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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURAS EM CIÊNCIAS HUMANAS


IMPERATRIZ/MA

DEPARTAMENTO DE ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA

Marcos Madjer Souza Morais

Jesus Marmanillo Pereira

GEORG SIMMEL, A CIDADE E SUAS REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS

São Luís

2019

1
Informações do bolsista

Nome: Marcos Madjer Souza Morais

Telefone: (99) 9 9109-5412

E-mail: mmadjer7@gmail.com

Informações da Instituição/Departamento

Nome: Universidade Federal do Maranhão

Endereço: Rua Urbano Santos

Telefone: (99) 3529-6055

E-mail:

Informações do(a) professor(a) orientador(a)

Nome: Jesus Marmanillo Pereira

Telefone: (99) 9 8837-5150

E-mail: laepciufma@gmail.com

2
Marcos Madjer Souza Morais

GEORG SIMMEL, A CIDADE E SUAS REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS

Relatório final 2019 apresentado ao Laboratório


de Estudos e Pesquisa de Cidades e Imagens -
LAEPCI da Universidade Federal do Maranhão

São Luís

2019

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RESUMO

O presente artigo é o desenvolvimento da pesquisa referente ao plano de trabalho


“Georg Simmel, a cidade e suas representações imagéticas”, que por sua vez buscou
compreender o cotidiano das pessoas que frequentam o espaço público da Beira Rio,
localizada em Imperatriz – MA. Foram analisandos aspectos como, a interação dos
indivíduos no local, as composições de formas sociais, baseado nos conceitos de
conteúdo e forma de Simmel, e o que provoca a união entre os indivíduos e o que faz
com que eles se afastem. Houve destaque para pessoas da comunidade LGBTQ+ e
o conflito que existe entre eles e religiosos, tendo em vista que suas formas de
sociabilidade se divergem devido as suas crenças, hábitos ou filosofia. Um dos
direcionamentos desta pesquisa foi a relação de conflito existente no local entre
pessoas da comunidade LGTQ+ e religiosos. A forma, materializada pela relação que
há entre os indivíduos ao se unirem na Beira Rio, no qual estabelece um processo de
sociação em que o interesse social se sobrepõe aos interesses particulares de cada
indivíduo ali reunido, é o resultado dessa composição estrutural do conteúdo
representada pela teoria de Simmel. O conteúdo parte do princípio de que a
necessidade individual procura se adaptar a necessidade coletiva, resultando assim
na sua forma social. O caminho da pesquisa é identificar nesta conjuntura social, ou
seja, esta manifestação de interesses coletivos na Beira Rio, onde os indivíduos
buscam estabelecer sua autonomia quanto parte integrante desta forma de sociação,
qual a motivação que leva cada indivíduo a se inserir nestes espaços de forma
coletiva, e de que maneira eles se unem ou dispersam uns dos outros.

Palavras-chave: Espaço. Beira-Rio. Conflito

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6

2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................7

3 OBJETIVOS..............................................................................................................8

4 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO ........................................................8

5 RESULTADOS........................................................................................................11

6 CONCLUSÕES.......................................................................................................25

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................27

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1. INTRODUÇÃO

O processo de interação entre indivíduos no espaço social, ou sociação como


diz Georg Simmel, costuma resultar no surgimento contínuo de várias formas de
contato entre eles, e de suas próprias manifestações que são a materialização deste
comportamento. Orientando-se sob a perspectiva de Georg Simmel, que busca
analisar este processo chamado de sociação, a pesquisa se desenvolve sobre
diversos parâmetros sociativos entre si. Como o fato de que os indivíduos inseridos a
uma forma sociativa de interação, ou mesmo sociação, possuem interesses
particulares diferentes, mas se unem em um só objetivo para compor a sua forma, e
fortalecer a ideia de sua própria existência.

A pesquisa irá se desenvolver buscando compreender esta composição


sociativa, no qual será analisada as manifestações sociais em um espaço público da
cidade, que seria a chamada Beira Rio, que se localiza no entorno do Rio Tocantins.
Ele se tornou um lugar de maior concentração de pessoas na cidade. Rotineiramente,
as pessoas passaram a usufruir do espaço para se reunir por diversos motivos: ora
apenas para uma reunião casual, ora para celebrar uma data comemorativa como
aniversários.

Em um primeiro momento de observação, momento este considerado


extraordinário, tendo em vista que a observação e pesquisa se deu atipicamente
somente neste dia, coletou-se dados a respeito da movimentação que estava
acontecendo: o carnaval. O intuito era observar a relação entre os que estavam
comemorando o evento. No decorrer da observação foi possível notar que pessoas
LGBTQ+1 estavam sendo observadas pelos demais, olhares estes que não
demonstravam certa aprovação. Aspecto analisado pela pesquisa.

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L – Lésbicas (mulheres cis (pessoas cis se identificam com o seu sexo biológico) ou mulheres transexuais que se
relacionam entre si); G – Gays (homens cis ou homens transexuais que se relacionam entre si); B – Bissexuais
(pessoas que se relacionam com ambos os sexos); T – Travestis (gênero feminino brasileiro, cuja pessoa do sexo
masculino se identifica com seu sexo biológico, mas possui características físicas femininas) T – Transexuais
(pessoas que nascem com determinado sexo biológico e não se identificam com ele); Q – Queer (termo em inglês
que significa “insólito”, “excêntrico” ou “estranhe”, cuja pessoa não segue os padrões de sexualidade, sentindo-se
livre para se expor como qualquer gênero); Q – Questionando-se (em inglês “Questioning”, significa que a pessoa
6
Outro momento de observação, no qual este, porém, seguiu-se de maneira
habitual, pois houve pesquisas mais profundas e entrevistas com algumas pessoas,
buscou-se compreender a relação entre as mais diversas manifestações sociais no
local. E se pessoas LGBTQ+ costumam ser rechaçadas por outros meios de sociação,
tendo em vista que exista uma predominância de indivíduos com suas famílias e
religiosos no local, o que pode causar certa estranheza devido suas concepções
conservadoras e cristãs.

2. JUSTIFICATIVA

Para Georg Simmel, as referências geométricas e formas são fundamentais em


suas análises a respeito das interações. O processo de abstração utilizado para se
pensar a sociologia forma do autor é fortemente visual, uma vez que a ideia de
formação e de disposições espaciais mobilidades no pensar ocorrem por meio de
imagens. Trata-se de uma forma de ver a sociedade que pode ser adaptada e
transporta para a produção de fotografias, e expandida para o conjunto conceitual do
próprio autor.

Por meio de tal exercício é possível problematizar e refletir sobre a atualidade


dos clássicos, significando um esforço de revigoramento da Sociologia Simmeliana e
possibilidade de ampliação do debate nas áreas de Sociologia Urbana e da Imagem.
Tal forma de problematização, orientada por Simmel, a respeito do espaço e o modo

não sabe a sua identidade sexual); I – Interssexuais (são pessoas que, congenitamente, não se encaixam no binário
conhecido como sexo feminino e sexo masculino, em questões de hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras
características biológicas); A – Assexuados (não possui atração por nenhum sexo ou gênero); A – Agênero ou
Aliado (não se identifica com nenhuma espécie de gênero, seja heterossexual, bissexual, homossexual, e outros) ;
S – Simpatizantes (em inglês “gay-friendly”, é um termo usado para referir-se a lugares, políticas, pessoas ou
instituições que procuram ativamente a criação de um ambiente confortável para as pessoas LGBTQ+); C –
Curiosos (sabe o que é, mas quer experimentar outros gêneros); P – Pansexuais (sente atração independente do
gênero da pessoa); P – Polissexuais (sente atração por diversos gêneros, mas não todos. O que se difere de
pansexual); F – Amigos e Familiares; 2 – “Dois-espíritos” (em inglês “two-spirit”, é a entidade de uma etnia
americana que se identifica como homem e mulher, ao mesmo tempo); K – Kink (fetichista, que gosta de manter
relações através de práticas sexuais com fetiche bondage e disciplina, submissão e dominação, masoquistas e
sadomasoquista, cuja sigla seria BDSM).

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de relação individual e coletiva, é capaz de estabelecer uma leitura sobre estas
interrelações que compõe o espaço urbano.

A relação entre espaço e indivíduo é um tema que abrange a teoria de Simmel.


Este procura visualizar o conflito entre os dois, e, desta forma, estabelecer um contato
que exprima a possibilidade de esclarecer a origem deste conflito. Simmel é um dos
teóricos fundamentais neste processo de clareza social dos aspectos que envolvem
tais relações com o espaço, sejam elas coletivas ou individuais.

3. OBJETIVOS

• Contextualizar a perspectiva teórico-metodológica de Georg Simmel aos estudos


urbanos e da imagem

• Produzir fotografias que representam um viés Simmeliano de observação da cidade

4. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

A metodologia consiste em aproximar o ato de observação, fundamental na


pesquisa cientifica ao ato de enquadramento fotográfico, sob a orientação de Simmel.
Para a realização desse processo será desenvolvida uma etapa de preparação
teórica, outra de preparação técnica relacionada à fotografia, visitas exploratórias em
logradouros públicos do centro e de bairros de Imperatriz, seleção de situações, locais
e grupos; debate da relação entre observação e teorias nos casos experienciados em
campo e produção das fotografias.

A pesquisa será desenvolvida através de observações direcionadas aos


comportamentos individuais e coletivos, e terão como fonte as manifestações sociais
que se desenvolvem no espaço urbano de lazer da cidade de Imperatriz do Maranhão,
a Beira Rio e suas proximidades. Revitalizada, a Beira Rio é o local de maior
concentração de pessoas em um espaço público aberto na cidade. Nele, o espaço,
serão observados aspectos como, autoafirmação enquanto sujeito pertencente ao
espaço social e o modo como se relacionam com os outros indivíduos e sua forma

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sociativa de interação, serão importantes para que se consiga avaliar o processo de
interação que há entre eles.

Outro aspecto que será observado é a relação que existe entre os indivíduos
pertencentes à comunidade LGBTQ+ e os aspectos sociativos existentes no local. O
intuito é identificar, através das imagens, pesquisas em campo e observações, como
os atos sociativos, que seriam a interrelação dos sujeitos, comportam-se ao serem
confrontados com a presença dos indivíduos da comunidade LGBTQ+ nestes lugares.
Tais observações se tornam necessárias para que se possa identificar os critérios que
influenciam o processo de subjetividade deste indivíduo e como ele se sente
representado no meio em que vive.

A convivência em qualquer espaço carece de uma relação mútua para que


possa se compor um organismo social. A sociabilidade, ou como diz Simmel, a
sociação é, assim, a forma, realizada de diversas maneiras, na qual os indivíduos
constituem uma unidade dentro da qual se realizam seus interesses (SIMMEL, 1983,
p. 60). Preocupa-se em manter a sua unidade dentro deste processo de sociabilidade.

É interessante que se entenda como ocorre este processo de interação que é


chamado por Simmel de sociação ou sociabilidade dos indivíduos. Tentar
compreender qual seria o ponto principal que une as pessoas em suas mais diversas
singularidades, porém com objetivos em comum, o que, neste caso, para materializar
os desejos, sejam eles se reunindo para manifestar sua devoção religiosa ou apenas
uma confraternização em família.

O estudo sobre as manifestações sociais nos locais, tanto urbanos como rurais,
contém como base de sua estrutura o próprio indivíduo que as compõem. Esta
avaliação decorre do fato de que o indivíduo se compõe dentro de um aspecto social,
isto é, ele está inserido dentro de um processo de interrelação social, constituindo-se
como uma sociedade. Para Simmel, a sociedade existe onde quer que vários
indivíduos entrem em interação (SIMMEL, 1983, p. 59). Esta conjuntura social se une
sob diversos aspectos, formando sociações ou manifestações sociais, com interesses
próprios, sejam eles individuais ou coletivos. Simmel destaca a ideia de que a mundo

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é composto de partes que influem uma sobre a outra, unindo-se de algum modo
(SIMMEL, 1983, p.60).

A exemplo disto, temos a presença de manifestações religiosas frequentando


o lugar, e em concomitante a isso há a presença de pessoas consumindo bebida
alcoólica ou indivíduos da comunidade LGBTQ+ que estão socializando entre si.
Sabe-se, em todo caso, que os preceitos religiosos se divergem dessas práticas,
como a Bíblia diz em Provérbios 20:1 sobre a bebida: “O vinho é zombador, e o álcool
é indisciplinado; quem se perder por causa deles não é sábio.” Ou em 1 Coríntios 6:9
quando ela diz sobre a homossexualidade: “Ou será que vocês não sabem que os
injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem. Os que praticam
imoralidade sexual, os idólatras, os homens que se submetem a atos homossexuais,
os homens que praticam o homossexualismo.”2

O desenvolvimento da pesquisa será através de observações direcionadas aos


comportamentos individuais e coletivos, e terão como fonte as manifestações sociais
que se desenvolvem no espaço urbano de lazer da cidade de Imperatriz do Maranhão,
a Beira Rio e suas proximidades. Revitalizada, a Beira Rio é o local de maior
concentração de pessoas em um espaço público aberto na cidade. Nele, o espaço,
serão observados aspectos como, autoafirmação enquanto sujeito pertencente ao
espaço social e o modo como se relacionam com os outros indivíduos e sua forma
sociativa de interação, serão importantes para que se consiga avaliar o processo de
interação que há entre eles.

Outro aspecto que será observado é a relação que existe entre os indivíduos
pertencentes à comunidade LGBTQ+ e os aspectos sociativos existentes no local. O
intuito é identificar, através das imagens, pesquisas em campo e observações, como
os atos sociativos, que seriam a interrelação dos sujeitos, comportam-se ao serem
confrontados com a presença dos indivíduos da comunidade LGBTQ+ nestes lugares.

2
Trechos retirados da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada que pertence as Testemunhas de Jeová. Edição
atualizada do ano de 2014.

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Tais observações se tornam necessárias para que se possa identificar os critérios que
influenciam o processo de subjetividade deste indivíduo e como ele se sente
representado no meio em que vive.

5. RESULTADOS
Campo de Pesquisa Externo – Carnaval na Praça da Cultura

O momento inicial da pesquisa, este considerado extraordinário, ocorreu na


Praça da Cultura, local próximo à Beira rio. A praça, agora revitalizada, estava sendo
o local para o encontro de diversos tipos de sociação. Este primeiro momento ocorreu
no dia 05 de março de 2019, ao se observar a movimentação que acontecia no local,
no qual as pessoas estavam celebrando o carnaval.

Esta primeira observação ocorreu pelo de fato de considerarmos oportuno


avaliarmos a interação dos tipos de relações entre os indivíduos que se reuniam no
local. A festa é um momento de ruptura, pois tudo que não se faz durante o ano é
liberado no Carnaval. Durante o processo de observação era notório obtermos
imagens de homens fantasiados com adereços que retomava ao feminino. Porém,
inserido neste contexto de entretenimento social, verificou-se a existência de duas
vertentes passíveis de análise: a de que existe homens heterossexuais fantasiados
com adereços que retomava ao feminino e homens homossexuais que estavam,
também, usando roupas femininas. A análise deste cenário está ligada a forma como
as outras pessoas enxergam o modo como os homens estão vestidos, sejam eles
heterossexuais ou homossexuais. Portanto, o que se pode observar é que a
percepção do público se torna diferente para cada caso. Pois, ao usar roupas ligadas
ao feminino, é comum para os homens heterossexuais que inexista julgamentos pelo
modo como está vestido. Uma vez que, neste caso, abraça-se a ideia do festival que
permite a liberdade de usar qualquer tipo de fantasia, e, então, exclui-se, de alguma
forma, a possibilidade de contestar a sua sexualidade.

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Fonte: MORAIS, 05 de março de 2019. Acervo pessoal.

Na imagem acima, observa-se uma reunião de jovens que praticavam


manifestações de cunho religioso no dia. Nela, pode-se observar que dois jovens
estão segurando a Bíblia. O que tende a caracterizar que o intuito inicial desta união
seria a comunhão religiosa na praça. Todavia, a praça era palco para diversas
interações sociais, tendo em vista que estava ocorrendo a celebração do Carnaval.
Esta festa, no entanto, diverge-se dos preceitos religiosos, devido alguns aspectos
considerados mundanos para a Igreja.

Perante esse processo entre a fé e a sua representação no meio social, que


seria a evangelização, existe um outro aspecto de forma que se pode avaliar. Este
caráter de interação social, e a forma resultante dessa união, ou mesmo sociação
como diz Simmel, possui um outro aspecto que seria a forma autônoma de
sociabilidade. A forma autônoma é caracterizada pela produção material do conteúdo,

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e possui a necessidade de mostrar seu domínio em relação ao espaço e aos
indivíduos, sendo legitimada por sua religião.

Esse processo também opera na separação daquilo que denominei de


“conteúdo” e “forma” da existência social. O que é autenticamente “social”
nessa existência é aquele ser com, para e contra com os quais os conteúdos
ou interesses materiais experimentam uma forma ou um fomento por meio de
impulsos ou finalidades. Essas formas adquirem então, puramente por si
mesmas e por esse estímulo que delas irradia a partir dessa liberação, uma
vida própria, um exercício livre de todos os conteúdos materiais; esse é
justamente o fenômeno da sociabilidade. (SIMMEL, 2006, p. 63-64)

Deste modo, pode-se observar, logo abaixo, a representação material desta


forma autônoma de dominação que, neste caso, seria um panfleto distribuído durante
o momento em que os jovens realizavam um culto na praça. Como forma de
evangelizar, e, além disso, demonstrar sua percepção a respeito do evento, o
Carnaval, segundo seus preceitos bíblicos, o panfleto possui a imagem sexualizada
do corpo feminino como forma de representar o culto ao corpo ligado ao momento de
festividade. O título do panfleto, “O maior prazer do mundo”, deduz que o corpo
feminino é a representação dos prazeres da carne cultuado durante o carnaval. Este
culto aos prazeres da carne não é aprovado biblicamente, conforme Gálatas 5:16:
“Mas eu digo: Continuem andando por espírito, e não executarão nenhum desejo
carnal.”3

3
Trechos retirados da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada que pertence as Testemunhas de Jeová. Edição
atualizada do ano de 2014.

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Fonte: MORAIS, 05 de março de 2019. Acervo pessoal.

Os indivíduos se unem por diversos interesses em comum, tais como


econômicos, pessoais e políticos. Estas características refletem aos indivíduos
aspectos de liberdade para se expressar, o que, neste caso, chama a atenção para
os LGBTQ+. O conflito é, neste caso, a existência sociativa de interação entre
indivíduos que se dividem contrários à sua forma de sociação. Procura-se, desta
forma, estabelecer questionamentos que direcionem as possíveis respostas para este
conflito. Esta busca, entre estabelecer o porquê que estes conflitos existem e o que
se pode fazer para manter a unidade social coesa, Simmel menciona qual o papel da
cidade neste caso.

A função das cidades grandes é fornecer o lugar para o conflito e para as


tentativas de unificação dos dois, na medida em que suas condições
peculiares se nos revelam como oportunidades e estímulos para o
desenvolvimento de ambas. Com isso as cidades grandes obtêm um lugar
absolutamente único, prenhe de significações ilimitadas, no desenvolvimento
da existência anímica; elas se mostram como uma daquelas formações
históricas em que as correntes opostas que circunscrevem a vida se juntam
e se desdobram com os mesmos direitos. (SIMMEL, 2005, p. 589)

Para Simmel, os conflitos possuem caráter positivo, pois através da interação


entre os indivíduos surge a possibilidade de se identificar o processo pelo qual teve
seu início (SIMMEL, 1983, p. 122). Então, os conflitos entre estes as formas de
sociação, o LGBTQ+ e os heterossexuais, sejam em eventos festivos como o
Carnaval, que mesmo sendo uma festa de caráter público e liberdade para se
fantasiar, pode-se observar que os heterossexuais ainda possuíam um receio ao

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encontrar com alguém que faz parte do meio LGBTQ+. O conflito provoca a
reafirmação sociativa da forma expressa em que os indivíduos se unem. Aceitar ou
não outro indivíduo que não está de acordo com os seus valores morais, é uma forma
de se preocupar em manter a sua estabilidade, pois para a sociedade alcançar uma
determinada configuração, precisa de quantidades proporcionais de harmonia e
desarmonia, de associação e competição, de tendências favoráveis e desfavoráveis
(SIMMEL, 1983, p. 124).

Campo de Pesquisa Interno – Beira Rio

Em uma nova pesquisa de campo, cujo local seria o espaço público, que fora
revitalizado, Beira Rio, que se localiza próximo à costa do Rio Tocantins, foi possível
analisar que existe uma interação entre as mais diversos formas de unidade sociativa
existentes na cidade, como, por exemplo, os religiosos, sendo este associados ao
seguimento protestante ou ao catolicismo, famílias que organizam festas de
aniversários ao ar livre, e jovens que se reúnem de maneira causal. Desta forma, que
o espaço da Beira Rio está subdivido em diversas formas de sociação, no qual
pessoas interagem entre si através de interesses simbólicos, mas que é comum para
a maioria.

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Fonte: MORAIS, 13 de abril de 2019. Acervo pessoal.

Na foto acima, os jovens estão próximos a outras pessoas que expressam um


contexto familiar. Eles permitiram a reprodução das fotos, porém não se identificaram.
Há um casal homoafetivo, que neste caso seriam os rapazes. Eles, por sua vez, não
se sentem intimidados com a presença das pessoas, sejam elas inseridas em um
contexto familiar ou religioso. Ao contrário disto, demonstram que a sua presença
deve ser naturalizada como qualquer outra, desde que não haja a invasão de seu
espaço e vice-versa.

Assim, eles compartilham do mesmo espaço, portanto, possui interesses


semelhantes. Eles desenvolvem formas sociais que coexistem em um só ambiente.
Pode existir o conflito, mas não deixa de existir a sociabilidade. Uma forma social
desligada de todo conteúdo não pode ter existência, do mesmo modo que a forma
espacial não pode existir sem uma matéria da qual seja forma. (SIMMEL, 1983, p. 60-
61)

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Fonte: MORAIS, 13 de abril de 2019. Acervo pessoal.

É possível identificar na imagem acima a troca de carinho entre os dois rapazes.


Mesmo com a presença de outras pessoas no local, em um espaço público, os dois
não se importaram com a possibilidade de serem repreendidos. De todo modo, a
personificação de suas expressões sentimentais em estabelecer um vínculo,
resultando em sua sociabilidade ao se conduzir para a Beira Rio, estabelece uma
forma de religiosidade, não aquela ligada diretamente a uma divindade, mas uma
forma social de culto aos seus interesses. Simmel diz que a religião brota dessa
religiosidade, na medida em que esta cria e extrai de si própria conteúdos, em lugar
de formar e colorir os que são dados pela vida e, depois, na vida se entremeiam
(SIMMEL, 2009, p. 10)

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Fonte: MORAIS, 13 de abril de 2019. Acervo pessoal.

Há outras manifestações sociativas que podem ser observadas na imagem, a


exemplo disso temos jovens que pertenciam a igreja Assembleia de Deus, que podem
ser vistos no lado direito da foto. Entre os jovens evangélicos, estavam Cleifaise
Brandão e Brena Larissa, que pertencem a igreja Assembleia de Deus e são da
cidade de Imperatriz, decidiram expor sua opinião quanto a presença dos quatros
jovens próximos a elas, dentre eles o casal homoafetivo. O motivo seria que a sua
conduta – fala-se do casal homoafetivo – pode influenciar as crianças e causar um
mal-estar nas outras pessoas.

O gramado, local em que as pessoas se reúnem para o lazer, no qual ocorre


aniversários ao ar livre, piqueniques, cultos religiosos e encontros casuais, tornou-se
o ponto principal de confraternização dos visitantes da Beira Rio. Porém, a forte
concentração de evangélicos tem gerando um certo distanciamento aos demais que

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frequentam a Beira Rio, em específico aos que são LGBTQ+ e ao que costumam
consumir bebida alcoólica ou fazem uso de cigarros.

Relatos, como o de Josias Silvio Gonçalves M. Junior, apontam que existe uma
divisão do espaço que é devido o autoritarismo implícito pelos evangélicos. Ele sente
que de alguma forma exista a presença de uma autoridade, que paira no ambiente,
que faz com que exista um certo receio em permanecer próximos aos evangélicos ou
pessoas que estejam com crianças, devido a sua orientação sexual. Outros, no
entanto, afastam-se devido ao seu consumo de bebidas alcoólicas e o uso de cigarros,
o que provoca olhares de desaprovação por parte dos evangélicos. Essas formas de
interação, dada aos fenômenos sociais, tendem a manter uma unidade para cada
situação.

Esta dupla função da oposição, conforme esteja voltada para fora ou para
dentro, é também encontrada nas relações mais íntimas dos particulares e
reveste-se de todos os caracteres de um fenômeno sociológico: porque os
indivíduos também têm necessidades de se oporem, para permanecerem
unidos (SIMMEL, 1983, p. 56)

Desse modo, pode-se analisar que há a presença de evangélicos em um


mesmo local, entretanto o motivo de sociabilidade são diferentes – uns realizavam
culto, outros seriam de jovens confraternizando em uma espécie de piquenique –,
porém os seus diferentes interesses podem se igualar quando houver conflitos com
outras formas sociais, como no caso dos LGBTQ+ e consumidores de bebidas e
cigarro, eles podem se unir para reprimi-los. Na imagem, observa-se a concentração
de evangélicos.

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Fonte: MORAIS, 04 de maio de 2019. Acervo Pessoal.

Maria Irene dos Anjos, evangélica da Assembleia de Deus, que, com uma
aparente tranquilidade, responde a um questionamento, sobre como observa a
posição das pessoas que fazem parte do seu círculo religioso em relação aos demais
frequentadores, ela disse perceber julgamentos direcionados aos que consomem
bebida alcoólica ou são homossexuais, porém ela não concorda. Ao transcrever este
depoimento de Maria, tem-se essa resposta: “Não. O respeito é mútuo. Todos
merecem, não devemos fazer acepção de pessoas.” Para Simmel a sociação só
começa a existir quanto a coexistência isolada dos indivíduos adota formas
determinadas de cooperação e de colaboração, que caem sob o conceito geral da
interação. (SIMMEL, 1983, p. 60)

Conforme entrevista concedida por outra frequentadora do local, Gabriela


Sousa Guimarães, disse que o afastamento é proposital, tendo em vista que ela
costuma consumir bebidas alcoólicas e faz o uso de cigarros que acabam provocando

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aos evangélicos um desconforto que os leva a fixar olhares de desaprovação. Um fato
interessante a ser mencionado seria que Gabriela, informou que mesmo se
identificando como uma pessoa heterossexual, sente-se incomodada com a presença
de evangélicos no local, pois é comum que eles julguem quem está consumindo
bebida alcoólica próximo a eles, ou quando existem gays e lésbicas trocando carícias
no local. Porém, faz-se necessário identificar que, apesar de se manter distante dos
evangélicos, todos possuem o mesmo objetivo ao irem para a Beira Rio. Por mais
diversos que sejam os interesses que levam as sociações, as formas nas quais esses
interesses se realizam podem ser iguais. (SIMMEL, 1983, p. 62)

É perceptível que as interações humanas sejam uma forma de manifestar seus


interesses. Esta percepção pode ser identificada no comentário de uma pessoa
entrevistada, que seria o Carlos Marinho Barros, estudante, mora em Imperatriz e
costuma frequentar a Beiro Rio com seus amigos, ele faz referência as diversas
formas de manifestações existentes no local, mas que de uma certa maneira estão
todos ligados por um objetivo em comum que seria usufrui-lo. Em destaque, a partir
de trechos da sua entrevista, perceber-se-ia a sua visão com relação aos visitantes
da Beira Rio:

“...a gente tem essas manifestações dentro de qualquer espaço público, mas
tu vê como é uma linha, uma faca de dois gumes quando tu percebe que o
momento em que tem cristãos daquele lado aqui tinha uma pessoal cultuando
outro tipo de coisa aqui. O culto alguma entidade a gente não limitar apenas
a entidades religiosas qualquer em que tu, é, maneja um pouco de tempo pra
tu se dedicar é um culto, entendeu? Então um culto de um pessoal fumando
e dizendo alegria a Jah aqui, então enquanto tem um pessoal bebendo vinho
e dizendo alegria a Odin aqui, tem um pessoal se recreando em nome de
Cristo ali, cada um deles tá manifestando a sua opinião pública, de forma
pública, e um espaço em que a gente vive em democracia entendeu?”
(Trecho da entrevista com Carlos)

A foto abaixo é uma imagem de Carlos com seus amigos. Ele com um
instrumento musical bem parecido com o violão, porém chamado de ukulele, divertem-
se na Beira Rio.

21
Acervo Pessoal: MORAIS, 18 de maio de 2019.

Em uma outra visita, foi possível realizar a entrevista com Camila e Isabel. Elas
possuem um relacionamento homoafetivo, Camila possui um filho, moram na cidade
de Imperatriz. Na imagem abaixo, nota-se, com certa naturalidade, que sua posição
com relação aos demais é de indiferença. O contato físico é um pouco mais intimista
mesmo, conforme relato de Camila, sentindo um pouco de receio, elas procuram tratar
de forma natural o seu relacionamento em público. Camila disse que procura se
afastar de espaços onde há uma predominância maior de evangélicos, temendo que
alguém possa reprimi-las. Porém, elas nunca sofreram nenhuma espécie de
repressão por sua presença no local. Camila expressa que procura sempre manter
uma conduta respeitável em lugares onde há a presença de famílias e religiosos,
tendo em vista que possui um filho e deseja ter atitudes que podem servir de exemplo
positivo a ele.

22
Acervo pessoal: MORAIS, 08 de junho de 2019.

Através das análises de Simmel sobre a composição do espaço e a maneira


como as relações entre os indivíduos se constituem neste aspecto, pretende-se
avaliar as mais diversas manifestações sociais que ocorrem em um delimitado local.
Uma das características existentes nesta relação social seria a efemeridade, ela se
compõe dentro deste processo de interação entre os indivíduos a partir de um objetivo
em comum para se reunir nos espaços. Estas motivações, que levam os indivíduos a
se reunirem com um mesmo objetivo, são chamadas de conteúdo ou matéria.

Esta interrelação entre os indivíduos, para Simmel, é composta por dois


aspectos, conteúdo e forma. O conteúdo, como dito anteriormente, está ligado aos
interesses que os indivíduos possuem para se relacionar entre si. Seria o motivo fim
que os leva a promover ações que giram em torno de um mesmo objetivo, como o de
se encontrar em locais públicos para confraternizar. A forma, no entanto, seria uma

23
espécie de materialização baseada no desejo em comum dos indivíduos. Para
Simmel, a forma seria a constituição da unidade social.

Estes por sinal, forma e conteúdo, são aspectos constitutivos inseparáveis.


Para que exista a sociação, como diz Simmel, é necessário que exista o interesse que
parte do indivíduo, neste caso o conteúdo, juntamente com a parte resultante destes
interesses que seria a forma. Não se pode determinar que em uma multidão de
pessoas exista, em sua composição, os aspectos de conteúdo e forma. Deve existir
uma reciprocidade entre os indivíduos, com um mesmo fim. A ação de um indivíduo
sobre o outro origina uma coexistência social que se converte em sociedade, o que,
desta forma, está composta pela forma e conteúdo.

Diante estas associações abordadas por Simmel relacionadas entre forma e


conteúdo, o projeto visa observar o resultado desta união, gerada por um objetivo em
comum entre dois ou mais indivíduos, em um determinado local específico. A escolha
do local consiste no fato de que as manifestações sociais, que ali ocorrem, tendem a
demonstrar diversos vieses que servem como ponto analítico do contexto que irá ser
observado. A presença de grupos que se distanciam em seus objetivos, por exemplo,
mas que passam a ocupar o mesmo espaço, expressa a maneira em que se constrói
as relações sociais inseridas em um mesmo contexto sociativo. Por mais que os
interesses de sociação sejam diferentes, ou seja, o conteúdo, a sua forma pode ser
igual, ou o resultado da sua interação pode ter o mesmo fim, o que neste caso seria
visitar o mesmo espaço público.

É necessário que essas ligações mútuas possuam um objetivo em comum que,


compartilhado entre as pessoas, resultem na sociação. A forma que se apresenta a
sociedade é o resultado de todas essas sociações, e tendem a concentrar diversas
manifestações sociais em um determinado espaço. Os indivíduos, reunidos a partir de
um interesse em comum, concentram-se em um determinado espaço, e compartilham
com outras formas sociação a atmosfera do ambiente. O que, de certa forma, faz com
que exista uma diversidade em sua forma social de interação que se une em um só
objetivo, o de compartilhar o mesmo lugar. Separados, em seus próprios interesses,

24
porém unidos por objetivo maior a todos, usufruir do espaço destinado a forma mais
densa da sociabilidade que está acima de suas ramificações.

As interações, cujas manifestações se materializam nos espaços, tendem a


buscar uma coesão na formação da sua estrutura. Em se tratando da sociabilidade,
essa tal sociação a que Simmel se refere, nada mais é do que a reafirmação da própria
individualidade do sujeito ao tentar se adaptar ao meio sociativo em que se insere.
Indivíduos com perspectivas diferentes estão no mesmo ambiente, mas existe uma
forma singular que os separa, mas que os une ao mesmo tempo. Observa-se este
contexto na Beira Rio, muitos são as formas de sociação existentes no local, porém
elas não estão ligadas por interesses comum a uma determinada composição
sociativa, mas ao interesse de toda a coletividade que está presente no espaço.

6. CONCLUSÕES

A pesquisa se desenvolveu em um espaço de lazer da cidade de Imperatriz, a


Beira Rio. Local este que se encontra na costa do Rio Tocantins e se tornou um dos
lugares de maior concentração de pessoas, principalmente aos finais de semana. Esta
área possui a característica de abrangência de diversas formas de manifestações
sociais, como no caso de cultos religiosos, reunião de jovens, separados em diversas
“tribo urbanas”4, com seus hábitos e gostos musicais diferentes.

Revitalizada, a Beira Rio está com uma nova estrutura em sua imagem, e como
resultado disto se tornou um dos lugares atrativos para que as pessoas possam se
reunir. Porém, há neste mesmo espaço formas conflitantes de interação. Por um lado,
existe os evangélicos e de outro pessoas LGBTQ+. O conflito existente neste caso
seria da relação entre a percepção que cada possui a respeito de seus hábitos,
crenças ou mesmo ideologias. Se por um lado há a forma como os evangélicos
encaram a orientação sexual de pessoas LGBTQ+ baseadas em seus preceitos

4
A expressão “tribo urbana” foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, em 1985. No geral, esse
fenômeno surge da necessidade dos jovens de se agruparem, pertencerem a um grupo e criarem uma identidade.
Esses grupos compartilham hábitos, valores culturais, estilos musicais e ideologias políticas semelhantes.

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religiosos, por outro existe, de forma intrínseca, o receio de ser julgado por sua
sexualidade.

Estas formas de sociação, a que Simmel se refere, que seria a maneira pelo
qual as pessoas se unem em um objetivo comum a todos eles, tendem a demonstrar
a importância dos seus componentes, e ressaltar a sua identidade. Portanto, torna-se
imprescindível que os interesses dos indivíduos estejam coesos com a formação de
sua sociação, para que estes possam manter a solidez e, com isso, ao encarar o
conflito permaneçam com sua estrutura fortificada. A instabilidade da forma sociativa
faz com que os indivíduos se dissipem, acarretando resultados negativos a
manifestação social e sua autoafirmação como sociação.

Estabelece-se o contato entre indivíduos que por seus interesses únicos, agora
coletivos e não mais individuais, que resulta em uma sociabilidade direcionada em
manter a forma mais concreta de seus desejos. Esta espécie de culto, ligado não só
a uma divindade, mas a toda forma de representação que possa materializar os
sentimentos em comum dos indivíduos, sejam eles de adorar ao seu deus, reunir-se
para celebrar aniversários, ou mesmo para admirar a paisagem. Tem-se nestas
atitudes as mais diversas formas de sociação, que para Simmel seria uma espécie de
resultado para se unirem coletivamente em um único interesse. Porém, as formas não
únicas, dividem-se, podem coexistir em um mesmo espaço, mas se divergem em seus
interesses, estes acarretam a natureza do conflito entre as formas de sociabilidade, e,
com isso, passam a fazer parte da estrutura que desenvolve a sociedade.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIANA, Daniela. Tribos Urbanas. Revista Toda Matéria. Disponível em


https://www.todamateria.com.br/tribos-urbanas/, acesso em 13/07/2019.

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana, Rio de Janeiro,
v. 11, n. 2, out., 2005.

___________. A Natureza Sociológica do conflito. In: MORAES FILHO, Evaristo


(Org.). Simmel: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

___________. A sociabilidade. In: SIMMEL, Georg. Questões fundamentais da


sociologia. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, Ed., 2006.

___________. A Filosofia da Paisagem. Tradutor: Artur Morão. Coleção: Textos


Clássicos de Filosofia. Universidade de Beira Interior – Covilhã, 2009, p. 1-18.

___________. O estrangeiro. RBSE-Revista Brasileira de Sociologia das Emoções


(online), Tradução de Mauro Guilherme Pinheiro Koury. Vol. 4, nº 12, p.265-270, 2005.

___________. Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade / Georg


Simmel; [tradução, Pedro Caldas]. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.

REIS, Toni (Org.). Manual de Comunicação LGBTI+. Curitiba: Aliança Nacional LGBTI
/ GayLatino. Ed. Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - Universidade Federal do Paraná.
p. 104. 2018.

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