS.”

Em 2022, foram realizadas, “Providências a serem tomadas pelo NUDEDH referente ao atendimento
à SUBLGBT/MS no Dia Nacional da Visibilidade Trans (dia 28 de janeiro de 2022); Solicitação de
alteração de nome social e gênero realizada no atendimento ocorrido no dia 28 de janeiro de
2022 na Subsecretaria LGBT na cidade de Campo Grande/MS; Denúncia de transfobia conta a
Sra. V, registrada civilmente como J.G.M, interna da Penitenciária Estadual de Dourados – MS;
Denúncia de ameaças de morte por agentes e presos da Gameleira II, contra mulheres transgênero
custodiadas naquela unidade penal, em especial a Sra. Malu Diniz; Acompanhamento do caso de
transfobia e descaso contra a mulher trans, noticiado pelo site Campo Grande News; Participação do
Coordenador do NUDEDH no Programa Cidadania LGBT, realizado pela Subsecretaria de Estado
de Políticas Públicas LGBT+ e a Assembleia Legislativa; Solicitação de informações pertinentes ao
procedimento de retificação de registro civil da pessoa civilmente registrada como E. F. C realizada
pelo NUPIIR; Levantamento de informações sobre quais estabelecimentos penais de Mato Grosso
do Sul possuem alas ou celas específicas para custodiados(as) LGBTQIA+; Solicitação de alteração
no Regimento Interno Básico das Unidades Prisionais de Mato Grosso do Sul; Inauguração do
Centro Estadual de Cidadania LGBT+ - CECLGBT+; Acompanhamento de gratuidade de retificação
do registro de pessoas transgênero; Denúncia de LGBTfobia - agente da Guarda Civil Metropolitana
de Campo Grande - Visita UAIFA I; Solicitação de alteração de nome social e gênero realizada no
atendimento ocorrido em evento realizado na Praça Ari Coelho; Acompanhamento da composição
e o funcionamento da Comissão Especial Processante LGBT+ (CEPLGBT+); Acompanhamento
da Comissão Estadual de Enfrentamento à Violência contra a população LGBT+ - CEVLGBT+;
Conselho Estadual LGBT de Mato Grosso do Sul - CELGBT/MS.”

247
Rótulos de
Contagem de ANO Coluna
Total
Rótulos de Linha 2019 2020 2021 2022 Geral
Coletivo 4 12 6 10 32
Individual 5 6 33 44
Total Geral 4 17 12 43 76
Fonte: DPE/MS

Quando relacionamos esta visão ao retorno da FUNTRAB/MS, esta fez a seguinte menção:
“Mesmo não fornecendo dados salientes, a FUNTRAB relatou que irá provocar os responsáveis
pela manutenção do BGIMO para que ocorra essa alteração e que de alguma forma esse público
seja contemplado nos dados do sistema”.

Já através do questionamento sobre as ações desenvolvidas pela SED/MS para essa população
LGBT+, dentre estas atividades formativas e/ou informativas para professores e/ou alunos, o mesmo
órgão nos forneceu na devolutiva a descrição sobre como conduz a demais: “Em atendimento à
meta 7, Qualidade na Educação, estratégia 7.33 do Plano Estadual de Educação (PEE/MS), a
Secretaria de Estado de Educação (SED/MS) realizou parceria com o Ministério Público Estadual
(MPE), por intermédio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, e, também, realizou
formação continuada para os profissionais da Educação, com carga horária 40 horas, em Direitos
Humanos e Políticas Públicas - Sexualidade e População LGBT, no 2º semestre de 2021, com
previsão para nova turma no 1º semestre de 2023. No ano de 2022, foi realizado o “Seminário
Gênero e Diversidade na Escola” em parceria com as Subsecretaria de Políticas Públicas para a
População LGBT+”. Diante esta devolutiva, a SED/MS afirma o compromisso com o ordenamento
educacional vigente, com a finalidade de assegurar e garantir a efetivação dos direitos, com vistas
à aprendizagem e ao desenvolvimento científico, cultural e humano das crianças e adolescentes
presentes à REE/MS.

Oficialmente, a SES/MS, relatou que nas Unidades de Saúde, com a finalidade de minimizar o
preconceito e discriminação social no atendimento à comunidade LGBT+ nesses locais, discutir
estratégias referentes à prevenção, promoção e a assistência à saúde dessa população, melhorando
assim a qualidade no atendimento, favorecendo um ambiente acolhedor e com o devido respeito
à diversidade sexual, a SES/MS relatou a realização de 02 (dois) webinários sobre “Acolhimento
do Público LGBT+ nas Unidades de Saúde em Mato Grosso do Sul, tendo como público alvo os
Agentes Comunitários de Saúde e Recepcionistas das Unidades de Saúde.

Fonte: SES/MS

248
Com o propósito de avançar no desenvolvimento dos trabalhos e ações voltadas a população
vulnerável, a SES/MS, com o foco na divulgação do conceito de equidade em saúde, na definição
correta e forma de identificação dessa população, além da importância no reconhecimento de
tais, uma vez que esse princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde (SUS) não está sendo
desenvolvido adequadamente pelos profissionais de nossos municípios. Para capacitar esses
profissionais, apresentando as diversas políticas que contemplam a população em situação de
vulnerabilidade e almejar o aumento do cadastro no e-SUS AB (e-SUS Atenção Básica), a fim
de possibilitar a identificação da população albina, quilombola, população rural, e também a
identificação de raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, indígenas (aldeados e não
aldeados), migrantes, e pessoas em situação de rua. Esse processo iniciou-se na microrregião de
Ponta Porã/MS, e contemplou os municípios de Amambai/MS, Antônio João/MS, Aral Moreira/MS,
Coronel Sapucaia/MS, Paranhos/MS, Ponta Porã/MS, Sete Quedas/MS e Tacuru/MS.

NOTA: O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica
(DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está
alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do
Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para
ampliar a qualidade no atendimento à população; sua estratégia geral faz referência ao processo
de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico.

Seguindo o objetivo na melhoria da qualidade do atendimento à população LGBT+ nas Unidades


de Saúde do estado, perfazendo um total de 136 (centro e trinta e seis) profissionais alcançados, e
contando com profissionais multiplicadores convidados (médicos, enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos e o Coordenador de Equidade em saúde de cada município), foi relatado e realizado pela
SES/MS o “Seminário de Saúde Integral da População LGBT+” (em conjunto com a Subsecretaria
de Políticas Públicas LGBT+ do MS), contemplando os seguintes assuntos: Histórico da Construção
da Política de Saúde Integral da População LGBT+, Atendimento no Ambulatório Transexualizador
no Aspecto Psicossocial, Atendimento e Acompanhamento Hormonal de Pessoas Trans, Manejo
Clínico quanto a Utilização de Hormonioterapia aos Pacientes Transexuais Atendidos na Atenção
Primária à Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul. Participaram deste Seminário os seguintes
municípios: Angélica/MS, Antônio João/MS, Aquidauana/MS, Bandeirantes/MS, Bataguassu/
MS, Bela Vista/MS, Bodoquena/MS, Bonito/MS, Brasilândia/MS, Camapuã/MS, Campo Grande/
MS, Cassilândia/MS, Corumbá/MS, Coxim/MS, Dois Irmãos do Buriti/MS, Dourados/MS, Glória
de Dourados/MS, Iguatemi/MS, Inocência/MS, Itaquiraí/MS, Jardim/MS, Jateí/MS, Maracajú/MS,
Naviraí/MS, Nova Andradina/MS, Paraíso das Águas/MS, Pedro Gomes/MS, Ponta Porã/MS,
Rio Brilhante/MS, Ribas do Rio Pardo/MS, Santa Rita do Pardo/MS, São Gabriel do Oeste/MS,
Sidrolândia/MS, Taquarussu/MS, Três Lagoas/MS, Terenos/MS.

“A respeito das ações desenvolvidas, como atividades formativas e/ou informativas aos profissionais
deste tocante, em 2018 esta Procuradoria Regional implementou o Projeto Cozinha e Voz, que resultou
na formatura das 19 mulheres em situação de vulnerabilidade, incluídas mulheres transsexuais,
em curso de expressão e de auxiliar de cozinha. E, em 2022, realizou o evento interinstitucional
Diversidade & Trabalho, em parceria com a SubsLGBT+, que contou com a participação da
palestrante e drag queen Rita von Hunty, fomentando o debate aos temas relacionados à população

249
LGBTQIA+, resultando na aproximação das instituições participantes”. Como ações desenvolvidas
para essa população, dentre essas as necessárias à defesa dos direitos e interesses decorrentes
de relações de trabalho, aquelas atuantes na promoção da defesa de interesses coletivos, ou
quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos aos trabalhadores, o
mesmo órgão relatou que “em âmbito nacional, o Ministério Público do Trabalho possui o projeto
estratégico Empregabilidade LGBT+, em que são previstas diversas iniciativas como a realização
de pesquisas e criação de bancos de dados relacionadas à temática LGBTQIA+, bem como a
realização de audiências públicas, palestras e cursos profissionalizantes”.

Analisando a sua atuação na promoção dos direitos humanos, considerando as diversidades que
compõem individualmente cada sujeito de direito e cada coletivo no qual se inserem esses sujeitos
na sociedade, e as particularidades dos indivíduos e grupos sociais moldados por um percurso
peculiar conforme seus contextos sociais, políticos, econômicos e culturais, o MMFDH, considerando
o papel da ONDH em assegurar o funcionamento permanente de canais de comunicação com
a sociedade, mantem esses acessíveis ao acolhimento de denúncias acerca de violações de
direitos humanos, contribuindo para o desiderato estatal de preservar garantias individuais, direitos
humanos e a concretização de direitos fundamentais, onde, para consecução desse objetivo, este
setor opera sob “dois serviços fundamentais: o Disque Direitos Humanos - Disque 100 e a Central
de Atendimento à Mulher – Ligue 180, e, para além destes, possui outros canais para o recebimento
de denúncias de violações de direitos humanos: o site ouvidoria.mdh.gov.br; os aplicativos “Direitos
Humanos Brasil” (DH Brasil) e “Sabe – Conhecer, Aprender e Proteger”, com chat e sistema de
videochamadas em Libras; além de atendimento via Telegram (Direitoshumanosbrasil) e WhatsApp
(61 99656-5008)”.

A título de conhecimento, e possível arguição perante novas atividades incrementadas às Políticas


Púbicas voltadas à população LGBT+ em Mato Grosso do Sul, foram elencadas algumas ações
desenvolvidas de Boas Práticas e/ou serviços perante outros Estados brasileiros:

• BAHIA (BA)

Ações e Serviços desenvolvidos:

A Área Técnica de Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ATS LGBT)
é uma instância formuladora, articuladora, avaliativa e coordenadora das políticas públicas de
saúde relacionadas à população LGBT no âmbito do estado da Bahia. Tem como principal objetivo
promover e fortalecer a Política Nacional de Saúde Integral (Portaria GM MS nº 2836/2011), bem
como promover a saúde integral de LGBT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional
para a redução das iniquidades e a consolidação do SUS enquanto sistema universal, integral
e equitativo. Assim, contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, além do incentivar a produção de conhecimentos e o fortalecimento das
instâncias de controle social, dentre elas:

- Elaboração de estratégias, planos de ação, para a implantação/ implementação da Política


Nacional de Saúde Integral da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais –
LGBT no âmbito estadual;
250
- Formulação de Pareceres e Notas Técnicas a fim de garantir o direito à saúde, a partir do que
preconiza a Política Nacional de Saúde Integral LGBT;

- Apoio aos municípios, junto aos Núcleos Regionais de Saúde – NRS, no sentido de buscar garantir
à ampliação do acesso da população LGBT nas Redes de Atenção à Saúde – RAS, nos diferentes
pontos de atenção, garantindo às pessoas o respeito e a prestação de serviços com qualidade e
resolução de suas demandas e necessidades;

- Qualificação de Gestores e Profissionais de Saúde no acolhimento e atendimento às necessidades


de saúde da População LGBT;

- Divulgação dos direitos à saúde de travestis e transexuais, a exemplo do uso do nome social nos
serviços, e dos riscos à saúde, como os causados pelo uso do silicone industrial de acordo com a
Portaria GM MS nº 1820/2009 (Carta dos direitos dos usuários da Saúde) e a Política Nacional de
Saúde Integral LGBT;

- Coordenação do Comitê Técnico Estadual de Saúde LGBT, instância de caráter consultivo que
tem por objetivo acompanhar e monitorar a implantação/implementação da Política Nacional de
Saúde LGBT na instância estadual, assim como produzir conhecimento na temática Saúde LGBT
e fortalecer o controle social;

- Acompanhar a habilitação e ações dos Serviços Especializados de saúde que atendem o


público LGBT, incentivar e apoiar abertura de novos serviços nos municípios, além de elaborar
conjuntamente os fluxos entre os serviços;

- Apoio, acompanhamento, encaminhamentos e articulações nas demandas relacionadas à


saúde, solicitadas por diversas instâncias governamentais e não governamentais, a fim de dar
resolutibilidade às necessidades da população LGBT;

- Apoio às iniciativas inter/intrasetoriais que visem combater e prevenir preconceito, discriminação,


violência e exclusão de usuários LGBT nos serviços de saúde;

- Articulação com outras políticas públicas, incluindo instituições governamentais e não


governamentais, com vistas a contribuir para a melhoria das condições de vida da população LGBT,
em conformidade com a Política Nacional;

- Incentivo à inclusão dos quesitos de identidade de gênero e de orientação sexual nos formulários,
prontuários e sistemas de informação em saúde;

- Participação em diversos espaços técnico-científicos no sentido de ampliar o debate com a sociedade


sobre as questões dos direitos humanos de LGBT, priorizando aqueles que transversalizam com as
questões do direito à saúde;

- Fomento a realização de estudos e pesquisas voltados para a população LGBT, incluindo recortes
étnico-racial;

- Articulação inter e intrainstitucional no sentido de realizar e apoiar ações e estratégias que visam
a Educação Permanente em Saúde – EPS para gestores, profissionais e trabalhadores da saúde,
voltadas para temas das especificidades da população LGBT;

251
- Apoio aos movimentos sociais organizados LGBT para atuação e a conscientização sobre o direito
à saúde e a importância da defesa do SUS.

- O “Mutirão de adequação de nome e gênero”, realizado pela Defensoria Pública da Bahia, é


voltado para as pessoas transexuais e garante o direito que este público tem de alterar o nome e
o gênero no registro civil. De acordo com o que estabelece o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
através do Provimento 73/2018, estas alterações podem ser feitas nos Cartórios de Registro Civil,
sem precisar de cirurgia de mudança de sexo ou autorização judicial.

- O projeto “Pelo direito de amar – Casamento Coletivo LGBT” tem o objetivo de promover a
oficialização das uniões homoafetivas. Realizado pela Defensoria Pública da Bahia, a iniciativa
procura destacar os ensinamentos acerca do respeito social à identidade de gênero e orientação
sexual de cada indivíduo, assim como estimular o empoderamento do movimento de luta por direitos
pelo público LGBT.

- Cursos de formação – SENAC/BA: o Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD/
LGBT), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com
o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/BA), desenvolveram um projeto, o qual
oferta cursos técnicos gratuitos para a população LGBTQIAPN+, podendo assim optar pelos
cursos de Formação de Preço e Venda, nas áreas de “Como Vender na Internet e Redes Sociais”,
“Qualidade de Atendimento em Serviços de Alimentos e Bebidas”, “Rotinas de Departamento
Pessoal”, “Técnicas de Atendimento e Recepção”, “Administração de Contas a Pagar, a Receber”,
“Tesouraria” e “Gestão de Pequenos Negócios.

- Ambulatório de Saúde Integral de travestis e transexuais – Localizado no CEDAP. Rua Comendador


José Alves Ferreira, 240, Garcia, Salvador – BA.

- Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário Professor Edgard Santos – HUPES. Rua


Dr. Augusto Viana, s/n – Canela, Salvador – BA.

Disponível em:
https://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/saude-de-todos-nos/saudelgbt/#:~:text=A%20
amplia%C3%A7%C3%A3o%20das%20a%C3%A7%C3%B5es%20e,transexual%20e%20o%20
acesso%20a

Mutirão de adequação de nome e gênero (ba.def.br)


Pelo direito de amar Casamento LGBT (ba.def.br)

http://www.justicasocial.ba.gov.br/2023/03/5372/CPDD-LGBT-e-SENAC-oferecem-cursos-
profissionalizantes-para-pessoas-LGBTQIAPN.html

• CEARÁ (CE)

Ações e Serviços desenvolvidos:

As ações do Governo do Ceará relacionadas à população LGBTQIA+ se enquadram no Plano


252
de Governo vigente, denominado “Os 7 Cearás”, elaborado para o período de 2015 a 2018 e que
continua para os anos de 2019 a 2022, nos Eixos: Ceará Acolhedor; Ceará do Conhecimento;
Ceará Sustentável; Ceará Pacífico; e Ceará da Gestão Democrática para Resultados e nos temas
Inclusão Social e Direitos Humanos; Educação Básica; Cultura e Arte; Justiça; Segurança Pública; e
Transparência, Ética e Controle, que envolvem Programas e iniciativas executadas, principalmente,
pelas secretarias estaduais da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos;
da Educação; da Cultura; da Segurança Pública e Defesa Social; e da Casa Civil, cada uma com
seu papel e atuação bem definida.
Os Programas são os principais instrumentos do planejamento público e possuem uma secretaria
como coordenadora, podendo serem executados por mais de uma setorial. Eles são apresentados
a cada Plano Plurianual (PPA), subdividido por Eixo e Tema, cadastrados no SIOF por um código.
Para facilitar a sua apresentação, podendo estes apresentar mais de um código, caso este programa
tenha sido continuado em mais de um PPA.
01 - Programa de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (054 ou 135):
Eixo: Ceará Acolhedor; Tema: Inclusão Social e Direitos Humanos; Objetivo: Ampliar a promoção
de direitos e a inclusão social dos povos, grupos e pessoas historicamente discriminadas e
vulnerabilizadas; Público-alvo Pessoa Idosa; Pessoa com Deficiência; População Negra; Povos
Originários, indígenas; Povos e Comunidades Tradicionais, Quilombolas, Povos de Terreiro e
Ciganos; Comunidade Africana; População LGBT (com enfoque nas travestis, mulheres e homens
transexuais); Trabalhadores em situação análoga à escravidão; demais pessoas com direitos
violados; Gestor: Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos
(SPS), Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).
No PPA, este Programa contempla quatro iniciativas voltadas ao público LGBTQI+:
1. Promoção da qualificação integrada voltada à promoção e defesa dos direitos da população
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) para enfrentamento a LGBTfobia
institucional no serviço público do estado do Ceará, por meio de capacitações, seminários, palestras,
oficinas, rodas de conversas e campanhas de sensibilização e mobilização para profissionais da
rede socioassistencial dos municípios, professores da rede pública, segurança pública, servidores
das secretarias do estado e entidades da sociedade civil.
2. Implantação de serviço de atendimento especializado (psicossociais e orientações jurídicas),
realizados no Centro Estadual de Referência LGBT e da Unidade Móvel no estado do Ceará, à
população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), vítimas de diversas
situações de violência, omissão e/ou violação de direitos motivados pela orientação sexual
e/ou identidade de gênero. Estes serviços humanizados e especializados irão assegurar o
desenvolvimento, a cidadania e proteção desta população e mediará os conflitos entre os pilares
da sociedade, incluindo a família e a população LGBT.
3. Expansão do controle social e fortalecimento das políticas públicas voltadas à população de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), por meio da implantação do Conselho
Estadual LGBT, o qual terá um papel central na garantia dos direitos da população LGBT, assegurando
o desenvolvimento, a cidadania e proteção desta população e o qual mediará os conflitos entre os
pilares da sociedade incluindo a família, população LGBT e Governo do Estado.
4. Expansão de ações para inclusão social e redução da violência, com a realização de ações
que promovam acesso gratuito a políticas públicas de promoção da cidadania e capacitação de
253
pessoas para o fortalecimento das Redes Locais de Prevenção Social à Violência, beneficiando
pessoas em situação de vulnerabilidade, compostas por crianças, adolescentes, jovens, adultos,
pessoas LGBT, idosos e pessoas com deficiência.
▪ Capacitação de 3.249 servidores públicos, durante o quadriênio 2016-2019, nas diferentes regiões
do Estado do Ceará em conteúdos que compreendem o combate ao racismo institucional e o
desenvolvimento da promoção da igualdade racial, a política para as mulheres, o enfrentamento
da LGBTIfobia Institucional, a política da pessoa idoso e da pessoa com deficiência, visando à
melhoria do atendimento aos grupos vulneráveis, sem preconceito e discriminação de qualquer
natureza.
▪ Formação integral dos grupos vulneráveis, por meio da capacitação de pessoas dos segmentos
de atuação da Política de Promoção da Igualdade Racial, da Política para Mulheres, da Política
LGBTI+, da Política das Pessoas Deficientes e Pessoas Idosas, em que foram capacitadas 9.465
pessoas, de forma a torná-los aptos a ingressar no mercado de trabalho em melhores condições e
enfrentar situações relacionadas todas as formas de violência.
▪ Realização, em 2019, de 775 atendimentos, sendo entre os casos denunciados: racismo,
LGBTIfobia, violência contra a pessoa idosa, crianças e adolescentes e mulheres.
▪ Realização de ações para inclusão social e redução da violência onde foram beneficiadas
4.447 pessoas pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção LGBT, com o
lançamento da “Campanha Ceará de Todxs” e intensificação da visibilidade da campanha através
de ações realizadas nas várias regiões do Estado do Ceará, como a celebração da diversidade e
da luta por direitos no Dia de Combate à LGBTfobia, no dia 17 de maio, na Praça do Ferreira.
Realização de 292 eventos de participação cidadã, na perspectiva de garantir a participação de
mulheres, população LGBTQI+, pessoas com deficiência, pessoas idosas, quilombolas, população
cigana, povos de terreiro, indígenas e afrodescendentes no controle social das políticas públicas
desses segmentos e dos Direitos Humanos.
▪ Implantação do “Centro Estadual de Referência LGBT+ Thina Rodrigues”.
▪ Realização de 144 atendimentos pelo “Centro Estadual de Referência LGBT+ Thina Rodrigues”
em Fortaleza implantado em 2021 (18/10/2021 a 31/12/2021).
▪ Realização de 500 atendimentos no “Centro Estadual de Referência LGBT+ Thina Rodrigues”,
em 2021 até maio de 2022.
▪ Capacitação de 1.388 agentes públicos, pessoas LGBT+ e sociedade civil nas temáticas que
visam a promoção e a defesa dos direitos da população LGBT+.
▪ Capacitação de 1.552 servidores e colaboradores, da capital e do interior, para o atendimento
no serviço socioeducativo e promoção da cidadania e defesa dos direitos humanos da população
LGBT.
▪ Capacitação de 1.394 pessoas sobre a promoção e defesa dos direitos da população LGBT em
Fortaleza, Juazeiro do Norte e Quixeramobim.
▪ Promoção da qualificação integrada voltada aos direitos da população Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (LGBT) para enfrentamento a LGBTfobia institucional no serviço público do
estado do Ceará
▪ Capacitação de 2.771 servidores nas diferentes regiões do Estado do Ceará, no combate ao
racismo institucional e desenvolvimento da promoção da Igualdade Racial; na implementação da
política pública para mulheres e sua conduta em situações eminentes na sua prática profissional ou
254
no ambiente de trabalho; no enfrentamento da LGBTfobia Institucional.
▪ Capacitação de 4.913 pessoas para implementação da política de promoção da igualdade racial
(população negra, indígenas, quilombolas, povos de terreiro e ciganos), da política para mulheres,
da política LGBT.
▪ Realização de 48 eventos/oficinas na perspectiva de garantir a participação de mulheres, pessoas
LGBT, pessoas com deficiência, idosos, quilombolas, ciganos, povos de terreiro, indígenas e
afrodescendentes no controle social das políticas públicas desses segmentos.
▪ Realização/apoio a 52 eventos para promoção da visibilidade dos aspectos socioculturais dos
grupos vulneráveis, tais como seminários, campanhas, caminhadas, cine debates, em alusão a
datas importantes referentes a luta por direitos da população negra, de povos e comunidades
tradicionais indígenas, quilombolas, ciganos, mulheres, pessoas com deficiência e idosos.
▪ Realização de 21.906 atendimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade tais como mulheres,
população LGBT e pessoas com deficiência, possibilitando o acesso aos direitos nas instâncias
públicas, acessibilidade comunicacional e informativa, em programas, ações e atividades destinadas
a esses segmentos populacionais. Contempla também os atendimentos realizados pela Ouvidoria
dos Direitos Humanos. Somente a mulheres em situação de violência foram atendidas, em todo
Ceará, 19.383 pessoas.
▪ Capacitação de 392 servidores da rede de proteção do Centro de Referência de Mulher,
Profissionais do CRM, do Centro Pop, do CAPS AD e do Grupo de Apoio às Vítimas de Violência
(GAVV), para fortalecer o acolhimento e atuar junto as mulheres travestis e transexuais vítimas de
violência doméstica e para o enfrentamento da LGBTfobia Institucional.
Realização de 35 eventos de participação cidadã para divulgação das políticas públicas para LGBTs
e 11 eventos realizados para promoção da visibilidade dos aspectos socioculturais dos grupos
vulneráveis.
▪ Capacitação de 341 pessoas dos segmentos de atuação da Política LGBT.
▪ Realização de ações de inclusão social, redução da violência e promoção da cidadania da
população LGBT, beneficiando 4.447 pessoas.
▪ Realização de atendimentos para a população LGTB nas Unidades Móveis de Enfrentamento à
Violência Contra a Mulher do Campo, da Floresta e das Águas no interior do Estado.
▪ Realização de ações de interiorização da política LGBT para cinco municípios do Ceará: Morada
Nova, Russas, Mulungu, Palmácia e Baturité.
▪ Realização da campanha “Ceará de Cidadania Contra Homofobia”.
▪ Oferta de 50 vagas em curso de formação para empreendedores LGBT em parceria com o Instituto
Centro de Ensino Tecnológico (CENTEC).
▪ Realização de pesquisa que retrata a população LGBT em presídios, com planejamento de ação
na defesa dos direitos humanos destas pessoas em privação de liberdade, em parceria com a ONG
Somos.
▪ Apoio à realização do 2º Seminário de Direitos Humanos de LGBT e Prevenção de IST/HIV/AIDS
na região Centro Sul do Ceará.
▪ Oferta de 50 vagas em curso de formação para empreendedores LGBT em parceria com o Instituto
Centro de Ensino Tecnológico (CENTEC).
▪ Adesão do Governo do Estado ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, se
comprometendo a desenvolver ações que atuem no enfrentamento da violência por LGBTfobia.
255
▪ Realização de parceria com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (CENTEC) para oferta de
curso de empreendedorismo para participação de pessoas LGBT.
▪ Melhoria do atendimento dos agentes públicos aos grupos vulneráveis.
▪ Ampliação do controle social e participação democrática e popular nas políticas transversais.
▪ Promoção da visibilidade dos aspectos socioculturais dos grupos vulneráveis.
▪ Ampliação de ações para inclusão social e redução da violência.
▪ Ampliação da rede de defesa e promoção de direitos humanos dos grupos vulneráveis.
▪ Ampliação do atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade.
▪ Ampliação e disponibilização do conhecimento sobre as dimensões socioeconômicas das pessoas
em situação de vulnerabilidade.
▪ Promoção da melhoria na implementação das políticas voltadas aos grupos vulneráveis.
▪ Realização de ações de articulação para a promoção e defesa dos direitos dos grupos vulneráveis
▪ Promoção da qualificação integrada voltada aos direitos da população Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (LGBT) para enfrentamento a LGBTfobia institucional no serviço público do
estado do Ceará.
▪ Implantação de serviço de atendimento especializado à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (LGBT).
Expansão do controle social sobre as políticas públicas voltadas à população de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
02- Programa Inclusão e Equidade na Educação (006 ou 431): Eixo: Ceará do Conhecimento;
Tema: Educação Básica; Objetivo: Garantir a escola como espaço educador sustentável, inclusivo,
acolhedor, que respeite as diversidades e promova a equidade no padrão de acesso, nas condições
de oferta, de permanência e nos resultados de aprendizagem, atendendo adequadamente aos
educandos com necessidades especiais, com características diferenciadas e/ou àqueles pertencentes
às populações vulneráveis em articulação intersetorial; Público-alvo: Segmentos pertencentes às
populações vulneráveis e/ou com características diferenciadas, alunos da Educação Básica que
necessitem de formação em inclusão e temas da diversidade e profissionais da Educação; Gestor:
Secretaria da Educação (SEDUC); Executores: Secretaria da Educação (SEDUC), Secretaria da
Saúde (SESA) e Superintendência de Obras Públicas (SOP).
No PPA, este Programa contempla uma iniciativa voltada ao público LGBTQI+:
1. Qualificação das propostas pedagógicas e curriculares específicas e diferenciadas, por meio
do desenvolvimento de ações de formação continuada, e em serviço, nos formatos presencial,
semipresencial e mediadas pelo Ensino à Distância (EaD), desenvolvidas nas diferentes áreas\
modalidades de ensino, (seminários, encontros, oficinas e outras estratégias formativas), para
profissionais da educação, com o objetivo de qualificar sua atuação e melhoria dos serviços
executados, de forma inclusiva que respeitem as diferenças dos educandos em situação de
vulnerabilidade; e produção de material didático complementar e estruturado para educandos
e professores, visando à garantia de oportunidades de aprendizagem e de escolarização de
educandos indígenas, quilombolas, afro-brasileiras/os, do campo, LGBT, em situação de privação
de liberdade e pessoas com deficiência, altas habilidades/superdotação e Transtornos do Espectro
Autista (TEA).
▪ Realização de ações para a promoção do respeito à diversidade sexual e à dignidade humana
dos alunos: 18 formações, 14 palestras, 17 oficinas, quatro aulões Enem, 15 rodas de conversa
256
e seis seminários temáticos para gestores, professores, estudantes e técnicos educacionais em
26 escolas da rede estadual, três secretarias municipais de educação e quatro projetos intra e
interinstitucionais.
▪ Realização de ações de formação para professores nas temáticas da igualdade étnico-racial,
respeito à diversidade sexual e à dignidade humana.
03 - Programa Promoção e Desenvolvimento da Arte e Cultura Cearense (044 ou 421): Eixo: Ceará
Sustentável; Tema: Cultura e Arte; Objetivo: Ampliar e democratizar a produção e o acesso à arte
e a cultura com base no desenvolvimento da economia dos setores criativos, no fortalecimento da
diversidade e da cidadania cultural em todas as regiões do Estado do Ceará; Público-alvo: Artistas,
produtores, agentes culturais, jovens, pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica
(LGBTs, Crianças, Pessoas com Deficiência e Idosos), professores, alunos e empreendedores
culturais; Gestor: Secretaria da Cultura (SECULT); Executores: Secretaria da Cultura (SECULT) e
Fundo Estadual da Cultura (FEC).
No PPA, este Programa contempla uma iniciativa voltada ao público LGBTQI+:
1. Promoção do fomento, difusão e circulação das iniciativas artísticas e culturais, por meio da
circulação de atividades das mais diversas linguagens artísticas, como: (i) a realização de eventos
estruturantes consolidados no Calendário Cultural do Governo do Estado; e (ii) o apoio a projetos
selecionados nos editais de fomento às artes e políticas afirmativas e projetos apoiados nos editais
dos Ciclos de Tradição Popular (Carnaval, Semana Santa, festas juninas e Natal), buscando
descentralizar as ações de fruição cultural, com projetos de editais e em parceria com Governo
Federal e municípios.
▪ Realização de ações culturais e de formação permanentes para o público LGBT, pelo Instituto
Dragão do Mar.
▪ Realização de Espetáculo teatral “Ainda Vivas” (debate questões sobre racismo, machismo e
LGBTfobia) – arte de rua.
▪ Realização de tutoria “Onde estavam as travestis durante a ditadura?” – Tutoria de Projeto, onde
foi realizado uma imersão e investigação artística a partir da perspectiva dos corpos LGBTs em um
dos períodos mais sombrios da história recente do nosso País.
▪ Realização de Festival For Rainbow – 13ª edição, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade
Sexual, com mostras de filmes cujas temáticas são ligadas ao cenário LGBT, além de apresentações
de teatro, dança e música, entre outras atividades, contemplando 2.043 pessoas, entre público e
profissionais envolvidos/as.
▪ Apoio à realização do IX Congresso Internacional da Associação Brasileira de estudos da
Homocultura (CINABEH), com o tema “Diversidade sexual, gênero e raça: diálogos Brasil-África”,
tendo um público de 1.764 pessoas.
▪ Apoio a 21 projetos por meio do Edital de Apoio a Projetos Culturais com Temática LGBT.
▪ Lançamento do Edital Cultura LGBT no Dragão do Mar.
▪ Realização do II Festival Sertão e Diversidade - Festival de Cinema LGBT do Sertão Central, em
Quixadá.
▪ Realização do 12º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual, com
mostras de filmes cujas temáticas são ligadas ao cenário LGBT, além de apresentações de teatro,
dança e música, entre outras atividades, contando com um público de 1.836 pessoas.
▪ Oferta de 50 vagas em curso de formação para empreendedores LGBT em parceria com o Instituto
257
Centro de Ensino Tecnológico (Centec).
▪ Realização de pesquisa que retrata a população LGBT em presídios, com planejamento de ação
na defesa dos direitos humanos destas pessoas em privação de liberdade, em parceria com a ONG
Somos.
▪ Apoio à realização do 2º Seminário de Direitos Humanos de LGBT e Prevenção de IST/HIV/AIDS
na região Centro Sul do Ceará.
04 - Segurança Pública Integrada com a Sociedade (521): Eixo: Ceará Pacífico; Tema: Segurança
Pública; Objetivo: Fomentar a integração com a Sociedade, em ações estratégicas e operacionais,
e ampliar a realização de ações preventivas na área da Segurança Pública; Público-alvo: Sociedade
cearense; Gestor: Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS); Executores: Secretaria
da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Polícia Civil (PCCE), Polícia Militar (PMCE),
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), Perícia Forense do Estado do Ceará
(PEFOCE), Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESPCE), Fundo de Segurança
Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (FSPDS), Casa Civil (CC) e Superintendência de
Obras Públicas (SOP).
No PPA, este Programa contempla uma iniciativa voltada ao público LGBTQI+:
1. Expansão da oferta de serviços voltados à preservação dos direitos das pessoasem situação
de vulnerabilidade social como crianças, adolescentes, mulheres, LGBTQIA+, idosos, negros e
todos os segmentos que se encontram em situação de vulnerabilidade, visando à preservação dos
direitos, atendimento, acolhimento e encaminhamentos adequados.
05. Programa Comunicação Institucional (081 ou 256): Eixo: Ceará da Gestão Democrática para
Resultados; Tema: Transparência, Ética e Controle; Objetivo: Ampliar a aproximação Governo e
Sociedade contemplando a comunicação institucional e a publicização das ações do Governo céleres
e eficazes; Público-alvo: Cidadão, instituições governamentais, organizações não governamentais,
sociedade civil e órgãos de imprensa; Gestor: Casa Civil; Executores: Casa Civil, Secretaria do
Turismo (SETUR) e Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET).
▪ Apoio a realização de eventos relacionados a temática LGBT tais como: Dia Mundial de Combate
a LGBTfobia, no município de Fortaleza; II Parada pela Diversidade da Prainha, no município
de Aquiraz; II Parada pela Diversidade no Sertão Central, no município de Itatira; II Parada pela
Diversidade, no município de Tamboril; Parada da Diversidade, no município de Guaiúba; e X
Parada pela Diversidade Sexual, no município de Caucaia.
▪ Realização de eventos para a população LGBT, tais como: Ceará de Cidadania Contra a Transfobia
– Fortaleza; Parada da Diversidade, em Crateús; Parada da Diversidade, em Tamboril; e Parada da
Visibilidade LGBT, em Itatira.
06 - Programa Tutela dos Interesses Sociais e Individuais Indisponíveis (515): Eixo: Ceará Pacífico;
Tema: Justiça; Objetivo: Ampliar a eficiência e a eficácia na prestação dos serviços de tutela de
interesses sociais e individuais indisponíveis dos cidadãos, contribuindo para o resguardo da ordem
jurídica; Público-alvo: Cidadãos cearenses atingidos pelo descumprimento de políticas públicas, da
ordem jurídica pelos gestores e dos seus interesses sociais e individuais indisponíveis; Gestor:
Procuradoria Geral da Justiça; Executores: Procuradoria Geral da Justiça, Fundo de Defesa dos
Direitos Difusos do Estado do Ceará, Fundo de Manutenção da Escola Superior do Ministério
Público e Fundo de Reaparelhamento e Modernização do Ministério Público do Estado do Ceará.
No PPA, este Programa contempla uma iniciativa voltada ao público LGBTQI+:
258
1. Promoção da defesa dos direitos difusos e coletivos, pautada na inclusão, reinserção e pacificação
social, visando ressarcir à coletividade por danos aos interesses difusos e coletivos, como crianças
e adolescentes, idosos e deficientes, mulheres, grupos etnicamente discriminados, pessoas em
situação de rua, população LGBT, meio ambiente e consumidor, bem como apoiar políticas de
proteção e defesa dos direitos difusos e reaparelhar e modernizar Órgãos Estaduais de Execução
e de Apoio, por meio do apoio a projetos.
Além dos programas supracitados, outras ações também foram identificadas nos textos das
Mensagem à Assembleia e nos portais das secretarias executoras das ações governamentais que
não puderam ser identificadas ou relacionadas aos programas ou projetos específicos. São elas:
Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS):
▪ Lançamento da Pesquisa Estadual sobre a população LGBT+ do Ceará 2021-2022, com o intuito
de coletar dados e construir políticas voltadas para a população LGBT+ cearense.
▪ Realização da Semana da Diversidade Sexual através da Coordenadoria Especial de Políticas
Públicas para a Promoção LGBT.
▪ Realização de inscrições para o Casamento Coletivo LGBT 2022 em Fortaleza. O objetivo é
ofertar, gratuitamente, o acesso ao registro de casamento civil para casais constituídos por pessoas
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em situação de vulnerabilidade social,
celebrando o amor e a diversidade, contribuindo para a proteção dos direitos das famílias LGBT na
Capital.
▪ Início do mapeamento dos movimentos sociais de defesa e promoção das políticas públicas à
população LGBT+ desenvolvidos em todo o Estado.
▪ Realização de inscrições para seleção de 13 representantes da sociedade civil que irão integrar o
Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT, no biênio 2021-2023.
Posse de duas policiais penais, como representantes da Secretaria da Administração Penitenciária
(SAP), como integrantes da primeira legislatura do Conselho Estadual de Combate à Discriminação
LGBT (biênio 2021/2023), no Dia Mundial de Combate a LGBTfobia.
▪ Realização da roda de conversa sobre migrantes LGBT+ para trabalhar a desconstrução de
preconceitos e fortalecer o enfrentamento à discriminação junto a profissionais da gestão pública.
▪ Promoção da roda de conversa sobre drogas com Movimento LGBT, pautada no fomento à
discussão da temática das drogas entre os diversos segmentos sociais.
▪ Lançamento da Plataforma LGBTQIA+ em parceria com o IDT para dinamizar acesso ao mercado
de trabalho da população LGBT+ no Ceará.
▪ Realização de reunião virtual (translive) com representantes de associações LGBT+ para debater
visibilidade e orgulho trans.
▪ Fortalecimento pacto de enfrentamento à LGBTfobia no Cariri.
▪ Realização de ações de interiorização da política LGBT para nove municípios do Estado.
▪ Atendimento em 24h no Centro Estadual de Referência LGBT+ através de parceria com Defensoria
Pública para dar mais celeridade às retificações de documentos.
▪ Promoção de 20 dias de Ativismo pela Visibilidade Trans e Contra a Transfobia no Ceará.
▪ Capacitação sobre Prevenção e enfrentamento ao Tráfico de Pessoas LGBT+.
▪ Atendimento itinerante com debate sobre violência contra mulheres e LGBT+ e oferta de serviços.
▪ Obrigatoriedade de estabelecimentos públicos e privados de fixar placas de enfrentamento à
LGBTfobia.
259
▪ Promoção do I Webnário da Visibilidade Trans: “Vidas Trans Importam”.
Secretaria da Educação (SEDUC):
▪ Realização do II Seminário “Semana Janaína Dutra”, abordando a temática dos direitos humanos
LGBT em contexto escolar com o objetivo de fomentar o respeito e o reconhecimento da diversidade,
da orientação sexual e da identidade de gênero.
▪ Realização do Seminário “Semana Luís Palhano”, com o tema “Da periferia ao centro: a diversidade
da escola tá aí!”.
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS):
▪ Criação do Observatório Cearense dos Crimes Correlatos por LGBTQIAPNfobias para monitorar
os crimes cometidos contra a população LGBTQIAPN+, em todo o Ceará, identificar o perfil das
vítimas, tais como: idade, raça, escolaridade, identidade de gênero e orientação sexual, propor
ações no âmbito da Segurança Pública do Ceará, visando direcionar as ações das forças vinculadas
da SSPDS com base nos dados criminais e emitir relatórios trimestrais sobre o andamento das
investigações criminais referentes à população LGBTQIAPN+.
▪ Realização de diálogos entre a SSPDS-CE e movimentos LGBTQIA+ sobre estratégias de
proteção aos vulneráveis.
Secretaria da Saúde (SESA):
▪ Realização do “Encontro Estadual de Saúde LGBTQIA+”, pela Secretaria da Saúde do Estado
(SESA), por meio da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (COPAS), no com a temática
“Saúde para Todxs”. O intuito da discussão na saúde era sensibilizar e capacitar profissionais e
gestores sobre as políticas de atenção à população LGBTQIA+.
▪ Discussão dos avanços nos serviços de saúde para o público LGBTQIA discutidos no Papo SUS
através de lives. Esse é um projeto da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins
Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (SESA).
▪ Capacitação, online, de Colaboradores do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
(HEMOCE), da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (SESA), para aprimorar o atendimento
a doadores LGBTQI+.
▪ Capacitação de profissionais para acolhimento de mulheres e comunidade LGBT com HIV através
da Escola de Saúde Pública (ESP).
▪ Lançamento do “Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, o Guia de Diversidade – Igualdade
no serviço público de saúde do Ceará”. O documento busca conscientizar trabalhadores da Rede
SESA para uma assistência mais qualificada e humanizada a pessoas lésbicas, gays, bissexuais,
transexuais, travestis, dentre outras orientações sexuais e identidades de gênero.
Secretaria do Turismo (SETUR):
▪ Realização do “Fórum de Turismo LGBT do Brasil 2021”.
Secretaria da Justiça e Cidadania (SEJUS):
▪ Assinatura de termo de cooperação técnica entre a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado
(SEJUS) e a atual Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção LGBT, com
o objetivo de acompanhar denúncias de homofobia no Ceará e tratar sobre o acolhimento e
atendimento do público LGBT nas unidades prisionais do Estado.
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP):
▪ Execução do “Projeto Querer”, beneficiando 160 detentos da comunidade LGBT em unidades
prisionais do Ceará.
260
▪ Celebração do “Dia Internacional contra a Homofobia” na Unidade Prisional Irmã Imelda.
Defensoria Pública do Estado do Ceará (MPE):
▪ Realização do seminário “Dignidade humana de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais:
Reconhecer, Respeitar e Garantir Igualdade de Direitos”.

Disponível em:

IPECE informe / Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) / Fortaleza –


Ceará: Ipece, 2022

• ESPÍRITO SANTO (ES)

Ações e Serviços desenvolvidos:

- Criação da Gerência de Políticas de Diversidade Sexual e Gênero, em 2019, que possibilita a


aproximação com os movimentos sociais, o diálogo com os municípios e a articulação dentro do
Governo, gerando avanços na garantia de direitos. Essa gerência específica, dentro da Secretaria
de Direitos Humanos, também tem apoio de setores criados como, o Conselho e o Plano Estadual.
- São destaques a realização de Conferência Estadual LGBT+ e o Projeto Diversidade, que atua
por meio de formações e um edital, que está entrando na segunda edição e tem como objetivo
selecionar e premiar boas práticas na área de atuação da promoção da cidadania LGBTI+ e/ou
combate à LGBTIfobia realizadas em território capixaba.
- Existem três normativas em execução para este público: Na área sócio-educação há uma instrução
de serviço sobre atendimento da população LGBTI+ nas unidades de sócioeducação; no âmbito da
saúde, são destaques a portaria que garante o uso do nome social das pessoas trans no sistema
público de saúde e a que cria a Câmara Técnica de Saúde integral, onde vem sendo ampliada
a discussão da municipalização do processo transsexualizador com a criação de estratégias de
hormonização; no que se refere ao sistema de justiça há portaria para atendimento à população
LGBTQI+ e a Unidade Prisional, que é a primeira no país, exclusiva para este público.

Disponível em:

https://sedh.es.gov.br/Not%C3%ADcia/espirito-santo-conquista-tres-importantes-colocacoes-no-
premio-atenas-de-politicas-publicas

• RIO DE JANEIRO (RJ)

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos atua na promoção e na garantia do


direito à população por meio da superintendência de Políticas LGBTI e o Rio sem LGBTIfobia,
possui como objetivo da pasta, combater a discriminação e a violência contra a população LGBTI
e promover sua cidadania.

261
Ações e Serviços desenvolvidos:

- O Programa Rio Sem LGBTIfobia conta com 16 (desesseis) equipamentos espalhados pelo Estado
do Rio de Janeiro. Os Centros de Cidadania LGBTI oferecem todo o suporte necessário à população
LGBTQIA+, com atendimento social e psicológico, além de acompanhamento jurídico dos casos
necessários. As unidades também são espaços de informações, acolhimento e mobilização voltado
para mobilização de combate à LGBTIfobia.

- Disque 0800 023-4567 – Disque Cidadania e Direitos Humanos

- Disque (21) 2334-9561 / 2334-9562 - Superintendência de Políticas LGBTI+

- Disque (21) 2333-3509 - Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI)

- Disque Cidadania LGBT (Sede – Centro do Rio). Tel.: 2334-9572 / 0800 0234567 disquecidadania.
dhrj@gmail.com

- Outras ações, programas e serviços LGBTI+ disponibilizados no Rio De Janeiro estão relatados
no “Relatório Final da Pesquisa de Mapeamento do Projeto Observatório de Políticas Públicas
LGBTI+ no Estado do Rio de Janeiro.”

Disponível em:

https://secretarias.rj.gov.br/secretaria/PaginaDetalhe.aspx?id_pagina=15138
PIRES, B.; LAURENTINO, A. C.; SILVA, C. N. (org.). ALIANÇA NACIONAL LGBTI+ Relatório Final
da Pesquisa de Mapeamento do Projeto Observatório de Políticas Públicas LGBTI+ no Estado
do Rio de Janeiro. Aliança Nacional LGBTI+ & Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, 2021. 192p.

• RIO GRANDE DO SUL (RS)

A Área Técnica da Saúde LGBT da Divisão de Políticas de Promoção da Equidade em Saúde atua
promovendo e fortalecendo a Política de Atenção Integral à Saúde da População de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) proporcionando qualificação profissional frente
à diversidade sexual e de gênero visando o acesso equânime e integral à rede de atenção à saúde
e a redução das desigualdades e vulnerabilidades de saúde vivenciadas por esta população.

A política foi institucionalizada em 2014, com a publicação da Portaria 343, de 09 de maio de 2014. A
área técnica da saúde LGBT surge em 2013 a partir da criação de um Grupo de Trabalho intersetorial
voltado à saúde desta população, visto que a saúde LGBT perpassa as demais políticas como uma
temática transversal. Ainda em 2013, foi criado o Comitê Técnico de Saúde da População LGBT do
Rio Grande do Sul com objetivo de ser um canal de discussão entre movimentos sociais, gestão e
trabalhadores de saúde.

262
Ações e Serviços desenvolvidos:

A Área Técnica da Saúde LGBT realiza fóruns proporcionando a discussão e debate sobre questões
relacionadas às demandas de saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Os
eventos, que contam com apoio de variadas instituições, visam fortalecer a implementação da
política de atenção integral à saúde da população LGBT no Estado. Cada fórum possui temática
variada, no ano de 2016 foram realizados quatro encontros possuindo respectivamente os temas:
Política de Saúde LGBT - construção, implementação e o direito à saúde; Adolescência LGBT;
Maternidade e Paternidade no Contexto de Famílias LGBT e Negritude LGBT. Em 2017, na quinta
edição, o tema foi a nutrição no contexto do cuidado em saúde de travestis e transexuais, e na
sexta edição realizada em 2019, o tema foi “Construindo caminhos para a Saúde LGBT no RS”.

Os Planos Operativos Bianuais desta área técnica possuem o eixo Pesquisa, Educação permanente
e educação popular em saúde com foco na população LGBT. Portanto são realizadas atividades
objetivando fortalecer a implementação das Políticas Nacional e Estadual de Saúde Integral da
População LGBT e a qualificação do atendimento em saúde abordando os principais agravos, as
boas práticas em saúde e estratégias para combater a discriminação.

A área técnica da Saúde LGBT é campo de estágio para residentes e estudantes de graduação
e pós-graduação de instituições conveniadas como Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Centro Universitário
Ritter dos Reis (Uniritter), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA),
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e outras.

Além destas atividades de ensino e educação permanente a área técnica da saúde LGBT presta
apoio técnico institucional a projetos da temática, como o projeto A Política Nacional de Saúde
Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT): estratégias de análise,
avaliação e formação para o aprimoramento do sistema único de saúde, desenvolvido pela UFRGS
e IFRS. Também cabe citar que a área técnica também compôs o grupo de pesquisa do projeto
Análise e Avaliação das Situações de Violência no Estado do Rio Grande do Sul Segundo Raça/
Cor, Identidade de Gênero e Orientação Sexual: contribuição para o aprimoramento da vigilância
em saúde de populações vulneráveis no SUS cujo projeto “Contribuições para o aprimoramento da
vigilância da violência interpessoal/autoprovocada contra populações vulneráveis no Rio Grande
do Sul: o Sinan, a equidade em saúde e a intersetorialidade”, foi premiado com o 3° lugar na
categoria Vigilância, prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, das causas
externas e ações de promoção da saúde na 16ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas
em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). Desde 2014 há a inclusão da
notificação de violência motivada por lesbofobia, homofobia, bifobia e transfobia (LGBTfobia) no
Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN). A partir da versão 5.0 dessa ficha há
campos para preenchimento do nome social (quando houver), identidade de gênero e orientação
sexual da pessoa que foi agredida.

Em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Saúde Coletiva da UFRGS e
IFRS realiza capacitações sobre notificação de violência motivada por LGBTfobia tendo em vista

263
que a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais se depara com situações
de iniquidades e vulnerabilidades em saúde, muitas vezes relacionadas à discriminação e ao
preconceito ainda presentes na sociedade.

- Formação EaD em Saúde Integral de Travestis e Transexuais para Profissionais de Saúde (Em
parceria com a Psicologia Social da PUCRS);

- Curso de Promotores e Promotoras da Saúde LGBT (Em parceria com a Saúde Coletiva da
UFRGS);

Disponível em:

RIO GRANDE DO SUL. Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Secretaria da Sáude. Saúde da
População LGBT. Disponível em: https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/saude-da-populacao-lgbt.
Acesso em: 29 mar. 2023.

• SÃO PAULO (SP)

Ações e Serviços desenvolvidos:

- A 16ª Feira Cultural LGBT aconteceu no Vale do Anhangabaú no dia 26 de maio. O evento contou
com apoio do Governo do Estado de São Paulo e foi organizado pela APOGLBT (Associação da
Parada do Orgulho GLBT). A Tenda do Poder Público foi montada pelas secretarias da Administração
Penitenciária (SAP), da Justiça e Defesa da Cidadania, Coordenações de Políticas para Diversidade
Sexual e Casa Civil. A campanha “Seja um agente de mudança”, promovida pela SAP, foi exposta
na feira com divulgação dos cartazes e vídeos que compõem a iniciativa. Essa campanha visa
atender as necessidades e garantir os direitos da população LGBT, sejam presos, funcionários ou
visitantes, conforme prevê a Resolução SAP de 30 de janeiro de 2014.

Disponível em:

Secretaria da Administração Penitenciária (sap.sp.gov.br)

• AÇÕES E SERVIÇOS DIVERSOS DISPONÍVEIS NO BRASIL:

- CAMALEAO.CO

É um startup focada em soluções de diversidade LGBTQIAP+. Hoje, possui 02 (duas) atuações:


Letramento (palestras, treinamentos e/ou cursos online para empresas e/ou pessoas físicas sobre
o universo LGBTQIAP+), Recrutamento da Diversidade LGBTQIAP+ (curadoria de talentos ou
somente a divulgação das suas oportunidades para nossa base de talentos LGBTQIAP+.
Disponível em:

camaleao.co | nossos serviços e recrutamento de LGBT+

- CASA TRANSFORMAR

264
A Casa TransFormar é uma ONG que oferece acolhimento a pessoas LGBTQIA+ na cidade de
Fortaleza/CE. O projeto começou como uma casa para acolher vítimas da marginalização causada
pela LGBTQIA+fobia no Ceará, mas evoluiu para dar formação artística e profissional para os
acolhidos.
Disponível em:

https://www.instagram.com/casatransformar/

- DANDARAH - RESISTÊNCIA ARCO-ÍRIS

Elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz, esse aplicativo permite o mapeamento e coleta de dados
qualificados sobre violência LGBTIfóbica, orientando e acolhendo usuários(as) e lançando luz sobre
uma realidade que tem sido historicamente invisibilizada.
Disponível em:

https://www.gov.br/pt-br/apps/dandarah-resistencia-arco-iris

- EDUCATRANSFORMA

O educaTRANSforma é um projeto de educação para pessoas trans e formação em temas de


tecnologia da informação.
Disponível em:

https://educatransforma.com.br/

265
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender a condição socioeconômica e demográfica sobre a população LGBT+, que se


torna alvo de preconceito e discriminação por sua orientação sexual e identidade de gênero,
principalmente os corpos dissidentes, os mais colocados a margem em nossa sociedade, é de
suma importância para compreender, construir, elaborar e executar Políticas Públicas eficazes nos
estados brasileiros. A produção de dados sobre a população LGBT+ se mostra um desafio não só
no Estado, mas em todo o pais, principalmente dados que não sejam relacionados a violência, a
homicídios ou suicídios.

Com isso, este relatório objetivou levantar e mapear as Políticas Públicas executadas no Governo
do Estado de Mato Grosso do Sul direcionadas à população LGBT+, levando em consideração como
essas são implementadas e vivenciadas dentro do poder público estadual e de seus municípios.
Para além disso, ações de promoção da cidadania, acesso a direitos básicos, como saúde, moradia
e educação, e o conhecimento de profissionais atuantes na saúde e educação acerca de seus
trabalhos com pessoas LGBT+, formação e vivências com esse público. Outro objetivo foi o de
elaborar uma amostragem de dados sobre a população LGBT+ residente no Estado com o intuito
no levantamento de informações e dados sociodemográficos sobre a população, contemplando a
área das Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade, Saúde, Educação e Cultura,
respeitando a história e considerando cada recorte populacional.

O principal desafio da produção e elaboração deste relatório estava na execução de suas metas
dentro de seu tempo de execução, resultando em dados os quais poderiam ser mais relevantes
pois, ao mapear um Estado que, de acordo com o IBGE, possui uma área de 357.147,995 km² e
79 (setenta e nove) municípios, o tempo de execução, contando estudo, pesquisa bibliográfica,
construção de instrumentos de pesquisa, divulgação, aplicação, levantamento dos dados, devolução
dos órgãos solicitados, tabulação dos mesmos, escrita e entrega, foram de apenas 09 (nove) meses,
impossibilitando um amplo retorno nesse quesito.

Uma coleta de dados, sozinha, não resolverá o processo histórico da negação de Direitos à
população LGBT+, mas, sem esta não é possível comprovar e cobrar Políticas Públicas e afirmativas
imprescindíveis para reverter a situação.

A primeira edição a contabilizar a população residente com cônjuges do mesmo sexo foi realizada
em 2010, mesmo assim, ainda não criando dados que condiz com a totalidade de homossexuais que
vivem de acordo com esses critérios, Conforme o descrito nesse estudo, e informações colhidas,
espera-se que em 2023 tenha-se resultados de coletas demográficas nacionais e estaduais mais
específicas para a população LGBT+ perante o IBGE, uma vez que essa omissão impede a
formulação de políticas públicas que atendam as necessidades dessa população, fazendo com
que assim sejam melhor descritas as informações sobre essa população.

Em uma avaliação realizada no ano de 20221, cinco eixos foram analisados, sendo estes: Políticas
Matriciais (presença de órgão gestor para coordenação geral da estrutura pública, conselho
para deliberação e participação comunitária e presença de plano e programa com orçamento
para implementação das políticas nas regiões do estado); Políticas Setoriais (divididas em nove
temas: segurança pública, educação, saúde, trabalho e renda, esportes e lazer, administração

266
penitenciária, turismo, cultura, assistência social); Justiça e Cidadania (legislações estaduais para
avaliar a conquista de direitos e de garantias pela população LGBTI+); Sistema de Controle (os
serviços e as políticas especificas para a população LGBTI+ em órgãos como Ministério Público,
Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Polícia Civil e Assembleia Legislativa); e respostas obtidas
via Lei de Acesso à Informação.

Através desse levantamento do Programa Atenas, uma aliança de diversas entidades que monitora
políticas públicas para essa parcela da população, o mesmo concluiu que, das 27 (vinte e sete)
unidades da Federação, 19 (dezenove) não têm um plano ou programa específico para a população
LGBT+, sendo que de acordo com os responsáveis pela pesquisa, o combate à discriminação contra
esta parcela da população esbarra na falta de comprometimento dos governos locais, pois, embora
já existam alguns mecanismos legais, mesmo com a Política Nacional de Saúde Integral LGBT
(2011), a ausência de uma norma nacional, a exemplo dos Estatutos da Criança e do Adolescente
(ECA) ou do Idoso, faz com que cada estado, município e órgão federal aja da forma que achar
melhor ao tratar dos direitos LGBT+; além disso, só 52% das unidades da Federação têm leis para
o uso do nome social de transexuais e travestis e 51% estabelecem penalidades administrativas
por preconceito de sexo e orientação sexual.

O apagamento da população LGBT+ através do Censo contribui para aumentar ainda mais a falta
de acesso a cidadania. A falta ou inexistência de dados específicos sobre população LGBT+, pode
ser também devido à um reflexo da heteronormativade2 em uma sociedade que nega ou dificulta o
acesso de pessoas dessas pessoas à cidadania, pois é a esta quem age normatizando os modos
de vivenciar a sexualidade, e quando não é reconhecida a existência dessa população, deixando
fora de coleta de dados, acaba negando Políticas Públicas e afirmativas para o acesso aos direitos
fundamentais.

Políticas públicas são elaboradas para a população, considerando cada recorte social, sendo de
renda, racial e de gênero, e essa construção deve ser criada em consonância com o público alvo
dessa política, pois não se cria algo para uma população sem compreender a realidade subjetiva do
mesmo. Dar voz e espaço para um recorte populacional visto historicamente e socialmente como
minoria é compreender o protagonismo de um grupo historicamente diminuído e silenciado dentro
de sua própria história, sem que ele dependa de um mediador para que suas questões sejam
conhecidas.

Na realização diante a aplicação dos Instrumentos de pesquisa, retornos de órgãos oficiados,


vivência perante a pauta LGBT+, além dos levantamentos bibliográficos, pode-se perceber o
quanto a pandemia do COVID-19 afetou a população global, em especial a comunidade LGBT+ em
vulnerabilidade. Verificando o quadro situacional apresentado no estudo, e a dificuldade perante
todos os obstáculos para a obtenção de renda, deve-se dar importância à esse fato, esse já iniciado
perante ao desenvolvimento do Convênio nº 905619/2020, o qual enfatizando o empreendedorismo
e empregabilidade abrange estratégias que garantam autonomia para o público LGBT+, em especial
os mais vulneráveis, para assim se estabelecerem no mercado de trabalho público ou privado.
¹Prêmio Atenas de Políticas Públicas 2022.

2
Lanz(2014) afirma que a heteronormatividade diz-se da disposição político-cultural, falsamente naturalizada como determinismo biológico, que estabelece a heterossexualidade como o único tipo

de orientação sexual normal, o que faz com que todos os demais tipos de sexualidade humana sejam considerados antinatural e sócio desviante.

267
Enfatizamos ainda um olhar atento a pactuações de acordos de melhorias, seja em âmbito municipal
ou estadual, no intuito da promoção mais intensa do marco legal que proteje as pessoas LGBT+ e
puna criminalmente as discriminações, discursos de ódio e violências (físicas, verbais, simbólicas
e institucionais) com base na orientação sexual e/ou identidade de gênero, conforme determinação
já instaurada, principalmente no acesso aos serviços públicos, como a saúde, a educação, a
assistência social, dentre outros, para que seja efetivo o combate à LGBTfobia institucional e na
sociedade.

Quando o assunto é especificamente relacionado à Educação, pode-se comprovar que são


recorrentes as vivências perante à discriminação, falta de acessibilidade, grande distância até
o serviço de educação, falta de ações sobre a temática gênero e diversidade sexual na escola,
facilitação para a denúncia do fato nesse ambiente, informação sobre direitos da população LGBT+,
estratégias ou política de enfrentamento à evasão escolar para pessoas LGBT+, e capacitação do
corpo docente e administrativo escolar.

Para superar os entraves sociais para a população LGBT+ e promover a inclusão e cidadania, se
faz necessário expandir ações afirmativas no Estado de Mato Grosso do Sul, Estado este que por
muitas vezes foi pioneiro em Políticas Públicas para pessoas LGBT+, ainda burocratiza o acesso a
políticas públicas eficazes e necessárias para a população LGBT+.

Reiteramos também, no campo da saúde, que além da falta de acesso ao transporte para auxílio à
saúde, informação sobre direitos perante esse âmbito, organização no ambiente de atendimento à
saúde, falta de profissionais especialistas disponíveis e capacitados para o atendimento, verificou-se
que as políticas de saúde para Mulheres Travestis e Transexuais, Homens Transexuais e Pessoas
Intersexo e Não Bináries, ainda se faz deficiente perante a efetivação da Portaria Ministerial nº
2.803, de novembro de 2013, que regulamenta as políticas integrais dos Ambulatórios e Serviços
Transexualizadores no Brasil, visto que nosso Estado não possui uma equipe com real atuação
para este.

Apesar de ser criticada por uma parcela da população caracterizada como conservadora, as ações
afirmativas são políticas focais que designam recursos contemplando pessoas pertencentes a grupos
discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Trata-se de
medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero,
de classe ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso
à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento
cultural.

Sabendo-se que as políticas afirmativas visam reconhecer as diversidades entre a população,


no sentido de direcionar os esforços para minimizar e gradativamente diminuir as distâncias
socioeconômicas que permeiam a vida social brasileira, no contexto apresentado, é necessário,
um melhor entendimento de conceitos que podem contribuir para o êxito das ações afirmativas
e a inclusão social e nosso Estado, sendo essas, formas de políticas públicas que objetivam
transcender as ações do Estado na promoção do bem-estar e da cidadania para garantir igualdade
de oportunidades e tratamento entre as pessoas, e a mobilização dos setores culturais, com
intenção na ampliação de ações de inclusão social.

268
Por fim, para criar e instaurar políticas públicas se faz necessário a compreensão dos marcadores
sociais que transpõe pessoas LGBT+, tornando esse um primeiro passo para suprir demandas
que surgem dessa população, principalmente de pessoas que residem no interior do Estado e em
regiões fronteiriças, para assim resultar em um intenso conhecimento e identificação da população
no qual não possui o mesmo acesso que pessoas que residem na Capital do Estado. Para tanto,
deve-se então, tornar o sistema de coleta de dados dessa população mais eficaz, obtendo o
acompanhamento da situação populacional LGBT+ no Estado de forma continua e sistematizada,
de maneira permanente devido ao resultado do movimento populacional entre municípios e estados.

Seguindo propostas idealizadas em outros Estados do Brasil, a necessidade apontada no público


do nosso Estado, pode ser suprida com esforço coletivo de Secretarias do Governo do Estado
e das prefeituras, para além das que discutem políticas sociais. Deve ser ressaltado que, deve-
se investir em qualificação técnica e social dos gestores e servidores sobre a temática, pois
elaborar e implementar políticas públicas sem compreender a realidade da população a qual será
beneficiada, tende a um caráter fragmentado, centralizado, antidemocrático e ineficaz; por isso,
há a necessidade de um diálogo contínuo e atuação conjunta entre os setores responsáveis na
formulação e implementação de políticas públicas.

269
REFERÊNCIAS

AIDAR, A. M. O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção de Direitos de


Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT): entraves e possibilidades
de participação na elaboração e implementação de políticas públicas. 2016. Tese de Doutora
- Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 2016.

ANDES - SINDICATO NACIONAL. Ministério dos Direitos Humanos não gastou um real com
políticas LGBTQIAP+ em 2022. s.l. 2022. Disponível em: <https://www.andes.org.br/conteudos/
noticia/ministerio-dos-direitos-humanos-nao-gastou-um-real-com-politicas-lGBTQIAP-em-
20221>Acesso em: 09 de fevereiro de 2023.

ASSEMBLEIA GERAL DA ONU. 1948. “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. Paris.
Disponível em : https://brasil.un.org/pt-br/91601-declara%C3%A7%C3%A3o-universal-dos-direitos-
humanos#:~:text=Elaborada%20por%20representantes%20de%20diferentes,por%20todos%20
os%20povos%20e

BASTOS, E. et al. Visão Geral da Conjuntura. S.l. 2023. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/
cartadeconjuntura/index.php/tag/pib/> Acesso em: 14 de março de 2022.

BATISTA, M. SEGOV - “MS é destaque em pautas voltadas para políticas públicas LGBT,
diz Secretário, Campo Grande, MS, 2021”. Disponível em:<https://www.segov.ms.gov.br/ms-
e-destaque-em-pautas-voltadas-para-politicas-publicas-lgbt-diz-secretario/> Acesso em: 19 de
janeiro de 2023.

BENEVIDES, B. Dossiê - assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras


em 2022. Brasília, ANTRA, 2022. Disponível em: <https://antrabrasil.files.wordpress.com/2022/01/
dossieantra2022-web.pdf> Acesso em: 19 de janeiro de 2023.

BRASIL. Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016, dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento
da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública
federal direta, autárquica e fundacional. Brasília - DF, 2016. Disponível em: <http://www.planalto.
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o%20uso%20do,que%20lhe%20confere%20o%20art> Acesso em: 22 de agosto de 2022.

BRASIL. Decreto nº 9.453, de 31 de julho de 2018. Convoca a 4ª Conferência Nacional de


Políticas Públicas de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
- LGBT. (Revogado pelo Decreto Nº 10.346, de 2020). Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9453.htm> Acesso em: 22 de agosto
de 2022.

BRASIL. Decreto nº 9.759, de 11 de abril de 2019. Extingue e estabelece diretrizes, regras e


limitações para colegiados da administração pública federal. (Revogado pelo Decreto nº 11.371,
de 2023). Brasília, DF, 2019. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/D9759.htm>Acesso em: 22 de agosto de 2022

BRASIL. Decreto nº 9.883, de 27 de junho de 2019. Dispõe sobre o Conselho Nacional de Combate
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Segurança Social, v. 1, n. 1, p. 13-35, 2017.

TRANSRESPECTVERSUSTRANSPHOBIA. Research on murders of trans and gender-diverse


people around the world. Disponível em: <https://transrespect.org/en/> . Acesso em 18 de Janeiro
de 2023.

VASCONCELLOS, E. A. Urban transport, environment and equity: the case for deloping
countries. UK and USA, Earthscan publications, 2001.

VOTELGBT (org.). Diagnóstico LGBT+ na pandemia: desafios da comunidade lgbt+ no


contexto de isolamento social em enfrentamento à pandemia de coronavírus.. Desafios
da comunidade LGBT+ no contexto de isolamento social em enfrentamento à pandemia
de Coronavírus. 2020. Disponível em: https://sinapse.gife.org.br/download/diagnostico-lgbt-na-
pandemia. Acesso em: 22 de Março de 2023.

277
APÊNDICE

 Site “Cidadania LGBT+”

278
 Instrumento de pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade
LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”

279
280
281
 Instrumento de pesquisa “EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”

282
283
284
285
286
287
288
289
 Instrumento de pesquisa “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população
LGBT+ em MS”

290
291
292
293
294
 Instrumento de pesquisa “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT +
em MS”

295
296
297
298
299
 Plataforma online
https://linklist.bio/mapeamento-subslgbt-2022

300
 Cartaz informativo

301
 Cronograma de atividades/ações desenvolvidas

METAS E ETAPAS JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
META 1

Desenhar a metodologia do mapeamento da população X X X


LGBT+ em situação de vulnerabilidade.
ETAPA 1
X
Ambientação e estudo do Site “Cidadania LGBT”
ETAPA 2
Ambientação e estudo sobre o “Regimento Interno da Subsecretaria X
de Políticas Públicas LGBT do MS”
ETAPA 3
X
Ambientação e estudo sobre o “Legislação LGBT+ no MS”
ETAPA 4
X
Apresentação ”Gênero e Diversidade Sexual”
ETAPA 5
X X X X X
Levantamento bibliográfico
ETAPA 6
Organização /elaboração da “Linha do Tempo da Legislação LGBT+ X X
do MS”
ETAPA 7
Elaboração do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul”
X
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 8
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas
LGBT+ “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas LGBT X
+ em MS”

ETAPA 9
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+
“SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ X X
em MS”

ETAPA 10
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+ X X
“EDUCAÇÃO - Mapeamento/ Assistência profissional à população
LGBT+ em MS”
ETAPA 11
Elaboração do Instrumento de Pesquisa em Políticas Públicas LGBT+ X
“Análise dos profissionais que assistem à população LGBT+ em MS”
META 2

Mapear os serviços públicos oferecidos para população X X X X


LGBT+
ETAPA 1
X X X X X
Levantamento de órgãos/instituições
ETAPA 2
X X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: CECLGBT+
ETAPA 3
X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: Educação/MS
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 4
X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: Saúde/MS
ETAPA 5
X
Agenda para elaboração instrumental – Eixo: Cultura/MS
META 3
X X X X X X X X X
Levantar e analisar dados quantitativos e qualitativos
ETAPA 1
Construção e Lançamento da Pesquisa de Políticas Públicas no X X
site Cidadania LGBT+ Plataforma online: https://linklist.bio/
mapeamento-subslgbt-2022
ETAPA 2
Aplicação In loco do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X
Grosso do Sul” – Local: XIX Parada da Cidadania LGBTQIA+ e Show
da Diversidade – 2022.
ETAPA 3
Divulgação do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X X X
Grosso do Sul, através de e-mails, Ofícios, Mensagem direta
(Whatsapp) e Redes sociais.
ETAPA 4
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA - Mapeamento
da população e dos artistas LGBT + em MS”, “SAÚDE - Mapeamento/
Assistência Profissional à população LGBT+ em MS” e “EDUCAÇÃO - X X X X
Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”,
através de e-mails, Ofícios, Mensagem direta (Whatsapp) e Redes
sociais.
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 5
Reuniões estratégicas com órgãos competentes para alinhamentos
e divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA -
Mapeamento da população e dos artistas LGBT + em MS”, “SAÚDE X X
- Mapeamento/Assistência Profissional à população LGBT+ em MS”
e “EDUCAÇÃO - Mapeamento/Assistência Profissional à população
LGBT+ em MS”.
ETAPA 6
Apresentação de dados da aplicação in loco / virtual (via
Google Forms) do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas, X
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de
Mato Grosso do Sul” na palestra intitulada “Dados de Violência e
Empregabilidade” - Reunião Ordinária do CELGBT/MS (05/08/2022).
ETAPA 7
Alinhamento de material pedagógico - Reunião SUPAS X
(Superintendências da Política de Assistência Social)
ETAPA 8
Aplicação Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” - Local: 21º Festival de Inverno de Bonito/MS (25 X
à 28/08/2022)

ETAPA 9
Roda de conversa Cidadania LGBT+ Local: 21º Festival de Inverno
X
de Bonito/MS (26/08/2022)
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 10
Visita técnica ao CREAS de Bonito/MS - Local: 21º Festival de X
Inverno de Bonito/MS (26/08/2022)
ETAPA 11
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X X X
Pesquisa “Políticas Públicas, Empreendedorismo e Empregabilidade
LGBT+ no Estado de Mato Grosso do Sul”
ETAPA 12
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X X
Pesquisa “CULTURA - Mapeamento da população e dos artistas
LGBT + em MS”
ETAPA 13
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento X X X
de Pesquisa “SAÚDE - Mapeamento/Assistência Profissional à
população LGBT+ em MS”
ETAPA 14
Aplicação In loco / virtual (via Google Forms) do Instrumento de X X
Pesquisa “EDUCAÇÃO - Mapeamento/Assistência profissional à
população LGBT+ em MS”
ETAPA 15
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas, X
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” - Seminário
Estadual de Políticas Públicas LGBT+ e Controle Social (01/09/2022).
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 16
Apresentação de dados da aplicação in loco / virtual (via X
Google Forms) do Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” na palestra intitulada “Mapeamento de Direitos
da População LGBT+ e Diagnóstico de Empregabilidade LGBT+ em
MS” - Seminário Nacional de Gestores de Políticas Públicas LGBT+
(02/09/2022).
ETAPA 18
Reunião Coletivo Transpor UFMS - Local: SubsLGBT/MS X
(15/09/2022)
ETAPA 17 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” – Bares Públicos
(16/09/2022).
ETAPA 19 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA/SAÚDE/
EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS” - Reunião Ordinária da Comissão Estadual de
Enfrentamento a Violência LGBTfóbica (CEVLGBT+) (20/09/2022).
ETAPA 20 X
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “CULTURA/SAÚDE/
EDUCAÇÃO -Mapeamento/Assistência profissional à população
LGBT+ em MS” - Seminário de Saúde Integral LGBT+ (21/09/2022).
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 21
Aplicação Instrumento de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato X
Grosso do Sul” e “CULTURA - Mapeamento da população e dos
artistas LGBT + em MS” – Local: Campão Cultural (13 e 14/10/22)
ETAPA 22
Roda de conversa com o tema “Ballroom – resistência e X
protagonismo periférico” – Local: Campão Cultural (14/10/22)
ETAPA 23
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Palestra “Governança das Políticas Públicas LGBT+ em MS” – Local:
Seminário Diversidade e Trabalho - Agenda LGBT+ no Mercado de
Trabalho (21/10/22)
ETAPA 24
Participação na Oficina “Mitologia dos Povos Originários e Danças X
Circulares” - Local: Espaço Cidadania Viva (29/10/22)
ETAPA 25
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através do
Programa “Cidadania LGBT+”- Local: - TV ALEMS (31/10/22) X
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ETAPA 26
Apresentação das Ações em Saúde LGBT+ na “4ª. Reunião Ordinária X
da Comissão Intersetorial de Política de Promoção de Equidade no
SUS” - Local: Auditório do CES (08/11/22)
ETAPA 27
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Palestra “Cidadania LGBT+ e Homotransfobia” – Local: Procuradoria
Geral de Justiça do MS (17/11/22)
ETAPA 28
Divulgação dos Instrumentos de Pesquisa “Políticas Públicas,
Empreendedorismo e Empregabilidade LGBT+ no Estado de Mato
Grosso do Sul” e “CULTURA/SAÚDE/EDUCAÇÃO -Mapeamento/ X
Assistência profissional à população LGBT+ em MS” através da
Roda de Conversa com o NUDEM – Local: Defensoria Pública do MS
(22/11/22)
ETAPA 29
2º. Seminário sobre o Pacto Nacional de Implementação dos X
Direitos da Pessoa Idosa – Local: Auditório Bioparque do Pantanal
(22/11/22)
ETAPA 30
Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as
mulheres” – “Dia internacional da não violência contra as mulheres”
- Local: Auditório da Governadoria do MS (25/11/22) X
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23
ETAPA 31
Reunião do Conselho Estadual LGBT/MS (CELGBT/MS) e X
Apresentação do Relatório de Biênio 2021-2022 – Local: Biblioteca
Estadual “Izaias Paim” (06/12/22)
ETAPA 32
Reunião de Planejamento Estratégico - SubsLGBT/MS (06 e X
07/12/22)
ETAPA 33
X
Organização “Ação Transcidadania – 2023” (12/2022)
ETAPA 34
X
Organização Seminário “Integrativo Transversalidades” (12/2022)
ETAPA 35
Estudo e pesquisa de pessoas Trans para colaboração na definição X
de Cards – “Transvisibilize 2023” (12/2022)
ETAPA 36
X X X
Envio de ofícios solicitando dados
ETAPA 37
X X X X X X
Acompanhamento de todas solicitações de dados enviados
META 4
X X X X X
Produção do Relatório Técnico
ETAPA 1
X X X
Tabulação dos dados obtidos
ETAPA 2
X X X
Elaboração de gráficos dos dados obtidos
ETAPA 3
X X X X X
Construção descritiva
JUL/22 AGO/22 SET/22 OUT/22 NOV/22 DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23

ENTREGA FINAL X
ANEXO

 Retornos de órgãos públicos

Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul – AGEHAB

311
312
Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul

313
314
315
316
Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul – FUNTRAB

317
318
319
320
Secretaria de Estado de Educação – SED

321
322
323
324
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP

325
326
327
Secretaria de Estado de Saúde – SES

328
329
330
331
332
333
334
/

335
336
337
Ministério Público da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos - MMFDH

338
339
340
341
painel

Ministério Público – Mato Grosso do Sul – MP/MS

342
Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul – MPT/MS

343
344
345
346
347
348

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